1. AS ORIGENS E OS
PRINCIPAIS TEÓRICOS
DA SOCIOLOGIA
2. Orientações:
Os conceitos destacados em vermelho constituem as
definições e ideias mais importantes a serem assimiladas
e cobradas na avaliação.
Questões:
1. Concepção de Estado para Max Weber.
2. Sociedade e Capitalismo para Weber.
3. Weber e a Ação Social.
4. A Sociedade, as Ciências e o Positivismo.
5. Durkheim – Fato Social e Coercitividade.
6. O papel social dos indivíduos na sociedade segundo Comte e Marx.
7. Marx e a centralidade do Trabalho.
8. A Divisão do trabalho segundo Durkheim.
9. O Crime, a Coesão Social e os conflitos segundo Durkheim.
10. O Positivismo e a compreensão da sociedade.
3. Não tinha, contudo, a forma de Ciência, estando vinculada mais ao
caráter normativo.
Elementos Precursores
Tem seu ponto de partida na Grécia, em meio as preocupações em
explicar a sociedade, desenvolvidas pelos filósofos e oradores que
buscavam garantir aos homens possibilidades de compreensão dos
elementos que constituem a existência social.
Platão – Obra: A República, constitui os
princípios do modelo ideal de organização
política .
Aristóteles – Obra: Política, defende que os
homens são animais políticos e, portanto,
necessitam estabelecer leis para conviverem
em harmonia.
4. Apresentava caráter fundamentalmente
normativo e dogmático, determinado pela Fé e
pela busca da salvação.
Elementos Precursores
No contexto da Idade Média, o pensamento e o conhecimento
estiveram sob domínio do teocentrismo cristão, onde se explicava
a existência a partir da Transcedência e da Vontade Divina
Santo Agostinho – obra: Confissões e A Cidade
de Deus, onde defende que a sociedade deve se
guiar pelo Reino de Deus.
Predomínio da ideia de que cada grupo social
desenvolvia uma função específica em benefício
de todos.
5. Propagam-se valores mais adequados aos interesses sociais,
políticos e econômicos da ascendente burguesia e do capitalismo
Elementos Precursores
Com a Idade Moderna, as influências do Movimento Renascentista
buscam libertar o homem do domínio teocêntrico, estimulando o
resgate do Racionalismo e da laicização do conhecimento.
Maquiavel – Obra: O Príncipe. Concebe o pensamento
político moderno, desvincula os conceitos éticos do
pensamento antigo e dos valores cristãos do período
medieval
Hobbes – Obra: O Leviatã, defende que os homens são,
naturalmente, perversos e egoístas e, portanto,
necessitam de um governo absoluto para conviverem
em harmonia.
6. A crítica ao Antigo Regime e, por consequência, a defesa da
Liberdade, da Justiça e da Razão como instrumentos da autonomia
humana forjam os princípios revolucionários da Era das Revoluções
Burguesas.
Elementos Precursores
No decorrer do século XVIII, o Iluminismo estabelece os
fundamentos ideológicos da sociedade contemporânea.
A partir da efetivação da sociedade
contemporânea, sob as influências da
Revolução Francesa e da Revolução
Industrial, criam-se as preocupações e
os fundamentos para o surgimento das
Ciências Sociais como campo de análise
das transformações daquele contexto.
7. A Sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na
forma de uma resposta acadêmica para um desafio de
modernidade: se o mundo está ficando menor e mais
integrado, a experiência de pessoas do mundo é
crescentemente atomizada e dispersada.
Sociólogos não só esperavam entender o que unia os
grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto"
para a desintegração social.
O surgimento da sociologia
8. CONTEXTO HISTÓRICO:
A Revolução Industrial (Séculos XVIII/XIX).
• REPERCUSSÕES:
• O fim do produtor independente.
• Êxodo rural
• explosão demográfica urbana
• Processo de proletarização
• Miséria (doenças, prostituição, suicídios, alcoolismo, violências, etc.)
• Primeiras manifestações operárias (ludismo, cartismo)
• Ideologias operárias: comunismo e anarquismo.
• Criava-se uma sociedade altamente competitiva e individualista.
9. Existem quatro teóricos considerados os principais
precursores da sociologia:
Henri de Saint-Simom.
Pierre-Joseph Proudhon.
August Comte.
Herbert Spencer.
Há três pensadores que são considerados clássicos da
sociologia:
Émile Durkheim.
Max Weber.
Karl Marx.
