Breve história da Grande Loja Nacional Portuguesa. Explicações diversas que fundamentam a Tradição e a Regularidade desta Obediência maçónica em Portugal. Uma das principais Obediências em Portugal e no Mundo. Obediência esta que é membro de pleno direito da Confederação Internacional das Grandes Lojas Unidas.
1. GRANDE LOJA NACIONALPORTUGUESA,Maçonaria Tradicional ouRegularContinental
Raízes,Históriae Actualidade
A Grande Loja Nacional Portuguesaé umaObediênciamaçónicamasculina,portuguesaque foi
constituídacom 4 (quatro) Lojas,50 Obreiros, provenientesdaObediênciaregularmente
consagrada pelaGrande LojaNacional Francesa,denominadaGrande LojaRegularde Portugal.
Esta últimaObediênciasofreuaindaumaoutracisãoem1996 que resultounaformação da
Grande Loja Legal de Portugal - GLRP.
A Grande Loja Nacional Portuguesafoi formalmente constituída,a09 de Março de 2000 no
CartórioNotarial de Macedo de Cavaleiros,tendosidoreconhecidade imediatopela
Maçonaria RegularContinental,emcontrapontocoma Maçonaria RegularAnglo-saxónicaque
reconheceuaGrande Loja Legal de Portugal- GLRP.
A Maçonaria tradicional ouregularcontinental assumeapresençaemLojadas chamadasTrês
GrandesLuzesda Maçonaria: o Esquadro,o Compassoe o Volume daLei Sagrada.A
Maçonaria praticada inspira-senahabitual Tradiçãodacultura maçónicacontinental de
inspiraçãojudaica-cristã,iniciandoosseustrabalhoscoma Bíbliaabertano prólogodo 4º
Evangelho,João.Toleramaindaapresençade outrosVolumesdaLei Sagrada,juntoà Bíblia,
no momento daprestaçãodo juramentoprofano,nodiada iniciação,se apessoaa ser
admitidapertenceraumareligiãodiferente.A BíblianaMaçonaria tradicional continental
representaumsímboloe nãoé interpretadocomoumlivrode qualquerreligiãorevelada,
mesmoque sejaa do novoiniciado.
Na Maçonaria regularcontinental nãoé usadoumlivroembranco, ou a própriaConstituição
da Obediência,comose praticanoutrasObediências.Paraestesmaçons,olivrobrancoé
consideradoumarquétipocarente de sentido.E,praticandoelesumaMaçonariaTradicional
ou de regularidade continental,apresençade umlivroembranco nãorepresentaqualquer
tradição,nemtransmite qualquerorigem.
A Maçonaria regularcontinental outradicional reconhece oGrande Arquitecto doUniverso
como umPrincipio.OPrincípiodacausa activa e original,considerando-oassimumsímbolo
menosredutore menosdeterminante que ainterpretaçãode Deusreveladodasreligiõese
2. com enfoque metafísicoacessívelàrazão humana.Para eles,oconceitotema vantagemde
conciliaras religiõesdogmáticase asreligiõesque nãoreconhecemaexistênciade umDeus
criador oude umdemiurgo.Daí procuramo universalismo,praticandodestaformaoRito
EscocêsAntigoe Aceite que consideramassimascender doincognoscível aocognoscível,de
vincularo visível e oinvisível,de proporumauniãodo humanocomo divino.
O ritoque praticamna Grande Loja Nacional Portuguesanãodeve serconfundidocomreligião
e sentimentoreligioso.ORitoEscocêsAntigoe Aceite que praticamdesde afundaçãoda
Grande Loja e na sequênciadomesmoque foi desenvolvidonaEuropa,nãoé por estes
maçonsentendidocomoumsubstitutodareligião,pelarazãode que não se entregama uma
verdade reveladae nãovãoà Loja para adorar nelao Eterno.Trabalhamem suaGlória e
praticama evocaçãodo Grande ArquitectodoUniversonocaminhodotranscendente,
cabendoa cada um dessesmaçonsinterpretaresse símboloemfunçãodoseupróprio
entendimento.
