com o calor, o perigo da dengue aumenta. publiquei esta matéria no jornal da tarde há uns dez anos. ela dá algumas dicas de como combater o mosquito. não sei se os telefones e endereços do serviço são os mesmos, nem se ainda existem os inseticidas naturais de que falo na matéria, que são ótimos
Jardins oferecem risco de dengue se não forem bem cuidados
1. RETRANCA 1
JARDINS OFERECEM RISCO DE DENGUE
Precisamos aprender a cuidar melhor das plantas para termos mais plantas na cidade e nas
casas, mas ao mesmo tempo precisamos combater a proliferação de insetos que
acompanham os vegetais e são seus polinizadores naturais, para evitar aqueles que causam
doenças, como os mosquitos hematófagos, capazes de provocar epidemias de dengue e
outras doenças. Essa é a opinião do biólogo Antônio Eduardo, da seção de São Paulo da
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).
Ele explica que todos os jardins nos lugares onde já ocorreram ou costumam ocorrer casos
de dengue são potenciais focos de mosquitos contaminados e precisam ser periodicamente
tratados com inseticidas, de preferência biológicos, capazes de causar menos danos às
pessoas e ao meio ambiente. "Precisamos mudar a mentalidade em relação às plantas como
um todo", diz o biólogo. Existem plantas, por exemplo, como as bromélias, que acumulam
água nas folhas em forma de roseta, e servem de criadouros para mosquitos. Jardins
grandes com árvores ou áreas sombreadas, também acumulam pequenas quantidades de
água em reentrâncias, acúmulo que também pode ocorrer em folhas secas caídas. Foi o que
aconteceu há meses, no Rio, na casa da jornalista Márcia Peltier, que já pegou dengue mais
de uma vez e agora tem de vigiar suas plantas.
Antônio Eduardo conta que o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, consegue
se reproduzir em qualquer microcriadouro, como tampinhas de garrafa, poças de água em
lajes, cascas de ovos, monturos de lixo, e seus ovos permanecem viáveis por um ano,
resistindo ao frio e à seca.
O biólogo adverte que o mosquito vai picar justamente quem tiver plantas, jardim ou
outros focos de água parada, pois ele não se afasta muito do lugar onde nasceu. "Em toda a
duração da sua vida, que é de cerca de 40 dias, o Aedes no máximo se afasta de 30 a 50
metros do criadouro", diz.
"Se a pessoa conscientemente quiser cultivar plantas como bromélias, deve saber que
precisará pulverizá-las com inseticida." E ele lembra que o inseticida é sempre temporário e
paliativo, pois é degradado pelos raios solares.
Segundo Antonio Eduardo, o cultivo de plantas deve exigir mais atenção das pessoas.
"Recentemente, na Vila Nova Cachoeirinha, constatamos que 40% dos focos de mosquito
eram constituídos por aqueles pratinhos com água colocados embaixo dos vasos com
plantas."A Sucen recomenda usar areia grossa nesses pratinhos, mas constata que, mesmo a
população alertada para o problema acaba relaxando depois de algum tempo, pois
erroneamente considera que o mosquito não voltará mais. "Foi o que aconteceu em
Campinas, que ficou algum tempo sem dengue e voltou a ter surtos da doença porque a
população relaxou no controle."
Antonio Eduardo lembra que a dengue é uma doença perigosa, pois a pessoa que a contrai
pela segunda vez pode desenvolver uma forma hemorrágica que a coloca em risco de vida.
A doença também é muito contagiosa pela picada do mosquito Aedes, podendo ocorrer
surtos e epidemias que sobrecarregam os hospitais, o que pode prejudicar perigosamente o
tratamento. Não existe vacina para a doença, causada por pelo menos quatro variantes
virais.
O problema é que os inseticidas, que nos livram dos mosquitos, também são tóxicos e
seu uso inadequado pode matar uma pessoa. Eles podem também ser fatais para pássaros,
animais domésticos e para as próprias plantas, exigindo consultas a especialistas, como
2. engenheiros agrônomos, que costumam ficar de plantão nas casas que vendem artigos
agrícolas. Por isso é importante comprar os inseticidas numa boa loja do ramo, explicando
para o que vai ser usado e ouvindo a opinião de um especialista.
