Este documento discute o conceito de treino desportivo e seus objetivos. Apresenta definições de treino de acordo com diferentes autores e descreve os objetivos gerais do treino desportivo, incluindo o desenvolvimento de aptidões específicas, físicas, psicológicas, espírito de equipe, saúde do atleta e prevenção de lesões. Também discute a importância de treinar em diferentes níveis de especificidade, não apenas com exercícios que envolvam a bola.
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1. CONCEITO DE TREINO
Para Bompa (1983), o Treino Desportivo é uma atividade desportiva sistemática
de longa duração, graduada de forma progressiva a nível individual, cujo objetivo
é preparar as funções humanas, psicológicas e fisiológicas para poder superar as
tarefas mais exigentes.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO
ANDRI VER, LECLERQ e CHIGNON (França), definem Treino Desportivo como um
conjunto de procedimentos tendentes a conduzir um ser humano ao máximo das
suas possibilidades físicas.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO
Por sua vez BAYER (Alemanha), diz-nos que o Treino Desportivo é um meio
encaminhado a exercitar e coordenar as funções fisiológicas dos diferentes
grupos musculares do organismo.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO
MATVÉIEV (Rússia), define o Treino Desportivo, como um fenómeno pedagógico,
sendo um processo especializado da Educação Física orientada, cujo objetivo é
alcançar elevados resultados desportivos.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
A noção de treino está, fundamentalmente, ligada a duas ideias principais:
■ Ao trabalho a realizar num determinado campo de atividade para se conseguir
um nível de eficácia elevado. Esta ideia aparece normalmente associada a uma
prática de repetição de tarefas, muitas vezes apresentadas segundo sequências
facilitadoras, organizadas de acordo com uma lógica de dificuldade crescente.
■ Ao processo de preparação para um qualquer acontecimento que exija grande
concentração por parte do indivíduo ou uma utilização dos recursos físicos e
psíquicos de grande exigência.
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1ª parte: Conceito de treino
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O treino desportivo abarca estas duas ideias e subordina-as a um propósito
principal: a obtenção do máximo desempenho desportivo.
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1ª parte: Conceito de treino
Entende-se por desempenho desportivo,
também conhecido pelo termo inglês
“performance”, o resultado, obtido em
competição, que expressa as
possibilidades máximas individuais numa
determinada disciplina desportiva, num
determinado momento de
desenvolvimento do atleta e da época de
preparação.
O desempenho, especialmente em
desportos baseados na locomoção, ou seja,
na ação de translação do próprio corpo de
um ponto no espaço para outro, pode ser,
por exemplo, o tempo levado a percorrer
uma dada distância (fazer 14 minutos aos
5000 m é um desempenho) ou a distância
percorrida num determinado período de
tempo (conseguir correr 24 km numa hora).
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
Quando se fala em treino desportivo, estamos sempre a colocar a questão de
uma preparação ótima e sistemática para a competição. Não existe treino
desportivo sem um quadro competitivo definido e regulamentado que enquadre,
do ponto de vista das dinâmicas sociais, esta prática.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
No entanto, a preparação para a competição desportiva, é um processo que tem
que ser entendido a longo prazo, devendo desenrolar-se no máximo respeito
pelas características individuais, motivação e integridade do estado de saúde do
praticante.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
Daí que se considere que, se bem que não exista desporto, ou treino desportivo,
sem a competição, também não se poderá falar em treino desportivo quando
este não é firmemente orientado segundo uma perspectiva pedagógica e
formativa tendo em vista o desenvolvimento pessoal de cada praticante.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
Consideramos, então o treino desportivo como um processo pedagógico
complexo, porque aquilo que o treinador tem que fazer, essencialmente, é, de um
modo apropriado e bem adaptado às capacidades e fraquezas de cada um, ensinar
novas destrezas e formas de obter sucesso na competição, desenvolvendo,
simultaneamente, a capacidade de trabalho e de entrega do praticante, o espírito
de equipa e a aptidão de cooperação, a vontade de superação.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
O treino desportivo, conduzido adequadamente enquanto processo pedagógico é,
também, um fator de enriquecimento cultural e um estímulo para o
desenvolvimento intelectual e cognitivo.
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1ª parte: Conceito de treino
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
A quantidade enorme de fatores com que se lida no dia a dia do treino desportivo
fazem dele, também, um fenómeno complexo, que exige, para que seja bem
sucedido, saber e experiência por parte do elemento orientador e condutor deste
processo: o treinador.