Consideram-se umaObediênciaexclusivamente masculinapornãoaceitarema maçonaria
envolvidanumaconfusãode géneros.Aceitamaliberdade dasmulheresmasnãoconsideram
essaigualdade comoumsinónimode uniformidade oude identidade.Consideramexistir
diferençasentre ohomeme amulher,concretizadaspelalei danatureza.Comose relacionam
tendopor base a Tradição,têm emconta os AntigosDeveresdosMaçonsque publicamnos
seusrituais:tantoa maçonaria dosAntigoscomoa dos Modernosé consideradauma
fraternidade de homenslivrese de bonscostumes.Estainterdiçãocontinuaaserpara eles
uma marca fundamental damaçonariaregularoutradicional que assimfoi consideradadesde
a sua origem,umasociedade de construtores.Consideramque acomunhãode espíritose dos
coraçõesnão se limitaàprática de um ritual peloque foradosTemplosestãosempre abertos
a todas as manifestaçõesde carácterfraternal.
No RitoEscocêsAntigoe Aceite que praticamemexclusivo,consideram-noumritoiniciático
racional.Procuramdemonstrarinternamente que osmaçonsnãodevemconfundirTradição
com Conservadorismo,damesmamaneiraque nãodevemconfundirEspiritualidadecom
Religião,Modernidade e Modernismo.Nãoexpondoassim, emqualquercircunstância,um
processoiniciáticoaosolharpúblicoe profano.
ConsideramaTradição comoalgo que se transmite de umamaneiraviva,pelapalavra,pela
escritae pelasdiversasformasde actuar.Dizemque aTradição é a vidaemmovimento,
segundoaordemcósmica,até a um melhorpensar,ummelhordecidir,ummelhorser,
fundamentodoúnicoprogressoque consideramdignodospotenciaishumanos.Defendemque
3. a Tradição é umafonte original que nãose esgotanemse substitui.PorseremTradicionais
representamumavidade sentimentos,pensamentos,crenças,aspiraçõese acções.
Transmitemaquiloque geraçõessucessivastêmigualmenteque perdurare procuramlegar
como condiçãopermanente de vivificação,de participaçãonumarealidade emque oesforço
individuale sucessivopode alimentar-se indefinidamente semesgotá-la.Sobre estaTradição
implicamumacomunhãoespiritualdasalmasque promovem, pensame se queremunidaspor
um mesmoideal.Consideramque oRitoEscocêsAntigoe Aceite é a autoridade daRazão. Que
a Razão procede a Fé,sendoestesdoiselementos-chavedaespiritualidade doRitoque nada
tema vercom religiosidade.Explicamnassuasvinte e duasLojasque a Religiãonãoé maisdo
que uma organizaçãomaterial,extrínsecaàespiritualidade.Ultrapassandoassimomarcodas
religiões.Que aEspiritualidade existiuantesdelas,desde que ohomemtomouconsciênciada
sua existênciae dasua relaçãocom o Universo.Explicamcominsistênciaque oRitose
caracterizapelaRazão e pelaFé;nãoda Fé numaverdade revelada,masnumPrincípioque se
rege segundoleisimutáveise suficientementefortesque denominamGrande Arquitectodo
Universo.Segundoeles,ummaçonesforça-se porse conformara umaOrdem, por actuar de
acordo com umasregras para criar o seuTemplointerior.E,coma Razão e a Fé,acedemao
sagrado.Enquadrandodestaformaa Iniciação:oadeptonão se trata comoum demiurgo
neoplatônicoougnóstico,de dominaranaturezae transformaro mundo,masde aprendera
dominara sua naturezae transformar-se asi mesmoparaver o mundode outra forma.
Mediante estaascensãoque olevaao transcendente,omaçonconsegue espiritualizar-seàsua
maneirae,pessoalmente,de sentirasuapertençaao universo.Estamaneirapessoal produz-
se primeiramentepelaapreensãodospequenosmistériosque colocamoHomemnocaminho
de uma busca ampliadaaté si mesmoe aos seussemelhantes.SegundoaMaçonaria
Tradicional utilizamossímbolosouutensíliosmaçónicosparamelhorconheceremos
elementosconstitutivosdasuaexistência.Chegamgradualmente asaciara sua ignorância
original,aprendendoque otrabalhoajudaa corrigiros seusdefeitose osseuserros.Comisto
queremque omaçon tome consciênciadovalorda sua própriaexistência,que aprendea
venerarcomobeminalienável que devemcultivarcomesmero.
