O documento descreve a origem e tradições do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Comemorado anualmente na quarta quinta-feira de novembro, tem suas raízes nos banquetes de celebração e agradecimento realizados pelos peregrinos e nativos americanos após uma bem-sucedida colheita no século XVII. Hoje, é comemorado nos EUA com refeições tradicionais como peru assado e desfiles comerciais.
2. O Dia de Ação de
Graças
(Thanksgiving
Day) é celebrado
anualmente na
quarta quinta-
feira do mês de
novembro.
Foi declarado oficialmente como feriado nacional
nos EUA em 1941 pelo então presidente Franklin
Roosevelt, antes disso, muitas datas existiram para
o que é hoje considerado como uma data
legitimamente norte-americana (outros lugares
como o Canadá também celebram essa data, mas
não no mesmo dia).
3. Muitas pessoas comemoram a data com jantares
reunindo toda família ou aproveitam o feriadão para
viajar. Nas escolas as crianças costumam fazer peças
teatrais mostrando peregrinos e nativos norte-
americanos celebrando uma colheita de outono em
comunhão.
Mas o ato de Ação de Graças não foi criado nos Estados
Unidos.
Povos antigos como os
gregos, judeus e chineses
costumavam fazer festivais
no período do outono que
duravam dias agradecendo
pela colheita e pelo bom
tempo.
4. Os gregos reverenciavam
Deméter, a deusa do trigo e
dos cereais, que em Roma era
chamada de Ceres (daí o
nome “cereal”). Os antigos
chineses faziam uma festa que
celebrava a lua cheia com
bolos redondos chamados de
“bolo de lua”.
Os puritanos irlandeses, que
vieram em massa habitar as
colônias do território norte-
americano também realizavam
atos de agradecimento a Deus
depois de períodos de comida
escassa ou de extremo
sofrimento.
5. Um grande número deles veio ao Novo Mundo (como era
chamada a América naquele tempo) para fugir da
perseguição religiosa na Irlanda e Inglaterra. Mais de cem
puritanos chegaram a Plymouth, hoje Massachusetts, em
1620 em uma embarcação chamada de Mayflower. Poucos
deles conseguiram sobreviver na nova terra depois de um
inverno rigoroso.
Em 1621 um nativo Patuxet chamado Squanto que falava
inglês, fez contato com os colonizadores. Esse contato foi
garantia de sobrevivência para os novos habitantes, pois os
nativos norte-americanos ensinaram como extrair seiva das
árvores e como plantar milho. Depois de uma colheita bem-
sucedida, William Bradford, governador dos puritanos,
decidiu realizar um banquete de celebração e
agradecimento, convidando nativos norte-americanos para
participarem da celebração.
6. Momentos como esse eram raros de
acontecer. Perseguições de nativos por
colonizadores eram constantes e esses
acabaram por dizimar muitas das tribos
locais. Similar com o que aconteceu aqui
no Brasil.
Com o passar dos séculos, muitos estados
adotaram diferentes datas para celebrar o
Dia de Ação de Graças. Até que em 26 de
dezembro de 1941 o presidente Franklin
Roosevelt assinou um projeto de lei,
estipulando a quarta quinta-feira de
novembro como o Dia de Ação de Graças.
7. O maior símbolo do Dia
de Ação de Graças é o
peru. Mais de 90% da
população come peru
nesse dia. O Dia de
Ação de Graças, para
muitos é chamado de
Dia do Peru.
Todo ano há uma
tradição na casa
branca. O presidente
dos EUA captura um
peru na noite anterior
ao Dia da Ação de
Graças, que passa a
viver no Kidwell Farm,
uma espécie de
zoológico na Virgínia.
Há 50 anos o presidente
Harry Truman começou
essa tradição que é
seguida ininterrupta-
mente todos os anos.
8. Nos EUA, além do peru, outros tipos de
comidas são tradicionalmente servidas como
refeições nesse dia. Além do peru assado,
pratos feitos com batatas, abóbora e amoras
são tradição na mesa dos norte-americanos.
Desfiles e esportes também marcam esse dia, muitos
deles patrocinados por lojas para incentivar o início das
compras de Natal. Muitos detalhes do Dia de Ação de
Graças nos EUA são mitos que se desenvolveram
principalmente após a Guerra Civil, no início do século
XX, como um esforço coletivo para a formação de uma
identidade nacional.
Muitos desses pratos foram, na
verdade, cultivados pelos nativos e introduzidos
para os europeus quando chegavam.