Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
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CAPÍTULO X – A QUESTÃO ORIENTAL
O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA
O TERCEIRO AI
Extraído do livro
The Great Nations of Today
ALONZO TREVIER JONES
A Sétima Trombeta devia soar, o Terceiro Ai estava para vir “cedo”
após o ressoar da Sexta Trombeta; e a Sexta Trombeta terminou em 11 de
agosto de 1840. Note especialmente aquela expressão quanto à vinda do
Terceiro Ai – ele “cedo virá” após o fim do som da Sexta Trombeta. Não
veio imediatamente após a expiração da Sexta, como a Sexta veio
imediatamente ao final da Quinta: houve um pequeno espaço de tempo
entre o término da Sexta Trombeta e o início da Sétima. Esse espaço de
tempo é anunciado, e sua brevidade significada pela palavra “cedo.” E,
neste curto período entre a Sexta e a Sétima Trombetas, aquele poderoso
anjo de Apocalipse 10 vem com sua mensagem, a qual devia soar sobre o
mar e a terra. Que este é o lugar desse anjo, é assegurado pelo fato de que
ele se refere ao início da Trombeta do Sétimo Anjo, como futuro. Pois “o
anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a mão ao céu e jurou
por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há,
e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais
demora; mas nos dias da voz do Sétimo Anjo, quando tocar a sua trombeta,
se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.”
Apocalipse 10:5-7.
E quando o Sétimo Anjo soar a trombeta, e o mistério de Deus
acabar, os reinos deste mundo “se tornarão os reinos de nosso Senhor e de
Seu Cristo”. Porque está escrito:
“E tocou o Sétimo Anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes
vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos,
que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre
seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus
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Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu
grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo
dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos
profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a
pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E
abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu
templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande
saraiva.” Apocalipse 11:15-19.
Note-se que, antes de tudo, ao som da Sétima Trombeta, a atenção
do profeta é voltada primeiramente para o céu, e depois para a terra: e veja
que primeiro no céu ele ouve “grandes vozes” anunciando o reino
vindouro e o reinado do Senhor em Seu grande poder; e que quando sua
atenção é voltada para a terra a primeira coisa mencionada é: “Iraram-se as
nações”. E é a sóbria verdade da história moderna que de um pouco de
tempo – “cedo” - depois de 1840 até a presente, o temperamento e a
atitude das nações tem sido tal que correspondem exatamente à
expressão “iraram-se as nações.” Durante todo o tempo transcorrido
desde aquela data, tem sido verdade que os governantes dos grandes
nações tiveram que estar constantemente em alerta para evitar uma
guerra mundial. E o poder turco - esse poder que é o último, permanece em
sua descida, do que foi a princípio o Império Romano Oriental. Esse
governo pelo qual, em 11 de agosto de 1840, as grandes potências da
Europa se tornaram responsáveis - esse é o pivô sobre o qual, durante
todos esses anos, se preservou a paz do mundo. No capítulo anterior,
fornecemos as declarações fidedignas mostrando que, se não fosse pelos
grandes poderes da Europa, o poder turco já teria desaparecido há muito
tempo.
Mas a principal relevância desta importante verdade não reside
simplesmente no fato de que a Turquia tem sido durante todo este tempo
mantida em existência por essas grandes potências; mas que isso foi feito
com um propósito definido. Conforme reconhecido por esses poderes, o
governo Turco tem sido assim mantido pelas Potências, expressamente
para evitar uma guerra mundial. Isso foi afirmado pelo primeiro-ministro
britânico, Lord Salisbury, em 5 de novembro de 1895, num discurso dado ao
mundo, que o ouvia a fim de saber o que seria dito sobre a então polêmica
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questão Turco-Armênia. Falando em nome das grandes potências, ele
disse:
“A Turquia está nessa condição notável em que ela permanece por
meio século, principalmente porque as grandes Potências do mundo
resolveram que a fim de manter a paz da Cristandade é necessário que o
Império Otomano fique de pé. Elas chegaram a essa conclusão quase a meio
século atrás. Não creio que eles a alteraram agora. O perigo, se o Império
Otomano caísse, não seria meramente o perigo que ameaçaria os
territórios que consistem esse império; seria o perigo de que o fogo ali
ateado se espalhesse para outras nações, e envolvesse todos os que são mais
poderosos e civilizados na Europa numa perigosa e calamitosa competição.
