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Universidade Católica de Pelotas
 Programa de Pós-Graduação em Letras
      Discurso e Relações Sociais
            Eliane Campelo




Interdiscursividade e
  Intertextualidade

                                       Mabel Oliveira Teixeira




      Pelotas, dezembro de 2009
Introdução
Mickhail Bakhtin   Ilustração:
                         Sattu   Segundo       Fiorin    (2006),   o      termo
                                 intertextualidade não está presente na obra
                                 Bakhtiniana. Há uma única ocorrência do
                                 termo que se dá em função de uma tradução
                                 de Julia Kristeva, autora que iniciou os
                                 estudos sobre este teórico na França. Com a
                                 obra de Kristeva o termo intertextualidade
                                 passou a ser associado a Bakhtin e ganhou
                                 prestígio no Ocidente. Em 1967, Kristeva
                                 publica um artigo em que discute as teorias
                                 bakhtinianas. A autora identifica discurso
                                 como sendo um cruzamento de discursos
                                 no qual está presente ao menos um outro
                                 discurso,    substituindo   o   conceito    de
                                 intersubjetividade pelo de intertextualidade.
                                 Dessa forma, tem – se a idéia da construção
                                 do texto através da intertextualidade.
“O discurso (o texto) é um cruzamento de
   discursos (de textos) em que se lê, pelo
      menos, um outro discurso (texto)”
          (KRISTEVA, 1967, p.84).


Desta forma, tem-se a idéia da construção do texto através da
intertextualidade. Mas o texto aqui não é mais entendido como
único, inédito, inquestionável – ligado a metafísica da verdade. No
final do século XIX, a idéia de texto passou a se estabelecer “[...]na
medida em que é prática significante, em que desconstrói e
reconstrói a língua, em que é o lugar da constituição do sujeito,
em que seu modo de funcionamento real é a relação constitutiva
com outros textos, poderia facilmente recobrir aquilo que
entendemos por discurso”(BARTHES; KRISTEVA apud FIORIN,
2006, p. 165).
- Ao observarmos o pensamento bakhtiniano por meio de estudiosos como
Fiorin, notamos que a relação entre discursos aparece, em seus textos, como
dialogismo. Para ele, dialogismo não se resume a “interação face a face”,
pois é bem mais amplo. Ocorre em todos os enunciados da comunicação. E
é sempre entre discursos: do locutor e do interlocutor. Fiorin (2006) mostra
que o dialogismo para Bakhtin é o modo de funcionamento real da
linguagem, já que o homem estabelece uma relação com a realidade a partir
da linguagem, tendo assim relação com os discursos que dão sentido às
coisas. E também é uma forma particular de composição do discurso, porque
todo discurso é construído a partir da relação com outro discurso, mantendo a
sua individualidade.

“[...] Um dos significados da palavra diálogo é o que remete à ‘solução
   de conflitos’, entendimento, promoção de consenso; no entanto, o
 dialogismo é tanto convergência, quanto divergência; é tanto acordo,
        quanto desacordo é tanto adesão, quanto recusa, é tanto
                      complemento, quanto embate”
                  (FARACO apud FIORIN, 2006, p.170)
- Segundo Bakhtin, a incorporação das vozes no enunciado pode ocorrer de
duas maneiras:

1.) Na primeira percebemos claramente o discurso do outro no enunciado
através do discurso direto e indireto, das aspas e da negação.

2.) Na segunda o discurso do outro é interno, também chamado de bivocal,
ocorrendo através de formas como paródia, estilização, polêmica velada ou
clara e discurso indireto livre.

- O que diferencia texto de enunciado, segundo Bakhtin, é o fato do texto ser
uma manifestação do pensamento, emoção, sentido e significado
representando, assim, uma realidade imediata. O texto se torna reproduzível
somente ao que compete a ordem da língua e em todos os outros aspectos
é irreproduzível por ser sempre um novo acontecimento devido a relação
dialógica. O texto considerado isoladamente é uma unidade de signos e, só a
partir do momento em que é usado para a manifestação da intenção do
indivíduo, assume uma postura dialógica - tornado-se um enunciado. Assim, o
texto não é um enunciado em si, ele se torna a partir do momento em que se
tem uma intenção e da sua respectiva execução.
- Bakhtin também faz uma distinção entre enunciado e discurso, mostrando
que o primeiro é constitutivo do segundo. É o que se pode verificar no
seguinte fragmento:


