As impressões sensoriais deixam a marca de sua ação, o efeito mnêmico, que pode ser revivido sob a forma de representação
(ré-apresentação = reprodução da imagem de). Chama-se, portanto, representação o “ato de conhecimento que consiste na reativação de uma lembrança ou imagem mnêmica, sem a presença real do objeto correspondente”.
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@luizhenpimentel
As impressões sensoriais deixam a marca de
sua ação, o efeito mnêmico, que pode ser
revivido sob a forma de representação
(ré-apresentação = reprodução da imagem de).
Chama-se, portanto, representação o “ato de
conhecimento que consiste na reativação de
uma lembrança ou imagem mnêmica, sem a
presença real do objeto correspondente”.
3. PORTAL E@D
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No ato perceptivo, o objeto se impõe por
sua presença, por seu caráter de
objetividade; na representação, ao
contrário, o objeto não se acha presente,
a imagem é projetada no “espaço
interno”, subjetivo.
4. As representações são constituídas pelas imagens
dos objetos e fenômenos percebidos nas
experiências anteriores e evocadas de modo
voluntário ou involuntariamente.
A REPRESENTAÇÃO é a reprodução na consciência
de percepções passadas. Do mesmo modo que a
percepção, não pode ser considerada como cópia,
fotografia ou reflexo dos objetos e fenômenos de
mundo exterior.
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“A observação geral que podemos fazer acerca
dessas representações sensíveis” – escreve
Caio Prado Júnior – “é que elas não constituem
reproduções rigorosas; e são mesmo, em regra,
bastante afastadas do modelo sensível que as
produziu.” Acrescenta o autor citado: “A
representação mental resulta das sensações
elementares, isto é certo; mas, em seguida,
passa a ter uma existência de certo modo
independente desses elementos”.
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“O que se grava na memória
por efeito da percepção, a
impressão que ela deixa e que
constitui a imagem ou
representação mental do
objeto percebido, é um
processo, um movimento do
pensamento, e não uma
situação estática.”
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Representação e imagem são termos
empregados em psicologia com
idênticos significados. Diz-se,
comumente, que temos uma
representação quando a imagem de
um objeto anteriormente percebido
retorna à consciência.
PS!
8. A imagem, neste
caso, conserva
alguns elementos
sensíveis do objeto
que lhe deu origem,
porém os caracteres
de sensorialidade da
representação não
são idênticos aos da
percepção originária.
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9. PORTAL E@D
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A DISTINÇÃO entre imagem e percepção foi
indicada desde época muito antiga, de sorte
que ficou mais ou menos estabelecido.
Em breve na 2ª Parte de ALTERAÇÕES DAS
REPRESENTAÇÕES – vamos abordar as
diferenças entre Imagem e Percepção.
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11. A distinção entre imagem
e percepção foi indicada
desde época muito
antiga, de sorte que ficou
mais ou menos
estabelecido.
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12. PORTAL E@D
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1º) Um objeto imaginado é
percebido sem auxílio da parte
periférica do órgão sensorial.
Exemplo: o sol imaginado não
ilumina nem aquece.
13. PORTAL E@D
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2º) À representação falta
estabilidade, que caracteriza a
percepção.
3º) A imagem é menos intensa e
menos completa do que o objeto
que lhe deu origem.
15. PORTAL E@D
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5º) Os objetos percebidos, por causa dos
nossos movimentos, são modificados
conforme as leis mais ou menos
conhecidas por nossa própria experiência,
enquanto os objetos imaginados não
seguem essas leis.
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6º) Por último, as imagens têm caráter
individual, não sendo idênticas para
todas as pessoas colocadas nas
mesmas circunstâncias.
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Estes caracteres tradicionais
permitem estabelecer a
distinção entre percepção e
imagem. Jaspers procurou
fixar as características
fenomênicas da percepção e
da representação, adotando
um critério diferencial entre as
qualidades desses dois tipos
de atos psíquicos.
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De tudo o que foi enunciado se depreende que as
imagens são conteúdos representativos evocados e
guardam alguns elementos sensoriais dos objetos e
dos acontecimentos do mundo exterior. Apesar disso,
não correspondem fielmente ao objeto ou ao
acontecimento, conservando apenas alguns aspectos
figurativos da realidade. Diz-se então que a imagem só
aparece na ausência do objeto e sob a forma de
reprodução interiorizada.
