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Resumo
Relevância Clínica
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
RETRATAMENTO: PROTAPER PARA RETRATAMENTO X TÉCNICA HÍBRIDA
MANUAL
Retreatment: protaper x hibrid manual technique
Gilson Blitzkow Sydney*, Alexandre Kowalczuck**, Marili Doro Deonizio***, Antonio Batista****,
José Mirabeau de Oliveira Ramos*****, Rossana Travassos******.
* Prof. Titular de Endodontia – UFPR, Doutor em Endodontia – FOUSP,Coordenador do Curso de Especia-
lização em Endodontia – UFPR.
** Especialista em Endodontia – UFPR, Instrutor Voluntário da Disciplina de Endodontia B – UFPR – Pro-
grama de Educação Continuada.
*** Prof Adjunta da Disciplina de Endodontia B - UFPR. Doutora em Endodontia-FOUSP, Prof do Curso de
Especialização em Endodontia – UFPR..
**** Prof. Assistente da Disciplina de Endodontia B – UFPR. Prof. Do Curso de Especialização em Endo-
dontia – UFPR, Doutorando em Endodontia-FPO-Piracicaba-UNICAMP.
***** Prof. Assistente da Disciplina de Endodontia – UFSE. Mestre em Endodontia. Prof. Do curso de Es-
pecialização em Endodontia – ABO-SE.
****** Prof Adjunta da Disciplina de Endodontia da UPE. Doutora em Endodontia – UPE. Professora do
Programa de pós-graduação da UPE. Coordenadora do curso de Especialização em Endodontia da ABO-AL.
Endereço para correspondência: Prof. Dr. Gilson Blitzkow Sydney
Rua da Gloria, 314, cj. 23
CEP 80030060 – Curitiba – Paraná
41-3253-4616 gsydney@bbs2.sul.com.br
	 Um dos pontos críticos do retratamento é a remoção do material obturador. Recentemente, a série
Protaper sofreu mudanças incluindo instrumentos destinados à remoção do material obturador. Instrumen-
tos destinados ao acesso radicular nos sistemas rotatórios contínuos como Pré-Race, passaram a ser fabri-
cados em aço inox permitindo sua utilização nos contra-ângulos comuns possibilitando inclusive auxiliar na
remoção do material obturador no terço cervical. Conhecer a efetividade destes instrumentos disponíveis no
mercado é fundamental para viabilizar a sua aplicação clínica.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de remoção do material obturador nos retratamentos
com o sistema Protaper Universal –Retratamento e com técnica híbrida manual auxiliada pelos instrumentos
Pré-Race. Foram selecionados vinte e quatro dentes humanos incisivos inferiores com comprimentos entre
19 e 21mm os quais foram preparados e obturados, e armazenados em ambiente de umidade relativa de
100% por 180 dias. Completado este período, os dentes foram radiografados individualmente no sentido
mesio-distal e vestíbulo-lingual e divididos aleatoriamente em dois grupos. Os dentes do Grupo 1 foram
desobturados empregando-se os instrumentos Protaper Universal - Retratamento, D1, D2 e D3 seguindo-
se o preparo com instrumentos F1 e F2; no Grupo 2 os dentes foram desobturados empregando-se técnica
híbrida manual com auxilio dos instrumentos Pré-Race. Os dentes foram novamente radiografados em am-
bos os sentidos, as imagens digitalizadas e a medição linear das paredes foram realizados pelo software
Image Tool 3.0. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes no remanescente quando
Protaper Universal – Retratamento foi empregado e com o uso de F1 e F2 em ambos os sentidos. A técnica
híbrida manual apresentou melhores resultados.
PALAVRAS CHAVE: retratamento, material obturador, Protaper, Pre-Race.
166
abstract
Introdução
	 The aim of this study was to evaluate the ability of the Protaper Retreatment and a hybrid manual
technique on removing the root canal filling during retreatment. Twenty-four human incisors teeth were se-
lected, prepared and filled with gutta-percha and Endo Fill cement in a lateral condensation technique and
stored for 180 days. The teeth were radiographed mesio-distally and bucco-lingually , and digitalized. The
teeth were divided into two groups. In Group 1 retreatment were performed with the Protaper Universal – Re-
treatment D1, D2 and D3. An x-ray showed the remaining of endodontic filling material. A Protaper F1 and
F2 were used to complete the removal. In group 2 hybrid manual techniques with Pré-Race instruments for
the radicular access were performed. Before and after retreatment the x-rays were digitalized and the linear
rate determined with the Image Tool 3.0 software. The results showed statistically difference between the
remaining filling material when Protaper Universal – Retreatment was employed and when Protaper F1 and
F2 in both view. Hybrid manual technique showed the best results when compared with the use of PT-R F1
and F2 but showed similar results when compared to Protaper Universal Retreatment.
KEY WORDS: Retreatment, filling material, Protaper, Pre-Race.
	 Quando do insucesso da terapia endodôn-
tica, a principal causa é a persistência de infecção
no sistema de canais radiculares. A reintervenção
endodôntica é a opção de escolha na grande maio-
ria dos casos, com o objetivo de estabelecer con-
dições favoráveis ao processo reparador. Tal ob-
jetivo só é alcançado primeiro, com a remoção do
material obturador e de possíveis corpos estranhos
e a retomada do trajeto original do canal radicular
1
. Acorde Friedman et al.2
, a necessidade de re-
moção do material obturador é a grande diferença
entre a terapia endodôntica normal e o retratamen-
to, que aliados a uma condição anatômica aliada
a possíveis iatrogenias, intimidam muitas vezes o
operador.
	 O retratamento endodôntico pode variar
desde um procedimento simples a bem complexo,
podendo exigir um tempo bem significativo para a
sua realização. Os pontos críticos do retratamento
envolvem praticamente todas as etapas da tera-
pia endodôntica como a correção da cavidade de
acesso, a remoção do material obturador em sí, a
determinação do novo limite apical de trabalho, o
novo limite lateral do preparo e a medicação intra-
canal a ser empregada, a curto ou a longo prazo 1
.
	 Na grande maioria dos retratamentos, o
canal radicular está obturado com cones de guta-
percha e cimento, de modo que as dificuldades
na sua remoção têm sido menores uma vez que a
guta-percha por ser um polímero de hidrocarbone-
to (metilbutadieno ou isopreno), e é relativamente
fácil de ser removida. Assim o esvaziamento pode
ser realizado por meios mecânicos, térmicos, quí-
micos ou combinação destes. Acorde Lopes e Si-
queira (2004) 3
a escolha do método de remoção
não depende da técnica de obturação empregada,
mas sim da qualidade da condensação, da anato-
mia do canal radicular e do limite apical da obtura-
ção.
	 Tem se constituído em excelentes auxilia-
res da desobturação as limas tipo K modificadas
(pontas Lu) 1
, os instrumentos rotatórios como as
brocas de Gates-Glidden e de Largo e os sistemas
automatizados.
	 Novos instrumentos destinados ao acesso
radicular como as brocas CP DRill e os instrumen-
tos Pré-Race de aço inox, tem sido introduzidos
como substitutos das brocas de Gates-Glidden 4
.
Na remoção do material obturador estes também
têm sido eficientes devido a suas características.
	 Buscando tornar a automação ainda mais
efetiva, a Dentsply-Maillefer promoveu mudanças
no sistema Protaper, introduzindo o Protaper Uni-
versal, incluindo instrumentos próprios para o re-
tratamento: D1 destinado a remoção do material
obturador do terço cervical, D2 para o terço médio
e D3 para a remoção do material obturador do ter-
ço apical.
