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TRABALHO DE PEDOLOGIA A (6GEO47)
Prof. Dr. Pedro Vendrame
__________________________________________________________________________________________________________________________________
CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DE PERFIS DE
SOLO DA REGIÃO DE LONDRINA-PR E
ROLÂNDIA-PR
Joice Aline Gomes Pereira, Lorrant Cavanha Gabriel, Lucas Oliveira Santos, Maria
Tereza de Paula, Mariana Sayuri de Jesus de Souza, Nádia Souza Jaime, Paulo Sérgio
Gimenez Cremonez.
Curso de Agronomia - Universidade Estadual de Londrina - UEL.
Londrina, PR, Brasil.
RESUMO: O objetivo do trabalho foi avaliar na prática dois perfis de solo em
diferentes regiões para fins de complemento de aulas em sala. O trabalho foi conduzido
nas cidades de Londrina e Rolândia, na região norte do Paraná, em locais de pouca e
bastante declividade, respectivamente. Para fins de caracterização dos solos
encontrados, foram feitas análises macromorfológicas no Laboratório de Pedologia da
Universidade Estadual de Londrina. O perfil da região de Londrina demonstrou a
presença de um latossolo, e o perfil da região de Rolândia caracterizava um cambissolo.
Palavras-Chave: Pedologia, Perfil de Solo, Características Macromorfológicas,
Latossolo.
3
INTRODUÇÃO
No presente trabalho foram
analisados dois perfis de solo, um na
cidade de Londrina-Pr e o outro na
cidade de Rolândia-Pr.
Em Londrina foi encontrado a
classe de solos do tipo latossolo, que
compreende solos minerais com
horizonte B latossólico, derivados de
rochas básicas e tufitos, no caso basalto,
com teores elevados de Fe2O3 (>18% e
<40%). Apresentam altos teores de
magnetita e hematita. Devido a isso,
quando secos e pulverizados possuem
forte atração pelo ímã.
A cor característica desse tipo de
solo é a bruno-avermelhado-escura, são
altamente friáveis quando úmidos com
organização estrutural forte muito
pequena granular, conhecida como "pó-
de-café", podendo apresentar estrutura
fraca à moderadamente desenvolvida,
com textura argilosa ou muito argilosa.
Esse tipo de solo é encontrado
em regiões com relevo normalmente
suave-ondulado, com declividade
raramente ultrapassando 7%, sendo
profundos, porosos, bem permeáveis e
de fácil preparo. São de grande
significado agrícola, no entanto a
principal dificuldade agrícola é que esses
solos são de baixa fertilidade, devido à
grande quantidade de óxidos de ferro e
alumínio, além da textura argilosa, o que
favorece a adsorção de fósforo,
requerendo doses maiores na hora da
adubação.
O relevo da região objeto deste
trabalho localiza-se à sudeste da Bacia
Sedimentar do Paraná na qual afloram
regionalmente as rochas do Grupo São
Bento, constituído pelos arenitos das
Formações Piramboia e Botucatu, e os
derrames basálticos da Formação Serra
Geral, sendo o maior derrame de lavas
basálticas, marcando o período de
subsidência e estruturação da Bacia
Sedimentar do Paraná. A imagem em
anexo nos mostra a distribuição das
altitudes do relevo de Londrina, vemos
que elas variam de 400 a 640 metros
acima do nível do mar.
Na cidade de Rolândia o solo
encontrado foi um cambissolo. A classe
de solos tipo cambissolos possui como
característica a presença de horizonte B
incipiente e o baixo gradiente textural
entre os horizontes. Compreende solos
minerais não hidromórficos com
drenagem variando de acentuada até
imperfeita.
A coloração desse tipo de solo é
bruno-avermelhada, com seqüência de
horizontes A, B e C. Podem apresentar
horizonte A moderado, proeminente ou
chernozêmico. O horizonte B tem
4
estrutura fraca ou moderadamente
desenvolvidas em blocos subangulares.
Sua textura varia desde franco-arenoso
até muito argilosa, os teores de silte são
em geral relativamente elevados.
Os cambissolos derivados de
basalto ocorrem na porção mais
dissecada do relevo, normalmente em
relevo forte ondulado e montanhoso. São
normalmente pouco profundos,
eutróficos ao longo do perfil, com
elevados valores da soma de bases. São
solos de pequena profundidade, sendo
uma das principais limitações ao uso
agrícola. Práticas simples de manejo são
utilizadas no preparo destes solos; é
comum em área de cambissolos o uso de
tração animal.
Os climas encontrados em ambas
as cidades são idênticos por causa da
proximidade entre elas, sendo a distância
entre as regiões de aproximadamente
quinze quilômetros uma da outra, tendo
o clima caracterizado como subtropical
úmido mesotérmico, com um regime de
chuvas durante o ano inteiro, mas com
uma concentração pluvial no verão.
