SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 42
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Correntes ou Concepções
Filosóficas
• A) CONCEPÇÃO DE HOMEM:
• Existencialismo, materialismo, irracionalismo.
• B) CONHECIMENTO:
• Racionalismo, pragmatismo, relativismo,
ceticismo, positivismo, empirismo.
• 1. RACIONALISMO / IDEALISMO
(Platão, Descartes, Hegel, Leibniz...).
• Absoluta confiança na razão, único critério de verdade.
• A verdade é possível de ser alcançada na medida em que se
permanece numa atividade intra-mental.
• “O real é racional” (Hegel)
• 2. MATERIALISMO
(Karl Marx).
• “Não é a consciência dos homens que determina a sua
consciência, mas ao contrário, é o seu ser social que
determina a sua consciência” (Marx).
• “Nós conhecemos somente uma ciência, a ciência da
história” (Marx e Engels).
• O homem não é o seu pensamento (idealismo), mas sua
relação social. É o meio (matéria) que faz o homem.
• 3. IRRACIONALISMO
(Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche).
• O irracionalismo enfatiza o papel do instinto, do
sentimento e da vontade, em oposição à razão.
• Ontologicamente (ser), o mundo não tem estrutura
racional, sentido ou propósito.
• Epistemologicamente (crença/conhecimento), a razão é
incapaz de apreender o universo sem distorções.
• 3. IRRACIONALISMO
(Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche).
• Sob a influência de Darwin e, mais tarde, de Freud, o
irracionalismo começou por explorar as raízes biológicas e
inconscientes da experiência humana.
• Para Schopenhauer, típico irracionalista do século XIX, o
voluntarismo - vontade cega e sem sentido a permear a existência -
expressava a essência da realidade.
• Charles Sanders Peirce e William James acreditavam que as ideias
deveriam ser consideradas não em termos lógicos, mas segundo
seus resultados práticos, ao serem transformadas em ação.
• 4. PRAGMATISMO
• O critério adotado para a construção das teorias deve ser o da maior
utilidade possível para as necessidades e interesses humanos.
• O conhecimento é concebido como essencialmente modificador da
realidade.
• O eixo central da teoria pragmatista é a ênfase na utilidade "prática"
da filosofia.
• O critério de verdade está nos efeitos e consequências de uma ideia,
em sua eficácia, em seu êxito, no que depende, portanto, da
concretização dos resultados que espera obter.
• O movimento pragmatista propriamente dito teve origem nos Estados
Unidos, no final do século XIX, com: Charles Sanders Peirce, William
James, Ferdinand Canning Scott Schiller e John Dewey.
• 5. RELATIVISMO
• A questão do relativismo é provavelmente tão velha quanto
a própria filosofia e discuti-la é discutir o próprio
empreendimento filosófico. Afinal, foi contra o relativismo
dos sofistas que a filosofia tomou seus contornos que
permanecem até hoje.
• O relativismo sempre foi uma ameaça à segurança que
muitos depositavam na razão e na sua capacidade de
estabelecer verdades e valores.
• 5. RELATIVISMO
• O relativista abandona a metafísica, pois toda verdade é
sempre uma verdade para uma determinada cultura.
• Protágoras, ao defender a tese de que “o homem é medida
de todas as coisas, parece comprometido com a tese
relativista de que tudo é relativo à pessoa que julga e que
todas as opiniões são verdadeiras na medida em que elas
aparecem de determinada maneira para cada um”.
• Fiel ao pragmatismo, proporá como critério da melhor
teoria a maior utilidade.
• 6. CETICISMO
(Pirro, Sexto empírico, Montaigne,
Nietzsche,...).
• Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem
algumas características específicas:
• Considerando a vida perturbada dos que se entregam à
busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma
nova verdade, os céticos buscam uma vida sem
perturbações, ataraxia, serenidade.
• 6. CETICISMO
(Pirro, Sexto empírico, Montaigne,
Nietzsche,...).
• Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem
algumas características específicas:
• Considerando a vida perturbada dos que se entregam à
busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma
nova verdade, os céticos buscam uma vida sem
perturbações, ataraxia, serenidade.
• 7. EXISTENCIALISMO
(Sören Kierkegaard, Jean Paul Sartre, Martin
Heidegger...).
• Tem na existência humana o seu foco.
• Existir é projetar-se, lançar-se, destinar-se, pois não foi predestinado...
• Por isso, a existência precede a essência.
• O mundo é uma realidade maior dentro da qual o ser humano é jogado
• Angústia é a experiência humana mais singular, decorrente da
necessidade de ter que decidir e da incerteza presente em toda
decisão. A vida autêntica consiste em viver e assumir a angústia.
• O homem não pode não decidir. Dizer que não tem escolha é má-fé,
uma desculpa.
• A vida é cruel e cega irracionalidade. O homem é guiado mais pela
paixão e pelos impulsos do que pela razão.
• 8. POSITIVISMO
(Augusto Comte).
• O objeto tem uma verdade em si, captável e descrita somente pelo
método científico. Por isso, só a ciência é conhecimento verdadeiro
e seguro.
• Objetivismo da verdade: a verdade do objeto se impõe. Por isso,
não há espaço para a subjetividade e o erro.
• Em decorrência disso, o positivismo afirma a previsibilidade, uma
vez que se captam as leis de funcionamento da realidade.
• Lei dos três estágios da humanidade: Teológico (infância),
Metafísico (juventude) e Físico ou positivo (homem adulto que
superou as superstições).
• 9. EMPIRISMO
(David Hume, John Locke, Berkeley).
• A fonte e o critério de conhecimento estão na experiência, nas
impressões. (Toda impressão/experiência sensível é particular.)
• A ideia é sempre originada, dependente da impressão. (Por isso, não
há ideia universal.)
• A pretensão/abstração de ideia universal deve-se ao habito de verificar
continuidades e regularidades na associação de experiências
particulares.
• Inferimos, mentalmente, uma conexão necessária, que a experiência
não nos dá; por isso, não é fonte de conhecimento. É muito mais uma
crença, um sentimento.
• Positivamente, o hábito é um guia para a nossa vida; mas não tem
