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WEBSHOPPERS
35ª EDIÇÃO 2017
www.ebit.com.br www.buscapecompany.com
INTRODUÇÃO
• O Webshoppers
• O que é a Ebit
• Entenda a Ebit
	 • Como funciona
• Planos de Relatórios Ebit
SUMÁRIO EXECUTIVO
Webshoppers 35ª edição
CAPÍTULO 1
AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
CAPÍTULO 2
EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
CAPÍTULO 3
PESQUISA CROSS BORDER
CAPÍTULO 4
ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Principais clientes
• Glossário
• Apoio na divulgação
• Informações para imprensa
• Equipe/Contatos
SUMÁRIO
3
27
10
38
21
45
INTRODUÇÃO
3
Realizado pela Ebit desde 2001,
o Webshoppers é o estudo de maior
credibilidade sobre o comércio virtual
brasileiro e a principal referência para os
profissionais do segmento.
Nesta edição, será apresentada a
retrospectiva do mercado de e-commerce
em 2016, as estimativas para 2017
e as mudanças de comportamento
e preferências dos consumidores.
O estudo visa traçar o rumo do mercado
de compras on-line e contribuir para o
entendimento e desenvolvimento do setor.
Presente no mercado brasileiro desde
2000, a Ebit ( www.ebit.com.br)
acompanha a evolução do varejo
digital no país desde o seu início,
sendo a maior referência
em inteligência competitiva
para o e-commerce.
Através de um sofisticado sistema,
coletamos dados em tempo real
diretamente com o comprador on-line.
São mais de 25 milhões de pesquisas
coletadas em mais de 21 mil lojas
virtuais conveniadas.
O WEBSHOPPERS O QUE É A EBIT
4
INTRODUÇÃO | O WEBSHOPPERS / O QUE É A EBIT
CERTIFICAÇÕES EBIT
Para a loja virtual conveniada à Ebit, as medalhas geram mais visibilidade e credibilidade
com o consumidor. Além do aumento de tráfego, conversão e SEO.
Excelente Muito BoaÓtimo Boa Em avaliação
ENTENDA A EBIT
Ao acessar uma das lojas virtuais conveniadas
à Ebit, o consumidor visualiza a medalha de
certificação Ebit, que classifica a loja em Diaman-
te, Ouro, Prata, Bronze ou Em Avaliação, de acor-
do com as avaliações feitas por internautas que
já compraram ali. Assim, a Ebit auxilia outros con-
sumidores a decidirem melhor onde comprar
on-line. Na finalização da compra, o cliente é
convidado a responder a pesquisa sobre sua ex-
periência e, a partir de então, é dada a largada de
três etapas de avaliações feitas pelo consumidor.
Veja como funciona na próxima página.
5
INTRODUÇÃO | ENTENDA A EBIT
Desde janeiro de 2000, a Ebit já coletou 25
milhões de avaliações dos consumidores,
sendo mais de 300.000 novas todo mês. Es-
sas informações, compiladas, geram relató-
rios de Inteligência de Mercado, que traçam o
perfil do consumidor on-line e também ava-
liam comparativamente os serviços prestados
pelas lojas virtuais, em quesitos como entre-
ga, preço do produto, formas de pagamento,
NPS, entre outros.
PESQUISA ESPECIAL
Pesquisa sazonal sobre hábitos de consumo e intenção de compra no
Dia das Mães, Black Friday, etc. É enviada para grupos segmentados
de consumidores, de acordo com a intenção da pesquisa.
Anterior a datas especiais
Pode receber no e-mail cadastrado
Pesquisa de Experiência de Compra
Avaliação da loja virtual sobre a
experiência de compra e informações
como frete, meios de pagamento
e prazo de entrega.
Conclusão da compra
Consumidor clica no banner da Ebit
na página de confirmação da compra
Pesquisa de Pós-venda
Um dia após o prazo
de entrega informado, a Ebit
envia a 2ª pesquisa via e-mail
sobre a entrega e suporte da loja.
1 dia após o prazo
de entrega informado
Recebe no e-mail cadastrado
Pesquisa de Produto
Algumas semanas depois do
produto ser entregue, a Ebit envia
a 3ª Pesquisa: sobre a satisfação
geral com o item comprado.
Aproximadamente
45 dias depois
Recebe no e-mail cadastrado
1 32
Pesquisa E-bit
COMO FUNCIONA
6
INTRODUÇÃO | COMO FUNCIONA
Os relatórios da Ebit atendem objetivos ope-
racionais, táticos e estratégicos e a contra-
tação varia de acordo com as necessidades dos
pequenos, médios e grandes negócios.
A Ebit tem um portfólio de mais de 28
relatórios de business intelligence para o co-
mércio virtual, além de reports personalizá-
PLANOS DE RELATÓRIOS EBIT
veis, na medida que você precisar. Nossos
produtos trazem insights essenciais para auxi-
liar em sua tomada de decisões e no planeja-
mento de seu negócio.
Ao conveniar sua loja on-line à Ebit, você tem
acesso gratuito a até 12 relatórios. Confira em
www.ebit.com.br/empresa e saiba como.
CONHEÇA OS PLANOS
PLANO
BÁSICO
PLANO
PREMIUM
RELATÓRIOS
PERSONALIZADOS
GRATUITO
SIMPLES
Ebit
Indicadores
da Loja
(período
variável)
PLANO
PRO
PLANO
BÁSICO
PLANO
GRATUITO
Ebit
Comentários
do Período
(período
variável)
Ebit NPS®
(diário)
Ebit Top 100
Produtos em Todas
as Categorias
por categoria (diário)
Ebit Edash
Completo
(mensal)
Ebit
Entrega
(período
variável)
Ebit
Top 50
Produtos
(semanal)
Ebit Frete por
Categoria
(mensal)
Ebit Análise
Comporta-
mental
(mensal)
Top Cliques
Buscapé
(mensal)
Ebit NPS®
do Período
(período
variável)
Ebit KPIs
(diário)
Ebit
Edash
Padrão
(diário)
Ebit
Real Time
(hora a hora)
Ebit
Medalha
(período
variável)
Ebit
Comentários
Diários
(diário)
Ebit Top 100
Produtos em
2 Categorias
(semanal)
Ebit Top 200
Produtos
(semanal
e mensal)
Ebit Perfil
Demográfico
(período
variável)
Ebit
KPIs
Semanal
(semanal)
Ebit
Comentários
Real Time
(tempo real
e diário)
Ebit Apresen-
tação
Executiva
(trimestral)
Ebit Análise
de Frete
(mensal)
Índice
IBEVAR/Ebit
(trimestral)
Ebit Scorecard
Financeiro
(mensal)
Ebit
Dados de
Pesquisas
(período
variável)
Índice
FIPE Buscapé
(mensal)
Ebit Mobile
Commerce
(mensal)
Algum dado ou informação que você precisa e não está listado aqui? Podemos fazer sob medida para você.
Entre em contato com comercial@ebit.com.br e vamos conversar sobre isso!
Acesse o site da Ebit e conheça mais nossos planos de informações para empresas: www.ebit.com.br/empresa
As lojas que aplicam a pesquisa parametrizada*,
além de ter acesso aos relatórios gratuitos
simples, também acessam:
GRATUITO
PARAMETRIZADO
*Que fornece dados por
meio de parâmetros
PLANO
PRO
7
INTRODUÇÃO | PLANOS DE RELATÓRIOS EBIT
SUMÁRIO EXECUTIVO
WEBSHOPPERS 35ª EDIÇÃO
Ainda que não tenha registrado o
expressivo crescimento de outro-
ra, o comércio eletrônico tem motivos
para comemorar o desempenho de
2016, com expansão nominal de 7,4%.
Foi um dos poucos setores a andar
na contramão da crise, registrado ex-
pansão, enquanto o varejo físico, por
exemplo, encolheu mais de 10% nos
últimos dois anos, de acordo com a
medição do Instituto Brasileiro de Ge-
ografia e Estatística (IBGE) voltando a
patamares registrados em 2012.
Inúmeros fatores ajudaram o e-com-
merce a passar pelos períodos mais agu-
dos da crise de forma menos dolorosa
no ano que passou: os preços oferecidos
pelo varejo eletrônico continuaram sen-
do menores do que os do varejo físico
e isso, em tempos de recessão, fez com
que o consumidor encontrasse nas com-
pras virtuais um meio de economizar. O
sucesso da Black Friday de 2016 deve-
-se, em partes, a essa busca pelos me-
lhores preços. Em um único dia, 25 de
novembro, as vendas atingiram a marca
de R$1,9 bilhão, alta de 17% ante 2015.
Soma-se a isso a expansão do mer-
cado de smartphones, que trouxe uma
enorme gama de novos e-consumidores
– mais de 21% das transações on-line fo-
ram realizadas por meio de dispositivos
móveis em 2016. No ano passado, quase
¼ da população brasileira - 48 milhões
de pessoas – compraram on-line pelo
menos uma vez, uma significativa alta de
22% ante 2015. Mesmo com a valorização
do dólar ante o real, a Ebit estima que 21,2
milhões de brasileiros compraram em lo-
jas virtuais internacionais no ano passado.
Depois de dois conturbados anos, a
economia brasileira esboça seus primei-
ros sinais de melhora - prova disso é o
controle da inflação da cesta de produtos
do comércio eletrônico medida pelo Índi-
ce FIPE Buscapé, que após registrar o au-
mento recorde de 11,76% em março, fe-
chou dezembro com deflação de 2,01% -,
por isso a Ebit acredita no fortalecimento
desses drivers para 2017. A expectativa é
de um ano de crescimento nominal mais
forte, de 12%, ainda sem o brilho dos pri-
meiros anos desta década, mas voltando
aos dois dígitos de crescimento.
8
INTRODUÇÃO | SUMÁRIO EXECUTIVO
E-commerce faturou R$44,4 bilhões,
crescimento nominal de 7,4%.
Índice FIPE Buscapé atingiu
inflação recorde de 11,76% em
março, mas fechou o ano com
deflação de 2,01%.
48 milhões de consumidores
compraram no comércio
eletrônico pelo menos uma vez
no ano, alta de 22% ante 2015.
21,2 milhões de consumidores
gastaram US$2,4 bilhões em sites
internacionais.
21,5% das transações on-line
foram realizadas via dispositivos
móveis. Em 2015, o share do
m-commerce foi de 12%.
Faturamento de R$1,9 bilhão em
25 de novembro equivale a 13
vezes a média de um dia comum.
Oferta de frete grátis caiu dois
pontos percentuais e 61% das
compras foram feitas com frete
pago em 2016.
Ebit prevê que o e-commerce
deverá crescer 12% em 2017,
com quase R$50 bi
em faturamento.
MAIS SMARTPHONES
BLACK FRIDAY
NA CONTRAMÃO DA CRISE
EM QUEDA
SITES INTERNACIONAIS
ESCALADA DE PREÇOS
QUASE ¼ DO BRASIL
DOIS DÍGITOS
DESTAQUES DO E-COMMERCE EM 2016
9
INTRODUÇÃO | SUMÁRIO EXECUTIVO
AVALIAÇÃO 360º
DO E-COMMERCE
EM 2016
CAPÍTULO 1
10
AVALIAÇÃO 360º DO
E-COMMERCE EM 2016
Oano de 2016 foi forte-
mente marcado pelo
crescimento do desemprego
no Brasil, atingindo quase
12% da população economica-
mente ativa no país, de acordo
com a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio
(PNAD) do Instituto Brasilei-
ro de Geografia e Estatística
(IBGE). Esta desconfiança do
brasileiro em relação à sua
fonte de renda e futuro,
além da grande instabilidade
política e econômica no país,
contribuiu para gerar fortes
quedas nas vendas do Varejo.
Emmeioaesteconturbado
cenário nacional, o comér-
cio eletrônico permaneceu
caminhando na contramão do
restante do mercado, apre-
sentando novamente cresci-
mento em 2016, porém, para
atingir resultados positivos, os
varejistas on-line precisaram
investir em tecnologia e
inovação e, principalmente, na
melhora dos processos ope-
racionais, na busca por maior
rentabilidade e sobrevivência.
Dentre os principais dife-
rencias do ano, as empresas
OS DISPOSITIVOS UTILIZADOS
PARA REALIZAR COMPRAS
NA INTERNET EM 2016
das
transações
foram
realizadas
por meio de
dispositivos
móveis
das
transações
foram
realizadas
por meio de
computador/
notebook
78.5%
21.5%
11
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
do setor de comércio eletrônico
buscaram fortalecer junto aos
consumidores dois dos princi-
pais diferenciais do e-commer-
ce, que são comodidade para
comprar e preços competitivos,
para atraí-los para o canal digi-
tal, fortalecido principalmente
pelo aumento das vendas via
dispositivos móveis.
Esta popularização do
acesso à internet por meio
de dispositivos móveis, per-
mitindo rápido acesso às in-
formações de preços, aliada
à melhora na qualidade dos
serviços e experiência de
compra, contribuíram para
aumentar migração das com-
pras do consumidor brasileiro
para o comércio eletrônico.
Em 2016, registramos cresci-
mento no número de e-con-
sumidores ativos no Brasil.
Isso mostra que o consumidor
continua buscando encontrar
no e-commerce vantagens
que o varejo tradicional não
consegue oferecer.
POPULARIZAÇÃO
DO USO DE
DISPOSITIVOS
MÓVEIS FORTALECEU
O E-COMMERCE
BRASILEIRO. EM 2016,
21,5% DAS COMPRAS
VIRTUAIS FORAM
FEITAS POR MEIO
DE SMARTPHONES
OU TABLETS
AS COMPRAS VIA DISPOSITIVOS MÓVEIS FORAM IMPORTANTES
PARA O AUMENTO DAS VENDAS NO BRASIL EM 2016. MUITOS
CONSUMIDORES, QUE NÃO TINHAM ACESSO À INTERNET, REALIZARAM NO
ANO PASSADO A SUA PRIMEIRA COMPRA UTILIZANDO O SMARTPHONE.
EM OUTROS PAÍSES DO BRICS, COMO CHINA E ÍNDIA, ESSE FENÔMENO
PODE SER CONSTATADO COM AINDA MAIS INTENSIDADE.
afirma o CEO da Ebit, Pedro Guasti
EVOLUÇÃO DOS E-CONSUMIDORES (ATIVOS)
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
NO BRASIL, 48 MILHÕES
DE CONSUMIDORES
FIZERAM PELO
MENOS UMA COMPRA
VIRTUAL EM 2016,
REPRESENTANDO, ASSIM,
UM AUMENTO DE 22%,
SE COMPARADO A 2015.
CONSUMIDORESÚNICOS
(MILHÕES)
31,27
37,99 39,14
47,93
2013 2014 2015 2016
20
40
50
30
10
22%
3%
22%
variação
variação variação
12
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
FEMININO MASCULINO
2015 2015
2016 2016
EM 2016, A PARTICIPAÇÃO
FEMININA FOI MAIOR NO
E-COMMERCE. FORAM
1.572.584 MAIS MULHERES
DO QUE HOMENS
A IDADE MÉDIA DO CONSUMIDOR
BRASILEIRO PERMANECE 43 ANOS,
DEVIDO À ENTRADA DE NOVOS
CONSUMIDORES COM IDADE MAIS REDUZIDA
AS REGIÕES SUL E CENTRO-OESTE REGISTRARAM
MAIOR CRESCIMENTO DE PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS
DO COMÉRCIO ELETRÔNICO, ENQUANTO QUE
REGISTRAMOS UMA REDUÇÃO PARA REGIÃO SUDESTE
PERFIL DOS COMPRADORES EM 2016
51,4%48,6%
6,3%
11,7%
48,4%51,6%
GÊNERO
FAIXA ETÁRIA REGIÕES
ATÉ
24 ANOS
ENTRE
25 E 34
ANOS
ACIMA
DE 50
ANOS
ENTRE
35 E 49
ANOS
IDADE MÉDIA
(ANOS)
FONTE: EBIT INFORMAÇÃOFONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
SUL
NORDESTE
CENTRO-
OESTE
NORTE
3,0% 12,5%
15,9%
8,5%
2016
2016
2016
2016
2,7%
2015
8% 23% 35% 34%
8% 21%
43,2
39% 33%
2015 2015
2015
2015 2015
2016 2016
43,4
2016
2016 2016
2015
2015
64,5%
SUDESTE
60,0%
2016
2015
14,8%
2015
13
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
2016
2016
2016
2016
2016
2015
2015
2015
2015
2015 7,26%
7,71%
18,65%
16,93%
22,40%
34,30%
15,90%
15,63%
22,12%
39,09% A RENDA MÉDIA
DOS CONSUMIDORES
ON-LINE REGISTROU
ALTA DE 8%,
POTENCIALIZADA PELO
ENFRAQUECIMENTO
DA CLASSE C NAS
COMPRAS NO COMÉRCIO
ELETRÔNICO
RENDA FAMILIAR
PARTICIPAÇÃO DAS FAIXAS DE RENDA NO E-COMMERCE (VOLUME DE PEDIDOS)
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
ATÉ R$ 3 MIL DE R$ 3 MIL A R$ 8 MIL
30%
20%
40%
60%
50%
10%
1s/13 1s/151s/14 1s/162s/13 2s/152s/14 2s/16
No ambiente digital, é
fundamental conhecer e
monitorar constantemente
as movimentações do mer-
cado, além do comporta-
mento dos consumidores
frente a essas mudanças. Os
dados abaixo representam
os principais fatores que in-
fluenciam no processo de
decisão de compra dos con-
sumidores on-line:
MAIS DE R$ 8 MIL
40,9
50,3
48,5
43,4
49,0
46,1
43,5
41,6
A RENDA FAMILIAR
MÉDIA DO
E-CONSUMIDOR
AUMENTOU 8% EM
2016, PARA R$ 5.142
0%
41,1
17,9
38,5
13,0
40,2
16,3
38,6
12,4
39,4
14,5
36,9
19,7
37,5
20,8
37,7
12,0
MENOS DE
R$ 3.000
ENTRE R$ 3.001
E R$ 5.000
ACIMA DE
R$ 8.001
PREFIRO NÃO
RESPONDER
ENTRE R$ 5.001
E R$ 8.000
RENDA
FAMILIAR
MÉDIA
R$ 5.142
R$ 4.761
2015
2016
14
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
FRETE GRÁTIS
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
MERCADO GERAL TOP 10
30%
20%
35%
25%
40%
45%
50%
15%
10%
5%
As lojas continuam o mo-
vimento de redução da ofer-
ta de frete grátis e os e-con-
sumidores passaram a optar
pelo pagamento à vista ou
em até três parcelas, devido
às altas taxas de juros, aos
descontos adicionais para pa-
gamento em uma única par-
cela e o risco de desemprego.
NA BUSCA POR MAIOR RENTABILIDADE E PARTICIPAÇÃO NAS
VENDAS, A ESTRATÉGIA DAS EMPRESAS DE E-COMMERCE EM 2016
CONSISTIU EM ACOMPANHAR AINDA MAIS DE PERTO O PREÇO
DOS PRODUTOS, PRAZO DE ENTREGA E PREÇO DO FRETE NA
CONCORRÊNCIA, SENDO ESSES OS FATORES DECISIVOS
NO PROCESSO DE AUMENTO DAS VENDAS.
destaca o CEO da Ebit, Pedro Guasti
0%
1t/15 1t/163t/15 3t/162t/15 2t/164t/15 4t/16
SEGUINDO
A TENDÊNCIA
REGISTRADA DESDE
JULHO/2014, AS LOJAS
DE E-COMMERCE
MANTIVERAM
A ESTRATÉGIA DE
COBRAR PELO
FRETE NAS VENDAS,
PORÉM REGISTRAMOS
UMA PEQUENA
REDUÇÃO NO
PERCENTUAL DE
FRETE GRATUITO
PARA OS GRANDES
VAREJISTAS EM 2016
Durante o ano de 2016, 61%
das compras on-line foram
realizadas com frete pago.