MATERIAIS E MÉTODOS
Descrição geral das áreas e materiais
utilizados
As áreas em que foram realizados
os trabalhos se localizam nos municípios
de Londrina e Rolândia (PR), localizadas
no Terceiro Planalto Paranaense. O
perfil no município de Londrina
localizou-se no Jardim Colúmbia,
situado na latitude 23º19’16.13’’S e
longitude 51º12’36.06’’O, com uma
altitude de 602 metros, e em Rolândia na
latitude 23º19’09.46”S e longitude
51º24’58.85”O com 702 metros de
altitude. Foram feitos dois perfis de solo,
no qual o de Londrina apresentou uma
profundidade de 2,2m por 1,1m de
largura em um corte de barranco em
terreno plano, e em Rolândia o perfil
apresentou 1,4m de profundidade por 1
m de largura em terreno muito declivoso.
Em Londrina, foi encontrada
vegetação secundária, sendo neste caso
gramíneas, com presença de erosão nos
barrancos que ali se encontravam em um
terreno levemente ondulado, com
drenagem boa e presença de raízes na
parte superficial. No perfil de Rolândia
foi notificada a presença de vegetação
primária de porte arbóreo, uma zona de
mata atlântica, com proporção de
material orgânico sobre o solo muito
elevada, ausência de erosão, drenagem
deficiente, apresentando um relevo
muito ondulado e uma quantidade
abundante de raízes.
5
A seguir se encontram as
fotografias aéreas dos locais onde
ocorreram as escavações dos perfis de
solo.
Figura 2 - Vista aérea do perfil 2 em Rolândia-PR,
próximo à Rua das Hortênsias. (Fonte: Google Earth)
Para cada um dos perfis foram
utilizados os seguintes instrumentos:
Figura 4 - Instrumentos utilizados na abertura do
perfil 2, em Rolândia-Pr.
Foram retiradas amostras de cada
perfil encontrado para posteriores
análises. Para recolhimento das amostras
foram utilizados potes de plástico
identificados e espátula.
Diretrizes para análise morfológica
Para a realização de uma análise
morfológica de um perfil de um solo é
necessário seguir as instruções
encontradas no Manual Técnico de
Pedologia do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Na
análise morfológica são encontradas
quatro características a serem estudadas:
cor, textura, consistência e estrutura. As
diretrizes para as análises de cada
característica seguem-se abaixo.
Estrutura
De acordo com o Manual
Técnico de Pedologia do IBGE, a
caracterização do tipo de estrutura deve
Figura 1 - Foto aérea da localização do perfil 1 em
Londrina-PR, na Rua Procópio Ferreira, com
acesso rápido à PR-445, próximo a Universidade
Estadual de Londrina. (Fonte: Google Earth)
Figura 3 - Instrumentos utilizados na abertura do
perfil 1, em Londrina-Pr.
6
ser feito de acordo com essas três
situações:
- Ausência de agregação de partículas:
denominação de grão simples, caso não
haja nenhuma coesão entre as partículas,
ou maciça, quando há coesão entre as
partículas, mas elas se apresentam
uniformemente;
- Presença de agregação de partículas:
são caracterizados em vários formatos
específicos, sendo eles: laminar,
prismática, blocos (poliédricas), blocos
angulares, blocos subangulares, granular,
cuneiforme e paralelepipédica,
cuneiforme e finalmente somente
paralelepipédica;
Consistência
É o termo usado para designar as
manifestações de forças físicas de coesão
e adesão verificadas no solo, variando
com os teores de umidade (Manual
Técnico de Pedologia, 2ª Edição). Deve
ser realizada sobre três condições do
solo: seco, úmido e molhado,
lembrando-se que, quando da análise do
solo seco e úmido, devem-se ter
amostras não desagregadas.
Para se determinar a consistência
do solo seco, levamos em conta a dureza
do solo. Para a análise do solo seco, se
pega um torrão e comprime-o contra o
dedo polegar e o indicador, tendo assim:
consistência solta, macia, ligeiramente
dura, dura, muito dura e extremamente
dura.
Para a determinação da
consistência do solo úmido, leva-se em
conta a friabilidade que é determinada
num estado de umidade
aproximadamente intermediário entre o
solo seco ao ar e a capacidade de campo.
Deve-se realizar a análise do mesmo
modo do solo seco, selecionando um
torrão e o comprimindo entre o polegar e
o indicador, tendo assim as seguintes
características: solta, muito friável,
friável, firme, muito firme e
extremamente firme.
