O documento discute vários tipos de herbicidas, incluindo compostos triazínicos, derivados da uréia, penta clorofenol e dinitrofenos, compostos quaternários de amônia e fenoxiacidos. Ele fornece detalhes sobre a toxicidade, mecanismos de ação, absorção e tratamento para intoxicações de cada grupo de herbicidas. Fatos históricos sobre o uso de herbicidas também são apresentados.
3. HERBICIDAS
• Composto triazínicos
• Derivados da uréia
• Penta clorofenol e
dinitrofenos
• Compostos
quaternários de
amônia
• Fenoxiacidos
Tipos de
Herbicidas
4. Herbicida - Definição
“É um produto químico utilizado para
destruir ou controlar o crescimento de
plantas daninhas, arbustos ou qualquer
tipo de vegetação indesejável”.
5. Fatos históricos
Dentre as todas armas de guerra presentes, destacaram-se
os herbicidas desfolhantes ( o mais famosos ficou
conhecido como “agente laranja”), que foram utilizados
pelos norte-americanos pela seguinte razão: como a
resistência vietnamita era composta por bandos de
guerrilheiros que se escondiam nas florestas, formando
tocaias e armadilhas para os soldados americanos, a
aspersão de nuvens de herbicidas por aviões fazia com que
as árvores perdessem suas folhagens, dificultando a
formação de esconderijos. Contudo, essa operação militar
aparentemente bem sucedida trouxe consequências
ambientais e de saúde catastróficas para a população local
6. Fatos históricos
“Nós permitimos que esses produtos
químicos fossem utilizados com pouca ou
nenhuma pesquisa prévia sobre seu efeito
no solo, na água, animais selvagens e sobre
o próprio homem”.
Publicado em 1962, Primavera Silenciosa (Silent Spring) de Rachel
Carson
7. Composto triazínicos
• É um grupo de substância geralmente utilizadas como
herbicidas.
Produto DL50 rato (mg/kg)
Anilasine 2.710
Ametryne 1.110
Atrazine 2.000
Cyanazine 288
Hexazinone 1.690
Metribuzin 2.200
Prometon 2.980
Prometrine 3.150
Simazine >5.000
The WHO recommended classification of pesticides by hazard, 1989.
8. Composto triazínicos
• Os herbicidas desse grupo apresenta
uma toxicidade relativamente baixa ,
praticamente não existe relatos sobre
intoxicação agudas humanas, mas
sim em animais. Alguns
componentes do grupo como a
Anilasine e a Atrazine são irritantes a
pele e mucosa ocular.
9. Composto triazínicos
Exposições crônicas
Atrazina: Estudos avaliados em 2001 pela EPA. Tumores
mamários observados em ratos. Fortes evidências recentes de
causar desregulação endócrina.
Simazina: Estudos avaliados em 2002 pela EPA. Mostrou-se
fetotóxico / embrio-fetal em coelhos, em um estudo
reprodutivo. Alguns ensaios foram positivos para
mutagenicidade. Aumentou a incidência de tumores benignos
e malignos das glândulas mamárias em rato
Ametrina: Não há dados disponíveis ou adequados para
determinar seu potencial carcinogênico e reprodutivo em
humanos Causa dano hepático em animais (EXTOXNET).
10. Tratamento
• É apenas sintomáticos e de suporte.
Nos casos e nos casos excepcionais
de ingestão os risco e benefícios dos
procedimento para o esvaziamento
gatrico devem ser ponderados.
11. Derivados da uréias
Produto DL50 rato (mg/kg)
Diflubenzuron 4.640
Diuron 3.400
Fenuron 6.400
Fluometuron 8.000
Linuron 4.000
Monuron 3.600
Neburon 2.980
A toxicidade dos herbicidas desse grupo é relativamente baixa.
Praticamente não foram registradas intoxicações na espécie humana,
alguns pode provocar dermatite por contato direto e prolongado, mas
em animais foram relatados distúrbios sanguíneos, principalmente
anemia metemoglobiemias, além de um quadro neurológico
evidenciado por ataxia e convulsões e coma.
Produtos incluídos no grupo da ureia modificadas e suas respectivas
DL50 rato.
12. Penta clorofenol e Dinitrofenos
Conhecido como PCP é comercializado
principalmente como Dwocid 7,
Impergnatox, Imunit, Jimo cupim, Pentud
entre outros.
Insolúvel em agua e solúveis em solventes
orgânicos (éter etílico e álcool etílico)
Utilizado como inseticida e fungicida
(preservados de madeira)
13. Dose toxica
• DL50 é estimada em 2g/70kg.