Com o cenário de instabi-
lidade no país e com objetivo
de não gerar muito endivida-
mento, o ano de 2016 regis-
trou uma leve mudança na
forma de pagamento das
43%
43%
40%
33%
40%
19%
38%
30%
44%
43%
40%
27%
42%
26%
36%
28%
15
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
À VISTA 2-3 VEZES 4-12 VEZES OU MAIS
Mais incentivo para
pagamento à vista
(no boleto) ou em
até três vezes.
Os sites têm limitado
os pagamentos em
no máximo dez vezes,
com exceção quando o
cliente utiliza cartões
das próprias lojas
(private label), onde
existe a possibilidade
de divisão em maior
número de parcelas.
Na busca pela antecipação
do fluxo de caixa e a
elevada taxa básica de
juros na economia, as lojas
têm optado por oferecer
prazos de parcelamento
menores e com juros.
PRINCIPAIS FORMAS DE PAGAMENTO
MÉDIA DE PARCELAMENTO
(NÚMERO DE PARCELAS)
39,3%
42,2%
24,3%
24,5%
36,5%
33,4%2016
2016
2015
2015
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
PONTOS DE DESTAQUE
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
PARCELAMENTO:
EM 2016,
O CONSUMIDOR
ON-LINE OPTOU
POR PARCELAR
MENOS AS
COMPRAS
compras on-line: enquanto
em 2015, 39% dos consumi-
dores preferiram pagar à vis-
ta, em 2016, 42% decidiram
pagar em uma única parcela
suas compras, aproveitando
inclusive incentivos das lo-
jas com descontos para, por
exemplo, pagamento com
boleto bancário.
3,7 PARCELAS 3,5 PARCELAS
16
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
DADOS FINANCEIROS: PEDIDOS,
FATURAMENTO E TÍQUETE MÉDIO
Mesmo em ritmo menos
acelerado, se compa-
rado com todo o histórico
de comércio eletrônico no
Brasil, as vendas em 2016
EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO NO E-COMMERCE
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
50
40
30
20
10
120%
100%
60%
20%
80%
40%
R$BILHÕES
VARIAÇÃOFINANCEIRO
20%
2011 2013 20152012 2014 2016
NÚMERO DE PEDIDOS
NO COMÉRCIO ELETRÔNICO
De acordo com as informa-
ções coletadas pela Ebit, o
volume transacional em 2016
foi o mesmo do ano anterior,
registrando um total de 106 mi-
lhões de pedidos. Este núme-
ro só não foi menor devido à
maior recuperação das vendas
no segundo semestre do ano,
principalmente pelo aumento
das vendas na Black Friday e
outras datas sazonais.
Assim, o fator que impul-
sionou o crescimento do fa-
mantiveram a ascensão e
apresentaram novamente
crescimento. Segundo dados
coletados, o faturamento do
comércio eletrônico foi de
R$ 44,4 bilhões. O número
representa um crescimento
nominal de 7,4% em relação
a 2015, quando registrou-se
R$ 41,3 bilhões.
18.7
28.8
44.4
22.5
41.3
35.8
28%
7.4%
15%
24%26%
17
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
30%
20%
10%
0%
25%
15%
5%
-5%
110%
50%
90%
30%
70%
10%
-10%
120
100
80
40
60
20
VOLUME
VARIAÇÃOTÍQUETE MÉDIO
turamento no e-commerce bra-
sileiro foi o aumento do tíquete
médio, impulsionado pela alta
nos preços de produtos na In-
ternet, conforme registrado pelo
Índice FIPE Buscapé e aumento
das vendas de categorias de pro-
dutos de maior valor agregado
como, por exemplo, eletrodo-
mésticos e telefonia/celulares.
Registramos um cresci-
mento de 8% no tíquete médio
dos consumidores on-line em
2016, diretamente proporcional
ao crescimento das vendas.
EVOLUÇÃO DO VOLUME DE PEDIDOS NO E-COMMERCE
EVOLUÇÃO DO TÍQUETE MÉDIO DE PEDIDOS NO E-COMMERCE
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
TÍQUETE MÉDIO
REGISTROU
AUMENTO
DE 8%, EM LINHA
COM O CRESCIMENTO
DAS VENDAS
2011 2013 20152012 2014 2016
VARIAÇÃOPEDIDOS
400
300
200
100
150
50
250
350
450
R$REAIS
349
327
417
338
388
347
2011 2013 20152012 2014 2016
-3%
8%
-3%
12%
6%
-6%
88.3
106.3
66.7
106.5103.4
34%
32%
25%
3%
17%
-0.2%
53.7
18
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
SHARE DE CATEGORIAS
CATEGORIAS MAIS VENDIDAS
EM VOLUME DE PEDIDOS
EM VOLUME FINANCEIRO
1. ELETRO-
DOMÉSTICOS
23.0%
2. TELEFONIA /
CELULARES
21.0%
3. ELETRÔNICOS
12.4%
4. INFORMÁTICA
9.5%
5. CASA E
DECORAÇÃO
7.7%
6. MODA E
ACESSÓRIOS
5.6%
7. SAÚDE /
COSMÉTICOS
E PERFUMARIA
4.5%
10. ESPORTE
E LAZER
2.5%
9. ACESSÓRIOS
AUTOMOTIVOS
2.7%
10. BRINQUEDOS
E GAMES
3.0%
2. ELETRO-
DOMÉSTICOS
13.1%
5. TELEFONIA /
CELULARES
10.3%
8. ELETRÔNICOS
4.7%
7. INFORMÁTICA
5.9%
6. CASA E
DECORAÇÃO
9.8%
1. MODA E
ACESSÓRIOS
13.6%
4. SAÚDE /
COSMÉTICOS
E PERFUMARIA
11.2%
9. ESPORTE
E LAZER
3.8%
3. LIVROS /
ASSINATURAS /
APOSTILAS
12.2%
8. LIVROS /
ASSINATURAS /
APOSTILAS
3.2%
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
As categorias
Acessórios e
Automotivos e Casa e
Decoração cresceram
em 2016, principalmente
pela crise que reduz a
venda de novos veículos
e aumenta o tempo
dentro de casa.
Com 13,6% de
share em volume
de pedidos, a
categoria de Moda
e Acessórios
voltou a liderar
as vendas do
e-commerce
brasileiro.
Assim como registrado
em 2015, a categoria
de Telefonia/Celulares
também cresceu em
2016, fortalecido
principalmente pelo
aumento do preço
médio gasto pelos
consumidores.
Apesar da pequena
queda de 0,2% no
volume de pedidos,
a categoria
Eletrodomésticos
ainda é a líder
em faturamento
do comércio
eletrônico.
A categoria de
Informática
apresentou queda
em 2016, devido
à diminuição na
quantidade de pedidos
acompanhando o que
acontece a realidade
desse mercado.
PRINCIPAIS DESTAQUES
19
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
ENTREGA E SATISFAÇÃO
- NPS E PRAZO DE ENTREGA
Aqualidade dos serviços
prestados pelos varejistas
on-line manteve-se estável e
com boa qualidade em 2016,
porém a Ebit registrou um pe-
queno aumento no volume de
atraso na entrega, chegando ao
percentual de 8,5%, potenciali-
zado principalmente por datas
sazonais,quandoocorremgran-
de concentrações das vendas.
O tempo médio de entrega
prometido pelas lojas registrou
redução em 2016, se compara-
do com o ano anterior.
O Net Promoter Score®
(NPS) é um indicador que
mensura a satisfação e a fi-
delização dos clientes. No
balanço geral dos últimos
12 meses, o NPS se manteve
próximo de 65% a partir de
maio de 2016, um resultado
semelhante ao mesmo perío-
do de 2015. A partir de novem-
bro, com o aumento do atraso
devido ao grande volume das
vendas do Black Friday, o in-
dicador apresentou queda de
12 pontos percentuais, reto-
mando o patamar próximo de
anos anteriores.
% DE ATRASO NA ENTREGA PRAZO MÉDIO PROMETIDO
NPS X ATRASO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
1t/15 1t/163t/15 3t/162t/15 2t/164t/15 4t/16
ATRASONPS
30%
20%
40%
70%
50%
60%
10%
58%
9,4%
66%
5,8%
61%
7,7%
63%
7,7%
64%
6,8%
64%
7,7%
65%
6,5%
59%
11,2%
0%
EBIT REGISTROU AUMENTO NO
PERCENTUAL DE ATRASO NA ENTREGA,
QUE CHEGOU A 8,5% EM 2016
7,5% 9,4
dias
9,1
dias
8,5%
2016 20162015 2015
20
CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
21
EXPECTATIVAS PARA
O E-COMMERCE
EM 2017
CAPÍTULO 2
21
PREVISÃO PARA 2017
As expectativas de recuperação da econo-
mia brasileira têm apresentado sinais de
melhora, principalmente nos últimos meses.
Especialistas do setor e o próprio governo, po-
rém, entendem que ainda não será em 2017
que o Brasil se recuperará totalmente da cri-
se. A previsão é que para este ano registre um
crescimento anual do Produto Interno Bruto
(PIB) entre 0,5 e 1%, o que parece tímido, con-
tudo melhor que as quedas acumuladas de
2014 e 2015, acima de 7%.
Apesar de ritmo mais lento, o movimento
de queda da inflação se acelerou no 2º semes-
tre de 2016, permitindo que o Banco Central
reduza a taxa básica de juros (Selic) neste ano,
podendo chegar próxima a 10% no final de
2017, dando um alento à economia do país.
Quando olhamos para o varejo restrito me-
dido pelo IBGE, as expectativas dos analistas
para este ano não são muito animadoras, fi-
cando próximas de crescimento zero, porém
esperançosas quando comparadas à queda
acumulada acima de 10% nos últimos dois
anos, voltando a patamares de 2012.
O COMÉRCIO ELETRÔNICO NESTE
CENÁRIO DEVERÁ VOLTAR A CRESCER
EM UM RITMO ACIMA DO APRESENTADO
EM 2016, E COM MUITO ESPAÇO PARA
PROGRESSO NOS PRÓXIMOS ANOS.
COM AS ALTAS TAXAS DE DESEMPREGO NO
PAÍS E COM O AVANÇO DE PLATAFORMAS
DE E-COMMERCE E DOS MARKETPLACES,
ACREDITAMOS QUE NOVOS
EMPREENDEDORES SURGIRÃO NO VAREJO
ON-LINE BRASILEIRO EM 2017. DEVIDO AO
APERTO NO BOLSO DOS CONSUMIDORES,
TEREMOS REFORÇO NAS VANTAGENS
COMPETITIVAS DO VAREJO ON-LINE.
Pedro Guasti, CEO da Ebit
22
CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
ESTIMATIVA DO
CRESCIMENTO EM 2017
AEbit prevêqueomovimentodemigraçãodas
vendas para o meio digital deva continuar
e, desta forma, estima um crescimento nominal
de 12% no faturamento do comércio eletrônico,
Estasnotíciaseprevisõesaindapoucoanimado-
ras acabam influenciando empreendedores a pen-
sar duas vezes antes de realizar qualquer tipo de in-
vestimento.Porém,aEbitestimaque2017serámais
umanoparaoe-commercebrasileirocaminharno-
vamente na contramão dos outros setores, forta-
lecido principalmente pelas vendas via dispositivos
móveis, entrada de novos e-consumidores, além da
retomada do crescimento no volume de pedidos.
O comércio eletrônico no Brasil ainda é
muito fragmentado, o que abre espaço para
muita competição. Em tempos de crise e com
o orçamento apertado, é natural que o consu-
midor pesquise muito antes de realizar uma
compra. Neste cenário, o comércio eletrônico
ganha ainda mais destaque uma vez que ofe-
rece possibilidades de comparação de preços
de forma muito simples e rápida pela internet.
FATURAMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
atingindo um total de R$49,7 bilhões em 2017.
Assim como em 2016, parte do crescimento do
faturamento no e-commerce deverá ser impul-
23
CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
50
40
30
20
10
100%
40%
80%
20%
60%
R$BILHÕES
VARIAÇÃOFINANCEIRO
18.7
28.8
44.4
22.5
41.3
35.8
49.7
26%
28%
7%
20%
15%
24%
12%
2011 2013 20152012 2014 2016 2017e
CRESCIMENTO DO VOLUME DE PEDIDOS E ESTIMATIVA PARA 2017
VARIAÇÃO DO TÍQUETE MÉDIO E ESTIMATIVA PARA 2017
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
400
300
200
100
500
120
60
80
20
100
40
100%
25%
120%
30%
40%
5%
-5%
80%
15%
20%
20%
0%
60%
10%
VOLUME(BI)R$REAIS
VARIAÇÃOTÍQUETE MÉDIO
VARIAÇÃOPEDIDOS
2011
2011
2013
2013
2015
2015
2012
2012
2014
2014
2016
2016
2017e
2017e
349 327
418
338
388
347
452
-6%
-3%
8%
-3%
12%
6%
8%
sionado pelo aumento de preços e também pela
maior participação das vendas para categorias
como eletrodoméstico, smartphones, casa e de-
coração e peças e acessórios automotivos. Mesmo
com inflação mais baixa em 2017, a estimativa é re-
gistrarmos um crescimento de 8% do tíquete mé-
dio,atingindoovalormédioanualdeR$452,00,de-
vido à venda de produtos de maior valor agregado.
Estima-se também que tenhamos um aumen-
to no ano de 3,5% no total de pedidos, chegando a
um total de 110 milhões no ano de 2017.
O AUMENTO DAS VENDAS EM LOJAS
VIRTUAIS NO PAÍS TAMBÉM SE DEVE
AOS NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO DA
POPULAÇÃO. A MIGRAÇÃO DAS COMPRAS
DO VAREJO FÍSICO PARA O COMÉRCIO
ELETRÔNICO É FATOR QUE CONTRIBUIRÁ
PARA AUMENTO DAS VENDAS. ESTIMAMOS
QUE EM 2017 AS VENDAS DO E-COMMERCE
REPRESENTARÃO CERCA DE 4,3% DAS VENDAS
DO VAREJO NO BRASIL, ANTE 3,8% EM 2016.
André Dias, COO da Ebit
53.7
88.3
106.3
66.7
106.5103.4
110.0
34% 32%
0%
25%
3%
17%
4%
24
CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO
DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS EM 2017
Em 2016, segundo estimativas preliminares
da Associação Brasileira da Industria Elétri-
ca e Eletrônica (ABINEE), o mercado de telefo-
nes celulares deve ter encerrado o ano com
aumento nas vendas de 2%, apesar da queda
em unidades vendidas, de 11%. Por outro lado,
a previsão de queda nas vendas de desktops
foi de 37%, e notebooks de 30%, mostrando
uma preferência de investimento pela popula-
ção em dispositivos móveis, ocasionando mu-
dança de hábito na vida das pessoas.
Esse comportamento já vem sendo apon-
tada pela Ebit desde 2012, porém mostrou ace-
leração a partir de 2015. Somente em 2016 a
participação das compras virtuais via dispositi-
vos móveis mais do que dobrou, chegando em
dezembro de 2016 a 26% das compras on-line.
Para 2017, a estimativa da Ebit para a partici-
pação dos dispositivos móveis nas compras vir-
tuais é de um crescimento de 41%, podendo che-
gar no final do ano a 32% das compras virtuais.
FONTE: EBIT INFORMAÇÃO
2011
2013
2015
2012
2014
2016
2017
CRESCIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOS SMARTPHONES NAS COMPRAS VIRTUAIS
2.5%
9.7%
0.8%
4.8%
16.0%
0.1%
0.3%
3.6%
10.1%
1.3%
7.0%
23.0%
25.0%
32.0%
15% 25% 35%0% 10% 30%5% 20%
JAN
JAN
JAN
JAN
JAN
JAN
JAN*
JUN
JUN
JUN
JUN
JUN
JUN
DEZ (e)
EBIT ESTIMA QUE
AS COMPRAS POR
DISPOSITIVOS
MÓVEIS
DEVAM
REPRESENTAR
32% DO TOTAL EM
DEZEMBRO DE 2017
25
CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
A IMPORTÂNCIA DAS
DATAS SAZONAIS EM 2017
Tradicionalmente, as datas sazonais ala-
vancam as vendas do comércio ele-
trônico desde que a Ebit começou a mo-
nitorar o mercado, em 2001. Sabemos da
importância do período de Natal, que so-
mente em 2016 representou 17% (financei-
ro) das vendas no ano, seguido do Dia das
MãeseDiadosNamorados,representando
ambas 4% das vendas.
Porém, desde 2012
uma nova data sazo-
nal vem ganhando
relevância no cenário
do e-commerce nacio-
nal, copiada e adap-
tada “às avessas” do
modelo americano, a
chamada Black Friday.
Somente em 2016, o
mercado assistiu a um
faturamento de R$ 1,9 bilhão somente nas
24 horas do dia 25 de Novembro, cres-
cendo 17% em relação ao ano anterior.
Outradataquegradualmentevemga-
nhando espaço na agenda do mercado de
e-commerceéoDiadoConsumidorBrasil,
em2017comemoradodia15demarço,que
prometeagitaromercadoemummêstra-
dicionalmente fraco em vendas. Em 2016
este dia apresentou um volume superior
em 100% a um dia normal de vendas.
Com o aumento da relevância das
vendas em datas sazonais, a Ebit aler-
ta para a importância do planejamen-
to de toda a cadeia
responsável pelo su-
cesso das iniciativas,
começando pelo ges-
tor de varejo nego-
ciando previamente
os descontos com os
fabricantes, passando
pelas áreas de tecno-
logia, pagamentos,
análise de riscos, ful-
fillment (atendimento
do pedido), logística
e atendimento. Qualquer ruptura dos
elos da cadeia pode acarretar atrasos
e redução de expectativas, ocasionan-
do perdas e insatisfação dos consu-
midores. Tivemos em 2016 o melhor
Black Friday desde seu início no Brasil,
com baixos índices de reclamações,
monitorados pela Fundação Procon.
A CADA ANO,
BLACK FRIDAY E
DIA DO CONSUMIDOR
BRASIL GANHAM
MAIS FORÇA NO
CALENDÁRIO
DO COMÉRCIO
ELETRÔNICO
26
CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
PESQUISA
CROSS BORDER
CAPÍTULO 3
27
A ELEVAÇÃO DAS COMPRAS
EM SITES INTERNACIONAIS
De 2013 a 2015, quando a
economia nacional já de-
monstrava sinais de enfraque-
cimento e aceleração da infla-
ção, registramos um expressivo
aumento de 110 porcento no
crescimento do número de
e-consumidores que afirma-
ram terem realizado compras
em sites internacionais, mo-
vidos pela grande diferença
de preços dos produtos, prin-
cipalmente de sites chineses.
Durante 2016, a cotação do
dólar frente ao real sofreu forte
valorização no primeiro trimes-
tre, atingindo patamares supe-
riores a R$ 4,00 e, consequente-
mente, gerando encarecimento
dos preços dos produtos em sites
fora do Brasil. Entretanto, após
BRASILEIROS
GASTARAM
US$ 2,4 BILHÕES
EM SITES
ESTRANGEIROS
DE BENS DE
CONSUMO EM
2016, ALTA DE 17%
REALIZADA ANUALMENTE PELA EBIT,
A PESQUISA CROSS BORDER TEM COMO
FINALIDADE AVALIAR O COMPORTAMENTO
DE COMPRA DOS E-CONSUMIDORES
BRASILEIROS EM SITES INTERNACIONAIS.
Esta é a quarta edição do estudo sobre
o tema, permitindo, assim, entender as
principais variações ocorridas ao longo dos
últimos anos. Na pesquisa realizada entre
os dias 09 e 19 de dezembro de 2016,
foram entrevistados 2.722 consumidores
virtuais que fizeram pelo menos uma compra
online nos últimos 12 meses no Brasil.
28
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
Apesar do percentual de
consumidores que compraram
fora do Brasil não ter crescido
em relação a 2015, se conside-
rarmos que o patamar de con-
sumidores ativos em sites na-
cionais cresceu 21% em 2016,
a Ebit estima 21,2 milhões de
consumidores únicos fizeram
compras em sites fora do Brasil
no ano passado.