Para consistência do solo úmido
identifica-se a plasticidade e a
pegajosidade, ambas caracterizadas com
a amostra com conteúdo de água na
capacidade de campo ou um pouco
acima dessa capacidade. Para determinar
a plasticidade deve-se enrolar o material
do solo depois de amassado, sobre o
polegar o e indicador, observando se
pode ser feito um fio fino de solo, tendo
então as seguintes classificações: não
plástico, ligeiramente plástico, plástico e
muito plástico.
Pegajosidade é a propriedade que
o solo pode apresentar de aderir a
objetos. Para se realizar esse teste deve-
se comprimir a massa de solo molhada e
homogeneizada entre o indicador e o
polegar, observando a aderência do solo.
7
As classificações são: não pegajosa,
ligeiramente pegajosa, pegajosa e muito
pegajosa.
Cor
Normalmente se utiliza para a
determinação de cores de solos a Carta
de Munsell, que são ao todo sete que
somam 199 padrões de cores, variando
quanto ao matiz, o valor e o croma. O
matiz varia conforme a coloração
vermelha ou amarela do solo, conforme
a representatividade da cor
predominante, e variando de carta para
cara em intervalos de 2,5 unidades. O
valor indica maior participação do preto
ou do branco em relação a uma escala
neutra e variam de 0 a 10.
O croma indica quanto o valor
vai influenciar no tipo de solo, varia de 0
a 8. O croma zero corresponde a cores
acromáticas (branca, preta e cinzenta).
Quando isso ocorre, a representação de
matiz é substituída pela letra N, de
neutra. Para se escolher a carta, utiliza-se
a amostra em comparação com o matiz
de cada uma. Após isso, avaliam-se as
notações de valor e croma, por
comparação da amostra com a carta. Em
poucos casos a cor da amostra será
exatamente igual à da carta, então se
toma a cor mais próxima.
Os seguintes procedimentos são
recomendados para a análise da cor de
uma amostra de acordo com o Manual
Técnico de Pedologia do IBGE:
- Fazer a determinação da cor em
amostra úmida para todos os horizontes
do perfil;
- Para os horizontes “A” devem-se
registrar as cores determinadas em
amostra úmida e seca, objetivando a
distinção entre os vários tipos;
- No caso de dúvida para identificação
de horizonte E, deve-se fazer também a
determinação da cor em amostra seca
para o mesmo;
- Deve-se especificar se a determinação
da cor foi feita em amostra seca ou
úmida. Se houver registro somente de
uma notação de cor, fica subentendido
que este se refere à cor determinada em
amostra úmida;
- Nas descrições de perfis, o registro das
cores deverá obedecer ao seguinte
padrão: nome da cor em português e,
entre parênteses, notações de matiz,
valor e croma, seguido da condição em
que foi determinada a cor, usando
sempre a seqüência: úmido, seco.
Exemplo: bruno-escuro (10YR 3/3,
úmido) e bruno (10YR 5/3, seco).
- Restringir ao máximo a interpolação de
cores.
Textura
É empregada especificamente
para a composição granulométrica da
8
terra fina do solo (fração menor que
2mm de diâmetro). Expressa a
participação em g.kg-1
das suas várias
partículas constituintes, separadas por
tamanho, conforme especificado a
seguir:
Fração Diâmetro (mm)
Argila............................... < 0,002
Silte.................................. 0,002 - 0,49
Areia fina......................... 0,05 - 0,19
Areia grossa..................... 0,2 - < 2
De acordo com os conteúdos de
areia, silte e argila, estimados em campo
ou determinados com análises de
laboratório, são caracterizadas então as
seguintes classes de textura: areia, silte,
argila, areia-franca, franco,
francoargiloarenosa, franco-argilosa,
franco-arenosa, argiloarenosa, muito
argilosa, argilossiltosa, franco-
argilossiltosa e franco-siltosa.
A textura no campo é avaliada
em amostra de solo molhada, através de
sensação de tato, esfregando-se a
amostra entre os dedos após amassada e
homogeneizada. A areia dá sensação de
atrito, o silte de serosidade e a argila, de
plasticidade e pegajosidade.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Características Morfológicas
No perfil realizado em Londrina,
foram encontrados dois horizontes
(Horizonte A e Horizonte B-latossólico),
no qual foram retiradas amostras de cada
um deles, com posterior análise
macromorfológica.
Para o Horizonte A, a cor
encontrada nas amostras seca e úmida
foram 10R 3/3. Após análise textural
observou-se uma textura argilosa com
uma estrutura subangular. A consistência
observada quando da amostra seca foi
dura, na amostra úmida, friável, e na
molhada a plasticidade encontrada foi de
caráter ligeiramente plástico, enquanto
que na pegajosidade foi de caráter
ligeiramente pegajoso.