Esse era um perigo que estava presente nas mentes de nossos pais quando
resolveram fazer da integridade e independência do Império Otomano uma
questão de tratado Europeu, e esse é um perigo QUE NÃO TERMINOU.”
Mas qual deve ser o verdadeiro espírito dessas grandes potências,
quando, por mais de meio século, podem assim concordar em manter em
existência o poder turco, para evitar que lutem, quando eles não podem
concordar em não lutar? Por que eles não podem concordar entre si em não
lutar, tão facilmente como podem concordar em manter esse poder lá
como uma prevenção contra a luta entre eles mesmos? O que mais
possivelmente poderia expressar a verdadeira condição das coisas entre
esses poderes do que aquela sentença, “iraram-se as nações?”
Tal situação claramente revela que esses Poderes estão sujeitos a
um espírito que, uma vez solto, leva-los-á totalmente para além deles
mesmos; e eles próprios assim o reconhecem. E reconhecendo que esta é a
verdade da situação, tudo o que eles fingem ser capazes de fazer é, ao
manter o poder Turco o maior tempo possível, restringir enquanto possível
esse espírito indomável, que, uma vez solto, deve varrê-los todos para
longe, naquele terrível turbilhão, que envolverá “todos os que são mais
poderosos e civilizados na Europa numa perigosa e calamitosa
competição.”
E quem são esses “grandes Poderes do mundo” que, portanto,
estão inextricavelmente envolvidos, e que tenham assim “resolvido”? - São
os grandes Poderes da Europa, os principais dos quais foram trazidos à
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cena pelo fim do soar da Sexta Trombeta, em 11 de agosto de 1840: os
Poderes que então se tornaram responsáveis pela Turquia e, assim,
tornaram-se vitalmente ligados com a Questão Oriental original. A
princípio eram Rússia, Prússia, Áustria e Grã-Bretanha.
Antes dessa época, a Rússia havia mais de uma vez aparecido na
história da Império Romano Oriental. Tendo início em 865 AD, “ num
período de cento e noventa anos, os russos fizeram quatro tentativas de
saquear os tesouros de Constantinopla .” Essas expedições eram todas
navais: 865 AD, 904 AD, 941 AD e 1043AD. “A memória dessas frotas árticas
que pareciam descer a partir do círculo polar, deixou uma impressão de
terror na cidade imperial. De acordo com a crença popular, foi divulgado
que uma estátua equestre na praça de Taurus (Touro) foi secretamente
inscrita com uma profecia de como os Russos, nos últimos dias, deveriam
torna-se mestres de Constantinopla. Talvez a presente geração ainda possa
contemplar a realização da predição, de uma rara previsão, da qual o estilo
é inequívoco e a data inquestionável.” “Declínio e Queda”, cap. LV, par. 12,
13.
Mas não é somente nessa profecia que a Rússia tem um lugar com
relação aos último dias: ela tem um lugar também nas profecias da Palavra
de Deus. Em Ezequiel, capítulos trinta e oito e trinta e nove, descreve-se um
grande poder que nos “últimos dias” seria predominante nos “quartos
norte” da Ásia. Os primeiros versos de cada capítulo falam de “Gogue, a
terra de Magogue, o príncipe de Meseque e Tubal .” Por exemplo: “Filho
do homem, dirige o teu rosto contra contra Gogue, terra de Magogue,
príncipe e chefe de Meseque e Tubal, e profetiza contra ele.” Ezequiel 38:
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Meseque foi um dos netos de Noé, que passou do país do Eufrates,
subindo até a Mesopotâmia, no que é agora a Rússia, e tornou-se o
progenitor do povo que se instalou no lugar e construiu a cidade que é
agora chamada Moscou - os Moscovitas – “e que ainda dão nome à Rússia
em todo o Oriente .”