nenhum fundamento qualquer proposição nossa relativa ao futuro.
PRÉ-SOCRATAS
• Os primeiros filósofos recebem a denominação de pré-
socratas.
• Em outras palavras, são aqueles homens que iniciam a
atividade reflexiva antes dos questionamentos de Sócrates.
• Esta denominação tanto serve para determinar o período
filosófico como também para marcar o tipo de pensamento
encontrado nesta época.
• São características deste momento:
• A compreensão da natureza, da origem do mundo e de
todas as coisas.
• A tentativa de explicar o mundo através da cosmologia.
• (a ciência que estuda a estrutura e evolução do Universo. O
uso do método científico, baseado em um conjunto de
observações que resultam em um modelo capaz de fazer
previsões que podem ser testadas experimentalmente.)
• São características deste momento:
• A negação do mito, ou seja, da cosmogonia (abrange todas
as teorias das origens do universo, sendo elas religiosas,
científicas e mitológicas.)
• O mito é traço marcante da cultura e base de todo o
conhecimento. Abandonar o mito é atividade questionável
e penosa, pois, colocava em jogo a racionalidade humana
frente à religiosidade humana;
• Explicação racional do mundo;
• Solução dos problemas entre realidade e a aparência, ou
seja, entre o mundo e Deus.
• Estas são características comuns do pensamento pré-
socrático, porém os pensadores tinham visões diferentes
do mundo e sempre abordavam de pontos de vista
diversos.
• Os principais representantes foram:
• Tales de Mileto (624-548 a.C.) "Água”.
• Fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É
o mais antigo filósofo grego.
• Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele ensinava
ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era
concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano.
• Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo,
pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua.
• Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem
a terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que
retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo
de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as
diversas formas de vida, vegetal e animal.
• Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) "Ápeiron”.
• Geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e
sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como
princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron
(ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente
indeterminada.
• Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e
imortalidade, por um processo de separação ou "segregação”
derivam os diferentes corpos.
• Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron
(ilimitado).
• Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo
habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de
sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de
sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
• Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) “Ar”.
• Segundo Anaxímenes, a arkhé (princípio) que comanda o
mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o
ápeiron, nem palpável demais como a água.
• Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é
respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a
pedra são formas cada vez mais condensadas do ar.
• As diversas coisas que existem, mesmo apresentando
qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações
quantitativas (mais raro, mais denso) desse único
elemento.
• Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o
ar.
• Pitágoras de Samos (571-70 a.C) “Números”
• Fundador da escola pitagórica nasceu em Samos.
• A essência, o princípio essencial de que são compostas
todas as coisas, é o número, ou seja, as relações
matemáticas.
• Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e
matéria, substância das coisas, consideraram o número
como sendo a união de um e outro elemento.
• Da racional concepção de que tudo é regulado segundo
relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o
número seja a essência das coisas.
• Zenão de Eléia (464/461 a.C) “Movimento”
• A característica de Zenão é a dialética (mudança).
• Ele é o mestre da Escola Eleática; nela seu puro
pensamento torna-se o movimento do conceito em si
mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética.
• "Afirmai vossa mudança: nela enquanto mudança é o nada
para ela, ou ela não é nada".
• Nisso consistia o movimento determinado, pleno para
aquela mudança;
• Zenão falou e voltou-se contra o movimento como tal ou
puro movimento.
• Demócrito “Átomos”
• Todas as coisas são inicialmente formadas a partir do
movimento. O movimento pressupõe que haja espaço.
• Para compreender do que são formadas todas as coisas seria
necessário subdividi-las em partes cada vez menores, por
exemplo, uma casa é composta por telhados, paredes, piso,
encanamentos e etc. Ao subdividir uma parede encontraríamos
tijolo, areia, cimento e assim por diante.
• Cada elemento deste subdividido leva necessariamente a um
outro tipo de elemento que o compõe, chega-se a um momento
em que encontramos algo extremamente pequeno e comum a
todos os elementos.
• Este pedaço seria athomo onde a partícula a representa a
negação e thomos representa parte; chegamos, portanto ao
conceito de átomo que seria a menor parte da matéria,
indivisível e presente em todos os corpos.
• As diversas explicações desenvolvidas pelos pensadores
pré-socratas muitas vezes não chegam a soluções
definitivas, são aporias (pensamento que não possui
resposta) e levam a confusão, pois devem ser analisadas
dentro de um contexto.
• A partir do séc. V a.C. ocorre a consolidação da democracia
grega em Athenas e com isso o eixo do pensamento não
gira mais em torno da natureza e sim do homem e suas
relações.
• A esse segundo momento da filosofia clássica dá-se o
nome de período sistemático.
• A preocupação deste momento é organizar todo o
conhecimento desenvolvido até agora.
Unidade 2 [01]   correntes ou concepções filosóficas