	 Vários estudos têm reportado o uso de ins-
trumentos rotatórios contínuos com variações téc-
nicas para a remoção do material obturador. Schirr-
meister et al (2005) 5
ao avaliarem a efetividade
da remoção da guta-percha em canais curvos nos
retratamentos empregando técnica manual, Flex-
Master, Protaper e Race observaram que a técnica
manual e a com FlexMaster denotaram maiores
áreas de remanescentes da obturação e que o sis-
tema Race evidenciou melhores resultados do que
Protaper quanto à capacidade de limpeza, embora
tenha sido mais lento e tenha apresentado o me-
nor risco de fraturas. De Carvalho Maciel; Scelza
(2006) 6
numa análise radiográfica concluíram que
os sistemas K3 e Protaper foram mais eficientes
que a técnica manual na remoção do material
167
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
obturador. Resultado semelhante foi obtido por
Saad et al (2007) 7
.
	 Huang et al (2007) 8
ao avaliarem a extru-
são apical promovida pelo Protaper Universal para
retratamento, concluíram que sem o emprego de
solvente foi o que apresentou os melhores resulta-
dos. Tasdemir et al (2008) 9
avaliaram a eficiência
de três diferentes instrumentos rotatórios na re-
moção do material obturador e concluíram que o
sistema Protaper apresentou as menores médias
de material remanescente nas paredes dos canais
radiculares. Entretanto, os instrumentos emprega-
dos foram F1, F2 e F3 e não aqueles destinados ao
retratamento.
	 Somma et al. (2008)10
ao empregarem os
instrumentos Protaper para o retratamento na re-
moção de diferentes materiais obturadores con-
cluíram que este promoveu maior extrusão apical.
Gu et al (2008)11
ao estudarem o sistema Protaper
Universal- Retratamento concluíram que todas as
técnicas testadas deixaram entre 10% e 17% da
superfície dos canais coberta por material obtura-
dor. Nos terços médio e apical, os espécimes do
grupo do Protaper para retratamento tiveram a me-
nor porcentagem de remanescente.
	 Frente à divergência de resultados presen-
tes na literatura, o presente estudo teve por finali-
dade analisar a capacidade de remoção do material
obturador quando do emprego dos instrumentos
Protaper Universal-Retratamento, comparando-o
com a técnica híbrida manual.
MATERIAL E MÉTODOS
	 Foram selecionados vinte e quatro dentes
humanos incisivos inferiores provenientes do Ban-
do de dentes do Centro de Pesquisa Odontológica
de Goiás (CEPOGO), cujo projeto de pesquisa foi
aprovado pelo Comitê de Ética do Setor de Ciên-
cias da Saúde da UFPR. Os dentes foram radio-
grafados para verificar ausência de calcificações e
intervenções prévias, apresentando comprimentos
que variaram de 19 a 21 mm.
	 Em seguida as cavidades de acesso fo-
ram realizadas com brocas diamantadas esféricas
n°1012 (KG Sorensen) em alta-rotação na execu-
ção da pré-cavidade e n° 3080 (MKS) para a reali-
zação da forma de conveniência. As câmaras coro-
nárias foram irrigadas e inundadas com solução de
hipoclorito de sódio 1%, e de posse de limas tipo
K (Dentsply-Maillefer) #10 e 15 pré-curvadas reali-
zaram-se a exploração e esvaziamento dos canais
radiculares, através de movimentos oscilatórios de
pequena amplitude, seguido de farta irrigação-as-
piração. Uma lima #10 foi introduzida no canal radi-
cular e no momento em que apontava no forame, o
comprimento do instrumento era demarcado atra-
vés de cursores de silicone e a medida de trabalho
determinada com o recuo de 1mm.
	 Instrumentos CP Drill (Injecta) foram empre-
gados para a realização do acesso radicular atra-
vés de movimentos em tração oblíqua buscando
tocar todas as paredes, seguida de farta irrigação e
aspiração. O preparo dos canais radiculares foi re-
alizado com técnica de ampliação reversa acorde
Batista; Sydney 200012
. A ampliação reversa iniciou
com um instrumento tipo K #50 (Dentsply-Maillefer)
e movimentos oscilatórios de leve pressão apical,
complementados com tração oblíqua diminuindo-
se o calibre do instrumento até aquele que atingis-
se a medida de trabalho sendo denominado instru-
mento do diâmetro anatômico clínico. A partir deste
os canais radiculares foram ampliados até dois ou
três instrumentos, o qual se constituiu na máxima
lima apical.
	 Durante todo o preparo, após cada instru-
mento os canais radiculares foram irrigados com
3 ml de solução de hipoclorito de sódio 1% (Far-
madoctor). Completada esta etapa os canais ra-
diculares foram secos com pontas de aspiração
capillary tips (Ultradent) e pontas de papel absor-
vente (Dentsply-Maillefer).
	 Para a obturação dos canais radiculares
utilizou-se com cones de guta-percha (Dentsply-
Maillefer) e cimento Endofill (Dentsply-Maillefer)
com técnica de condensação lateral. Após o corte
dos cones e limpeza da cavidade com Xilol a cavi-
dade de acesso foi selada com cimento Coltosol.
Os dentes foram armazenados em ambiente de
umidade relativa de 100% por 180 dias.
	 Completado este período seus selamentos
foram removidos, os dentes radiografados individu-
almente no sentido mesio-distal e vestíbulo-lingual
e divididos aleatoriamente em dois grupos de 12
espécimes, constituindo-se os Grupos 1 e 2. Os
dentes do Grupo 1 tiveram o material obturador
removido empregando os instrumentos do sistema
Protaper Universal – Retratamento (D1, D2 e D3) e
os dentes do Grupo 2 através de técnica manual.
	 A remoção do material obturador dos den-
tes do Grupo 1 foi realizada com os instrumentos
Protaper Universal - Retratamento obedecendo aos
seguintes passos, acorde sugestão do fabricante:
	 1. Instrumento D1 foi empregado com mo-
vimento de penetração de 3-4 mm na massa ob-
turadora seguido de tração oblíqua, com o intuito
de penetrar no material obturador e promover sua
remoção em todas as paredes. No momento em
que não havia mais evidências de material obtura-
dor sendo visualizado na cavidade de acesso e de
aderência ao instrumento, seu uso foi cessado.
.
168
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
2. Para a remoção do conteúdo do terço mé-
dio do canal radicular, o instrumento D2 teve sua
ação estabelecida entre 15 e 17 mm. A cinemática
da instrumentação foi a mesma definida para D1,
atentando para um controle da força empregada
em sentido apical em função das diferenças estru-
turais dos instrumentos (D1 com ponta ativa / D2
ponta inativa).
	 3. O instrumento D3 foi ajustado em fun-
ção do comprimento de trabalho de cada uma das
amostras (variando entre 18 e 20 mm). Sua utiliza-
ção seguiu o padrão de instrumentação adotado:
pequeno avanço em direção apical com retirada
em viés, tentando tocar todas as paredes até não
haver mais desprendimento de material obturador.
	 4. Com a finalidade de avaliar a presença
de material obturador remanescente, radiografias
periapicais foram realizadas nos sentidos mésio-
distal e vestíbulo-lingual.
	 5. Para complementar o repreparo dos den-
tes, o instrumento F1 foi empregado, seguido de
radiografias periapicais nos sentidos mésio-distal e
vestíbulo-lingual efetuadas ao término de sua utili-
zação.