O surgimento da sociologia
10. A sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativas
desenvolvidas pelos teóricos clássicos da Sociologia.
TeoriasSociológicas
POSITIVISTA-FUNCIONALISTA – Tendo como fundador
Auguste Comte e principal expoente Émile Durkheim,
propondo uma investigação sistêmica dos fatos sociais.
SOCIOLOGIA COMPREENSIVA – Desenvolvida por Max
Weber que pretende entender e interpretar a ação
social, para dessa maneira explicá-la causalmente em
seus desenvolvimentos e efeitos
SOCIOLOGIA HISTÓRICO CRÍTICA – Iniciada por Karl
Marx, que mesmo não sendo sociólogo, e sequer se
pretendendo a tal, deu forma a uma profícua linha de
explicação sociológica
12. Auguste Comte
(1798-1857)
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte –
Discípulo de Saint Simon, de quem recebeu influência
significativa.
Após intenso estudo sobre a estática e a dinâmica social
desenvolveu os fundamentos da Sociologia.
Comte, que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem
como a História, a Psicologia e a Economia.
Seu esquema sociológico era positivista, (corrente que teve grande
força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha
atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa
pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os
remédios para os problemas de ordem social.
13. POSITIVISMO
A Sociedade é regida por leis
Naturais, independentes da vontade
e da ação humana; na vida social,
reina uma harmonia natural.
A Sociedade pode ser estudada pelo
métodos, trajetória e processos
empregados pelas Ciências da
Natureza.
As Ciências da Sociedade, assim
como as da Natureza, devem limitar-
se à observação e à explicação
causal dos fenômenos, de forma
objetiva, neutra, livre de
julgamentos de valor ou Ideologias
(neutralidade axiológica).
14. Comte afirmava que a sociedade deveria ser considerada
como um organismo vivo, cujas partes desempenham
funções específicas que contribuem para manter o
equilíbrio do todo.
Ele atribuía importância singular à
noção de “consenso”, ou seja, às
ideias e crenças comuns,
partilhadas por todas as pessoas
de determinada sociedade, que
seriam as responsáveis por
manter a ordem nessa sociedade.
Garantindo, dessa forma, a
coesão social
15. Na sua perspectiva teórica, Comte rompe com a tradição
católica e monarquista. Defende a República Liberal e
elabora uma proposta que busca resolver as contradições da
sociedade de sua época.
Preocupa-se em organizar a sociedade em meio aos
impactos das Revoluções Burguesas, defendendo a plena
reforma intelectual aos homens.
A Física Social tem o papel de analisar, cientificamente, a
sociedade, suas estruturas e processos de organização,
estabelecendo os mecanismos necessários para tal reforma,
apontando para a evolução da humanidade (Darwinismo
Social)
16. O DARWINISMO SOCIAL
Segundo Herbert Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin,
podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade:
assim como existia uma seleção natural entre as espécies,
com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, ela
existia também na sociedade.
As sociedades se organizam, se
modificam e se desenvolvem em
um mesmo sentido, avançando
de um estágio inferior para outro
superior, caracterizado pela
sobrevivência dos organismos
mais fortes e evoluídos
17. Comte e os Três Estágios da Evolução Social
Teológico: Aquele em que os fenômenos e a existência social
são explicados por elementos religiosos, como representação
da vontade dos deuses.
Metafísico: os fenômenos são explicados por meio de forças
ocultas e/ou entidades abstratas. As abstrações personificadas
substituem as vontades sobrenaturais
Positivista: Estágio das sociedades industriais. Onde os
fenômenos são compreendidos e explicados por definições
científicas. No estágio positivo procura-se descobrir as leis
segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns aos outros.
18. Comte ainda avaliou que a sociedade possuía dois
movimentos principais: dinâmico e estático.
Movimento dinâmico:
É o responsável pela evolução social
que imprime sobre as sociedades as
transformações para estágios
superiores e mais complexos.
(progresso)
Movimento estático:
É o responsável pela organização e
equilíbrio do organismo que ajustaria
a sociedade ao seu melhor
funcionamento harmônico. (ordem)
21. Émile Durkheim
(1858-1917)
David Émile Durkheim foi um sociólogo, antropólogo,
cientista político e filósofo francês. Formalmente,
criou a disciplina acadêmica da sociologia
Muito de seu trabalho estava preocupado com a forma como as
sociedades poderiam manter sua integridade e coerência na
modernidade, tendo deixado como legado uma série de estudos
que se notabilizaram pelo esforço em combinar pesquisa empírica
e teórica, desenvolvendo uma metodologia sociológica.