Para o Horizonte B-latossólico, a
cor encontrada nas amostras secas e
úmidas foram 10R 3/3. Após análise
textural observou-se uma textura muito
argilosa com uma estrutura em “pó de
café”. A consistência observada quando
da amostra seca foi macia, na amostra
úmida, muito friável, e na molhada a
plasticidade encontrada foi de caráter
plástico, enquanto que na pegajosidade
foi de caráter pegajoso.
Logo a seguir, a tabela 1
contendo os dados do perfil 1, realizado
em Londrina.
9
No perfil realizado em Rolândia,
foram encontrados três horizontes
(Horizonte A, Horizonte B-incipiente e
Horizonte C), no qual também foram
retiradas amostras e realizadas as
análises macromorfológicas.
Para o Horizonte A, a cor
encontrada na amostra seca foi 10R 4/1,
enquanto que na úmida foi de 10R 2,5/1.
Após a análise textural observou-se uma
textura arenosa com estrutura ausente. A
consistência observada da amostra seca
foi muito dura, na amostra úmida
extremamente dura, e na molhada a
plasticidade encontrada foi não plástica,
enquanto que a pegajosidade foi de
caráter não pegajoso.
Para o Horizonte B-incipiente, a
cor encontrada na amostra seca foi
7,5YR 6/4, enquanto que na úmida foi de
7,5YR 4/6. Após a análise textural
observou-se uma textura média com uma
estrutura subangular. A consistência
observada da amostra seca foi dura, na
amostra úmida friável, e na molhada a
plasticidade foi não plástica, já a
pegajosidade foi classificada como não
pegajosa.
Para o Horizonte C a cor
encontrada na amostra seca foi 10YR
5/4, enquanto que na úmida foi de 10YR
3/4. Após analise textural observou-se
uma textura arenosa com uma estrutura
em blocos. A consistência observada da
amostra seca foi muito duro, na amostra
úmida foi muito firme, enquanto que na
amostra molhada a plasticidade foi não
plástico e a pegajosidade não pegajoso.
Os dados gerais do segundo perfil
podem ser contemplados na tabela 2.
Tabela 1 - Características Morfológicas do Perfil 2
Tabela 1 - Características Morfológicas do Perfil 1
10
CONCLUSÃO
No perfil 1, realizado em
Londrina, na profundidade de 2,20m,
com presença de vegetação secundária
(gramíneas), foram encontrados dois
horizontes, A e B latossólico,
descrevendo assim um latossolo. O
horizonte A possuía aproximadamente
22cm de profundidade com raízes
presentes. No horizonte B, não havia
presença de raízes, em razão da
vegetação de pequeno porte. Não foi
verificado variação da cor dos horizontes
nas análises morfológicas, típico de
latossolo.
No perfil 2, da cidade de
Rolândia, numa área de vegetação
primária, em 1,40m de profundidade
foram encontrados três horizontes: A, B
e C ou regolito. O horizonte A possuía
raízes abundantes. O horizonte B
apresentava raízes de vegetação arbórea.
Trata-se de um horizonte que não sofreu
muita alteração em sua composição,
sendo então classificado como B
incipiente, horizonte este diagnóstico de
cambissolos. O horizonte C foi
encontrado à 1,25m de profundidade e
possuía as características que descrevem
um regolito, ou seja, estado transitório
da rocha para solo.
Figura 5 - Perfil 1: Latossolo em Londrina-Pr
Figura 6 - Perfil 2: Cambissolo em Rolândia-Pr
11
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, M. V. F.; ARCHELA, R. S.;
BARROS, O.N.F.; THÉRY, H;
MELLO,N; GRATÃO, L.H. Atlas
Digital Urbano Ambiental de
Londrina. Relatório do Projeto de
Pesquisa n. 204/03, desenvolvido com
apoio da Fundação Araucária.
Dez.2004
BERTOLDO, João; KLINGER, Paulo;
NUNES, Marcelo. Classes Gerais de
Solos do Brasil. Fundação de Estudos
e Pesquisas em Agronomia, Medicina
Veterinária e Zootecnia, 1992. 201 p.
IAPAR - Instituto Agronômico do
Paraná. Médias Históricas.
Disponível em:
http://www.iapar.br/arquivos/Image/m
onitoramento/Medias_Historicas/Lon
drina.htm. Acesso em: 10/out/2011
IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e
Estudos Ambientais. Manual técnico
de pedologia. 2. ed. Rio de Janeiro:
IBGE, 2007. 323 p. (IBGE. Manuais
Técnicos em Geociências, 04).
