2. Os sintomas da maniaem idosos são semelhantes àqueles de adultos mais jovens e
incluem euforia, humor expansivoe irritável,necessidade de sono diminuída, fácil
distração, impulsividade e, freqüentemente, consumo excessivode álcool.Pode
haver um comportamento hostil e desconfiado. Quando um primeiro episódio de
comportamento maníacoocorre após os 65 anos, deve-se alertar para uma causa
orgânica associada. O tratamento deve ser feito com medicação cuidadosamente
controlada pelo médico.
4. A idade de início ocorre por volta da meia-idade mas pode ocorrer em idosos. Os sintomas
são alterações do pensamento mais comumente de natureza persecutória (os pacientes
crêem que estão sendo espionados, seguidos, envenenados ou de algum modo
assediados). Podem tornar-se violentos contra seus supostos perseguidores, trancarem-se
em seus aposentos e viverem em reclusão. A natureza dos pensamentos pode ser em
relação ao corpo, como acreditar ter uma doença fatal (hipocondria).
Ocorre sob estresse físico ou psicológico em indivíduos vulneráveis e pode ser precipitado
pela morte do cônjuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social,
circunstâncias financeiras adversas, doenças médicas que debilitam ou por cirurgia,
comprometimento visual e surdez.
As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que
devem ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool,
esquizofrenia, transtornos depressivos e transtorno bipolar. Além disso, podem ser
secundárias ao uso de medicamentos ou sinais precoces de um tumor cerebral.
6. Incluem transtornos de pânico, fobias, TOC, ansiedade generalizada, de estresse agudo e de estresse
pós-traumático. Desses, os mais comuns são as fobias.
Os transtornos de ansiedade começam no início ou no período intermediário da idade adulta, mas
alguns aparecem pela primeira vez após os 60 anos.
As características são as mesmas das descritas em transtornos de ansiedade em outras faixas etárias.
Em idosos a fragilidade do sistema nervoso autônomo pode explicar o desenvolvimento de ansiedade
após um estressor importante. O transtorno de estresse pós-traumático freqüentemente é mais severo
nos idosos que em indivíduos mais jovens em vista da debilidade física concomitante nos idosos.
As obsessões (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e compulsões
(comportamento consciente e repetitivo como contar, verificar ou evitar ou um pensamento que
serve para anular uma obsessão) podem aparecer pela primeira vez em idosos, embora geralmente
seja possível encontrar esses sintomas em pessoas que eram mais organizadas, perfeccionistas,
pontuais e parcimoniosas. Tornam-se excessivos em seu desejo por organização, rituais e
necessidade excessiva de manter rotinas. Podem ter compulsões para verificar as coisas
repetidamente, tornando-se geralmente inflexíveis e rígidos.
8. São um grupo de transtornos que incluem sintomas físicos (por exemplo dores, náuseas
e tonturas) para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica
adequada e que são suficientemente sérios para causarem um sofrimento
emocional ou prejuízo significativo à capacidade do paciente para funcionar em
papéis sociais e ocupacionais. Nesses transtornos, os fatores psicológicos são
grandes contribuidores para o início, a severidade e a duração dos sintomas. Não
são resultado de simulação consciente.
A hipocondria é comum em pacientes com mais de 60 anos, embora o seja mais
freqüente entre 40 e 50 anos. Exames físicos repetidos são úteis para garantirem aos
pacientes que eles não têm uma doença fatal. A queixa é real, a dor é verdadeira
e percebida como tal pelo paciente. Ao tratamento, deve-se dar um enfoque
psicológicoou farmacológico.
10. Os pacientes idosos com dependência de álcool, geralmente, apresentam uma
história de consumo excessivo que começou na idade adulta e apresenta uma
doença médica, principalmente doença hepática. Além disso, um grande número
tem demência causada pelo álcool.
A dependência de substâncias como hipnóticos, ansiolíticos e narcóticos é comum. Os
pacientes idosos podem abusar de ansiolíticos para o alívio da ansiedade crônica
ou para garantirem uma noite de sono.
A apresentação clínica é variada e inclui quedas, confusão mental, fraca higiene
pessoal, depressão e desnutrição.
12. Sinônimos e nomes relacionados:
Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de
depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena,
melancolia, depressão sazonal.
O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um
predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser
atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença
tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.
Como se desenvolve a depressão?
Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre
quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações
depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o
evento desencadeador.
13. As causas de depressão são múltiplas, de
maneira que somadas podem iniciar a doença.