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1ª parte: Conceito de treino
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Outras Perspetivas…
O Treino é um processo pedagógico
que visa desenvolver as
capacidades técnicas, táticas, físicas
e psicológicas dos praticantes e das
equipas, articulado com princípios
científicos, através da prática
sistemática e planificada do
exercício.
Curso Treinadores III Grau Porto, 2014
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1ª parte: Conceito de treino
O Treino é um processo sistematizado. Isto é,
não é apenas um conjunto de repetições de
exercícios escolhidos sem qualquer critério
que não seja a inspiração do momento. Tudo o
que se realiza no treino deve manter uma
relação lógica com os objetivos traçados pelo
Treinador (treinar em especificidade)
.
Curso Treinadores III Grau Porto, 2014
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
TREINO
Pretende que os praticantes sejam capazes de resolver as
situações que enfrentam durante a competição através do:
Domínio das ações técnicas e dos comportamentos táticos;
Adaptação do organismo aos esforços intensos solicitados
pela competição;
Habituação progressiva dos praticantes às exigências psico-
-emocionais da competição.
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1ª parte: Conceito de treino
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CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
Objetivos do Treino Desportivo:
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1ª parte: Conceito de treino
Eficácia
máxima
Recuperações
rápidas
Mínimo dispêndio
energético
Rendimento
Desportivo
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1. CONCEITO DE TREINO DESPORTIVO E OS SEUS OBJETIVOS
Um autor bem conhecido no âmbito do treino desportivo sistematiza do seguinte
modo aquilo que considera serem os objetivos gerais desta atividade (Bompa, 1999):
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1ª parte: Conceito de treino
1. Desenvolvimento Específico das
Aptidões e Capacidades
2. Desenvolvimento Físico Multilateral
4. Espírito de equipa
3. Desenvolvimento psicológico
5. Estado de saúde do atleta
6. Prevenção de lesões
7. Bases teóricas
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1ª parte: Conceito de treino
1. DESENVOLVIMENTO ESPECÍFICO DAS
APTIDÕES E CAPACIDADES
O treino está centrado na preparação para
a competição. Neste sentido, ele procura,
em primeira instância, otimizar as aptidões
que mais influência terão nos resultados
desportivos. Isto implica uma integração
dos vários fatores do treino, sendo o treino
das qualidades físicas o suporte para um
melhor aprofundamento das habilidades
técnicas e uma melhor capacidade
concretização dos procedimentos táticos.
2. DESENVOLVIMENTO FÍSICO
MULTILATERAL
Apesar do anterior, é reconhecida a
necessidade de uma base alargada de
adaptações orgânicas e de um repertório
motor vasto e variado para melhor
responder às necessidades da preparação
especializada. Esta temática é nuclear no
âmbito da formação desportiva inicial e
relaciona-se, naturalmente, com a
manutenção do estado de saúde do atleta e
da prevenção de lesões.
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1ª parte: Conceito de treino
3. DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO
Neste campo fala-se muitas vezes das
“qualidades volitivas*”: disciplina de treino
e de comportamentos em competição;
confiança; coragem; vontade de vencer;
gosto pela superação individual.
4. ESPÍRITO DE EQUIPA
Surge como necessidade em todos os
desportos, sejam coletivos ou individuais.
Tem a ver com a criação de uma cultura de
grupo propiciadora de coesão interna e
com amplas consequências no campo da
motivação, portanto, influenciando
grandemente a otimização dos resultados
desportivos e a longevidade da carreira do
atleta.
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1ª parte: Conceito de treino
5. ESTADO DE SAÚDE DO ATLETA
A manutenção em estado ótimo da saúde
do atleta e prevenção cuidadosa de todos
os fatores de risco são preocupações
centrais num programa de treino
desportivo bem organizado e com impacto
social. A consideração de fatores como a
recuperação física, a integridade dos
equipamentos, a organização dos
exercícios, e muitos outros, podem ser
incluídos neste quadro.
6. PREVENÇÃO DE LESÕES
Este objetivo, ligado ao anterior, reveste-se
de um carácter mais restrito e detalhado,
uma vez que diz respeito, muito
especialmente à organização dos exercícios
de treino e ao suporte articular e muscular
envolvido, que deve estar plenamente
assegurado. Pode ter uma importância
especial no atleta jovem principalmente em
disciplinas desportiva onde o impacto físico
e o contacto entre oponentes é mais
habitual.