Magog era outro dos netos de Noé que povoou todo o norte da
Ásia - a terra antigamente chamada Cítia, mas agora, Sibéria.
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Tubal é outro dos netos de Noé que se estabeleceram naquela
região do norte da Ásia, que ainda leva o nome de Tobolsk.
Agora, pela palavra em Ezequiel, o chefe de todos estes é o
“príncipe de Rosh”; e a palavra “Rosh” é a palavra-raiz da palavra Russos -
Roshians - e assim de Rússia, o país dos Russos. O relato adicional desse
poder, em Ezequiel, fala definitivamente dele e de seu lugar “nos últimos
anos”, e nos “últimos dias.” Eze. 38: 8, 16. Na mesma relação, menciona-se
(Ezequiel 39:17, 18) a grande festa das aves do céu descrita em Apocalipse
19:17, 18, que ocorre na vinda do Senhor e no fim do mundo. As Seis Pragas
de Apocalipse 16 são referidas em Ezequiel 39: 2, margem; e a Sétima Praga
de Apocalipse 16: 18-2 1 é referida em conexão com o príncipe de Rosh, em
Ezequiel 38:19, 22.
Ao longo de Ezequiel 38 e 39, este poder de Rosh, Magogue,
Meseque e Tubal, é mencionado como vindo das “partes do norte”, e este
príncipe de Rosh é citado como vindo de seu “lugar nas partes do norte.”
E, apenas olhando para um mapa, é fácil para qualquer um ver que a Rússia
ocupa as partes norte da maior porção do mundo Oriental. Assim, quer haja
ou não alguma inscrição sobre essa estátua equestre em Constantinopla,
sugerindo que nos últimos dias os Russos se tornariam os mestres de
Constantinopla, seria perfeitamente fácil para todos saber por essas
escrituras o lugar que seria ocupado no mundo pela Rússia nos últimos
dias; e, a partir daí, reunir então a sugestão do que agora é esperado pelo
mundo inteiro - que “os russos nos últimos dias devem tornar-se mestres
de Constantinopla .”
Desde 1840, a Áustria caiu para o nível de um segundo ou terceiro
poder; mas a França sustenta-se plenamente em seu lugar como uma das
grandes Potências, controlando os negócios da Turquia, embora a Áustria
ainda esteja envolvida na questão. A França de fato, tornou-se conectada
com Questão Oriental em 1798, quando Napoleão fez sua ambiciosa
expedição ao Egito e ao Oriente, para tomar Constantinopla, e “mudar a
face do mundo”, de modo que ela deve ser contada com os outros. Desde
1840 a Prússia formou uma combinação que inclui toda a Alemanha, sendo
ela mesma a líder, e seu rei como o imperador alemão; e assim permanece
como um dos primeiros Poderes do mundo. Deste modo, com exceção da
Áustria, os Poderes envolvidos na Questão Oriental original são os chefes
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das grandes nações de hoje - Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha, França. E
três destes – Grã-Bretanha, Alemanha, França - envolvidos na Questão
Oriental, que é o resultado da queda de Roma Oriental, são as três
Potências mais fortes das nações do Ocidente, que foram o resultado da
queda de Roma Ocidental. Dito de outra forma, essas três grandes
Potências - Grã-Bretanha, Alemanha, França - envolvidas na Questão
Oriental, que é a resultante da Quinta e Sexta das Sete Trombetas, são as
três maiores Potências que foram plantadas no território de Roma
Ocidental, a qual foi arruinada pelos eventos das primeiras quatro das Sete
Trombetas.
