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Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Fenícios
Prof. Mara Magaña
Civilização dos fenícios
Os fenícios se destacaram como povos
aventureiros, e também por serem hábeis
navegadores e bons comerciantes, este último
possibilitou o desenvolvimento de uma elite
que em diversas cidades passou a dominar o
poder político.
A denominação Fenícia deriva do grego
Phoiníke terra das palmeiras. E o território
fenício era formado por diversas cidades-
Estado¹.
¹Cidades
independentes em
que cada uma tinha
entre outros, seu
governo e sua forma
de governar.
Localização Geográfica
Os fenícios viveram na costa do Mediterrâneo, região entre a
Mesopotâmia e o Egito, numa faixa que se estendia entre
Ugarit, ao norte, e o Monte Hermon, ao sul. Parte do seu
território era de localização costeira.
Tal território atualmente corresponde à parte do Estado da
Síria e do Líbano. Em meio às cordilheiras Líbanos e
Antilíbanos, encontra-se o Vale do Bekaa, considerado um dos
escassos ambientes de solo fértil na região. Por isso os fenícios
descobriram no mar os recursos para sobreviver, dedicando-se
à pesca e ao comércio marítimo, sendo considerados os
maiores navegadores da Antiguidade.
Mapa e rotas de comércio dos fenícios
Imagem: Mapa da Fenícia e rotas de comércio / Autor Desconhecido / Ras67 / GNU Free Documentation
License
Mapa atual do Líbano
Imagem:
Mapa
do
Líbano
/
Hoshie/
United
States
Central
Intelligence
Agency's
World
Factbook
/
Domínio
Público
Curiosidades e possíveis descobertas sobre os fenícios Entre
os estudiosos são discutidas diversas teorias sobre os povos
fenícios, mas uma aparece com mais frequência no material
didáticosl. Tal teoria, de acordo com o antigo historiador
Heródoto, diz que os fenícios originaram-se do Mar
Vermelho, referido na sociedade antiga como golfo Pérsico e
Oceano Índico. Eles foram os primeiros a contornar o
continente africano, a serviço do faraó Necao.
Outra teoria sugere que os fenícios tenham sido oriundos dos
referidos Cananitas, povos que teriam residido na Anatólia -
atual Turquia e o Egito.
A maior parte das cidades fenícias eram portuárias, por isso
conseguiram ampliar sua população e seu comércio.
Posteriormente desenvolveram diversas colônias.
Alguns estudiosos informam que a cidade-estado de Biblos
era uma das mais importantes e tinha uma relação comercial
promissora com o Egito. Mas, ela não era a única cidade-
-estado de destaque dos fenícios, pois outras, como Sidon e
Tiro, também desenvolveram um importante comércio e são
apontadas entre as cidades mais antigas da Fenícia.
Tiro e Sidon são consideradas como cidades importantes para
a Fenícia. Elas são apontadas como impulsionadoras da
construção de portos comerciais e colônias em praias
distantes, tais como: Cádiz, na Espanha, e Cartago, situada ao
norte da África. Cartago foi a mais importante Colônia fenícia,
e seu desenvolvimento, um dos pontos para as guerras púnicas
no período do Império Romano.
É importante destacar que os fenícios não fundaram um
Estado unificado, um reino, mas sim eram várias cidades-
-estado, que costumeiramente os estudiosos denominam de
Fenícia.
É importante destacar que os fenícios não praticavam apenas
o comércio, eles também ficaram conhecidos pelos seus atos
de pirataria e sequestros. Em especial, sequestravam
mulheres e, em troca da liberdade delas, pediam mercadorias
ou dinheiro.
A Fenícia, assim como outras sociedades antigas, não
conseguiu preservar parte de sua história, provavelmente por
falta de conhecimento da importância e de recursos de como
proteger seu cotidiano e significados culturais. Mas é possível
encontrar vestígios desse povo, dentre outras fontes no
Antigo Testamento da Bíblia, anais assírios, Homero.
Alfabeto fenício e seu legado
Imagem:
Frédéric
Michel
/
GNU
Free
Documentation
License
Considerado como ancestral dos alfabetos modernos. Com
base no alfabeto semita, serviu de base para diversos
alfabetos, tais como o grego, o hebraico e o arábico. As
vogais não estavam presentes no alfabeto fenício, sendo
adicionadas posteriormente pelos gregos.