 “O discurso deve ser entendido como uma abstração: uma posição
   social considerada fora das relações dialógicas, vista como uma
   identidade. Poder –se – ia então acusar Bakhtin de considerar as
relações dialógicas como exteriores ao discurso. Não, pelo contrário, o
     enunciado (interdiscurso) não é um conjunto de relações entre
  intradiscursos (discurso, em Bakhtin). O interdiscurso é interior ao
 intradiscurso, é constitutivo dele. Na comunicação verbal real, o que
    existem são enunciados, que são constitutivamente dialógicos. O
   discurso é apenas a realidade aparente (mas realidade) de que os
    falantes concebem seu discurso autonomamente, dão a ele uma
     identidade essencial. Entretanto, no seu funcionamento real, a
                        linguagem é dialógica”
                         (FIORIN, 2006, p.181).
Intertextualidade e Interdiscursividade
- Para Fiorin (2006), a intertextualidade ocorre nas relações dialógicas entre
textos, sendo uma materialização, em textos, da relação discursiva. Essa
relação entre as diferentes vozes e discursos, é o processo de
incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido, seja
para transformá-lo. Dessa forma, o artista confere ao texto construído uma
nova roupagem.
- Segundo o autor (1994), existem três processos de intertextualidade:

1.) Citação: aquele processo capaz de concordar com o sentido do texto
citado ou modificá-lo. Estabelece uma relação de oposição ou concordância.
2.) Alusão: processo pelo qual o artista retoma o texto do outro, repetindo
construções sintáticas. Para isso, há a substituição de algumas dessas
construções por outras, porém são mantidas relações hiperonímicas ou
figurativizações do mesmo tema. Também pode estabelecer uma relação de
oposição ou concordância.
3.) Estilização: é a reprodução do estilo do outro, sendo estilo entendido como
o que mantém a individualidade, a marca pessoal do autor através da forma,
estrutura e do conteúdo do texto. Esse aspecto intertextual pode apresentar
duas funções: polêmica ou contratual.
- Quando, por exemplo, a relação dialógica não se manifesta no texto, temos
interdiscursividade, mas não intertextualidade. No entanto é preciso
observar que nem todas as relações dialógicas mostradas no texto devem ser
consideradas intertextuais.

                                           intertextuais (entre textos)

- Bakhtin fala em relações dialógicas

                                          intratextuais (dentro do texto)

- As relações dialógicas ocorrem dentro do texto quando as duas vozes se
acham no interior de um mesmo texto – quando um texto tem uma
existência fora do texto que o contém.

- A intertextualidade é o processo da relação dialógica não somente entre duas
“posturas de sentido”, mas também entre duas materialidades linguísticas.

- A intertextualidade pode se dar, também, entre diferentes estilos.
- Já a interdiscursividade, para Fiorin (1994, 2006), ocorre na medida em que
há uma relação dialógica, estabelecendo-se uma relação de sentido. Na
interdiscursividade há a incorporação de temas, idéias e figuras do outro,
que podem ser negadas ou aceitas. Existem dois processos de
interdiscursividade:

1.) Citação: quando um discurso repete temas e figuras de outro. Pode ocorrer
de forma contratual ou polêmica.

 2.) Alusão: acontece quando há uma incorporação de percursos temáticos e/
ou figurativos de um discurso que servirá para a contextualização,
possibilitando a compreensão do mesmo.

  “A interdiscursividade não implica a intertextualidade, embora o
 contrário seja verdadeiro, pois ao se referir a um texto, o enunciador
          se refere, também, ao discurso que ele manifesta”
                         (FIORIN, 1994, p.35).

- Ao contrário da intertextualidade, a interdiscursividade é necessária para
a formação de um texto, porque o discurso é social e o texto é construído a
partir da relação que um discurso estabelece com outros.
Conclusão
- SE

                  TEXTO                      ENUNCIADO
        Manifestação do enunciado     Se constitui nas relações
        (a realidade imediata dada    dialógicas.
        ao leitor).


               CIENTES DISSO, PODEMOS DIFERENCIAR

          INTERDISCURSIVIDADE           INTERTEXTUALIDADE
         Qualquer relação dialógica   Tipo particular de interdis-
         entre enunciados.            cursividade, aquela em que
                                      se encontra num texto duas
                                      materialidades textuais
                                      distintas.
- O discurso em Bakhtin é linguístico e histórico.

- É na relação com o discurso do Outro, que se apreende a história que
perpassa o discurso. Essa relação está inscrita na própria interioridade do
discurso, constitutivamente ou mostradamente.

