SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 100
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Tópicos de Aula - IMC
Instalação e Manutenção de Computadores
Monte Alto – fevereiro/2012
Tópicos de Aula - IMC
Instalação e Manutenção de Computadores
Informações sobre este material
Professor: Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi
Curso: Técnico em Informática / Redes / Internet
Disciplina: IMC – Instalação e Manutenção de Computadores
Período: 1º Módulo
Semestre/Ano: 01/2012
Datas: Criação: 05/03/2007 - Tempo de edição 34h35m47 - Última alteração 28/01/2012
Nº de páginas: 100 Versão: 1.3.27
Sumário
1 - Elétrica e Eletrônica Básica....................................................................7
Tensão e Corrente elétrica AC/CC e Potência .....................................................................7
Aterramento .........................................................................................................................8
Filtro de linha – Régua.........................................................................................................9
Estabilizadores ..................................................................................................................10
UPS / No break..................................................................................................................10
Fontes de alimentação (AT e ATX) ....................................................................................10
2 - A FERRAMENTA MAIS IMPORTANTE..................................................11
Ilustração de ligação elétrica .............................................................................................12
...........................................................................................................................................12
Uso de Multímetro..............................................................................................................12
Testes de mesa (aulas práticas) sobre o conteúdo. ......................................................13
Exercícios de Fixação........................................................................................................14
3 - Sistema Binário, Hexadecimal e conversão de valores ....................15
Sistema Binário .............................................................................................................15
Sistema Hexadecimal....................................................................................................16
Tabela de conversão entre decimal, binário e hexadecimal ..........................................16
Bit, Byte e Mega ................................................................................................................17
Exercícios de fixação.........................................................................................................18
4 - Arquitetura e Organização de Computadores....................................19
Placa Mãe e seus componentes........................................................................................19
Visão geral das placas-mãe...............................................................................................20
Item A – processador.....................................................................................................20
Item B - Memória RAM ..................................................................................................21
Item C - Slots de expansão ...........................................................................................22
Item D - Plug de alimentação ........................................................................................22
Item E - Conectores IDE, SATA e drive de disquete ......................................................22
Item F – BIOS CMOS e bateria .....................................................................................23
Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros .............................24
Item H - Furos de encaixe .............................................................................................25
Item I – Chipset .............................................................................................................25
Placas-mãe onboard..........................................................................................................25
Exercícios de fixação.........................................................................................................27
5 - Barramentos (Físico e de Expansão), Memórias, Processador e
Portas de Comunicação ...............................................................................28
ISA.................................................................................................................................28
ISA de 8 bits ..............................................................................................................28
ISA de 16 bits ............................................................................................................28
ISA Plug and Play......................................................................................................29
PCI.................................................................................................................................29
AGP...............................................................................................................................29
AGP 8X .....................................................................................................................30
PCI-Express ..................................................................................................................30
PCI Express 2.0.............................................................................................................32
Fire Wire........................................................................................................................32
Memória ROM ...................................................................................................................32
Tipos de ROM................................................................................................................33
Memórias RAM ..................................................................................................................33
SIMM (single inline memory module).................................................................................35
DIMM - Dual Inline Memory Module ..............................................................................36
SO-DIMM.......................................................................................................................36
SDR SDRAM .................................................................................................................37
DDR SDRAM.................................................................................................................37
A Era DDR.................................................................................................................38
Modelos.....................................................................................................................38
Dual-Channel ............................................................................................................38
Frequência de memórias...........................................................................................39
DDR2.............................................................................................................................39
DDR3.............................................................................................................................39
Diferenças entre as Memórias Anteriores..................................................................39
Memória GDDR .................................................................................................................40
Tipos de Memória GDDR ..........................................................................................41
RIMM - Rambus Inline Memory Module (Módulo de memória RAMbus)...........................42
Memória CACHE ...............................................................................................................43
Cache L1 .......................................................................................................................43
Cache L2 .......................................................................................................................43
Cache L3 .......................................................................................................................43
Tamanho da cache ........................................................................................................44
Memória Flash...................................................................................................................44
Flash NAND...................................................................................................................44
Jumpers.............................................................................................................................44
Processadores...................................................................................................................45
Fan Cooler – Water Cooler............................................................................................46
Cooler e Dissipador .......................................................................................................46
Processadores com dois ou mais núcleos.........................................................................47
Por que chips dual core são melhores do que os antigos? ...........................................47
Eu preciso comprar um chip dual core? ........................................................................47
Interface Serial, Paralela e USB ........................................................................................48
Exercícios de fixação.........................................................................................................50
6 - Gabinetes, Periféricos e Placas de expansão. ...................................51
Gabinetes ..........................................................................................................................51
Tipos..................................................................................................................................51
Periféricos..........................................................................................................................52
Mouse................................................................................................................................52
Teclado ..............................................................................................................................53
Monitor...............................................................................................................................53
CRT ...............................................................................................................................53
LCD ...............................................................................................................................54
Impressoras.......................................................................................................................55
Impressora de Impacto..................................................................................................55
Impressora Jato de tinta ................................................................................................56
Tecnologias de impressão .................................................................................................56
Buble jet ou térmico.......................................................................................................56
Piezo-elétrico.................................................................................................................57
Impressora Laser...........................................................................................................57
Plotter (Traçador gráfico)...............................................................................................58
Placas de Expansão ..........................................................................................................58
Placa de rede (ethernet)................................................................................................58
Placa de fax/modem......................................................................................................59
Placa controladora de Vídeo .........................................................................................60
Discos Diversos.................................................................................................................61
HD – Hard Disk..............................................................................................................61
ATA/PATA ..................................................................................................................62
Serial ATA ou SATA ...................................................................................................62
SCSI..........................................................................................................................62
Fibre Channel............................................................................................................63
Como os dados são gravados e lidos .......................................................................63
Capacidade do disco rígido.......................................................................................64
SSD’s - Solid State Disks (discos de estado sólido)......................................................65
Disquete ........................................................................................................................66
CD-ROM e DVD ............................................................................................................66
Scanner .............................................................................................................................67
Leitor de Código de Barras................................................................................................68
Exercícios de fixação.........................................................................................................68
7 - IMC II - (Para segundo Módulo)............................................................69
8 - Inicialização, Particionamento, Formatação, Sistema de arquivo e
MBR 69
BIOS – POST – SETUP.....................................................................................................69
Particionamento de Discos ................................................................................................71
Formatação........................................................................................................................72
Sistemas de Arquivos ........................................................................................................73
EXT3..............................................................................................................................74
FAT32 ............................................................................................................................75
RaiserFS........................................................................................................................75
NTFS .............................................................................................................................76
Setor de boot (MBR)..........................................................................................................77
Exercícios de fixação.........................................................................................................78
9 - Manutenção Preventiva, Corretiva e Preditiva ...................................79
MANUTENÇÃO PREVENTIVA..........................................................................................79
MANUTENÇÃO CORRETIVA............................................................................................80
MANUTENÇÃO PREDITIVA..............................................................................................81
10 - Check List para Manutenção Preventiva ........................................82
Hardware ...........................................................................................................................82
Software.............................................................................................................................82
Como realizar a limpeza dos componentes.......................................................................82
MoBo .............................................................................................................................82
Processador ..................................................................................................................82
Placa de Video...............................................................................................................82
Placa de Som ................................................................................................................82
Placa de Rede...............................................................................................................83
Modem...........................................................................................................................83
Memórias.......................................................................................................................83
Teclado ..........................................................................................................................83
Coolers ..........................................................................................................................83
Monitores.......................................................................................................................83
MOUSES.......................................................................................................................83
Drive de disquetes.........................................................................................................83
Divers de CD-R .............................................................................................................84
CDRoms........................................................................................................................84
Cabos ............................................................................................................................84
Câmeras Digitais ...........................................................................................................84
Exercícios de Fixação........................................................................................................84
11 - Portas de Comunicação....................................................................85
Porta Paralela (SPP, EPP e ECP) .................................................................................86
Cabo Paralelo............................................................................................................86
Limite do Cabo Paralelo ............................................................................................87
Conectores da Comunicação Paralela ......................................................................87
Designação da Porta Paralela...................................................................................88
Quantidade das Portas Paralelas..............................................................................88
Relação Entre os Endereços das Portas Paralelas...................................................88
Velocidade da Comunicação Paralela.......................................................................88
ECP, EPP e SPP .......................................................................................................88
Portas Seriais ................................................................................................................89
Velocidade da Comuncação Serial............................................................................89
Designação da Porta Serial.......................................................................................90
Quantidade das Portas Seriais..................................................................................90
Relação Entre os Endereços das Portas Seriais.......................................................90
Modos de Comunicação............................................................................................91
Parâmetros da Comunicação Serial..........................................................................92
Paridade (parity)........................................................................................................92
..................................................................................................................................93
Start e Stop Bit ..........................................................................................................93
Baud Rate .................................................................................................................94
Data Bits....................................................................................................................94
Definição dos parâmetros..........................................................................................94
Tabela de endereços de Portas.....................................................................................95
IRQ (Interruped Request) ..................................................................................................96
Quando recebida uma interrupção o que acontece ?....................................................96
DMA (Direct Memory Access)........................................................................................97
Controlador de DMA..................................................................................................97
Quantos canais de DMA existem ? ...........................................................................98
Quem usa DMA ? ......................................................................................................98
Controladores de Disco .................................................................................................98
12 - Instalação de S.O. e Aplicativos (Em DESENVOLVIMENTO) .....100
13 - Robótica (Em DESENVOLVIMENTO) .....................................100
Porta Paralela (LPT1) (Em DESENVOLVIMENTO) .....................................100
O comando PORT[] - Pascal (Em DESENVOLVIMENTO) ......................100
O comando ??? - VB (Em DESENVOLVIMENTO) ..................................100
14 - Referências Bibliográficas..............................................................100
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 7
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
1 - Elétrica e Eletrônica Básica
Tensão e Corrente elétrica AC/CC e Potência
Eletricidade só existe quando há diferença de potencial. Por exemplo, se temos dois fios, um
com potencial 12 e outro com potencial 0 (zero), então temos uma diferença de potencial de
12 V. Se temos dois fios com potencial 12, então não há diferença de potencial e a tensão
elétrica obtida entre esses dois fios será zero.