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
Alison Nunes
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
Alison Nunes
 

Was ist angesagt? (20)

Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - ObjetivaQuestões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
Questões de Filosofia - Ensino Médio - Discursiva - Objetiva
 
O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Senso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científicoSenso comum x conhecimento científico
Senso comum x conhecimento científico
 
Tipos de conhecimentos aula
Tipos de conhecimentos aulaTipos de conhecimentos aula
Tipos de conhecimentos aula
 
Slide história da educação - pdf
Slide   história da educação - pdfSlide   história da educação - pdf
Slide história da educação - pdf
 
Aula de filosofia
Aula de filosofia Aula de filosofia
Aula de filosofia
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Filosofia da educação
Filosofia da educaçãoFilosofia da educação
Filosofia da educação
 
Racionalismo x Empirismo
Racionalismo x EmpirismoRacionalismo x Empirismo
Racionalismo x Empirismo
 
Apostila de filosofia_1ºano_eja
Apostila de filosofia_1ºano_ejaApostila de filosofia_1ºano_eja
Apostila de filosofia_1ºano_eja
 
Lógica filosófica
Lógica filosóficaLógica filosófica
Lógica filosófica
 
Aula 21 filosofia da ciência
Aula 21   filosofia da ciênciaAula 21   filosofia da ciência
Aula 21 filosofia da ciência
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
 