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Segundo Lersch, nessa qualidade
característica da imagem reside a força de sua
impressão e encadeamento, o seu poder de
despertar, repelir e atrair. “Cada imagem tem um
rosto, possui caráter fisionômico e se manifesta,
por isso, como viva , pois somente o vivo tem um
rosto" (Lersch). Buytendijk também afirmou que
as imagens “são aspectos subjetivos de
determinados setores da realidade, fortemente
matizados pelos sentimentos e importantes para
o estado atual de nossa vida.
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As PERCEPÇÕES são corpóreas
(possuem caráter de objetividade).
As PERCEPÇÕES aparecem no
espaço externo.
As PERCEPÇÕES possuem desenho
determinado, se acham completamente
e com todos os detalhes diante de nós.
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PERCEPÇÃO
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Nas PERCEPÇÕES nos diversos
elementos da sensação apresentam
todo o frescor sensorial; por
exemplo as cores brilhantes.
As PERCEPÇÕES são constantes
e podem ser facilmente retiradas do
mesmo modo.
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REPRESENTAÇÃO
As REPRESENTAÇÕES têm a
natureza da imagem (possuem caráter
de subjetividade).
As REPRESENTAÇÕES aparecem no
espaço subjetivo interno.
As REPRESENTAÇÕES têm desenho
indeterminado, se acham
incompletamente e apenas em alguns
detalhes diante de nós.
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Nas REPRESENTAÇÕES só
ocasionalmente alguns elementos
são adequados aos elementos da
PERCEPÇÃO. Mas quanto à maioria
dos elementos, as
REPRESENTAÇÕES não são
adequadas. Muitas pessoas
representam, opticamente, tudo de
cor parda.
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As REPRESENTAÇÕES se
esvoaçam e esboroam e
devem ser criadas de novo.
As REPRESENTAÇÕES
dependem da vontade, podem
ser evocadas e modificadas
arbitrariamente. São
produzidas com sentimento de
atividade.
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No sentido de uma possível classificação, as
imagens podem ser simples ou complexas, de
conformidade com o conteúdo objetivo. No
primeiro caso, a imagem apresenta apenas uma
qualidade das que podem ser percebidas pelos
órgãos sensoriais (uma cor, um som). São
complexas quando se compõem de duas ou
mais qualidades diferentes. De modo geral, as
imagens próprias da imaginação criadora são
sempre complexas. Assim são, por exemplo, as
chamadas imagens genéricas, que resultam da
fusão de muitas imagens de objetos
semelhantes.
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As imagens correspondem aos diferentes
campos da sensorialidade ou podem ser
classificadas de acordo com a sua
estrutura. Assim temos: imagens visuais,
auditivas, olfativas, gustativas e táteis.
As imagens que correspondem aos
domínios de outros sentidos, são as
cenestésicas e cinestésicas.
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IMAGEM ONÍRICA
Constituem o conteúdo dos sonhos.
Trata-se de imagens visuais ou
fantásticas que, devido ao estado de
ofuscação da vigilância, são
consideradas como correspondentes a
objetos reais.
Suas características fenomênicas são:
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1º) Vivacidade: apesar da falta
de nitidez sensorial, a imagem
onírica é dotada de grande
plasticidade;
2º) Mobilidade: a imagem
onírica é essencialmente
instável e movediça;
34. PORTAL E@D
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3º) É projetada no espaço interno,
considerado, momentaneamente,
como espaço objetivo;
4º) Ilogismo: é inteiramente ilógica.
Não existe nenhum outro setor da
experiência humana que seja mais
irracional e desprovida de lógica do
que o dos sonhos.
35. De acordo com a psicanálise, as imagens
oníricas constituem um produto psíquico
individual, típico, regido por certas “leis
inconscientes” descobertas por Freud: a
condensação, o deslocamento, a
simbolização e a elaboração secundária.
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36. PORTAL E@D
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Além dessas “leis inconscientes”,
responsáveis pela formação dos sonhos,
admitiu ele ser o “inconsciente” dotado
de uma atividade psíquica incessante
que, durante o sonho, expressa os
desejos subjacentes. As imagens
oníricas derivam de alguma vivência
específica. “Todo conhecimento intuitivo
é conhecimento experimentado”.
37. PORTAL E@D
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Desse modo, pode-se admitir que as
imagens oníricas, por mais estranhas
que pareçam à consciência, representam
uma expressão da experiência (vivência)
pessoal.