Assim, a rede elétrica é formada por dois fios, um chamado fase e outro chamado neutro. O
fio neutro possui potencial zero e o fio fase é por onde a tensão elétrica é transmitida. Como
haverá diferença de potencial entre a fase e o neutro, haverá tensão elétrica. Na rede elétrica a
tensão é alternada, já que potencial elétrico do fio fase é uma forma de onda senoidal, isto é,
varia ao longo do tempo.
Tensão elétrica é a diferença de potencial entre dois pontos.
Corrente Elétrica é o resultado da aplicação de uma tensão entre dois pontos, continuamente
ou durante um certo tempo.
Potência é a energia fornecida, recebida ou gasta por unidade de tempo.
Corrente contínua (CC) é constante com o tempo (pilhas, acumuladores,circuitos eletrônicos
e outros).
Corrente alternada (AC) é aquela que varia com o tempo, geralmente de forma senoidal,
repetindo 60 ciclos/s ou 60 Hz (motores, geradores, transformadores, retificadores, instalações
elétricas industriais e prediais.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 8
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
ANALOGIA
Imagine uma caixa d’água bem cheia, com um cano saindo dela e descendo para uma torneira,
se a torneira estiver fechada não haverá corrente de água pelo cano, mas se abrirmos a torneira
passará a ter uma corrente de água pelo cano.
Agora imaginemos essa mesma caixa d’água com dois canos saindo dela e descendo cada um
para uma torneira, um cano mais grosso com uma torneira grande e um cano mais fino para
uma torneira pequena. Se abrirmos as duas torneiras teremos dois canos com correntes de
água, mas o de cano mais grosso estará com uma corrente de água maior do que o de cano
mais fino, porém os dois saem da mesma caixa d’água, daí podemos dizer que:
A caixa d’água cheia é a tensão;
Os canos são os condutores;
A água quando passa pelos canos, quando a torneira está aberta, é a corrente e as torneiras são
a Carga que está sendo alimentada.
Viram que embora a caixa d’água seja a mesma podemos ter várias correntes de água
diferentes dependendo do tamanho dos canos e das torneiras.
― O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DE UM APARELHO ELÉTRICO ESTÁ DIRETAMENTE
RELACIONADO À SUA POTÊNCIA ELÉTRICA E AO TEMPO QUE ELE FICAR FUNCIONANDO”
Aterramento
O terra é um sinal que contém zero volt absoluto. Ele é usado para igualar o potencial elétrico
entre equipamentos elétricos. Normalmente o terra é ligado à carcaça metálica do
equipamento. Em equipamentos onde o gabinete seja plástico, o terra é ligado à carcaça
metálica existente no interior do equipamento.
Você deve estar se perguntando qual é a diferença entre o terra e o neutro, já que ambos
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 9
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
possuem potencial zero.
Acontece que o fio neutro pode ficar "sujo" devido a fugas apresentadas pelos equipamentos
elétricos presentes na sua casa ou trabalho. Por exemplo, ele vem da rua com potencial zero
mas, devido aos equipamentos que existem em sua casa, houve uma fuga (que é normal) e o
neutro passou a ter um potencial ligeiramente maior, digamos 6 V. Se comparado com o fio
fase, então, a diferença de potencial baixou, nesse caso, 6 V. Mas, como os equipamentos
elétricos normalmente possuem uma tolerância alta, essa queda na tensão não alterará
funcionamento deles (a tensão baixou de 127 V para 121 V nesse exemplo, o que fará com
que os equipamentos continuem funcionando normalmente).
O terra apresenta, portanto, um potencial de zero volt absoluto. Isso é conseguido através da
instalação de uma barra de ferro no solo (e daí o nome "terra"). Como a terra é uma fonte
inesgotável de elétrons, o seu potencial é inalterável. Caso algum equipamento tente "sujar" o
terra (como ocorre com o neutro), o excesso de tensão é encaminhado para a terra, mantendo
o potencial elétrico sempre em zero.
A questão é que o fio terra só faz sentido quando estamos operando com equipamentos
elétricos que irão ser interligados entre si e onde não pode haver diferença de potencial entre
eles. Para um ferro de passar roupas, para um liqüidificador e para uma lâmpada, o uso do fio
terra não faz o menor sentido, já que eles não precisam de uma referência do zero volt
absoluto, pois a tolerância desses equipamentos permite a eles operarem corretamente mesmo
quando o fio neutro está "sujo".
Por esse motivo é que nas instalações elétricas residenciais só há, na maioria das vezes, os
fios fase e neutro, já que assume-se que você não terá em casa equipamentos elétricos que
necessitem de aterramento.
Filtro de linha – Régua
Seu papel principal é filtrar os ruídos e interferências da rede
elétrica, ou seja, ele faz a energia passar limpinha pela corrente
para o computador.
Isso acontece porque ele tem uma peça chamada varistor que
elimina qualquer freqüência elétrica acima de 60 Hz. Esse valor é o
padrão e significa que a tensão elétrica variou 60 vezes em um
intervalo de 1 segundo.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 10
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Estabilizadores
Necessário para estabilizar a corrente elétrica,
principalmente se a corrente for muito instável. O
computador e todos os periféricos devem ser
conectados ao estabilizador.
UPS / No break
O no-break é o melhor sistema de proteção e o mais completo
de todos. Ele também é conhecido como UPS (Uninterruptible
Power Supply), em português, fonte de alimentação
ininterrupta.
Sua diferença crucial em relação ao estabilizador é que além de
estabilizar a tensão, na falta de energia, ele continua
alimentando o seu micro por um determinado tempo para que você possa utilizar mais um
pouqinho o PC, salvar tudo e desligá-lo em segurança.
Isso se deve ao fato do no-break possuir uma bateria, que é carregada enquanto a
rede elétrica está funcionando normalmente.
Essa bateria possui uma autonomia, que é o tempo em que ela sustenta o
computador ligado. Esse tempo varia em no-breaks normais, de 10 a 15 minutos
de energia. Por isso não é recomendado ficar usando o computador como se
nada tivesse acontecido.
Para que a autonomia seja maior, é recomendável que se ligue somente o computador e o
monitor ao no-break, evitando a conexão de outros periféricos que contribuem para o
esgotamento mais rápido da bateria.
Fontes de alimentação (AT e ATX)
As fontes ATX (Advanced Tecnology Extendend) possuem comando direto da placa mão, ou
se preferir até de uma placa de rede especial, com as fontes atx a sua maquina poderá desligar
sozinha a sua fonte, por isso, quando você desliga o Windows, sua fonte desliga
automaticamente, sem você precisar esperar aquela tela pra poder apertar o botão.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 11
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Estas fontes são muito úteis, pois você pode programar a hora
de desligar o PC, o próprio PC quando não utilizado pode se
desligar, e você poderá desligar inclusive
via rede.
As fontes AT AT (Advanced Tecnology)
não possuem esta comodidade, o que
significa que quando você desligar o Windows, terá que esperar ele
desligar, e depois manualmente desligar a fonte no botão ou chave.
2 - A FERRAMENTA MAIS IMPORTANTE
Antes de mexer nas fontes, seria interessante você possuir aquela ferramenta importantíssima
para qualquer técnico que trabalha com coisas que se liga na tomada: a lâmpada serie. A
construção dela é simples, barata e economizará muitos fusíveis, semicondutores, sem falar
nos estouros e fumacinhas. Para ter uma lâmpada serie na bancada, simplesmente acrescente
uma tomada universal com uma lâmpada incandescente em série com o fio fase. Neutro e
terra são ligados normalmente na rede.
Lista de materiais:
1 Lâmpada incandecente de 100 ou 150 watts/ 110 ou 220 volts (verifique a tensão da sua rede elétrica).
1 Metro de cabo pp 1,5 mm de expessura ou qualquer outro fio paralelo de capa dupla.
1 Soquete de porcelana para lâmpada.
1 Tomada.
1 Plug para tomada.
1 Base de madeira 15X15 cm. para a montagem do circuito.
4 Parafusos.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 12
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Ilustração de ligação elétrica
Norma NBR 14136 veja mais em:
< http://www.siemens.com.br/templates/coluna1.aspx?channel=7425>
Uso de Multímetro
http://www.feiradeciencias.com.br/sala15/15_04.asp
Multímetros digitais
Multímetros digitais são projetados por engenheiros eletrônicos e produzidos em massa. Até
mesmo os modelos mais baratos podem incluir características que você, iniciante,
provavelmente não as usará. Tais medidores dão, como saída, uma exibição numérica
normalmente através das propriedades dos mostradores de cristais líquidos.