Ultimamente a tendência no combate a mosquitos é o uso de inseticidas biológicos, que
estão substituindo os organofosforados, mas tóxicos para o homem e o meio ambiente, mas
mesmo assim ainda muito usados. Hoje considera-se que o mais indicado para evitar a
proliferação de larvas é a pulverização com pó de Bacillus thuringiensis (inseticida
biológico usado para combater lagartas de borboletas) sempre que o jardim for grande, tiver
plantas como bromélias ou outras plantas que acumulam água, como as nepentes indianas,
carnívoras que produzem pequenos “jarros” nas pontas das folhas, onde os insetos se
afogam e são digeridos.
Usado em saúde pública para tratar áreas de mananciais e conhecido pela sigla BTI, o
Bacillus thuringiensis age como poderoso larvicida e é obtido a partir de uma cultura dessa
bactéria que é transformada num pó solúvel na água com bilhões de esporos por grama.
Pode ser encontrado em lojas agrícolas para controle de lagartas em
jardinagem. A indicação é misturá-lo com água na proporção de 20 gramas do pó para cada
dois litros e meio, pulverizando em todo o jardim uma vez por semana, principalmente nas
áreas sombreadas e debaixo de árvores e arbustos, para atingir os microcriadouros de
mosquitos.
RETRANCA 2
PROBLEMA CULTURAL
A bióloga Heloísa de Freitas, do posto do Centro de Controle de Zoonoses da
Administração Regional de Saúde 7 (ARS-7), que cuida da zona norte da cidade, conta que
explica para as pessoas que ligam das áreas de risco pedindo nebulização com inseticida
que essa medida é apenas emergencial.
"O importante é não ter criadouros de mosquito nas casas, quintais e empresas, porque o
efeito do inseticida dura apenas algumas horas." A nebulização é feita pela Sucen, que
agora usa piretróides, uma família de inseticidas biológicos derivados do piretro, um tipo de
crisântemo.
As visitas domiciliares, por sua vez, são feitas por empresas contratadas pelo Centro de
Controle de Zoonoses ou diretamente pelas Administrações Regionais de Saúde. Nessas
visitas, costumam ser usados nos criadouros o larvicida Abate, um organofosforado, ou o
BTI, indicado para ser colocado nos "copos" das bromélias, por não ser tóxico para essas
plantas.
"Infelizmente só a classe média mais esclarecida pode usar inseticidas como o Bacillus
turinginensis em seus jardins", lamenta Heloísa. "Nas periferias da zona norte que temos
visitado, por exemplo, o nível de carência às vezes é tão grande que a pessoa não tem
dinheiro para comprar uma tampa de caixa de água."
A bióloga conta que, nesses casos, tem orientado as pessoas a esticarem um pano velho e
sem furos, com trama pequena (como os de cortina, por exemplo), e fixá-lo como tampa da
caixa de água. "É uma forma de impedir que o mosquito bote ovos na água."
O problema também é cultural, pois as populações mais carentes guardam potes e
embalagens vazios para outras utilidades. Um copo de iogurte pode virar vaso ou porta-
botões, por exemplo, e por isso é guardado no fundo do quintal. "E isso não é visto como
bagulho. Bagulho para essa população é um sofá velho, quando a pessoa já comprou outro,
por exemplo", constata Heloísa. "Nos casos em que há criadouros que a pessoa não pode
3. tirar da casa, como poças em lajes, uma recomendação, se não houver dinheiro para
comprar inseticida, é colocar sal em cada um deles, pois o mosquito evita a água salgada",
explica. "Nós, da saúde pública, também temos de improvisar..."
RETRANCA 3
INSETICIDAS BIOLÓGICOS SÃO MENOS TÓXICOS
Os inseticidas biológicos são os mais indicados tanto para a agricultura como para uso
doméstico, por serem menos tóxicos que os inseticidas químicos, como os
organofosforados. A opinião é do engenheiro agrônomo Edson Minamioka, que orienta os
consumidores na loja de produtos agropecuários Vitali, no tradicional bairro da Luz.
Ele conta que os cultivadores de bromélias estão satisfeitos com o uso de Bacillus
thuringiensis, um inseticida para borboletas. Ele é usado para matar lagartas, mas mata
também muitas outras larvas de insetos, como a do mosquito Aedes aegypti. "O produto é
barato, pouco tóxico e muito eficaz contra larvas", diz Minamioka. Ele recomenda uma
dose mais forte que a indicada na embalagem para lagartas: "O ideal para matar larvas de
mosquitos é diluir um pacote de 20 gramas do pó que contém esporos da bactéria em 2
litros e meio de água." No primeiro mês, ele recomenda pulverizar as bromélias e áreas do
jardim onde possa haver pequenos focos de água acumulada uma vez por semana. Depois, a
pulverização de manutenção pode ser feita uma vez por mês.
