2. Título e Resumo
Título
Conteúdos vídeo nos jornais online - O caso português
Resumo – principais pontos
Critérios subjacentes à selecção dos vídeos inseridos num jornal online, uma
vez que a sua utilização para este fim é cada vez mais frequente.
Pontos pertinentes do estudo:
a análise da realidade portuguesa;
a influência de algumas heurísticas construídas por jornalistas na abordagem
editorial da actualidade;
o contributo da Web 2.0 para este fenómeno.
Análise de dados recolhidos por meio de questionários - jornais portugueses
(generalistas) com presença online dar um contributo sobre a aceitação
desta nova prática e a forma como é feita a escolha/produção dos vídeos
para a versão digital dos jornais.
Palavras-chave: critérios de selecção, vídeo, jornais online
3. Caracterização do problema de investigação
Necessidade de ser “multitudo”;
Tecnologia multiusos, pessoas multipapéis;
Fusão de funções, papéis e meios;
Meios de comunicação mais antigos tendem a renovar-se e a entrar nas novas
tendências;
Presença dos jornais na Web - grande passo para a sua inclusão nas necessidades
do presente;
Proliferação do vídeo nos jornais-online para suportar temas que são destaque
do dia;
Critérios por trás da escolha dos materiais audiovisuais colocados online nessas
publicações.
4. Finalidades e Objectivos
Finalidades:
Listar os critérios utilizados pelos jornais para colocarem vídeos na sua
edição online
Objectivos:
Averiguar a posição dos jornais em relação ao vídeo na sua edição online
Perceber se a utilização deste meio tem aumentado as page views dos
jornais
Efectuar uma recolha da perspectiva dos jornais portugueses generalistas
com presença online em relação à utilização do vídeo online
5. Enquadramento Teórico: Resumo
A evolução + desafios (novos meios de comunicação) fortaleceram este
meio.
Este estudo debruça-se sobre o modelo multimédia (Gonzalez, 2000),
onde a interactividade e o cruzamento de meios (som, vídeo, animação)
são elevados ao expoente máximo. benefícios aos jornais, como o
crescimento dos leitores, a expansão enquanto meio de comunicação e
o alcance de novos públicos (BANDEIRA).
6. Enquadramento Teórico: Resumo
Multiplicidade de expressões: Ciberjornalismo e Jornalismo Online
Bastos, professor do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação na
Universidade do Porto e investigador na área do Jornalismo Online, propõe uma
distinção entre esses termos.
Jornalismo Online - utilização da Internet por parte de jornalistas ditos
“tradicionais” de outros meios (televisão, rádio, jornais), para pesquisas de recursos
informativos online.
Ciberjornalismo - actividade de profissionais especificamente destinados a
trabalhar na produção de jornalismo para publicações na rede (websites de
televisões, jornais, rádios, portais de informação, entre outros).
Distinções e conceptualizações não unânimes e não consideradas reguladoras, uma
vez que existem muitas opiniões divergentes – não há consenso na definição de
jornalismo online.
7. Enquadramento Teórico: Resumo
Tempo ocupado em navegação de sites noticiosos tem vindo a aumentar.
Entre Dezembro de 2007 e Janeiro de 2008, a presença online do
jornal Público subiu da quinta posição para a terceira, no ranking dos
jornais online mais consultados a partir de casa.
Aumento considerável do número de lares com computadores com
acesso à Internet (em 1997, 2,4%, passando para 51,3% em 2008).
Acontecimentos marcantes no crescimento do vídeo na Web:
Streaming Multimédia (ALVEAR, 1998: 3);
Flash Video.
8. Enquadramento Teórico: Resumo
Existem alguns estudos que indicam que as notícias são uma das categorias
de vídeos mais procuradas na Web, indiciando que o vídeo utilizado na
divulgação de notícias é uma mais-valia.
37% dos inquiridos assistem a vídeos de notícias (MADDEN, 2007). – EUA,
Pew Internet & American Life Project, estudo realizado entre 15 Fevereiro e 15
de Março 2007.
A par do desporto e comédia, as notícias conquistam maior número de
visualizações diariamente com aproximadamente 10% - uso do Youtube no
campus e residências da Universidade de Calgary durante 4 meses (GILL,
2007).
48,6% dos indivíduos inquiridos focam a sua preferência em vídeos sobre
notícias, desporto e cinema - Advertising.com, estudo realizado entre 5 de
Janeiro de 2007 e 8 de Janeiro de 2008 – 500 pessoas, mais de 18 anos
(ADVERTISING.COM, 2007).
9. Enquadramento Teórico: Resumo
A taxa de portugueses que recorrem à internet para se informar é já de 61% -
Marktest, 2008.
Exemplos em Portugal da prática de incentivo da participação do espectador na
ilustração de notícias ou de épocas específicas: SIC – “EuReporter” - e TVI – “Eu
Vi”.
Internacionalmente:
New York Times é um bom exemplo. Aceita vídeos enviados por espectadores e
selecciona os melhores, utilizando esses para ilustrar as suas notícias.
A CNN e a Sky News são outros exemplos desta iniciativa. Estes incentivam nos
seus websites à contribuição dos espectadores, aliciando que os seus vídeos
podem ser escolhidos para servirem de cobertura a uma notícia e os autores
chamados para uma entrevista.
10. Enquadramento Teórico: Resumo
Existem já alguns conselhos para a produção e escolha de conteúdo vídeo para este
fim produzidos por profissionais.