As ilustrações a seguir mostra modelos de multímetro digitais.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 13
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Muito cuidado ao ligar o medidor na rede elétrica domiciliar.
Comentemos o segundo modelo. É um multiteste (multímetro) denominado multímetro auto
ajustável. Mediante o botão central você se limita a escolher uma função, ou seja, que
grandeza quer medir (tensão, corrente, resistência, decibéis etc.), o restante o aparelho faz por
conta própria. Ele escolhe qual o alcance mais indicado e apresenta no mostrador a leitura
(digital) acompanhada da unidade de medida. Ele é mais caro que o medidor comum mas,
obviamente, de manuseio mais simples.
Cuidado especial deve ser tomado para as ligações das pontas de prova no multiteste. O fio
vermelho que termina em ponta deve ser conectado ao terminal marcado com V, W ,mA e o
fio preto que termina com um jacaré deve ser inserido no terminal marcado com COM
(COMUM).
Testes de mesa (aulas práticas) sobre o conteúdo.
Exercícios práticos em Laboratório.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 14
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Exercícios de Fixação
1 - Qual a importância de se utilizar as tomadas com três pinos para computadores?
2 - O que é um aterramento? Para que serve?
3 - Um bom filtro de linha é necessário? Por que?
4 - Para que serve o estabilizador?
5 - Qual a diferença entre estabilizador e No-Break? Qual é melhor? Justifique.
6 - O que faz a Fonte do computador?
7 - Qual a diferença entre fontes AT e ATX?
8 - O que é um multímetro? Para que serve?
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 15
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
3 - Sistema Binário, Hexadecimal e conversão de valores
Sistema Binário
O sistema binário é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se
representam utilizando como base o número dois, com o que se dispõe das cifras: zero e um
(0 e 1).
Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão, pelo que o seu
sistema de numeração natural é o sistema binário (aceso, apagado). Com efeito, num sistema
simples como este é possível simplificar o cálculo, com o auxílio da lógica booleana. Em
computação, chama-se um dígito binário (0 ou 1) de bit, que vem do inglês Binary Digit. Um
agrupamento de 8 bits corresponde a um byte (Binary Term). Um agrupamento de 4 bits é
chamado de nibble.
O sistema binário é base para a Álgebra booleana (de George Boole - matemático inglês), que
permite fazer operações lógicas e aritméticas usando-se apenas dois dígitos ou dois estados
(sim e não, falso e verdadeiro, tudo ou nada, 1 ou 0, ligado e desligado). Toda eletrônica
digital e computação está baseada nesse sistema binário e na lógica de Boole, que permite
representar por circuitos eletrônicos digitais (portas lógicas) os números, caracteres, realizar
operações lógicas e aritméticas. Os programas de computadores são codificados sob forma
binária e armazenados nas mídias (memórias, discos, etc) sob esse formato.
Existe um método muito simples para converter binário em decimal, e vice-versa.
| 128 | 64 | 32 | 16 | 8 | 4 | 2 | 1 |
0 0 0 0 1 0 1 0 = 10 (2+8=10)
0 0 0 1 1 0 0 0 = 24 (8+16=24)
1 1 0 0 0 0 0 0 = 192 (64+128=192)
1 0 1 1 1 0 1 0 = 186 (2+8+16+32+128=186)
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 16
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Sistema Hexadecimal
O sistema hexadecimal é um sistema de numeração posicional que representa os números em
base 16 —portanto empregando 16 símbolos—.
Está vinculado à informática, pois os computadores costumam utilizar o byte ou octeto como
unidade básica da memória; e, devido a um byte representar 28 = 256 valores possíveis, e isto
poder representar-se como 2^8 = 2^4 cdot 2^4 = 16 cdot 16 = 1 cdot 16^2 + 0 cdot 16^1 +
0 cdot 16^0, o que, segundo o teorema geral da numeração posicional, equivale ao número
em base 16 10016, dois dígitos hexadecimais correspondem exatamente —permitem
representar a mesma linha de inteiros— a um byte.
Isto fá-lo muito útil para a visualização de vertidos de memória já que permite saber de jeito
singelo o valor de cada byte da memória.
Devido ao sistema decimal geralmente usado para a numeração apenas dispor de dez
símbolos, deve-se incluir seis letras adicionais para completar o sistema.
Tabela de conversão entre decimal, binário e hexadecimal
Decimal Binário Hexadecimal
0 0000 0
1 0001 1
2 0010 2
3 0011 3
4 0100 4
5 0101 5
6 0110 6
7 0111 7
8 1000 8
9 1001 9
10 1010 A
11 1011 B
12 1100 C
13 1101 D
14 1110 E
15 1111 F
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 17
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Bit, Byte e Mega
Bit (simplificação para dígito binário, ―BInary digiT‖ em inglês) é a menor unidade de
informação usada na Computação e na Teoria da Informação, embora muitas pesquisas
estejam sendo feitas em computação quântica com qubits. Um bit tem um único valor, 0 ou 1,
ou verdadeiro ou falso, ou neste contexto quaisquer dois valores mutuamente exclusivos.
Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e manipular
bits, geralmente são idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, chamados
bytes. No princípio, byte tinha tamanho variável mas atualmente tem oito bits. Bytes de oito
bits também são chamados de octetos. Existem também termos para referir-se a múltiplos de
bits usando padrões prefixados, como kilobit (kb), megabit (Mb) e gigabit (Gb). De notar que
a notação para bit utiliza um "b" minúsculo, em oposição à notação para byte que utiliza um
"B" maiúsculo (kB, MB, GB).
Fisicamente, o valor de um bit é, de uma maneira geral, armazenado como uma carga elétrica
acima ou abaixo de um nível padrão em um único capacitor dentro de um dispositivo de
memória.
Telecomunicações ou volume de tráfego em redes de computadores são geralmente descritos
em termos de bits por segundo. Por exemplo, ―um modem de 56 kbps é capaz de transferir
dados a 56 kilobits em um único segundo‖ (o que equivale a 6,8 kilobytes (kibibyte), 6,8 kB,
com B maiúsculo para mostrar que estamos nos referindo a bytes e não a bits.
O Megabyte (MB) é uma unidade de medida de informação que equivale a 1 000 000 Bytes
(segundo SI) ou a 2^20 = 1 048 576 Bytes.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 18
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Exercícios de fixação
1 - Converta os seguintes números binários para decimal:
a) 10110
b) 10001101
c) 100100001001
d) 1111010111
e) 10111111
2 - Converta os seguintes valores decimais para binário:
a) 37
b) 14
c) 189
d) 205
e) 2313
f) 511
3 - Qual é o maior valor decimal que pode ser representado por um número binário de 8 bits?
E por um de 16 bits?
4 - Converta os seguintes valores hexadecimais para decimal:
a) 92
b) 1A6
c) 37FD
d) 2C0
e) 7FF
5 - Converta os seguintes valores decimais em hexadecimal:
a) 75
b) 314
c) 2048
d) 25619
e) 4095
6 - O que é bit?
7 - Quantos bits são necessários para formar 1 Byte?
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 19
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
4 - Arquitetura e Organização de Computadores
A arquitetura de computadores é a ciência que estuda os componentes básicos para o
projeto, desenvolvimento e construção de computadores. Estuda com profundidade as
características de um projeto de hardware do computador, como a tecnologia empregada,
desempenho, custo e finalidade.
Pode-se dizer que a Tecnologia da Informação ou simplesmente a ―INFORMÁTICA‖, de
maneira geral, pode ser modelada conforme a ilustração a seguir:
Fonte: o autor
Placa Mãe e seus componentes
Placa-mãe, também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso
eletrônico/electrónico. É considerado o elemento mais importante de um computador, pois
tem como função permitir que o processador se comunique com todos os periféricos
instalados. Na placa-mãe encontramos não só o processador, mas também a memória RAM,
os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento PCI e os chipset,
que são os principais circuitos integrados da placa-mãe e são responsáveis pelas
comunicações entre o processador e os demais componentes.
HARDWARE
SISTEMA OPERACIONAL
APLICATIVOS
Word – Excel
Sistemas Administrativos
Windows – Linux/UNIX
MAC/OS – Solaris – BSD
Placas, Processadores,
Memórias, Periféricos, etc.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 20
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Visão geral das placas-mãe
As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos
quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a
memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.
A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As
letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos
parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a
conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto.
Item A – processador
O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como
socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para
modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros
modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de
memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de
terminais (as "perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe
deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima,
por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da
fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo,
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 21
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não
se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em
seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos
processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele
pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma
capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão
também deve ser verificada no momento da montagem de um computador.
Item B - Memória RAM
O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o
tipo. As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como
SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate), que
também recebe a denominação de SDRAM II (termo pouco usado). A placa-mãe da imagem
acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR.
As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo
tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz
e 400 MHz. Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente
de memória DDR que funciona a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo
suportado.
Em relação à capacidade, as memórias mais antigas ofereciam 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB,
64 MB, etc. Hoje, já é possível encontrar memórias que vão de 128 MB a 1 GB de
capacidade. Enquanto você lê este texto, pode ser que o limite atual já esteja maior.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 22
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Item C - Slots de expansão
Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário
fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de
dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados
nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral
Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR
(Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais
antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture).
A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um
slot CNR (usado para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som,
modems PCI, etc). A tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam
substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades.