Somente em 2016, a Ebit
estima que os e-consumido-
res brasileiros gastaram em si-
tes estrangeiros na compra de
bens de consumo, algo como
US$ 2,4 bilhões, aumento de
17% em relação a 2015, e 38%
maior que 2014.
VOCÊ FEZ COMPRAS ONLINE EM SITES DE
OUTROS PAÍSES NOS ÚLTIMOS 12 MESES?
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
mudançaspolíticaseeconômicas
no Brasil ao longo do ano, a moe-
da brasileira apresentou certa va-
lorização frente ao dólar, fechan-
do o ano com cotação perto de
R$ 3,30. Porém, mesmo com a
recuperação do segundo semes-
tre, quando comparada à média
do ano de 2016 ante 2015, re-
gistrou-se uma desvalorização
de 5% da moeda nacional, dei-
xando os produtos importados
um pouco mais caros em 2016.
Mesmo com este cenário
cambial não muito favorável,
53% dos entrevistados declara-
ram ter comprado em sites de
outros países, basicamente o
mesmo patamar de 2015.
SIM NÃO
2013
2014
2016
2015
CONSUMIDORES VIRTUAIS
EM SITES INTERNACIONAIS
USUÁRIOS ÚNICOS
(EM MILHÕES)
30% 50% 80% 100%0% 10% 40% 70%20% 60% 90%
33%
39%
54%
53%
67%
61%
46%
47%
2013
CONSUMIDORES
ÚNICOS
VARIAÇÃO
ANUAL
8,3 -
2014
CONSUMIDORES
ÚNICOS
VARIAÇÃO
ANUAL
12,3
2015
CONSUMIDORES
ÚNICOS
VARIAÇÃO
ANUAL
17,5
2016
CONSUMIDORES
ÚNICOS
VARIAÇÃO
ANUAL
21,2
49%
42%
21%
29
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
Outro dado importan-
te apontado na pesquisa foi
a pequena redução da fre-
quência de compras em sites
internacionais. Em 2016, cada
comprador fez, em média, 3,7
compras, enquanto que em
2015 foram 3,8 compras e em
2014, esse número foi de 3,2.
Somente a título de compa-
ração, em 2016 a frequência
de compras de cada consu-
midor em sites nacionais foi
de 2,2 compras.
A pesquisa mostrou o im-
pacto na alta do dólar ocorri-
da de 2015 a 2016. Se por um
lado a frequência de com-
pras se manteve estável nos
últimos dois anos, por outro,
registramos que o tíquete
médio das compras em dólar
caiu 27% de 2014 para 2015, e
se manteve estável em 2016.
O fator determinante para
o crescimento do faturamen-
to das compras em sites in-
ternacionais, em 2016, foi o
aumento do número de con-
sumidores. Em compensação,
caiu a frequência de com-
pras e o gasto individual dos
compradores (tíquete mé-
dio) permaneceu estável.
MESMO COM A ALTA
DO DÓLAR E EXPERIÊNCIA
DE COMPRA RUIM
DOS CONSUMIDORES
BRASILEIROS, DEVIDO
AO LONGO PRAZO DE
ENTREGA E ATRASOS
NO RECEBIMENTO DOS
PRODUTOS, AS VENDAS
EM SITES INTERNACIONAIS
CONTINUAM SENDO
IMPULSIONADAS POR
FATORES COMO PRODUTOS
EXCLUSIVOS E PREÇOS
AINDA COMPETITIVOS,
CONTRIBUINDO, ASSIM,
PARA REGISTRARMOS
UM FATURAMENTO DE
US$ 2,4 BILHÕES EM 2016,
UM CRESCIMENTO DE
17% SE COMPARADO
COM O ANO ANTERIOR.
afirma o COO da Ebit,
André Dias
COMPRAS
CROSS
BORDER
TÍQUETE
MÉDIO
VARIAÇÃO
ANUAL
VARIAÇÃO
ANUAL
US$ 1,49 BI
US$ 59,41
US$ 2,02 BI
US$ 35,46
US$ 1,72 BI
US$ 48,36
US$ 2,37 BI
US$ 35,69
- -26,7%-18,6% 0%
- 18%16% 17%
30
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
OS SITES MAIS
COMPRADOS NO EXTERIOR
Em 2016 vimos que os si-
tes chineses continuam
exercendo grande influência
nas compras internacionais,
mas sem apresentar a mes-
ma evolução registrada em
2014, quando o Aliexpress.
com, o preferido dos brasilei-
ros, apresentou um expressivo
crescimento. Porém, em 2016,
verificamos que a preferência
do consumidor brasileiro em
compras no site internacional
da Apple foi o único que apre-
sentou aumento em relação ao
ano anterior, chegando a 10%,
ficando a dois pontos percen-
tuais do site Deal Extreme.
De qualquer forma, não re-
gistramos grandes alterações
na relação de preferência de
compras em sites internacio-
nais em 2016.
ALIEXPRESS
E AMAZON
PERMANECEM COMO
OS SITES PREDILETOS
PARA A REALIZAÇÃO
DE COMPRAS
INTERNACIONAIS
PELOS BRASILEIROS
EM 2016
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA
2016201520142013
(internacional) (internacional)
50%
40%
30%
20%
10%
0,0%
20
50
46 45
9 9 8
10
18
14 14
12
27 28
26 2625 25
42
40
TOP 5 SITES MAIS COMPRADOS
1. 3.2. 4. 5.
31
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
CATEGORIAS MAIS COMPRADAS
EM SITES INTERNACIONAIS
Quando analisamos as dez
categorias mais vendidas
de 2016, nos sites internacionais,
duas apresentaram queda aci-
ma de três pontos percentuais
em relação a 2015: Moda e Aces-
sórios e Livros, que aparente-
mente deixaram de ser priorida-
de nas escolhas ou comprar em
sites nacionais tornou-se mais
TOP 10 CATEGORIAS MAIS COMPRADAS EM SITES INTERNACIONAIS
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA
vantajoso, sendo melhor opção.
Por outro lado, a categoria ele-
trônicos abriu vantagem de nove
pontos percentuais em relação à
segunda posição, informática.
MODA E ACESSÓRIOS
COSMÉTICOS E PERFUMARIA
/CUIDADOS PESSOAIS
CASA E DECORAÇÃO
INFORMÁTICA
BRINQUEDOS E GAMES
LIVROS
TELEFONIA/CELULARES
ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS
ESPORTE E LAZER
ELETRÔNICOS
1º
15% 25% 40%35%0% 10% 30%5% 20%
2º
3º
4º
5º
6º
9º
8º
7º
10º
26%
33%
29%
24%
16%
11%
16%
17%
8%
9%
14%
12%
31%
24%
27%
25%
17%
9%
17%
17%
9%
10%
18%
13%
24%
12%
18%
18%
8%
11%
10%
13%
10%
12%
10%
11%
26%
31%
31%
34%
2016201520142013
32
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
ENTREGA DE PRODUTOS COMPRADOS
EM SITES INTERNACIONAIS
Definitivamente comprar em
sites internacionais e rece-
ber os produtos em endereço
no Brasil é a maior preferência
dos consumidores. Esta vem
sendo a forma mais escolhida
desde 2013, ano em que a Ebit
começou a pesquisar as com-
LOCAL DE ENTREGA DOS PRODUTOS
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA
Essa categoria vem perdendo
espaço com o crescimento do
uso de smartphones.
Outra categoria que apre-
sentou crescimento expressivo
foi a de acessórios automotivos,
que ganhou três pontos percen-
tuais em 2016. Traçando um pa-
ralelo com as compras em sites
nacionais, o aumento no fatura-
mento em 2016 foi impulsiona-
do pela retração nas vendas de
veículos novos e consequente
necessidade de realizar manu-
tenção na frota de automóveis
usados (crescimento nominal
de 58% em relação a 2015).
UMA DAS
CATEGORIAS
QUE REGISTROU
CRESCIMENTO
EXPRESSIVO EM 2016
FOI A DE ACESSÓRIOS
AUTOMOTIVOS
pras internacionais. Em 2016,
esse patamar foi de 84%, queda
de dois pontos percentuais com
relação ao ano anterior.
O recuo da preferência do
transporte dos produtos ad-
quiridos no exterior na volta
para o Brasil em viagens in-
ternacionais está diretamente
ligada à redução nas viagens
ao exterior ocorrida em 2016,
impacto direto da crise econô-
mica. Segundo a Associação
Brasileira das Agencias de Via-
gens (ABAV), de janeiro a ou-
tubro de 2016, os gastos dos
brasileiros no exterior soma-
ram US$ 11,901 bilhões. Já no
mesmo período de 2015 esse
valor foi de US$ 15,141 bilhões,
um recuo de 21%.
MEU ENDEREÇO NO BRASIL FORA DO BRASIL (casa de amigos, hotel, etc.)
SKYBOX (caixa postal no exterior)RECEBIMENTO ELETRÔNICO/DOWNLOAD OUTROS
60% 100%0% 40%20% 80%
88%
4%
12%
1%
1%
89%
2%
10%
1%
0%
86%
6%
23%
2%
0%
84%
4%
20%
2%
2%
33
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
PRAZO E CUMPRIMENTO
DE ENTREGA
Novamente, em 2016,
constatamos que o pra-
zo de entrega para as com-
pras internacionais é maior
se comparado às compras
nacionais.
Nas compras realizadas
em sites fora do Brasil, em
2016, o consumidor informou
que a entrega dos produtos
demorou, em média, 36 dias,
o mesmo patamar de 2015,
o que demonstra ser mais
difícil acontecer significativa
redução no prazo prometido
de entrega.
Apesar do mesmo pra-
zo prometido de entrega
em 2016, outro indicador
apresentou estabilidade nas
compras internacionais. Em
2016, 79% dos consumidores
em sites internacionais afir-
maram que receberam seus
produtos no prazo prometi-
do, apenas um ponto percen-
tual acima de 2015. Nas com-
pras realizadas no Brasil em
2016 esse indicador foi bem
melhor, com 89% de entre-
gas realizadas no dentro do
prazo prometido.
NÚMERO DE DIAS CORRIDOS PARA ENTREGA
RECEBEU SUA ÚLTIMA COMPRA INTERNACIONAL NO PRAZO PROMETIDO?
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
NO CROSS BORDER, OS INDICADORES DE 'PRAZO PROMETIDO
DE ENTREGA' E 'ATRASO NO RECEBIMENTO DOS PEDIDOS'
APRESENTAM PERFORMANCE BEM ABAIXO SE COMPARADO
COM OS DADOS DOS SITES NACIONAIS. ASSIM COMPRAR FORA
DO BRASIL AINDA GERA MUITA DESCONFIANÇA E INSATISFAÇÃO
PARA OS CONSUMIDORES VIRTUAIS BRASILEIROS
comenta o COO da Ebit, André Dias
NÃOSIM
30%70% 22%78%35%65% 21%79%
2013 2014 2015 2016
32 DIAS 36 DIAS42 DIAS 36 DIAS
2013 20152014 2016
34
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
PRAZO PARA ENTREGA,
FRETE E IMPOSTOS
Os brasileiros continuam
comprando em sites in-
ternacionais, alegando que o
preço mais baixo na compara-
ção com o similar nacional é a
principal motivação. O preço
foi apontado como fator decisi-
vo para comprar em sites fora
do Brasil por 67% dos entrevis-
tados, o mesmo patamar apre-
sentado em 2015.
Do total de consumidores,
25% apontaram que, em 2016,
compraram nos sites estran-
geiros produtos que não esta-
vam disponíveis nos sites bra-
sileiros. Outros importantes
fatores que contribuíram para
as compras em sites interna-
cionais foram o frete grátis e
o não pagamento de impos-
tos. Mais da metade dos
PAGOU IMPOSTO NA ÚLTIMA COMPRA? PAGOU FRETE NA ÚLTIMA COMPRA?
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
PREÇO MAIS BAIXO
É O FATOR DECISIVO
PARA COMPRAS EM
SITES ESTRANGEIROS
E O FRETE GRÁTIS
CONTINUA TENDO UM
GRANDE APELO PARA
O CONSUMIDOR
NÃONÃO NÃO SEI/NÃO LEMBRONÃO SEI/NÃO LEMBRO SIMSIM
0,0%
2013 20152014 2016
10%
20%
30%
50%
60%
70%
40%
0,0%
2013 20152014 2016
10%
20%
30%
50%
60%
70%
40% 38%
37%
31%
40%
38%
49%
53%
55%
50%
13%
14%
11%
10%
56%
64%
52% 52%
40% 41%
32%
6%
5%
8%
7%
35
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
FORMA DE PAGAMENTO
EM SITES INTERNACIONAIS
Omeio de pagamento prefe-
rido do brasileiro continua
sendo o cartão de crédito. Essa
foi a forma de pagamento utili-
zada por 62% dos consumidores
em sua última compra, seguido
do Paypal, com 28%. Se consi-
derarmos o boleto, com 9%,
sendo a terceira opção de paga-
mento, todos apresentam prati-
camente a mesma preferência,
se comparado ao ano anterior.
Na pesquisa buscamos en-
tender qual seria o compor-
tamento do consumidor se o
mesmo produto comprado no
site estrangeiro estivesse dis-
ponível no Brasil, com preços
competitivos aos das lojas in-
ternacionais. Dos pesquisados,
45% afirmaram que prefeririam
comprar nos sites nacionais.
Porém 36% afirmou que não
teriam certeza do que fariam.
FORMA DE PAGAMENTO NA ÚLTIMA COMPRA
FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT
respondentes não pagaram
o frete (52%), o mesmo valor
apresentado em 2015, mos-
trando que o fator frete grá-
tis continua sendo um grande
apelo para o consumidor.
Dos consumidores pesqui-
sados, 53% afirmaram que não
pagaram imposto em sua últi-
ma compra internacional, em
2016, patamar ainda maior que
2015 (49%). Apesar das informa-
ções divulgadas pela Receita
Federal de melhoria de proces-
sos e aumento de fiscalização
ao longo do ano passado, na
pesquisa verificamos que, na
prática, isso não aconteceu.
CARTÃO
DE CRÉDITO
PAYPAL BOLETO
BANCÁRIO
OUTROS
2013 63% 28% 7% 2%
2014 54% 24% 20% 2%
2015 62% 27% 9% 2%
2016 62% 28% 9% 1%
0% 50% 100%
36
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
ÍNDICE DE SATISFAÇÃO E
INTENÇÃO DE COMPRAS EM SITES
INTERNACIONAIS EM 2016
Em 2016 o NPS (Net Promoter
Score) das compras conheci-
das como Cross Border foi 37%,
um ponto percentual acima de
2015, porém muito superior ao
apontado em 2014 quando apre-
sentou 22%.
Essa sensível melhoria na sa-
tisfação foi refletida quando ques-
tionamos se, em 2017, existem
planos para continuar comprando
em sites internacionais e 59% dos
consumidores afirmam que sim.
Quando comparamos o
NPS das compras em lojas
brasileiras, observamos que
a satisfação apresenta indi-
cadores muito superiores aos
apontados nesta pesquisa
Cross Border, variando entre
60% e 70% ao longo de 2016.
Em algumas empresas do va-
rejo online esse patamar é
ainda maior, podendo ser um
importante diferencial na es-
tratégia de combate às com-
pras internacionais.
NPS DAS
COMPRAS
INTERNACIONAIS
AUMENTOU
1 PONTO
PERCENTUAL
EM 2016, PARA
37%, MAS AINDA
É BEM INFERIOR
AO PATAMAR DAS
LOJAS BRASILEIRAS
37
CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
ÍNDICE
FIPE BUSCAPÉ
CAPÍTULO 4
38
EVOLUÇÃO MENSAL
DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
OÍndice FIPE Buscapé foi criado para mo-
nitorar os preços no comércio eletrônico
brasileiro e está sendo publicado há 71 me-
ses. A série histórica de cálculo do índice foi
caracterizada por diminuição de preços em
51 meses, que correspondem a 72% do perío-
do, conforme ilustra a figura 1. Há uma visível
tendência de queda nos preços do comércio
eletrônico começando a partir do segundo se-
mestre de 2016, no qual as variações do índice
foram negati- vas nos seis meses. No primei-
ro semestre de 2016 foram negativas em dois
meses, e no segundo semestre de 2015 em
apenas um mês.
FIGURA 1 - VARIAÇÕES MENSAIS DO ÍNDICE DE PREÇOS FIPE BUSCAPÉ (%)
FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
-2,0%
-3,0%
0,0%
2,0%
5,0%
-1,0%
1,0%
4,0%
5,0%
3,0%
JAN
MAI
SET
MAR
JUL
NOV
FEV
JUN
ABR
AGO
OUT
FEV
JAN
MAI
SET
MAR
JUL
NOV
JUN
ABR
AGO
OUT
DEZ
DEZ
JAN
MAI
SET
MAR
JUL
NOV
FEV
JUN
ABR
AGO
OUT
DEZ
FEV
MAR
MAR
MAR
MAI
MAI
MAI
JUL
JUL
JUL
SET
SET
SET
NOV
NOV
NOV
FEV
JAN
JAN
FEV
JUN
JUN
JUN
OUT
OUT
OUT
ABR
ABR
ABR
AGO
AGO
AGO
DEZ
DEZ
DEZ
2011 2012 2013 2014 20162015
0,04
0,17
1,35
0,40
0,24
0,28
2,39
1,00
3,07
2,23
0,14
4,73
0,20
0,17
0,90
1,75
2,85
0,59
0,11
0,85
-2,85
-0,64
-0,73
-0,01
-0,05
-1,42
-0,41
-2,41
-0,25
-0,44
-1,06
-0,52
-0,35
-0,28
-0,03
-0,40
-0,35
-0,73
-0,44
-0,34
-0,06
-0,78
-1,18
-0,36
-0,37
-0,67
-1,42
-1,28
-1,19
-1,21
-1,85
-0,38
-0,26
-0,19
-0,99
-0,79
-0,74
-0,34
-0,40
-0,42
-0,32
-1,28
-0,18
-0,64
-2,44
-1,91
-1,22
-0,28
-0,02
-0,81
-1,76
39
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
Oano de 2016 fechou com queda de -2,01%
nos preços do comércio eletrônico, de acor-
do com o Índice FIPE Buscapé. Por meio da figura
2, observa-se que após uma escalada da inflação
anual no comércio eletrônico ao longo de 2015
– que chegou a quase 11% no início de 2016 – as
variações anuais começam a crescer menos a
partir do segundo trimestre, e pela primeira vez
após 20 meses, ficou negativa em dezembro.
Considerando-se as 60 variações anuais (t/t-12)
da série do Índice FIPE Buscapé, houve queda de
preço em 39 períodos, ou 65% da série.
Resgatando-se o início da série do Índice
FIPE Buscapé, observa-se que a variação anual
passou de um patamar de cerca de -10%, em
2012, para +8,5%, no primeiro semestre de 2016,
ou seja, a variação anual aumentou quase 21%.