MAACK, R. Geografia Física do Estado do
Paraná. Curitiba: Universidade
Federal do Paraná e Instituto de
Biologia e Pesquisa Tecnológica,
1968.
PRADO, Hélio do. Manual de
Classificação de Solos do Brasil. Pri.
ed. Jaboticabal: FUNEP, 1993. 170 p.
UEL - Universidade Estadual de
Londrina. Atlas Ambiental da Cidade
de Londrina. Disponível em:
http://uel.br/atlasambiental. Acesso
em: 10/out/2011.
UFSM - Universidade Federal de Santa
Maria. Disponível em:
http://coralx.ufsm.br/ifcrs/solos.htm.
Acesso em: 11/out/2011.

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Caracterização de perfis de solo em Londrina e Rolândia

  • 1. 2 TRABALHO DE PEDOLOGIA A (6GEO47) Prof. Dr. Pedro Vendrame __________________________________________________________________________________________________________________________________ CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DE PERFIS DE SOLO DA REGIÃO DE LONDRINA-PR E ROLÂNDIA-PR Joice Aline Gomes Pereira, Lorrant Cavanha Gabriel, Lucas Oliveira Santos, Maria Tereza de Paula, Mariana Sayuri de Jesus de Souza, Nádia Souza Jaime, Paulo Sérgio Gimenez Cremonez. Curso de Agronomia - Universidade Estadual de Londrina - UEL. Londrina, PR, Brasil. RESUMO: O objetivo do trabalho foi avaliar na prática dois perfis de solo em diferentes regiões para fins de complemento de aulas em sala. O trabalho foi conduzido nas cidades de Londrina e Rolândia, na região norte do Paraná, em locais de pouca e bastante declividade, respectivamente. Para fins de caracterização dos solos encontrados, foram feitas análises macromorfológicas no Laboratório de Pedologia da Universidade Estadual de Londrina. O perfil da região de Londrina demonstrou a presença de um latossolo, e o perfil da região de Rolândia caracterizava um cambissolo. Palavras-Chave: Pedologia, Perfil de Solo, Características Macromorfológicas, Latossolo.
  • 2. 3 INTRODUÇÃO No presente trabalho foram analisados dois perfis de solo, um na cidade de Londrina-Pr e o outro na cidade de Rolândia-Pr. Em Londrina foi encontrado a classe de solos do tipo latossolo, que compreende solos minerais com horizonte B latossólico, derivados de rochas básicas e tufitos, no caso basalto, com teores elevados de Fe2O3 (>18% e <40%). Apresentam altos teores de magnetita e hematita. Devido a isso, quando secos e pulverizados possuem forte atração pelo ímã. A cor característica desse tipo de solo é a bruno-avermelhado-escura, são altamente friáveis quando úmidos com organização estrutural forte muito pequena granular, conhecida como "pó- de-café", podendo apresentar estrutura fraca à moderadamente desenvolvida, com textura argilosa ou muito argilosa. Esse tipo de solo é encontrado em regiões com relevo normalmente suave-ondulado, com declividade raramente ultrapassando 7%, sendo profundos, porosos, bem permeáveis e de fácil preparo. São de grande significado agrícola, no entanto a principal dificuldade agrícola é que esses solos são de baixa fertilidade, devido à grande quantidade de óxidos de ferro e alumínio, além da textura argilosa, o que favorece a adsorção de fósforo, requerendo doses maiores na hora da adubação. O relevo da região objeto deste trabalho localiza-se à sudeste da Bacia Sedimentar do Paraná na qual afloram regionalmente as rochas do Grupo São Bento, constituído pelos arenitos das Formações Piramboia e Botucatu, e os derrames basálticos da Formação Serra Geral, sendo o maior derrame de lavas basálticas, marcando o período de subsidência e estruturação da Bacia Sedimentar do Paraná. A imagem em anexo nos mostra a distribuição das altitudes do relevo de Londrina, vemos que elas variam de 400 a 640 metros acima do nível do mar. Na cidade de Rolândia o solo encontrado foi um cambissolo. A classe de solos tipo cambissolos possui como característica a presença de horizonte B incipiente e o baixo gradiente textural entre os horizontes. Compreende solos minerais não hidromórficos com drenagem variando de acentuada até imperfeita. A coloração desse tipo de solo é bruno-avermelhada, com seqüência de horizontes A, B e C. Podem apresentar horizonte A moderado, proeminente ou chernozêmico. O horizonte B tem
  • 3. 4 estrutura fraca ou moderadamente desenvolvidas em blocos subangulares. Sua textura varia desde franco-arenoso até muito argilosa, os teores de silte são em geral relativamente elevados. Os cambissolos derivados de basalto ocorrem na porção mais dissecada do relevo, normalmente em relevo forte ondulado e montanhoso. São normalmente pouco profundos, eutróficos ao longo do perfil, com elevados valores da soma de bases. São solos de pequena profundidade, sendo uma das principais limitações ao uso agrícola. Práticas simples de manejo são utilizadas no preparo destes solos; é comum em área de cambissolos o uso de tração animal. Os climas encontrados em ambas as cidades são idênticos por causa da proximidade entre elas, sendo a distância entre as regiões de aproximadamente quinze quilômetros uma da outra, tendo o clima caracterizado como subtropical