O agrônomo explica que essa bactéria não é tóxica para o homem, quando em doses
residuais, mas tanto o manuseio do produto concentrado como a pulverização devem ser
feitos evitando o máximo possível a inalação e o contato com a pele.
No caso de infestação de mosquitos, o pó de Bacillus
thuringiensis pode ser misturado com calda de fumo e pulverizado no jardim para matar
não só as larvas mas também os mosquitos adultos. Também é possível usar o pó de
bacilos no quintal e no jardim, onde houver possibilidade de acúmulo de água e, dentro de
casa, para espantar os mosquitos adultos, pulverizar os cantos e lugares escuros com uma
solução de 20 ml de essência de citronela para 80 ml de água. Essa solução é vendida em
casas agrícolas com o nome Mosquito Stop, para afastar insetos de cavalos.
Começam também a ser lançados no Brasil inseticidas biológicos que misturam extrados
de plantas com esporos de bactérias e com isso conseguem combater praticamente todos os
insetos. É o caso do inseticida Natural Camp, vendido por telefone em São Paulo. Menos
tóxico que os inseticidas químicos, ele faz controle natural de pragas tanto na lavoura como
no ambiente doméstico e combate tanto larvas como insetos adultos. Deve ser usado uma
vez a cada 90 dias em ambiente doméstico e a cada mês na horta ou jardim.
Minamioka explica que os inseticidas que duram muito no ambiente são todos
extremamente tóxicos e contra-indicados, podendo matar pessoas, como tem acontecido no
Brasil. Ainda hoje ocorrem intoxicações por BHC, por exemplo, um inseticida proibido há
décadas. “Os biológicos também são tóxicos porque são concentrados e por isso a pessoa
não pode ingeri-los, respirá-los ou colocá-los em contato com a pele na forma pura”,
explica o agrônomo. “Mas eles causam menos alergias e são muito mais seguros, porque
seus micróbios e toxinas de plantas, quando em doses residuais, não atacam o homem nem
os animais, com os quais não possuem relações no mundo natural.”
Os inseticidas naturais, entretanto, também podem provocar acidentes graves. O autor
desta reportagem usou o Natural Camp, o mais avançado inseticida biológico vendido
atualmente no mercado por indicação do músico e instrumentista Roberto Menescal, para
4. quem o inseticida só atacaria vertebrados, poupando seus gatos cachorros e passarinhos.
Para desgosto do repórter, ao pulverizar um pomar com limoeiros e lichías floridos, ele
acabou causando a morte de três passarinhos: dois beija-flores e um sabiá. Os beija-flores
porque sugaram néctar das flores pulverizadas e o sabiá porque comeu insetos mortos que
caíam no chão.
Consultando especialistas, o repórter descobriu que alguns dos ingredientes do Natural
Camp são tóxicos para animais de sangue frio (peixes e lagartixas) e também para os
pequenos de sangue quente, como aves e pequenos mamíferos. É o caso do piretro que
existe no extrato de crisântemo e da nicotina dos extratos de tabaco, muito tóxica até para o
homem nessa concentração. Por isso é importante aplicá-los com máscara e afastar os
animais domésticos por pelo menos quatro horas do local da aplicação, sem esquecer
gaiolas com passarinhos e aquários com peixes.
Outra conclusão foi de que o repórter fez mau uso do produto, que nunca deveria ter sido
aplicado nas árvores em pleno florescimento, ocasião em que atraem muitos insetos
benéficos para ela.
Mesmo que nessa época as árvores tenham algumas pragas (e no caso os limoeiros
estavam com pulgões), os insetos atraídos pelas flores se encarregam de comê-las também.
E o mesmo fazem os passarinhos, atraídos pelos frutos e pelos insetos. Com isso, além de
polinizar as flores para gerar limões e lichías, os indispensáveis insetos atraídos pelo
perfume dessas flores, principalmente abelhas silvestres e até besourinhos, como a
joaninha, fazem uma espécie de faxina na árvore em troca do néctar. Depois, as joaninhas
que comem pulgões são elas próprias comidas pelos passarinhos, e o arvoredo fica livre
para enfrentar o outono e o inverno e voltar a atrair insetos e pássaros na época do
florescimento.
