2.
O Maranhão: economia e cultura;
A Literatura brasileira: o contexto do
Maranhão;
As fases da Literatura do Maranhão;
Literatura Maranhense: Vencidos e
Degenerados x Os Tambores de São
Luís: aspectos estéticos e literários
Hoje, vamos ver...
3. O Maranhão foi um dos Estados mais ricos do País entre
os séculos XVIII e XIX. São Luís era a sede da
Companhia Geral de Comércio do Maranhão e Grão-Pará
(1755).
O Maranhão, no séculos XVIII, foi um dos maiores
produtores de algodão, açúcar e arroz do Mundo, o que
trouxe grande prosperidade para o Estado;
O poder econômico criado pelas exportação projetou o
Maranhão no cenário nacional, tanto na economia quanto
na cultura;
O Maranhão: economia e cultura
4. Após dois séculos de prosperidade, com o fim da
companhia do Grão-Pará e Maranhão, a economia do
Maranhão sofrera grande queda, mudando a face da
província;
A tardia adesão do Maranhão à independência do Brasil
(28 de julho de 1822) foi um grande incentivo para que os
intelectuais maranhenses pudessem criar e escrever, como
Odorico Mendes e José Antonio Garcia de Abranches.
O Maranhão, especialmente São Luís, era um estado em
que havia grande diferença socioeconômica e onde a
escravidão vingou por muitos anos.
O Maranhão: economia e cultura
5. Como na literatura brasileira, a literatura maranhense, para
alguns, tem início nas crônicas de europeus, Claude d’Abbeville,
com História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e
terras circunvizinhas (1614), e Yves d’Evreux, com Viagem ao norte
do Brasil (1615) e no sermões do Padre Antônio Vieira;
O romantismo é o movimento estético literário que teve maior
produtividade no Maranhão;
O realismo e o parnasianismo foram movimentos que tiveram
grande aceitação no Maranhão;
Autores maranhenses fizeram parte e até encabeçaram grandes
movimentos literários, como Gonçalves Dias, Aluízio de
Azevedo, Ferreira Gullar, Raimundo Corrêa.
A LITERATURA BRASILEIRA:
O CONTEXTO DO MARANHÃO
6. O grupo dos Maranhenses;
Grupo dos Emigrados;
Os novos Atenienses.
Biblioteca Pública, Liceu Maranhense, Seminário
Episcopal de Santo Antônio, Associação Filomática,
Associação Literária, Ateneu Maranhense, Instituto
Literário Maranhense, Instituto de Humanidades e o
estabelecimento de ensino particular Pedro Nunes Leal,
o primeiro a manter uma cadeira de Literatura
As gerações da
Literatura Maranhense
7. Primeira Geração – Grupo Maranhense: Gonçalves
Dias, Sotero dos Reis, Antônio Lobo, Trajano Galvão,
Sousândrade, Celso de Magalhães, César Marques.
A partir dessa autonomia é que o Maranhão passou a apresentar
uma produção literária baseada em suas próprias aspirações, feita
por autores locais, em busca de sua identidade, como aconteceu em
todo o Brasil, a partir do advento da estética romântica. Assim
sendo, só a partir do século XIX se pode falar de uma literatura
maranhense propriamente dita. (DURANS, 2009, p. 35)
Diferentes gerações da LM
8. Gonçalves Dias: grande expressão do romantismo no Brasil,
era poeta de Caxias e foi um dos fundadores da ABL.
Odorico Mendes: fundou, listam-se, O Argos da Lei (1825) e
O Despertador Constitucional (1828). Realizou também a
tradução de obras de Homero e Voltaire;
João Francisco Lisboa: fundou, em São Luís, os jornais
Eco do Norte (1834) e Crônica maranhense (1836) e foi redator
dos jornais Farol Maranhense (1827), O Brasileiro (1830),
Publicador Maranhense (1842) e A Revista (1842), além, é claro,
do notabilíssimo Jornal de Tímon (1852),
Grandes nomes do
Grupo dos Maranhenses
9. Sotero dos Reis: Foi o primeiro diretor do Liceu
Maranhense, em 1838, e também fundou vários jornais,
como O Maranhense, O Constitucional (1851) e A Revista (1842).