Esta reversão refletiu a aceleração da inflação
geral, que medida pelo Índice Nacional de Pre-
EVOLUÇÃO DAS VARIAÇÕES ANUAIS
E O MÊS DE DEZEMBRO/16
FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
FIGURA 2 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ (MÊS T / MÊS T-12)
-5%
-10%
10%
5%
0,0%
FEV
FEV
FEV
JUN
JUN
JUN
ABR
ABR
ABR
AGO
AGO
AGO
OUT
OUT
OUT
DEZ
DEZ
DEZ
FEV
FEV
JUN
JUN
OUT
OUT
ABR
ABR
AGO
AGO
DEZ
DEZ
JAN
JAN
JAN
MAI
MAI
MAI
SET
SET
SET
MAR
MAR
MAR
JUL
JUL
JUL
NOV
NOV
NOV
MAR
MAR
MAI
MAI
JUL
JUL
SET
SET
NOV
NOV
JAN
JAN
2012 2013 2014 20162015
-9,73
-6,42
-1,78
-1,61
9,24
-7,67
-4,24
-1,31
2,03
6,13
-9,85
-5,22
-1,48
-3,51
10,78
-9,25
0,42
-3,83
6,92
0,03
-9,81
-6,13
-1,22
-3,62
10,72
-9,64
-2,78
-1,89
3,54
4,08
-7,02
-4,59
-1,66
0,26
8,29
-8,29
-4,94
-1,36
1,37
5,89
-8,92
-1,99
-2,48
4,17
3,09
-7,89
-4,87
-1,27
1,21
6,69
-9,32
-2,83
-1,56
1,98
6,01
-7,79
-0,77
-3,25
9,01
-2,01
40
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
ços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de um
padrão de variação anual de 6,5% para 10,5%, e
também a valorização do dólar, que apresentou
forte ascensão das variações anuais ao longo de
2015 e do primeiro trimestre de 2016, mas que
sinaliza arrefecimento no segundo trimestre de
2016: tri15/14 (21,3%), 2º tri15/14 (37,7%), 3º tri15/14
(54,8%), 4º tri15/14 (50,7%), 1º tri16/15 (34,0%) e 2º
tri16/15 (14,1%). No segundo semestre de 2016 ob-
serva-se uma nova reversão de tendência, dado
que a variação anual média do Índice FIPE Bus-
capé caiu de 8,5% para 2,9%, e fechou o ano de
2016 em -2,01%. Neste semestre, o IPCA foi de-
clinante, fechando o ano em 6,29%, bem como
as variações anuais do dólar: 3º tri16/15 (-8,0%) e
4º tri16/15 (-14,2%). É importante ressaltar, neste
sentido, que algumas categorias que têm peso
expressivo no e-commerce são influenciadas de
forma significativa pelo câmbio: eletrônicos, in-
formática, fotografia e telefonia.
No período anual dezembro16/dezembro15,
dos dez grupos pesquisados pelo Índice FIPE
Buscapé, metade apresentou aumento de preço,
e metade queda, havendo expressiva diferença
no comportamento de preço entre os grupos de
produtos que compõem o índice, que vai de uma
queda de -9,71%, em Telefonia, a um aumento de
1,51%, em Brinquedos e Games, conforme ilustra
a figura 3. Em termos de categorias, houve au-
mento médio de preço de 4% em 82 categorias,
e queda média de preço em 68 categorias.
FIGURA 3 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ POR CATEGORIAS DE PRODUTOS (DEZ16/DEZ15)
FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
68 CATEGORIAS COM QUEDA
TOTAL GERAL (150 CATEGORIAS)
82 CATEGORIAS COM AUMENTO
6%-8% 0%-4% 2% 4%-12% -10% -6% -2%
MODA E ACESSÓRIOS
ELETRODOMÉSTICOS
BRINQUEDOS E GAMES
ELETRÔNICOS
INFORMÁTICA
CASA E DECORAÇÃO
TELEFONIA
COSMÉTICOS E PERFUMARIA
ESPORTE E LAZER
FOTOGRAFIA
4,00
-4,00
-2,01
0,54
-0,85
-2,77
-1,59
-5,35
-9,71
1,13
0,63
1,27
1,51
41
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
PREÇOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO
EM RELAÇÃO AOS PREÇOS EM GERAL
Como vem ocorrendo ao longo dos últimos cin-
co anos, a variação anual dos preços no comér-
cio eletrônico de -2,01% em dezembro/16, medida
pelo Índice FIPE Buscapé, é menor do que a infla-
ção geral, medida pelo IPCA, que em 12 meses ter-
minados em dezembro/16 foi de 6,29%, conforme
a figura 4. No período anual dez16/dez15 os preços
do comércio eletrônico tiveram variação 7,8% infe-
rior aos preços gerais da economia.
Os números da série em geral traduzem uma
significativa competitividade dos preços dos produ-
tos comercializados no e-commerce em relação aos
preços médios que compõem o orçamento familiar,
explicando parcialmente o expressivo crescimento
do setor ao longo do tempo. Em 2016 o crescimen-
to nominal do comércio eletrônico brasileiro foi de
7,4%, e de 1,66% em termos reais, com base na varia-
ção média anual de 5,64% do Índice FIPE Buscapé no
período 2016/2015. Este crescimento é apenas cerca
de 1 p.p. superior ao crescimento de 0,7% projetado
para o PIB, e deve refletir, além da crise econômica
que afeta o varejo em geral, o fato da variação média
anual dos preços do comércio eletrônico no período
2016/2015 (5,64%) ter sido apenas 2,9% inferior à va-
riação média do IPCA no mesmo período (8,74%).
O PREÇO MOTIVA A DECISÃO DE COMPRA
DO E-CONSUMIDOR. NO INÍCIO DE 2016, QUANDO
A INFLAÇÃO MENSAL CHEGOU A 11% ANTE
AO MESMO MÊS DE 2015, VERIFICAMOS UMA
RETRAÇÃO NAS COMPRAS DO E-COMMERCE.
EM 2017, ESPERAMOS QUE A INFLAÇÃO CHEGUE
AO CENTRO DA META ESTABELECIDA PELO
BANCO CENTRAL E QUE POSSAMOS VOLTAR
A TER DEFLAÇÃO NO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ.
Sandoval Martins, CEO do Buscapé
VARIAÇÃO ANUAL IPCA VARIAÇÃO ANUAL FIPE-BUSCAPÉ DIFERENÇA FIPE-BUSCAPÉ/IPCA
FIGURA 4 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ, IPCA E DIFERENÇA (MÊS T / MÊS T-12)
FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
0,0
-16,0
12,0
8,0
4,0
-4,0
-12,0
-8,0
2012 2013 2014 20162015
FEV
FEV
FEV
JUN
JUN
JUN
ABR
ABR
ABR
AGO
NOV
OUT
AGO
AGO
OUT
OUT
DEZ
DEZ
FEV
FEV
JUN
JUN
OUT
OUT
ABR
ABR
AGO
AGO
DEZ
DEZ
JAN
JAN
JAN
MAI
MAI
MAI
SET
DEZ
SET
SET
MAR
MAR
MAR
JUL
JUL
JUL
NOV
NOV
MAR
MAR
MAI
MAI
JUL
JUL
SET
SET
NOV
NOV
JAN
JAN
42
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
A figura 5 traz a comparação do IPCA Ge-
ral com o Índice FIPE Buscapé e com um Ín-
dice Composto pelas variações de preços no
IPCA (varejo predominantemente físico) com
pesos do Índice FIPE Buscapé (pesos dos pro-
dutos no comércio eletrônico) para categorias
de produtos compatíveis com o FIPE Buscapé,
embora com cestas de produtos diferentes.
Observa-se que o comportamento do Índice
Composto por categorias de produtos que são
pesquisados no IPCA e no Índice FIPE Busca-
pé – que representam mais de 70% do peso
no Índice FIPE Buscapé e no e-commerce – é
bastante alinhado e consistente com o com-
portamento do Índice FIPE Buscapé. Especifi-
camente no mês de dezembro/16 em relação
à base de janeiro/11 (71 meses), o Índice FIPE
Buscapé está 15% abaixo, e o Índice Composto
com preços do IPCA e pesos do FIPE Buscapé
para produtos compatíveis está 3,8% abaixo.
Por outro lado, o comportamento destes dois
índices é bastante discrepante do comporta-
mento do IPCA geral, que no período janeiro
de 2011 a dezembro de 2016 subiu 48,2% ou
75% a mais que o Índice FIPE Buscapé e 54%
a mais que o Índice Composto.
Parcela significativa destas diferenças
pode ser explicada pelos seguintes fatores:
a) O Índice de Preços FIPE Buscapé monitora
uma cesta de produtos diferente daquela ava-
liada pelos índices de preços gerais, ou seja,
apenas aqueles produtos que são comerciali-
zados de forma mais significativa por meio do
comércio eletrônico;
b) Os pesos dos produtos que compõem o Índice
FIPE Buscapé são bastante diferentes dos pesos
dos mesmos produtos nos índices genéricos;
c) O canal de distribuição monitorado pelo Ín-
dice FIPE Buscapé é exclusivamente o e-com-
merce, enquanto os outros índices monitoram
vários outros canais tradicionais e físicos.
FIGURA 5 - ÍNDICE IPCA TOTAL, FIPE BUSCAPÉ E FIPE BUSCAPÉ COMPOSTO COM PREÇOS DO IPCA (JAN11=1)
FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
IPCA GERAL ÍNDICE FIPE-BUSCAPÉ TOTAL ÍNDICE COMPOSTO (PREÇO IBGE E PESO FIPE-BUSCAPÉ)
0,80
0,90
1,50
1,20
1,10
1,30
1,40
1,00
FEV
JAN
JAN
JAN
MAI
MAI
MAI
SET
SET
SET
MAR
MAR
MAR
JUL
JUL
JUL
NOV
NOV
NOV
FEV
FEV
JUN
JUN
JUN
ABR
ABR
ABR
AGO
AGO
AGO
OUT
OUT
OUT
DEZ
DEZ
DEZ
FEV
MAR
MAR
MAR
MAI
MAI
MAI
JUL
JUL
JUL
SET
SET
SET
NOV
NOV
NOV
FEV
JAN
JAN
FEV
JUN
JUN
JUN
OUT
OUT
OUT
ABR
ABR
ABR
AGO
AGO
AGO
DEZ
DEZ
DEZ
JAN
2011 2012 2013 2014 20162015
43
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
Em 2016, o e-commerce B2C brasileiro faturou
R$44,4 bilhões e alcançou um crescimento no-
minal de 7,4%. No mesmo período, o Índice FIPE
Buscapé teve aumento médio de 5,64%. Estes da-
dos traduzem-se em um crescimento real de 1,66%
no faturamento do comércio eletrônico, ou cerca
de 5,26% acima do resultado estimado para o PIB
de -3,6%. Excetuando-se 2016, o comércio eletrôni-
co brasileiro tem crescido muito acima da econo-
mia, e de acordo com os dados da Ebit o crescimen-
to médio anual nominal no período
2001/2016 foi de 46,7%. Mesmo eli-
minando-se os dois primeiros anos
da série – quando a base era rela-
tivamente baixa – e os dois últimos
anos – influenciados pela recessão
– a variação média dos preços do
comércio eletrônico no período de
2003/2014 é de 35,2% a.a., ou 21,2%
acima do crescimento médio anual
do PIB de 11,5% no mesmo período.
Entre os fatores que explicam o forte
crescimento do setor destacam-se:
o aumento do número de domicí-
lios com computadores, a difusão do
acessoporbandalargaeusodedispositivosmóveis,
o amadurecimento e consolidação da estrutura do
varejo on-line, a maior segurança nas operações
de pagamento, e a maior confiabilidade na entrega.
Outros fatores, intrínsecos ao e-commerce, e
que têm influência significativa sobre o seu cresci-
mento é o long tail e o crescimento das transações
em marketplaces, que refletem a possibilidade de
oferta de mais produtos orientados para nichos
de mercado. Como consequência, o comércio vir-
tual caracteriza-se por oferecer um número muito
maior de ofertas do que o comércio físico, além de
possibilitar a disseminação de um grande núme-
ro de pequenas lojas, que para os consumidores
se traduzem em maior possibilidade de escolha.
Mas a variedade realmente ganha valor eco-
nômico quando somada aos mecanismos de busca
pela internet, que possibilitam en-
contrar facilmente o item desejado,
otimizando o tempo dando transpa-
rência aos valores praticados, de for-
ma a estimular a concorrência. Con-
siderando-se, ainda, que os custos
operacionais do e-commerce são
menores, estima-se que os preços
das lojas on-line sejam mais baixos
em relação ao varejo tradicional.
Pesquisas preliminares feitas nos
Estados Unidos, França e Índia iden-
tificaram que os preços do varejo
on-line nesses países são, em média,
10% menores que no comércio físico. Admitindo-se
que no Brasil a diferença seja semelhante, e consi-
derando-se que existe o efeito denominado “ROPO”
– Research Online/Purchase Offline – relativo a
clientes que pesquisam na internet, mas compram
nas lojas físicas, estima-se para 2016 um ganho eco-
nômico de R$11,4 bilhões derivado das compras fei-
tas no e-commerce e do poder de barganha junto
ao varejo físico derivado das buscas na internet.
O VALOR DA BUSCA DE PREÇOS NO
E-COMMERCE BRASILEIRO EM 2016
O LONG TAIL E O
CRESCIMENTO DAS
TRANSAÇÕES EM
MARKETPLACE
TIVERAM
INFLUÊNCIA
SIGNIFICATIVA
NO CRESCIMENTO
DO E-COMMERCE
EM 2016
44
CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
45
PRINCIPAIS CLIENTES
46
CONSIDERAÇÕES FINAIS | PRINCIPAIS CLIENTES
GLOSSÁRIO
ADHOC: Pesquisa sob encomenda
com determinada finalidade.
APARELHOS MÓVEIS: Dispositivos
móveis, como smartphones e tablets.
APLICATIVOS: programas
desenvolvidos para um objetivo
(como e-commerce, game, serviço)
que podem ser baixados, pela
Internet, para uso por meio de
aparelhos móveis
APPS: abreviação para aplicativos
BALANÇO: resultado das vendas num
determinado período
BLACK FRIDAY: data do comércio
eletrônico com grandes descontos,
geralmente realizada na última
sexta-feira de novembro. Evento que
se originou nos Estados Unidos, mas
implantado no e-commerce no Brasil
em 2012
BROWSER: navegador para acesso à
Internet
BUSCADORES: site de serviço para
pesquisa e/ou comparação de preços,
como no caso o Buscapé e Bondfaro
CERTIFICAÇÃO DE LOJAS:
avaliação feita pela Ebit por meio
de pesquisa com o consumidor
que realizou compra pela Internet,
no pós-compra, para aumentar a
confiança na compra on-line
CLASSE A, B, C E D: classificação
das classes sociais pela renda da
família ou indivíduo (A e B: renda a
partir de R$ 3.001/mês; C e D: renda
até R$ 3.000/mês)
COMÉRCIO ELETRÔNICO: Negócio
eletrônico, e-commerce, varejo on-
line, compra pela Internet
COMPARADORES DE PREÇO: sites
cuja principal funcionalidade é buscar
os preços de um produto e listar a
variedade encontrada em diversas lojas
CRESCIMENTO NOMINAL: evolução
do faturamento sem descontar a
inflação, diferença do aumento das
vendas
CROSS BORDER: operação de um
pedido do e-commerce efetuado para
entrega em outro país
DESKTOP: computador de mesa
DIA DO CONSUMIDOR BRASIL:
data estabelecida no calendário do
varejo on-line e criada pelo Buscapé
Company com o apoio de entidades
do setor e lojistas para um dia de
descontos semelhante à Black Friday.
Acontece no mês de março, numa
quarta-feira próxima do dia 15
E-COMMERCE: loja virtual, universo
do comércio eletrônico
E-CONSUMIDOR: consumidor que
realiza compra pela Internet
E-CONSUMIDORES ÚNICOS: aqueles
que realizaram pelo menos uma
compra pela Internet
FATURAMENTO: total arrecadado das
vendas
ÍNDICE FIPE/BUSCAPÉ: apuração
sistematizada dos preços no comércio
eletrônico brasileiro
INTERNET: rede mundial de
computadores
LAYOUT: visual de um site por
seu design, apresentação de uma
página da Internet Lojas virtuais: loja
estabelecida na Internet que realiza
vendas no comércio eletrônico.
E-commerce
MEDALHAS: medalhas Ebit,
certificação atribuída pela Ebit para
classificar as lojas de acordo com a
satisfação do consumidor virtual após
avaliação do serviço prestado (podem
ser Diamante, Ouro, Prata e Bronze)
MOBILE COMMERCE: comércio
virtual realizado por meio de
aparelhos móveis, como smartphone
ou tablet (m-commerce, na
abreviação)
NPS: Net Promoter Score, indicador
que mensura a satisfação e a
fidelização dos clientes
A
B
C
M
L
I
F
E
D
N
W
V
T
S
R
P
O
OMNICHANNEL: Conceito em que
todos os canais de uma marca
do varejo ficam disponíveis para
o contato com o consumidor, na
interligação do off-line e on-line
PEDIDO: Cada compra realizada,
encomenda de um produto para
aquisição
PLAYERS: Componentes do mercado,
lojistas (no caso do e-commerce)
REDES SOCIAIS: Sites (ambientes) em
que as pessoas se encontram (como
Facebook, Twitter e outras)
RENDA FAMILIAR: Média do ganho
de uma família, no somatório dos
integrantes que trabalham e moram
no mesmo domicílio
SHARE: Participação no mercado.
SITES RESPONSIVOS: Site
adaptado para o aparelho móvel,
com configurações e/ou layout
desenhados para o formato mobile,
adaptando-se ao tamanho da tela e
facilitando a navegação
SMARTPHONES: Aparelho te
telefonia celular móvel, que
possibilita acesso à Internet e outras
funções avançadas
TABLETS: Aparelho móvel que
funciona como computador portátil,
com uso das funcionalidades e
navegação na Internet por tela touch
(sensível ao toque).
TÍQUETE MÉDIO: Média calculada de
gasto por pedido ou compra.
TRANSAÇÕES: Operações, compras
efetuadas.
VAREJO DIGITAL: E-commerce,
comércio eletrônico, compras
realizadas pela Internet.
VOLUME TRANSACIONAL: Proporção
de vendas.
WI-FI: Acesso à Internet sem fio.
47
CONSIDERAÇÕES FINAIS | GLOSSÁRIO
Desde 1894, a Associação Comercial
de São Paulo trabalha pelos
empreendedores que atuam na
cidade de São Paulo. De comércios
familiares a grandes indústrias, mais
de 30 mil empreendedores contam
com o apoio da Associação na defesa
de seus interesses junto à sociedade
e ao governo e na prestação de
serviços exclusivos que facilitam
o dia a dia do empreendedor.
Nossa força, seu negócio.
www.acsp.com.br
O Instituto Brasileiro de Executivos de
Varejo & Mercado de Consumo
é uma instituição sem fins lucrativos.
Foi fundado em Dezembro de 2009, em
São Paulo, por um grupo de profissionais
ligados ao setor varejista com o objetivo
de estabelecer grupos de discussão,
relacionamento e conhecimento
a respeito deste mercado.
www.ibevar.org.br
APOIO NA DIVULGAÇÃO
A Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São
Paulo (FecomercioSP) é a principal
entidade sindical paulista dos setores de
comércio e serviços. Responsável por
www.fecomercio.com.br
administrar, no Estado, o Serviço Social
do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial (Senac),
representa um segmento da economia que
mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades
empresariais de todos os portes e congrega
154 sindicatos patronais que respondem
por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do
PIB brasileiro –, gerando em torno de cinco
milhões de empregos.
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS | APOIO NA DIVULGAÇÃO
Fundada em 1998, com a principal
missão de desenvolver o mercado de
mídia interativa no Brasil. A partir de
2006, a Associação de Mídia Interativa
(AMI) passou a fazer parte da mais
importante rede de associações do
mundo – o Interactive Advertising Bureau
–, mudando sua denominação para IAB
Brasil. Desde então, a associação integra
uma rede internacional de associações,
que conta com representações em mais
de 43 países, entre eles EUA, Austrália,
Cingapura, Espanha, França, Inglaterra,
Itália, Chile e México. O IAB Brasil conta
atualmente com mais de 230 filiados,
entre sites, portais, empresas de
tecnologia, agências e desenvolvedoras
Web, líderes em seu segmento no país.
iabbrasil.net
Sobre a Câmara Brasileira de
Comércio Eletrônico: Principal
entidade multissetorial da América
Latina e associação brasileira
de maior representatividade da
Economia Digital, a camara-e.net
tem como missão capacitar pessoas
e organizações para a prática segura
dos negócios virtuais. Com 15 anos
de fundação, seu papel tem sido
fundamental para a formulação
de políticas públicas alinhadas aos
anseios da sociedade moderna e,
especialmente, para o aprimoramento
de marcos regulatórios setoriais
que dão suporte legal às medidas
de incentivo necessárias ao
desenvolvimento de nosso País.
www.camara-e.net
O E-Commerce Brasil é um projeto
de fomento do mercado de comércio
eletrônico no Brasil e oferece mais de
100 atividades durante o ano, entre
www.ecommercebrasil.com.br
elas: conteúdo especializado publicado
diariamente no portal E-Commerce Brasil,
revista impressa, treinamentos para
profissionais do setor, além de promover
uma série de eventos em todo o país, com
destaque para o Fórum E-Commerce Brasil,
principal evento de e-commerce do mundo
e da América Latina, segundo a Forrester.
