2. • A) CONCEPÇÃO DE HOMEM:
• Existencialismo, materialismo, irracionalismo.
• B) CONHECIMENTO:
• Racionalismo, pragmatismo, relativismo,
ceticismo, positivismo, empirismo.
3. • 1. RACIONALISMO / IDEALISMO
(Platão, Descartes, Hegel, Leibniz...).
• Absoluta confiança na razão, único critério de verdade.
• A verdade é possível de ser alcançada na medida em que se
permanece numa atividade intra-mental.
• “O real é racional” (Hegel)
4.
5. • 2. MATERIALISMO
(Karl Marx).
• “Não é a consciência dos homens que determina a sua
consciência, mas ao contrário, é o seu ser social que
determina a sua consciência” (Marx).
• “Nós conhecemos somente uma ciência, a ciência da
história” (Marx e Engels).
• O homem não é o seu pensamento (idealismo), mas sua
relação social. É o meio (matéria) que faz o homem.
6.
7. • 3. IRRACIONALISMO
(Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche).
• O irracionalismo enfatiza o papel do instinto, do
sentimento e da vontade, em oposição à razão.
• Ontologicamente (ser), o mundo não tem estrutura
racional, sentido ou propósito.
• Epistemologicamente (crença/conhecimento), a razão é
incapaz de apreender o universo sem distorções.
8. • 3. IRRACIONALISMO
(Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche).
• Sob a influência de Darwin e, mais tarde, de Freud, o
irracionalismo começou por explorar as raízes biológicas e
inconscientes da experiência humana.
• Para Schopenhauer, típico irracionalista do século XIX, o
voluntarismo - vontade cega e sem sentido a permear a existência -
expressava a essência da realidade.
• Charles Sanders Peirce e William James acreditavam que as ideias
deveriam ser consideradas não em termos lógicos, mas segundo
seus resultados práticos, ao serem transformadas em ação.
9. • 4. PRAGMATISMO
• O critério adotado para a construção das teorias deve ser o da maior
utilidade possível para as necessidades e interesses humanos.
• O conhecimento é concebido como essencialmente modificador da
realidade.
• O eixo central da teoria pragmatista é a ênfase na utilidade "prática"
da filosofia.
• O critério de verdade está nos efeitos e consequências de uma ideia,
em sua eficácia, em seu êxito, no que depende, portanto, da
concretização dos resultados que espera obter.
• O movimento pragmatista propriamente dito teve origem nos Estados
Unidos, no final do século XIX, com: Charles Sanders Peirce, William
James, Ferdinand Canning Scott Schiller e John Dewey.
10.
11. • 5. RELATIVISMO
• A questão do relativismo é provavelmente tão velha quanto
a própria filosofia e discuti-la é discutir o próprio
empreendimento filosófico. Afinal, foi contra o relativismo
dos sofistas que a filosofia tomou seus contornos que
permanecem até hoje.
• O relativismo sempre foi uma ameaça à segurança que
muitos depositavam na razão e na sua capacidade de
estabelecer verdades e valores.
12. • 5. RELATIVISMO
• O relativista abandona a metafísica, pois toda verdade é
sempre uma verdade para uma determinada cultura.
• Protágoras, ao defender a tese de que “o homem é medida
de todas as coisas, parece comprometido com a tese
relativista de que tudo é relativo à pessoa que julga e que
todas as opiniões são verdadeiras na medida em que elas
aparecem de determinada maneira para cada um”.
• Fiel ao pragmatismo, proporá como critério da melhor
teoria a maior utilidade.
13. • 6. CETICISMO
(Pirro, Sexto empírico, Montaigne,
Nietzsche,...).
• Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem
algumas características específicas:
• Considerando a vida perturbada dos que se entregam à
busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma
nova verdade, os céticos buscam uma vida sem
perturbações, ataraxia, serenidade.
14. • 6. CETICISMO
(Pirro, Sexto empírico, Montaigne,
Nietzsche,...).
• Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem
algumas características específicas:
• Considerando a vida perturbada dos que se entregam à
busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma
nova verdade, os céticos buscam uma vida sem
perturbações, ataraxia, serenidade.
15. • 7. EXISTENCIALISMO
(Sören Kierkegaard, Jean Paul Sartre, Martin
Heidegger...).
• Tem na existência humana o seu foco.
• Existir é projetar-se, lançar-se, destinar-se, pois não foi predestinado...
• Por isso, a existência precede a essência.
• O mundo é uma realidade maior dentro da qual o ser humano é jogado
• Angústia é a experiência humana mais singular, decorrente da
necessidade de ter que decidir e da incerteza presente em toda
decisão. A vida autêntica consiste em viver e assumir a angústia.
• O homem não pode não decidir. Dizer que não tem escolha é má-fé,
uma desculpa.
• A vida é cruel e cega irracionalidade. O homem é guiado mais pela
paixão e pelos impulsos do que pela razão.
16.
17. • 8. POSITIVISMO
(Augusto Comte).
• O objeto tem uma verdade em si, captável e descrita somente pelo
método científico. Por isso, só a ciência é conhecimento verdadeiro
e seguro.
• Objetivismo da verdade: a verdade do objeto se impõe. Por isso,
não há espaço para a subjetividade e o erro.
• Em decorrência disso, o positivismo afirma a previsibilidade, uma
vez que se captam as leis de funcionamento da realidade.
• Lei dos três estágios da humanidade: Teológico (infância),
Metafísico (juventude) e Físico ou positivo (homem adulto que
superou as superstições).