Aqui surge outro pensamento importante: Por que é que esses
Poderes estão tão certos de que, se o Poder Turco fosse deixado cair, eles
iriam lutar entre si mesmos? Porque é que eles iriam desperdiçar todo esse
tempo em que estiveram unidos dia e noite por mais de meio século, para
impedir aquele Poder (Turquia) de cair? - Aqui está a resposta: Quando o
Poder Turco cair, haverá um território muito valioso a ser possuído por
algum Poder. O jornal Economist, de Londres, recentemente disse que
aquele território “pode e deve ser uma das mais florescentes regiões da
Terra”. E uma vez que cada uma dessas potências está determinada a
possuir tudo o que pode agarrar desses territórios, é simplesmente
impossível para eles fazerem um acordo sobre a divisão. Portanto, eles
sabem que é inevitavel haver uma guerra entre todos eles tão logo seja
permitido que o Poder Turco caia.
Esta é a condição universalmente reconhecida das coisas. E essas
Potências temem a guerra inevitável que deve acontecer sobre a divisão do
território envolvido. Dessa forma, eles mantêm o governo Turco vivo, para
afastar a divisão, a qual traria guerra; e, ao mesmo tempo, cada poder
manobra todo esquema possível, até ao limite da guerra, a fim de aumentar
seu poder e suas explorações no Oriente, de modo que, quando chegar o
inevitável momento (que deve vir), eles tenham a maior base possível
sobre a qual exigir suas reivindicações na divisão final do despojo.
Isso, por sua vez, faz com que cada uma dessas grandes Potências
espalhe seu poder o mais possível no Oriente inteiro. Até agora, no
presente momento, essas Potências, em sua apreensão de poder e
influência no Oriente, absorveram tudo o que encontraram pela frente até
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o extremo Oriente, na capital da China. Assim, é estritamente verdadeiro
que o emaranhado da China, como é hoje, é o resultado direto da Questão
Oriental original que começou em 11 de agosto de 1840. E essa maior
Questão Oriental, como é hoje, não é senão o resultado da Questão
Oriental original, que se centrou em Constantinopla desde 11 de agosto de
1840. E, na natureza do caso, não pode haver solução da maior Questão
Oriental, que se centraliza na China, a qual não envolverá a Questão
Oriental original que se assenta na Turquia. Isso, porque a maior Questão
Oriental, que se centra em Pequim, é a resultante direta da Questão
Oriental de Constantinopla; e também porque todos os Poderes agora
concentrados na maior Questão Oriental que centraliza em Pequim (exceto
os Estados Unidos e Japão) são Potências idênticas da Questão Oriental
original que se centralizou em Constantinopla.
E embora essas Potências, com exceção da Rússia e da Áustria,
fossem originalmente, e ainda são, os principais poderes do Ocidente; e
ainda, como a Questão Oriental , com a qual eles se ligaram em 1840, tem
continuado a crescer até que absorveu todo o Oriente, essas Potências do
Ocidente têm, no curso natural das coisas, se tornado também os Poderes
do Oriente.
Deve agora considerar-se duas potências que são contadas entre as
principais da maior Questão Oriental, que não estavam conectadas
inicialmente com essa questão, mas se tornaram partes dela somente
ultimamente. Estes são o Japão e os Estados Unidos.
Em 1895 estourou a guerra entre a China e o Japão. O Japão estava
em toda parte e rapidamente saiu vitorioso. Quando a paz foi estabelecida,
considerável parte do território chinês foi cedido ao Japão, e também uma
imensa indenização em dinheiro foi acordada. Mas Rússia, França e
Alemanha uniram-se em protesto contra a cessão do território. Como o
protesto ameaçador dessas três Potências estava apoiado pelo “conselho”
da Grã-Bretanha ao governo Japonês para que cedesse; o Japão, a fim de
evitar uma nova guerra, se resignou à demanda das três Potências – e o
território em questão caiu imediatamente sob a “influência” Russa.