úmido mesotérmico, com um regime de chuvas durante o ano inteiro, mas com uma concentração pluvial no verão. MATERIAIS E MÉTODOS Descrição geral das áreas e materiais utilizados As áreas em que foram realizados os trabalhos se localizam nos municípios de Londrina e Rolândia (PR), localizadas no Terceiro Planalto Paranaense. O perfil no município de Londrina localizou-se no Jardim Colúmbia, situado na latitude 23º19’16.13’’S e longitude 51º12’36.06’’O, com uma altitude de 602 metros, e em Rolândia na latitude 23º19’09.46”S e longitude 51º24’58.85”O com 702 metros de altitude. Foram feitos dois perfis de solo, no qual o de Londrina apresentou uma profundidade de 2,2m por 1,1m de largura em um corte de barranco em terreno plano, e em Rolândia o perfil apresentou 1,4m de profundidade por 1 m de largura em terreno muito declivoso. Em Londrina, foi encontrada vegetação secundária, sendo neste caso gramíneas, com presença de erosão nos barrancos que ali se encontravam em um terreno levemente ondulado, com drenagem boa e presença de raízes na parte superficial. No perfil de Rolândia foi notificada a presença de vegetação primária de porte arbóreo, uma zona de mata atlântica, com proporção de material orgânico sobre o solo muito elevada, ausência de erosão, drenagem deficiente, apresentando um relevo muito ondulado e uma quantidade abundante de raízes.
  • 4. 5 A seguir se encontram as fotografias aéreas dos locais onde ocorreram as escavações dos perfis de solo. Figura 2 - Vista aérea do perfil 2 em Rolândia-PR, próximo à Rua das Hortênsias. (Fonte: Google Earth) Para cada um dos perfis foram utilizados os seguintes instrumentos: Figura 4 - Instrumentos utilizados na abertura do perfil 2, em Rolândia-Pr. Foram retiradas amostras de cada perfil encontrado para posteriores análises. Para recolhimento das amostras foram utilizados potes de plástico identificados e espátula. Diretrizes para análise morfológica Para a realização de uma análise morfológica de um perfil de um solo é necessário seguir as instruções encontradas no Manual Técnico de Pedologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise morfológica são encontradas quatro características a serem estudadas: cor, textura, consistência e estrutura. As diretrizes para as análises de cada característica seguem-se abaixo. Estrutura De acordo com o Manual Técnico de Pedologia do IBGE, a caracterização do tipo de estrutura deve Figura 1 - Foto aérea da localização do perfil 1 em Londrina-PR, na Rua Procópio Ferreira, com acesso rápido à PR-445, próximo a Universidade Estadual de Londrina. (Fonte: Google Earth) Figura 3 - Instrumentos utilizados na abertura do perfil 1, em Londrina-Pr.
  • 5. 6 ser feito de acordo com essas três situações: - Ausência de agregação de partículas: denominação de grão simples, caso não haja nenhuma coesão entre as partículas, ou maciça, quando há coesão entre as partículas, mas elas se apresentam uniformemente; - Presença de agregação de partículas: são caracterizados em vários formatos específicos, sendo eles: laminar, prismática, blocos (poliédricas), blocos angulares, blocos subangulares, granular, cuneiforme e paralelepipédica, cuneiforme e finalmente somente paralelepipédica; Consistência É o termo usado para designar as manifestações de forças físicas de coesão e adesão verificadas no solo, variando com os teores de umidade (Manual Técnico de Pedologia, 2ª Edição). Deve ser realizada sobre três condições do solo: seco, úmido e molhado, lembrando-se que, quando da análise do solo seco e úmido, devem-se ter amostras não desagregadas. Para se determinar a consistência do solo seco, levamos em conta a dureza do solo. Para a análise do solo seco, se pega um torrão e comprime-o contra o dedo polegar e o indicador, tendo assim: consistência solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura e extremamente dura. Para a determinação da consistência do solo úmido, leva-se em conta a friabilidade que é determinada num estado de umidade aproximadamente intermediário entre o solo seco ao ar e a capacidade de campo. Deve-se realizar a análise do mesmo modo do solo seco, selecionando um torrão e o comprimindo entre o polegar e o indicador, tendo assim as seguintes características: solta, muito friável, friável, firme, muito firme e extremamente firme. Para consistência do solo úmido identifica-se a plasticidade e a pegajosidade, ambas caracterizadas com a amostra com conteúdo de água na capacidade de campo ou um pouco acima dessa capacidade. Para determinar a plasticidade deve-se enrolar o material do solo depois de amassado, sobre o polegar o e indicador, observando se pode ser feito um fio fino de solo, tendo então as seguintes classificações: não plástico, ligeiramente plástico, plástico e muito plástico. Pegajosidade é a propriedade que o solo pode apresentar de aderir a objetos. Para se realizar esse teste deve- se comprimir a massa de solo molhada e homogeneizada entre o indicador e o polegar, observando a aderência do solo.
