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Projecto de investigação no âmbito do
    desenvolvimento da tese de doutoramento




Modelação de sistemas de produção agro-pecuários
  em Montado Alentejano: implementação de
                Agricultura Lean.




               Luís Cary de Velho Cabral Cordovil
                             2012
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano




    Resumo



Diversos autores têm de forma sistemática sensibilizado os agentes económicos e políticos
para a importância da existência de pastagens e prados permanentes como sistema de
produção agro pecuário economicamente viável e ambientalmente sustentável.
Contudo não se observam ainda os resultados agrícolas e económicos na produtividade e
rentabilidade almejados, levantando-se a questão da optimização dos referidos sistemas de
produção. Com efeito a maioria das áreas dedicadas a pastagens permanentes encontra-se a
sul de Portugal em regime de extensificação, designadamente em montado. Torna-se assim
premente a necessidade de se analisar o referido modelo de produção e testar soluções que
de encontro à realidade económica dos agentes lhes permitam acrescentar maior valor às suas
cadeias de produção, adoptando metodologias de produção que visem a redução e controlo
das fontes de variância.
Assim a adopção da metodologia 6-sigma e a aplicabilidade das técnicas Lean à realidade
agrícola preconiza um estudo holístico do ecossistema agrícola e compreendendo-o, para
capacitar os agentes a estruturar projectos de melhoria contínua que ultimem em maiores
rentabilidades financeiras das suas explorações.


Palavras-chave: Montado, 6-sigma, Agricultura Lean




Luís Cary Cordovil                                                                        i
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


       Índice

Resumo........................................................................................................................................... i
1      Introdução ............................................................................................................................. 1
2      Sistemas Integrados de Gestão de Produção........................................................................ 1
    2.1        Agricultura Lean ............................................................................................................ 2
    2.2        6-Sigma .......................................................................................................................... 3
3      Projecto de Investigação ....................................................................................................... 4
    3.1        Questões de investigação ............................................................................................. 4
    3.2        Cronograma de actividades........................................................................................... 4
4      Sistemas de Produção agrícola.............................................................................................. 5
    4.1        Montado Alentejano ..................................................................................................... 5
5      Discussão ............................................................................................................................... 6
6      Bibliografia ............................................................................................................................ 6




Luís Cary Cordovil                                                                                                                               ii
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


1 Introdução

A actividade agrícola sempre se caracterizou por uma relação de amor-ódio face à incerteza.
Aos anos da safra viriam os da contra-safra, mais um menos um, talvez, quem sabe?!...diria um
popular.
Perante a situação actual de crise do país, revisita-se a situação agrícola do país e constata-se
que os problemas de sempre persistem. Das falhas de planeamento das Autoridades às
atitudes individualistas dos empresários agrícolas, a nossa realidade continua a apresentar
debilidades várias.
Este projecto de investigação não pretende resolver nenhuma delas, mas apenas ajudar quem
quiser a encontrar aqui uma ferramenta que lhe permita olhar para o seu sistema de produção
de uma perspectiva. Com efeito, este projecto visa adoptar para os sistemas de produção
agrícola um conjunto de técnicas e metodologias já à muito em prática nos sectores industriais
e de serviços. Falamos pois de LeanManufacturing e de 6 Sigma. Estes dois conceitos,
complementares entre si e unidos pelo mesmo objectivo: aumentar a rentabilidade da
empresa. A metodologia Lean através da redução do desperdício e o 6 sigma pela redução da
variância dos processos.
Dada a natureza do tema, iremos abordar o estudo conceptual de forma abstracta utilizando a
Herdade de Peromogo como caso de estudo prático. Nesse sentido, este projecto irá reflectir
em concreto a aplicação dos conceitos a um sistema de produção em regime extensivo de
Montado Alentejano.



2 Sistemas Integrados de Gestão de Produção

Compreende-se como um sistema integrado de gestão de produção (SIGp1) o modelo
conceptual que integra os procedimentos associados às várias funções da organização
empresarial numa lógica de processos integrados. Os exemplos mais divulgados entre nós de
sistemas dessa natureza traduzem-se nos normativos ISO 9001, 14001, OSHAS, IFS, BRC, etc,
consoante o focus pretendido (qualidade do produto na óptica do cliente, ambiente,
segurança no trabalho, referenciais de produção).
As metodologias Agricultura Lean e 6-Sigma têm por suporte a existência desses sistemas.
Com efeito, é forçoso admitir-se que a par da necessidade de normalizar os procedimentos é
essencial que haja um sistema de registos que permita monitorizar o desempenho dos
mesmos. Deste modo estas metodologias surgem integradas nos SIGp, e reflectem-se de
forma transversal na abordagem aos processos adoptada pela a organização.
De facto, conceptualmente a actividade produtiva em sistemas agrícolas é semelhante às
restantes actividades económicas na medida em que se trata de converter uma série de


1
 O acrónimo SIGp é utilizado neste contexto para distinção de SIG enquanto Sistema de Identificação
Geográfica, dado ser esta a designação mais comumente divulgada no meio agrícola para este
acrónimo. Na gíria industrial, SIG refere-se assim a sistemas integrados de gestão.