Durkheim também estava preocupado com a aceitação da
sociologia como ciência legítima. Aperfeiçoou o positivismo,
promovendo o que poderia ser considerado como uma forma de
realismo epistemológico
22. SOCIOLOGIA FUNCIONALISTA
Émile Durkheim quis fazer da sociologia uma disciplina objetiva,
colocando como regra o FUNCIONAMENTO do método sociológico
a consideração dos FATOS SOCIAIS como coisas.
FATOS SOCIAIS:
COERÇÃO – Obriga um indivíduo a adotar um determinado
comportamento social. O grau de coerção de um fato social pode
ser identificado pelas sanções sociais que ele provoca.
EXTERIORIZAÇÃO – São externos porque são fatos coletivos, como
a religião ou o sistema econômico, por exemplo, independentes
dos indivíduos.
GENERALIDADE – É social todo Fato que é geral, ou seja, que se
manifesta em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria
deles.
23. https://beatlescollege.files.wordpress.com/2012/05/028.jpg
Ao expor o conceito de Fato Social, Durkheim mostra como a
sociedade, através de eventos sociais, influencia a forma de
pensar e de estar de um indivíduo.
Apesar de, no início dos seus trabalhos, ter focado no caráter
coercitivo dos fatos sociais, o desenvolvimento dos estudos e o
seu amadurecimento levou-o a explorar previamente as demais
características e, nos seus trabalhos mais recentes, a palavra
"obrigação" quase não aparece relacionada aos fatos sociais.
24. Émile Durkheim e a coesão social
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Para Durkheim, a
crescente especialização
do trabalho promovida
pela produção industrial
moderna trouxe uma
forma superior de
solidariedade,
e não de conflito.
Centro de atendimento ao cliente na Índia,
em 2004. Para Durkheim, a especialização e
divisão do trabalho geram a coesão social.
25. DURKHEIM
Procura compreender o aumento do individualismo na
integração social.
Durkheim tenta entender o funcionamento da sociedade
da mesma forma que a Biologia entende o
funcionamento de um corpo.
Cada indivíduo tem uma função a cumprir que é
importante para o funcionamento de todo o corpo
social.
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
26. SOCIEDADE PRÉ-CAPITALISTA SOCIEDADE CAPITALISTA
Tradicional
Não diversificada
Pré-industrial
Semelhanças de funções:
união
Simples
Causa da coesão social:
união
Pouca divisão do trabalho
Solidariedade mecânica
Moderna
Diversificada
Industrial
Especialização de
funções: dependência
Complexa
Causa da coesão social:
dependência
Muita divisão do trabalho
Solidariedade orgânica
27. Sociedade
constituída por
Solidariedade
Mecânica
Divisão do trabalho era pouco
desenvolvida
Não havia um grande número de
especializações.
As pessoas se uniam não porque
dependiam do trabalho das outras, mas
porque tinham a mesma religião, as
mesmas tradições, os mesmos
sentimentos, os mesmos valores.
Nela a consciência coletiva era forte e
pesava sobre o comportamento de todos.
Predominava o Direito Repressivo (Penal)
pois o crime feria os sentimentos
coletivos.
28. Sociedade
constituída por
Solidariedade
Orgânica
Há divisão de trabalho porque há
mais especialização de funções.
O que une as pessoas é a
interdependência das funções
sociais.
A consciência coletiva é fraca pois é
difusa, difundindo-se pelas diversas
instituições.
Predomina o Direito Restitutivo
(Civil), pois a função do Direito mais
do que punir o criminoso, é
restabelecer a ordem que foi
violada.
29. Durkheim admite que a Solidariedade Orgânica é superior
à Mecânica, pois ao se especializarem as funções, a
individualidade de certo modo é ressaltada, permitindo
maior liberdade de ação
30. COESÃO, SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA
A “solidariedade social”, para Durkheim, é formada
pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma
sociedade, uns aos outros formando a coesão social .
Há dois tipos diferentes de solidariedade social. Esses
tipos tem relação com o espaço ocupado na
mentalidade dos membros da sociedade pela
consciência coletiva e pela consciência individual.
31. COESÃO, SOLIDARIEDADE E CONSCIÊNCIA
Consciência Coletiva – Conjunto de crenças e de sentimentos
comuns aos membros de uma mesma sociedade, formando um
sistema determinado, com atuação própria. É adquirida mediante
os processos de socialização aos quais somos submetidos ao longo
de nossa existência em sociedade.