ARTE DE SERVIÇO COM ALGUMAS IMAGENS OU DOS PRODUTOS OU DOS
INSETOS
Informações: Sociedade Brasileira de Bromélias (SBBr), Rio de Janeiro, e-mail
bromelia@bromelia.org.br
Inseticidas para jardins, bromélias e água empossada
(menos tóxicos que os inseticidas tradicionais organofosforados)
Larvicida: Bacillus thuringiensis (BTI) - mata as larvas do mosquito, além de muitas
outras, como as lagartas e taturanas. Pode ser encontrado em pacotes pequenos, para uso
doméstico, como o Inseticida biológico Dimy Pel, vendido em pacotes de 20 gramas (R$
1,90), que são misturados a 2 litros e meio de água, e em pacotes para uso em agricultura,
como o Dipel DM, que custa R$ 24 (embalagem de meio quilo) e rende 75 litros. Pode ser
encontrado em lojas de produtos agropecuários, como a Vitali, Rua São Caetano, 332,
bairro da Luz, fone 228-8711.
Inseticida natural: calda de fumo – ao contrário do que se pensa, é um inseticida forte e
tóxico, pois possui concentração de nicotina mortal até para o homem. Ferver 20 gramas
de fumo de rolo em 1 litro de água por meia hora e aplicar uma vez por semana, usando
máscara. Não se recomenda usar o processo de deixar o fumo em maceração na água por
uma noite, sem ferver e usar a calda em seguida. É que o tabaco é portador de um vírus, o
vírus-do-tabaco, que também ataca outras plantas, como orquídeas (cymbidiuns e muitas
5. outras). Por isso os orquidófilos evitam o uso da naturalíssima mas perigosa calda de fumo
em seus orquidários. É possível também obter nas boas empresas que lidam com inseticidas
naturais, extratos de tabaco tratados para não conter vírus.
Inseticida de amplo espectro
Dedetizador biológico: Natural Camp, feito com extratos de 11 plantas (crisântemo,
salsaparrilha, fedegoso, neem, urtiga, losna, cipó-imbé, anona, tabaco, cinamono, assa-
peixe e timbó), além de ácidos glicólico, fólico, glicínico, alantóico, fosfórico, bórico e
húmico, e esporos de seis microrganismos (Bacillus thuringiensis, B. azopirillium, B.
chrorobbium, B. clostriddium, B. rhodospirilum e Metarhizium spp) e sal de cozinha como
conservante. Custa R$ 80 a embalagem de 1 litro, que deve ser diluído em 100 litros de
água. Pode ser usado para combater larvas e todo tipo de inseto no jardim e até dentro de
casa. Deve ser aplicado com cuidado, afastando os animais domésticos, sem esquecer
aquários com peixes e gaiolas om pássaros, por pelo menos 4 horas do local da aplicação.
Não faz mal para as plantas, mas não deve ser aplicado quando a floração estiver intensa,
pois pode intoxicar insetos benéficos como abelhas e até passarinhos. Vendas só pelo
telefone: 0800-161131.
Repelentes de mosquitos
(não-tóxicos, pois não são inseticidas)
Vela de andiroba: exala um agente ativo que inibe o apetite de qualquer mosquito
hematófago (que se alimentam de sangue), fazendo com que ele não tenha vontade de
picar-nos. O produto é atóxico, não solta fumaça e não tem cheiro. É produzido a partir da
semente de andiroba, árvore amazônica e indicado pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz),
que a desenvolveu. É produzida em escala industrial há três anos por empresas licenciadas
pela Fiocruz, como a Natu-science, em Itaipava (RJ), e o Laboratório Farmacêutico do
Estado de Pernambuco (Lafape). Segundo estudos da Fiocruz, no Rio, é eficaz contra os
mosquitos Culex (transmissor da filariose), Anophelles (malária) e Aedes aegypti (dengue e
febre amarela). As velas devem ficar acesas durante o dia, para agir sobre o Aedes, que tem
hábitos diurnos, e à noite, para inibir a ação dos outros mosquitos, que são a maioria. Um
kit da Natu-Science, com duas velas de 170 gramas (duração de 72 horas cada uma) e um
suporte de alumínio, custa entre R$ 10 e R$ 11. Uma vela é suficiente para manter um
cômodo de 10 metros quadrados livre dos mosquitos famintos.