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS | APOIO NA DIVULGAÇÃO
ANDRÉ RICARDO DIAS
COO da Ebit
andre.dias@ebit.com.br
PEDRO GUASTI
CEO da Ebit
pedro.guasti@ebit.com.br
EQUIPE/CONTATOS
ASSESSORIA DE IMPRENSA
KETCHUM
www.ketchum.com
ALINE OLIVEIRA
+55 11 5090-8911
aline.oliveira@ketchum.com.br
MARIA DOMINGUES
+55 (11) 5090-8931
maria.domingues@ketchum.com.br
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
RITA MAYUMI
hello@ritamayumi.com
www.ritamayumi.com
EQUIPE EBIT
KEINE MONTEIRO
Gerente de Inteligência de Mercado
JÉSSICA OLIVEIRA
Analista de Inteligência de Mercado
RENANN MENDES
Coordenador de Marketing e Operações
LETÍCIA AVELAR
Analista de Marketing
VITÓRIA JABUR
Analista de Marketing
MÁRIO FROES
Gerente de TI
IMPLEMENTAÇÃO
DA PESQUISA EBIT
Entre em contato com
convenio@ebit.com.br
Saiba mais aqui
CONTRATAÇÃO
DE RELATÓRIOS
E PESQUISAS
Entre em contato com
comercial@ebit.com.br
CONSIDERAÇÕES FINAIS | INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA / CONTATOS
A Ebit requer que seja indicada como fonte de informação em
qualquer estudo acadêmico, press release, artigo de opinião,
editorial ou matéria jornalística que mencione dados coletados
em seus estudos sobre o mercado brasileiro de e-commerce, em
especial ao relatório Webshoppers. Reforçamos que os dados
são de propriedade da Ebit e, portanto, quem os utiliza deve
sempre informar qual a fonte, a fim de reforçar a credibilidade da
informação e evitar que os dados divulgados pela empresa sejam
atribuídos a outras fontes.
INFORMAÇÕES
PARA IMPRENSA
DIVULGAÇÃO DE DADOS DA EBIT
50
CONSIDERAÇÕES FINAIS | INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA / EQUIPE/CONTATO
www.ebit.com.br
www.buscapecompany.com

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Webshoppers 35

  • 2. INTRODUÇÃO • O Webshoppers • O que é a Ebit • Entenda a Ebit • Como funciona • Planos de Relatórios Ebit SUMÁRIO EXECUTIVO Webshoppers 35ª edição CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016 CAPÍTULO 2 EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017 CAPÍTULO 3 PESQUISA CROSS BORDER CAPÍTULO 4 ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ CONSIDERAÇÕES FINAIS • Principais clientes • Glossário • Apoio na divulgação • Informações para imprensa • Equipe/Contatos SUMÁRIO 3 27 10 38 21 45
  • 4. Realizado pela Ebit desde 2001, o Webshoppers é o estudo de maior credibilidade sobre o comércio virtual brasileiro e a principal referência para os profissionais do segmento. Nesta edição, será apresentada a retrospectiva do mercado de e-commerce em 2016, as estimativas para 2017 e as mudanças de comportamento e preferências dos consumidores. O estudo visa traçar o rumo do mercado de compras on-line e contribuir para o entendimento e desenvolvimento do setor. Presente no mercado brasileiro desde 2000, a Ebit ( www.ebit.com.br) acompanha a evolução do varejo digital no país desde o seu início, sendo a maior referência em inteligência competitiva para o e-commerce. Através de um sofisticado sistema, coletamos dados em tempo real diretamente com o comprador on-line. São mais de 25 milhões de pesquisas coletadas em mais de 21 mil lojas virtuais conveniadas. O WEBSHOPPERS O QUE É A EBIT 4 INTRODUÇÃO | O WEBSHOPPERS / O QUE É A EBIT
  • 5. CERTIFICAÇÕES EBIT Para a loja virtual conveniada à Ebit, as medalhas geram mais visibilidade e credibilidade com o consumidor. Além do aumento de tráfego, conversão e SEO. Excelente Muito BoaÓtimo Boa Em avaliação ENTENDA A EBIT Ao acessar uma das lojas virtuais conveniadas à Ebit, o consumidor visualiza a medalha de certificação Ebit, que classifica a loja em Diaman- te, Ouro, Prata, Bronze ou Em Avaliação, de acor- do com as avaliações feitas por internautas que já compraram ali. Assim, a Ebit auxilia outros con- sumidores a decidirem melhor onde comprar on-line. Na finalização da compra, o cliente é convidado a responder a pesquisa sobre sua ex- periência e, a partir de então, é dada a largada de três etapas de avaliações feitas pelo consumidor. Veja como funciona na próxima página. 5 INTRODUÇÃO | ENTENDA A EBIT
  • 6. Desde janeiro de 2000, a Ebit já coletou 25 milhões de avaliações dos consumidores, sendo mais de 300.000 novas todo mês. Es- sas informações, compiladas, geram relató- rios de Inteligência de Mercado, que traçam o perfil do consumidor on-line e também ava- liam comparativamente os serviços prestados pelas lojas virtuais, em quesitos como entre- ga, preço do produto, formas de pagamento, NPS, entre outros. PESQUISA ESPECIAL Pesquisa sazonal sobre hábitos de consumo e intenção de compra no Dia das Mães, Black Friday, etc. É enviada para grupos segmentados de consumidores, de acordo com a intenção da pesquisa. Anterior a datas especiais Pode receber no e-mail cadastrado Pesquisa de Experiência de Compra Avaliação da loja virtual sobre a experiência de compra e informações como frete, meios de pagamento e prazo de entrega. Conclusão da compra Consumidor clica no banner da Ebit na página de confirmação da compra Pesquisa de Pós-venda Um dia após o prazo de entrega informado, a Ebit envia a 2ª pesquisa via e-mail sobre a entrega e suporte da loja. 1 dia após o prazo de entrega informado Recebe no e-mail cadastrado Pesquisa de Produto Algumas semanas depois do produto ser entregue, a Ebit envia a 3ª Pesquisa: sobre a satisfação geral com o item comprado. Aproximadamente 45 dias depois Recebe no e-mail cadastrado 1 32 Pesquisa E-bit COMO FUNCIONA 6 INTRODUÇÃO | COMO FUNCIONA
  • 7. Os relatórios da Ebit atendem objetivos ope- racionais, táticos e estratégicos e a contra- tação varia de acordo com as necessidades dos pequenos, médios e grandes negócios. A Ebit tem um portfólio de mais de 28 relatórios de business intelligence para o co- mércio virtual, além de reports personalizá- PLANOS DE RELATÓRIOS EBIT veis, na medida que você precisar. Nossos produtos trazem insights essenciais para auxi- liar em sua tomada de decisões e no planeja- mento de seu negócio. Ao conveniar sua loja on-line à Ebit, você tem acesso gratuito a até 12 relatórios. Confira em www.ebit.com.br/empresa e saiba como. CONHEÇA OS PLANOS PLANO BÁSICO PLANO PREMIUM RELATÓRIOS PERSONALIZADOS GRATUITO SIMPLES Ebit Indicadores da Loja (período variável) PLANO PRO PLANO BÁSICO PLANO GRATUITO Ebit Comentários do Período (período variável) Ebit NPS® (diário) Ebit Top 100 Produtos em Todas as Categorias por categoria (diário) Ebit Edash Completo (mensal) Ebit Entrega (período variável) Ebit Top 50 Produtos (semanal) Ebit Frete por Categoria (mensal) Ebit Análise Comporta- mental (mensal) Top Cliques Buscapé (mensal) Ebit NPS® do Período (período variável) Ebit KPIs (diário) Ebit Edash Padrão (diário) Ebit Real Time (hora a hora) Ebit Medalha (período variável) Ebit Comentários Diários (diário) Ebit Top 100 Produtos em 2 Categorias (semanal) Ebit Top 200 Produtos (semanal e mensal) Ebit Perfil Demográfico (período variável) Ebit KPIs Semanal (semanal) Ebit Comentários Real Time (tempo real e diário) Ebit Apresen- tação Executiva (trimestral) Ebit Análise de Frete (mensal) Índice IBEVAR/Ebit (trimestral) Ebit Scorecard Financeiro (mensal) Ebit Dados de Pesquisas (período variável) Índice FIPE Buscapé (mensal) Ebit Mobile Commerce (mensal) Algum dado ou informação que você precisa e não está listado aqui? Podemos fazer sob medida para você. Entre em contato com comercial@ebit.com.br e vamos conversar sobre isso! Acesse o site da Ebit e conheça mais nossos planos de informações para empresas: www.ebit.com.br/empresa As lojas que aplicam a pesquisa parametrizada*, além de ter acesso aos relatórios gratuitos simples, também acessam: GRATUITO PARAMETRIZADO *Que fornece dados por meio de parâmetros PLANO PRO 7 INTRODUÇÃO | PLANOS DE RELATÓRIOS EBIT
  • 8. SUMÁRIO EXECUTIVO WEBSHOPPERS 35ª EDIÇÃO Ainda que não tenha registrado o expressivo crescimento de outro- ra, o comércio eletrônico tem motivos para comemorar o desempenho de 2016, com expansão nominal de 7,4%. Foi um dos poucos setores a andar na contramão da crise, registrado ex- pansão, enquanto o varejo físico, por exemplo, encolheu mais de 10% nos últimos dois anos, de acordo com a medição do Instituto Brasileiro de Ge- ografia e Estatística (IBGE) voltando a patamares registrados em 2012. Inúmeros fatores ajudaram o e-com- merce a passar pelos períodos mais agu- dos da crise de forma menos dolorosa no ano que passou: os preços oferecidos pelo varejo eletrônico continuaram sen- do menores do que os do varejo físico e isso, em tempos de recessão, fez com que o consumidor encontrasse nas com- pras virtuais um meio de economizar. O sucesso da Black Friday de 2016 deve- -se, em partes, a essa busca pelos me- lhores preços. Em um único dia, 25 de novembro, as vendas atingiram a marca de R$1,9 bilhão, alta de 17% ante 2015. Soma-se a isso a expansão do mer- cado de smartphones, que trouxe uma enorme gama de novos e-consumidores – mais de 21% das transações on-line fo- ram realizadas por meio de dispositivos móveis em 2016. No ano passado, quase ¼ da população brasileira - 48 milhões de pessoas – compraram on-line pelo menos uma vez, uma significativa alta de 22% ante 2015. Mesmo com a valorização do dólar ante o real, a Ebit estima que 21,2 milhões de brasileiros compraram em lo- jas virtuais internacionais no ano passado. Depois de dois conturbados anos, a economia brasileira esboça seus primei- ros sinais de melhora - prova disso é o controle da inflação da cesta de produtos do comércio eletrônico medida pelo Índi- ce FIPE Buscapé, que após registrar o au- mento recorde de 11,76% em março, fe- chou dezembro com deflação de 2,01% -, por isso a Ebit acredita no fortalecimento desses drivers para 2017. A expectativa é de um ano de crescimento nominal mais forte, de 12%, ainda sem o brilho dos pri- meiros anos desta década, mas voltando aos dois dígitos de crescimento. 8 INTRODUÇÃO | SUMÁRIO EXECUTIVO
  • 9. E-commerce faturou R$44,4 bilhões, crescimento nominal de 7,4%. Índice FIPE Buscapé atingiu inflação recorde de 11,76% em março, mas fechou o ano com deflação de 2,01%. 48 milhões de consumidores compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano, alta de 22% ante 2015. 21,2 milhões de consumidores gastaram US$2,4 bilhões em sites internacionais. 21,5% das transações on-line foram realizadas via dispositivos móveis. Em 2015, o share do m-commerce foi de 12%. Faturamento de R$1,9 bilhão em 25 de novembro equivale a 13 vezes a média de um dia comum. Oferta de frete grátis caiu dois pontos percentuais e 61% das compras foram feitas com frete pago em 2016. Ebit prevê que o e-commerce deverá crescer 12% em 2017, com quase R$50 bi em faturamento. MAIS SMARTPHONES BLACK FRIDAY NA CONTRAMÃO DA CRISE EM QUEDA SITES INTERNACIONAIS ESCALADA DE PREÇOS QUASE ¼ DO BRASIL DOIS DÍGITOS DESTAQUES DO E-COMMERCE EM 2016 9 INTRODUÇÃO | SUMÁRIO EXECUTIVO
  • 10. AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016 CAPÍTULO 1 10
  • 11. AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016 Oano de 2016 foi forte- mente marcado pelo crescimento do desemprego no Brasil, atingindo quase 12% da população economica- mente ativa no país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasilei- ro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta desconfiança do brasileiro em relação à sua fonte de renda e futuro, além da grande instabilidade política e econômica no país, contribuiu para gerar fortes quedas nas vendas do Varejo. Emmeioaesteconturbado cenário nacional, o comér- cio eletrônico permaneceu caminhando na contramão do restante do mercado, apre- sentando novamente cresci- mento em 2016, porém, para atingir resultados positivos, os varejistas on-line precisaram investir em tecnologia e inovação e, principalmente, na melhora dos processos ope- racionais, na busca por maior rentabilidade e sobrevivência. Dentre os principais dife- rencias do ano, as empresas OS DISPOSITIVOS UTILIZADOS PARA REALIZAR COMPRAS NA INTERNET EM 2016 das transações foram realizadas por meio de dispositivos móveis das transações foram realizadas por meio de computador/ notebook 78.5% 21.5% 11 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 12. do setor de comércio eletrônico buscaram fortalecer junto aos consumidores dois dos princi- pais diferenciais do e-commer- ce, que são comodidade para comprar e preços competitivos, para atraí-los para o canal digi- tal, fortalecido principalmente pelo aumento das vendas via dispositivos móveis. Esta popularização do acesso à internet por meio de dispositivos móveis, per- mitindo rápido acesso às in- formações de preços, aliada à melhora na qualidade dos serviços e experiência de compra, contribuíram para aumentar migração das com- pras do consumidor brasileiro para o comércio eletrônico. Em 2016, registramos cresci- mento no número de e-con- sumidores ativos no Brasil. Isso mostra que o consumidor continua buscando encontrar no e-commerce vantagens que o varejo tradicional não consegue oferecer. POPULARIZAÇÃO DO USO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS FORTALECEU O E-COMMERCE BRASILEIRO. EM 2016, 21,5% DAS COMPRAS VIRTUAIS FORAM FEITAS POR MEIO DE SMARTPHONES OU TABLETS AS COMPRAS VIA DISPOSITIVOS MÓVEIS FORAM IMPORTANTES PARA O AUMENTO DAS VENDAS NO BRASIL EM 2016. MUITOS CONSUMIDORES, QUE NÃO TINHAM ACESSO À INTERNET, REALIZARAM NO ANO PASSADO A SUA PRIMEIRA COMPRA UTILIZANDO O SMARTPHONE. EM OUTROS PAÍSES DO BRICS, COMO CHINA E ÍNDIA, ESSE FENÔMENO PODE SER CONSTATADO COM AINDA MAIS INTENSIDADE. afirma o CEO da Ebit, Pedro Guasti EVOLUÇÃO DOS E-CONSUMIDORES (ATIVOS) FONTE: EBIT INFORMAÇÃO NO BRASIL, 48 MILHÕES DE CONSUMIDORES FIZERAM PELO MENOS UMA COMPRA VIRTUAL EM 2016, REPRESENTANDO, ASSIM, UM AUMENTO DE 22%, SE COMPARADO A 2015. CONSUMIDORESÚNICOS (MILHÕES) 31,27 37,99 39,14 47,93 2013 2014 2015 2016 20 40 50 30 10 22% 3% 22% variação variação variação 12 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 13. FEMININO MASCULINO 2015 2015 2016 2016 EM 2016, A PARTICIPAÇÃO FEMININA FOI MAIOR NO E-COMMERCE. FORAM 1.572.584 MAIS MULHERES DO QUE HOMENS A IDADE MÉDIA DO CONSUMIDOR BRASILEIRO PERMANECE 43 ANOS, DEVIDO À ENTRADA DE NOVOS CONSUMIDORES COM IDADE MAIS REDUZIDA AS REGIÕES SUL E CENTRO-OESTE REGISTRARAM MAIOR CRESCIMENTO DE PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO, ENQUANTO QUE REGISTRAMOS UMA REDUÇÃO PARA REGIÃO SUDESTE PERFIL DOS COMPRADORES EM 2016 51,4%48,6% 6,3% 11,7% 48,4%51,6% GÊNERO FAIXA ETÁRIA REGIÕES ATÉ 24 ANOS ENTRE 25 E 34 ANOS ACIMA DE 50 ANOS ENTRE 35 E 49 ANOS IDADE MÉDIA (ANOS) FONTE: EBIT INFORMAÇÃOFONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO SUL NORDESTE CENTRO- OESTE NORTE 3,0% 12,5% 15,9% 8,5% 2016 2016 2016 2016 2,7% 2015 8% 23% 35% 34% 8% 21% 43,2 39% 33% 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 43,4 2016 2016 2016 2015 2015 64,5% SUDESTE 60,0% 2016 2015 14,8% 2015 13 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 14. 2016 2016 2016 2016 2016 2015 2015 2015 2015 2015 7,26% 7,71% 18,65% 16,93% 22,40% 34,30% 15,90% 15,63% 22,12% 39,09% A RENDA MÉDIA DOS CONSUMIDORES ON-LINE REGISTROU ALTA DE 8%, POTENCIALIZADA PELO ENFRAQUECIMENTO DA CLASSE C NAS COMPRAS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO RENDA FAMILIAR PARTICIPAÇÃO DAS FAIXAS DE RENDA NO E-COMMERCE (VOLUME DE PEDIDOS) FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO ATÉ R$ 3 MIL DE R$ 3 MIL A R$ 8 MIL 30% 20% 40% 60% 50% 10% 1s/13 1s/151s/14 1s/162s/13 2s/152s/14 2s/16 No ambiente digital, é fundamental conhecer e monitorar constantemente as movimentações do mer- cado, além do comporta- mento dos consumidores frente a essas mudanças. Os dados abaixo representam os principais fatores que in- fluenciam no processo de decisão de compra dos con- sumidores on-line: MAIS DE R$ 8 MIL 40,9 50,3 48,5 43,4 49,0 46,1 43,5 41,6 A RENDA FAMILIAR MÉDIA DO E-CONSUMIDOR AUMENTOU 8% EM 2016, PARA R$ 5.142 0% 41,1 17,9 38,5 13,0 40,2 16,3 38,6 12,4 39,4 14,5 36,9 19,7 37,5 20,8 37,7 12,0 MENOS DE R$ 3.000 ENTRE R$ 3.001 E R$ 5.000 ACIMA DE R$ 8.001 PREFIRO NÃO RESPONDER ENTRE R$ 5.001 E R$ 8.000 RENDA FAMILIAR MÉDIA R$ 5.142 R$ 4.761 2015 2016 14 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 15. FRETE GRÁTIS FONTE: EBIT INFORMAÇÃO MERCADO GERAL TOP 10 30% 20% 35% 25% 40% 45% 50% 15% 10% 5% As lojas continuam o mo- vimento de redução da ofer- ta de frete grátis e os e-con- sumidores passaram a optar pelo pagamento à vista ou em até três parcelas, devido às altas taxas de juros, aos descontos adicionais para pa- gamento em uma única par- cela e o risco de desemprego. NA BUSCA POR MAIOR RENTABILIDADE E PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS, A ESTRATÉGIA DAS EMPRESAS DE E-COMMERCE EM 2016 CONSISTIU EM ACOMPANHAR AINDA MAIS DE PERTO O PREÇO DOS PRODUTOS, PRAZO DE ENTREGA E PREÇO DO FRETE NA CONCORRÊNCIA, SENDO ESSES OS FATORES DECISIVOS NO PROCESSO DE AUMENTO DAS VENDAS. destaca o CEO da Ebit, Pedro Guasti 0% 1t/15 1t/163t/15 3t/162t/15 2t/164t/15 4t/16 SEGUINDO A TENDÊNCIA REGISTRADA DESDE JULHO/2014, AS LOJAS DE E-COMMERCE MANTIVERAM A ESTRATÉGIA DE COBRAR PELO FRETE NAS VENDAS, PORÉM REGISTRAMOS UMA PEQUENA REDUÇÃO NO PERCENTUAL DE FRETE GRATUITO PARA OS GRANDES VAREJISTAS EM 2016 Durante o ano de 2016, 61% das compras on-line foram realizadas com frete pago. Com o cenário de instabi- lidade no país e com objetivo de não gerar muito endivida- mento, o ano de 2016 regis- trou uma leve mudança na forma de pagamento das 43% 43% 40% 33% 40% 19% 38% 30% 44% 43% 40% 27% 42% 26% 36% 28% 15 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 16. À VISTA 2-3 VEZES 4-12 VEZES OU MAIS Mais incentivo para pagamento à vista (no boleto) ou em até três vezes. Os sites têm limitado os pagamentos em no máximo dez vezes, com exceção quando o cliente utiliza cartões das próprias lojas (private label), onde existe a possibilidade de divisão em maior número de parcelas. Na busca pela antecipação do fluxo de caixa e a elevada taxa básica de juros na economia, as lojas têm optado por oferecer prazos de parcelamento menores e com juros. PRINCIPAIS FORMAS DE PAGAMENTO MÉDIA DE PARCELAMENTO (NÚMERO DE PARCELAS) 39,3% 42,2% 24,3% 24,5% 36,5% 33,4%2016 2016 2015 2015 FONTE: EBIT INFORMAÇÃO PONTOS DE DESTAQUE FONTE: EBIT INFORMAÇÃO PARCELAMENTO: EM 2016, O CONSUMIDOR ON-LINE OPTOU POR PARCELAR MENOS AS COMPRAS compras on-line: enquanto em 2015, 39% dos consumi- dores preferiram pagar à vis- ta, em 2016, 42% decidiram pagar em uma única parcela suas compras, aproveitando inclusive incentivos das lo- jas com descontos para, por exemplo, pagamento com boleto bancário. 