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1ª parte: Conceito de treino
7. BASES TEÓRICAS
A atividade do treino deve ser
acompanhada pela exposição e discussão
sobre os procedimentos e seus
fundamentos. Não é aceitável que um
atleta não saiba distinguir um esforço de
base aeróbia de um outro de velocidade e
que não entenda quais os mecanismos
subjacentes. Esta questão alarga-se aos
domínios técnicos e táticos, assim como à
relevância de muitos fatores psicológicos,
entre eles o controlo da ansiedade pré-
competitiva.
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
“Aqui só se treina em especificidade. É tudo com bola.”
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
Nos meandros do treino desportivo, em concreto na modalidade de futebol,
ainda subsiste a crença, ou o mito, de que qualquer exercício que contenha a bola
é específico. A classificação que é feita dos exercícios baseia-se,
fundamentalmente, na premissa: tem bola é específico, não tem bola é geral!
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
Como é evidente, esta é uma visão extremamente redutora e limitada do treino e
condiciona, em muito, o processo de preparação de qualquer equipa para a
competição.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
Treinar em especificidade implica trabalhar num contexto que replique, o mais
aproximadamente possível, a realidade que se irá encontrar na competição, quer
seja a um nível mais macroscópico (ex: organização defensiva), ou mais
microscópico (ex. pontapés de canto defensivos).
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1ª parte: Conceito de treino
26. 26
1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
A bola é essencial, mas não é determinante para o exercício apresentar um
caráter específico. Para isso, terá de se acrescentar companheiros de equipa,
adversários, objetivos definidos em função da filosofia da equipa técnica e,
também, controlar algumas variáveis do foro contextual que possam ser
antecipadas, relativamente ao que é expectável ocorrer no compromisso
competitivo seguinte (dimensões do espaço, características do terreno,
temperatura, qualidade do árbitro, ruído do público, etc.).
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
No fundo, treinar em especificidade é jogar com propósitos bem definidos. Para o
treinador, significará propor situações de jogo, mais ou menos reduzidas (mais ou
menos microscópicas), que pressuponham uma interação permanente entre os
jogadores (cooperação e oposição) e o seu envolvimento, equacionando inúmeras
variáveis passíveis de afetar momentaneamente a organização das ações dos
indivíduos e o plano estratégico-tático da equipa.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
Por exemplo, uma equipa a jogar com menos um jogador, por motivo de expulsão
ou lesão, conduz a um reajustamento das missões e das ações táticas dos outros
elementos da equipa.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
“Só se poderá chamar especificidade se houver uma permanente relação entre as
componentes psico-cognitivas, tático-técnicas, “físicas” e coordenativas, em
correlação permanente com o modelo de jogo adotado e respetivos princípios
que lhe dão corpo (Oliveira, 1991).
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
O treinador é o espelho do seu modelo de jogo
Os jogadores e a equipa são o espelho dos
métodos de treino utilizados
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1ª parte: Conceito de treino
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1.1 TREINO VERSUS NÍVEIS DE ESPECIFICIDADE
A especificidade é um pressuposto fundamental na conceptualização e
estruturação dos métodos de treino
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1ª parte: Conceito de treino
1. Manter as particularidades do
todo numa parte
2. Manter uma lógica de
continuidade e de sentido
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1ª parte: Conceito de treino
2. Manter uma lógica de continuidade e de
sentido
Cada método de treino deve
representar uma parte do todo
(modelo de jogo), mantendo-se no
interior do seu quadro conceptual e
operacional.
A aplicação de diferentes temas de
treino não devem ser encarados como
uma fragmentação do jogo, mas sim,
como uma lógica de continuidade
estrutural e funcional.
A conceção e ordenação dos meios de treino
em cada sessão ou microciclo não devem
“fragmentar” o modelo de jogo
Devem desenvolver-se numa continuidade
lógica de identidade do conteúdo e estrutura
de jogo, convergindo num sentido único.
Se assim não for, estaremos perante uma
nova forma de mutilação da realidade deste.
1. Manter as particularidades do todo
numa parte
33. 33
FADIGA (CONCEITO)
Uma das questões mais pertinentes que podemos atualmente colocar no estudo
fisiológico do futebol é saber porque é que a performance dos jogadores piora à
medida que o jogo se aproxima do seu final (Rebelo et ai. 1997). Dito por outras
palavras, urge estudar/compreender como é que a fadiga se desenvolve no
decorrer do jogo.
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1ª parte: Conceito de treino
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FADIGA (CONCEITO)
A fadiga pode ser definida como a incapacidade de manter uma determinada
intensidade de exercício (Duarte, 1989) em resposta à atividade muscular, reversível
através do repouso (Sargeant, 1994).