Deve-sea questões constitucionais da pessoa,
com fatores genéticos e neuroquímicos
(neurotransmissores cerebrais) somados a
fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:
• Estresse
• Estilo de vida
• Acontecimentos vitais, tais como crises
e separações conjugais, morte na
família, climatério, crise da meia-idade,
entre outros.
14. Como se diagnostica a depressão?
Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa,
durando a maior parte do dia por pelo menos duas
semanas, nem sempre sendo possível saber porque a
pessoa está assim. O mais importante é saber como
a pessoa se sente, como ela continua organizando a
sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados
pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e
como ela está se relacionando com outras pessoas,
a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um
tratamentomédico eficaz.
O que sente a pessoa deprimida?
Freqüentementeo indivíduodeprimido sente-se triste e
desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ",
com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão,
contudo,negam a existência de tais sentimentos, que
podem aparecer de outrasmaneiras, como por um
sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou
tentativasconstantesde culpar os outros, ou mesmo ainda
com inúmeras dores pelo corpo, sem outrascausas
médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma
perda de interesse por atividadesque antes eram capazes
de dar prazer à pessoa, como atividadesrecreativas,
passatempos, encontrossociais e prática de esportes. Tais
eventosdeixam de ser agradáveis.Geralmente o sono e a
alimentação estão também alterados, podendo haver
diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento,
havendoperda ou ganhode peso. Em relação ao sono
pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para
começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou
mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo
voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de
diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por
algum outro problema físico.
15. Como é o pensamento da pessoa deprimida?
Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem
valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas
vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas
podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar
decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos
"catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.
Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio
Freqüentemente a pessoa pode pensar muito em morte, em outras pessoas que já morreram, ou na
sua própria morte. Muitas vezes há um desejo suicida, às vezes com tentativas de se matar, achando
ser esta a " única saída " ou para " se livrar " do sofrimento, sentimentos estes provocados pela
própria depressão, que fazem a pessoa culpar-se, sentir-se inútil ou um peso para os outros. Esse
aspecto faz com que a depressão seja uma das principais causas de suicídio, principalmente em
pessoas deprimidas que vivem solitariamente. É bom lembrar que a própria tendência a isolar-se é
uma conseqüência da depressão, a qual gera um ciclo vicioso depressivo que resulta na perda da
esperança em melhorar naquelas pessoas que não iniciam um tratamento médico adequado.
16. Sentimentos que afetam a vida diária e os relacionamentos pessoais
Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia,
pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um
peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-
se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas.
Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades
conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por
amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a
busca de ajuda médica.
Como se trata a depressão?
O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado à
intensidade dos problemas que a doença traz. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos
dos problemas mostrados anteriormente, ou pode haver depressões bem mais graves, prejudicando
de forma importante a vida do indivíduo. De qualquer forma, depressões leves ou mais graves
necessitam de tratamento médico, geralmente medicamentoso (com medicações antidepressivas),
ou psicoterápico, ou a combinação de ambos, de acordo com a intensidade da doença e a
disponibilidade dos tratamentos.
18. 1.1. O que é doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é a mais freqüente forma de demência entre idosos. É caracterizada por
um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no
tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos
simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas
cotidianas. Outros sintomas incluem, mudança da personalidade e da capacidade de
julgamento.
Erroneamente conhecida pela população como “esclerose” ou como o “velhinho gagá” não está
relacionada com problemas circulatórios.
1.2. O que é demência?
Demência é um grupo de sintomas caracterizado por um declínio progressivo das funções
intelectuais, severo o bastante para interferir com as atividades sociais e do cotidiano. A doença
de Alzheimer é a forma mais comum de demência. A segunda causa mais freqüente de
demência é a demência por múltiplos infartos cerebrais, uma série de pequenos derrames. A
demência pode ocorrer também a partir de outras doenças do sistema nervoso como a doença
de Parkinson e a Aids.
19. O que é Demência Senil?
Demência Senil é um termo ultrapassado que foi usado para definir demências que ocorriam em
idosos.
Quantas pessoas sofrem de doença de Alzheimer?
Estima-se no Brasil 1 milhão e 200 mil pessoas.
A proporção de pessoas com a doença dobra a cada 5 anos a partir dos 65 anos de idade.
Qual é a idade da maioria das pessoas com doença de Alzheimer?
Na maioria das pessoas os sintomas iniciam depois dos 60 anos de idade.