Item D - Plug de alimentação
O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à
placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo
tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha,
mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a
placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos
dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete
e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua
temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia.
Item E - Conectores IDE, SATA e drive de disquete
O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive
Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e
unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat
cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada
via seria um "fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo
pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até
quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta
para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de
disquete à motherboard.
Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas sim
o SATA (Serial ATA), como mostra a figura ao lado
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 23
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Item F – BIOS CMOS e bateria
(BIOS=Basic Input/Output System – CMOS=Complementary Metal-Oxide Semiconductor)
O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip
contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável
por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e
data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está
conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post,
um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado.
Através de uma interface denominada Setup,
também presente na Flash-ROM, é possível
alterar configurações de hardware, como
velocidade do processador, detecção de discos
rígidos, desativação de portas USB, etc.
Como mostra a imagem ao lado, placas-mãe
antigas usavam um chip maior para o BIOS.
Veja mais em:
< http://www.guiadohardware.net/tutoriais/placa-mae-componentes-formatos/bios.html>
O CMOS serve para armazenar as configurações do setup. Como elas representam um
pequeno volume de informações, ele é bem pequeno em capacidade. Assim como a memória
RAM principal, ele é volátil, de forma que as configurações são perdidas quando a
alimentação elétrica é cortada. Por isso, toda placa mãe inclui uma bateria, que mantém as
configurações quando o micro é desligado.
A mesma bateria alimenta também o relógio de tempo real (real time clock), que, apesar do
nome pomposo, é um relógio digital comum, que é o responsável por manter atualizada a hora
do sistema, mesmo quando o micro é desligado.
Para zerar o CMOS, você precisa apenas cortar o fornecimento de energia para ele. Existem
duas formas de fazer isso. A primeira é (com o micro desligado) remover a bateria da placa
mãe e usar uma moeda para fechar um curto entre os dois contatos da bateria durante 15
segundos. Isso garante que qualquer carga remanescente seja eliminada e o CMOS seja
realmente apagado. A segunda é usar o jumper "Clear CMOS", que fica sempre posicionado
próximo à bateria. Ele possui duas posições possíveis, uma para uso normal e outra para
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 24
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
apagar o CMOS ("discharge", ou "clear CMOS"). Basta mudá-lo de posição durante 15
segundos e depois recolocá-lo na posição original.
Uma dica é que muitas placas vêm de fábrica com o jumper na posição "discharge", para
evitar que a carga da bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. Ao montar o
micro, você precisa se lembrar de verificar e, caso necessário, mudar a posição do jumper,
caso contrário a placa não funciona, ou exibe uma mensagem de erro durante o boot e não
salva as configurações do Setup.
Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros
O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse
(tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por
impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe.
Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um
gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste. A imagem
abaixo mostra um outro modelo de placa-mãe da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o
processador Intel Pentium 4, que exibe esses conectores através de outro ângulo:
A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que segue o padrão
ATX. No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são
diferentes.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 25
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Item H - Furos de encaixe
Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de
furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que
a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também
ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o
posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.
Item I – Chipset
O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como
acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante
comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):
Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de
entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard
(visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;
Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente
requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em
que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é
dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na
qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da
freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc.
Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como
VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também).
Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe.
Placas-mãe onboard
"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais
dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa
de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. A motherboard estudada neste artigo
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 26
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
possui placa de som (C-Media CMI9761A 6-channel) e placa de rede (VIA VT6103 10/100
Mbps Ethernet) integradas, ou melhor, onboard. Por esta razão, os conectores desses
dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G, visto anteriormente.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que
deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe.
No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o
desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que
executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede
onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems
sim.
As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é
responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal,
principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando
acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além
de usar parte da memória RAM.
Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer
muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No
entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar
seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no
máximo, com placa de som ou rede onboard.
Escrito por Emerson Alecrim - http://www.infowester.com/motherboard.php
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 27
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Exercícios de fixação
1 – Qual a função da Placa Mãe?
2 – Qual a diferença entre placas-mãe on e off-board? Qual é melhor? Justifique.
3 – O que é BIOS? Para que serve?
4 – O que é Chipset? pra que ele serve?
5 – O que acontece se eu retirar a bateria/pilha de um computador?
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 28
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
5 - Barramentos (Físico e de Expansão), Memórias, Processador e
Portas de Comunicação
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barramento
Em ciência da computação barramento é um conjunto de linhas de comunicação que
permitem a interligação entre dispositivos, como o CPU, a memória e outros periféricos.
Esses fios estão divididos em três conjuntos:
• via de dados: onde trafegam os dados;
• via de endereços: onde trafegam os endereços;
• via de controle: sinais de controle que sincronizam as duas anteriores.
O desempenho do barramento é medido pela sua largura de banda (quantidade de bits que
podem ser transmitidos ao mesmo tempo), geralmente potências de 2:
• 8 bits, 16 bits, 32 bits, 64 bits, etc.
Também pela velocidade da transmissão medida em bps (bits por segundo) por exemplo:
• 10 bps, 160 Kbps, 100 Mbps, 1 Gbps etc.
ISA
ISA (acrónimo para Industry Standard Architecture), é um barramento para computadores,
padronizado em 1981, inicialmente utilizando 8 bits para a comunicação, e posteriormente
adaptado para 16 bits.
ISA de 8 bits
Utilizado para a comunicação com os periféricos nos antigos micros XT (processadores
8088), opera a uma frequência de 8 MHz utiliza 8 bits para comunicação, o que permitia a
passagem de dados à velocidade teórica de 8 MB/s. Foi o primeiro barramento de expansão.
ISA de 16 bits
Expansão do ISA de 8 bits, para a utilização em processadores a partir do 286. A comunicação
com os periféricos utiliza palavras de 16 bits e frequência de 8 MHz, permitindo a
transmissão de dados à taxa de 16 MB/s. É um barramento do tipo compartilhado, compatível
com placas ISA 8 bits.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 29
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
ISA Plug and Play
A primeira tecnologia de barramentos de expansão a implementar o PnP, foi a MCA, que era
proprietária da IBM. Percebeu-se logo que o PnP era uma excelente novidade, pois o usuário
não tem que configurar jumpers correndo o risco de queimar a placa. Tal facilidade foi
implantada para o barramento ISA. Os slots ISA não PnP são conhecidos como Legacy ISA.
PCI
O Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect - Interconector de Componentes
Periféricos) é um elemento para conectar periféricos em computadores baseados na
arquitetura IBM PC.
Foi criado pela Intel em junho de 1992 na mesma época em que desenvolvia o processador
Pentium. Tem capacidade de trabalhar a 32bits ou 64 bits e as frequências de 33MHz ou
66MHz, oferecendo altas taxas de transferência de dados. Um barramento PCI de 32 bits pode
transferir até 132 MiBits por segundo trabalhando a 33MHz, enquanto um slot PCI de 64bits
tem sua taxa máxima dobrada, alcançando 264MiBits por segundo à frequência de 33MHz, ou
até 528MiBits por segundo operando a 66MHz.
Barramentos PCI suportam os recursos Plug and Play (PnP), permitindo que a placa instalada
seja automaticamente reconhecida pelo computador.
De forma geral, os barramentos PCIs são usados por vários tipos de periféricos, como placas
de vídeo, placas de som, placas de rede, modem, adaptadores USB.
AGP
A Accelerated Graphics Port (Porta Gráfica Acelerada) (AGP, muitas vezes também chamada
Advanced Graphics Port (Porta Gráfica Avançada)) é um barramento de computador
(computer bus) ponto-a-ponto de alta velocidade, padrão para conectar um tipo de periférico a
uma placa-mãe de computador, geralmente é acoplado a esse slot uma aceleradora gráfica,
que tem a função de acelerar o processamento de imagens 3D (terceira dimensão).
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 30
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
O AGP aloca dinamicamente a memória RAM do sistema para armazenar a imagem da tela e
para suportar o mapeamento de textura, z-buffering e alpha blending.
AGP originada pela Intel, e esta empresa montou originalmente o AGP em um chipset para
seu microprocessador Pentium II em 1997. As placas AGP normalmente excedem um pouco
as placas PCI em tamanho. O AGP se tornou comum em sistemas mainstream em 1998.
A primeira versão do AGP, agora chamada AGP 1x, usa um barramento de 32-bits operando a
66 MHz. Isto resulta em uma máxima tranferência de dados para um slot AGP 1x de 266
MB/s. Em comparação, um barramento PCI de 32-bits a 33MHz padrão (o qual pode ser
composto de um ou mais slots) consegue no máximo 133 MB/s.
A partir de 2003, novas versões do AGP incrementam a taxa de transferência dramaticamente
de dois a oito vezes. Versões disponíveis incluem AGP 2x, AGP 4x, e AGP 8x. Em adição,
existem placas AGP Pro de vários tipos. Elas requerem usualmente maior voltagem e algumas
ocupam o espaço de duas placas em um computador (ainda que elas se conectam a apenas um
slot AGP).
AGP 8X
O AGP 8X é uma versão recente do barramento AGP, que apesar de manter a freqüência de
operação de 66 Mhz passou a ser capaz de realizar 8 transferências por ciclo, atingindo uma
taxa de 2133 MB/s. Tem uma característica especial que é a utilização da memória RAM
compartilhada como memória de vídeo.