3,7 PARCELAS 3,5 PARCELAS 16 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 17. DADOS FINANCEIROS: PEDIDOS, FATURAMENTO E TÍQUETE MÉDIO Mesmo em ritmo menos acelerado, se compa- rado com todo o histórico de comércio eletrônico no Brasil, as vendas em 2016 EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO NO E-COMMERCE FONTE: EBIT INFORMAÇÃO 50 40 30 20 10 120% 100% 60% 20% 80% 40% R$BILHÕES VARIAÇÃOFINANCEIRO 20% 2011 2013 20152012 2014 2016 NÚMERO DE PEDIDOS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO De acordo com as informa- ções coletadas pela Ebit, o volume transacional em 2016 foi o mesmo do ano anterior, registrando um total de 106 mi- lhões de pedidos. Este núme- ro só não foi menor devido à maior recuperação das vendas no segundo semestre do ano, principalmente pelo aumento das vendas na Black Friday e outras datas sazonais. Assim, o fator que impul- sionou o crescimento do fa- mantiveram a ascensão e apresentaram novamente crescimento. Segundo dados coletados, o faturamento do comércio eletrônico foi de R$ 44,4 bilhões. O número representa um crescimento nominal de 7,4% em relação a 2015, quando registrou-se R$ 41,3 bilhões. 18.7 28.8 44.4 22.5 41.3 35.8 28% 7.4% 15% 24%26% 17 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 18. 30% 20% 10% 0% 25% 15% 5% -5% 110% 50% 90% 30% 70% 10% -10% 120 100 80 40 60 20 VOLUME VARIAÇÃOTÍQUETE MÉDIO turamento no e-commerce bra- sileiro foi o aumento do tíquete médio, impulsionado pela alta nos preços de produtos na In- ternet, conforme registrado pelo Índice FIPE Buscapé e aumento das vendas de categorias de pro- dutos de maior valor agregado como, por exemplo, eletrodo- mésticos e telefonia/celulares. Registramos um cresci- mento de 8% no tíquete médio dos consumidores on-line em 2016, diretamente proporcional ao crescimento das vendas. EVOLUÇÃO DO VOLUME DE PEDIDOS NO E-COMMERCE EVOLUÇÃO DO TÍQUETE MÉDIO DE PEDIDOS NO E-COMMERCE FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO TÍQUETE MÉDIO REGISTROU AUMENTO DE 8%, EM LINHA COM O CRESCIMENTO DAS VENDAS 2011 2013 20152012 2014 2016 VARIAÇÃOPEDIDOS 400 300 200 100 150 50 250 350 450 R$REAIS 349 327 417 338 388 347 2011 2013 20152012 2014 2016 -3% 8% -3% 12% 6% -6% 88.3 106.3 66.7 106.5103.4 34% 32% 25% 3% 17% -0.2% 53.7 18 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 19. SHARE DE CATEGORIAS CATEGORIAS MAIS VENDIDAS EM VOLUME DE PEDIDOS EM VOLUME FINANCEIRO 1. ELETRO- DOMÉSTICOS 23.0% 2. TELEFONIA / CELULARES 21.0% 3. ELETRÔNICOS 12.4% 4. INFORMÁTICA 9.5% 5. CASA E DECORAÇÃO 7.7% 6. MODA E ACESSÓRIOS 5.6% 7. SAÚDE / COSMÉTICOS E PERFUMARIA 4.5% 10. ESPORTE E LAZER 2.5% 9. ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS 2.7% 10. BRINQUEDOS E GAMES 3.0% 2. ELETRO- DOMÉSTICOS 13.1% 5. TELEFONIA / CELULARES 10.3% 8. ELETRÔNICOS 4.7% 7. INFORMÁTICA 5.9% 6. CASA E DECORAÇÃO 9.8% 1. MODA E ACESSÓRIOS 13.6% 4. SAÚDE / COSMÉTICOS E PERFUMARIA 11.2% 9. ESPORTE E LAZER 3.8% 3. LIVROS / ASSINATURAS / APOSTILAS 12.2% 8. LIVROS / ASSINATURAS / APOSTILAS 3.2% FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO As categorias Acessórios e Automotivos e Casa e Decoração cresceram em 2016, principalmente pela crise que reduz a venda de novos veículos e aumenta o tempo dentro de casa. Com 13,6% de share em volume de pedidos, a categoria de Moda e Acessórios voltou a liderar as vendas do e-commerce brasileiro. Assim como registrado em 2015, a categoria de Telefonia/Celulares também cresceu em 2016, fortalecido principalmente pelo aumento do preço médio gasto pelos consumidores. Apesar da pequena queda de 0,2% no volume de pedidos, a categoria Eletrodomésticos ainda é a líder em faturamento do comércio eletrônico. A categoria de Informática apresentou queda em 2016, devido à diminuição na quantidade de pedidos acompanhando o que acontece a realidade desse mercado. PRINCIPAIS DESTAQUES 19 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 20. ENTREGA E SATISFAÇÃO - NPS E PRAZO DE ENTREGA Aqualidade dos serviços prestados pelos varejistas on-line manteve-se estável e com boa qualidade em 2016, porém a Ebit registrou um pe- queno aumento no volume de atraso na entrega, chegando ao percentual de 8,5%, potenciali- zado principalmente por datas sazonais,quandoocorremgran- de concentrações das vendas. O tempo médio de entrega prometido pelas lojas registrou redução em 2016, se compara- do com o ano anterior. O Net Promoter Score® (NPS) é um indicador que mensura a satisfação e a fi- delização dos clientes. No balanço geral dos últimos 12 meses, o NPS se manteve próximo de 65% a partir de maio de 2016, um resultado semelhante ao mesmo perío- do de 2015. A partir de novem- bro, com o aumento do atraso devido ao grande volume das vendas do Black Friday, o in- dicador apresentou queda de 12 pontos percentuais, reto- mando o patamar próximo de anos anteriores. % DE ATRASO NA ENTREGA PRAZO MÉDIO PROMETIDO NPS X ATRASO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO 1t/15 1t/163t/15 3t/162t/15 2t/164t/15 4t/16 ATRASONPS 30% 20% 40% 70% 50% 60% 10% 58% 9,4% 66% 5,8% 61% 7,7% 63% 7,7% 64% 6,8% 64% 7,7% 65% 6,5% 59% 11,2% 0% EBIT REGISTROU AUMENTO NO PERCENTUAL DE ATRASO NA ENTREGA, QUE CHEGOU A 8,5% EM 2016 7,5% 9,4 dias 9,1 dias 8,5% 2016 20162015 2015 20 CAPÍTULO 1 | AVALIAÇÃO 360º DO E-COMMERCE EM 2016
  • 22. PREVISÃO PARA 2017 As expectativas de recuperação da econo- mia brasileira têm apresentado sinais de melhora, principalmente nos últimos meses. Especialistas do setor e o próprio governo, po- rém, entendem que ainda não será em 2017 que o Brasil se recuperará totalmente da cri- se. A previsão é que para este ano registre um crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) entre 0,5 e 1%, o que parece tímido, con- tudo melhor que as quedas acumuladas de 2014 e 2015, acima de 7%. Apesar de ritmo mais lento, o movimento de queda da inflação se acelerou no 2º semes- tre de 2016, permitindo que o Banco Central reduza a taxa básica de juros (Selic) neste ano, podendo chegar próxima a 10% no final de 2017, dando um alento à economia do país. Quando olhamos para o varejo restrito me- dido pelo IBGE, as expectativas dos analistas para este ano não são muito animadoras, fi- cando próximas de crescimento zero, porém esperançosas quando comparadas à queda acumulada acima de 10% nos últimos dois anos, voltando a patamares de 2012. O COMÉRCIO ELETRÔNICO NESTE CENÁRIO DEVERÁ VOLTAR A CRESCER EM UM RITMO ACIMA DO APRESENTADO EM 2016, E COM MUITO ESPAÇO PARA PROGRESSO NOS PRÓXIMOS ANOS. COM AS ALTAS TAXAS DE DESEMPREGO NO PAÍS E COM O AVANÇO DE PLATAFORMAS DE E-COMMERCE E DOS MARKETPLACES, ACREDITAMOS QUE NOVOS EMPREENDEDORES SURGIRÃO NO VAREJO ON-LINE BRASILEIRO EM 2017. DEVIDO AO APERTO NO BOLSO DOS CONSUMIDORES, TEREMOS REFORÇO NAS VANTAGENS COMPETITIVAS DO VAREJO ON-LINE. Pedro Guasti, CEO da Ebit 22 CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
  • 23. ESTIMATIVA DO CRESCIMENTO EM 2017 AEbit prevêqueomovimentodemigraçãodas vendas para o meio digital deva continuar e, desta forma, estima um crescimento nominal de 12% no faturamento do comércio eletrônico, Estasnotíciaseprevisõesaindapoucoanimado- ras acabam influenciando empreendedores a pen- sar duas vezes antes de realizar qualquer tipo de in- vestimento.Porém,aEbitestimaque2017serámais umanoparaoe-commercebrasileirocaminharno- vamente na contramão dos outros setores, forta- lecido principalmente pelas vendas via dispositivos móveis, entrada de novos e-consumidores, além da retomada do crescimento no volume de pedidos. O comércio eletrônico no Brasil ainda é muito fragmentado, o que abre espaço para muita competição. Em tempos de crise e com o orçamento apertado, é natural que o consu- midor pesquise muito antes de realizar uma compra. Neste cenário, o comércio eletrônico ganha ainda mais destaque uma vez que ofe- rece possibilidades de comparação de preços de forma muito simples e rápida pela internet. FATURAMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL FONTE: EBIT INFORMAÇÃO atingindo um total de R$49,7 bilhões em 2017. Assim como em 2016, parte do crescimento do faturamento no e-commerce deverá ser impul- 23 CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017 50 40 30 20 10 100% 40% 80% 20% 60% R$BILHÕES VARIAÇÃOFINANCEIRO 18.7 28.8 44.4 22.5 41.3 35.8 49.7 26% 28% 7% 20% 15% 24% 12% 2011 2013 20152012 2014 2016 2017e
  • 24. CRESCIMENTO DO VOLUME DE PEDIDOS E ESTIMATIVA PARA 2017 VARIAÇÃO DO TÍQUETE MÉDIO E ESTIMATIVA PARA 2017 FONTE: EBIT INFORMAÇÃO FONTE: EBIT INFORMAÇÃO 400 300 200 100 500 120 60 80 20 100 40 100% 25% 120% 30% 40% 5% -5% 80% 15% 20% 20% 0% 60% 10% VOLUME(BI)R$REAIS VARIAÇÃOTÍQUETE MÉDIO VARIAÇÃOPEDIDOS 2011 2011 2013 2013 2015 2015 2012 2012 2014 2014 2016 2016 2017e 2017e 349 327 418 338 388 347 452 -6% -3% 8% -3% 12% 6% 8% sionado pelo aumento de preços e também pela maior participação das vendas para categorias como eletrodoméstico, smartphones, casa e de- coração e peças e acessórios automotivos. Mesmo com inflação mais baixa em 2017, a estimativa é re- gistrarmos um crescimento de 8% do tíquete mé- dio,atingindoovalormédioanualdeR$452,00,de- vido à venda de produtos de maior valor agregado. Estima-se também que tenhamos um aumen- to no ano de 3,5% no total de pedidos, chegando a um total de 110 milhões no ano de 2017. O AUMENTO DAS VENDAS EM LOJAS VIRTUAIS NO PAÍS TAMBÉM SE DEVE AOS NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO DA POPULAÇÃO. A MIGRAÇÃO DAS COMPRAS DO VAREJO FÍSICO PARA O COMÉRCIO ELETRÔNICO É FATOR QUE CONTRIBUIRÁ PARA AUMENTO DAS VENDAS. ESTIMAMOS QUE EM 2017 AS VENDAS DO E-COMMERCE REPRESENTARÃO CERCA DE 4,3% DAS VENDAS DO VAREJO NO BRASIL, ANTE 3,8% EM 2016. André Dias, COO da Ebit 53.7 88.3 106.3 66.7 106.5103.4 110.0 34% 32% 0% 25% 3% 17% 4% 24 CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
  • 25. ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO DOS DISPOSITIVOS MÓVEIS EM 2017 Em 2016, segundo estimativas preliminares da Associação Brasileira da Industria Elétri- ca e Eletrônica (ABINEE), o mercado de telefo- nes celulares deve ter encerrado o ano com aumento nas vendas de 2%, apesar da queda em unidades vendidas, de 11%. Por outro lado, a previsão de queda nas vendas de desktops foi de 37%, e notebooks de 30%, mostrando uma preferência de investimento pela popula- ção em dispositivos móveis, ocasionando mu- dança de hábito na vida das pessoas. Esse comportamento já vem sendo apon- tada pela Ebit desde 2012, porém mostrou ace- leração a partir de 2015. Somente em 2016 a participação das compras virtuais via dispositi- vos móveis mais do que dobrou, chegando em dezembro de 2016 a 26% das compras on-line. Para 2017, a estimativa da Ebit para a partici- pação dos dispositivos móveis nas compras vir- tuais é de um crescimento de 41%, podendo che- gar no final do ano a 32% das compras virtuais. FONTE: EBIT INFORMAÇÃO 2011 2013 2015 2012 2014 2016 2017 CRESCIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOS SMARTPHONES NAS COMPRAS VIRTUAIS 2.5% 9.7% 0.8% 4.8% 16.0% 0.1% 0.3% 3.6% 10.1% 1.3% 7.0% 23.0% 25.0% 32.0% 15% 25% 35%0% 10% 30%5% 20% JAN JAN JAN JAN JAN JAN JAN* JUN JUN JUN JUN JUN JUN DEZ (e) EBIT ESTIMA QUE AS COMPRAS POR DISPOSITIVOS MÓVEIS DEVAM REPRESENTAR 32% DO TOTAL EM DEZEMBRO DE 2017 25 CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
  • 26. A IMPORTÂNCIA DAS DATAS SAZONAIS EM 2017 Tradicionalmente, as datas sazonais ala- vancam as vendas do comércio ele- trônico desde que a Ebit começou a mo- nitorar o mercado, em 2001. Sabemos da importância do período de Natal, que so- mente em 2016 representou 17% (financei- ro) das vendas no ano, seguido do Dia das MãeseDiadosNamorados,representando ambas 4% das vendas. Porém, desde 2012 uma nova data sazo- nal vem ganhando relevância no cenário do e-commerce nacio- nal, copiada e adap- tada “às avessas” do modelo americano, a chamada Black Friday. Somente em 2016, o mercado assistiu a um faturamento de R$ 1,9 bilhão somente nas 24 horas do dia 25 de Novembro, cres- cendo 17% em relação ao ano anterior. Outradataquegradualmentevemga- nhando espaço na agenda do mercado de e-commerceéoDiadoConsumidorBrasil, em2017comemoradodia15demarço,que prometeagitaromercadoemummêstra- dicionalmente fraco em vendas. Em 2016 este dia apresentou um volume superior em 100% a um dia normal de vendas. Com o aumento da relevância das vendas em datas sazonais, a Ebit aler- ta para a importância do planejamen- to de toda a cadeia responsável pelo su- cesso das iniciativas, começando pelo ges- tor de varejo nego- ciando previamente os descontos com os fabricantes, passando pelas áreas de tecno- logia, pagamentos, análise de riscos, ful- fillment (atendimento do pedido), logística e atendimento. Qualquer ruptura dos elos da cadeia pode acarretar atrasos e redução de expectativas, ocasionan- do perdas e insatisfação dos consu- midores. Tivemos em 2016 o melhor Black Friday desde seu início no Brasil, com baixos índices de reclamações, monitorados pela Fundação Procon. A CADA ANO, BLACK FRIDAY E DIA DO CONSUMIDOR BRASIL GANHAM MAIS FORÇA NO CALENDÁRIO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO 26 CAPÍTULO 2 | EXPECTATIVAS PARA O E-COMMERCE EM 2017