  • 6. 7 As classificações são: não pegajosa, ligeiramente pegajosa, pegajosa e muito pegajosa. Cor Normalmente se utiliza para a determinação de cores de solos a Carta de Munsell, que são ao todo sete que somam 199 padrões de cores, variando quanto ao matiz, o valor e o croma. O matiz varia conforme a coloração vermelha ou amarela do solo, conforme a representatividade da cor predominante, e variando de carta para cara em intervalos de 2,5 unidades. O valor indica maior participação do preto ou do branco em relação a uma escala neutra e variam de 0 a 10. O croma indica quanto o valor vai influenciar no tipo de solo, varia de 0 a 8. O croma zero corresponde a cores acromáticas (branca, preta e cinzenta). Quando isso ocorre, a representação de matiz é substituída pela letra N, de neutra. Para se escolher a carta, utiliza-se a amostra em comparação com o matiz de cada uma. Após isso, avaliam-se as notações de valor e croma, por comparação da amostra com a carta. Em poucos casos a cor da amostra será exatamente igual à da carta, então se toma a cor mais próxima. Os seguintes procedimentos são recomendados para a análise da cor de uma amostra de acordo com o Manual Técnico de Pedologia do IBGE: - Fazer a determinação da cor em amostra úmida para todos os horizontes do perfil; - Para os horizontes “A” devem-se registrar as cores determinadas em amostra úmida e seca, objetivando a distinção entre os vários tipos; - No caso de dúvida para identificação de horizonte E, deve-se fazer também a determinação da cor em amostra seca para o mesmo; - Deve-se especificar se a determinação da cor foi feita em amostra seca ou úmida. Se houver registro somente de uma notação de cor, fica subentendido que este se refere à cor determinada em amostra úmida; - Nas descrições de perfis, o registro das cores deverá obedecer ao seguinte padrão: nome da cor em português e, entre parênteses, notações de matiz, valor e croma, seguido da condição em que foi determinada a cor, usando sempre a seqüência: úmido, seco. Exemplo: bruno-escuro (10YR 3/3, úmido) e bruno (10YR 5/3, seco). - Restringir ao máximo a interpolação de cores. Textura É empregada especificamente para a composição granulométrica da
  • 7. 8 terra fina do solo (fração menor que 2mm de diâmetro). Expressa a participação em g.kg-1 das suas várias partículas constituintes, separadas por tamanho, conforme especificado a seguir: Fração Diâmetro (mm) Argila............................... < 0,002 Silte.................................. 0,002 - 0,49 Areia fina......................... 0,05 - 0,19 Areia grossa..................... 0,2 - < 2 De acordo com os conteúdos de areia, silte e argila, estimados em campo ou determinados com análises de laboratório, são caracterizadas então as seguintes classes de textura: areia, silte, argila, areia-franca, franco, francoargiloarenosa, franco-argilosa, franco-arenosa, argiloarenosa, muito argilosa, argilossiltosa, franco- argilossiltosa e franco-siltosa. A textura no campo é avaliada em amostra de solo molhada, através de sensação de tato, esfregando-se a amostra entre os dedos após amassada e homogeneizada. A areia dá sensação de atrito, o silte de serosidade e a argila, de plasticidade e pegajosidade. RESULTADOS E DISCUSSÕES Características Morfológicas No perfil realizado em Londrina, foram encontrados dois horizontes (Horizonte A e Horizonte B-latossólico), no qual foram retiradas amostras de cada um deles, com posterior análise macromorfológica. Para o Horizonte A, a cor encontrada nas amostras seca e úmida foram 10R 3/3. Após análise textural observou-se uma textura argilosa com uma estrutura subangular. A consistência observada quando da amostra seca foi dura, na amostra úmida, friável, e na molhada a plasticidade encontrada foi de caráter ligeiramente plástico, enquanto que na pegajosidade foi de caráter ligeiramente pegajoso. Para o Horizonte B-latossólico, a cor encontrada nas amostras secas e úmidas foram 10R 3/3. Após análise textural observou-se uma textura muito argilosa com uma estrutura em “pó de café”. A consistência observada quando da amostra seca foi macia, na amostra úmida, muito friável, e na molhada a plasticidade encontrada foi de caráter plástico, enquanto que na pegajosidade foi de caráter pegajoso. Logo a seguir, a tabela 1 contendo os dados do perfil 1, realizado em Londrina.