Filosofia e Educação
Filosofia e EducaçãoFilosofia e Educação
Filosofia e Educação
 
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de  Frankfurt - Indústria CulturalEscola de  Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
 
Sócrates
SócratesSócrates
Sócrates
 
AULA SOBRE INDÚSTRIA CULTURAL - Prof. Noe Assunção - Colégio Estadual Roselân...
AULA SOBRE INDÚSTRIA CULTURAL - Prof. Noe Assunção - Colégio Estadual Roselân...AULA SOBRE INDÚSTRIA CULTURAL - Prof. Noe Assunção - Colégio Estadual Roselân...
AULA SOBRE INDÚSTRIA CULTURAL - Prof. Noe Assunção - Colégio Estadual Roselân...
 
Racionalismo e empirismo
Racionalismo e empirismoRacionalismo e empirismo
Racionalismo e empirismo
 

Andere mochten auch (7)

Filosofía Existencialista
Filosofía ExistencialistaFilosofía Existencialista
Filosofía Existencialista
 
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo I
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo IIntrodução ao Direito Constitucional - Módulo I
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo I
 
Leadership Education and Development spotlight on Peter Swanson
Leadership Education and Development spotlight on Peter SwansonLeadership Education and Development spotlight on Peter Swanson
Leadership Education and Development spotlight on Peter Swanson
 
Ceticismo slides 21 mp
Ceticismo   slides 21 mpCeticismo   slides 21 mp
Ceticismo slides 21 mp
 
helenismo
helenismohelenismo
helenismo
 
Racionalismo, empirismo e iluminismo vanessa 25 tp
Racionalismo, empirismo e iluminismo vanessa 25 tpRacionalismo, empirismo e iluminismo vanessa 25 tp
Racionalismo, empirismo e iluminismo vanessa 25 tp
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 

Ähnlich wie Unidade 2 [01] correntes ou concepções filosóficas

Slides Antropologia
Slides AntropologiaSlides Antropologia
Slides Antropologia
Misterios10
 
Evolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humanaEvolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humana
LAISE RUAMA
 
Colégio estadual visconde de bom retiro 21mp
Colégio  estadual visconde de bom retiro 21mpColégio  estadual visconde de bom retiro 21mp
Colégio estadual visconde de bom retiro 21mp
Alexandre Misturini
 

Ähnlich wie Unidade 2 [01] correntes ou concepções filosóficas (20)

A filosofia
A filosofiaA filosofia
A filosofia
 
Dos pré socráticos ao medievais
Dos pré socráticos ao medievaisDos pré socráticos ao medievais
Dos pré socráticos ao medievais
 
A evolução da reflexão humana.
A evolução da reflexão humana.A evolução da reflexão humana.
A evolução da reflexão humana.
 
5.0 PERÍODOS E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO GREGA.ppt
5.0 PERÍODOS E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO GREGA.ppt5.0 PERÍODOS E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO GREGA.ppt
5.0 PERÍODOS E CAMPOS DA INVESTIGAÇÃO GREGA.ppt
 
O conhecimento filosófico
O conhecimento filosóficoO conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico
 
Socio 23 mp
Socio 23 mpSocio 23 mp
Socio 23 mp
 
Johannes Hessen 06-06.pptx
Johannes Hessen  06-06.pptxJohannes Hessen  06-06.pptx
Johannes Hessen 06-06.pptx
 
SLIDES_empirismo e racionalismo.ppt
SLIDES_empirismo e racionalismo.pptSLIDES_empirismo e racionalismo.ppt
SLIDES_empirismo e racionalismo.ppt
 
FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
 FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
FILOSOFIA E CIÊNCIA - 2 ANO
 
Slides Antropologia
Slides AntropologiaSlides Antropologia
Slides Antropologia
 
Filosofia - teoria do conhecimento na modernidade
Filosofia  - teoria do conhecimento na modernidadeFilosofia  - teoria do conhecimento na modernidade
Filosofia - teoria do conhecimento na modernidade
 
Racionalismo lascrael 21 mp
Racionalismo lascrael 21 mpRacionalismo lascrael 21 mp
Racionalismo lascrael 21 mp
 