Óleo de citronela: solução de 20 ml de essência de citronela emulsionada em 80 ml de
água. Essa solução é vendida em casas agrícolas com o nome Mosquito Stop, para afastar
insetos de cavalos e não atrapalhar competições de equitação ou exposições de animais.
Age como repelente que também pode ser passado na pele humana para fazer passeios em
matas infestadas de mosquitos. Dificilmente causa alergia. Tem efeito residual, se
pulverizado em ambientes a cada dois ou três dias. A desvantagem é que com o tempo
engordura tacos e pisos de sinteco, sendo mais indicado para pisos de cerâmica. À venda
em lojas de produtos agropecuários e pelo telefone 0800-161131.
6. outras). Por isso os orquidófilos evitam o uso da naturalíssima mas perigosa calda de fumo
em seus orquidários. É possível também obter nas boas empresas que lidam com inseticidas
naturais, extratos de tabaco tratados para não conter vírus.
Inseticida de amplo espectro
Dedetizador biológico: Natural Camp, feito com extratos de 11 plantas (crisântemo,
salsaparrilha, fedegoso, neem, urtiga, losna, cipó-imbé, anona, tabaco, cinamono, assa-
peixe e timbó), além de ácidos glicólico, fólico, glicínico, alantóico, fosfórico, bórico e
húmico, e esporos de seis microrganismos (Bacillus thuringiensis, B. azopirillium, B.
chrorobbium, B. clostriddium, B. rhodospirilum e Metarhizium spp) e sal de cozinha como
conservante. Custa R$ 80 a embalagem de 1 litro, que deve ser diluído em 100 litros de
água. Pode ser usado para combater larvas e todo tipo de inseto no jardim e até dentro de
casa. Deve ser aplicado com cuidado, afastando os animais domésticos, sem esquecer
aquários com peixes e gaiolas om pássaros, por pelo menos 4 horas do local da aplicação.
Não faz mal para as plantas, mas não deve ser aplicado quando a floração estiver intensa,
pois pode intoxicar insetos benéficos como abelhas e até passarinhos. Vendas só pelo
telefone: 0800-161131.
Repelentes de mosquitos
(não-tóxicos, pois não são inseticidas)
Vela de andiroba: exala um agente ativo que inibe o apetite de qualquer mosquito
hematófago (que se alimentam de sangue), fazendo com que ele não tenha vontade de
picar-nos. O produto é atóxico, não solta fumaça e não tem cheiro. É produzido a partir da
semente de andiroba, árvore amazônica e indicado pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz),
que a desenvolveu. É produzida em escala industrial há três anos por empresas licenciadas
pela Fiocruz, como a Natu-science, em Itaipava (RJ), e o Laboratório Farmacêutico do
Estado de Pernambuco (Lafape). Segundo estudos da Fiocruz, no Rio, é eficaz contra os
mosquitos Culex (transmissor da filariose), Anophelles (malária) e Aedes aegypti (dengue e
febre amarela). As velas devem ficar acesas durante o dia, para agir sobre o Aedes, que tem
hábitos diurnos, e à noite, para inibir a ação dos outros mosquitos, que são a maioria. Um
kit da Natu-Science, com duas velas de 170 gramas (duração de 72 horas cada uma) e um
suporte de alumínio, custa entre R$ 10 e R$ 11. Uma vela é suficiente para manter um
cômodo de 10 metros quadrados livre dos mosquitos famintos.
Óleo de citronela: solução de 20 ml de essência de citronela emulsionada em 80 ml de
água. Essa solução é vendida em casas agrícolas com o nome Mosquito Stop, para afastar
insetos de cavalos e não atrapalhar competições de equitação ou exposições de animais.
Age como repelente que também pode ser passado na pele humana para fazer passeios em
matas infestadas de mosquitos. Dificilmente causa alergia. Tem efeito residual, se
pulverizado em ambientes a cada dois ou três dias. A desvantagem é que com o tempo
engordura tacos e pisos de sinteco, sendo mais indicado para pisos de cerâmica. À venda
em lojas de produtos agropecuários e pelo telefone 0800-161131.