PCI-Express
PCI Express (também conhecido como PCIe ou PCI-EX) é o padrão de slots para placas de
PCs sucessor do AGP e do PCI. Sua velocidade vai de x1 até x32 (sendo que atualmente só
existe disponível até x16). Mesmo a versão x1 consegue ser duas vezes mais rápido que o PCI
tradicional. No caso das placas de vídeo, um slot PCI Express x16 é duas vezes mais rápido
que um AGP 8x.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 31
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões
seriais ("caminhos", também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um
determinado dispositivo usa apenas um caminho, então diz-se que este utiliza o barramento
PCI Express 1x, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI Express 4x e assim por diante.
Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados (250 MB/s em cada direção
simultaneamente). O PCI Express utiliza, nas suas conexões, linhas LVDS (Low Voltage
Differential Signalling).
Sua arquitetura diferencial, que permite grande imunidade ao ruído (pelo fato de ser um
barramento serial), e arquitectura de baixa voltagem que permite aumentar a largura de banda,
foi possível graças à redução de signal skew (atrasos na linha de transmissão).
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A
freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1x
consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 133 MB/s
do padrão PCI de 32 bits.
Existem algumas placas-mãe que possuem um slot PCIe x16 (por exemplo) que na verdade
trabalha em x8 ou x4, fato que ocorre por depender da quantidade de linhas disponíveis para
uso no chipset e também por ser possível o uso de slots maiores com menos caminhos de
dados.
Atualmente são encontrados slots x1, x4, x8 (raramente) e 16x. Certamente, com o passar do
tempo, esse limite aumentará. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express
comparadas às taxas do padrão AGP:
• AGP 1x: 266 MBps --- PCI Express 1x: 250 MBps
• AGP 4x: 532 MBps --- PCI Express 4x: 1000 MBps
• AGP 8x: 1064 MBps - PCI Express 8x: 2000 MBps
• AGP 16X: 2128 MBps - PCI Express 16x: 4000 MBps
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 32
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
PCI Express 2.0
Em janeiro de 2007 foi concluído o desenvolvimento do padrão PCI Express 2.0, que oferece
o dobro de velocidade do padrão antigo, ou seja, 500 MB/s (também bidirecional) ao invés
dos 250 MB/s. Um slot PCI Express x16, no padrão 2.0, poderá transferir até 8 GB/s contra 4
GB/s do padrão anterior.
Fire Wire
O FireWire (também conhecido como i.Link, IEEE 1394 ou High Performance Serial
Bus/HPSB) é uma interface serial para computadores pessoais e aparelhos digitais de áudio e
vídeo que oferece comunicações de alta velocidade e serviços de dados em tempo real. O
FireWire pode ser considerado uma tecnologia sucessora da quase obsoleta interface paralela
SCSI.
Memória ROM
A memória ROM (acrónimo para a expressão inglesa Read-Only Memory) é um tipo de
memória que permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas pelo
fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas, somente
acessadas. São memórias cujo conteúdo é gravado permanentemente.
Uma memória ROM propriamente dita vem com seu conteúdo gravado durante a fabricação.
Atualmente, o termo Memória ROM é usado informalmente para indicar uma gama de tipos
de memória que são usadas apenas para a leitura na operação principal de dispositivos
eletrônicos digitais, mas possivelmente podem ser escritas por meio de mecanismos especiais.
Entre esses tipos encontramos as PROM, as EPROM, as EEPROM e as memórias flash.
Ainda de forma mais ampla, e de certa forma imprópria, dispositivos de memória terciária,
como CD-ROMs, DVD-ROMs, etc., também são algumas vezes citados como memória
ROM.
Apesar do nome memória ROM ser usado algumas vezes em contraposição com o nome
memória RAM, deve ficar claro que ambos os tipos de memória são de acesso aleatório.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 33
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Tipos de ROM
• PROMs (Programmable Read-Only Memory) podem ser escritas com dispositivos
especiais mas não podem mais ser apagadas
• EPROMs (Erasable Programmable Read-Only Memory) podem ser apagadas pelo uso
de radiação ultravioleta permitindo sua reutilização
• EEPROMs (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory) podem ter seu
conteúdo modificado eletricamente, mesmo quando já estiver funcionando num
circuito eletrônico
• Memória flash semelhantes às EEPROMs são mais rápidas e de menor custo
• CD-ROM são discos ópticos que retêm os dados não permitindo sua alteração
• DVD-ROM são discos ópticos, tal como os CD-ROM, mas de alta densidade.
Memórias RAM
Memória RAM (Random Access Memory), ou memória de acesso aleatório, é um tipo de
memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas
eletrônicos digitais.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 34
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição em qualquer
momento, por oposição ao acesso sequencial, imposto por alguns dispositivos de
armazenamento, como fitas magnéticas.
O nome da Memória RAM não é verdadeiramente apropriado, já que outros tipos de memória
(ROM, etc...) também permitem o acesso aleatório a seu conteúdo. O nome mais apropriado
seria Memória de Leitura e Escrita.
Apesar do conceito de memória de acesso aleatório ser bastante amplo, atualmente o termo é
usado apenas para definir um dispositivo eletrônico que o implementa, basicamente um tipo
específico de chip. Nesse caso, também fica implícito que é uma memória volátil, isto é, todo
o seu conteúdo é perdido quando a alimentação da memória é desligada.
Algumas memórias RAM necessitam que os seus dados sejam frequentemente refrescados
(atualizados), podendo então ser designadas por DRAM (Dynamic RAM) ou RAM Dinâmica.
Por oposição, aquelas que não necessitam de refrescamento são normalmente designadas por
SRAM (Static RAM) ou RAM Estática.
Do ponto de vista da sua forma física, uma memória RAM pode ser constituída por um
circuito integrado DIP ou por um módulo SIMM, DIMM, SO-DIMM, etc. Para computadores
pessoais elas são normalmente adquiridas em pentes de memória, que são placas de circuito
impresso que já contém várias memórias já montadas e configuradas de acordo com a
arquitetura usada na máquina.
A velocidade de funcionamento de uma memória é medida em Hz ou MHz. Este valor está
relacionado com a quantidade de blocos de dados que podem ser transferidos durante um
segundo. Existem no entanto algumas memórias RAM que podem efetuar duas transferências
de dados no mesmo ciclo de relógio, duplicando a taxa de transferência de informação para a
mesma frequência de trabalho. Além disso, a colocação das memórias em paralelo
(propriedade da arquitetura de certos sistemas) permite multiplicar a velocidade aparente da
memória.
A memória principal de um computador baseado na Arquitetura de Von-Neumann é
constituída por RAM. É nesta memória que são carregados os programas em execução e os
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 35
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus dados são
perdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados, é necessário salvar a
informação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou memória secundária.
Para acelerar os acessos a memória de trabalho, utiliza-se normalmente uma memória cache.
SIMM (single inline memory module)
Os primeiros módulos SIMM forneciam 8 bits simultâneos e precisavam ser usados em
grupos para formar o número total de bits exigidos pelo processador. Processadores 386 e 486
utilizam memórias de 32 bits, portanto os módulos SIMM eram usados em grupos de 4.
Os módulos SIMM usados até então tinham 30 contatos, portanto eram chamados de
SIMM/30, ou módulos SIMM de 30 vias (ou 30 pinos).
SIMM de 72 vias forneciam 32 bits simultâneos. Em placas de CPU 486, um único módulo
SIMM/72 formava um banco de memória com 32 bits.
Os módulos SIMM/72, apesar de serem mais práticos que os SIMM/30, eram pouco
utilizados, até o lançamento do processador Pentium. O Pentium trabalha com memórias de
64 bits, portanto dois módulos SIMM/72 iguais formam um banco de 64 bits.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 36
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
DIMM - Dual Inline Memory Module
DIMM - Dual Inline Memory Module, encapsulamento, e um dos tipos de memória DRAM.
As memórias DIMM estão divididas basicamente em dois tipos: as SDRAM-SDR (Single
Data Rate) e SDRAM-DDR (Double Data Rate). São classificadas também de acordo com a
quantidade de vias que possuem, por exemplo, a SDRAM-SDR que possui 168 vias e a
SDRAM-DDR que possui 184 vias. Ao contrário das memórias SIMM, estes módulos
possuem contatos em ambos os lados do pente, e daí lhes vem o nome (DIMM é a sigla de
Double Inline Memory Module). São módulos de 64 bits, nao necessitando mais utilizar o
esquema de ligação das antigas SIMM's, a paridade.
São comuns módulos de 64 MB, 128 MB, 256 MB, 512 MB e 1 GB.
SO-DIMM
Uma memória SO-DIMM (acrônimo para small outline dual in-line memory module) é um
tipo de memória de computador.
As memórias SO-DIMM são uma alternativa menor às memórias DIMM, tendo
aproximadamente metade de seu tamanho. Como resultado, são usadas principalmente em
laptops, computadores pessoais com gabinetes pequenos, impressoras robustas de escritório e
equipamentos de rede como roteadores.
Sua configuração varia entre 72, 100, 144 ou 200 pinos. O pacote com 100 pinos suporta
tranferência de dados de 32 bits, enquanto os pacotes de 144 e 200 suportam transferência de
64 bits. Em contraste, as memórias DIMM tradicionais possuem 168, 184 ou 240 pinos, todos
suportando transferência de dados de 64 bits.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 37
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
SDR SDRAM
SDRAM não é um tipo de memória e sim um padrão. Existem 4 tipos de memórias com esse
padrão:
• SDR SDRAM: 1 dado por pulso de clock.