Filosofia thais 24 tp
Filosofia thais 24 tpFilosofia thais 24 tp
Filosofia thais 24 tp
 
Evolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humanaEvolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humana
 
O conhecimento
O conhecimentoO conhecimento
O conhecimento
 
Dos presocraticos a aristóteles
Dos presocraticos a aristótelesDos presocraticos a aristóteles
Dos presocraticos a aristóteles
 
Pre socraticos à Aristóteles
Pre socraticos à AristótelesPre socraticos à Aristóteles
Pre socraticos à Aristóteles
 
Colégio estadual visconde de bom retiro 21mp
Colégio  estadual visconde de bom retiro 21mpColégio  estadual visconde de bom retiro 21mp
Colégio estadual visconde de bom retiro 21mp
 
1 aula - fil. impressão.pptx
1 aula - fil. impressão.pptx1 aula - fil. impressão.pptx
1 aula - fil. impressão.pptx
 
Texto períodos da filosofia
Texto   períodos da filosofiaTexto   períodos da filosofia
Texto períodos da filosofia
 

Kürzlich hochgeladen

ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
azulassessoria9
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
AULÃO de Língua Portuguesa para o Saepe 2022
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 

Unidade 2 [01] correntes ou concepções filosóficas

  • 2. • A) CONCEPÇÃO DE HOMEM: • Existencialismo, materialismo, irracionalismo. • B) CONHECIMENTO: • Racionalismo, pragmatismo, relativismo, ceticismo, positivismo, empirismo.
  • 3. • 1. RACIONALISMO / IDEALISMO (Platão, Descartes, Hegel, Leibniz...). • Absoluta confiança na razão, único critério de verdade. • A verdade é possível de ser alcançada na medida em que se permanece numa atividade intra-mental. • “O real é racional” (Hegel)
  • 4.
  • 5. • 2. MATERIALISMO (Karl Marx). • “Não é a consciência dos homens que determina a sua consciência, mas ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência” (Marx). • “Nós conhecemos somente uma ciência, a ciência da história” (Marx e Engels). • O homem não é o seu pensamento (idealismo), mas sua relação social. É o meio (matéria) que faz o homem.
  • 6.
  • 7. • 3. IRRACIONALISMO (Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche). • O irracionalismo enfatiza o papel do instinto, do sentimento e da vontade, em oposição à razão. • Ontologicamente (ser), o mundo não tem estrutura racional, sentido ou propósito. • Epistemologicamente (crença/conhecimento), a razão é incapaz de apreender o universo sem distorções.
  • 8. • 3. IRRACIONALISMO (Darwin, Freud, Schopenhauer, Nietzsche). • Sob a influência de Darwin e, mais tarde, de Freud, o irracionalismo começou por explorar as raízes biológicas e inconscientes da experiência humana. • Para Schopenhauer, típico irracionalista do século XIX, o voluntarismo - vontade cega e sem sentido a permear a existência - expressava a essência da realidade. • Charles Sanders Peirce e William James acreditavam que as ideias deveriam ser consideradas não em termos lógicos, mas segundo seus resultados práticos, ao serem transformadas em ação.
  • 9. • 4. PRAGMATISMO • O critério adotado para a construção das teorias deve ser o da maior utilidade possível para as necessidades e interesses humanos. • O conhecimento é concebido como essencialmente modificador da realidade. • O eixo central da teoria pragmatista é a ênfase na utilidade "prática" da filosofia. • O critério de verdade está nos efeitos e consequências de uma ideia, em sua eficácia, em seu êxito, no que depende, portanto, da concretização dos resultados que espera obter. • O movimento pragmatista propriamente dito teve origem nos Estados Unidos, no final do século XIX, com: Charles Sanders Peirce, William James, Ferdinand Canning Scott Schiller e John Dewey.
  • 10.
  • 11. • 5. RELATIVISMO • A questão do relativismo é provavelmente tão velha quanto a própria filosofia e discuti-la é discutir o próprio empreendimento filosófico. Afinal, foi contra o relativismo dos sofistas que a filosofia tomou seus contornos que permanecem até hoje. • O relativismo sempre foi uma ameaça à segurança que muitos depositavam na razão e na sua capacidade de estabelecer verdades e valores.
