O documento discute a poética e a negritude presentes nos "Etiópicos" de Léopold Sédar Senghor. Apresenta uma análise dos conceitos de intertextualidade, memória coletiva e identidade no livro, assim como a influência do surrealismo. Também aborda a ideologia negro-africana defendida por Senghor e como a poética dos "Etiópicos" representa a civilização universal a partir da nomeação ritmada de coisas da cultura africana.
4. Etiópicos
• intertextualidade interna (MUDIMBE-BOYI, 1996);
• memória coletiva e identidade abrangente (BERND, 2011)
• Surrealismo e Negritude (TATI LOUTARD, 1996);
• Surrealismo pra quem?;
• Naturalismo cosmológico; imagem poética.
1/26/2023
Encontros de Négritude
4
5. Sobre a lírica
• “Porque uma ideologia negro-africana?” (Pourquoi une idéologie
négro-africaine ? 1972);
• “[...] entre os Negros da diáspora, os Estados Unidos, as Antilhas,
agora no Brasil, e na África negra, nela mesma” (SENGHOR, 1972,
p.23, tradução nossa). No original: “ […] parmi les Nègres de la
diaspora, aux Etats-Unis, aux Antilles, maintenant au Brésil, puis
en Afrique noire elle-même.”
1/26/2023
Encontros de Négritude
5
6. “Por uma ideologia negro-africana” (Pour une
idéologie négro-africaine, 1972, p.14)
• Assimilação:
• “Assimilar sem ser assimilado”
1/26/2023
Encontros de Négritude
6
7. Na poética
• A civilização do universal;
• O reino da infância;
• “Sacralizar o objeto ou a matéria é reconhecer as qualidades
essenciais ao seu uso. Acontece que este aqui é cotidiano e
determina uma atitude diante da natureza. Ele entra na
existência” (DIAKHATÉ, 1961, p. 60, tradução nossa, grifo do
autor).
1/26/2023
Encontros de Négritude
7
8. Do onde vem em “Etiópicos”
1/26/2023
Encontros de Négritude
8
9. Brunel (2007, p.233)
• Observando, além disso, que as línguas africanas são essencialmente as
línguas concretas de uma inacreditável riqueza vocabular. Senghor
reforça em “Liberdade 1” que frequentemente, como nos poemas
populares negros, as imagens saltam da simples nomeação de coisas, a
condição que elas sejam ritmadas.
• No original: “Observant, par ailleurs, que les langues africaines sont
essentiellement des langues concrètes d’une incroyable richesse de
vocabulaire. Senghor remarque dans Liberté 1 que souvent, comme dans
les poèmes populaires nègres, les images jaillissent de la plus simple
nomination de choses, à la condition qu’elle soit rythmée”.
1/26/2023
Encontros de Négritude
9
10. Dos poemas ao posfácio.
• “O Homem e a Besta” (L’Homme et la Bête); “Congo”, “Kaya-
Magan”, “Mensagens” (Messages), “Teddungal”, “A Ausência”
(l’Absente), “Em Nova Iorque” (À New York); “Epístolas à princesa
(Êpitres à la Princesse), O último poema, “Outros cantos”
(D’autres chants) é da última parte, seguido do posfácio “Como os
lamantins vão beber na fonte” (Comme les lamantins vont boire à
la source).
1/26/2023
Encontros de Négritude
10