Cerca de 3% das pessoas com idade entre 65 e 74 anos tem a doença mas quase a metade das
que tem 85 ou mais são acometidas. Normalmente o diagnóstico é feito pelo menos um ano
depois dos primeiros sintomas que costumam ser leves e confundidos como normais no
envelhecimento.
20. 1.3. O que causa a doença de Alzheimer ?
Os cientistas ainda não sabem exatamente qual é a causa da doença de Alzheimer. O que se sabe é que a
doença desenvolve-secomo resultado de uma série de eventoscomplexos que ocorrem no interior do cérebro.
A idade é o maior fator de risco para a doença. Quantomais idade maior o risco.
Se uma pessoa da minha família tem Alzheimer eu tenhomaior risco de ter a doença?
Existem dois tipos de doença de Alzheimer: a doença de Alzheimer familiar que ocorre em adultos jovense
parece ter um caráter hereditário importante e a forma esporádica na qual o fator hereditário não é óbvio.
Aproximadamente apenas 5 % da doença de Alzheimer é familiar e 95% esporádica.
Na forma familiar da doença de Alzheimer, vários membros de uma mesma geração são afetados. Na forma
esporádica a doença desenvolve-sea partir de uma grandevariedadede fatores que os cientistas ainda estão
tentandodeterminar.
A idade é o fator de risco mais conhecido e importantepara a forma esporádica da doença de Alzheimer. Ter
um familiar com Alzheimer aumenta o risco duas ou três vezesna forma esporádica mas não há como prever se
vocêirá ter a doença ou não.
21. Fora a genética, que outros fatores contribuem para que a doença se desenvolva?
Se bem que a causa da doença de Alzheimer ainda não esteja completamente esclarecida, alguns pesquisadores
sugerem que traumas cranianos repetidos, especialmente os com perda da consciência no passado, processos
inflamatórios cerebrais e o chamado “stress oxidativo” podem estar envolvidos na causa da doença.
São os homens ou as mulheres os mais afetados?
Mais mulheres do que homens têm a doença de Alzheimer. Porém, como a expectativa de vida das mulheres é pelo
menos 5 anos superior a dos homens não se sabe se o risco está no sexo em si ou no fato das mulheres viverem mais do
que os homens.
De que modo os traumas cranianos podem contribuir para que a doença de Alzheimer se desenvolva?
Alguns estudos sugerem que a pessoa que sofreu um trauma craniano com perda da consciência no passado, têm duas
vezes mais probabilidade de ter a doença, mas outros estudos não confirmaram essa associação.
O nível educacional está relacionado com o risco de se ter à doença de Alzheimer?
Pesquisas sugerem que quanto maior o número de anos de educação formal que uma pessoa tem, menor é a chance
dela ou dele desenvolver a doença quando for idoso. Alguns estudos sugerem que manter uma atividade intelectual
como fazer palavras cruzadas por exemplo pode reduzir a probabilidade de se adquirir a doença de Alzheimer.
22. Qual é a relação entre o alumínio e a doença de Alzheimer?
Uma das mais controvertidas hipóteses veiculada pela mídia é sobre a correlação entre o
alumínio e a doença de Alzheimer. Essa suspeita foi originada a partir da constatação de
que portadores da doença de Alzheimer possuíam traços de alumínio em seus cérebros.
Inúmeros estudos não foram capazes de demonstrar conclusivamente essa correlação.
Não se pode afirmar que esse metal desempenhe um papel na gênese da enfermidade.
Algumas pessoas, desinformadas ou mal intencionadas, baseiam seus pseudo-
tratamentos, no mínimo duvidosos como a quelação, apoiados nessa equivocada
premissa.
Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma enfermidade progressiva e os sintomas agravam-se à
medida que o tempo passa. Mas é também uma doença cujos sintomas, sua gravidade
e velocidade variam de pessoa para pessoa.
23. Os sintomas mais comuns
são :
erda de memória, confusão e desorientação.
Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança.
Alteração da personalidade e do senso crítico.
Dificuldades com as atividades da vidadiária
como alimentar-see banhar-se.
Dificuldade em reconhecer familiares e amigos.
Dificuldade em tomar decisões.
Perder-se em ambientes conhecidos.
Alucinações,inapetência, perda de peso,
incontinênciaurináriae fecal.
Dificuldades com a fala e a comunicação.
Movimentos e fala repetitiva.