	 6. A reinstrumentação rotatória foi concluída
com a utilização do instrumento F2 e da realização
de tomadas radiográficas em ambos os sentidos.
Para tal, empregou-se um motor elétrico com con-
trole de torque e reversor de sentido de rotação
automático (Endo-Plus – Driller), com velocidade
de 400 rpm. Novamente as amostras foram acon-
dicionadas em estojo plástico identificado e nume-
radas.
	 A remoção do material obturador dos den-
tes do Grupo 2 foi realizada com técnica híbrida
proposta por Sydney;Batista (2006) 1
, obedecendo
o seguintes passos:
	 1. Para a remoção do material obturador no
terço cervical empregou-se o instrumento Pré-Race
# 40/0.10 de aço inox, acionado com motor Driller
Endo-Plus com 400 rpm, dirigido de encontro ao
material obturador, e buscando tocar todas as pa-
redes, realizando a desobturação do terço cervical
até que não se verificasse mais a presença de ma-
terial na câmara pulpar e no instrumento.
	 2. A remoção do material do terço médio foi
realizada com o instrumento Pré-Race # 35/0.08
sempre penetrando poucos milímetros (2 a 3mm)
e sendo orientado a trabalhar em todas as pare-
des até que não houvesse mais desprendimento
de material obturador.
	 3. Limas tipo K # 10, # 15 e # 20 com pontas
modificadas (pontas Lu)1 foram empregadas para
favorecer a penetração do agente solvente (óleo
de laranja – Citrol – Fórmula & Ação-SP) no interior
da massa obturadora, em movimento oscilatório de
¼ de volta à direita e à esquerda com penetração
de 2 a 3 mm. Em seguida limas manuais tipo K (2ª
série) foram ajustadas no comprimento de traba-
lho. Através de movimentos oscilatórios com leve
pressão apical associados ao movimento de tração
em viés, o remanescente de material obturador era
removido iniciando pelo instrumento # 50.
	 4. À medida que este avançava 2 a 3 mm,
um instrumento de diâmetro imediatamente inferior
era selecionado e o processo repetido, com farta
irrigação de solução de hipoclorito de sódio 1%, as-
piração e renovação do solvente.
	 5. Uma vez alcançada a medida de traba-
lho, na quase totalidade dos casos com um instru-
mento # 35, procedeu-se a realização da patência
foraminal com limas # 10 e # 15.
	 Os dentes foram individualmente radiogra-
fados no sentido mésio-distal e vestíbulo-lingual e
as radiografias de ambos os grupos processadas
e digitalizadas com Scanner Polaroid Sprint Scan
em resolução de 300 dpi. As imagens foram anali-
sadas por meio do software Image Tool 3.0 para a
medição linear das paredes dos canais em ambos
os sentidos e as respectivas medidas registradas
em protocolo padrão. As imagens pós remoção do
material obturador tiveram o mesmo tipo de análi-
se, registrando-se, entretanto, somente os pontos
de material obturador remanescente nas paredes
dos canais radiculares.
Os dados foram tabulados e submetidos a análise
estatística por meio do teste de Kruskal-Wallis p<
0.05.
RESULTADOS
	 Os resultados encontram-se expressos nas
tabelas 1 e 2 e no gráfico 1.
	
	 A tabela 1 aponta os dados do Rank médio,
da média de obturação inicial, a média remanes-
cente de obturação, a porcentagem do material ob-
turador remanescente e o desvio padrão de todos
os grupos e sentido de observação. A tabela 2 de-
nota as comparações múltiplas entre os tratamen-
tos realizados e o resultado da análise estatística.
O gráfico 1 apresenta um demonstrativo geral do
remanescente de material obturador dos tratamen-
tos realizados.
	 Nossos resultados apontam para melhores
resultados obtidos com a técnica manual híbrida,
tanto no sentido MD como no VL. A remoção com
instrumentos Protaper D1, D2 e D3 representou
57,88% no sentido MD e 36,32% no sentido VL,
enquanto que a técnica manual híbrida atingiu per-
centuais de 87,27% (MD) e 61,73% no VL.
169
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
Técnica e instrumento
utilizado / Sentido de
observação
n Rank
médio
Média obturação
inicial
Média
Remanescente
de obturação
%
Remoção
de material
obturador
SD
PT-R / D3 - MD 12 29,58 7,29 3,07 57,88 16,03
PT-R D3 - VL 12 30,00 6,18 3,98 36,32 15,78
PT-R F1 - MD 12
13,25
- 2,42 21,11 16,25
PT F1 - VL 12 15,50 - 3,46 9,29 5,29
PT F2 – MD 12 12,83 - 1,90 21,40 11,39
PT - F2 - VL 12 10,83 - 3,15 4,15 6,31
MANUAL - MD 12
42,33
7,31 0,93 87,27 6,91
MANUAL- VL 12 41,67 6,56 2,51 61,73 12,39
Tabela 1. Demonstrativo do Rank médio, média de obturação inicial, porcentagem de remoção do material
obturador e desvio padrão (SD).
Comparações múltiplas Significância
Manual – MD x D3 MD s
Manual VL X D3 VL ns
Manual – MD x F1 MD S
Manual – VL x F1 VL S
Manual – MD x F2 MD S
Manual – VL x F2 VL S
D3 – MD x F1 – MD S
D3 – VL x F1 – VL S
D3 – MD x F2 – MD S
D3 – VL x F2 – VL S
F1 – MD x F2 – MD ns
F1 – VL x F2 – VL Ns
s = significante p<0,05 ns = não significante p>0,05
Tabela 2. - Comparações múltiplas entre os tratamentos analisados.
Gráfico 1. Demonstrativo geral do remanescente de material obturador nos sentidos M/D e V/L dos trata-
mentos analisados.
170
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
Observe-se à tabela 1 que após o uso dos
instrumentos Protaper para o retratamento, o em-
prego dos instrumentos F1 e F2 contribuíram para
a remoção do material obturador em percentuais
de 21,11% e 21,40% respectivamente, no sentido
MD. No sentido V-L, o de maior diâmetro do canal
radicular a remoção após o uso de F1 aumentou
em 9,29% e F2 apenas 4,15%. Tais fatos confir-
mam serem as regiões polares as de maior difi-
culdade de remoção do material obturador, conse-
qüentemente de maior dificuldade de limpeza.
	 Á tabela 2, observa-se as comparações
múltiplas entre as intervenções realizadas e o re-
sultado da análise estatística. Os resultados apon-
tam diferenças entre o emprego de Protaper-Re-
tratamento e o auxilio dos instrumento Protaper F1
e F2. Houve diferença significativa entre a técnica
híbrida manual e Protaper Retratamento no senti-
do MD. Embora limpe menos, não houve diferença
significativa entre ambos no sentido VL. A técnica
manual mostrou-se mais efetiva quando a remo-
ção com Protaper para Retratamento foi auxiliada
pelos instrumentos F1 e F2, mostrando que o seu
emprego não possibilitou maior efetividade na re-
moção do material obturador.
DISCUSSÃO
	 A maior causa de insucesso na terapia en-
dodôntica é a persistência de infecção no sistema
de canais radiculares (Nair 1990 13
, Siqueira, 2001
14
). Por este fato a reintervenção endodôntica ga-
nha conotações muito especiais: remover comple-
tamente o material obturador existente, tentar con-
tatar todas as paredes do canal radicular, remover
todo o magma formado e fazer com que uma me-
dicação intracanal efetiva possa penetrar nos tú-
bulos dentinários e eliminar os microorganismos
presentes na massa dentinária. Quanto melhor a
qualidade da obturação do tratamento que fracas-
sou, maior a dificuldade de remoção e maior o tem-
po despendido para tal.
