A Revolta da Chibata foi um movimento militar na Marinha brasileira em 1910 liderado pelo marinheiro João Cândido contra a prática de castigos físicos como chibatadas. Cerca de 2.400 marinheiros se rebelaram após um colega receber 250 chibatadas, ameaçando bombardear o Rio de Janeiro caso suas reivindicações de melhores salários e fim dos castigos não fossem atendidas. Embora o governo tenha decretado o fim dos castigos, reprimiu os marinheiros depois, prend
2.
Introdução
O que foi a revolta da chibata
Causas
O líder e suas reivindicações
Fim da revolta
Conclusão
Bibliografia
Índice
3. Introdução
A Revolta da Chibata foi um importante movimento social ocorrido, no início do
século XX, na cidade do Rio de Janeiro. Começou no dia 22 de novembro de
1910.
Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As
faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou
uma intensa revolta entre os marinheiros.
4.
A Revolta da Chibata foi um movimento militar na Marinha
do Brasil, planejado por cerca de dois anos pelos
marinheiros e que culminou com um motim que se
estendeu de 22 até 27 de novembro de 1910 na baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro, na época a capital do país,
sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto.
Na ocasião rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros
contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as
faltas graves eram punidas com 25 chibatadas),
ameaçando bombardear a cidade do Rio de Janeiro.
O que foi a revolta da
chibata
5.
As condições de trabalho eram precárias: os marinheiros tinham
remuneração baixa, recebiam péssima alimentação durante as
longas viagens nos navios e, o mais grave, estavam submetidos a
punições corporais, caso desobedecessem alguma regra.
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino
Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um
colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O navio
de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a punição, que
ocorreu na presença dos outros marinheiros, desencadeou a
revolta.
Causas
6.
O líder e suas
reivindicações
O primeiro a esboçar uma reação diante da crueldade dos atos que envolviam
as práticas de castigos, e chibatadas foi um marujo negro e analfabeto
chamado João Cândido ele liderou o protesto, que tomou o controle dos
couraçados de Minas e de São Paulo. Depois de tomado o controle de ambas
embarcações, enviaram um telegrama ao presidente contendo todas as suas
reivindicações.
Entre seus pedidos estavam:
Fim dos castigos físicos aos marinheiros.
Melhora dos salários, que eram terrivelmente baixos.
Folga semanal para todos os marinheiros.
Caso o governo negasse seus pedidos eles iriam usar de toda a força que
tinham em mãos para bombardear a capital.
7. Fim da revolta
Quatro dias após o conflito, o então Presidente
Hermes da Fonseca decretou o fim de toda
prática violenta e o perdão aos marinheiros, e
após a entrega das armas e embarcações,
Hermes da Fonseca solicitou que alguns
revoltosos fossem expulsos. Mas nem tudo
ocorreu tão bem quanto eles imaginavam, já que
o governo de Hermes era autoritário, e mesmo
descumprindo suas próprias ordens, não
perdoou os revoltosos e ordenou a prisão de
alguns participantes da revolta. O governo agiu
fortemente, reprimindo os marinheiros, muitos
deles foram presos nas próprias celas
subterrâneas da ilha da Fortaleza da Ilha das
Cobras, o que levou muitos prisioneiros a morte,
devido as terríveis condições de vida do
local. João Cândido, o líder da revolução, foi
expulso da marinha e internado em um Hospital
de alienados, sendo declarado como louco. Um
local que conseguia ser pior do que qualquer
prisão. Em 1912 ele e outros marinheiros foram
absolvidos das acusações referentes a revolta, e
em 1969 ele morreu acometido por um câncer,
pobre e esquecido.
8. Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de
insatisfação ocorrida no início da República. Embora pretendessem implantar um
sistema político-econômico moderno no país, os republicanos trataram os
problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação ou busca de
soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas
para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.