- Com a concepção dialógica da linguagem, a análise histórica de um texto
deixa de ser a descrição da época em que o texto foi produzido e passa a
ser uma fina e sutil análise semântica que leva em conta confrontos
sêmicos, deslizamentos de sentidos, apagamentos de significados, etc.
Universidade Católica de Pelotas
Programa de Pós-Graduação em Letras




               Fim



              Pelotas, 2009




     Pelotas, dezembro de 2009

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Interdiscursividade e intertextualidade

  • 1. Universidade Católica de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Letras Discurso e Relações Sociais Eliane Campelo Interdiscursividade e Intertextualidade Mabel Oliveira Teixeira Pelotas, dezembro de 2009
  • 2. Introdução Mickhail Bakhtin Ilustração: Sattu Segundo Fiorin (2006), o termo intertextualidade não está presente na obra Bakhtiniana. Há uma única ocorrência do termo que se dá em função de uma tradução de Julia Kristeva, autora que iniciou os estudos sobre este teórico na França. Com a obra de Kristeva o termo intertextualidade passou a ser associado a Bakhtin e ganhou prestígio no Ocidente. Em 1967, Kristeva publica um artigo em que discute as teorias bakhtinianas. A autora identifica discurso como sendo um cruzamento de discursos no qual está presente ao menos um outro discurso, substituindo o conceito de intersubjetividade pelo de intertextualidade. Dessa forma, tem – se a idéia da construção do texto através da intertextualidade.
  • 3. “O discurso (o texto) é um cruzamento de discursos (de textos) em que se lê, pelo menos, um outro discurso (texto)” (KRISTEVA, 1967, p.84). Desta forma, tem-se a idéia da construção do texto através da intertextualidade. Mas o texto aqui não é mais entendido como único, inédito, inquestionável – ligado a metafísica da verdade. No final do século XIX, a idéia de texto passou a se estabelecer “[...]na medida em que é prática significante, em que desconstrói e reconstrói a língua, em que é o lugar da constituição do sujeito, em que seu modo de funcionamento real é a relação constitutiva com outros textos, poderia facilmente recobrir aquilo que entendemos por discurso”(BARTHES; KRISTEVA apud FIORIN, 2006, p. 165).
  • 4. - Ao observarmos o pensamento bakhtiniano por meio de estudiosos como Fiorin, notamos que a relação entre discursos aparece, em seus textos, como dialogismo. Para ele, dialogismo não se resume a “interação face a face”, pois é bem mais amplo. Ocorre em todos os enunciados da comunicação. E é sempre entre discursos: do locutor e do interlocutor. Fiorin (2006) mostra que o dialogismo para Bakhtin é o modo de funcionamento real da linguagem, já que o homem estabelece uma relação com a realidade a partir da linguagem, tendo assim relação com os discursos que dão sentido às coisas. E também é uma forma particular de composição do discurso, porque todo discurso é construído a partir da relação com outro discurso, mantendo a sua individualidade. “[...] Um dos significados da palavra diálogo é o que remete à ‘solução de conflitos’, entendimento, promoção de consenso; no entanto, o dialogismo é tanto convergência, quanto divergência; é tanto acordo, quanto desacordo é tanto adesão, quanto recusa, é tanto complemento, quanto embate” (FARACO apud FIORIN, 2006, p.170)
  • 5. - Segundo Bakhtin, a incorporação das vozes no enunciado pode ocorrer de duas maneiras: 1.) Na primeira percebemos claramente o discurso do outro no enunciado através do discurso direto e indireto, das aspas e da negação. 2.) Na segunda o discurso do outro é interno, também chamado de bivocal, ocorrendo através de formas como paródia, estilização, polêmica velada ou clara e discurso indireto livre. - O que diferencia texto de enunciado, segundo Bakhtin, é o fato do texto ser uma manifestação do pensamento, emoção, sentido e significado representando, assim, uma realidade imediata. O texto se torna reproduzível somente ao que compete a ordem da língua e em todos os outros aspectos é irreproduzível por ser sempre um novo acontecimento devido a relação dialógica. O texto considerado isoladamente é uma unidade de signos e, só a partir do momento em que é usado para a manifestação da intenção do indivíduo, assume uma postura dialógica - tornado-se um enunciado. Assim, o texto não é um enunciado em si, ele se torna a partir do momento em que se tem uma intenção e da sua respectiva execução.