Sua principal obra foi o Curso de literatura portuguesa e brasileira
(1866);
Sousandrade: foi idealizador da bandeira do Maranhão e
publicou inúmeras obras, dentre elas estão: Harpas selvagens
(1857); Obras poéticas (1874); Guesa errante (1876); Novo éden
(1888-89).
Maria Firmina dos Reis: primeira romancista brasileira,
publicou Úrsula (1859).
Grandes nomes do
Grupo dos Maranhenses
10.
Crítica à sociedade maranhense;
Filosofia da independência econômico-cultural do
Estado;
Apreço pela forma do poema e pela estética realística;
uma forte tendência ao classicismo. Nessa época,
nasce o Mito da Atenas Brasileira
Apreço pelas temáticas românticas, como o
nacionalismo, a crítica social e a morbidez
Temáticas da Literatura
Grupo Maranhense
11.
Segunda Geração- Maranhenses que fizeram fama fora
do Maranhão.
Com o empobrecimento do Estado e a falta de apoio e
reconhecimento, os intelectuais dessa geração saíram do
Maranhão e rumaram ao Rio de Janeiro;
Grande parte dos escritores dessa geração filiaram-se ao
movimento realismo;
Grandes nomes dessa geração: Arthur Azevedo, Aluízio
de Azevedo, Celso Magalhães, Raimundo Corrêa, Celso
Magalhães etc.
Grupo dos Emigrados
12. Arthur Azevedo: poeta, tradutor, prosador e teatrólogo, de
sua grande produção, podemos citar: A jóia (1879); A
almanjarra (1888); A capital federal (1889); O badejo (1896); O
dote (1907);
Aluízio Azevedo: Romancista e cartunista, além de O mulato
(1881), publicou também Uma lágrima de mulher (1879); Casa
de pensão (1884); O coruja (1885); O homem (1887).
Raimundo Corrêa: poeta parnasiano, foi um dos grande
nomes do movimento. Publicou Primeiros sonhos (1879);
Sinfonias (1882); Versos e versões (1888); Aleluias (1891); Poesias
(1898)
Principais nomes do
Grupo dos Emigrados
13.
Crítica à sociedade maranhense;
Busca pela realidade e pelo cientificismo;
Grande parte dos autores criticavam a
igreja;
Apreço pela forma do poema e pela
estética realística; uma forte tendência ao
classicismo.
Temáticas Grupo dos
Emigrados
14. O Maranhão, depois da segunda geração, passou por
séculos sem um grande nome na Literatura do estado e
do Brasil;
Muitos intelectuais tentavam reviver os tempos de gloria
da Literatura Maranhense, dentre eles Reis Carvalho,
Inácio Xavier de Carvalho, Antonio Lobo e Nascimento
de Morais;
O marco de nascimento do movimento foi a publicação
do livro de poemas Frutos Selvagens, de Inácio Xavier de
Carvalho, em 1894.
Grupo dos Novos
Atenienses
15. Outro fato importante para o reavivamento dos novos
atenienses, foi a comemoração dos 400 anos de descobrimento
do Brasil, em 1899;
Em 1900, foi criado o grupo dos novos, que criou a Oficina
dos novos e o jornal Os Novos;
Outro grupo surgido a partir da Oficina dos Novos foi a
Renascença, que criara periódicos a fim de divulgar a produção
literária do Estado;
Os dois grupos, principalmente o primeiro, publicaram
inúmeros jornais literários, além de ter propiciado a criação de
inúmeros grêmios de intelectuais.
Grupo dos Novos
Atenienses
16.
O grupo dos Novos fundou a Academia
Maranhense de Letras;
Entre os fundadores e representantes e fundadores,
estavam Astolfo Marques, Antônio Lobo, Maranhão
Sobrinho, Fran Paxeco e Godofredo Viana.
Grupo dos Novos
Atenienses
17.