  • 28. A ELEVAÇÃO DAS COMPRAS EM SITES INTERNACIONAIS De 2013 a 2015, quando a economia nacional já de- monstrava sinais de enfraque- cimento e aceleração da infla- ção, registramos um expressivo aumento de 110 porcento no crescimento do número de e-consumidores que afirma- ram terem realizado compras em sites internacionais, mo- vidos pela grande diferença de preços dos produtos, prin- cipalmente de sites chineses. Durante 2016, a cotação do dólar frente ao real sofreu forte valorização no primeiro trimes- tre, atingindo patamares supe- riores a R$ 4,00 e, consequente- mente, gerando encarecimento dos preços dos produtos em sites fora do Brasil. Entretanto, após BRASILEIROS GASTARAM US$ 2,4 BILHÕES EM SITES ESTRANGEIROS DE BENS DE CONSUMO EM 2016, ALTA DE 17% REALIZADA ANUALMENTE PELA EBIT, A PESQUISA CROSS BORDER TEM COMO FINALIDADE AVALIAR O COMPORTAMENTO DE COMPRA DOS E-CONSUMIDORES BRASILEIROS EM SITES INTERNACIONAIS. Esta é a quarta edição do estudo sobre o tema, permitindo, assim, entender as principais variações ocorridas ao longo dos últimos anos. Na pesquisa realizada entre os dias 09 e 19 de dezembro de 2016, foram entrevistados 2.722 consumidores virtuais que fizeram pelo menos uma compra online nos últimos 12 meses no Brasil. 28 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 29. Apesar do percentual de consumidores que compraram fora do Brasil não ter crescido em relação a 2015, se conside- rarmos que o patamar de con- sumidores ativos em sites na- cionais cresceu 21% em 2016, a Ebit estima 21,2 milhões de consumidores únicos fizeram compras em sites fora do Brasil no ano passado. Somente em 2016, a Ebit estima que os e-consumido- res brasileiros gastaram em si- tes estrangeiros na compra de bens de consumo, algo como US$ 2,4 bilhões, aumento de 17% em relação a 2015, e 38% maior que 2014. VOCÊ FEZ COMPRAS ONLINE EM SITES DE OUTROS PAÍSES NOS ÚLTIMOS 12 MESES? FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT mudançaspolíticaseeconômicas no Brasil ao longo do ano, a moe- da brasileira apresentou certa va- lorização frente ao dólar, fechan- do o ano com cotação perto de R$ 3,30. Porém, mesmo com a recuperação do segundo semes- tre, quando comparada à média do ano de 2016 ante 2015, re- gistrou-se uma desvalorização de 5% da moeda nacional, dei- xando os produtos importados um pouco mais caros em 2016. Mesmo com este cenário cambial não muito favorável, 53% dos entrevistados declara- ram ter comprado em sites de outros países, basicamente o mesmo patamar de 2015. SIM NÃO 2013 2014 2016 2015 CONSUMIDORES VIRTUAIS EM SITES INTERNACIONAIS USUÁRIOS ÚNICOS (EM MILHÕES) 30% 50% 80% 100%0% 10% 40% 70%20% 60% 90% 33% 39% 54% 53% 67% 61% 46% 47% 2013 CONSUMIDORES ÚNICOS VARIAÇÃO ANUAL 8,3 - 2014 CONSUMIDORES ÚNICOS VARIAÇÃO ANUAL 12,3 2015 CONSUMIDORES ÚNICOS VARIAÇÃO ANUAL 17,5 2016 CONSUMIDORES ÚNICOS VARIAÇÃO ANUAL 21,2 49% 42% 21% 29 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 30. Outro dado importan- te apontado na pesquisa foi a pequena redução da fre- quência de compras em sites internacionais. Em 2016, cada comprador fez, em média, 3,7 compras, enquanto que em 2015 foram 3,8 compras e em 2014, esse número foi de 3,2. Somente a título de compa- ração, em 2016 a frequência de compras de cada consu- midor em sites nacionais foi de 2,2 compras. A pesquisa mostrou o im- pacto na alta do dólar ocorri- da de 2015 a 2016. Se por um lado a frequência de com- pras se manteve estável nos últimos dois anos, por outro, registramos que o tíquete médio das compras em dólar caiu 27% de 2014 para 2015, e se manteve estável em 2016. O fator determinante para o crescimento do faturamen- to das compras em sites in- ternacionais, em 2016, foi o aumento do número de con- sumidores. Em compensação, caiu a frequência de com- pras e o gasto individual dos compradores (tíquete mé- dio) permaneceu estável. MESMO COM A ALTA DO DÓLAR E EXPERIÊNCIA DE COMPRA RUIM DOS CONSUMIDORES BRASILEIROS, DEVIDO AO LONGO PRAZO DE ENTREGA E ATRASOS NO RECEBIMENTO DOS PRODUTOS, AS VENDAS EM SITES INTERNACIONAIS CONTINUAM SENDO IMPULSIONADAS POR FATORES COMO PRODUTOS EXCLUSIVOS E PREÇOS AINDA COMPETITIVOS, CONTRIBUINDO, ASSIM, PARA REGISTRARMOS UM FATURAMENTO DE US$ 2,4 BILHÕES EM 2016, UM CRESCIMENTO DE 17% SE COMPARADO COM O ANO ANTERIOR. afirma o COO da Ebit, André Dias COMPRAS CROSS BORDER TÍQUETE MÉDIO VARIAÇÃO ANUAL VARIAÇÃO ANUAL US$ 1,49 BI US$ 59,41 US$ 2,02 BI US$ 35,46 US$ 1,72 BI US$ 48,36 US$ 2,37 BI US$ 35,69 - -26,7%-18,6% 0% - 18%16% 17% 30 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 31. OS SITES MAIS COMPRADOS NO EXTERIOR Em 2016 vimos que os si- tes chineses continuam exercendo grande influência nas compras internacionais, mas sem apresentar a mes- ma evolução registrada em 2014, quando o Aliexpress. com, o preferido dos brasilei- ros, apresentou um expressivo crescimento. Porém, em 2016, verificamos que a preferência do consumidor brasileiro em compras no site internacional da Apple foi o único que apre- sentou aumento em relação ao ano anterior, chegando a 10%, ficando a dois pontos percen- tuais do site Deal Extreme. De qualquer forma, não re- gistramos grandes alterações na relação de preferência de compras em sites internacio- nais em 2016. ALIEXPRESS E AMAZON PERMANECEM COMO OS SITES PREDILETOS PARA A REALIZAÇÃO DE COMPRAS INTERNACIONAIS PELOS BRASILEIROS EM 2016 FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA 2016201520142013 (internacional) (internacional) 50% 40% 30% 20% 10% 0,0% 20 50 46 45 9 9 8 10 18 14 14 12 27 28 26 2625 25 42 40 TOP 5 SITES MAIS COMPRADOS 1. 3.2. 4. 5. 31 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 32. CATEGORIAS MAIS COMPRADAS EM SITES INTERNACIONAIS Quando analisamos as dez categorias mais vendidas de 2016, nos sites internacionais, duas apresentaram queda aci- ma de três pontos percentuais em relação a 2015: Moda e Aces- sórios e Livros, que aparente- mente deixaram de ser priorida- de nas escolhas ou comprar em sites nacionais tornou-se mais TOP 10 CATEGORIAS MAIS COMPRADAS EM SITES INTERNACIONAIS FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA vantajoso, sendo melhor opção. Por outro lado, a categoria ele- trônicos abriu vantagem de nove pontos percentuais em relação à segunda posição, informática. MODA E ACESSÓRIOS COSMÉTICOS E PERFUMARIA /CUIDADOS PESSOAIS CASA E DECORAÇÃO INFORMÁTICA BRINQUEDOS E GAMES LIVROS TELEFONIA/CELULARES ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS ESPORTE E LAZER ELETRÔNICOS 1º 15% 25% 40%35%0% 10% 30%5% 20% 2º 3º 4º 5º 6º 9º 8º 7º 10º 26% 33% 29% 24% 16% 11% 16% 17% 8% 9% 14% 12% 31% 24% 27% 25% 17% 9% 17% 17% 9% 10% 18% 13% 24% 12% 18% 18% 8% 11% 10% 13% 10% 12% 10% 11% 26% 31% 31% 34% 2016201520142013 32 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 33. ENTREGA DE PRODUTOS COMPRADOS EM SITES INTERNACIONAIS Definitivamente comprar em sites internacionais e rece- ber os produtos em endereço no Brasil é a maior preferência dos consumidores. Esta vem sendo a forma mais escolhida desde 2013, ano em que a Ebit começou a pesquisar as com- LOCAL DE ENTREGA DOS PRODUTOS FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT / RESPOSTAS DE MÚLTIPLA ESCOLHA Essa categoria vem perdendo espaço com o crescimento do uso de smartphones. Outra categoria que apre- sentou crescimento expressivo foi a de acessórios automotivos, que ganhou três pontos percen- tuais em 2016. Traçando um pa- ralelo com as compras em sites nacionais, o aumento no fatura- mento em 2016 foi impulsiona- do pela retração nas vendas de veículos novos e consequente necessidade de realizar manu- tenção na frota de automóveis usados (crescimento nominal de 58% em relação a 2015). UMA DAS CATEGORIAS QUE REGISTROU CRESCIMENTO EXPRESSIVO EM 2016 FOI A DE ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS pras internacionais. Em 2016, esse patamar foi de 84%, queda de dois pontos percentuais com relação ao ano anterior. O recuo da preferência do transporte dos produtos ad- quiridos no exterior na volta para o Brasil em viagens in- ternacionais está diretamente ligada à redução nas viagens ao exterior ocorrida em 2016, impacto direto da crise econô- mica. Segundo a Associação Brasileira das Agencias de Via- gens (ABAV), de janeiro a ou- tubro de 2016, os gastos dos brasileiros no exterior soma- ram US$ 11,901 bilhões. Já no mesmo período de 2015 esse valor foi de US$ 15,141 bilhões, um recuo de 21%. MEU ENDEREÇO NO BRASIL FORA DO BRASIL (casa de amigos, hotel, etc.) SKYBOX (caixa postal no exterior)RECEBIMENTO ELETRÔNICO/DOWNLOAD OUTROS 60% 100%0% 40%20% 80% 88% 4% 12% 1% 1% 89% 2% 10% 1% 0% 86% 6% 23% 2% 0% 84% 4% 20% 2% 2% 33 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 34. PRAZO E CUMPRIMENTO DE ENTREGA Novamente, em 2016, constatamos que o pra- zo de entrega para as com- pras internacionais é maior se comparado às compras nacionais. Nas compras realizadas em sites fora do Brasil, em 2016, o consumidor informou que a entrega dos produtos demorou, em média, 36 dias, o mesmo patamar de 2015, o que demonstra ser mais difícil acontecer significativa redução no prazo prometido de entrega. Apesar do mesmo pra- zo prometido de entrega em 2016, outro indicador apresentou estabilidade nas compras internacionais. Em 2016, 79% dos consumidores em sites internacionais afir- maram que receberam seus produtos no prazo prometi- do, apenas um ponto percen- tual acima de 2015. Nas com- pras realizadas no Brasil em 2016 esse indicador foi bem melhor, com 89% de entre- gas realizadas no dentro do prazo prometido. NÚMERO DE DIAS CORRIDOS PARA ENTREGA RECEBEU SUA ÚLTIMA COMPRA INTERNACIONAL NO PRAZO PROMETIDO? FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT NO CROSS BORDER, OS INDICADORES DE 'PRAZO PROMETIDO DE ENTREGA' E 'ATRASO NO RECEBIMENTO DOS PEDIDOS' APRESENTAM PERFORMANCE BEM ABAIXO SE COMPARADO COM OS DADOS DOS SITES NACIONAIS. ASSIM COMPRAR FORA DO BRASIL AINDA GERA MUITA DESCONFIANÇA E INSATISFAÇÃO PARA OS CONSUMIDORES VIRTUAIS BRASILEIROS comenta o COO da Ebit, André Dias NÃOSIM 30%70% 22%78%35%65% 21%79% 2013 2014 2015 2016 32 DIAS 36 DIAS42 DIAS 36 DIAS 2013 20152014 2016 34 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 35. PRAZO PARA ENTREGA, FRETE E IMPOSTOS Os brasileiros continuam comprando em sites in- ternacionais, alegando que o preço mais baixo na compara- ção com o similar nacional é a principal motivação. O preço foi apontado como fator decisi- vo para comprar em sites fora do Brasil por 67% dos entrevis- tados, o mesmo patamar apre- sentado em 2015. Do total de consumidores, 25% apontaram que, em 2016, compraram nos sites estran- geiros produtos que não esta- vam disponíveis nos sites bra- sileiros. Outros importantes fatores que contribuíram para as compras em sites interna- cionais foram o frete grátis e o não pagamento de impos- tos. Mais da metade dos PAGOU IMPOSTO NA ÚLTIMA COMPRA? PAGOU FRETE NA ÚLTIMA COMPRA? FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT PREÇO MAIS BAIXO É O FATOR DECISIVO PARA COMPRAS EM SITES ESTRANGEIROS E O FRETE GRÁTIS CONTINUA TENDO UM GRANDE APELO PARA O CONSUMIDOR NÃONÃO NÃO SEI/NÃO LEMBRONÃO SEI/NÃO LEMBRO SIMSIM 0,0% 2013 20152014 2016 10% 20% 30% 50% 60% 70% 40% 0,0% 2013 20152014 2016 10% 20% 30% 50% 60% 70% 40% 38% 37% 31% 40% 38% 49% 53% 55% 50% 13% 14% 11% 10% 56% 64% 52% 52% 40% 41% 32% 6% 5% 8% 7% 35 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 36. FORMA DE PAGAMENTO EM SITES INTERNACIONAIS Omeio de pagamento prefe- rido do brasileiro continua sendo o cartão de crédito. Essa foi a forma de pagamento utili- zada por 62% dos consumidores em sua última compra, seguido do Paypal, com 28%. Se consi- derarmos o boleto, com 9%, sendo a terceira opção de paga- mento, todos apresentam prati- camente a mesma preferência, se comparado ao ano anterior. Na pesquisa buscamos en- tender qual seria o compor- tamento do consumidor se o mesmo produto comprado no site estrangeiro estivesse dis- ponível no Brasil, com preços competitivos aos das lojas in- ternacionais. Dos pesquisados, 45% afirmaram que prefeririam comprar nos sites nacionais. Porém 36% afirmou que não teriam certeza do que fariam. FORMA DE PAGAMENTO NA ÚLTIMA COMPRA FONTE: PESQUISAS CROSS BORDER EBIT respondentes não pagaram o frete (52%), o mesmo valor apresentado em 2015, mos- trando que o fator frete grá- tis continua sendo um grande apelo para o consumidor. Dos consumidores pesqui- sados, 53% afirmaram que não pagaram imposto em sua últi- ma compra internacional, em 2016, patamar ainda maior que 2015 (49%). Apesar das informa- ções divulgadas pela Receita Federal de melhoria de proces- sos e aumento de fiscalização ao longo do ano passado, na pesquisa verificamos que, na prática, isso não aconteceu. CARTÃO DE CRÉDITO PAYPAL BOLETO BANCÁRIO OUTROS 2013 63% 28% 7% 2% 2014 54% 24% 20% 2% 2015 62% 27% 9% 2% 2016 62% 28% 9% 1% 0% 50% 100% 36 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 37. ÍNDICE DE SATISFAÇÃO E INTENÇÃO DE COMPRAS EM SITES INTERNACIONAIS EM 2016 Em 2016 o NPS (Net Promoter Score) das compras conheci- das como Cross Border foi 37%, um ponto percentual acima de 2015, porém muito superior ao apontado em 2014 quando apre- sentou 22%. Essa sensível melhoria na sa- tisfação foi refletida quando ques- tionamos se, em 2017, existem planos para continuar comprando em sites internacionais e 59% dos consumidores afirmam que sim. Quando comparamos o NPS das compras em lojas brasileiras, observamos que a satisfação apresenta indi- cadores muito superiores aos apontados nesta pesquisa Cross Border, variando entre 60% e 70% ao longo de 2016. Em algumas empresas do va- rejo online esse patamar é ainda maior, podendo ser um importante diferencial na es- tratégia de combate às com- pras internacionais. NPS DAS COMPRAS INTERNACIONAIS AUMENTOU 1 PONTO PERCENTUAL EM 2016, PARA 37%, MAS AINDA É BEM INFERIOR AO PATAMAR DAS LOJAS BRASILEIRAS 37 CAPÍTULO 3 | PESQUISA CROSS BORDER
  • 39. EVOLUÇÃO MENSAL DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ OÍndice FIPE Buscapé foi criado para mo- nitorar os preços no comércio eletrônico brasileiro e está sendo publicado há 71 me- ses. A série histórica de cálculo do índice foi caracterizada por diminuição de preços em 51 meses, que correspondem a 72% do perío- do, conforme ilustra a figura 1. Há uma visível tendência de queda nos preços do comércio eletrônico começando a partir do segundo se- mestre de 2016, no qual as variações do índice foram negati- vas nos seis meses. No primei- ro semestre de 2016 foram negativas em dois meses, e no segundo semestre de 2015 em apenas um mês. FIGURA 1 - VARIAÇÕES MENSAIS DO ÍNDICE DE PREÇOS FIPE BUSCAPÉ (%) FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ -2,0% -3,0% 0,0% 2,0% 5,0% -1,0% 1,0% 4,0% 5,0% 3,0% JAN MAI SET MAR JUL NOV FEV JUN ABR AGO OUT FEV JAN MAI SET MAR JUL NOV JUN ABR AGO OUT DEZ DEZ JAN MAI SET MAR JUL NOV FEV JUN ABR AGO OUT DEZ FEV MAR MAR MAR MAI MAI MAI JUL JUL JUL SET SET SET NOV NOV NOV FEV JAN JAN FEV JUN JUN JUN OUT OUT OUT ABR ABR ABR AGO AGO AGO DEZ DEZ DEZ 2011 2012 2013 2014 20162015 0,04 0,17 1,35 0,40 0,24 0,28 2,39 1,00 3,07 2,23 0,14 4,73 0,20 0,17 0,90 1,75 2,85 0,59 0,11 0,85 -2,85 -0,64 -0,73 -0,01 -0,05 -1,42 -0,41 -2,41 -0,25 -0,44 -1,06 -0,52 -0,35 -0,28 -0,03 -0,40 -0,35 -0,73 -0,44 -0,34 -0,06 -0,78 -1,18 -0,36 -0,37 -0,67 -1,42 -1,28 -1,19 -1,21 -1,85 -0,38 -0,26 -0,19 -0,99 -0,79 -0,74 -0,34 -0,40 -0,42 -0,32 -1,28 -0,18 -0,64 -2,44 -1,91 -1,22 -0,28 -0,02 -0,81 -1,76 39 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 40. Oano de 2016 fechou com queda de -2,01% nos preços do comércio eletrônico, de acor- do com o Índice FIPE Buscapé. Por meio da figura 2, observa-se que após uma escalada da inflação anual no comércio eletrônico ao longo de 2015 – que chegou a quase 11% no início de 2016 – as variações anuais começam a crescer menos a partir do segundo trimestre, e pela primeira vez após 20 meses, ficou negativa em dezembro. Considerando-se as 60 variações anuais (t/t-12) da série do Índice FIPE Buscapé, houve queda de preço em 39 períodos, ou 65% da série. Resgatando-se o início da série do Índice FIPE Buscapé, observa-se que a variação anual passou de um patamar de cerca de -10%, em 2012, para +8,5%, no primeiro semestre de 2016, ou seja, a variação anual aumentou quase 21%. Esta reversão refletiu a aceleração da inflação geral, que medida pelo Índice Nacional de Pre- EVOLUÇÃO DAS VARIAÇÕES ANUAIS E O MÊS DE DEZEMBRO/16 FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ FIGURA 2 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ (MÊS T / MÊS T-12) -5% -10% 10% 5% 0,0% FEV FEV FEV JUN JUN JUN ABR ABR ABR AGO AGO AGO OUT OUT OUT DEZ DEZ DEZ FEV FEV JUN JUN OUT OUT ABR ABR AGO AGO DEZ DEZ JAN JAN JAN MAI MAI MAI SET SET SET MAR MAR MAR JUL JUL JUL NOV NOV NOV MAR MAR MAI MAI JUL JUL SET SET NOV NOV JAN JAN 2012 2013 2014 20162015 -9,73 -6,42 -1,78 -1,61 9,24 -7,67 -4,24 -1,31 2,03 6,13 -9,85 -5,22 -1,48 -3,51 10,78 -9,25 0,42 -3,83 6,92 0,03 -9,81 -6,13 -1,22 -3,62 10,72 -9,64 -2,78 -1,89 3,54 4,08 -7,02 -4,59 -1,66 0,26 8,29 -8,29 -4,94 -1,36 1,37 5,89 -8,92 -1,99 -2,48 4,17 3,09 -7,89 -4,87 -1,27 1,21 6,69 -9,32 -2,83 -1,56 1,98 6,01 -7,79 -0,77 -3,25 9,01 -2,01 40 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 41. ços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de um padrão de variação anual de 6,5% para 10,5%, e também a valorização do dólar, que apresentou forte ascensão das variações anuais ao longo de 2015 e do primeiro trimestre de 2016, mas que sinaliza arrefecimento no segundo trimestre de 2016: tri15/14 (21,3%), 2º tri15/14 (37,7%), 3º tri15/14 (54,8%), 4º tri15/14 (50,7%), 1º tri16/15 (34,0%) e 2º tri16/15 (14,1%). No segundo semestre de 2016 ob- serva-se uma nova reversão de tendência, dado que a variação anual média do Índice FIPE Bus- capé caiu de 8,5% para 2,9%, e fechou o ano de 2016 em -2,01%. Neste semestre, o IPCA foi de- clinante, fechando o ano em 6,29%, bem como as variações anuais do dólar: 3º tri16/15 (-8,0%) e 4º tri16/15 (-14,2%). É importante ressaltar, neste sentido, que algumas categorias que têm peso expressivo no e-commerce são influenciadas de forma significativa pelo câmbio: eletrônicos, in- formática, fotografia e telefonia. No período anual dezembro16/dezembro15, dos dez grupos pesquisados pelo Índice FIPE Buscapé, metade apresentou aumento de preço, e metade queda, havendo expressiva diferença no comportamento de preço entre os grupos de produtos que compõem o índice, que vai de uma queda de -9,71%, em Telefonia, a um aumento de 1,51%, em Brinquedos e Games, conforme ilustra a figura 3. Em termos de categorias, houve au- mento médio de preço de 4% em 82 categorias, e queda média de preço em 68 categorias. FIGURA 3 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ POR CATEGORIAS DE PRODUTOS (DEZ16/DEZ15) FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ 68 CATEGORIAS COM QUEDA TOTAL GERAL (150 CATEGORIAS) 82 CATEGORIAS COM AUMENTO 6%-8% 0%-4% 2% 4%-12% -10% -6% -2% MODA E ACESSÓRIOS ELETRODOMÉSTICOS BRINQUEDOS E GAMES ELETRÔNICOS INFORMÁTICA CASA E DECORAÇÃO TELEFONIA COSMÉTICOS E PERFUMARIA ESPORTE E LAZER FOTOGRAFIA 4,00 -4,00 -2,01 0,54 -0,85 -2,77 -1,59 -5,35 -9,71 1,13 0,63 1,27 1,51 41 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 42. PREÇOS DO COMÉRCIO ELETRÔNICO EM RELAÇÃO AOS PREÇOS EM GERAL Como vem ocorrendo ao longo dos últimos cin- co anos, a variação anual dos preços no comér- cio eletrônico de -2,01% em dezembro/16, medida pelo Índice FIPE Buscapé, é menor do que a infla- ção geral, medida pelo IPCA, que em 12 meses ter- minados em dezembro/16 foi de 6,29%, conforme a figura 4. No período anual dez16/dez15 os preços do comércio eletrônico tiveram variação 7,8% infe- rior aos preços gerais da economia. Os números da série em geral traduzem uma significativa competitividade dos preços dos produ- tos comercializados no e-commerce em relação aos preços médios que compõem o orçamento familiar, explicando parcialmente o expressivo crescimento do setor ao longo do tempo. Em 2016 o crescimen- to nominal do comércio eletrônico brasileiro foi de 7,4%, e de 1,66% em termos reais, com base na varia- ção média anual de 5,64% do Índice FIPE Buscapé no período 2016/2015. Este crescimento é apenas cerca de 1 p.p. superior ao crescimento de 0,7% projetado para o PIB, e deve refletir, além da crise econômica que afeta o varejo em geral, o fato da variação média anual dos preços do comércio eletrônico no período 2016/2015 (5,64%) ter sido apenas 2,9% inferior à va- riação média do IPCA no mesmo período (8,74%). O PREÇO MOTIVA A DECISÃO DE COMPRA DO E-CONSUMIDOR. NO INÍCIO DE 2016, QUANDO A INFLAÇÃO MENSAL CHEGOU A 11% ANTE AO MESMO MÊS DE 2015, VERIFICAMOS UMA RETRAÇÃO NAS COMPRAS DO E-COMMERCE. EM 2017, ESPERAMOS QUE A INFLAÇÃO CHEGUE AO CENTRO DA META ESTABELECIDA PELO BANCO CENTRAL E QUE POSSAMOS VOLTAR A TER DEFLAÇÃO NO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ. Sandoval Martins, CEO do Buscapé VARIAÇÃO ANUAL IPCA VARIAÇÃO ANUAL FIPE-BUSCAPÉ DIFERENÇA FIPE-BUSCAPÉ/IPCA FIGURA 4 - VARIAÇÕES ANUAIS DO ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ, IPCA E DIFERENÇA (MÊS T / MÊS T-12) FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ 0,0 -16,0 12,0 8,0 4,0 -4,0 -12,0 -8,0 2012 2013 2014 20162015 FEV FEV FEV JUN JUN JUN ABR ABR ABR AGO NOV OUT AGO AGO OUT OUT DEZ DEZ FEV FEV JUN JUN OUT OUT ABR ABR AGO AGO DEZ DEZ JAN JAN JAN MAI MAI MAI SET DEZ SET SET MAR MAR MAR JUL JUL JUL NOV NOV MAR MAR MAI MAI JUL JUL SET SET NOV NOV JAN JAN 42 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 43. A figura 5 traz a comparação do IPCA Ge- ral com o Índice FIPE Buscapé e com um Ín- dice Composto pelas variações de preços no IPCA (varejo predominantemente físico) com pesos do Índice FIPE Buscapé (pesos dos pro- dutos no comércio eletrônico) para categorias de produtos compatíveis com o FIPE Buscapé, embora com cestas de produtos diferentes. Observa-se que o comportamento do Índice Composto por categorias de produtos que são pesquisados no IPCA e no Índice FIPE Busca- pé – que representam mais de 70% do peso no Índice FIPE Buscapé e no e-commerce – é bastante alinhado e consistente com o com- portamento do Índice FIPE Buscapé. Especifi- camente no mês de dezembro/16 em relação à base de janeiro/11 (71 meses), o Índice FIPE Buscapé está 15% abaixo, e o Índice Composto com preços do IPCA e pesos do FIPE Buscapé para produtos compatíveis está 3,8% abaixo. Por outro lado, o comportamento destes dois índices é bastante discrepante do comporta- mento do IPCA geral, que no período janeiro de 2011 a dezembro de 2016 subiu 48,2% ou 75% a mais que o Índice FIPE Buscapé e 54% a mais que o Índice Composto. Parcela significativa destas diferenças pode ser explicada pelos seguintes fatores: a) O Índice de Preços FIPE Buscapé monitora uma cesta de produtos diferente daquela ava- liada pelos índices de preços gerais, ou seja, apenas aqueles produtos que são comerciali- zados de forma mais significativa por meio do comércio eletrônico; b) Os pesos dos produtos que compõem o Índice FIPE Buscapé são bastante diferentes dos pesos dos mesmos produtos nos índices genéricos; c) O canal de distribuição monitorado pelo Ín- dice FIPE Buscapé é exclusivamente o e-com- merce, enquanto os outros índices monitoram vários outros canais tradicionais e físicos. FIGURA 5 - ÍNDICE IPCA TOTAL, FIPE BUSCAPÉ E FIPE BUSCAPÉ COMPOSTO COM PREÇOS DO IPCA (JAN11=1) FONTE: ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ IPCA GERAL ÍNDICE FIPE-BUSCAPÉ TOTAL ÍNDICE COMPOSTO (PREÇO IBGE E PESO FIPE-BUSCAPÉ) 0,80 0,90 1,50 1,20 1,10 1,30 1,40 1,00 FEV JAN JAN JAN MAI MAI MAI SET SET SET MAR MAR MAR JUL JUL JUL NOV NOV NOV FEV FEV JUN JUN JUN ABR ABR ABR AGO AGO AGO OUT OUT OUT DEZ DEZ DEZ FEV MAR MAR MAR MAI MAI MAI JUL JUL JUL SET SET SET NOV NOV NOV FEV JAN JAN FEV JUN JUN JUN OUT OUT OUT ABR ABR ABR AGO AGO AGO DEZ DEZ DEZ JAN 2011 2012 2013 2014 20162015 43 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 44. Em 2016, o e-commerce B2C brasileiro faturou R$44,4 bilhões e alcançou um crescimento no- minal de 7,4%. No mesmo período, o Índice FIPE Buscapé teve aumento médio de 5,64%. Estes da- dos traduzem-se em um crescimento real de 1,66% no faturamento do comércio eletrônico, ou cerca de 5,26% acima do resultado estimado para o PIB de -3,6%. Excetuando-se 2016, o comércio eletrôni- co brasileiro tem crescido muito acima da econo- mia, e de acordo com os dados da Ebit o crescimen- to médio anual nominal no período 2001/2016 foi de 46,7%. Mesmo eli- minando-se os dois primeiros anos da série – quando a base era rela- tivamente baixa – e os dois últimos anos – influenciados pela recessão – a variação média dos preços do comércio eletrônico no período de 2003/2014 é de 35,2% a.a., ou 21,2% acima do crescimento médio anual do PIB de 11,5% no mesmo período. Entre os fatores que explicam o forte crescimento do setor destacam-se: o aumento do número de domicí- lios com computadores, a difusão do acessoporbandalargaeusodedispositivosmóveis, o amadurecimento e consolidação da estrutura do varejo on-line, a maior segurança nas operações de pagamento, e a maior confiabilidade na entrega. Outros fatores, intrínsecos ao e-commerce, e que têm influência significativa sobre o seu cresci- mento é o long tail e o crescimento das transações em marketplaces, que refletem a possibilidade de oferta de mais produtos orientados para nichos de mercado. Como consequência, o comércio vir- tual caracteriza-se por oferecer um número muito maior de ofertas do que o comércio físico, além de possibilitar a disseminação de um grande núme- ro de pequenas lojas, que para os consumidores se traduzem em maior possibilidade de escolha. Mas a variedade realmente ganha valor eco- nômico quando somada aos mecanismos de busca pela internet, que possibilitam en- contrar facilmente o item desejado, otimizando o tempo dando transpa- rência aos valores praticados, de for- ma a estimular a concorrência. Con- siderando-se, ainda, que os custos operacionais do e-commerce são menores, estima-se que os preços das lojas on-line sejam mais baixos em relação ao varejo tradicional. Pesquisas preliminares feitas nos Estados Unidos, França e Índia iden- tificaram que os preços do varejo on-line nesses países são, em média, 10% menores que no comércio físico. Admitindo-se que no Brasil a diferença seja semelhante, e consi- derando-se que existe o efeito denominado “ROPO” – Research Online/Purchase Offline – relativo a clientes que pesquisam na internet, mas compram nas lojas físicas, estima-se para 2016 um ganho eco- nômico de R$11,4 bilhões derivado das compras fei- tas no e-commerce e do poder de barganha junto ao varejo físico derivado das buscas na internet. O VALOR DA BUSCA DE PREÇOS NO E-COMMERCE BRASILEIRO EM 2016 O LONG TAIL E O CRESCIMENTO DAS TRANSAÇÕES EM MARKETPLACE TIVERAM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA NO CRESCIMENTO DO E-COMMERCE EM 2016 44 CAPÍTULO 4 | ÍNDICE FIPE BUSCAPÉ
  • 47. GLOSSÁRIO ADHOC: Pesquisa sob encomenda com determinada finalidade. APARELHOS MÓVEIS: Dispositivos móveis, como smartphones e tablets. APLICATIVOS: programas desenvolvidos para um objetivo (como e-commerce, game, serviço) que podem ser baixados, pela Internet, para uso por meio de aparelhos móveis APPS: abreviação para aplicativos BALANÇO: resultado das vendas num determinado período BLACK FRIDAY: data do comércio eletrônico com grandes descontos, geralmente realizada na última sexta-feira de novembro. Evento que se originou nos Estados Unidos, mas implantado no e-commerce no Brasil em 2012 BROWSER: navegador para acesso à Internet BUSCADORES: site de serviço para pesquisa e/ou comparação de preços, como no caso o Buscapé e Bondfaro CERTIFICAÇÃO DE LOJAS: avaliação feita pela Ebit por meio de pesquisa com o consumidor que realizou compra pela Internet, no pós-compra, para aumentar a confiança na compra on-line CLASSE A, B, C E D: classificação das classes sociais pela renda da família ou indivíduo (A e B: renda a partir de R$ 3.001/mês; C e D: renda até R$ 3.000/mês) COMÉRCIO ELETRÔNICO: Negócio eletrônico, e-commerce, varejo on- line, compra pela Internet COMPARADORES DE PREÇO: sites cuja principal funcionalidade é buscar os preços de um produto e listar a variedade encontrada em diversas lojas CRESCIMENTO NOMINAL: evolução do faturamento sem descontar a inflação, diferença do aumento das vendas CROSS BORDER: operação de um pedido do e-commerce efetuado para entrega em outro país DESKTOP: computador de mesa DIA DO CONSUMIDOR BRASIL: data estabelecida no calendário do varejo on-line e criada pelo Buscapé Company com o apoio de entidades do setor e lojistas para um dia de descontos semelhante à Black Friday. Acontece no mês de março, numa quarta-feira próxima do dia 15 E-COMMERCE: loja virtual, universo do comércio eletrônico E-CONSUMIDOR: consumidor que realiza compra pela Internet E-CONSUMIDORES ÚNICOS: aqueles que realizaram pelo menos uma compra pela Internet FATURAMENTO: total arrecadado das vendas ÍNDICE FIPE/BUSCAPÉ: apuração sistematizada dos preços no comércio eletrônico brasileiro INTERNET: rede mundial de computadores LAYOUT: visual de um site por seu design, apresentação de uma página da Internet Lojas virtuais: loja estabelecida na Internet que realiza vendas no comércio eletrônico. E-commerce MEDALHAS: medalhas Ebit, certificação atribuída pela Ebit para classificar as lojas de acordo com a satisfação do consumidor virtual após avaliação do serviço prestado (podem ser Diamante, Ouro, Prata e Bronze) MOBILE COMMERCE: comércio virtual realizado por meio de aparelhos móveis, como smartphone ou tablet (m-commerce, na abreviação) NPS: Net Promoter Score, indicador que mensura a satisfação e a fidelização dos clientes A B C M L I F E D N W V T S R P O OMNICHANNEL: Conceito em que todos os canais de uma marca do varejo ficam disponíveis para o contato com o consumidor, na interligação do off-line e on-line PEDIDO: Cada compra realizada, encomenda de um produto para aquisição PLAYERS: Componentes do mercado, lojistas (no caso do e-commerce) REDES SOCIAIS: Sites (ambientes) em que as pessoas se encontram (como Facebook, Twitter e outras) RENDA FAMILIAR: Média do ganho de uma família, no somatório dos integrantes que trabalham e moram no mesmo domicílio SHARE: Participação no mercado. SITES RESPONSIVOS: Site adaptado para o aparelho móvel, com configurações e/ou layout desenhados para o formato mobile, adaptando-se ao tamanho da tela e facilitando a navegação SMARTPHONES: Aparelho te telefonia celular móvel, que possibilita acesso à Internet e outras funções avançadas TABLETS: Aparelho móvel que funciona como computador portátil, com uso das funcionalidades e navegação na Internet por tela touch (sensível ao toque). TÍQUETE MÉDIO: Média calculada de gasto por pedido ou compra. TRANSAÇÕES: Operações, compras efetuadas. VAREJO DIGITAL: E-commerce, comércio eletrônico, compras realizadas pela Internet. VOLUME TRANSACIONAL: Proporção de vendas. WI-FI: Acesso à Internet sem fio. 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS | GLOSSÁRIO
  • 48. Desde 1894, a Associação Comercial de São Paulo trabalha pelos empreendedores que atuam na cidade de São Paulo. De comércios familiares a grandes indústrias, mais de 30 mil empreendedores contam com o apoio da Associação na defesa de seus interesses junto à sociedade e ao governo e na prestação de serviços exclusivos que facilitam o dia a dia do empreendedor. Nossa força, seu negócio. www.acsp.com.br O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo é uma instituição sem fins lucrativos. Foi fundado em Dezembro de 2009, em São Paulo, por um grupo de profissionais ligados ao setor varejista com o objetivo de estabelecer grupos de discussão, relacionamento e conhecimento a respeito deste mercado. www.ibevar.org.br APOIO NA DIVULGAÇÃO A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por www.fecomercio.com.br administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 154 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro –, gerando em torno de cinco milhões de empregos. 48 CONSIDERAÇÕES FINAIS | APOIO NA DIVULGAÇÃO
  • 49. Fundada em 1998, com a principal missão de desenvolver o mercado de mídia interativa no Brasil. A partir de 2006, a Associação de Mídia Interativa (AMI) passou a fazer parte da mais importante rede de associações do mundo – o Interactive Advertising Bureau –, mudando sua denominação para IAB Brasil. Desde então, a associação integra uma rede internacional de associações, que conta com representações em mais de 43 países, entre eles EUA, Austrália, Cingapura, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Chile e México. O IAB Brasil conta atualmente com mais de 230 filiados, entre sites, portais, empresas de tecnologia, agências e desenvolvedoras Web, líderes em seu segmento no país. iabbrasil.net Sobre a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico: Principal entidade multissetorial da América Latina e associação brasileira de maior representatividade da Economia Digital, a camara-e.net tem como missão capacitar pessoas e organizações para a prática segura dos negócios virtuais. Com 15 anos de fundação, seu papel tem sido fundamental para a formulação de políticas públicas alinhadas aos anseios da sociedade moderna e, especialmente, para o aprimoramento de marcos regulatórios setoriais que dão suporte legal às medidas de incentivo necessárias ao desenvolvimento de nosso País. www.camara-e.net O E-Commerce Brasil é um projeto de fomento do mercado de comércio eletrônico no Brasil e oferece mais de 100 atividades durante o ano, entre www.ecommercebrasil.com.br elas: conteúdo especializado publicado diariamente no portal E-Commerce Brasil, revista impressa, treinamentos para profissionais do setor, além de promover uma série de eventos em todo o país, com destaque para o Fórum E-Commerce Brasil, principal evento de e-commerce do mundo e da América Latina, segundo a Forrester. 49 CONSIDERAÇÕES FINAIS | APOIO NA DIVULGAÇÃO
  • 50. ANDRÉ RICARDO DIAS COO da Ebit andre.dias@ebit.com.br PEDRO GUASTI CEO da Ebit pedro.guasti@ebit.com.br EQUIPE/CONTATOS ASSESSORIA DE IMPRENSA KETCHUM www.ketchum.com ALINE OLIVEIRA +55 11 5090-8911 aline.oliveira@ketchum.com.br MARIA DOMINGUES +55 (11) 5090-8931 maria.domingues@ketchum.com.br ARTE E DIAGRAMAÇÃO RITA MAYUMI hello@ritamayumi.com www.ritamayumi.com EQUIPE EBIT KEINE MONTEIRO Gerente de Inteligência de Mercado JÉSSICA OLIVEIRA Analista de Inteligência de Mercado RENANN MENDES Coordenador de Marketing e Operações LETÍCIA AVELAR Analista de Marketing VITÓRIA JABUR Analista de Marketing MÁRIO FROES Gerente de TI IMPLEMENTAÇÃO DA PESQUISA EBIT Entre em contato com convenio@ebit.com.br Saiba mais aqui CONTRATAÇÃO DE RELATÓRIOS E PESQUISAS Entre em contato com comercial@ebit.com.br CONSIDERAÇÕES FINAIS | INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA / CONTATOS A Ebit requer que seja indicada como fonte de informação em qualquer estudo acadêmico, press release, artigo de opinião, editorial ou matéria jornalística que mencione dados coletados em seus estudos sobre o mercado brasileiro de e-commerce, em especial ao relatório Webshoppers. Reforçamos que os dados são de propriedade da Ebit e, portanto, quem os utiliza deve sempre informar qual a fonte, a fim de reforçar a credibilidade da informação e evitar que os dados divulgados pela empresa sejam atribuídos a outras fontes. INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA DIVULGAÇÃO DE DADOS DA EBIT 50 CONSIDERAÇÕES FINAIS | INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA / EQUIPE/CONTATO