• DDR, DDR2 e DDR3 SDRAM: 2 dados por pulso de clock.
Veio para substiuir as memórias EDO que não era sincronizadas e tinham que esperar um
tempo para entragar o dado pedido pelo precessador, assim tornando a SDR SDRAM muito
mais rapida. A memória SDR SDRAM tambem trouxe uma novidade, que em vez de um
grande banco de dados unificado, ela dividiu em 2, 4 ou 8. Utilizada no Pentium I, II e III e no
antigo Athlon. Obteve-se a necessidade de uma substituidora, pela dificuldade de atingir
clocks maiores, assim foi criada a memória DDR.
Existem 3 tipos de SDR SDRAM:
• PC66: Trabalha na freqüência de 66Mhz;
• PC100: Trabalha na freqüência de 100Mhz;
• PC133: Trabalha na freqüência de 133Mhz.
DDR SDRAM
DDR SDRAM ou double-data-rate synchronous dynamic random access memory (memória
de acesso aleatório dinâmica de taxa de transferência dobrada) é um tipo de circuito integrado
de memória utilizado em computadores.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 38
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
A Era DDR
A DDR SDRAM foi criada para ter o dobro de desempenho em relação as memória existentes
(que passaram a ser chamadas SDR SDRAM) sem aumentar o clock da memória.
A memória DDR SDRAM alcança uma largura de banda maior que a da SDR SDRAM por
usar tanto a borda de subida quanto a de descida do clock para transferir dados, realizando
efetivamente duas transferências por ciclo de clock. Isto efetivamente quase dobra a taxa de
transferência sem aumentar a freqüência do barramento externo. Desta maneira, um sistema
com SDRAM tipo DDR a 100 MHz tem uma taxa de clock efetiva de 200 MHz. Com os
dados sendo transferidos 8 bytes por vez, a DDR SDRAM fornece uma taxa de transferência
de: [freqüência do barramento da memória] × 2 (pois é uma taxa dupla) × [número de bytes
transferidos]. Assim, com uma freqüência de barramento de 100 MHz, a DDR SDRAM
fornece uma taxa de transferência máxima de 1600 MB/s.
DDR SDRAM DIMMs tem 184 pinos (em contra partida dos 168 pinos da SDR SDRAM).
As frequencias de clock das memorias DDR são padronizadas pelo JEDEC.
Modelos
Alguns modelos de DDR SDRAM:
• PC1600 ou DDR200 - 200 MHz clock anunciado, 100 MHz clock real.
• PC2100 ou DDR266 - 266 MHz clock anunciado, 133 MHz clock real.
• PC2700 ou DDR333 - 333 MHz clock anunciado, 166 MHz clock real.
• PC3200 ou DDR400 - 400 MHz clock anunciado, 200 MHz clock real.
Dual-Channel
Alguns chipsets e os Athlon 64: Soquete 939 e Soquete AM2, usam essas memórias em
configurações de canal duplo, duplicando a largura de banda efetiva e acessando a memoria a
128 bits.
É esperado que nos próximos anos a memória DDR seja substituída pela DDR-II, que
apresenta clocks de freqüências mais altas porém utilizando a mesma tecnologia empregada
na atual DDR. Competindo com a DDR-II teremos a Rambus XDR, Quad Data Rate (QDR) e
Quad Band Memory (QBM) SDRAM.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 39
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Frequência de memórias
Memórias devem ser combinadas sempre com a mesma frequência, códigos e de preferência
do mesmo fabricante para que não haja travamento (tela azul) ou congelamento de imagens
ou memória virtual insuficiente, a tendência atualmente é padronizar micros com no mínimo 2
GB de memória.
Obs.: Isso é um procedimento "aconselhável" mas não obrigatório pois as memórias DDR são
projetadas para minimizar esse tipo de conflito. Tanto que memórias DDR 400 por exemplo,
possuem as temporizações de 333 e 266 para que sejam compatíveis com placas deste tipo.
DDR2
O DDR2, ou DIMM SDRAM DDR2, é uma evolução ao antigo padrão DDR SDRAM,
conforme homologação da JEDEC. A nova tecnologia veio com a promessa de aumentar o
desempenho, diminuir o consumo elétrico e o aquecimento, aumentar a densidade e
minimizar a interferência eletromagnética (ruído). São esperados módulos de até 4GB de
memória.
DDR3
A memória DDR3 (também chamada DDR3 SDRAM, Taxa Dupla de Transferência Nível
Três de Memória Síncrona Dinâmica de Acesso Aleatório) é um padrão para memórias RAM
que está sendo desenvolvida para ser a sucessora das memórias DDR2 SDRAM.
Diferenças entre as Memórias Anteriores
Ela aparece com a promessa de reduzir em 40% o consumo de energia comparadas aos
módulos de memórias DDR2 comercializadas atualmente, devido à sua tecnologia de fabrico
de 90 [nanômetros] (90nm), permite baixas taxas de operação de consumo e baixas voltagens
(1.5 Volt, comparado com as DDR2 que consomem 1.8V até 2.1V, ou as DDR´s comuns de
2.5V). Transístores "dual-gate" ou "portão duplo" serão usados para reduzir as taxas de
consumo atuais.
As DDR3 apresentam um buffer de 8 bits, onde as DDR2 usam 4 bits, e as DDR 2 bits.
Teoricamente, estes módulos podem transferir dados à taxa de freqüencia efetiva de 400 a 800
MegaHertz (MHz) (para uma largura de banda de clock simples, de 800 a 1600 Mhz),
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 40
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
comparadas com as DDR2 e suas taxas actuais de 200 a 625 MHZ (400 a 1250 MHz) ou
DDR's e a sua taxa de 100 a 200 MHz (200 a 400 MHz). Atualmente, tais requisitos de
largura de banda têm sido do mercado das placas de vídeo, onde vasta troca de informação
entre os buffers é requerida, logo, a DDR3 pode ser uma boa escolha para os fabricantes de
GPU.
Protótipos foram anunciados no ano de 2005. Supostamente, a Intel afirmou seu anúncio
preliminar de que espera estar preparada para oferecer suporte para as DDR3 perto do fim do
ano de 2007. Já a AMD em seus planos para o futuro indica que adotará as memórias DDR3
no começo de 2008.
Em Agosto de 2006, a Samsung anuncia suas memórias DDR3, na qual suas freqüencias vão
de 800 a 1333 MHz. Também, promete que em 2007 chegará a uma taxa de freqüencia de
1600 MHZ, transferindo a 25.6 GB/s. Em relação à capacidade de armazenamento não houve
tanto avanço, mantendo a capacidade entre os 256MB e 2GB.
As memórias GDDR3, com nome similar mas com tecnologia totalmente diferente, já estão
em uso há anos nas melhores placas de vídeo conhecidos da NVIDIA e ATI Technologies e
são parte também do sistema de memória do Xbox 360 da Microsoft, e muitas vezes
aparecem nestes casos referências incorrectas às DDR3.
Memória GDDR
Memórias RAM também são usadas em placas de vídeo, para formar o circuito de memória
de vídeo. Até muito recentemente, a memória de vídeo usava exatamente a mesma tecnologia
da memória RAM que é instalada na placa-mãe. Placas de vídeo de alto desempenho, no
entanto, estavam precisando de memórias mais rápidas do que as usadas convencionalmente
no PC. Com isso optou-se por usar memórias com as tecnologias DDR2 e DDR3. Só que as
memórias DDR2 e DDR3 usadas em placas de vídeo têm características diferentes das
memórias DDR2 e DDR3 usadas no PC – especialmente a tensão de alimentação. Por este
motivo é que elas são chamadas GDDR2 e GDDR3 (o ―G‖ vem de ―Gráfica‖). As memória
DDR opera a 2,5V enquanto a memória DDR2 opera a 1,8V, levando a um menor consumo
elétrico e uma menor geração de calor. As memórias GDDR2 continuam operando a 2,5 V.
Como rodam a clocks mais altos do que as memórias DDR, elas geram mais calor do que
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 41
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
estas. É por este motivo que as memórias GDDR2 foram pouco usadas como memória de
vídeo – somente as placas GeForce FX 5700 Ultra e GeForce FX 5800 Ultra usaram esse tipo
de memória. Inclusive pouco tempo depois do lançamento da GeForce FX 5700 Ultra vários
fabricantes lançaram modelos desta placa usando memórias GDDR3, possivelmente para
amenizar os efeitos de calor e consumo provocados pelo uso das memórias GDDR2. Já as
memórias GDDR3 podem operar a 2,0 V (no caso das memórias da Samsung) ou a 1,8 V (no
caso das memórias dos outros fabricantes), resolvendo o problema do aquecimento. É por este
motivo que este tipo de memória é usado pelas placas de vídeo de alto desempenho.
Memórias DDR3 ainda não foram lançadas para o PC, mas provavelmente serão alimentadas
com 1,5 V, diferenciando-se, assim, das memórias GDDR3. Fisicamente falando, as memórias
GDDR2 e GDDR3 usam o encapsulamento BGA (Ball Grid Array), como você pode conferir
nas figuras, o mesmo usado pelas memórias DDR2 usadas no PC. É impossível detectar
visualmente se um chip de memória é GDDR2 ou GDDR3. A saída é ir a um site de busca ou
ao site do fabricante da memória e procurar pelo número que está impresso na memória.