Perder memória não é normal em
nenhuma idade. É comum à medida
que vamosenvelhecendo.Problemas
com a memória podem ser devidosa
uma ampla gama de fatores. É
normal em qualquer idade esquecer
de vez em quandonomes,
compromissos ou objetos como
chaves,guarda-chuva etc... A causa
pode ser: certos medicamentos
(calmantes e hipnóticos
principalmente), estresse, distração,
tristeza, cansaço, problemas de visão
ou audição, uso de álcool, uma
doença graveou a tentativa de se
lembrar de muitas coisas ao mesmo
tempo.
24. 1.4. Como a doença de Alzheimer é diagnosticada?
A doença de Alzheimer só pode ser diagnosticada com certeza através do exame microscópico do tecido cerebral
por biópsia ou necropsia, para demonstrar a presença das lesões características: as placas neuríticas e os
novelos neurofibrilares em certas áreas do cérebro. Os médicos podem fazer o diagnóstico de “possível” ou
“provável”doença de Alzheimer.
Vários instrumentos clínicos são usados para se chegar ao diagnóstico: uma história médica completa, testes para
avaliar a memória e o estado mental, avaliação do grau de atenção e concentração e das habilidades em
resolver problemas e nível de comunicação. Testes laboratoriais como exames de sangue e urina são usados
para excluir outrascausas de demência, algumas delas passíveis de serem curadas.
Exames de imagem como a tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, spect e pet, são
utilizados para determinar o tipo de demência e/ou avaliar sua gravidade.
Qual o nívelde certeza do diagnóstico clínico?
Médicos experientes em doença de Alzheimer fazem o diagnóstico correto em cerca de 90% dos casos.
Quais as outrasdoenças que têm sintomas parecidos com a doença de Alzheimer?
Tumores cerebrais, derrames, depressão maior, doenças da tireóide, o uso de certos medicamentos, problemas
nutricionais, e outras condições podem imitar os sintomas da doença de Alzheimer. O diagnóstico precoce
aumenta em muito a chance de se tratar essas doenças com sucesso.
25. Esquecer onde coloquei as chaves, óculos é um processo natural do envelhecimento ou
da doença de Alzheimer?
A depressão pode comprometer a concentração, causar distúrbios do sono que levam à
perda de memória em pessoas não portadoras de doença de Alzheimer.
Pessoas nas fases iniciais da doença de Alzheimer freqüentemente apresentam
comprometimento da memória. Podem ter dificuldades em lembrar de eventos
recentes, de atividades, de pessoas familiares e de objetos. A perda de memória que se
associa com a doença de Alzheimer acaba por interferir seriamente na execução das
atividades da vida diária.
Por que o diagnóstico precoce é tão importante?
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de tratar os sintomas
corretamente, retardando a evolução da doença e assim oferecer uma oportunidade
digna para a pessoa portadora da doença de Alzheimer poder inclusive, tomar parte
nas decisões que lhe diz respeito , especialmente na fase inicial da enfermidade.
26. Existem fases ou estágios na doença de Alzheimer?
Existem 4 fases:
Na fase inicial os sintomas mais importantes são:
perda de memória, confusão e desorientação.
ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança.
alteração da personalidade e do senso crítico.
dificuldades com as atividades da vida diária como alimentar-se e banhar-se.
algumadificuldade com ações mais complexas como cozinhar, fazer compras,
dirigir, telefonar.
27. Na fase final:
•Dependência total.
•Imobilidade crescente.
•Incontinência urinária e fecal.
•Tendência em assumir a posição fetal.
•Mutismo.
•Restrito a poltrona ou ao leito.
•Presença de úlceras por pressão (escaras).
•Perda progressiva de peso.
•Infecções urinárias e respiratórias freqüentes.
•Término da comunicação.
Na fase terminal:
• Agravamento dos sintomas da fase
final
• Incontinência dupla
• Restrito ao leito
• Posição fetal
• Mutismo
• Úlceras por pressão
• Alimentação enterall
• Infecções de repetição
• Morte
28. A partir do diagnóstico,quantotempouma pessoa com doença de
Alzheimer tem de vida?
Pessoas com doença de Alzheimer podem viver por muitos anos e
freqüentementemorrem de pneumonia. A duraçãoda doença
pode ser de 20 anos ou mais. A média de vida varia entre4 a 8 anos.
Por que as pessoas com a doença de Alzheimer costumam morrer de
pneumonia?
Realmente a pneumonia é uma das principais causas de morte em
pacientes com doença de Alzheimer.
O primeiro fator se relaciona com a idade uma vez que na maioria
das vezesas pessoas acometidas são idosas.
O sistema imunológico normalmente está comprometido facilitando
a ocorrência de infecções, especialmente as respiratórias e urinárias.