Antônio Lobo: tradutor, jornalista e filósofo, foi um
dos principais nomes e fundadores da AML, dando
nome à casa de literatura; traduziu obras clássicas e
publicou um romance – A Carteira de um
Neurastênico. Sua obra mais famosa é Os Novos
Atenienses.
Fran Paxeco: historiador, crítico literário, professor e
diplomata. Teve uma importante obra técnico-
científica sobre o Maranhão e sua geografia e
história.
Principais nomes dos
Novos Atenienses
18.
Nascimento de Morais: poeta, professor, jornalista e
intelctual. Sua principal obra foi Vencidos e
Degenerados (1915) , além de ter publicado outras
obras, como Puxos e Repuxos (1910) e Neurose do Medo
(1923);
Viriato Corrêa: jornalista e escritor, erradicou-se no
Rio, onde teve projeção Nacional, sobretudo por
causa de sua obra infanto-juvenil. Sua principal obra
foi Cazzuza (1938); também publicou Minarete (1903),
História do Brasil para Crianças (1934) entre outros.
Principais nomes dos
Novos Atenienses
19.
Humberto de Campos: cronista, romancista,
jornalista e poeta. Sua principal obra foi o livro de
poemas Poeira (1910), além de ser um profundo
estudioso e crítico da Literatura Nacional;
Maranhão Sobrinho: poeta, sua principal obra é
Papeis Velhos (1908), além de ter publicado outras
obras, como Estatuetas (1909) e Vitórias Régias (1911).
Principais nomes dos
Novos Atenienses
20. Profundamente influenciados pelo simbolismo e pelo
arcaísmo, os novos atenienses buscavam uma espécie de
renascimento literário;
Busca pelo renascimento do mito da Atenas Brasileira
A poesia era profundamente marcada pela rigidez na forma
e metrificação dos versos, que deveriam ser clássicos;
Muitos dos intelectuais desse tempo eram jornalistas e
políticos, tinham uma grande produção crítica filosófica e
política, que versava sobre a cultura e a sociedade do
Maranhão.
As temáticas dos Novos
Atenienses
21.
Além dos autores dos três principais grupos
maranhenses de movimentos literários do
Estado, outros nomes da Literatura do Estado
também se evidenciaram no Modernismo
Brasileiro.
Ferreira Gullar:
Josué Montello:
Graça Aranha:
A LM moderna:
outros nomes
22. Romance com a temática racista,
busca refletir a estrutura da sociedade
brasileira, principalmente a
Maranhense;
O personagem é Cláudio Oliveira,
que é recém-liberto, filho de ex-
escravos, e busca lugar na sociedade
ludovicense;
Nascimento de Morais era negro e
pobre, lutou muito para ser
reconhecido pela sociedade
ludovicence de seu tempo.
NASCIMENTO MORAES:VENCIDOS
E DEGENERADOS (1915)
23.
JOSUÉ MONTELLO: OS
TAMBORES DE SÃO LUÍS (1975)
Romance histórico, que tem a temática do
racismo como pano de fundo;
O personagem principal é Damião, que é
um ex-escravo, que luta contra o
preconceito racial;
O tempo real da narrativa é de uma noite
(século XX), embora sejam apresentados
40 anos de história do Maranhão;
A temática é de busca pela ascensão e
reconhecimento social;
24.
Ascensão social;
O papel do homem diante da estrutura social;
A temática do preconceito racial;
A possibilidade de mudança do destino;
O papel da religião diante da desigualdade social;
A crítica à sociedade maranhense;
Temáticas das obras
25. Leitura de uma dessas obras:
O mulato – Aluízio de Azevedo;
Os tambores de São Luís – Josué Montello;
Vencidos e Degenerados – Nascimento de Morais;
Odisseia dos Pivetes – Cunha Santos;
Os Timbiras – Gonçalves Dias.
Tempo: 20 dias
Equipe: 3 pessoas
Atividade texto dissertativo de 3 páginas no qual o aluno
levantará a temática mais recorrente na obra e apresentará
e discutirá com a turma a obra analisada.
Atividade para a turma:
grupos de leitura