Luís Cary Cordovil                                                                               1
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


inputsa um sistema através de um processo numa outra série de outputs, cuja diferença de
valor tende a ser positiva aquando do saldo entre estes.
Tradicionalmente todavia observa-se que os vários agentes que se dedicam profissionalmente
à actividade agrícola fazem questão em frisar o carácter providencial do mesmo. Mas será de
facto assim?
Seguidamente iremos observar em mais detalhe o alcance de cada uma das metodologias e a
forma como pretendem dar resposta à questão anteriormente colocada. Transversal a ambas
observe-se no entanto a utilização do método científico como forma de compreender e
explicar as leis e fenómenos naturais, e o ciclo PDCA (Plan – Do – Check – Act) como forma
simples e sistemática de orientar as pessoas para a implementação dos agentes de mudança
(Pinto, 2012).

2.1 Agricultura Lean

A metodologia Lean está focada na criação de valor com menos trabalho, i.e., trata-se de uma
filosofia de gestão e organização do sistema de produção que está focada na cadeia de valor e
nos desperdícios que lhe estão associados. É central para a filosofia lean haver o envolvimento
de toda a organização de forma a se alcançar um círculo virtuoso de melhorias contínuas
(Pejstrup, 2012).
Os 5 princípios em Lean são (Pejstrup, 2012):
    1.   Identificação do valor
    2.   Mapear a cadeia de valor e remover as fontes de desperdício
    3.   Criar fluxos de produção (flow)
    4.   Estabelecer sistemas de cadeia tipo pull
    5.   Procurar alcançar a perfeição através de melhorias contínuas
Observa-se assim que é premente haver na organização agrícola rotinas de planeamento e de
acompanhamento de resultados. Uma vez implementados, dar-se-á início ao mapeamento da
cadeia de valor e identificação das várias fontes de desperdício.
Os 8 tipos de desperdício que se podem observar em agricultura consistem em (Pejstrup,
2012):

         Sobreprodução, e,g, produção em excesso de silagem, encabeçamentos superiores ao
         previsto
         Transporte, e.g. demasiado lentos, demasiado frequentes ou com atrelados
         demasiado pequenos ou equipamentos com cargas excessivas
         Tempos de espera, e.g. paragens durante a tosquia à espera do transporte para
         carregar a lã; salas de ordenha com capacidades desajustadas à manada
         Sobreprocessamento, e.g. limpar mais do que o necessário ou realizar operações de
         mobilização por tradição, utilização indiscriminada do unifeed
         Existências, e.g. comprar ou reter bens só para o acaso
         Deslocações, e,g, percursos entre equipamentos e ferramentas ou o tempo gasto à
         procura destas




Luís Cary Cordovil                                                                           2
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


        Talento não utilizado,e.g. trabalhadores não envolvidos nos processos e não
        participativos na criação de valor, vistos meramente como ferramentas operacionais
Posteriormente, o estabelecimento dos fluxos de produção e retrocontrolo visando o produto
agrícola deverão ser definidos. Por exemplo:
        numa produção de gado bovino, qual o produto para venda? O novilho com 6 a 8
        meses de idade e peso mínimo de 450kg de peso vivo e caraça do tipo R (sistema
        EUROP)
Deste modo é possível analisar o percurso do fluxo de produção até ao produto final e
identificar os desperdícios ocorridos. Para a identificação e remoção destes existem
variadíssimas técnicas Lean à disposição, conforme o objecto em estudo. As ferramentas e
técnicas mais usais da metodologia Lean são (Pinto, 2009):

        5S
        Mapeamento da cadeia de valor (VSM)
        Fórmula 5W-2H
        StandardWork
        QFD ou casa da qualidade
        Diagrama de Ishikawa ou de causa -efeito
        Análise de Causa-Efeito ou FMEA