	 Instrumentos rotatórios de níquel-titânio têm
sido sugeridos para a remoção do material obtura-
dor e tem se mostrado mais eficientes que os ins-
trumentos manuais (Schirrmeister 2006 5
, Imura et
al 200015
e Hulsmann;Bluhm 2004 16
). Entretanto,
material obturador residual tem sido verificado em
todos os grupos de acordo com estudos prévios
de Schirrmeister et al 2006 5
, Somma et al. 2008 8
, Wilcox et al 199117
, Masiero;Barleta, 2005 18
; de
Carvalho Maciel et al 2006 6
;Barletta et al 2
.007 19
;
Barletta et al 2008 20
).
	 Recentemente os instrumentos da série
Protaper sofreram modificações gerando o sistema
Protaper Universal, o qual inclui instrumentos para
o retratamento: D1, D2 e D3, respectivamente #
30;0.09, # 25/0.08 e # 20/0.07, com comprimentos
de 16, 18 e 22 mm. A ponta do instrumento D1 foi
modificada tornando-se ativa para facilitar a pene-
tração e remoção do material obturador do terço
cervical. A ponta dos instrumentos D2 e D3 são
inativas e suas atuações são para o terço médio e
apical,respectivamente.
	 No presente estudo, a série mostrou-se
eficiente no auxílio à remoção do material obtura-
dor, mas não foi capaz de removê-los totalmente,
provando ser um auxiliar valiosíssimo na desobtu-
ração. Tanto que ao se completar a remoção com
PT-R houve diferença significativa para a técnica
manual no sentido MD (p< 0.05) mas não houve di-
ferença no sentido VL (p> 0.05) (tabela 2). Ao com-
pletar a desobturação com PT-R D3 a porcentagem
de remoção de material obturador foi de 57,88% no
sentido mésio-distal (tabela 1). No sentido vestíbu-
lo-lingual, que não visualizamos radiograficamen-
te, o porcentual foi de 36,32% apenas. Não resta
dúvida que as regiões polares são as mais difíceis
de serem tocadas pelos instrumentos e estes re-
sultados demonstram a necessidade de uma cine-
mática que implique em “ditar” ao instrumento o to-
car todas as paredes. Assim, a idéia de penetração
e remoção do instrumento é uma cinemática que
não permite trabalhar e/ou remover material corre-
tamente do interior dos canais radiculares.
	 Como os limites entre desobturação e
reinstrumentação são imprecisos, tomou-se o cui-
dado de além destes instrumentos, trabalhar com
limas F1 e F2. Observa-se nas tabelas 1 e 2 que,
no sentido MD o emprego de F1 denotou diferença
significativa (p< 0,05), reduzindo a porcentagem de
material obturador. O uso de F2, entretanto, não
apresentou diferença significativa (p> 0.05). Tal
fato deve-se a poucas diferenças de conicidade
entre os dois instrumentos: 7% e 8% nos primeiros
milímetros, mantendo-se em 5,5% no final de sua
parte ativa. No sentido VL o uso dos instrumentos
F1 e F2 resultou em redução do material obturador,
mas em menores índices, não significativo do pon-
to de vista estatístico.
	 Por sua vez, a técnica híbrida manual de-
notou as menores médias de remanescentes de
obturação (tabela 1), mostrando diferença signifi-
cativa (p< 0,05) em quase todas as comparações
múltiplas possíveis (tabela 2).
	 Esta superioridade da remoção do material
obturador através da técnica híbrida manual deve-
se a alguns fatores:
	 1º) a facilitação proporcionada pelo uso dos
instrumentos Pré-Race, que pela sua conicidade
171
Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
permitem uma boa remoção nos terços cervical e
quando a condição anatômica permite, inicio do
terço médio 4
. A remoção do material obturador é
rápida, não necessitando o uso de solventes, cuja
ação fica restrita à remoção do terço apical com
instrumentos manuais. Schirrmeister et al 2006 5
,
ao compararem os instrumentos Protaper e Race
na remoção do material obturador apontam para
o fato dos instrumentos Pré-Race #40/0.10 e
#35/0.08 por serem fabricados em aço inox, tem
melhor eficiência de corte e sua conicidade faci-
lita a remoção do material obturador. Além disso,
em nosso estudo, o fato de possibilitar um acesso
franco e direto à região apical tornou a ação dos
instrumentos manuais mais eficientes. A ausência
de curvaturas não deflete os instrumentos de modo
que a sua ação de remoção e limpeza é muito su-
perior. Tais resultados vão de encontro àqueles es-
tudos que analisaram a desobturação em dentes
molares como os de Schirrmeister et al 2006 5 e
Gergi; Sabbagh, 2.007 21
;
	 2º) a cinemática atenta, no sentido de “ditar”
ao instrumento aonde trabalhar é fator preponde-
rante para a sua efetividade. Mesmo com todo este
cuidado em aplicar um movimento de viés (tração
oblíqua) em anticurvatura as regiões polares con-
tinuam sendo as mais difíceis de serem tocadas
pelos instrumentos 1
. Cumprem lembrar que os
dentes empregados neste estudo foram incisivos
inferiores cujos canais eram retos, de modo que a
ação dos instrumentos para a remoção do material
obturador do terço apical foi facilitada em ambas as
técnicas.
	 3º) supõe-se que o controle manual ainda
desempenhe um resultado clínico superior àquele
do automatizado, tornando-se fator delineador de
uma correta desobturação. Estudos recentes de
Barletta et al 2007 20
e 2.008 21
empregando siste-
mas de rotação contínua e alternada vão de encon-
tro aos nossos achados. Entretanto, de Carvalho
Maciel; Scelza 2006 6
apontaram melhores resul-
tados quando da remoção do material obturador
com os sistemas Protaper e K3 do que pela técnica
manual. A remoção da guta-percha do terço cervi-
cal foi realizada com brocas de Gates-Glidden #3 e
#4, seguida de uma remoção coroa-ápice iniciando
com um instrumento #60, até atingir a medida de
trabalho com instrumento #35 ou #40, semelhante
à técnica empregada em nosso estudo. Em segui-
da os canais foram ampliados até o instrumento #
45 e escalonados até o #80. A remoção do mate-
rial obturador no terço cervical com Pré-Race, deve
conferir maior conicidade já no início da desobtura-
ção, favorecendo a ação dos instrumentos manu-
ais, que pode ter interferido nestes resultados.
	 Nossa assertiva (Sydney et al, 1996 22
) de
que os sistemas automatizados são excelentes au-
xiliares do preparo, ainda não pode ser devidamen-
te contestada, o que nos permite ainda hoje inferir
que, por mais que os fabricantes insistam, ainda
falta muito para que o preparo do canal radicular
possa ser totalmente automatizado.
CONCLUSÃO
Baseado nos resultados do presente experimento,
parece-nos lícito concluir que:
	 1. Independente da técnica empregada, re-
manescentes de material obturador ainda perma-
neceram nas paredes dos canais radiculares;
	 2. A técnica híbrida manual apresentou me-
lhores resultados na remoção do material obturador
quando comparado à técnica mecânico-rotatória.