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1ª parte: Conceito de treino
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SOBRETREINO (CONCEITO)
Outra questão relevante a compreender nesta área (fadiga no futebol) é se, face à
extensão do período competitivo e ao grande aumento do número e da duração
das sessões de treino que tem vindo a verificar-se, os futebolistas correm o risco
de entrarem em sobretreino.
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1ª parte: Conceito de treino
36. 36
SOBRETREINO (CONCEITO)
O sobretreino é um complexo de condições clínicas caracterizado pela estagnação
ou mesmo pelo decréscimo da performance, apesar da continuidade do treino
(Kuipers e Keizer, 1988; ParryBillings et ai. 1993; Soares et ai. 1998).
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1ª parte: Conceito de treino
37. 37
SOBRETREINO (CONCEITO)
Trata-se de uma resposta de stress geral do organismo ao treino de grande
volume e/ou de alta intensidade, em que são utilizados períodos de recuperação
inadequados entre as sessões de treino (Mackinnon e Hooper, 1992). A recuperação deste
estado de desadaptação funcional e fisiológica pode durar semanas ou mesmo
meses (Kuipers e Keiser, 1988).
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1ª parte: Conceito de treino
38. 38
SOBRETREINO (CONCEITO)
O estudo do sobretreino nos jogos desportivos coletivos é relativamente recente.
A sua aplicação ao futebol pode mesmo ser considerada rara. A aceitação
tradicional de que se tratava de uma modalidade em que apenas a competição
colocava grandes exigências tanto a nível físico, como psicológico terão estado na
génese destes factos.
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1ª parte: Conceito de treino
39. 39
SOBRETREINO (CONCEITO)
Com efeito, a duração média diária dos treinos de futebol (1 a 2 horas) terá
levado a que se considerasse que, sob tão baixo volume de exercício, não se
encontrariam atletas sobretreinados. Todavia, face ao substancial aumento do
número de horas de treino e, em particular, do número e da intensidade das
competições que têm vindo a caracterizar a evolução da modalidade nos últimos
anos, não nos parece irreal esperar encontrar jogadores sobretreinados em
alguma fase da época desportiva. A verificar-se este quadro, as componentes
física e psicológica seriam as grandes responsáveis; as duas áreas em que o
sobretreino pode ter origem (Kreider et ai. 1998).
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1ª parte: Conceito de treino
40. 40
FADIGA E SOBRETREINO (CONCEITOS)
Nos últimos slides pretendeu-se dar compreender de forma genérica a fadiga e o
sobretreino no futebol: respostas agudas e crónicas
Fadiga aguda (fadiga induzida pelo jogo): surge após esforço e desaparece
com o repouso.
Fadiga Crónicas (sobretreino): instala-se no jogador quando existe um desajuste
do volume de trabalho e repouso, por excesso de treino ou de competição e o seu
inicio é na maioria das vezes assintomático.
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1ª parte: Conceito de treino
41. 41
FADIGA E SOBRETREINO
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1ª parte: Conceito de treino
A – Adaptação Aguda ou fase de
alarme (estímulo de treino) e
consequente redução da
capacidade de rendimento;
B - Fase de recuperação;
C - Adaptação Crónica ou fase
de supercompensação;
D - Fase de adaptação
reversível (destreino).
42. 42
FADIGA E SOBRETREINO
A Adaptação Aguda - reação rápida do organismo a uma intensidade máxima e
envolve três fases fundamentais:
1- Ativação dos sistemas funcionais: aumento brusco da frequência cardíaca,
débito cardíaco e ventilatório, etc.
2- Estabilização dos sistemas funcionais
3- Diminuição progressiva do equilíbrio: entre as necessidades da atividade
e a capacidade do organismo para satisfazê-la.
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1ª parte: Conceito de treino
43. 43
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1ª parte: Conceito de treino
FADIGA E SOBRETREINO
C Adaptação Crónica
1- Utilização repetitiva de cargas que solicitem os mecanismos de resposta
rápida;
2- Adaptação do organismo a novas condições de funcionamento;
3- Estabilização e aumento das reservas funcionais
44. 44
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
A Fadiga é o Declínio do Rendimento Desportivo, como resultado da atividade
muscular.
Ou seja é a falta de capacidade para manter ou repetir uma determinada força
pela contração muscular.
De uma forma simplista podemos definir a fadiga como a rutura temporária do
equilíbrio interno (homeostasia).