O alfabeto fenício pode ser considerado como um grande
avanço e uma criação cultural para o desenvolvimento social
dos fenícios e das sociedades antigas, um legado que
chegou até nós.
O alfabeto fenício foi documentado em monumentos da cidade
de Biblos, como no sarcófago de Ahiram. Ao todo, eram 22
sinais, que representavam o som das letras combinadas, em
vez de suas imagens. Tal alfabeto era composto por
consoantes.
Tal invenção foi uma grande contribuição dos fenícios com a
simplificação da escrita. Isso ajudou principalmente na
comunicação entre os povos e os comerciantes, que passaram
a fazer anotações dos seus negócios, e, com isso, conseguiram
melhor controle e organização das mercadorias. Provavelmente
a descoberta do alfabeto foi por volta de 1000 a.C.
Estrutura Social
A sociedade fenícia era dividida em estamentos,
constituídos hierarquicamente de sacerdotes, aristocratas,
comerciantes, homens livres e escravos. Cada cidade tinha
seu governante e cuidava de seus interesses e negócios. O
monarca, cargo que era hereditário, era o que mais
ganhava e, quando vantajoso, praticava a política da boa
vizinhança, principalmente entre as cidades-estado
fenícias. A posição social era comumente relacionada
diretamente à riqueza.
O grupo predominante, no geral os reis, era governado com o
apoio de ricos comerciantes marítimos, proprietários de terras,
negociantes de escravos e sacerdotes.
A classe social menos favorecida fazia parte da maioria da
população, composta por artesãos, camponeses, pescadores, e
a parcela mais explorada, composta por escravos e
marinheiros pobres.
O rei de cada cidade-estado era auxiliado por um conselho
composto por ricos comerciantes ou seus representantes, o
que caracteriza a importância do comércio para os fenícios.
Portanto, era assim a pirâmide social dos fenícios:
Aristocracia
Comerciantes
Camponeses
Escravos
Política
Na política os fenícios praticavam um tipo de governo, a
Talassocracia, que significa um governo comandado por
homens ligados ao mar.
A Fenícia era dividida em cidades-estados, que eram
inteiramente independentes e cada uma ficava sob o governo
de um rei.
As famílias de mais poder e condições financeiras seguramente
eram aquelas que detinham o comércio marítimo, bem como
no geral lideravam a política das cidades.
Religião
Imagem: Baal , Excavations of
Claude Schaeffer and Georges
Chenet, 1934 / Jastrow / Louvre
Museum / Domínio Público
Imagem: Estátua de deusa /
Marie-Lan Nguyen / Louvre
Museum / Domínio Público
A religião fenícia era politeísta, eles adoravam diversas
divindades, que eram associadas aos astros, à fertilidade e às
forças da natureza. As práticas religiosas buscavam
alcançarem dos deuses progresso na vida.
No geral, cada cidade-estado adorava seus próprios deuses e
cultuava-os nas suas cerimoniais religiosas, feitas ao ar livre.
Costumavam fazer oferendas vegetais, às vezes oferecendo o
sacrifício de animais e homens.
Os deuses considerados como principais eram El e sua
companheira Asherat ou Elat, deusa do mar. Deles
descendiam os outros deuses, como Baal, deus associado
ao Sol e às chuvas e também conhecido como deus da
montanha; Astarteia, uma deusa vinculada à riqueza e à
fecundidade, também a deusa da Lua e da guerra. Havia
vários outros deuses e deusas.
Economia
A economia dos fenícios era baseada na pesca e na
agricultura para uma economia mercantil, haja visto a falta
de terras férteis da Fenícia, o que não possibilitava uma
produção agrícola capaz de suprir às necessidades da
população. Assim, a saída foi pelo comércio marítimo, e
suas rotas comerciais marítimas se alargaram pelo mar
mediterrâneo e colônias africanas.
Principais produtos fabricados pelos fenícios:
Os fenícios foram bons construtores de artefatos em
metalurgia, com destaque na construção naval e na
produção de tecidos. Com isso os produtos foram bastante
comercializados na época. Os fenícios foram também
inventores da púrpura, corante-produto cobiçado pelos reis
e nobres de outros povos.
Arte
A arte fenícia não possui características exclusivas que a
diferenciam de seus contemporâneos. Isso se deve por ela
ter sido influenciada por diferentes culturas artísticas, como
a do Egito, da Grécia e da Assíria.