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do retratamento endodôntico. In:Dib LL;Saddy MS
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Protaper para retratamento x técnica híbrida

  • 1. Resumo Relevância Clínica Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708 RETRATAMENTO: PROTAPER PARA RETRATAMENTO X TÉCNICA HÍBRIDA MANUAL Retreatment: protaper x hibrid manual technique Gilson Blitzkow Sydney*, Alexandre Kowalczuck**, Marili Doro Deonizio***, Antonio Batista****, José Mirabeau de Oliveira Ramos*****, Rossana Travassos******. * Prof. Titular de Endodontia – UFPR, Doutor em Endodontia – FOUSP,Coordenador do Curso de Especia- lização em Endodontia – UFPR. ** Especialista em Endodontia – UFPR, Instrutor Voluntário da Disciplina de Endodontia B – UFPR – Pro- grama de Educação Continuada. *** Prof Adjunta da Disciplina de Endodontia B - UFPR. Doutora em Endodontia-FOUSP, Prof do Curso de Especialização em Endodontia – UFPR.. **** Prof. Assistente da Disciplina de Endodontia B – UFPR. Prof. Do Curso de Especialização em Endo- dontia – UFPR, Doutorando em Endodontia-FPO-Piracicaba-UNICAMP. ***** Prof. Assistente da Disciplina de Endodontia – UFSE. Mestre em Endodontia. Prof. Do curso de Es- pecialização em Endodontia – ABO-SE. ****** Prof Adjunta da Disciplina de Endodontia da UPE. Doutora em Endodontia – UPE. Professora do Programa de pós-graduação da UPE. Coordenadora do curso de Especialização em Endodontia da ABO-AL. Endereço para correspondência: Prof. Dr. Gilson Blitzkow Sydney Rua da Gloria, 314, cj. 23 CEP 80030060 – Curitiba – Paraná 41-3253-4616 gsydney@bbs2.sul.com.br Um dos pontos críticos do retratamento é a remoção do material obturador. Recentemente, a série Protaper sofreu mudanças incluindo instrumentos destinados à remoção do material obturador. Instrumen- tos destinados ao acesso radicular nos sistemas rotatórios contínuos como Pré-Race, passaram a ser fabri- cados em aço inox permitindo sua utilização nos contra-ângulos comuns possibilitando inclusive auxiliar na remoção do material obturador no terço cervical. Conhecer a efetividade destes instrumentos disponíveis no mercado é fundamental para viabilizar a sua aplicação clínica. O objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade de remoção do material obturador nos retratamentos com o sistema Protaper Universal –Retratamento e com técnica híbrida manual auxiliada pelos instrumentos Pré-Race. Foram selecionados vinte e quatro dentes humanos incisivos inferiores com comprimentos entre 19 e 21mm os quais foram preparados e obturados, e armazenados em ambiente de umidade relativa de 100% por 180 dias. Completado este período, os dentes foram radiografados individualmente no sentido mesio-distal e vestíbulo-lingual e divididos aleatoriamente em dois grupos. Os dentes do Grupo 1 foram desobturados empregando-se os instrumentos Protaper Universal - Retratamento, D1, D2 e D3 seguindo- se o preparo com instrumentos F1 e F2; no Grupo 2 os dentes foram desobturados empregando-se técnica híbrida manual com auxilio dos instrumentos Pré-Race. Os dentes foram novamente radiografados em am- bos os sentidos, as imagens digitalizadas e a medição linear das paredes foram realizados pelo software Image Tool 3.0. Os resultados mostraram diferenças estatisticamente significantes no remanescente quando Protaper Universal – Retratamento foi empregado e com o uso de F1 e F2 em ambos os sentidos. A técnica híbrida manual apresentou melhores resultados. PALAVRAS CHAVE: retratamento, material obturador, Protaper, Pre-Race. 166
  • 2. abstract Introdução The aim of this study was to evaluate the ability of the Protaper Retreatment and a hybrid manual technique on removing the root canal filling during retreatment. Twenty-four human incisors teeth were se- lected, prepared and filled with gutta-percha and Endo Fill cement in a lateral condensation technique and stored for 180 days. The teeth were radiographed mesio-distally and bucco-lingually , and digitalized. The teeth were divided into two groups. In Group 1 retreatment were performed with the Protaper Universal – Re- treatment D1, D2 and D3. An x-ray showed the remaining of endodontic filling material. A Protaper F1 and F2 were used to complete the removal. In group 2 hybrid manual techniques with Pré-Race instruments for the radicular access were performed. Before and after retreatment the x-rays were digitalized and the linear rate determined with the Image Tool 3.0 software. The results showed statistically difference between the remaining filling material when Protaper Universal – Retreatment was employed and when Protaper F1 and F2 in both view. Hybrid manual technique showed the best results when compared with the use of PT-R F1 and F2 but showed similar results when compared to Protaper Universal Retreatment. KEY WORDS: Retreatment, filling material, Protaper, Pre-Race. Quando do insucesso da terapia endodôn- tica, a principal causa é a persistência de infecção no sistema de canais radiculares. A reintervenção endodôntica é a opção de escolha na grande maio- ria dos casos, com o objetivo de estabelecer con- dições favoráveis ao processo reparador. Tal ob- jetivo só é alcançado primeiro, com a remoção do material obturador e de possíveis corpos estranhos e a retomada do trajeto original do canal radicular 1 . Acorde Friedman et al.2 , a necessidade de re- moção do material obturador é a grande diferença entre a terapia endodôntica normal e o retratamen- to, que aliados a uma condição anatômica aliada a possíveis iatrogenias, intimidam muitas vezes o operador. O retratamento endodôntico pode variar desde um procedimento simples a bem complexo, podendo exigir um tempo bem significativo para a sua realização. Os pontos críticos do retratamento envolvem praticamente todas as etapas da tera- pia endodôntica como a correção da cavidade de acesso, a remoção do material obturador em sí, a determinação do novo limite apical de trabalho, o novo limite lateral do preparo e a medicação intra- canal a ser empregada, a curto ou a longo prazo 1 . Na grande maioria dos retratamentos, o canal radicular está obturado com cones de guta- percha e cimento, de modo que as dificuldades na sua remoção têm sido menores uma vez que a guta-percha por ser um polímero de hidrocarbone- to (metilbutadieno ou isopreno), e é relativamente fácil de ser removida. Assim o esvaziamento pode ser realizado por meios mecânicos, térmicos, quí- micos ou combinação destes. Acorde Lopes e Si- queira (2004) 3 a escolha do método de remoção não depende da técnica de obturação empregada, mas sim da qualidade da condensação, da anato- mia do canal radicular e do limite apical da obtura- ção. Tem se constituído em excelentes auxilia- res da desobturação as limas tipo K modificadas (pontas Lu) 1 , os instrumentos rotatórios como as brocas de Gates-Glidden e de Largo e os sistemas automatizados. Novos instrumentos destinados ao acesso radicular como as brocas CP DRill e os instrumen- tos Pré-Race de aço inox, tem sido introduzidos como substitutos das brocas de Gates-Glidden 4 . Na remoção do material obturador estes também têm sido eficientes devido a suas características. Buscando tornar a automação ainda mais efetiva, a Dentsply-Maillefer promoveu mudanças no sistema Protaper, introduzindo o Protaper Uni- versal, incluindo instrumentos próprios para o re- tratamento: D1 destinado a remoção do material obturador do terço cervical, D2 para o terço médio e D3 para a remoção do material obturador do ter- ço apical. Vários estudos têm reportado o uso de ins- trumentos rotatórios contínuos com variações téc- nicas para a remoção do material obturador. Schirr- meister et al (2005) 5 ao avaliarem a efetividade da remoção da guta-percha em canais curvos nos retratamentos empregando técnica manual, Flex- Master, Protaper e Race observaram que a técnica manual e a com FlexMaster denotaram maiores áreas de remanescentes da obturação e que o sis- tema Race evidenciou melhores resultados do que Protaper quanto à capacidade de limpeza, embora tenha sido mais lento e tenha apresentado o me- nor risco de fraturas. De Carvalho Maciel; Scelza (2006) 6 numa análise radiográfica concluíram que os sistemas K3 e Protaper foram mais eficientes que a técnica manual na remoção do material 167 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