Em doses muito menores
como 0,2g/70kg já apresenta
efeitos tóxicos ao homem.
17. Metabolismo
• Possui propriedades de eliminar se
rapidamente pela urina
principalmente pela forma inalterada,
reage com acido glicurônio e forma
um derivado glicuroconjugado
18. Sinais e sintomas
• O inicio da manifestação toxica é
geralmente abrupto e pode ocorrer horas
ou ate dois dia. Ocasiona febre alta,
hipertensão, glicosuria, hiperglicemia,
hiperperistaltismo, cefaleia, dificuldade
respiratória, cirrose, hematúria, coma.
• Nos casos não agudo tem se notado
erupções cutâneas, lesões hepáticas e
renais.
19. Tratamento
• Lavagem gástrica com bicarbonato
de sódio.
• Purgante salino;
• Tratar a febre com antitérmico e
compressas frias.
• Atropina é altamente contra indicado.
21. Compostos Quaternários de Amônia
• Agente de importância
toxicologia PARAQUAT
(Gramoxone e Reglone) o
Diquat.
• Altamente solúveis em agua.
22. Toxicidade
• DL50 3 a 5 g porem já ocorreu óbitos
com 4g.
• O diquat tem a DL50 em 10 a 20g.
Índice insignificante de óbitos.
• Em solos são inativados
possivelmente por se combinarem
com as partícula argila
23. Farmacodinâmica
Está bem estabelecido que o “Ciclo
Redox” é a reação primária responsável
pela toxicidade do paraquat. Em
condições anaeróbicas, o cátion
paraquat pode ser reduzido através de
NADPH microssomal dependente para
formar o radical reduzido. Este então
reage com oxigênio molecular para
formar o cátion de paraquat e o íon
superóxido. O Paraquat continuará então
o ciclo de oxidação para a forma
reduzida com os elétrons do oxigênio,
causando morte celular por
lipoperoxidação das membranas
celulares ou depleção de NADPH, como
no pulmão, onde há acumulação seletiva
tanto nos pneumócitos tipo I e II.
25. Sinais e sintomas
• Queimação na boca, garganta, esôfago,
quando ingerido;
• Distúrbios respiratório e cianose
• Hemoptise
• Tremores, convulsões, cólicas intensa,
diarreias, problemas hepáticos e renais.
• No diquat não haverá gravidades da lesão
pulmonares.
26. Tratamento
• Ingestão de leite ou albumina no caso de
diquat e no paraquat pode se usar o
carvão ativado.
• Purgante;
• Vitamina c em altas doses
• Repor liquido e força a diurese no caso do
diquat.
• Repouso absoluto
27. Pesquisa toxicológicas
• Teste rápido – TOMPSETT 10 ml de
urina ou lavado gástrico e adicionar
150mg de Na2HCO3 positiva para
diquat cor amarelada esverdeada e
paraquat cor azul imediata.
• Cromatografia camada delgada
29. Fenoxiacidos
2,4-D
• Dose toxica ao
homem é de 3-
4g
• Apresenta em
forma de um pó
branco e de
odor fenólico
2,4,5-T
• Quadro toxico
igual ao 2,4-D
• Graves
problemas são
descrito devido
a presença de
dioxina
33. clinica
O TCDD é altamente lipossolúvel,
tende a se acumular no tecido
adiposo e é eliminada sem
alterações nas fezes.
34. Sintomatologia
• Lesões
cutâneas
tardia e
atrófica
• Cefaleia,
mialgia,
fadiga e
Parestesia.
• Disfunção
hepática
• Na pele,
bolhas,
pústulas de
cor amarelada
Cloracne Hepatomegalia
Disturbio do
metabolismo
da porfirina
Disturbios
neurológicos e
musculares
35. Tratamento
• Não existe antidoto especifico. As lesões
cutânea, que mais afligem o paciente, em
virtude de seus problemas estéticos,
devem merecer especial atenção com
cuidados de higiene intensos. Todo
paciente exposto devem ser seguidos
durante longo tempo para detecção de
possíveis efeitos carcinogênicos.
36. Referencias bibliográficas
• JAKELAITIS, A. et al. Influência de herbicidas e de sistemas
de semeadura de Brachiaria brizantha consorciada com
milho. Planta daninha, v. 23, n. 1, p. 59-67, 2005.
• VIDAL, Ribas Antonio. Herbicidas: mecanismos de ação e
resistência de plantas. RA Vidal, 1997.
• MIDIO, Antonio Flavio; MARTINS, Deolinda Izumida.
Herbicidas em alimentos: aspectos gerais toxicológicos e
analíticos. Livraria Varela, 1997.