O estado nutricional e o nívelde hidratação também desempenham
um papel decisivo
É imperioso que esses pacientes estejam bem nutridosseja com o uso
de suplementos ou com medidas dietéticas eficazes.
A questão da comunicação se soma a esses fatores uma vez que
podem não se queixar de frio,fome, sede etc.
Nas fases mais adiantadaso paciente se movimenta menos, os
sintomas motores começam a aparecer e a imobilidade propicia a
instalação de infecções pulmonares, muitas vezesfatais.
Esse fato demonstra a importância dos cuidados gerais uma vez que
essa complicação pode ser evitada.
29. Como a doença de Alzheimer é tratada?
Não existe nenhuma droga que garanta a cura, ou que interrompa definitivamente o curso da doença de
Alzheimer.
Uma parcela dos doentes, especialmente nas fases iniciais e intermediárias, pode se beneficiar de alguns
medicamentos específicos.
Outros medicamentos podem ajudar a controlar distúrbios de comportamento, insônia, agitação, vagância,
ansiedade e depressão. O tratamento correto desses sintomas deixam o paciente e seu cuidador mais tranqüilos
e confortáveis. Há ainda uma outra gama de opções de drogas que podem colaborar no retardamento da doença.
Várias drogas encontram-se em experiência em laboratórios por todas as partes do mundo.
Existe uma vacina contra a doença de Alzheimer?
Não há uma vacina disponível para a doença de Alzheimer. Essa abordagem está sendo investigada e é muito
promissora. A vacina estimularia o sistema imunológico para reconhecer, detectar e evitar a formação das placas
neuríticas e da deposição de amilóide, substância tóxica para os neurônios.
Os antiinflamatórios não hormonais podem tratar a doença de Alzheimer?
Existem fortes evidências de que a doença de Alzheimer está associada com processos inflamatórios cerebrais e
que esse tipo de droga pode ajudar.
Alguns cientistas defendem a tese de que pessoas com alto risco de desenvolverem a doença poderiam evitar ou
no mínimo retardar a evolução utilizando essa estratégia terapêutica. Casos de evolução muito rápida seriam
candidatos naturais a esse tipo de abordagem. Os efeitos colaterais são muitos e bastante sérios fazendo com
que esses pacientes devam ser acompanhados com muito cuidado e sob estrita supervisão médica.
30. A reposição hormonal pode ser usada para tratar a doença de
Alzheimer?
Váriaspesquisas estão sendo conduzidas no sentido de determinar se a
administração de estrógenos retarda a evoluçãoe/ou reduz o risco de
se desenvolver a doença.
Estudo recente concluiu que a administração de estrógeno em conjunto
com progesterona aumentou o risco da doença em duas vezesquando
comparada com o grupoque não fez uso da medicação.
Existem compostos como as isoflavonasque mimetizam a ação dos
hormônios femininos.
Parece que, por serem naturais,obtidos atravésda soja, beneficiam os
pacientes sem apresentar os efeitos indesejáveis dos hormônios.
Mais estudos precisam ser realizados mas essa não deixa de ser uma
opção interessante.
O colesterol altorepresenta algum risco para a doença de Alzheimer?
Recentementealguns estudos sugerem fortemente a associação de
níveiselevados de colesterol com a doença de Alzheimer. Atualmente
estão em curso estudos controlados para determinar se essa correlação
é verdadeira.Por outrolado, sabe-se que o colesterol sérico elevadoé
comprovadamenteum importantefator de risco para doenças
cardiovascularesdevendoser tratadoindependentedessa possível
correlação.
31. É verdade que alguns nutrientes e vitaminas devem ser administradas em conjunto com o
tratamento convencional?
Existem demências relacionadas com níveis baixos de vitaminas do complexo B,
especialmente a vitamina B12, B1 e ácido fólico. Estudos recentes demonstraram que
pacientes com doença de Alzheimer apresentam níveis elevados de Homocisteína
(substância passível de ser quantificada por exame de sangue). Essa substância estaria
relacionada com a teoria do “stress oxidativo” e seus níveis podem ser controlados com
orientação nutricional e/ou com a administração de folato. Com base nesse mesma teoria,
a suplementação de Vitamina C e de Vitamina E pode resultar em neuroproteção.
Como o familiar e cuidador (a) pode encontrar informações e ajuda sobre a doença?
A informação correta associada à solidariedade ainda são as armas mais poderosas no
enfrentamento dessagrave questão humana e de saúde pública. Um site foi construído
exatamente para preencher essa lacuna definitivamente www.alzheimermed.com.br