  • 8. 9 No perfil realizado em Rolândia, foram encontrados três horizontes (Horizonte A, Horizonte B-incipiente e Horizonte C), no qual também foram retiradas amostras e realizadas as análises macromorfológicas. Para o Horizonte A, a cor encontrada na amostra seca foi 10R 4/1, enquanto que na úmida foi de 10R 2,5/1. Após a análise textural observou-se uma textura arenosa com estrutura ausente. A consistência observada da amostra seca foi muito dura, na amostra úmida extremamente dura, e na molhada a plasticidade encontrada foi não plástica, enquanto que a pegajosidade foi de caráter não pegajoso. Para o Horizonte B-incipiente, a cor encontrada na amostra seca foi 7,5YR 6/4, enquanto que na úmida foi de 7,5YR 4/6. Após a análise textural observou-se uma textura média com uma estrutura subangular. A consistência observada da amostra seca foi dura, na amostra úmida friável, e na molhada a plasticidade foi não plástica, já a pegajosidade foi classificada como não pegajosa. Para o Horizonte C a cor encontrada na amostra seca foi 10YR 5/4, enquanto que na úmida foi de 10YR 3/4. Após analise textural observou-se uma textura arenosa com uma estrutura em blocos. A consistência observada da amostra seca foi muito duro, na amostra úmida foi muito firme, enquanto que na amostra molhada a plasticidade foi não plástico e a pegajosidade não pegajoso. Os dados gerais do segundo perfil podem ser contemplados na tabela 2. Tabela 1 - Características Morfológicas do Perfil 2 Tabela 1 - Características Morfológicas do Perfil 1
  • 9. 10 CONCLUSÃO No perfil 1, realizado em Londrina, na profundidade de 2,20m, com presença de vegetação secundária (gramíneas), foram encontrados dois horizontes, A e B latossólico, descrevendo assim um latossolo. O horizonte A possuía aproximadamente 22cm de profundidade com raízes presentes. No horizonte B, não havia presença de raízes, em razão da vegetação de pequeno porte. Não foi verificado variação da cor dos horizontes nas análises morfológicas, típico de latossolo. No perfil 2, da cidade de Rolândia, numa área de vegetação primária, em 1,40m de profundidade foram encontrados três horizontes: A, B e C ou regolito. O horizonte A possuía raízes abundantes. O horizonte B apresentava raízes de vegetação arbórea. Trata-se de um horizonte que não sofreu muita alteração em sua composição, sendo então classificado como B incipiente, horizonte este diagnóstico de cambissolos. O horizonte C foi encontrado à 1,25m de profundidade e possuía as características que descrevem um regolito, ou seja, estado transitório da rocha para solo. Figura 5 - Perfil 1: Latossolo em Londrina-Pr Figura 6 - Perfil 2: Cambissolo em Rolândia-Pr
  • 10. 11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BARROS, M. V. F.; ARCHELA, R. S.; BARROS, O.N.F.; THÉRY, H; MELLO,N; GRATÃO, L.H. Atlas Digital Urbano Ambiental de Londrina. Relatório do Projeto de Pesquisa n. 204/03, desenvolvido com apoio da Fundação Araucária. Dez.2004 BERTOLDO, João; KLINGER, Paulo; NUNES, Marcelo. Classes Gerais de Solos do Brasil. Fundação de Estudos e Pesquisas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, 1992. 201 p. IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná. Médias Históricas. Disponível em: http://www.iapar.br/arquivos/Image/m onitoramento/Medias_Historicas/Lon drina.htm. Acesso em: 10/out/2011 IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Manual técnico de pedologia. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. 323 p. (IBGE. Manuais Técnicos em Geociências, 04). MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba: Universidade Federal do Paraná e Instituto de Biologia e Pesquisa Tecnológica, 1968. PRADO, Hélio do. Manual de Classificação de Solos do Brasil. Pri. ed. Jaboticabal: FUNEP, 1993. 170 p. UEL - Universidade Estadual de Londrina. Atlas Ambiental da Cidade de Londrina. Disponível em: http://uel.br/atlasambiental. Acesso em: 10/out/2011. UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Disponível em: http://coralx.ufsm.br/ifcrs/solos.htm. Acesso em: 11/out/2011.