Tipos de Memória GDDR
Os seguintes tipos de GDDR são desenvolvidos:
GDDR1:
Nesta primeira geração está a tensão VDD / VDDQ com 2.5/2.5 V. Com taxas de pulso de
disparo de 183 a 500 Megahertz e as latências LIDAS de 3, 4 e 5 ciclos de pulso de disparo,
resultando numa taxa máxima de fluxo de informação de 16 GB/s com o barramento 128-Bit.
A GDDR1 trabalha como (PC) - a memória do GDR com um Prefetch dobro.
GDDR2:
GDDR2 representou uma etapa intermediária impopular com o avanço de GDDR, que parte
de GDDR1. As características eram a tensão VDD/VDDQ de 2.5/1.8 V, taxas de pulso de
disparo de 400 a 500 megahertz e latências LIDAS de 5, 6 e 7 ciclos de pulso de disparo.
Assim resultando numa taxa máxima de informação de 32 GB/s com o barramento 256-Bit.
GDDR3:
GDDR3 é fornecido com uma tensão VDD/VDDQ por 1.8/1.8 V. Com taxas de pulso de
disparo de 500 a 800 megahertz e de latências LIDAS de 5 a 9 ciclos de pulso de disparo, com
taxa máxima de 51.2 GB/s é possível com o barramento 256-Bit. GDDR3 trabalha como (PC)
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 42
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
- DDR2-Speicher com um Prefetch quádruplo, ele transferirá assim 4 informações a cada dois
ciclos de processamento.
GDDR3 aconteceu com ATI esboçado e veio para a primeira vez com isso nVidia GeForce FX
5700 Ultra e mais tarde com o GeForce 6800 Ultra ao emprego. Com ATI a memória tornou-
se para a primeira vez com aquela Radeon Blocos X800. Promova os produtos well-known,
com que o uso GDDR3 encontra, são Sony Playstation 3 (TA 256 para o mapa do diagrama) e
Microsoft Xbox 360 (a TA 512 é usada ao mesmo tempo pelo CCU e pelo GPU).
GDDR4:
A pioneira na produção das memórias GDDR4 é a Samsung em 5 de Julho 2006. Teste a
amostra de Hynix esteja disponível; presumably as freqüências de pulso de disparo até 1.45
gigahertz são possíveis. Assim um flow-rate máximo da informação deve ser conseguido por
até 92.8 GB/s com o emperramento 256-Bit. GDDR4 trabalha como (PC) - o DDR3-Speicher
com um Prefetch eightfold. O primeiro mapa do diagrama, em que GDDR4 com uma
freqüência de pulso de disparo era eigesetzt por 1GHz, é o X1950 XTX de ATI.
RIMM - Rambus Inline Memory Module (Módulo de memória RAMbus)
A memória RDRAM é uma tecnologia proprietária e seu uso depende do pagamento de
royaties à empresa Rambus, pois não se trata somente da construção de novos circuito
integrados, mas de todo um novo conceito envolvendo o acesso à memória RAM.
A grande notícia é que todos os principais fabricantes de processadores (Intel, AMD e Cyrix)
já licenciaram o uso dessa tecnologia - bem como diversos outros tradicionais fabricantes de
memória e chipset - o que nos leva a crer que esse será o tipo de memória RAM mais
utilizado nos próximos anos
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 43
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Memória CACHE
Memória Cache é uma pequena quantidade de memória estática de alto desempenho, tendo
por finalidade aumentar o desempenho do processador realizando uma busca antecipada na
memória RAM. A taxa de acerto típica pode variar entre 80% e 99%.
Cache L1
Uma pequena porção de memória estática presente dentro do processador. Em alguns tipos de
processador, como o Pentium 2, o L1 é dividido, em dois níveis: dados e instruções, que
"dizem" o que fazer com os dados. A partir do Intel 486, começou a se colocar a L1 no
próprio chip [processador]. Geralmente tem entre 16KB e 512KB. O AMD Semprom 2600+
possui 64KB de cache L1.
Cache L2
Possuindo o Cache L1 um tamanho reduzido e não apresentando uma solução ideal, foi
desenvolvido o cache L2, que contém muito mais memória que o cache 1. Ela é mais um
caminho para que a informação requisitada não tenha que ser procurada na lenta memória
principal. Alguns processadores colocam essa cache fora do processador, por questões
econômicas, pois uma cache grande implica num custo grande , mas há exceções, como no
Pentium II, por exemplo, cujas caches l1 e l2 estão no mesmo cartucho que está o
processador.
Cache L3
Terceiro nível de cache de memória. Inicialmente utilizado pelo AMD K6-III (por apresentar
o cache L2 integrado ao seu núcleo) utilizava o cache externo presente na placa-mãe como
uma memória de cache adicional. Ainda é um tipo de cache raro. Ainda, pois a complexidade
dos processadores atuais, com suas áreas chegando a milhões de transístores por micrômetros
ou picômetros de área, ela será muito útil. Talvez, no futuro, seja necessário um cache L4, ou
até mais.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 44
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Tamanho da cache
Entre os fatores que determinam o tamanho de uma cache, estão:
• O tamanho da memória principal
• A relação acerto/falha
• Tempo de acesso a memória principal
• O custo médio, por bit, da memória principal, da cache L1 e L2
• O tempo de acesso da cache Ll ou L2
• A natureza do programa a ser executado no momento.
Memória Flash
Memória Flash é uma memória de computador do tipo EEPROM que permite que múltiplos
endereços sejam apagados ou escritos numa só operação. Em termos leigos, trata-se de um
chip re-escrevível que, ao contrário de uma RAM, preserva o seu conteúdo sem a necessidade
de fonte de alimentação. Esta memória é comumente usada em cartões de memória drives
flash, USB e em iPod.
Também vem começando a ser chamado de disco sólido pelo grande futuro que tem pela
frente, já que além de ser muito mais resistente que os discos rígidos atuais, apresenta menor
consumo, maiores taxas de transferência, latências e peso muito mais baixos. Chega a utilizar
apenas 5% dos recursos normalmente empregados na alimentação de discos rígidos. Já é
utilizado em notebooks, o que será expandido para a versão desktop nos próximos 5 anos.
Flash NAND
A memória flash NAND (Not AND) trabalha em alta velocidade, faz acesso seqüencial às
células de memória e trata-as em conjunto, isto é, em blocos de células, em vez de acessá-las
de maneira individual.
Jumpers
Jumper é uma ligação móvel entre dois pontos de um circuito eletrônico. É uma pequena peça
plástica que contém um metal, responsável pela condução de eletricidade. Em placas-mãe são
responsáveis por desviar o fluxo elétrico permitindo configurações por meio físico. São
pequenos contatos elétricos, envolvidos por um encapsulamento plástico, que servem para
programar opções de funcionamento das placas, no que diz respeito ao hardware.
Também denomina-se "Jumper" a um pedaço de fio condutor soldado diretamente às ilhas de
uma placa de circuito impresso com a função de interligar dois pontos da mesma.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 45
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Processadores
O processador é a parte mais fundamental para o funcionamento de um computador.
Processadores são circuitos digitais que realizam operações como: cópia de dados, acesso a
memórias e operações lógicas e matemáticas.
Os processadores comuns trabalham apenas com lógica digital binária. Existem processadores
simples, que realizam um número pequeno de tarefas, que podem ser utilizados em aplicações
mais específicas, e também existem processadores mais sofisticados, que podem ser utilizados
para os mais diferentes objetivos, desde que programados apropriadamente.
Processadores geralmente possuem uma pequena memória interna, portas de entrada e de
saída, e são geralmente ligados a outros circuitos digitais como memórias, multiplexadores e
circuitos lógicos. Muitas vezes também um processador possui uma porta de entrada de
instruções, que determinam a tarefa a ser realizada por ele. Estas seqüências de instruções
geralmente estão armazenadas em memórias, e formam o programa a ser executado pelo
processador.
Em geral, fala-se que um processador é melhor do que outro na medida em que ele pode
realizar uma mesma tarefa em menos tempo, ou com mais eficiência. Processadores podem
ser projetados para tarefas extremamente específicas, realizando-as com eficiência
insuperável. Este é o caso nos processadores que controlam eletrodomésticos e dispositivos
simples como portões eletrônicos e algumas partes de automóveis. Outros visam uma maior
genericidade, como nos processadores em computadores pessoais. Por este motivo, por
exemplo, um jogo hipotético para videogame e PC requer neste último um poder de
processamento maior do que o primeiro.
Os processadores formam a classe mais elevada de circuitos digitais, precedidos pelas
máquinas de estado e unidades de lógica e aritmética.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 46
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Fan Cooler – Water Cooler
Fan Cooler ou simplesmente conhecida como
―ventoinha‖ é um pequeno ventilador acoplado a
um dissipador (geralmente de alumínio) que tem a
função de resfriar o processador evitando que o
mesmo ―derreta‖ devido às altas temperaturas de
trabalho.
Um Water Cooler tem a mesma função, esfriar o
processador, porém, os Water Cooler utilizam água,
que é bombeada e passa dentro dos dissipadores e depois por uma especie de ―radiador‖ para
esfriar e voltar novamente ao ciclo.