2.2 6-Sigma

O 6-Sigma é uma metodologia de gestão que visa a análise metódica e crítica aos processos de
produção com vista à eliminação das suas fontes de variância. Pretende-se assim alcançar
fluxos de processo em que os produtos com defeito ou não conformes sejam inferiores a 3,4
unidades por cada milhão produzida (Pinto, 2012).
Para alcançar este desiderato, esta metodologia sustenta-se no ciclo DMAIC (Definição,
Medição, Análise, Melhoria (I) e Controlo) a par dos já referidos anteriormente, para os quais é
essencial o recurso aos dados, tratamento estatístico e implementação de SIGp.
De acordo com Pinto, 2012, o 6-sigma é uma metodologia de fine tunning ou seja de melhorias
incrementais que se foca nos seguintes conceitos-chave:

        Ênfase na qualidade – procurando satisfazer melhor os atributos mais valorizados pelo
        cliente
        Noção de defeito – como sendo a incapacidade de entregar o que o cliente pretende
        Capabilidade do processo – capacidade em entregar produtos conformes quer em
        qualidade quer em quantidade
        Variação – como desvios perceptíveis ao cliente da qualidade do produto (desvio-
        padrão)
        Operações Estáveis – competência em entregar produto conforme ao longo do tempo
        com consistência onde possam ocorrer melhorias incrementais
        Design for Six Sigma – desenvolvimento de produtos e processos capazes de responder
        às necessidades do cliente



Luís Cary Cordovil                                                                            3
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


3 Projecto de Investigação

Como anteriormente se referiu, pretende-se analisar a adequação destas duas ferramentas à
realidade da produção agrícola. Para o efeito irá ser utilizada a experiência do autor na sua
instalação como jovem agricultor numa herdade de montado alentejano. Assim ao longo do
ciclo de projecto, instalação e execução serão analisados in situ a aplicabilidade das mesmas.
Por outro lado, será organizada uma rede com outros agentes e actores do sector agrícola para
compreender os SIGp existentes e analisar parâmetros de benchmark que permitam aferir a
eficácia dos respectivos SIGp com os do autor.
Durante a execução do projecto o autor propõem-se ainda a conhecer todavia outras
realidades agrícolas. Com efeito existem diversos fóruns internacionais dedicados a esta
temática e empresas que se dedicam a actividade de consultoria nesta área, pese embora a
contextos agrícolas diferentes.

3.1 Questões de investigação

No final do doutoramento, pretende-se responder às questões de investigação seguintes:
        Quais as fontes de variância e ou de desperdício em sistemas de produção agro-
        florestal de montado em regime de sequeiro? Qual o impacto de cada uma nos
        resultados Operacionais? Que interacções existem entre elas?
        Quais as metodologias e técnicas que melhor se adequam à resolução dos desvios
        observados?
        Existirá Agricultura Lean?
        Será a metodologia 6-sigma uma ferramenta adequada para o gestor agrícola?



3.2 Cronograma de actividades

Ao nível das actividades a desenvolver e dado o carácter iminente práctico que se pretende
imprimir ao projecto, poderão aparecer alterações ao nível da execução do plano de trabalho
no sentido de redireccionar o trabalho conforme os resultados obtidos.
Contudo, de uma forma geral pretende-se dividir o plano de investigação nos seguintes
módulos:
    1. Módulo I ou DFSS – a decorrer durante a fase de projecto e instalação do projecto
       agrícola. Nesta etapa, pretende-se focar na organização e planeamento agrícola em
       linha com os princípios Lean.
    2. Módulo II ou Implementação – a decorrer durante a fase de execução e produção do
       projecto agrícola, onde serão implementados os SIGp e respectivas metodologias Lean
       e 6-Sigma
    3. Módulo III ou Comprovação – onde se pretende fazer o levantamento da realidade da
       organização agrícola envolvente e avaliar o desempenho relativo do modelo testado




Luís Cary Cordovil                                                                          4
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


4 Sistemas de Produçãoagrícola

Existem variadíssimos sistemas de produção agrícolas (Cordovil, 1992) assentes em diversas
combinações dos factores de produção terra, trabalho e capital.
Para o projecto em curso serão analisados apenas os sistemas de produção agrícola de cariz
profissional, onde a produção seja preferencialmente direccionada para o mercado livre. Com
efeito, apenas neste contexto surge a necessidade primordial de orientar a organização para a
obtenção de resultados de exploração positivos. Destes, observe-se, não será feita uma análise
detalhada a cada um dos contextos específicos, procurando-se apenas a sua resolução em
sistemas de produção em Montado Alentejano em regime de sequeiro.
A escolha deste sistema de produção visa assim conciliar a disponibilidade profissional do
autor com as questões propostas no ambiente mais adverso da produção agrícola.