Promoveramindividualmente,comomaçons,acriação de um SupremoConselhode Portugal
do RitoEscocêsAntigoe Aceite paraque melhorinstruísse oselementosconstitutivosdos
graus seguintes,remontandoalgunsaoséculoXIII.Oseuespíritoremontaauma épocamuito
antesdo períodojudaico-cristão;asuafilosofiaé muitoanterioràAntiguidade greco-romana.
A Grande Loja Nacional Portuguesapraticaasua Maçonaria semeliminardoseumétodode
trabalhonenhumdossímbolose mantendoomaiorescrúpulonarealizaçãoritualizadado
mesmo.
Mantém excelentesrelaçõesoficiaiscommaisde setentaObediênciasmaçónicasmundiais.
Com estesTratadosmantémumaesferade influênciaimportante,anível mundial,ao
4. envolver-se naregularidade maçónicatradicional.A Grande Loja Nacional Portuguesaorganiza
tambémconferênciase actospúblicosde difusãomaçónicae participaeminiciativasde
interesse social,masmantémumagrande discriçãoe não se compromete ouenvolve,como
Instituição,emtemasideológicosparalelos,deixando taisiniciativasaolivre arbítriopessoal
dos seusfiliados.
A Grande Loja Nacional Portuguesaencontra-se sediadanosolararistocráticobarroco
setecentistadoPaláciodosCondesde Vinhais,emMirandela.
Esta Obediênciaé compostapelasseguintes Lojas:D.AfonsoHenriquesnº1, Fraternidade
nº.2, Mestre Hiram nº. 3, Liberdade nº.4, Identidade nº.5,Sabedorianº.6, S. Jorge nº. 7,
Amizade nº.8, Trabalhonº. 9, FernandoPessoanº.10, S. Pedronº. 11, Casa Real dos Pedreiros
Livresda Luisitânianº.12, Santiagonº. 13, IberiaFraternitasnº.14, Davidnº. 15, Estrelado
Oriente nº.16, Coríntianº. 17, AlmeidaGarrettnº.18, Dómusnº. 19, Viriatonº.20, Cavaleiros
da Luz nº. 21, José Damiãonº. 22, alémdaLoja de InvestigaçãoTomásCabreira.
Integrandomaisde 500 Obreirose sendoumadas pricipaisObediênciasnacionais,trabalha
nos trêsprimeirosgraussimbólicosdoRitoEscocêsAntigoe Aceite (1ºgrau, Aprendiz;2ºgrau,
Companheiro;3ºgrau, Mestre Maçon).
Criouo Centrode EstudosFernandoPessoaque promove e organizacolóquiose congressos,
tendorealizadoemLisboa,nodia25 de Março de 2006 o I CongressoMaçónicoabertoao
público,numaUniversidade e amplamente divulgadonacomunicaçãosocial.
A Grande Loja Nacional Portuguesa integraaindaacorrente de fraternidade interobediencial
pan-europeiaque ainspira,projectomaçónicoque foi inicialmenteconsolidante coma
perspectivadaUniãoEuropeiae agora alargadoa todosos Continentese que se denominapor
ConfederaçãodasGrandesLojasUnidasna Europa. Fazemparte destaConfederação,para
alémda Grande Loja Nacional Portuguesa,aGrande Loja de França, com 35 mil Obreiros,a
Grande Loja Tradicional e Simbólica –OPERA,a Grande Loja da Sérvia,aGrande Lojadas
Canárias,a Grande Lojada Grécia, a Grande Loja Unida do Líbano,a Grande Loja Nacional do
Líbano, a Grande Loja Nacional da Roménia,aGrande Loja Geral Italiana,de entre outras.
5. Em 2004 realizou-se noPortoe emVilaReal de Trás-os-MontesaIV reuniãodoComité da
ConfederaçãodasGrandesLojasUnidasda Europa na presençade 450 maçons,oriundosda
Grande Loja Nacional Portuguesae de convidadosde diversospaíseslimítrofese europeus.