  • 3. obturador. Resultado semelhante foi obtido por Saad et al (2007) 7 . Huang et al (2007) 8 ao avaliarem a extru- são apical promovida pelo Protaper Universal para retratamento, concluíram que sem o emprego de solvente foi o que apresentou os melhores resulta- dos. Tasdemir et al (2008) 9 avaliaram a eficiência de três diferentes instrumentos rotatórios na re- moção do material obturador e concluíram que o sistema Protaper apresentou as menores médias de material remanescente nas paredes dos canais radiculares. Entretanto, os instrumentos emprega- dos foram F1, F2 e F3 e não aqueles destinados ao retratamento. Somma et al. (2008)10 ao empregarem os instrumentos Protaper para o retratamento na re- moção de diferentes materiais obturadores con- cluíram que este promoveu maior extrusão apical. Gu et al (2008)11 ao estudarem o sistema Protaper Universal- Retratamento concluíram que todas as técnicas testadas deixaram entre 10% e 17% da superfície dos canais coberta por material obtura- dor. Nos terços médio e apical, os espécimes do grupo do Protaper para retratamento tiveram a me- nor porcentagem de remanescente. Frente à divergência de resultados presen- tes na literatura, o presente estudo teve por finali- dade analisar a capacidade de remoção do material obturador quando do emprego dos instrumentos Protaper Universal-Retratamento, comparando-o com a técnica híbrida manual. MATERIAL E MÉTODOS Foram selecionados vinte e quatro dentes humanos incisivos inferiores provenientes do Ban- do de dentes do Centro de Pesquisa Odontológica de Goiás (CEPOGO), cujo projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética do Setor de Ciên- cias da Saúde da UFPR. Os dentes foram radio- grafados para verificar ausência de calcificações e intervenções prévias, apresentando comprimentos que variaram de 19 a 21 mm. Em seguida as cavidades de acesso fo- ram realizadas com brocas diamantadas esféricas n°1012 (KG Sorensen) em alta-rotação na execu- ção da pré-cavidade e n° 3080 (MKS) para a reali- zação da forma de conveniência. As câmaras coro- nárias foram irrigadas e inundadas com solução de hipoclorito de sódio 1%, e de posse de limas tipo K (Dentsply-Maillefer) #10 e 15 pré-curvadas reali- zaram-se a exploração e esvaziamento dos canais radiculares, através de movimentos oscilatórios de pequena amplitude, seguido de farta irrigação-as- piração. Uma lima #10 foi introduzida no canal radi- cular e no momento em que apontava no forame, o comprimento do instrumento era demarcado atra- vés de cursores de silicone e a medida de trabalho determinada com o recuo de 1mm. Instrumentos CP Drill (Injecta) foram empre- gados para a realização do acesso radicular atra- vés de movimentos em tração oblíqua buscando tocar todas as paredes, seguida de farta irrigação e aspiração. O preparo dos canais radiculares foi re- alizado com técnica de ampliação reversa acorde Batista; Sydney 200012 . A ampliação reversa iniciou com um instrumento tipo K #50 (Dentsply-Maillefer) e movimentos oscilatórios de leve pressão apical, complementados com tração oblíqua diminuindo- se o calibre do instrumento até aquele que atingis- se a medida de trabalho sendo denominado instru- mento do diâmetro anatômico clínico. A partir deste os canais radiculares foram ampliados até dois ou três instrumentos, o qual se constituiu na máxima lima apical. Durante todo o preparo, após cada instru- mento os canais radiculares foram irrigados com 3 ml de solução de hipoclorito de sódio 1% (Far- madoctor). Completada esta etapa os canais ra- diculares foram secos com pontas de aspiração capillary tips (Ultradent) e pontas de papel absor- vente (Dentsply-Maillefer). Para a obturação dos canais radiculares utilizou-se com cones de guta-percha (Dentsply- Maillefer) e cimento Endofill (Dentsply-Maillefer) com técnica de condensação lateral. Após o corte dos cones e limpeza da cavidade com Xilol a cavi- dade de acesso foi selada com cimento Coltosol. Os dentes foram armazenados em ambiente de umidade relativa de 100% por 180 dias. Completado este período seus selamentos foram removidos, os dentes radiografados individu- almente no sentido mesio-distal e vestíbulo-lingual e divididos aleatoriamente em dois grupos de 12 espécimes, constituindo-se os Grupos 1 e 2. Os dentes do Grupo 1 tiveram o material obturador removido empregando os instrumentos do sistema Protaper Universal – Retratamento (D1, D2 e D3) e os dentes do Grupo 2 através de técnica manual. A remoção do material obturador dos den- tes do Grupo 1 foi realizada com os instrumentos Protaper Universal - Retratamento obedecendo aos seguintes passos, acorde sugestão do fabricante: 1. Instrumento D1 foi empregado com mo- vimento de penetração de 3-4 mm na massa ob- turadora seguido de tração oblíqua, com o intuito de penetrar no material obturador e promover sua remoção em todas as paredes. No momento em que não havia mais evidências de material obtura- dor sendo visualizado na cavidade de acesso e de aderência ao instrumento, seu uso foi cessado. . 168 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
  • 4. 2. Para a remoção do conteúdo do terço mé- dio do canal radicular, o instrumento D2 teve sua ação estabelecida entre 15 e 17 mm. A cinemática da instrumentação foi a mesma definida para D1, atentando para um controle da força empregada em sentido apical em função das diferenças estru- turais dos instrumentos (D1 com ponta ativa / D2 ponta inativa). 3. O instrumento D3 foi ajustado em fun- ção do comprimento de trabalho de cada uma das amostras (variando entre 18 e 20 mm). Sua utiliza- ção seguiu o padrão de instrumentação adotado: pequeno avanço em direção apical com retirada em viés, tentando tocar todas as paredes até não haver mais desprendimento de material obturador. 4. Com a finalidade de avaliar a presença de material obturador remanescente, radiografias periapicais foram realizadas nos sentidos mésio- distal e vestíbulo-lingual. 5. Para complementar o repreparo dos den- tes, o instrumento F1 foi empregado, seguido de radiografias periapicais nos sentidos mésio-distal e vestíbulo-lingual efetuadas ao término de sua utili- zação. 