4.1 Montado Alentejano

O sistema de produção agro-florestal de Montado Alentejano em regime de sequeiro assenta
no fluxograma de produção em anexo (figura 1, Serrano, 2006).Este sistema é tipo do clima
mediterrânico onde se observa uma grande assimetria quer de temperaturas quer de
precipitação, originando invernos chuvosos frios contrastando com verões quentes e secos.
Para resumir pode-se também proceder à caracterização deste sistema agro-florestal de
produção da seguinte forma:
Sub-sistema de
                              Espécie                                      Produto
  produção
Florestal            Sobreiro                    Cortiça, Lande
                     Azinheira                   Bolota, lenha
Vegetal              Prados Permanentes          Pasto, forragem
                     Forragens                   Silagem, feno
                     Cereais                     Cereais, palha
Pecuária             Bovino                      Vitelos de leite, novilho, novilhas, vacas refugo, touros
                     Ovino                       Borregos de leite, ovelhas
                     Suíno                       Porco montanheira
Apícola              Abelha                      Mel, cera, geleia, pólen
Cinegético           Lebre, coelho, aves         Caça pequena
                     Javali                      Caça grossa
Tabela 1 – Sistemas de Produção Agro-Florestal em Montado Alentejano, em regime de sequeiro

Como constatado por Serrano (2006) e por Salgueiro (2007) trata-se de um sistema que em
regime de sequeiro tem um encabeçamento muito baixo, na ordem dos 0,4 a 0,6 CN/ha. Este
indicador surge como resposta normal do agente económico que pretende assegurar a
manutenção do efectivo durante os anos de seca severa, sub-pastoreando a pastagem nos


Luís Cary Cordovil                                                                                   5
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano


restantes períodos. Assiste-se assim à criação de um ciclo vicioso em que a diminuição do
encabeçamento induz a uma degradação da capacidade de produção das pastagens o que por
sua vez se traduz em capacidades de manutenção de encabeçamentos cada vez menores!
Observa-se assim que existem oportunidades enormes de melhoria onde a aplicação das
técnicas aqui apresentadas poderão representar a diferença, ou não?!



5 Discussão

O presente projecto de investigação visa questionar a metodologia actualmente praticada
pelos agentes económicos em contexto de produção de sistemas de montado alentejano,
colocando-se a possibilidade de se aplicar metodologias testadas no campo da organização e
gestão industrial para a área agronómica.A aplicação do Lean e do 6-sigma, visa dotar a
organização agrícola das técnicas e ferramentas que lhe permitam reduzir o desperdício e
controlar a variância dos seus produtos.
O conjunto de incertezas que caracterizam a agricultura, e em especial os sistemas em estudo
aqui propostos, e que lhe conferem o seu carácter providencial colocam sérias reservas às
capacidades de optimização com os sistemas actuais.
Por outro lado, considerando o actual contexto de globalização dos mercados é premente
dotar os empresários agrícolas de soluções que lhes permitam ganhar competitividade na
aldeia global.
A ver se serão estas…




6 Bibliografia

        Cordovil, F.C – [Estudo da organização agrícola], Volume I, tese de doutoramento,
        ISEG, 1992
        Pejstrup, Susanne - http://leanfarming.eu/what-is-lean, 13-11-2012
        Pinto, J. P. – Pensamento Lean – A Filosofia das organizações vencedoras, Lidel –
        Edições Técnicas, 2ª Edição, 2009
        Salgueiro, T.A. – As Pastagens – Passado, Presente e Futuro, Revista de Ciências
        Agrárias, 2007, pp 271-282
        Serrano, J.E. – As Pastagens do Alentejo – Bases Técnicas sobre caracterização,
        pastoreio e melhoramento, Edição ICAM, Évora, 2006




Luís Cary Cordovil                                                                        6
Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano



    Anexos



                                                                                                                                            Ciclo Apícola
       Ciclo Vegetal                                                                                    Ciclo Animal
                                                                                                               nascimento                            dormência                 mel
                                sementeira                                  sementeira
      Cultura forrageira                            Cultura pratense

                                                                                                              amamentação                            crescimento             produção
                              Adubação fundo                              Adubação fundo

                                                                                                                engorda                                                       Polinização
                           Tratamentos Protecção                       Tratamentos Protecção

                                                                                                                selecção                     Ciclo Florestal
                            Adubação cobertura                               Pastoreio
                                                                                               Alimentação                                                      regeneração