  • 12. • 5. RELATIVISMO • O relativista abandona a metafísica, pois toda verdade é sempre uma verdade para uma determinada cultura. • Protágoras, ao defender a tese de que “o homem é medida de todas as coisas, parece comprometido com a tese relativista de que tudo é relativo à pessoa que julga e que todas as opiniões são verdadeiras na medida em que elas aparecem de determinada maneira para cada um”. • Fiel ao pragmatismo, proporá como critério da melhor teoria a maior utilidade.
  • 13. • 6. CETICISMO (Pirro, Sexto empírico, Montaigne, Nietzsche,...). • Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem algumas características específicas: • Considerando a vida perturbada dos que se entregam à busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma nova verdade, os céticos buscam uma vida sem perturbações, ataraxia, serenidade.
  • 14. • 6. CETICISMO (Pirro, Sexto empírico, Montaigne, Nietzsche,...). • Em comunhão com os relativistas, os céticos trazem algumas características específicas: • Considerando a vida perturbada dos que se entregam à busca pela paz, uma vez que sempre se deparam com uma nova verdade, os céticos buscam uma vida sem perturbações, ataraxia, serenidade.
  • 15. • 7. EXISTENCIALISMO (Sören Kierkegaard, Jean Paul Sartre, Martin Heidegger...). • Tem na existência humana o seu foco. • Existir é projetar-se, lançar-se, destinar-se, pois não foi predestinado... • Por isso, a existência precede a essência. • O mundo é uma realidade maior dentro da qual o ser humano é jogado • Angústia é a experiência humana mais singular, decorrente da necessidade de ter que decidir e da incerteza presente em toda decisão. A vida autêntica consiste em viver e assumir a angústia. • O homem não pode não decidir. Dizer que não tem escolha é má-fé, uma desculpa. • A vida é cruel e cega irracionalidade. O homem é guiado mais pela paixão e pelos impulsos do que pela razão.
  • 16.
  • 17. • 8. POSITIVISMO (Augusto Comte). • O objeto tem uma verdade em si, captável e descrita somente pelo método científico. Por isso, só a ciência é conhecimento verdadeiro e seguro. • Objetivismo da verdade: a verdade do objeto se impõe. Por isso, não há espaço para a subjetividade e o erro. • Em decorrência disso, o positivismo afirma a previsibilidade, uma vez que se captam as leis de funcionamento da realidade. • Lei dos três estágios da humanidade: Teológico (infância), Metafísico (juventude) e Físico ou positivo (homem adulto que superou as superstições).
  • 18.
  • 19. • 9. EMPIRISMO (David Hume, John Locke, Berkeley). • A fonte e o critério de conhecimento estão na experiência, nas impressões. (Toda impressão/experiência sensível é particular.) • A ideia é sempre originada, dependente da impressão. (Por isso, não há ideia universal.) • A pretensão/abstração de ideia universal deve-se ao habito de verificar continuidades e regularidades na associação de experiências particulares. • Inferimos, mentalmente, uma conexão necessária, que a experiência não nos dá; por isso, não é fonte de conhecimento. É muito mais uma crença, um sentimento. • Positivamente, o hábito é um guia para a nossa vida; mas não tem nenhum fundamento qualquer proposição nossa relativa ao futuro.
  • 20.
  • 22. • Os primeiros filósofos recebem a denominação de pré- socratas. • Em outras palavras, são aqueles homens que iniciam a atividade reflexiva antes dos questionamentos de Sócrates. • Esta denominação tanto serve para determinar o período filosófico como também para marcar o tipo de pensamento encontrado nesta época.
  • 23. • São características deste momento: • A compreensão da natureza, da origem do mundo e de todas as coisas. • A tentativa de explicar o mundo através da cosmologia. • (a ciência que estuda a estrutura e evolução do Universo. O uso do método científico, baseado em um conjunto de observações que resultam em um modelo capaz de fazer previsões que podem ser testadas experimentalmente.)
  • 24. • São características deste momento: • A negação do mito, ou seja, da cosmogonia (abrange todas as teorias das origens do universo, sendo elas religiosas, científicas e mitológicas.) • O mito é traço marcante da cultura e base de todo o conhecimento. Abandonar o mito é atividade questionável e penosa, pois, colocava em jogo a racionalidade humana frente à religiosidade humana; • Explicação racional do mundo; • Solução dos problemas entre realidade e a aparência, ou seja, entre o mundo e Deus.