6. A reinstrumentação rotatória foi concluída com a utilização do instrumento F2 e da realização de tomadas radiográficas em ambos os sentidos. Para tal, empregou-se um motor elétrico com con- trole de torque e reversor de sentido de rotação automático (Endo-Plus – Driller), com velocidade de 400 rpm. Novamente as amostras foram acon- dicionadas em estojo plástico identificado e nume- radas. A remoção do material obturador dos den- tes do Grupo 2 foi realizada com técnica híbrida proposta por Sydney;Batista (2006) 1 , obedecendo o seguintes passos: 1. Para a remoção do material obturador no terço cervical empregou-se o instrumento Pré-Race # 40/0.10 de aço inox, acionado com motor Driller Endo-Plus com 400 rpm, dirigido de encontro ao material obturador, e buscando tocar todas as pa- redes, realizando a desobturação do terço cervical até que não se verificasse mais a presença de ma- terial na câmara pulpar e no instrumento. 2. A remoção do material do terço médio foi realizada com o instrumento Pré-Race # 35/0.08 sempre penetrando poucos milímetros (2 a 3mm) e sendo orientado a trabalhar em todas as pare- des até que não houvesse mais desprendimento de material obturador. 3. Limas tipo K # 10, # 15 e # 20 com pontas modificadas (pontas Lu)1 foram empregadas para favorecer a penetração do agente solvente (óleo de laranja – Citrol – Fórmula & Ação-SP) no interior da massa obturadora, em movimento oscilatório de ¼ de volta à direita e à esquerda com penetração de 2 a 3 mm. Em seguida limas manuais tipo K (2ª série) foram ajustadas no comprimento de traba- lho. Através de movimentos oscilatórios com leve pressão apical associados ao movimento de tração em viés, o remanescente de material obturador era removido iniciando pelo instrumento # 50. 4. À medida que este avançava 2 a 3 mm, um instrumento de diâmetro imediatamente inferior era selecionado e o processo repetido, com farta irrigação de solução de hipoclorito de sódio 1%, as- piração e renovação do solvente. 5. Uma vez alcançada a medida de traba- lho, na quase totalidade dos casos com um instru- mento # 35, procedeu-se a realização da patência foraminal com limas # 10 e # 15. Os dentes foram individualmente radiogra- fados no sentido mésio-distal e vestíbulo-lingual e as radiografias de ambos os grupos processadas e digitalizadas com Scanner Polaroid Sprint Scan em resolução de 300 dpi. As imagens foram anali- sadas por meio do software Image Tool 3.0 para a medição linear das paredes dos canais em ambos os sentidos e as respectivas medidas registradas em protocolo padrão. As imagens pós remoção do material obturador tiveram o mesmo tipo de análi- se, registrando-se, entretanto, somente os pontos de material obturador remanescente nas paredes dos canais radiculares. Os dados foram tabulados e submetidos a análise estatística por meio do teste de Kruskal-Wallis p< 0.05. RESULTADOS Os resultados encontram-se expressos nas tabelas 1 e 2 e no gráfico 1. A tabela 1 aponta os dados do Rank médio, da média de obturação inicial, a média remanes- cente de obturação, a porcentagem do material ob- turador remanescente e o desvio padrão de todos os grupos e sentido de observação. A tabela 2 de- nota as comparações múltiplas entre os tratamen- tos realizados e o resultado da análise estatística. O gráfico 1 apresenta um demonstrativo geral do remanescente de material obturador dos tratamen- tos realizados. Nossos resultados apontam para melhores resultados obtidos com a técnica manual híbrida, tanto no sentido MD como no VL. A remoção com instrumentos Protaper D1, D2 e D3 representou 57,88% no sentido MD e 36,32% no sentido VL, enquanto que a técnica manual híbrida atingiu per- centuais de 87,27% (MD) e 61,73% no VL. 169 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
  • 5. Técnica e instrumento utilizado / Sentido de observação n Rank médio Média obturação inicial Média Remanescente de obturação % Remoção de material obturador SD PT-R / D3 - MD 12 29,58 7,29 3,07 57,88 16,03 PT-R D3 - VL 12 30,00 6,18 3,98 36,32 15,78 PT-R F1 - MD 12 13,25 - 2,42 21,11 16,25 PT F1 - VL 12 15,50 - 3,46 9,29 5,29 PT F2 – MD 12 12,83 - 1,90 21,40 11,39 PT - F2 - VL 12 10,83 - 3,15 4,15 6,31 MANUAL - MD 12 42,33 7,31 0,93 87,27 6,91 MANUAL- VL 12 41,67 6,56 2,51 61,73 12,39 Tabela 1. Demonstrativo do Rank médio, média de obturação inicial, porcentagem de remoção do material obturador e desvio padrão (SD). Comparações múltiplas Significância Manual – MD x D3 MD s Manual VL X D3 VL ns Manual – MD x F1 MD S Manual – VL x F1 VL S Manual – MD x F2 MD S Manual – VL x F2 VL S D3 – MD x F1 – MD S D3 – VL x F1 – VL S D3 – MD x F2 – MD S D3 – VL x F2 – VL S F1 – MD x F2 – MD ns F1 – VL x F2 – VL Ns s = significante p<0,05 ns = não significante p>0,05 Tabela 2. - Comparações múltiplas entre os tratamentos analisados. Gráfico 1. Demonstrativo geral do remanescente de material obturador nos sentidos M/D e V/L dos trata- mentos analisados. 170 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
  • 6. Observe-se à tabela 1 que após o uso dos instrumentos Protaper para o retratamento, o em- prego dos instrumentos F1 e F2 contribuíram para a remoção do material obturador em percentuais de 21,11% e 21,40% respectivamente, no sentido MD. No sentido V-L, o de maior diâmetro do canal radicular a remoção após o uso de F1 aumentou em 9,29% e F2 apenas 4,15%. Tais fatos confir- mam serem as regiões polares as de maior difi- culdade de remoção do material obturador, conse- qüentemente de maior dificuldade de limpeza. Á tabela 2, observa-se as comparações múltiplas entre as intervenções realizadas e o re- sultado da análise estatística. Os resultados apon- tam diferenças entre o emprego de Protaper-Re- tratamento e o auxilio dos instrumento Protaper F1 e F2. Houve diferença significativa entre a técnica híbrida manual e Protaper Retratamento no senti- do MD. Embora limpe menos, não houve diferença significativa entre ambos no sentido VL. A técnica manual mostrou-se mais efetiva quando a remo- ção com Protaper para Retratamento foi auxiliada pelos instrumentos F1 e F2, mostrando que o seu emprego não possibilitou maior efetividade na re- moção do material obturador. DISCUSSÃO A maior causa de insucesso na terapia en- dodôntica é a persistência de infecção no sistema de canais radiculares (Nair 1990 13 , Siqueira, 2001 14 ). Por este fato a reintervenção endodôntica ga- nha conotações muito especiais: remover comple- tamente o material obturador existente, tentar con- tatar todas as paredes do canal radicular, remover todo o magma formado e fazer com que uma me- dicação intracanal efetiva possa penetrar nos tú- bulos dentinários e eliminar os microorganismos presentes na massa dentinária. Quanto melhor a qualidade da obturação do tratamento que fracas- sou, maior a dificuldade de remoção e maior o tem- po despendido para tal. Instrumentos rotatórios de níquel-titânio têm sido sugeridos para a remoção do material obtura- dor e tem se mostrado mais eficientes que os ins- trumentos manuais (Schirrmeister 2006 5 , Imura et al 200015 e Hulsmann;Bluhm 2004 16 ). Entretanto, material obturador residual tem sido verificado em todos os grupos de acordo com estudos prévios de Schirrmeister et al 2006 5 , Somma et al. 2008 8 , Wilcox et al 199117 , Masiero;Barleta, 2005 18 ; de Carvalho Maciel et al 