Os fenícios, em suas viagens, conheceram uma ampla
experiência artística e, assim, desenvolveram sua própria
arte com produções de pouca originalidade, com estilo e
aparência que carregam traços de características de
diferentes povos.
Imagem de arte fenícia
Imagem: Hanay / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
Declínio
Os fenícios conseguiram se destacar dentre as grandes
civilizações da antiguidade pelo seu potencial comercial e
marítimo, porém não conseguiram tornar-se um império
coeso. Assim, foram, ao longo da sua história, dominados por
outros povos, o que no início não incomodava, desde que não
afetasse o comércio. Dessa forma, quando os persas, sob o
comando de Ciro II, apoderaram-se da Babilônia e dominaram
as cidades fenícias, não houve maiores conflitos. Tal povo
fenício perdeu bastante espaço; quando submetido ao poder
dos persas, foi obrigado a lutar contra os gregos e perdeu
parte de sua frota e do controle do mar.
Quando os persas, 333 a.C., foram derrotados pelos
macedônios sob o comando de Alexandre Magno, imperador
da Macedônia. As cidades fenícias sob tabela ficaram
dominadas por Alexandre, menos a cidade de Tiro, que só foi
conquistada depois. Após esses fatos, a Fenícia não conseguiu
recuperar seu território de comércio, que passou a ser
povoado pelos gregos e egípcios. Portanto, foi com as diversas
invasões de diferentes povos no território fenício que se foi
pondo um fim, transformando-se essa civilização.
Referências bibliográficas
BRAICK, Patrícia Ramos & MOTA, Myriam Becho. História: das
cavernas ao terceiro milênio, 6º ano. 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2006.
RODRIGUES, Joelza Ester Domingues. História em documento:
imagem e texto, 6º ano. 1ed. São Paulo: FTD, 2009.
COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: história geral e do
Brasil, 6º ano. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
Sites acessados na pesquisa
•http://www.historiamais.com/fenicios.htm
•http://www.brasilescola.com/historiag/fenicios.htm
•http://joaovmarques.blogspot.com.br/search/label/Fenicia
•http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_do_Libano.png
•http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenicia
•http://pt.wikibooks.org/wiki/Civilizações_da_Antiguidade/A
_civilização_fenícia
•http://mitologiasereligioes.blogspot.com.br/2009/07/religia
o-fenicia-na-baixa-epoca.html

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  • 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias - História Fenícios Prof. Mara Magaña
  • 2. Civilização dos fenícios Os fenícios se destacaram como povos aventureiros, e também por serem hábeis navegadores e bons comerciantes, este último possibilitou o desenvolvimento de uma elite que em diversas cidades passou a dominar o poder político. A denominação Fenícia deriva do grego Phoiníke terra das palmeiras. E o território fenício era formado por diversas cidades- Estado¹. ¹Cidades independentes em que cada uma tinha entre outros, seu governo e sua forma de governar.
  • 3. Localização Geográfica Os fenícios viveram na costa do Mediterrâneo, região entre a Mesopotâmia e o Egito, numa faixa que se estendia entre Ugarit, ao norte, e o Monte Hermon, ao sul. Parte do seu território era de localização costeira. Tal território atualmente corresponde à parte do Estado da Síria e do Líbano. Em meio às cordilheiras Líbanos e Antilíbanos, encontra-se o Vale do Bekaa, considerado um dos escassos ambientes de solo fértil na região. Por isso os fenícios descobriram no mar os recursos para sobreviver, dedicando-se à pesca e ao comércio marítimo, sendo considerados os maiores navegadores da Antiguidade.
  • 4. Mapa e rotas de comércio dos fenícios Imagem: Mapa da Fenícia e rotas de comércio / Autor Desconhecido / Ras67 / GNU Free Documentation License
  • 5. Mapa atual do Líbano Imagem: Mapa do Líbano / Hoshie/ United States Central Intelligence Agency's World Factbook / Domínio Público
  • 6. Curiosidades e possíveis descobertas sobre os fenícios Entre os estudiosos são discutidas diversas teorias sobre os povos fenícios, mas uma aparece com mais frequência no material didáticosl. Tal teoria, de acordo com o antigo historiador Heródoto, diz que os fenícios originaram-se do Mar Vermelho, referido na sociedade antiga como golfo Pérsico e Oceano Índico. Eles foram os primeiros a contornar o continente africano, a serviço do faraó Necao. Outra teoria sugere que os fenícios tenham sido oriundos dos referidos Cananitas, povos que teriam residido na Anatólia - atual Turquia e o Egito.