Além disso: para permitir ao governo Chinês pagar a primeira
parcela do dinheiro da indenização, os banqueiros de Paris e de São
Petersburgo emprestaram cerca de oitenta milhões dólares para a China,
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sob a garantia do governo Russo. Mais tarde, a China garantiu outro
empréstimo dos banqueiros Ingleses e Alemães, garantido pela Receita
Federal da China. E, através disso, a Grã-Bretanha assegurou uma
possessão sobre a fortaleza e estação naval de Wei-Hai-Wei.
Estas transações tiraram do Japão todo o território que havia sido
cedido a ele pela China, com exceção da Ilha de Formosa, e do grupo de
Pescadores, e plantaram no coração dos japoneses uma determinação de
se vingar da Rússia o mais cedo possível. E assim o Japão tornou-se, e ainda
permanece, parte integrante da Questão Oriental como é hoje.
Em 1898, os Estados Unidos se envolveram em uma guerra com a
Espanha. A frota americana, em águas distantes do Leste, encontrou e
destruiu, em Manila, a frota Espanhola; e, através desta transação, os
Estados Unidos passaram a possuir as Ilhas Filipinas, e assim se tornaram
uma Potência Oriental. Sendo portanto, uma Potência Oriental, os Estados
Unidos exigiram e garantiram na China a “porta aberta”, para si e para
todas as nações, para o comércio chinês.
No mês de junho de 1900, as missões diplomáticas de alguns países
na China foram atacadas - a dos Estados Unidos igualmente com outras. A
fim de resgatar seus ministros, os Estados Unidos e as outras Potências
foram obrigadas a enviar para lá um exército. Isso levou os Estados Unidos
como um Poder para China, e associou-o ali em aliança com os outros
grandes Poderes, os quais desde o início faziam parte material da Questão
Oriental. Em 3 de julho de 1900, em nota circular a todas as Potências
interessadas, os Estados Unidos anunciaram ao mundo que “a política do
governo dos
Estados Unidos é buscar uma solução que possa trazer segurança
permanente e paz na China, preservar a ENTIDADE territorial e
administrativa da China, proteger todos os direitos garantidos às Potências
amigas por tratados e leis internacionais, e salvaguardar para o mundo o
princípio de um comércio igual e imparcial com todas as partes do império
Chinês .” Isso mostra que os Estados Unidos não só se tornaram, mas que
pretendem permanecer, um dos poderes do Oriente, e um dos mais
interessados na Questão Oriental. E até a hora em que esse panfleto foi
enviado para impresão, a influência dos Estados Unidos provou ser
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predominante em qualquer progresso feito em direção a um acordo real
entre os Poderes da China.
Ficou claro que esta Questão Oriental, tal como se centra em
Pequim, é a extensão e o alargamento da Questão Oriental original
centralizada em Constantinopla. E a crise de 1900, que trouxe todos esses
Poderes para se encontrarem na China, é apenas o resultado lógico das
medidas tomadas em 1840, na crise que trouxe os originários dessas
Potências para a posição de apoiadoreres do governo da Turquia. Assim, a
questão que se refere à Turquia é a chave da mesma questão em sua forma
alargada ao que agora diz respeito à China. Consequentemente, as
profecias que se relacionam com o poder turco nesta época, são a chave para
a compreensão da questão que envolve a China e as potências mundiais: As
Grandes Nações de hoje.
Quais são, então, os textos das Escrituras que se relacionam com a
Turquia neste tempo? -- Os últimos versos de Daniel 11 dizem respeito à
Turquia, que, como “o rei do norte”, com seu centro em Constantinopla,
ocupa, em descendência direta, o lugar do original “rei do norte” na divisão
do império de Alexandre, o Grande, como nos versículos 4-15 de Daniel 11. E
deste poder está escrito: “Ele plantará os tabernáculos do seu palácio entre
os mares no monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e ninguém o
ajudará.” Daniel 11:45.