                           Tratamentos Protecção                           Regeneração                                      Cobrição
                                                                                                                                                                   Juvenil

                                                                               Corte                                        Gestação
                 Colheita                    Pastoreio
                                                                                                                                                               Poda Formação

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          Venda Forragem /                                                                              Venda Carne                    Venda Mel                       Venda Cortiça
              Cereais

Figura 1 – Fluxograma de Produção em sistema de produção de montado alentejano em regime de sequeiro




Luís Cary Cordovil                                                                                                                                                                          7

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Projecto de investigação luís cary cordovil

  • 1. Projecto de investigação no âmbito do desenvolvimento da tese de doutoramento Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano: implementação de Agricultura Lean. Luís Cary de Velho Cabral Cordovil 2012
  • 2. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano Resumo Diversos autores têm de forma sistemática sensibilizado os agentes económicos e políticos para a importância da existência de pastagens e prados permanentes como sistema de produção agro pecuário economicamente viável e ambientalmente sustentável. Contudo não se observam ainda os resultados agrícolas e económicos na produtividade e rentabilidade almejados, levantando-se a questão da optimização dos referidos sistemas de produção. Com efeito a maioria das áreas dedicadas a pastagens permanentes encontra-se a sul de Portugal em regime de extensificação, designadamente em montado. Torna-se assim premente a necessidade de se analisar o referido modelo de produção e testar soluções que de encontro à realidade económica dos agentes lhes permitam acrescentar maior valor às suas cadeias de produção, adoptando metodologias de produção que visem a redução e controlo das fontes de variância. Assim a adopção da metodologia 6-sigma e a aplicabilidade das técnicas Lean à realidade agrícola preconiza um estudo holístico do ecossistema agrícola e compreendendo-o, para capacitar os agentes a estruturar projectos de melhoria contínua que ultimem em maiores rentabilidades financeiras das suas explorações. Palavras-chave: Montado, 6-sigma, Agricultura Lean Luís Cary Cordovil i
  • 3. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano Índice Resumo........................................................................................................................................... i 1 Introdução ............................................................................................................................. 1 2 Sistemas Integrados de Gestão de Produção........................................................................ 1 2.1 Agricultura Lean ............................................................................................................ 2 2.2 6-Sigma .......................................................................................................................... 3 3 Projecto de Investigação ....................................................................................................... 4 3.1 Questões de investigação ............................................................................................. 4 3.2 Cronograma de actividades........................................................................................... 4 4 Sistemas de Produção agrícola.............................................................................................. 5 4.1 Montado Alentejano ..................................................................................................... 5 5 Discussão ............................................................................................................................... 6 6 Bibliografia ............................................................................................................................ 6 Luís Cary Cordovil ii