  • 7. A maior parte das cidades fenícias eram portuárias, por isso conseguiram ampliar sua população e seu comércio. Posteriormente desenvolveram diversas colônias. Alguns estudiosos informam que a cidade-estado de Biblos era uma das mais importantes e tinha uma relação comercial promissora com o Egito. Mas, ela não era a única cidade- -estado de destaque dos fenícios, pois outras, como Sidon e Tiro, também desenvolveram um importante comércio e são apontadas entre as cidades mais antigas da Fenícia.
  • 8. Tiro e Sidon são consideradas como cidades importantes para a Fenícia. Elas são apontadas como impulsionadoras da construção de portos comerciais e colônias em praias distantes, tais como: Cádiz, na Espanha, e Cartago, situada ao norte da África. Cartago foi a mais importante Colônia fenícia, e seu desenvolvimento, um dos pontos para as guerras púnicas no período do Império Romano. É importante destacar que os fenícios não fundaram um Estado unificado, um reino, mas sim eram várias cidades- -estado, que costumeiramente os estudiosos denominam de Fenícia.
  • 9. É importante destacar que os fenícios não praticavam apenas o comércio, eles também ficaram conhecidos pelos seus atos de pirataria e sequestros. Em especial, sequestravam mulheres e, em troca da liberdade delas, pediam mercadorias ou dinheiro. A Fenícia, assim como outras sociedades antigas, não conseguiu preservar parte de sua história, provavelmente por falta de conhecimento da importância e de recursos de como proteger seu cotidiano e significados culturais. Mas é possível encontrar vestígios desse povo, dentre outras fontes no Antigo Testamento da Bíblia, anais assírios, Homero.
  • 10. Alfabeto fenício e seu legado Imagem: Frédéric Michel / GNU Free Documentation License
  • 11. Considerado como ancestral dos alfabetos modernos. Com base no alfabeto semita, serviu de base para diversos alfabetos, tais como o grego, o hebraico e o arábico. As vogais não estavam presentes no alfabeto fenício, sendo adicionadas posteriormente pelos gregos. O alfabeto fenício pode ser considerado como um grande avanço e uma criação cultural para o desenvolvimento social dos fenícios e das sociedades antigas, um legado que chegou até nós.
  • 12. O alfabeto fenício foi documentado em monumentos da cidade de Biblos, como no sarcófago de Ahiram. Ao todo, eram 22 sinais, que representavam o som das letras combinadas, em vez de suas imagens. Tal alfabeto era composto por consoantes. Tal invenção foi uma grande contribuição dos fenícios com a simplificação da escrita. Isso ajudou principalmente na comunicação entre os povos e os comerciantes, que passaram a fazer anotações dos seus negócios, e, com isso, conseguiram melhor controle e organização das mercadorias. Provavelmente a descoberta do alfabeto foi por volta de 1000 a.C.
  • 13. Estrutura Social A sociedade fenícia era dividida em estamentos, constituídos hierarquicamente de sacerdotes, aristocratas, comerciantes, homens livres e escravos. Cada cidade tinha seu governante e cuidava de seus interesses e negócios. O monarca, cargo que era hereditário, era o que mais ganhava e, quando vantajoso, praticava a política da boa vizinhança, principalmente entre as cidades-estado fenícias. A posição social era comumente relacionada diretamente à riqueza.
  • 14. O grupo predominante, no geral os reis, era governado com o apoio de ricos comerciantes marítimos, proprietários de terras, negociantes de escravos e sacerdotes. A classe social menos favorecida fazia parte da maioria da população, composta por artesãos, camponeses, pescadores, e a parcela mais explorada, composta por escravos e marinheiros pobres. O rei de cada cidade-estado era auxiliado por um conselho composto por ricos comerciantes ou seus representantes, o que caracteriza a importância do comércio para os fenícios.
  • 15. Portanto, era assim a pirâmide social dos fenícios: Aristocracia Comerciantes Camponeses Escravos
  • 16. Política Na política os fenícios praticavam um tipo de governo, a Talassocracia, que significa um governo comandado por homens ligados ao mar. A Fenícia era dividida em cidades-estados, que eram inteiramente independentes e cada uma ficava sob o governo de um rei. As famílias de mais poder e condições financeiras seguramente eram aquelas que detinham o comércio marítimo, bem como no geral lideravam a política das cidades.