Consciência Individual – É aquilo que é próprio do indivíduo, que o
diferencia dos demais. São crenças, hábitos, pensamentos,
vontades, que não são compartilhados pela coletividade, mas que
que são especificamente individuais (idiossincrasias)
32. FATO PATOLÓGICO E ANOMIA
O crescente desenvolvimento da indústria e da
tecnologia faz com que Durkheim tivesse uma visão
otimista sobre o futuro do capitalismo.
“O capitalismo é uma sociedade perfeita, pois a
maior divisão de trabalho aumenta a especialização
de funções que aumenta a dependência, tendo
maior solidariedade.”
33. Como explicar os problemas sociais, tais como favela,
criminalidade, suicídio, fome, miséria, poluição,
desemprego?
A crise da sociedade é moral. Ou as normas estão
falhando (fato patológico) ou há ausência de normas
(anomia).
FATO PATOLÓGICO E ANOMIA
34. As causas do suicídio são sociais, dependendo do maior
ou menor grau de coesão social.
Três tipos de suicídio:
EGOÍSTA
ALTRUÍSTA
ANÔMICO
Falta de integração
Excesso de integração
Falta de limites e regras
SUICÍDIO
Se alguém se desvinculasse das
instituições sociais e passasse a viver
sem limites.
Se alguém valoriza a sociedade mais do
que a sim mesmo e decide morrer em
razão desse valor.
Se alguém não se sente partícipe dos
“laços” de reciprocidade e identidade
ao meio social.
35. Émile Durkheim, as instituições e o indivíduo
Para Émile Durkheim, a sociedade sempre
prevalece sobre o indivíduo, dispondo de certas
regras, normas, costumes e leis que formam uma
consciência coletiva.
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36. A família, a escola, o sistema judiciário e o Estado são
exemplos de instituições que congregam os elementos
essenciais da sociedade, dando-lhe sustentação e
permanência.
Faculdade de Direito da USP, em
São Paulo, na década de 1930.
Reprodução
37. Condicionado e controlado pelas instituições, cada
membro de uma sociedade sabe como deve agir para não
desestabilizar a vida comunitária. Sabe também que, se
não agir da forma estabelecida, será repreendido ou
punido, dependendo da falta cometida.
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38. Segundo Durkheim, o processo de socialização
dissemina as normas e valores gerais da
sociedade e assegura a difusão de ideias
que formam um conjunto
homogêneo, para que
a comunidade
permaneça integrada
e se perpetue no tempo.
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39. Durkheim compara a sociedade com um corpo. As
patologias são consequências dos desvios morais
presentes na sociedade.
A Sociologia encontraria as “partes” da sociedade
que estão produzindo fatos sociais patológicos e
apontar para a solução do problema.
Como nos referimos aos problemas de ordem moral,
cabe à Sociologia apontar novos valores para que a
sociedade possa escolher aqueles que poderão
ajudar a solucionar os seus problemas.
41. Max Weber
(1864-1920)
Karl Emil Maximilian Weber, É considerado um dos
fundadores do estudo moderno da sociologia, mas
sua influência também pode ser sentida na economia,
Sua obra mais famosa é A ética protestante e o espírito do
capitalismo, onde Weber argumentou que a religião era uma das
razões do nascimento do capitalismo, da burocracia e do estado
racional e legal nos países ocidentais.
na filosofia, no direito, na ciência política e na administração.
Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi
reservado para o estudo do capitalismo e do chamado processo de
racionalização e desencantamento do mundo.
42. Max Weber, o Indivíduo e a Ação Social
Para o alemão Max Weber, a sociedade existe
concretamente, mas não é algo externo e acima das
pessoas, e sim o conjunto das ações dos indivíduos
relacionando-se. Partindo do indivíduo e de suas
motivações, Weber pretende compreender a
sociedade.
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43. Max Weber, mesmo sem eliminar o estudo das causas e
rigor na coleta de dados e no tratamento dos fatos,
enfatiza a necessidade de se usar o método da
“COMPREENSÃO”, em oposição ao critério da
“explicação”, típico das ciências da natureza.
Destacam-se a AÇÃO SOCIAL e a DOMINAÇÃO LEGÍTIMA.
+
45. AÇÃO
TRADICIONAL
AÇÃO AFETIVA
AÇÃO RACIONAL
COM RELAÇÃO A
VALORES
AÇÃO RACIONAL
COM RELAÇÃO A
FINS
Determinada por um costume
“arraigado”.