  • 4. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano 1 Introdução A actividade agrícola sempre se caracterizou por uma relação de amor-ódio face à incerteza. Aos anos da safra viriam os da contra-safra, mais um menos um, talvez, quem sabe?!...diria um popular. Perante a situação actual de crise do país, revisita-se a situação agrícola do país e constata-se que os problemas de sempre persistem. Das falhas de planeamento das Autoridades às atitudes individualistas dos empresários agrícolas, a nossa realidade continua a apresentar debilidades várias. Este projecto de investigação não pretende resolver nenhuma delas, mas apenas ajudar quem quiser a encontrar aqui uma ferramenta que lhe permita olhar para o seu sistema de produção de uma perspectiva. Com efeito, este projecto visa adoptar para os sistemas de produção agrícola um conjunto de técnicas e metodologias já à muito em prática nos sectores industriais e de serviços. Falamos pois de LeanManufacturing e de 6 Sigma. Estes dois conceitos, complementares entre si e unidos pelo mesmo objectivo: aumentar a rentabilidade da empresa. A metodologia Lean através da redução do desperdício e o 6 sigma pela redução da variância dos processos. Dada a natureza do tema, iremos abordar o estudo conceptual de forma abstracta utilizando a Herdade de Peromogo como caso de estudo prático. Nesse sentido, este projecto irá reflectir em concreto a aplicação dos conceitos a um sistema de produção em regime extensivo de Montado Alentejano. 2 Sistemas Integrados de Gestão de Produção Compreende-se como um sistema integrado de gestão de produção (SIGp1) o modelo conceptual que integra os procedimentos associados às várias funções da organização empresarial numa lógica de processos integrados. Os exemplos mais divulgados entre nós de sistemas dessa natureza traduzem-se nos normativos ISO 9001, 14001, OSHAS, IFS, BRC, etc, consoante o focus pretendido (qualidade do produto na óptica do cliente, ambiente, segurança no trabalho, referenciais de produção). As metodologias Agricultura Lean e 6-Sigma têm por suporte a existência desses sistemas. Com efeito, é forçoso admitir-se que a par da necessidade de normalizar os procedimentos é essencial que haja um sistema de registos que permita monitorizar o desempenho dos mesmos. Deste modo estas metodologias surgem integradas nos SIGp, e reflectem-se de forma transversal na abordagem aos processos adoptada pela a organização. De facto, conceptualmente a actividade produtiva em sistemas agrícolas é semelhante às restantes actividades económicas na medida em que se trata de converter uma série de 1 O acrónimo SIGp é utilizado neste contexto para distinção de SIG enquanto Sistema de Identificação Geográfica, dado ser esta a designação mais comumente divulgada no meio agrícola para este acrónimo. Na gíria industrial, SIG refere-se assim a sistemas integrados de gestão. Luís Cary Cordovil 1
  • 5. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano inputsa um sistema através de um processo numa outra série de outputs, cuja diferença de valor tende a ser positiva aquando do saldo entre estes. Tradicionalmente todavia observa-se que os vários agentes que se dedicam profissionalmente à actividade agrícola fazem questão em frisar o carácter providencial do mesmo. Mas será de facto assim? Seguidamente iremos observar em mais detalhe o alcance de cada uma das metodologias e a forma como pretendem dar resposta à questão anteriormente colocada. Transversal a ambas observe-se no entanto a utilização do método científico como forma de compreender e explicar as leis e fenómenos naturais, e o ciclo PDCA (Plan – Do – Check – Act) como forma simples e sistemática de orientar as pessoas para a implementação dos agentes de mudança (Pinto, 2012). 2.1 Agricultura Lean A metodologia Lean está focada na criação de valor com menos trabalho, i.e., trata-se de uma filosofia de gestão e organização do sistema de produção que está focada na cadeia de valor e nos desperdícios que lhe estão associados. É central para a filosofia lean haver o envolvimento de toda a organização de forma a se alcançar um círculo virtuoso de melhorias contínuas (Pejstrup, 2012). Os 5 princípios em Lean são (Pejstrup, 2012): 1. Identificação do valor 2. Mapear a cadeia de valor e remover as fontes de desperdício 3. Criar fluxos de produção (flow) 4. Estabelecer sistemas de cadeia tipo pull 5. Procurar alcançar a perfeição através de melhorias contínuas Observa-se assim que é premente haver na organização agrícola rotinas de planeamento e de acompanhamento de resultados. Uma vez implementados, dar-se-á início ao mapeamento da cadeia de valor e identificação das várias fontes de desperdício. Os 8 tipos de desperdício que se podem observar em agricultura consistem em (Pejstrup, 2012): Sobreprodução, e,g, produção em excesso de silagem, encabeçamentos superiores ao previsto Transporte, e.g. demasiado lentos, demasiado frequentes ou com atrelados demasiado pequenos ou equipamentos com cargas excessivas Tempos de espera, e.g. paragens durante a tosquia à espera do transporte para carregar a lã; salas de ordenha com capacidades desajustadas à manada Sobreprocessamento, e.g. limpar mais do que o necessário ou realizar operações de mobilização por tradição, utilização indiscriminada do unifeed Existências, e.g. comprar ou reter bens só para o acaso Deslocações, e,g, percursos entre equipamentos e ferramentas ou o tempo gasto à procura destas Luís Cary Cordovil 2