2006 6 ;Barletta et al 2 .007 19 ; Barletta et al 2008 20 ). Recentemente os instrumentos da série Protaper sofreram modificações gerando o sistema Protaper Universal, o qual inclui instrumentos para o retratamento: D1, D2 e D3, respectivamente # 30;0.09, # 25/0.08 e # 20/0.07, com comprimentos de 16, 18 e 22 mm. A ponta do instrumento D1 foi modificada tornando-se ativa para facilitar a pene- tração e remoção do material obturador do terço cervical. A ponta dos instrumentos D2 e D3 são inativas e suas atuações são para o terço médio e apical,respectivamente. No presente estudo, a série mostrou-se eficiente no auxílio à remoção do material obtura- dor, mas não foi capaz de removê-los totalmente, provando ser um auxiliar valiosíssimo na desobtu- ração. Tanto que ao se completar a remoção com PT-R houve diferença significativa para a técnica manual no sentido MD (p< 0.05) mas não houve di- ferença no sentido VL (p> 0.05) (tabela 2). Ao com- pletar a desobturação com PT-R D3 a porcentagem de remoção de material obturador foi de 57,88% no sentido mésio-distal (tabela 1). No sentido vestíbu- lo-lingual, que não visualizamos radiograficamen- te, o porcentual foi de 36,32% apenas. Não resta dúvida que as regiões polares são as mais difíceis de serem tocadas pelos instrumentos e estes re- sultados demonstram a necessidade de uma cine- mática que implique em “ditar” ao instrumento o to- car todas as paredes. Assim, a idéia de penetração e remoção do instrumento é uma cinemática que não permite trabalhar e/ou remover material corre- tamente do interior dos canais radiculares. Como os limites entre desobturação e reinstrumentação são imprecisos, tomou-se o cui- dado de além destes instrumentos, trabalhar com limas F1 e F2. Observa-se nas tabelas 1 e 2 que, no sentido MD o emprego de F1 denotou diferença significativa (p< 0,05), reduzindo a porcentagem de material obturador. O uso de F2, entretanto, não apresentou diferença significativa (p> 0.05). Tal fato deve-se a poucas diferenças de conicidade entre os dois instrumentos: 7% e 8% nos primeiros milímetros, mantendo-se em 5,5% no final de sua parte ativa. No sentido VL o uso dos instrumentos F1 e F2 resultou em redução do material obturador, mas em menores índices, não significativo do pon- to de vista estatístico. Por sua vez, a técnica híbrida manual de- notou as menores médias de remanescentes de obturação (tabela 1), mostrando diferença signifi- cativa (p< 0,05) em quase todas as comparações múltiplas possíveis (tabela 2). Esta superioridade da remoção do material obturador através da técnica híbrida manual deve- se a alguns fatores: 1º) a facilitação proporcionada pelo uso dos instrumentos Pré-Race, que pela sua conicidade 171 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
  • 7. permitem uma boa remoção nos terços cervical e quando a condição anatômica permite, inicio do terço médio 4 . A remoção do material obturador é rápida, não necessitando o uso de solventes, cuja ação fica restrita à remoção do terço apical com instrumentos manuais. Schirrmeister et al 2006 5 , ao compararem os instrumentos Protaper e Race na remoção do material obturador apontam para o fato dos instrumentos Pré-Race #40/0.10 e #35/0.08 por serem fabricados em aço inox, tem melhor eficiência de corte e sua conicidade faci- lita a remoção do material obturador. Além disso, em nosso estudo, o fato de possibilitar um acesso franco e direto à região apical tornou a ação dos instrumentos manuais mais eficientes. A ausência de curvaturas não deflete os instrumentos de modo que a sua ação de remoção e limpeza é muito su- perior. Tais resultados vão de encontro àqueles es- tudos que analisaram a desobturação em dentes molares como os de Schirrmeister et al 2006 5 e Gergi; Sabbagh, 2.007 21 ; 2º) a cinemática atenta, no sentido de “ditar” ao instrumento aonde trabalhar é fator preponde- rante para a sua efetividade. Mesmo com todo este cuidado em aplicar um movimento de viés (tração oblíqua) em anticurvatura as regiões polares con- tinuam sendo as mais difíceis de serem tocadas pelos instrumentos 1 . Cumprem lembrar que os dentes empregados neste estudo foram incisivos inferiores cujos canais eram retos, de modo que a ação dos instrumentos para a remoção do material obturador do terço apical foi facilitada em ambas as técnicas. 3º) supõe-se que o controle manual ainda desempenhe um resultado clínico superior àquele do automatizado, tornando-se fator delineador de uma correta desobturação. Estudos recentes de Barletta et al 2007 20 e 2.008 21 empregando siste- mas de rotação contínua e alternada vão de encon- tro aos nossos achados. Entretanto, de Carvalho Maciel; Scelza 2006 6 apontaram melhores resul- tados quando da remoção do material obturador com os sistemas Protaper e K3 do que pela técnica manual. A remoção da guta-percha do terço cervi- cal foi realizada com brocas de Gates-Glidden #3 e #4, seguida de uma remoção coroa-ápice iniciando com um instrumento #60, até atingir a medida de trabalho com instrumento #35 ou #40, semelhante à técnica empregada em nosso estudo. Em segui- da os canais foram ampliados até o instrumento # 45 e escalonados até o #80. A remoção do mate- rial obturador no terço cervical com Pré-Race, deve conferir maior conicidade já no início da desobtura- ção, favorecendo a ação dos instrumentos manu- ais, que pode ter interferido nestes resultados. Nossa assertiva (Sydney et al, 1996 22 ) de que os sistemas automatizados são excelentes au- xiliares do preparo, ainda não pode ser devidamen- te contestada, o que nos permite ainda hoje inferir que, por mais que os fabricantes insistam, ainda falta muito para que o preparo do canal radicular possa ser totalmente automatizado. CONCLUSÃO Baseado nos resultados do presente experimento, parece-nos lícito concluir que: 1. Independente da técnica empregada, re- manescentes de material obturador ainda perma- neceram nas paredes dos canais radiculares; 2. A técnica híbrida manual apresentou me- lhores resultados na remoção do material obturador quando comparado à técnica mecânico-rotatória. REFERÊNCIAS 1. Sydney GB, Batista A Diagnóstico e viabilização do retratamento endodôntico. In:Dib LL;Saddy MS Atualização Clínica em Odontologia,2006, cap 5, p.113-144, 24 CIOSP, Artes Médicas, São Paulo. 2. Friedman S, Stabholz A, Tamae A. Endodontic Retreatment – Case Selectiion and technique. Part 3 Retreatment techniques. J Endod 1990;16:543- 549. 3. Lopes HP, Siqueira Jr JF. Endodontia: Biologia e Técnica, 2 ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004. 4. Sydney GB, Batista A, Deonizio MD Acesso radi- cular. Robrac 2008; 17(43): 1-12. 5. Schirrmeister JF, Wrbas KT, Meyer KM, Alten- burger MJ, Hellwig E. Efficacy of different rotary instruments for gutta-percha removal in root canal retreatment. J Endod 2006; 32(5): 469-472. 6. de Carvalho Maciel ACC; Scelza MFz Efficacy of automated versus hand instrumentation during root canal retreatment: an ex vivo study. Int Endodon J. 2006; 39:779-784. 7. Saad AY, Al-Hadlag SM, Al-Katheeri NH. Efficacy of two rotqary NiTi instruments in the removal of gutta-percha during root canal retreatment. J En- dod 2007;33(1):38-41. 172 Robrac. 2008;17(44):166-173 ISSN 1981 - 3708
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