  • 25. • Estas são características comuns do pensamento pré- socrático, porém os pensadores tinham visões diferentes do mundo e sempre abordavam de pontos de vista diversos. • Os principais representantes foram:
  • 26. • Tales de Mileto (624-548 a.C.) "Água”. • Fenício de origem, é considerado o fundador da escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. • Tales não deixou nada escrito, mas sabemos que ele ensinava ser a água a substância única de todas as coisas. A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. • Cultivou também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do sol e da lua. • Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá origem a terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva quando novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra) nascem as diversas formas de vida, vegetal e animal.
  • 27.
  • 28. • Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) "Ápeiron”. • Geógrafo, matemático, astrônomo e político, discípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada. • Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e imortalidade, por um processo de separação ou "segregação” derivam os diferentes corpos. • Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o ápeiron (ilimitado). • Atribui-se a Anaximandro a confecção de um mapa do mundo habitado, a introdução na Grécia do uso do gnômon (relógio de sol) e a medição das distâncias entre as estrelas e o cálculo de sua magnitude (é o iniciador da astronomia grega).
  • 29.
  • 30. • Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) “Ar”. • Segundo Anaxímenes, a arkhé (princípio) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. • Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. • As diversas coisas que existem, mesmo apresentando qualidades diferentes entre si, reduzem-se a variações quantitativas (mais raro, mais denso) desse único elemento. • Anaxímenes julga que o elemento primordial das coisas é o ar.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. • Pitágoras de Samos (571-70 a.C) “Números” • Fundador da escola pitagórica nasceu em Samos. • A essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. • Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento. • Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.
  • 35.
  • 36. • Zenão de Eléia (464/461 a.C) “Movimento” • A característica de Zenão é a dialética (mudança). • Ele é o mestre da Escola Eleática; nela seu puro pensamento torna-se o movimento do conceito em si mesmo, a alma pura da ciência - é o iniciador da dialética. • "Afirmai vossa mudança: nela enquanto mudança é o nada para ela, ou ela não é nada". • Nisso consistia o movimento determinado, pleno para aquela mudança; • Zenão falou e voltou-se contra o movimento como tal ou puro movimento.
  • 37.
  • 38.
  • 39. • Demócrito “Átomos” • Todas as coisas são inicialmente formadas a partir do movimento. O movimento pressupõe que haja espaço. • Para compreender do que são formadas todas as coisas seria necessário subdividi-las em partes cada vez menores, por exemplo, uma casa é composta por telhados, paredes, piso, encanamentos e etc. Ao subdividir uma parede encontraríamos tijolo, areia, cimento e assim por diante. • Cada elemento deste subdividido leva necessariamente a um outro tipo de elemento que o compõe, chega-se a um momento em que encontramos algo extremamente pequeno e comum a todos os elementos. • Este pedaço seria athomo onde a partícula a representa a negação e thomos representa parte; chegamos, portanto ao conceito de átomo que seria a menor parte da matéria, indivisível e presente em todos os corpos.
  • 40.
  • 41. • As diversas explicações desenvolvidas pelos pensadores pré-socratas muitas vezes não chegam a soluções definitivas, são aporias (pensamento que não possui resposta) e levam a confusão, pois devem ser analisadas dentro de um contexto. • A partir do séc. V a.C. ocorre a consolidação da democracia grega em Athenas e com isso o eixo do pensamento não gira mais em torno da natureza e sim do homem e suas relações. • A esse segundo momento da filosofia clássica dá-se o nome de período sistemático. • A preocupação deste momento é organizar todo o conhecimento desenvolvido até agora.