  • 6. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano Talento não utilizado,e.g. trabalhadores não envolvidos nos processos e não participativos na criação de valor, vistos meramente como ferramentas operacionais Posteriormente, o estabelecimento dos fluxos de produção e retrocontrolo visando o produto agrícola deverão ser definidos. Por exemplo: numa produção de gado bovino, qual o produto para venda? O novilho com 6 a 8 meses de idade e peso mínimo de 450kg de peso vivo e caraça do tipo R (sistema EUROP) Deste modo é possível analisar o percurso do fluxo de produção até ao produto final e identificar os desperdícios ocorridos. Para a identificação e remoção destes existem variadíssimas técnicas Lean à disposição, conforme o objecto em estudo. As ferramentas e técnicas mais usais da metodologia Lean são (Pinto, 2009): 5S Mapeamento da cadeia de valor (VSM) Fórmula 5W-2H StandardWork QFD ou casa da qualidade Diagrama de Ishikawa ou de causa -efeito Análise de Causa-Efeito ou FMEA 2.2 6-Sigma O 6-Sigma é uma metodologia de gestão que visa a análise metódica e crítica aos processos de produção com vista à eliminação das suas fontes de variância. Pretende-se assim alcançar fluxos de processo em que os produtos com defeito ou não conformes sejam inferiores a 3,4 unidades por cada milhão produzida (Pinto, 2012). Para alcançar este desiderato, esta metodologia sustenta-se no ciclo DMAIC (Definição, Medição, Análise, Melhoria (I) e Controlo) a par dos já referidos anteriormente, para os quais é essencial o recurso aos dados, tratamento estatístico e implementação de SIGp. De acordo com Pinto, 2012, o 6-sigma é uma metodologia de fine tunning ou seja de melhorias incrementais que se foca nos seguintes conceitos-chave: Ênfase na qualidade – procurando satisfazer melhor os atributos mais valorizados pelo cliente Noção de defeito – como sendo a incapacidade de entregar o que o cliente pretende Capabilidade do processo – capacidade em entregar produtos conformes quer em qualidade quer em quantidade Variação – como desvios perceptíveis ao cliente da qualidade do produto (desvio- padrão) Operações Estáveis – competência em entregar produto conforme ao longo do tempo com consistência onde possam ocorrer melhorias incrementais Design for Six Sigma – desenvolvimento de produtos e processos capazes de responder às necessidades do cliente Luís Cary Cordovil 3
  • 7. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano 3 Projecto de Investigação Como anteriormente se referiu, pretende-se analisar a adequação destas duas ferramentas à realidade da produção agrícola. Para o efeito irá ser utilizada a experiência do autor na sua instalação como jovem agricultor numa herdade de montado alentejano. Assim ao longo do ciclo de projecto, instalação e execução serão analisados in situ a aplicabilidade das mesmas. Por outro lado, será organizada uma rede com outros agentes e actores do sector agrícola para compreender os SIGp existentes e analisar parâmetros de benchmark que permitam aferir a eficácia dos respectivos SIGp com os do autor. Durante a execução do projecto o autor propõem-se ainda a conhecer todavia outras realidades agrícolas. Com efeito existem diversos fóruns internacionais dedicados a esta temática e empresas que se dedicam a actividade de consultoria nesta área, pese embora a contextos agrícolas diferentes. 3.1 Questões de investigação No final do doutoramento, pretende-se responder às questões de investigação seguintes: Quais as fontes de variância e ou de desperdício em sistemas de produção agro- florestal de montado em regime de sequeiro? Qual o impacto de cada uma nos resultados Operacionais? Que interacções existem entre elas? Quais as metodologias e técnicas que melhor se adequam à resolução dos desvios observados? Existirá Agricultura Lean? Será a metodologia 6-sigma uma ferramenta adequada para o gestor agrícola? 3.2 Cronograma de actividades Ao nível das actividades a desenvolver e dado o carácter iminente práctico que se pretende imprimir ao projecto, poderão aparecer alterações ao nível da execução do plano de trabalho no sentido de redireccionar o trabalho conforme os resultados obtidos. Contudo, de uma forma geral pretende-se dividir o plano de investigação nos seguintes módulos: 1. Módulo I ou DFSS – a decorrer durante a fase de projecto e instalação do projecto agrícola. Nesta etapa, pretende-se focar na organização e planeamento agrícola em linha com os princípios Lean. 2. Módulo II ou Implementação – a decorrer durante a fase de execução e produção do projecto agrícola, onde serão implementados os SIGp e respectivas metodologias Lean e 6-Sigma 3. Módulo III ou Comprovação – onde se pretende fazer o levantamento da realidade da organização agrícola envolvente e avaliar o desempenho relativo do modelo testado Luís Cary Cordovil 4