Ex.: Trocas de presentes no Natal,
Dia dos namorados.
Especialmente emotiva, determinada
por afetos e estados sentimentais
atuais”. Ex.: Torcida do Flamengo
Determinada pela crença consciente
em valores (ético, estético, religioso
ou qualquer outra forma)”
Ex.: trabalho voluntario
Determinada por expectativas,
condições ou meios para alcançar fins
próprios, racionalmente perseguidos.
Ex.: Empresa Capitalista
TIPOLOGIA DA AÇÃO SOCIAL
46. TIPOLOGIA DA DOMINAÇÃO
LEGÍTIMA
DOMINAÇÃO
TRADICIONAL
Refere-se à autoridade pessoal do
governante, investida por força do
costume. (Leviatã, Thomas Hobbes)
DOMINAÇÃO
CARISMÁTICA
É baseada no carisma. Ou seja, na
capacidade excepcional de liderança de
alguém (Presidente Lula)
DOMINAÇÃO
RACIONAL-
LEGAL
baseada no direito que se liga a aspectos
racionais e técnicos de administração
(Chefes de Governo: Angela Merkel)
47. O Estado ou alguém detém a capacidade de
dominar a sociedade porque são reconhecidos
como legítimos pelos indivíduos.
O Estado constitui a instituição que tem o uso legítimo da força
pelo controle do aparato legal jurídico (a Lei) e do aparato
repressor (a Ordem / Polícia)
48. RELIGIÃO E CAPITALISMO
“A Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo” (1904)
ÉTICA PROTESTANTE
ÉTICA DA SALVAÇÃO
ÉTICA CALVINISTA
PREDESTINAÇÃO
RACIONALIDADE
BUSCA RACIONAL DO LUCRO
VALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO
DISCIPLINA
PARCIMÔNIA
DISCRIÇÃO
POUPANÇA
ESPÍRITO DO CAPITALSIMO
50. Karl Marx
(1818-1883)
foi um filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário
socialista. Nascido na Prússia, ele mais tarde se
tornou apátrida e passou grande parte de sua vida em
Londres, no Reino Unido.
A obra de Marx em economia estabeleceu a base ao entendimento
atual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além do
pensamento econômico posterior. Ele publicou vários livros
durante sua vida, sendo que O Manifesto Comunista (1848) e O
Capital (1867-1894) são os mais proeminentes.
Elogiado e criticado, Marx tem sido descrito como uma das figuras
mais influentes na história da humanidade. Muitos intelectuais,
sindicatos e partidos políticos a nível mundial foram influenciados
por suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base
51. Os conceitos de Marx deram ênfase na crítica de uma
dominação com base econômica, sofrendo diversas inflexões
e desdobramentos.
Marx estabeleceu importantes
conceitos para compreender o
funcionamento do capitalismo,
como a “mais-valia”, Reflexão
crítica sobre a realidade por
meio da DIALÉTICA e as formas
de exploração das classes
trabalhadoras, tendo o Estado
como reprodutor ideológico.
52. ANÁLISE SOBRE O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
É composto pelos meios de produção e as relações de
produção.
Meios de produção: Máquinas, ferramentas, tecnologia, força
de trabalho
Relações de produção: Somente por meio delas se realiza a
produção. Elas variam de acordo com os meios de produção.
São as próprias relações e organizações entre os homens.
No intercâmbio entre as relações de produção e as forças
produtivas que a riqueza se transformam em capital, somente
por meio do trabalho tal relação é concretizada.
As relações de produção condicionam as relações sociais.
53. A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA
Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador.
Duas formas de extração da mais-valia:
Absoluta: Aumento da jornada de trabalho
Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar
pelo incremento de tecnologia na produção, aumentando a
produtividade da produção.
Os meios de produção capitalistas se transformam
incessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modos
de produção anteriores eram essencialmente conservadores.
Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois o
trabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece o
produto do seu trabalho.
54. ESTADO E SOCIEDADE
O Estado é produto das contradições inerentes à própria
sociedade.
O Estado é a expressão essencial das relações de produção
específicas do capitalismo.
O monopólio do aparelho estatal, diretamente ou por meio de
grupos interpostos, é a condição básica do exercício da
dominação.
O poder político é na verdade o poder organizado de uma classe
para a opressão das outras.
Mercantilização de todas as relações humanas.
A política também se torna mercantilizada. OLHA O SARNEY!