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1ª parte: Conceito de treino
45. 45
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1ª parte: Conceito de treino
1 Durante o exercício as fibras se abastecem de açúcares e gorduras.
Para quebrar essas substâncias e transformá-las na energia que o
corpo precisa, o organismo produz ácido lático.
2 Em excesso, o ácido lático estimula os recetores musculares,
transmitindo aos neurónios a sensação de fadiga e enviando para o
cérebro um aviso de que o organismo está no limite
COMO SURGE A FADIGA
Mais comum que a dor, a sensação de cansaço intenso exige a interrupção da
prática corporal. Caso contrário, podem surgir cãimbras fortes.
COM EXERCÍCIOS DEMAIS…
… o organismo libera muito ácido
lático, que penetra nas placas
motoras (junção entre músculos e
neurónios), dificultando o controle
da musculatura. O resultado é a
sensação de cãimbra.
46. 46
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
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1ª parte: Conceito de treino
Incapacidade para manter:
a velocidade de deslocamento
os níveis de força e potência
Índice de
fadiga
47. 47
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
Segundo Scherrer e Monod, a fadiga obedece a dois pressupostos :
- A uma baixa da capacidade contráctil do músculo provocada pelo
funcionamento desse músculo quando um estímulo adequado se mantém
constante;
- Á diminuição da capacidade funcional, que é reversível com o repouso.
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1ª parte: Conceito de treino
48. 48
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
INDICADORES DE FADIGA POR PARTE DO JOGADOR:
- Alterações na performance;
- Redução da Eficácia;
- Redução do valores máximos e submáximos de força e velocidade;
- Aumento do número de Erros e uma maior descoordenação.
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1ª parte: Conceito de treino
49. 49
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1ª parte: Conceito de treino
FADIGA
Fatores
influenciadores
Repouso
50. 50
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
ERROS PARA A INSTALAÇÃO RÁPIDA DE UMA FADIGA INDESEJÁVEL:
❑ Responsabilidade do jogador:
- Tempo insuficiente de sono
- Insuficiente tempo de lazer
- Alimentação
- Hábitos tabágicos, etílicos, etc...
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1ª parte: Conceito de treino
51. 51
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
ERROS PARA A INSTALAÇÃO RÁPIDA DE UMA FADIGA INDESEJÁVEL:
❑ Responsabilidade do Treinador:
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1ª parte: Conceito de treino
Negligência na recuperação.
Progressão da carga ignorando os
processos de adaptação.
Excesso de competições.
Monotonia no processo de treino.
Número excessivo de falhanços.
52. 52
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
NÍVEIS DE FADIGA:
1) Crise de Adaptação
É um estado de fadiga normal após os primeiros treinos da época ou após treinos
muito intensos, são sentidas algumas dores musculares que duram 3, 4, ou 5 dias.
Não é uma situação preocupante mas há que estar atento.
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1ª parte: Conceito de treino
53. 53
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
NÍVEIS DE FADIGA:
2) Crise de Supra Solicitação
Instala-se quando o treinador não deteta a crise de adaptação e continua a
aplicar cargas para quem a resposta não é boa.
Este estado tem origem nas alterações bruscas do processo de treino sem o
respetivo controlo, a recuperação faz-se com um repouso ativo de algumas
semanas (2 /3 semanas praticando outras atividades).
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1ª parte: Conceito de treino
54. 54
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
NÍVEIS DE FADIGA:
3) Crise de Sobretreino (overtraining):
É o estado de fadiga mais grave, não se deteta no organismo do indivíduo, o
jogador pode não voltar a ser a mesma pessoa, nem voltar a repetir as suas
melhores prestações, a recuperação pode levar a uma paragem longa (até
meses).
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1ª parte: Conceito de treino
55. 55
Overtraining:
É um estado persistente de diminuição da capacidade funcional que resulta do
desequilíbrio entre a carga e a recuperação.
