Enquanto o futuro do trabalho é tecnológico, o profissional do futuro é aquele que potencializa suas características humanas – como pensamento crítico, inovação, colaboração e flexibilidade cognitiva.
1. 1-COLABORAÇÃO
• Essa competência melhora a empatia e torna o trabalho em equipe mais fácil, ágil e eficaz. Ao colaborar
e coordenar nossas ações com as ações de outros, garantimos que tudo esteja funcionando bem em um
projeto.
• Ela não depende de posição hierárquica, nem do tamanho do time. Ao priorizar a comunicação e a
compreensão da necessidade alheia, permite que interações problemáticas ou pouco produtivas sejam
substituídas naturalmente. Munidos desse conhecimento, os próprios indivíduos identificam ruídos e
desenvolvem novos métodos ou ferramentas para se coordenar, sem precisar de interferência externa.
2. 2-INOVAÇÃO
• Já existem inteligências artificiais capazes de criar obras de arte, mas sua criatividade está baseada na
criatividade humana. Inovar nas empresas é essencial para se manter vivo e conectado com as
necessidades do mercado, fazendo parte das responsabilidades de todos os profissionais que desejam
liderar e crescer.
• Fortalecer sua capacidade de inovação significa abrir espaço para novas ideias, oportunidades e
soluções para problemas, algo que claramente beneficia qualquer tipo de trabalho – especialmente em
meio a mudanças rápidas e constantes. Na prática, significa se abrir para perspectivas diferentes,
identificar padrões e criar soluções verdadeiramente inéditas. A criatividade, vale destacar, é inata ao
ser humano. É preciso apenas permitir que ela apareça.
3. 3-FLEXIBILIDADE COGNITIVA
• Uma competência que une criatividade, raciocínio lógico e sensibilidade para problemas, a flexibilidade
cognitiva permite que uma pessoa consiga responder ao que acontece em diferentes contextos ao
alavancar seus conhecimentos anteriores, mesmo que eles não estejam diretamente conectados com
aquela situação.
• Fundamentalmente, esta é uma capacidade adaptativa, informada por aprendizados e feedbacks
passados e múltiplas perspectivas. Conforme ela é fortalecida, a flexibilidade cognitiva também
aprimora a comunicação efetiva com diferentes interlocutores, facilitando a criação de argumentos mais
precisos para cada um.
4. 4-LIDERANÇA
• O bom líder deve direcionar esforços para identificar e desenvolver os pontos fortes e fracos de seus
colaboradores e, dessa forma, auxiliá-los a entregar seu melhor. Isso significa compreender
genuinamente suas motivações, alinhá-las com os objetivos do negócio e traçar planos conjuntos que
resultem na expansão de seu potencial profissional.
• A liderança não é um aspecto burocrático do trabalho de um gestor, mas sim uma oportunidade para
conhecer o outro e se autoconhecer, criando laços mais fortes, confiáveis e produtivos no processo.
Essa transformação faz parte do novo tipo de liderança esperado hoje, uma competência humana que
envolve empatia, diálogo, co-criação, coerência e transparência e vai além da conquista de metas e
indicadores numéricos de sucesso.
5. 5-INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
• A inteligência emocional é uma competência que abriga diversas habilidades socioemocionais sob seu
guarda-chuva. Entre as mais importantes estão: preocupação com o outro (entender suas necessidades
e sentimentos), cooperação (ser uma pessoa fácil de se trabalhar), sociabilidade (saber trabalhar com e
se conectar com outros) e percepção social (reconhecer e entender as reações alheias).
• A comunicação entre seres humanos pode ser cheia de detalhes e emoções – e isso pode ter um
impacto real no sucesso e na produtividade de um negócio. Comunicar com empatia constrói relações
de confiança e cooperação.
• Quem possui um alto índice alto de inteligência emocional sabe identificar e lidar com suas próprias
condições emocionais e aquelas de seus amigos, colegas e clientes. Em seguida, consegue adaptar seu
tom de voz, gestos e postura geral de acordo com aquela situação específica para obter o melhor
resultado. Desenvolvê-la (especialmente em líderes e gestores) pode transformar positivamente
comportamentos e resultados.
6. 6-JULGAMENTO E TOMADA DE DECISÃO
• Trata-se da competência que julga os custos e benefícios relacionados com potenciais ações e a escolha
do melhor caminho (a tomada de decisão). Claramente, essa é uma característica valiosa a qualquer
momento.
• Embora o poder de tomar decisões seja inerente, visto que é constantemente exercido – ao escolher o
melhor caminho para se chegar ao trabalho ou defender uma estratégia de marketing e não outra, por
exemplo –, utilizá-lo ao máximo para analisar uma situação e entender suas implicações exige prática,
disciplina e foco.
• Considerando a vasta quantidade de dados gerada pela tecnologia (e que só deve crescer), saber julgar
e tomar decisões de forma inteligente é peça-chave para ter insights que não sejam superficiais, mas
realmente capazes de transformar o negócio.
7. 7-NEGOCIAÇÃO
• Negociar significa fazer um acordo de troca ou cooperação entre os envolvidos. Quando os interesses
de cada parte são discordantes, o líder capaz de gerenciar conflitos e determinar prioridades conseguirá
reconciliar estas diferenças e chegar a uma decisão comum.
• Para negociar bem – sobre verbas, prioridades, projetos –, é preciso ter clareza sobre a situação atual e
aquela que se quer atingir. Sobre essa base, constrói-se uma argumentação sólida, capaz de traçar uma
rota entre as duas pontas e genuinamente levar em conta desejos e anseios do outro lado.
• Não é preciso apostar em um jogo de soma-zero e antagonismos. Em seu cerne, negociar com destreza
significa construir uma compreensão mútua sobre um dado ponto de conflito e encontrar maneiras de
facilitar sua solução, não em como impor obstáculos.
8. 9-PENSAMENTO CRÍTICO
• Enquanto a tecnologia toma conta daquilo que pode ser automatizado (sejam tarefas repetitivas ou que
já foram testadas e comprovadas), as pessoas que raciocinam de maneira crítica se destacam ao
questionar suposições e diversificar seu jeito de pensar, angariando fatos, provas e múltiplas
perspectivas para ter seus insights.
• Especialmente útil na era dos dados, o pensamento crítico usa lógica e razão para identificar fraquezas e
fortalezas de conclusões. É verdade que algoritmos realizam análises cada vez mais complexas, porém
não conseguem levar em conta aspectos essencialmente humanos, como a ética e a ambiguidade.
• Quanto mais conhecimento você tiver – em sua vida pessoal ou profissional, vale destacar –, mais
insumos terá para pensar criticamente. Por isso, trata-se de uma competência que cresce com a
experiência, pois vive de conexões entre vivências diversas.
9. 10-SOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMPLEXOS
• Essa competência identifica quais são as questões de difícil resolução, leva em conta as informações
relacionadas e avalia as opções e a implementação de soluções de acordo com o mundo real. Na era da
tecnologia, é algo fundamental. Dados podem apontar possibilidades com rapidez, mas, quanto mais
complexo ou inédito for o problema, mais importante será a capacidade humana de transformar estes
dados em inteligência.
• Segundo o Fórum Econômico Mundial, 36% dos trabalhos em todas as indústrias vão requerer a
capacidade de resolver problemas complexos em 2020. Faz sentido: quando há transformações de
grande porte para serem feitas, especialmente se envolvem múltiplas opções ou cenários, ainda é o ser
humano que consegue pensar de trás para frente e enxergar novos caminhos.