Neste estudo vimos que várias vezes nos últimos sessenta anos o
governo Turco teria chegado ao fim se não tivesse sido distintamente
“ajudado”. De fato, vimos que nesses mais de sessenta anos, o governo
turco não poderia ter existido se não tivesse sido claramente “ajudado”
pelos Poderes cujas relações são a soma e a substância de toda a Questão
Oriental. Por tudo, é esperado que o governo turco deva finalmente deixar
Constantinopla.
Muitas vezes nestes anos, tem sido esperado que o governo turco
certamente deixe Constantinopla imediatamente. Por todos, é esperado
que quando o governo turco deixar Constantinopla, ele deva cair
rapidamente. Contudo, aguarda-se que, depois que o governo sair de
Constantinopla e antes de cair, os tabernáculos de seu palácio serão
plantados em Jerusalém, “entre os mares no monte santo e glorioso”. E
quando chegar esse tempo, que deve inevitavelmente vir logo, está escrito:
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“E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta
pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca
houve, desde que houve nação até aquele tempo.” Dan. 12: 1.
Este evento final da Questão Oriental, com seus
acompanhamentos, é adicionalmente descrito em Apocalipse 16:12: “E o
sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua água
secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”
Quanto ao literal rio Eufrates, desde o início da História, ele tem
sido cruzado e recruzado por reis e seu exércitos, mesmo em tempos de
enchentes, sem nenhuma dificuldade particular. Não pode ser, portanto, o
rio literal de que aqui se fala. Mas como águas significam “povos, multidões
e nações e línguas” (Apocalipse 17:15), a “água” aqui significa o Poder que
domina os povos que habitam o território do Eufrates; e que é o poder
Turco que deve chegar ao seu fim quando ninguém o ajudará.
E isso ocorre “para que se prepare o caminho dos reis do ORIENTE.”
Mas, com exceção dos Estados Unidos e do Japão, esses “reis do Oriente”
são os mesmos reis que tem sido a causa principal da substância da
Questão Oriental, desde sua origem em 11 de agosto de 1840 até o
presente.
Como então o governo Turco pode chegar ao seu fim? Como pode
essa “água” do “grande rio Eufrates” “secar”, exceto pela ação desses
mesmo poderes? Esses “reis do Oriente”, cujo “caminho” deve ser
“preparado” pela queda da Turquia, são os próprios Poderes que são ao
todo responsáveis pela Turquia.
Como, então, a Turquia pode chegar ao seu fim, exceto pela ação
direta dessas Potências que agora são “os reis do Oriente”? - Claramente,
esta é a única forma pela qual a Turquia pode chegar ao seu fim - a única
maneira pela qual a água do rio Eufrates pode ser secada.
Fica claro, portanto, que esses Poderes que agora são “os reis do
Oriente”, que estão num turbilhão, cujo redemoinho imediato é a China,
mas cujo original e último centro é a Turquia, alcançarão o ponto no qual
eles removerão o governo Turco de Constantinopla, e permitirão que ele
(Turquia) seja plantado em Jerusalém. E logo depois disso, deixarão que o
poder Turco “chegue ao seu fim”.
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E quando isso for feito, o que quer que os poderes pretendam, o
fim de tudo é que eles serão reunidos no Armagedom, para a batalha
daquele grande dia do Deus todo poderoso. Porque está escrito: “E da
boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três
espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos dos demônios,
que fazem prodígios ; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo,
para os congregar para a batalha, naqueles grande dia do Deus Todo-
Poderoso. . . . E os congregaram no um lugar que em hebreu se chama
Armagedom”. Apoc. 16: 13-16.
Observe aqui a notável afirmação na associação das duas
expressões nesses versículos de Apocalipse 16: O poder Turco chega ao seu
fim; a água do Eufrates seca-se, “para que se preparasse o caminho dos reis
do Oriente”; e esses “reis do Oriente” são ditos que são “os reis de todo o
mundo”.