  • 8. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano 4 Sistemas de Produçãoagrícola Existem variadíssimos sistemas de produção agrícolas (Cordovil, 1992) assentes em diversas combinações dos factores de produção terra, trabalho e capital. Para o projecto em curso serão analisados apenas os sistemas de produção agrícola de cariz profissional, onde a produção seja preferencialmente direccionada para o mercado livre. Com efeito, apenas neste contexto surge a necessidade primordial de orientar a organização para a obtenção de resultados de exploração positivos. Destes, observe-se, não será feita uma análise detalhada a cada um dos contextos específicos, procurando-se apenas a sua resolução em sistemas de produção em Montado Alentejano em regime de sequeiro. A escolha deste sistema de produção visa assim conciliar a disponibilidade profissional do autor com as questões propostas no ambiente mais adverso da produção agrícola. 4.1 Montado Alentejano O sistema de produção agro-florestal de Montado Alentejano em regime de sequeiro assenta no fluxograma de produção em anexo (figura 1, Serrano, 2006).Este sistema é tipo do clima mediterrânico onde se observa uma grande assimetria quer de temperaturas quer de precipitação, originando invernos chuvosos frios contrastando com verões quentes e secos. Para resumir pode-se também proceder à caracterização deste sistema agro-florestal de produção da seguinte forma: Sub-sistema de Espécie Produto produção Florestal Sobreiro Cortiça, Lande Azinheira Bolota, lenha Vegetal Prados Permanentes Pasto, forragem Forragens Silagem, feno Cereais Cereais, palha Pecuária Bovino Vitelos de leite, novilho, novilhas, vacas refugo, touros Ovino Borregos de leite, ovelhas Suíno Porco montanheira Apícola Abelha Mel, cera, geleia, pólen Cinegético Lebre, coelho, aves Caça pequena Javali Caça grossa Tabela 1 – Sistemas de Produção Agro-Florestal em Montado Alentejano, em regime de sequeiro Como constatado por Serrano (2006) e por Salgueiro (2007) trata-se de um sistema que em regime de sequeiro tem um encabeçamento muito baixo, na ordem dos 0,4 a 0,6 CN/ha. Este indicador surge como resposta normal do agente económico que pretende assegurar a manutenção do efectivo durante os anos de seca severa, sub-pastoreando a pastagem nos Luís Cary Cordovil 5
  • 9. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano restantes períodos. Assiste-se assim à criação de um ciclo vicioso em que a diminuição do encabeçamento induz a uma degradação da capacidade de produção das pastagens o que por sua vez se traduz em capacidades de manutenção de encabeçamentos cada vez menores! Observa-se assim que existem oportunidades enormes de melhoria onde a aplicação das técnicas aqui apresentadas poderão representar a diferença, ou não?! 5 Discussão O presente projecto de investigação visa questionar a metodologia actualmente praticada pelos agentes económicos em contexto de produção de sistemas de montado alentejano, colocando-se a possibilidade de se aplicar metodologias testadas no campo da organização e gestão industrial para a área agronómica.A aplicação do Lean e do 6-sigma, visa dotar a organização agrícola das técnicas e ferramentas que lhe permitam reduzir o desperdício e controlar a variância dos seus produtos. O conjunto de incertezas que caracterizam a agricultura, e em especial os sistemas em estudo aqui propostos, e que lhe conferem o seu carácter providencial colocam sérias reservas às capacidades de optimização com os sistemas actuais. Por outro lado, considerando o actual contexto de globalização dos mercados é premente dotar os empresários agrícolas de soluções que lhes permitam ganhar competitividade na aldeia global. A ver se serão estas… 6 Bibliografia Cordovil, F.C – [Estudo da organização agrícola], Volume I, tese de doutoramento, ISEG, 1992 Pejstrup, Susanne - http://leanfarming.eu/what-is-lean, 13-11-2012 Pinto, J. P. – Pensamento Lean – A Filosofia das organizações vencedoras, Lidel – Edições Técnicas, 2ª Edição, 2009 Salgueiro, T.A. – As Pastagens – Passado, Presente e Futuro, Revista de Ciências Agrárias, 2007, pp 271-282 Serrano, J.E. – As Pastagens do Alentejo – Bases Técnicas sobre caracterização, pastoreio e melhoramento, Edição ICAM, Évora, 2006 Luís Cary Cordovil 6
  • 10. Modelação de sistemas de produção agro-pecuários em Montado Alentejano Anexos Ciclo Apícola Ciclo Vegetal Ciclo Animal nascimento dormência mel sementeira sementeira Cultura forrageira Cultura pratense amamentação crescimento produção Adubação fundo Adubação fundo engorda Polinização Tratamentos Protecção Tratamentos Protecção selecção Ciclo Florestal Adubação cobertura Pastoreio Alimentação regeneração Tratamentos Protecção Regeneração Cobrição Juvenil Corte Gestação Colheita Pastoreio Poda Formação Fenação /silagem Parto Fenação /silagem Adulta armazenagem Lactação armazenagem Lande Cortiça Venda Forragem / Venda Carne Venda Mel Venda Cortiça Cereais Figura 1 – Fluxograma de Produção em sistema de produção de montado alentejano em regime de sequeiro Luís Cary Cordovil 7