Esta cerimóniafoi presididapelogrão-mestreportuguêsÁlvaroCarva,estandocomo
PresidentedaConfederaçãodasGrandesLojasUnidas da Europa,Jean-Claude Bousquete que
foi grão-mestre daGrande Loja da França. Foi,nessadata,criada por designersnacionaisuma
medalhacomemorativadesteencontro.Oseudirigente nacional assume otítulode Grão-
Mestre,sendooseu primeiroresponsável máximoÁlvaroCarva,parao mandatode 2000–
2005.
Em 2005 efectuaramasprimeiraseleiçõese em2006 tomouposse comoII Grão-Mestre e I
Grão-Mestre Eleito,apósvotaçãofavorável dosMestres Maçonso seuanteriorresponsável –
o Mestre InstaladoÁlvaroCarva,para o mandato2006-2008. Que tomou posse emLisboa,na
presençade 250 Obreirose de 18 delegaçõesinternacionaisprovenientesde todosos
Continentes,tendorecebidoomalhete- apóstercirculadopor todosos grão-mestres
presentes –e que lhe foi directamente entregue peloPresidentedaConfederaçãodasGrandes
Lojas Unidasda Europa que vigoravanessadata:BernardBertry, past- grão-mestre daGrande
Loja Tradicional e Simbólica –OPERA,que conta com 15 mil membros.
O grão-mestre é eleitopelosrepresentantesMestre Maçons,apóssancionamentopelo
Grande Conselhode Mestrese,exceptuando-se naEscandináviae naGrã-Bretanha,onde oRei
é o presidentenatoe vitalício,naGrande Loja Nacional Portuguesaomandatoé de doisanose
são promovidaseleiçõesgerais.Nãopodendoogrão-mestre transgredirasnormasinternase
constitucionaisouregulamentares.NaGrande LojaNacional PortuguesaosrestantesGrandes
Oficiais,comexcepçãodo Grande Tesoureirosãoescolhidospelogrão-mestre após
sancionamentoporparte doGrande Conselhode Mestrese,nalgumasObediênciasesteÓrgão
de Estrutura pode assumiroutrosnomes:Grande Conselho,ConselhoFederal,Grande
Capítulo,Conselhode Curadores.
Na Grande Loja Nacional PortuguesaoGrande Tesoureiroé eleitode entre todoscomonorma
reguladorae de separaçãoclara entre a responsabilidade espirituale afinanceira.Desde 2000
que a Grande Loja Nacional Portuguesatemrenovadoomandatoa José Prudêncio(2000-
2005), (2006-2008) e, agora,para o mandato(2008-2010). O Grande Oficial e Grande
TesoureiroJosé Prudêncioé TOCe apresenta,tal como definemoRegulamentoGeral,as
contas da Obediênciaanualmente.Que têmde serdiscutidas,avaliadas,inspeccionadase
aprovadasemAssembleiaGeral de Grande Loja.
6. O RegulamentoGeral daGrande Loja Nacional Portuguesaprevêapósaprimeiravotação
mandatosde doisemdoisanos. Em conformidade,em2008 procederamde novoàs eleiçõese
os MestresMaçons decidiramindicarcomoIIIgrão-mestre daGrande Loja Nacional
Portuguesa,oMestre InstaladoJorge Barata da Silva,de Tavira,para o mandato2008-2010.
Que tomouposse a 20 de Abril de 2008 na presençade 250 Obreiros,paraalémdos
representantesdasLojasda Grande Loja e de 15 delegaçõesinternacionaisnacidade doPorto.
Aindanoano 2008, o Muito Respeitável grão-mestre Jorge Baratada Silvarenunciouàfunção.
A Grande Loja Nacional Portuguesareuniue,regulare estatutariamente,decidiunomear
como MuitoRespeitávelgrão-mestre emexercíciodaGrande Loja Nacional Portuguesa,o
Muito Respeitável IrmãoÁlvaroCarva.
A Grande Loja Nacional PortuguesainstruiuaindaoIV grão-mestre que deveria,de imediato,
representaraGrande Loja Nacional Portuguesana1º Conferência(universal) de GrandesLojas
do RitoEscocêsAntigoe Aceite,aocorreremNápoles,Itália.
Instruiu-oaindaque deveriaorganizararecepção,emMaio de 2009, emLisboa,Portugal,do
Co.GLUE – Comité daConfederaçãode GrandesLojasUnidasna Europa.