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1ª parte: Conceito de treino
56. 56
FATORES DETERMINANTES DO SOBRETREINO:
- Intensidade e volume elevados de treino com
insuficiente tempo de recuperação entre cargas
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1ª parte: Conceito de treino
57. 57
FATORES DETERMINANTES DO SOBRETREINO:
- Incrementos súbitos de carga de treino
- Elevada densidade das competições
- Nível de aptidão física baixo ou insuficiente
- Lesões e infeções frequentes
- Baixos níveis de motivação e instabilidade emocional
- Aporte calórico insuficiente ou dieta desiquilibrada
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1ª parte: Conceito de treino
58. 58
1.2 TREINO VERSUS FADIGA
INDICADORES DE SOBRETREINO POR PARTE DO JOGADOR:
▪ Alterações na performance ■ Anorexia (sem fome)
▪ Alterações gastro – intestinais ■ Perda de peso
▪ Aumento do tempo de recuperação (frequência cardíaca) ■ Polidipsia (muita sede)
▪ Estados de humor (hiperagressividade e hiperemotividade) ■ Insónias
▪ Fraca capacidade de adaptação ao meio envolvente ■ Perda de Concentração
▪ Maior Suscetibilidade a infeções (constipações, gripes, etc...) ■ Aumento da FC e TA - Repouso
▪ Alteração de atividade sistemas imunológico
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1ª parte: Conceito de treino
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1.2 TREINO VERSUS FADIGA
DETEÇÃO DE SOBRETREINO (FADIGA)
Para podermos diagnosticar o sobretreino (fadiga) podemos recorrer a análises
ao sangue (técnica invasiva) e a análises à urina (mais utilizada).
Indicadores de fadiga (doseamentos urinários): Proteinúria; Mioglobinúria; Ácido
vanil – mandélico; Na+ (Sódio), K+ (Potássio), Mg++ (Magnésio).
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1ª parte: Conceito de treino
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1.2 TREINO VERSUS FADIGA
CONTROLO DO PROCESSO DE FADIGA:
- Pesar-se todos os dias de manhã, depois de urinar, e não deve haver uma
diferença < 1kg em relação ao dia anterior.
- Medir todos os dias a frequência cardíaca basal(assim que acorda) em 15”, e
esta não deve estar aumentada em relação ao dia anterior mais de 10
pulsações por minuto.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.2 TREINO VERSUS FADIGA
O treinador através da sua relação quotidiana com o Jogador e baseado nos
conhecimentos que possui deverá ser o primeiro a suspeitar da instalação de uma
situação de fadiga.
Deverá também evitá-la, através da utilização de metodologias corretas e
aproveitando os contributos oriundos de outras áreas, nomeadamente a
psicológica e a médico desportiva.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.2 TREINO VERSUS FADIGA
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1ª parte: Conceito de treino
28/01/20
14
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1.2 TREINO VERSUS FADIGA
RETARDAR O APARECIMENTO DA FADIGA POR:
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1ª parte: Conceito de treino
Treino bem
orientado
Dieta
equilibrada
Acompanhamento
psicológico
Programa
recreativo
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1.3 TREINO VERSUS DESTREINO
CONCEITO DE DESTREINO: Modificações corporais em resposta a uma redução ou
paragem do treino físico regular. Extinção de um hábito ou automatismo devido à
falta de atividade.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.3 TREINO VERSUS DESTREINO
PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE
Os efeitos ou alterações induzidas no organismo pelo treino são reversíveis e a
maior parte pode perder-se quando o processo de treino é interrompido. Ainda
assim, há “adaptações conseguidas através do exercício que determinam um
traço no organismo humano” ou seja, um novo patamar de adaptação, com
perdas mais ou menos rápidas, em função daquilo que se treinou (Castelo, 1996).
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1ª parte: Conceito de treino
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1.3 TREINO VERSUS DESTREINO
PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE
O mesmo diz Hoffman (2014), citando Mujika e Padilla (2001), que mencionam
decréscimos entre 4 e 20% nas primeiras oito semanas de destreino, deixando de
verificar-se perdas após esse período.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.3 TREINO VERSUS DESTREINO
Segundo Castelo (1996), podemos afirmar:
■ que as cargas de grande volume e pequena intensidade têm um efeito de treino mais
prolongado;
■ que as cargas de grande intensidade e pequeno volume têm um efeito mais breve;
■ que as aquisições que levam mais tempo a ser obtidas mantêm-se durante muito mais
tempo;
■ que o decréscimo dos efeitos de adaptação será tanto maior quanto mais recente e
menos consolidados forem os níveis de adaptação.
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1ª parte: Conceito de treino
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1.3 TREINO VERSUS DESTREINO
De modo a minorar os efeitos negativos associados a este princípio, Manso et al.
(1996) sugerem:
i) evitar, dentro do possível, toda a interrupção do treino,
ii) assegurar continuidade no desenvolvimento complexo de todos os fatores de
rendimento,
iii) em caso de lesão evitar paragens completas do treino e
iv) ajustar as fases de recuperação de modo evitar situações que impliquem restrições ao
treino.
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