18.
19. • 9. EMPIRISMO
(David Hume, John Locke, Berkeley).
• A fonte e o critério de conhecimento estão na experiência, nas
impressões. (Toda impressão/experiência sensível é particular.)
• A ideia é sempre originada, dependente da impressão. (Por isso, não
há ideia universal.)
• A pretensão/abstração de ideia universal deve-se ao habito de verificar
continuidades e regularidades na associação de experiências
particulares.
• Inferimos, mentalmente, uma conexão necessária, que a experiência
não nos dá; por isso, não é fonte de conhecimento. É muito mais uma
crença, um sentimento.
• Positivamente, o hábito é um guia para a nossa vida; mas não tem
nenhum fundamento qualquer proposição nossa relativa ao futuro.
22. • Os primeiros filósofos recebem a denominação de pré-
socratas.
• Em outras palavras, são aqueles homens que iniciam a
atividade reflexiva antes dos questionamentos de Sócrates.
• Esta denominação tanto serve para determinar o período
filosófico como também para marcar o tipo de pensamento
encontrado nesta época.
23. • São características deste momento:
• A compreensão da natureza, da origem do mundo e de
todas as coisas.
• A tentativa de explicar o mundo através da cosmologia.
• (a ciência que estuda a estrutura e evolução do Universo. O
uso do método científico, baseado em um conjunto de
observações que resultam em um modelo capaz de fazer
previsões que podem ser testadas experimentalmente.)
24. • São características deste momento:
• A negação do mito, ou seja, da cosmogonia (abrange todas
as teorias das origens do universo, sendo elas religiosas,
científicas e mitológicas.)
• O mito é traço marcante da cultura e base de todo o
conhecimento. Abandonar o mito é atividade questionável
e penosa, pois, colocava em jogo a racionalidade humana
frente à religiosidade humana;
• Explicação racional do mundo;
• Solução dos problemas entre realidade e a aparência, ou
seja, entre o mundo e Deus.
25. • Estas são características comuns do pensamento pré-
socrático, porém os pensadores tinham visões diferentes
do mundo e sempre abordavam de pontos de vista
diversos.
• Os principais representantes foram:
26. • Tales de Mileto (624-548 a.C.) "Água”.
• Fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É
o mais antigo filósofo grego.
• Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele ensinava
ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era
concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano.
• Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo,
pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua.
• Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem
a terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que
retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo
de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as
diversas formas de vida, vegetal e animal.
27.
28. • Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) "Ápeiron”.
• Geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e
sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como
princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron
(ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente
indeterminada.
• Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e
imortalidade, por um processo de separação ou "segregação”
derivam os diferentes corpos.
• Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron
(ilimitado).
• Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo
habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de
sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de
sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
29.
30. • Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) “Ar”.
• Segundo Anaxímenes, a arkhé (princípio) que comanda o
mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o
ápeiron, nem palpável demais como a água.
• Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é
respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a
pedra são formas cada vez mais condensadas do ar.
• As diversas coisas que existem, mesmo apresentando
qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações
quantitativas (mais raro, mais denso) desse único
elemento.
• Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o
ar.
31.
32.
33.
34. • Pitágoras de Samos (571-70 a.C) “Números”
• Fundador da escola pitagórica nasceu em Samos.
• A essência, o princípio essencial de que são compostas
todas as coisas, é o número, ou seja, as relações
matemáticas.
• Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e
matéria, substância das coisas, consideraram o número
como sendo a união de um e outro elemento.
• Da racional concepção de que tudo é regulado segundo
relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o
número seja a essência das coisas.
35.
36. • Zenão de Eléia (464/461 a.C) “Movimento”
• A característica de Zenão é a dialética (mudança).
• Ele é o mestre da Escola Eleática; nela seu puro
pensamento torna-se o movimento do conceito em si
mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética.
• "Afirmai vossa mudança: nela enquanto mudança é o nada
para ela, ou ela não é nada".
• Nisso consistia o movimento determinado, pleno para
aquela mudança;
• Zenão falou e voltou-se contra o movimento como tal ou
puro movimento.
37.
38.
39. • Demócrito “Átomos”
• Todas as coisas são inicialmente formadas a partir do
movimento. O movimento pressupõe que haja espaço.
• Para compreender do que são formadas todas as coisas seria
necessário subdividi-las em partes cada vez menores, por
exemplo, uma casa é composta por telhados, paredes, piso,
encanamentos e etc. Ao subdividir uma parede encontraríamos
tijolo, areia, cimento e assim por diante.
• Cada elemento deste subdividido leva necessariamente a um
outro tipo de elemento que o compõe, chega-se a um momento
em que encontramos algo extremamente pequeno e comum a
todos os elementos.
• Este pedaço seria athomo onde a partícula a representa a
negação e thomos representa parte; chegamos, portanto ao
conceito de átomo que seria a menor parte da matéria,
indivisível e presente em todos os corpos.
40.
41. • As diversas explicações desenvolvidas pelos pensadores
pré-socratas muitas vezes não chegam a soluções
definitivas, são aporias (pensamento que não possui
resposta) e levam a confusão, pois devem ser analisadas
dentro de um contexto.
• A partir do séc. V a.C. ocorre a consolidação da democracia
grega em Athenas e com isso o eixo do pensamento não
gira mais em torno da natureza e sim do homem e suas
relações.
• A esse segundo momento da filosofia clássica dá-se o
nome de período sistemático.
• A preocupação deste momento é organizar todo o
conhecimento desenvolvido até agora.