  • 17. Religião Imagem: Baal , Excavations of Claude Schaeffer and Georges Chenet, 1934 / Jastrow / Louvre Museum / Domínio Público Imagem: Estátua de deusa / Marie-Lan Nguyen / Louvre Museum / Domínio Público
  • 18. A religião fenícia era politeísta, eles adoravam diversas divindades, que eram associadas aos astros, à fertilidade e às forças da natureza. As práticas religiosas buscavam alcançarem dos deuses progresso na vida. No geral, cada cidade-estado adorava seus próprios deuses e cultuava-os nas suas cerimoniais religiosas, feitas ao ar livre. Costumavam fazer oferendas vegetais, às vezes oferecendo o sacrifício de animais e homens.
  • 19. Os deuses considerados como principais eram El e sua companheira Asherat ou Elat, deusa do mar. Deles descendiam os outros deuses, como Baal, deus associado ao Sol e às chuvas e também conhecido como deus da montanha; Astarteia, uma deusa vinculada à riqueza e à fecundidade, também a deusa da Lua e da guerra. Havia vários outros deuses e deusas.
  • 20. Economia A economia dos fenícios era baseada na pesca e na agricultura para uma economia mercantil, haja visto a falta de terras férteis da Fenícia, o que não possibilitava uma produção agrícola capaz de suprir às necessidades da população. Assim, a saída foi pelo comércio marítimo, e suas rotas comerciais marítimas se alargaram pelo mar mediterrâneo e colônias africanas.
  • 21. Principais produtos fabricados pelos fenícios: Os fenícios foram bons construtores de artefatos em metalurgia, com destaque na construção naval e na produção de tecidos. Com isso os produtos foram bastante comercializados na época. Os fenícios foram também inventores da púrpura, corante-produto cobiçado pelos reis e nobres de outros povos.
  • 22. Arte A arte fenícia não possui características exclusivas que a diferenciam de seus contemporâneos. Isso se deve por ela ter sido influenciada por diferentes culturas artísticas, como a do Egito, da Grécia e da Assíria. Os fenícios, em suas viagens, conheceram uma ampla experiência artística e, assim, desenvolveram sua própria arte com produções de pouca originalidade, com estilo e aparência que carregam traços de características de diferentes povos.
  • 23. Imagem de arte fenícia Imagem: Hanay / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
  • 24. Declínio Os fenícios conseguiram se destacar dentre as grandes civilizações da antiguidade pelo seu potencial comercial e marítimo, porém não conseguiram tornar-se um império coeso. Assim, foram, ao longo da sua história, dominados por outros povos, o que no início não incomodava, desde que não afetasse o comércio. Dessa forma, quando os persas, sob o comando de Ciro II, apoderaram-se da Babilônia e dominaram as cidades fenícias, não houve maiores conflitos. Tal povo fenício perdeu bastante espaço; quando submetido ao poder dos persas, foi obrigado a lutar contra os gregos e perdeu parte de sua frota e do controle do mar.
  • 25. Quando os persas, 333 a.C., foram derrotados pelos macedônios sob o comando de Alexandre Magno, imperador da Macedônia. As cidades fenícias sob tabela ficaram dominadas por Alexandre, menos a cidade de Tiro, que só foi conquistada depois. Após esses fatos, a Fenícia não conseguiu recuperar seu território de comércio, que passou a ser povoado pelos gregos e egípcios. Portanto, foi com as diversas invasões de diferentes povos no território fenício que se foi pondo um fim, transformando-se essa civilização.
  • 26. Referências bibliográficas BRAICK, Patrícia Ramos & MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio, 6º ano. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2006. RODRIGUES, Joelza Ester Domingues. História em documento: imagem e texto, 6º ano. 1ed. São Paulo: FTD, 2009. COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: história geral e do Brasil, 6º ano. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • 27. Sites acessados na pesquisa •http://www.historiamais.com/fenicios.htm •http://www.brasilescola.com/historiag/fenicios.htm •http://joaovmarques.blogspot.com.br/search/label/Fenicia •http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_do_Libano.png •http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenicia •http://pt.wikibooks.org/wiki/Civilizações_da_Antiguidade/A _civilização_fenícia •http://mitologiasereligioes.blogspot.com.br/2009/07/religia o-fenicia-na-baixa-epoca.html