1. Do medo construir escadas
Uma abordagem à Educação Sexual em meio escolar
Formadora: Mafalda Branco
Março | 2012
2. “De tudo, ficaram três coisas: a
certeza de que estamos começando, a
certeza de que é preciso continuar e a
certeza de que podemos ser
interrompidos antes de terminar.
Fazer da interrupção um caminho
novo. Fazer da queda um passo de
dança, do medo uma escada, do sono
uma ponte, da procura um encontro.
E assim terá valido a pena existir.”
Fernando Sabino
3. “É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.”
Clarice Lispector
7. O QUE É A SEXUALIDADE?
BRAINSTORMING REFLEXÃO EM GRUPO
8. O QUE É A SEXUALIDADE?
A sexualidade não pode ser definida a partir de um único
ponto de vista, uma só ciência ou umas quantas palavras.
O que hoje sabemos sobre sexualidade é o resultado de
múltiplas aproximações feitas a partir de diferentes
ciências.
Por isso, a sexologia é, provavelmente, mais do que
nenhuma outra, uma ciência interdisciplinar.
López, F. e Fuertes, A. (1999)
9. “A sexualidade é uma energia que
nos motiva a procurar amor,
contacto, ternura, intimidade; que
se integra no modo como nos
sentimos, movemos, tocamos e
somos tocados; é ser-se sensual e
ao mesmo tempo sexual; ela
influencia pensamentos,
sentimentos, acções e interacções
e, por isso, influencia também a
nossa saúde física e mental.”
Organização Mundial de Saúde
13. “É mau que se discuta a sexualidade na escola?
Não!
É razoável que haja uma disciplina de educação sexual?
Não!
(…A educação cívica, com debates abertos e protagonizados
pelos alunos, não deve escolher disciplinas.)”
Eduardo Sá
15. UM DESAFIO PEDAGÓGICO…
Questionamento dos nossos próprios valores,
atitudes e tabus
O tema da sexualidade pode ser
constrangedor
Receio de não estar de acordo com a moral
dominante ou com a dos colegas
Preocupação com o uso de linguagem
apropriada…
16. PERFIL DO PROFESSOR
Aceitação confortável da sua sexualidade e da dos
outros;
Respeito pelas opiniões das outras pessoas;
Atitude favorável ao envolvimento dos pais;
Confidencialidade sobre informações pessoais;
Capacidade para reconhecer situações que requeiram
outros técnicos para além do professor;
Controlar a emissão de juízos de valor;
Demonstrar disponibilidade e confiança…
Went, D. (1985)
17. PERFIL DO PROFESSOR
O grande desafio, que é simultaneamente a maior
dificuldade, é atingir o coração destes miúdos, e
sempre que se fala de sexo, falar-se de amor.
Strecht, P. (2005)
18. EDUCAÇÃO SEXUAL?
Faz-se Educação Sexual mesmo
quando não se programa fazer, pois
“somos seres sexuados e objecto
de um processo educativo desde
que nascemos até que morremos”.
Frade, A. et al. (2001)
20. O PAPEL DA FAMÍLIA
• Os pais são os modelos mais importantes
– figuras de apego e de identificação;
• São também a fonte de influência mais
precoce e prevalecente no desenvolvimento
das crianças;
• Os pais exercem influência sobre as
atitudes jovens face à sexualidade, apesar de
constituírem uma fonte mínima de
informação (estudo de Vaz, J. M.).
25. EDUCAÇÃO SEXUAL
“A Educação Sexual é apresentada como
um aspecto de educação afectiva com
influências na formação da personalidade,
na socialização e na escolha de um
conjunto de valores morais e pessoais.”
Fuste (1989)
26. EDUCAÇÃO SEXUAL
“A verdadeira Educação Sexual
é a educação
da capacidade de amar”
Muller
27. ENQUADRAMENTO LEGAL
Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto
Estabelece o regime de aplicação da educação sexual na escola
Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril
Regulamenta a Lei n.º 60/2009
28. ENQUADRAMENTO LEGAL
Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto
− Inclusão obrigatória no PE
− Projecto de ES e ES
− Importância da transversalidade
− Equipa interdisciplinar de ES e ES
− Gabinete de Informação e Apoio aos Alunos
− Participação/ informação dos EE
29. FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL
a. A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas, respeitando o
pluralismo das concepções existentes na sociedade portuguesa;
b. O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas
informadas e seguras no campo da sexualidade;
c. A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens;
d. A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco;
e. A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de abusos
sexuais;
f. O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
30. FINALIDADES DA EDUCAÇÃO SEXUAL (cont.)
g. A valorização de uma sexualidade responsável e informada;
h. A promoção da igualdade entre os sexos;
i. O reconhecimento da importância de participação no processo educativo de E.E.,
alunos, professores e técnicos de saúde;
j. A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos e
reprodutivos;
k. A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na
violência em função do sexo ou da orientação sexual.
Lei n.º 60/2009
31. MODELOS EM EDUCAÇÃO SEXUAL
Os modelos conservadores
Os modelos médico-preventivos
O modelo de desenvolvimento pessoal
32. SÍNTESE
Quando falamos de educação sexual, estamos a utilizar um conceito global e
abrangente de sexualidade que inclui a identidade sexual, o corpo, as
expressões da sexualidade, os afectos, a reprodução e a promoção da saúde
sexual e reprodutiva.
Assim, o objectivo principal será o de
contribuir (ainda que parcialmente) para uma
vivência mais informada, mais gratificante e mais
autónoma, logo, mais responsável, da sexualidade.