A globalização (ou a mundialização) do capital foi um fenômeno
previsto por Marx em suas análises.
55. MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO
O materialismo designa um conjunto
de doutrinas filosóficas que, ao
rejeitar a existência de um princípio
espiritual liga toda a realidade à
matéria e a suas modificações.
Materialismo Histórico é uma tese do
marxismo, segundo a qual o modo de
produção da vida material condiciona o
conjunto da vida social, política e
espiritual. É um método de compreensão e
análise da história, das lutas e das
evoluções econômicas e políticas.
método dialético são a tese,
a antítese e a síntese.
Tese = afirmação inicial
Antítese= oposição à
tese
Síntese = resultado do
conflito entre tese e
antítese
56. De acordo com Marx, as pessoas constroem sua
história, mas não da maneira que querem, pois os
fatos são condicionados por situações anteriores.
AS CONDIÇÕES MATERIAIS DE TODA A SOCIEDADE
CONDICIONAM AS DEMAIS RELAÇÕES .
O estudo de qualquer sociedade deve partir das RELAÇÕES
SOCIAIS que os homens estabelecem entre si para utilizar os
meios de produção e transformar a natureza.
As relações sociais de produção são a base que condiciona todo o resto da sociedade.
57. Para Marx, só é possível entender as relações
sociais dos indivíduos com base:
nos antagonismos;
nas contradições;
na complementaridade
entre as classes sociais.
Bibliotéque Nationale, Paris, França
O “homem real” faz a História: populares invadem a
Assembleia Constituinte da França em 15 de maio de 1848,
para reivindicar a manutenção de suas conquistas
democráticas e sociais. Pintura de autor desconhecido, s.d.
58. A chave para
compreender a vida
social contemporânea
está na luta de classes,
que se desenvolve à
medida que homens e
mulheres procuram
satisfazer suas
necessidades, “oriundas
do estômago ou da
fantasia”.
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59. De acordo com teoria marxista conclui-se que:
a) Podemos conhecer a sociedade concreta a partir das
relações das pessoas no processo produtivo de bens materiais
e,
b) Buscando compreender o estágio de desenvolvimento que
se encontram as forças produtivas.
Dessa forma, podemos afirmar que:
As Relações Sociais de Produção
+
As Forças Produtivas
=
A Base econômica das sociedades hierarquicamente construídas
60. As relações sociais de produção podem ser entendidas como a
organização e interação das pessoas e das classes na sociedade,
tendo em vista a produção material e a reprodução social, a
manutenção e a ampliação das relações socio-político-
econômicas.
As forças produtivas são a terra, trabalho, capital e tecnologia:
elementos essenciais à produção capitalista.
OU SEJA...
MARX AFIRMA QUE:
“ O MODO DE PRODUÇÃO DA VIDA MATERIAL (base econômica da
produção de bens materiais) CONDICIONA O DESENVOLVIMENTO
DA VIDA SOCIAL, POLÍTICA E INTELECTUAL EM GERAL
(superestrutura da sociedade).”
61. A base da organização da sociedade é econômica, e a partir dessa
organização surgem as outras estruturas da sociedade (instâncias
políticas, jurídicas e ideológicas).
Tudo isso representa a reprodução das relações de produção
Base econômica da sociedade
=
Forças Produtivas + Relações Sociais de Produção
Instâncias políticas Instâncias Ideológicas Instâncias jurídicas
62. Método – O PESQUISADOR NÃO DEVE SE LIMITAR À DESCREVER A
REALIDADE SOCIAL, MAS DEVE PROCURAR IDENTIFICAR COMO
ESSA REALIDADE SE PRODUZ E SE REPRODUZ AO LONGO DA
HISTÓRIA.
MARX CIÊNCIA TEM UM PAPEL POLÍTICO
Deve ser INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE,
AGINDO COMO INTELECTUAL ORGÂNICO PELA REVOLUÇÃO.
63. Texto e Contexto
Manifesto Comunista
“Dentre todas as classes que hoje se defrontam com a
burguesia, apenas o proletariado é uma classe
verdadeiramente revolucionária.
Os proletários... têm de destruir tudo o que até agora vem
garantindo e assegurando a propriedade privada existente. O
proletariado fará uso de seu domínio político para retirar
gradualmente todo o capital da burguesia, para centralizar
todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, ou
seja, do proletariado organizado como classe dominante.”
(MARX, Karl & ENGELS, Frederich. O Manifesto Comunista, 1848)