Em Maio de 2008, a publicação “The Digital Journalism” dedicou um editorial à temática
de “Como Não Fazer Vídeo para Jornal”. Um dos conselhos é não fazer vídeos à
imagem da televisão (nem reutilizar os que são feitos para esse meio), uma vez que são
meios diferentes e as necessidades não são as mesmas.
O papel da Web 2.0 em todo este processo é crucial, residindo o seu grande impacto
no papel interactivo que passou a estar ao dispor do utilizador/espectador (O’REILLY,
2005), passando este a ter uma relação biunívoca com os media (CÁDIMA, 1999: 110
e 122).
Estas mudanças originam reformulações na definição de utilizador e na de produtor de
conteúdo. A noção de jornalismo é mais um dos conceitos que tende a ser questionado e
a sofrer alterações com todo este processo, sendo a sua multifuncionalidade cada vez
mais relevante.
11. Metodologia
Definição do problema e temática do estudo - inclusão de conteúdos audiovisuais
nos jornais online
Elaboração da questão de investigação e dos objectivos que se pretendem atingir
com o estudo
Fase de exploração e pesquisa. Temas de enfoque da pesquisa: materiais onde se
explicite a relevância do vídeo para a fase actual dos jornais online, a evolução
dos jornais (impressos e online) e dos vídeos online, estatísticas sobre o consumo
dos jornais e vídeos online, e ainda alguns items de referência sobre os pontos mais
relevantes a ter em conta aquando da criação e escolha dos vídeos a incluir nos
jornais online.
Trabalho enquadrado na área exploratória:
Aproximação ao tema, com uma recolha teórica utilizando as técnicas respectivas -
levantamento bibliográfico e análise documental
Estudo prático quanto aos factos que se pretendem averiguar, com recurso à
inquirição dos jornais portugueses com vídeo na sua edição online
12. Metodologia
Quanto aos procedimentos metodológicos: trabalho descritivo
Exposição de informações relacionadas com as áreas da temática a tratar
(obtidas através de pesquisa)
Descrição dos procedimentos a tomar durante a parte prática, tentando
retratar superficialmente a situação actual da inclusão do vídeo nos jornais
online
Análise prática
Definição dos participantes a analisar e dos métodos e instrumentos a utilizar
Inquirição por questionário dos jornais portugueses de carácter generalista
que integrem vídeo na sua edição online
Uma vez que a população em si é bastante reduzida (seis), optar-se-á pela
inquirição de todos os jornais.
Como método de pesquisa de informação e dados considera-se o estudo
documental e bibliográfico
14. Resultados Esperados
Resumo sintético e útil dos principais pontos a ter em conta aquando da
escolha e/ou produção de vídeo para jornais online.
A importância do mesmo será estabelecer o estado do vídeo nos jornais
generalistas online em Portugal.
Pode ainda ser um ponto de partida para muitos outros estudos
relacionados com a área, como por exemplo a forma como o vídeo pode
ser promotor de interacção nos jornais online (como já acontece com
alguns jornais internacionais).
Pode ainda tornar-se um manual de boas práticas, uma vez que se
pretende conseguir a colaboração dos jornais portugueses para o mesmo.
15. Bibliografia/ Fontes
Adobe (2008). Adobe Flash Player Version Penetration.
http://www.adobe.com/products/player_census/flashplayer/version_penetration.html
Advertising.com, Inc (2007). The Who, What, When and What Works of Online Video
Consumption and Advertising. http://www.advertising.com/pdf/Video-White-Paper.pdf
ALVEAR, José (1998). Guide to Streaming Multimedia. Mecklermedia Web Developer.com.
Toronto, Canadá.
Associação Nacional de Jornais. http://www.anj.org.br/a-industria-
jornalistica/historianomundo/historiadojornal.pdf
BANDEIRA, Fernanda. A presença na internet dos jornais locais portugueses.
https://bdigital.ufp.pt/dspace/bitstream/10284/438/1/80-91FCHS04-4.pdf
BASTOS, Hélder (2000). Jornalismo Electrónico.
CÁDIMA, Francisco Rui (1999). Desafio dos Novos Media – a nova ordem politica e
comunicacional, Notícias Editorial. P. 110 e 122
CARR, Nicholas (2008). What the Internet is doing to our brainsquot;, The Atlantic.
http://www.theatlantic.com/doc/200807/google
CARROLL, Chris (2006) - From citizen journalism myth to citizen journalism realities. Reinventing
College Media. http://reinventing.collegemedia.org/index.php?id=57
16. Bibliografia/ Fontes
CORREIA, Frederico (2007). Jornalismo do cidadão – quem és tu?
GILL, Phillipa et Al (2007). YouTube Traffic Characterization: A View From The Edge.
http://www.imconf.net/imc-2007/papers/imc78.pdf
GONZALEZ, Maria Cabrera (2000). Convivencia de la prensa escrita y la prensa on line en
su transición hacia el modelo de comunicación multimédia.
MADDEN, Mary. Pew Internet & American Life Project. Online Video (2007).
http://www.pewinternet.org/PPF/r/219/report_display.asp
Marktest. http://www.marktest.pt/
O'REILLY, Tim (2005). Web 2.0 – Principles and Best Practices.
The Digital Journalism (2008). How Not To Do Newspaper Video, The Digital Journalism.
http://digitaljournalist.org/issue0805/how-not-to-do-newspaper-video.html
WOLF, Mauro (1999). Teorias da Comunicação, Editorial Presença