  • 6. - Bakhtin também faz uma distinção entre enunciado e discurso, mostrando que o primeiro é constitutivo do segundo. É o que se pode verificar no seguinte fragmento: “O discurso deve ser entendido como uma abstração: uma posição social considerada fora das relações dialógicas, vista como uma identidade. Poder –se – ia então acusar Bakhtin de considerar as relações dialógicas como exteriores ao discurso. Não, pelo contrário, o enunciado (interdiscurso) não é um conjunto de relações entre intradiscursos (discurso, em Bakhtin). O interdiscurso é interior ao intradiscurso, é constitutivo dele. Na comunicação verbal real, o que existem são enunciados, que são constitutivamente dialógicos. O discurso é apenas a realidade aparente (mas realidade) de que os falantes concebem seu discurso autonomamente, dão a ele uma identidade essencial. Entretanto, no seu funcionamento real, a linguagem é dialógica” (FIORIN, 2006, p.181).
  • 7. Intertextualidade e Interdiscursividade - Para Fiorin (2006), a intertextualidade ocorre nas relações dialógicas entre textos, sendo uma materialização, em textos, da relação discursiva. Essa relação entre as diferentes vozes e discursos, é o processo de incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido, seja para transformá-lo. Dessa forma, o artista confere ao texto construído uma nova roupagem. - Segundo o autor (1994), existem três processos de intertextualidade: 1.) Citação: aquele processo capaz de concordar com o sentido do texto citado ou modificá-lo. Estabelece uma relação de oposição ou concordância. 2.) Alusão: processo pelo qual o artista retoma o texto do outro, repetindo construções sintáticas. Para isso, há a substituição de algumas dessas construções por outras, porém são mantidas relações hiperonímicas ou figurativizações do mesmo tema. Também pode estabelecer uma relação de oposição ou concordância. 3.) Estilização: é a reprodução do estilo do outro, sendo estilo entendido como o que mantém a individualidade, a marca pessoal do autor através da forma, estrutura e do conteúdo do texto. Esse aspecto intertextual pode apresentar duas funções: polêmica ou contratual.
  • 8. - Quando, por exemplo, a relação dialógica não se manifesta no texto, temos interdiscursividade, mas não intertextualidade. No entanto é preciso observar que nem todas as relações dialógicas mostradas no texto devem ser consideradas intertextuais. intertextuais (entre textos) - Bakhtin fala em relações dialógicas intratextuais (dentro do texto) - As relações dialógicas ocorrem dentro do texto quando as duas vozes se acham no interior de um mesmo texto – quando um texto tem uma existência fora do texto que o contém. - A intertextualidade é o processo da relação dialógica não somente entre duas “posturas de sentido”, mas também entre duas materialidades linguísticas. - A intertextualidade pode se dar, também, entre diferentes estilos.
  • 9. - Já a interdiscursividade, para Fiorin (1994, 2006), ocorre na medida em que há uma relação dialógica, estabelecendo-se uma relação de sentido. Na interdiscursividade há a incorporação de temas, idéias e figuras do outro, que podem ser negadas ou aceitas. Existem dois processos de interdiscursividade: 1.) Citação: quando um discurso repete temas e figuras de outro. Pode ocorrer de forma contratual ou polêmica. 2.) Alusão: acontece quando há uma incorporação de percursos temáticos e/ ou figurativos de um discurso que servirá para a contextualização, possibilitando a compreensão do mesmo. “A interdiscursividade não implica a intertextualidade, embora o contrário seja verdadeiro, pois ao se referir a um texto, o enunciador se refere, também, ao discurso que ele manifesta” (FIORIN, 1994, p.35). - Ao contrário da intertextualidade, a interdiscursividade é necessária para a formação de um texto, porque o discurso é social e o texto é construído a partir da relação que um discurso estabelece com outros.
  • 10. Conclusão - SE TEXTO ENUNCIADO Manifestação do enunciado Se constitui nas relações (a realidade imediata dada dialógicas. ao leitor). CIENTES DISSO, PODEMOS DIFERENCIAR INTERDISCURSIVIDADE INTERTEXTUALIDADE Qualquer relação dialógica Tipo particular de interdis- entre enunciados. cursividade, aquela em que se encontra num texto duas materialidades textuais distintas.
  • 11. - O discurso em Bakhtin é linguístico e histórico. - É na relação com o discurso do Outro, que se apreende a história que perpassa o discurso. Essa relação está inscrita na própria interioridade do discurso, constitutivamente ou mostradamente. - Com a concepção dialógica da linguagem, a análise histórica de um texto deixa de ser a descrição da época em que o texto foi produzido e passa a ser uma fina e sutil análise semântica que leva em conta confrontos sêmicos, deslizamentos de sentidos, apagamentos de significados, etc.
  • 12. Universidade Católica de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Letras Fim Pelotas, 2009 Pelotas, dezembro de 2009