Agora, é a verdade que três dessas potências que criaram a
Questão Oriental em 1840, com a Alemanha e os Estados Unidos, na
realidade, controlam praticamente todo o mundo. E com estas cinco
potências - Grã-Bretanha, Rússia, Alemanha, França e Estados Unidos -
todas os poderes menores são, de alguma maneira, aliados ou intimamente
associados. Assim, é totalmente verdade que os reis do Ocidente são os
“reis do Oriente”, e que “os reis do Oriente” são de fato “os reis de todo o
mundo”.
E esses poderes, ao centralizarem seus interesses no Oriente, e
plantarem seus exércitos no Oriente, estão tão somente se organizando e
manobrando suas forças, em prontidão a fim de marchar para a batalha
daquele grande dia de Deus Todo-Poderoso. E isso será quando, em sua
angústia perplexa, o governo Turco será deixado cair, e assim “o caminho”
seja preparado para que eles, “os reis da Oriente” , sejam “ajuntados”
“naquele lugar”, “chamado na língua hebraica Armagedom”.
Assim, encontramos a origem, o lugar, a situação atual, o trabalho e
o destino das grandes nações de hoje, que de fato incluem todas as nações
atuais, pois as grandes nações de hoje são “os reis de todo o mundo”. Sua
origem é encontrada através do conhecimento dos cinco primeiras das Sete
Trombetas; seu lugar é o mundo inteiro; sua situação atual é o interminável
emaranhamento da Questão Oriental, sendo que agora envolve a China
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como seu centro imediato, e a Turquia como seu centro original e final. Seu
trabalho é o arranjo de si mesmos, e a exibição de suas forças, em
preparação para “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso”; e seu
destino é o ARMAGEDOM.
As primeiras Quatro Trombetas marcam a queda do Império
Romano Ocidental; a Quinta e Sexta Trombetas marcam a destruição do
Império Romano Oriental; e a Sétima Trombeta marca a queda de todos os
impérios, de todos os reinos, e de todas as nações; pois quando o Deus do
Céu estabelecer Seu reino, “esmiuçará e consumirá todos esses reinos.”
Daniel 2:44.
O Ai da Quinta Trombeta foi chamado por Gibbon de “naufrágio
das Nações”, mas o Ai da Sétima Trombeta não será apenas o naufrágio
das nações, mas do próprio grande globo. Em Apocalipse 11:19, dentre os
eventos da Sétima Trombeta - o Terceiro Ai – estão aquele terremoto tal
qual nunca houve desde que houve homens sobre a terra, um terremoto
tão poderoso e tão grande, pelo qual toda a montanha e toda ilha são
removidos de seus lugares; e a grande saraiva: ambos vêm no tempo da
sétima praga, quando Deus “se levanta para sacudir terrivelmente a terra”,
quando a grande voz é ouvida do templo do céu, do trono, dizendo: “Está
feito”; e quando os céus se retiram como um pergaminho quando é
enrolado. “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os
poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e
nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre
nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e
da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira, e quem poderá
subsistir?” Apocalipse 16: 17-21, 6: 14-17.
E uma vez que tal é a situação, o trabalho e o destino das grandes
nações de hoje; e considerando que as complicações em que estão
envolvidas culminam apenas naquele tempo de angústia “qual nunca
houve, desde que houve nação até aquele tempo”, quando serão
libertados apenas aqueles cujos nomes se acharem “escritos no livro”; isso
faz surgir em toda a mente aquela ansiosa pergunta que foi feita antes da
crise de uma nação: “Irmãos e irmãs, o que devemos fazer?”
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E para esta pergunta, a resposta é ampla e completa, e provém da
mesma fonte - a Palavra de Deus, a Bíblia - da qual emana o verdadeiro
conhecimento das grandes nações de hoje.
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Traduzido por Marilda Barcellos
NT: Todas as ênfase foram supridas pelo autor e mantidas na
tradução.