Cooler e Dissipador
Cooler é o conjunto formado por ventoinha e dissipador.O dissipador serve para absorver o
calor gerado pelo chip(processador,chipset,gpu),e é feito de cobre ou aluminio,por ter uma
melhor dissipação a alta temperatura gerada.A ventoinha vai em cima do dissipador,fazendo o
processo de exaustão,ou seja,retirando para fora o calor gerado pelo chip.Antigamente
somente os processadores utilizavam cooler,mas hoje os chipsets das placas-mãe e os
gpus(processadores de placas de video) também utilizam.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 47
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Processadores com dois ou mais núcleos
Por que chips dual core são melhores do que os antigos?
Até a introdução da tecnologia dual core, os chips usados em notebooks e desktops
funcionavam com apenas um núcleo. Era ali que o dispositivo recebia e repassava
informações processadas para que o PC funcionasse.
A evolução do chip, no entanto, criou um problema para as fabricantes de processadores: além
de poder de processamento maior, o acúmulo de transistores fazia com que o dispositivo
esquentasse demais.
Chips que esquentam demais falham e, para contornar a inesperada barreira tecnológica, os
fabricantes duplicaram o número de núcleos em um único processador, que passaram a contar
agora com a tecnologia dual core.
A presença de dois núcleos dentro de um chip resolve três problemas: aumento a capacidade
de processamento, evita o problema de aquecimento e reduz o consumo de energia para que
os processadores funcionem.
Eu preciso comprar um chip dual core?
Cada vez mais, as novas aplicações exigem mais poder de processamento. Com isso, vai
chegar uma hora que você terá de migrar para um computador com chip de dois núcleos.
Imagine seu desktop com chips com um e dois núcleos. Navegar na internet com o
gerenciador de e-mails não é uma tarefa complicada no primeiro cenário, mas se você tentar
gravar um DVD enquanto acessa um vídeo online, por exemplo, seu micro pode ficar lento e
apresentar problemas de desempenho.
O segundo cenário promete lidar melhor com situações nas quais o usuário precisa fazer
várias tarefas ao mesmo tempo. Enquanto um núcleo cuida da renderização de um filme, por
exemplo, o segundo é responsável por processar o game de tiro que você comprou
recentemente sem, teoricamente, grande impacto no desempenho da máquina.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 48
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
O lançamento do sistema operacional Windows Vista pode ser visto como um outro ótimo
exemplo.
A versão mais avançada do novo software, que conta com o sistema Aero de interface, exige
poder de processamento mínimo de 1 GHz, enquanto o Windows XP Professional exige
menos de três vezes a velocidade (300 MHz).
Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now!
http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2006/07/27/idgnoticia.2006-07-27.6273885621
Interface Serial, Paralela e USB
Interfaces seriais:
As interfaces seriais são responsáveis pela comunicação bit-a-bit da placa-mãe com os
periféricos, entre eles, o teclado e o mouse. Às vezes, a impressora é encaixada também na
interface serial, se houver necessidade de deixá-la numa distância muito afastada do
computador.
Interfaces paralelas:
As interfaces paralelas são responsáveis pela comunicação byte-a-byte da placa-mãe com os
periféricos. Geralmente, é nessa interface que a impressora é conectada.
Interfaces USB:
Universal Serial Bus (USB) é um tipo de conexão Plug and Play que permite a conexão de
periféricos sem a necessidade de desligar o computador.
O USB foi concebido na óptica do conceito de Plug and Play, revolucionário na altura da
expansão dos computadores pessoais, bem como minimizar o esforço de concepção de
periféricos, no que diz respeito ao suporte por parte dos sistemas operacionais (SO) e
hardware. Assim, surgiu um padrão que permite ao SO e à placa-mãe diferenciar,
transparentemente:
• A classe do equipamento (dispositivo de armazenamento, placa de rede, placa de som,
etc);
• As necessidades de alimentação eléctrica do dispositivo, caso este não disponha de
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 49
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
alimentação própria;
• As necessidades de largura de banda (para um dispositivo de vídeo, serão muito
superiores às de um teclado, por exemplo);
• As necessidades de latência máxima;
• Eventuais modos de operação internos ao dispositivo (por exemplo, máquina digital
pode operar, geralmente, como uma webcam ou como um dispositivo de
armazenamento - para transferir as imagens).
Ainda, foi projetado de maneira que possam ser ligados vários periféricos pelo mesmo canal
(i.e., porta USB). Assim, mediante uma topologia em árvore, é possível ligar até 127
dispositivos a uma única porta do computador, utilizando, para a derivação, hubs
especialmente concebidos, ou se por exemplo as impressoras ou outro periféricos existentes
hoje tivessem uma entrada e saida usb, poderíamos ligar estes como uma corrente de até 127
dispositivos, um ligado ao outro, os quais o computador gerenciaria sem nenhum problema,
levando em conta o tráfego requerido e velocidade das informação solicitadas pelo sistema.
Estes dispositivos especiais (os hub's anteriormente citados) - estes também dispositivos USB,
com classe específica -, são responsáveis pela gestão da sua sub-árvore e cooperação com os
nós acima (o computador ou outros hubs). Esta funcionalidade foi adaptada da vasta
experiência em redes de bus, como o Ethernet - o computador apenas encaminhará os pacotes
USB (unidade de comunicação do protocolo, ou URB, do inglês Uniform Request Block)
para uma das portas, e o pacote transitará pelo bus até ao destino, encaminhado pelos hubs
intermediários.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 50
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Exercícios de fixação
1 - O que é um barramento?
2 - Cite os principais barramentos e fale brevemente sobre cada um deles.
3 - Qual a diferença entre memória ROM e RAM?
4 - O que é memória CACHE e por que ela é tão importante?
5 - O que faz um processador?
6 - Qual é o melhor processador?
7 - Qual a diferença das interfaces SERIAL e PARALELA?
8 - USB é paralela ou serial? Ela é melhor que as outras? Justifique.
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 51
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
6 - Gabinetes, Periféricos e Placas de expansão.
Gabinetes
Trata-se da capa que envolve a placa-mãe e demais peças internas de um microcomputador.
Por esse motivo, seu formato deve ser compatível com o formato da placa-mãe.
Tipos
Mini-Torre, Torre, Super-Torre e Horizontal (Desktop)
Mini-Torre
Torre
Super-Torre
Horizontal
Desk Top
Slim
Cases
Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 52
Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br
Periféricos
Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do computador. Na
informática, o termo "periférico" aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja ligado à
CPU (unidade central de processamento), ou, num sentido mais amplo, ao computador. São
exemplos de periféricos: impressoras, digitalizadores, leitores e ou gravadores de CDs e
DVDs, leitores de cartões e disquetes, mouses, teclados, câmeras de vídeo, entre outros. Cada
periférico tem a sua função definida, desempenhada ao enviar tarefas ao computador, de
acordo com sua função.
Existem vários tipos de periféricos:
• De entrada: basicamente enviam informação para o computador (teclado, mouse,
joystick, digitalizador);
• De saída: transmitem informação do computador para o utilizador (monitor,
impressora, caixa de som);
• De processamento: processam a informação que a CPU (unidade central de
processamento) enviou;
• De entrada e saída: enviam/recebem informação para/do computador (monitor
touchscreen, drive de DVD, modem). Muitos destes periféricos dependem de uma placa
específica: no caso das caixas de som, a placa de som.
• De armazenamento: armazenam informações do computador e para o mesmo (pen
drive, disco rígido, cartão de memória, etc).
• Externos: equipamentos que são adicionados a um computador, equipamentos a parte
que enviam e/ou recebem dados, acessórios que se conectam ao computador.
Outros recursos são adicionados ao computador através de placas próprias: é o caso da
Internet, com placa de rede ou modem; televisão, através de uma placa de captura de vídeo,
etc.
Mouse
O mouse, ou ratinho, é um dispositivo de entrada, geralmente utilizado em interfaces gráficas,
que serve para apontar e selecionar opções com rapidez. Alguns aplicativos, inclusive,
possuem funções que somente são acionáveis através do mouse, o que, na maioria dos casos,
se considera uma opção de projeto negativa. Apesar de não ter sido projetado para esse fim,
serve também para desenhar. Por questões ergonômicas o ideal, para essa finalidade, é utilizar
uma caneta ótica ou periférico semelhante.
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf
Instalação e manutenção pdf

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Inversor de frequencia
Inversor de frequenciaInversor de frequencia
Inversor de frequencia
kustelinha
 

Was ist angesagt? (7)

Inversor de frequencia
Inversor de frequenciaInversor de frequencia
Inversor de frequencia
 
Fonte de Tensão Contínua 15V 1A
Fonte de Tensão Contínua 15V 1AFonte de Tensão Contínua 15V 1A
Fonte de Tensão Contínua 15V 1A
 
Relatório tfc caio eduardo silva - implementação de um sistema de aquisição...
Relatório tfc   caio eduardo silva - implementação de um sistema de aquisição...Relatório tfc   caio eduardo silva - implementação de um sistema de aquisição...
Relatório tfc caio eduardo silva - implementação de um sistema de aquisição...
 
Projeto de instalaces eltricas
Projeto de instalaces eltricasProjeto de instalaces eltricas
Projeto de instalaces eltricas
 
(Pt)primeiros passos
(Pt)primeiros passos(Pt)primeiros passos
(Pt)primeiros passos
 
Desenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônicoDesenho técnico eletrônico
Desenho técnico eletrônico
 
Redes3
Redes3Redes3
Redes3
 

Ähnlich wie Instalação e manutenção pdf

Apostila Montagem e Manutenção de Micros
Apostila Montagem e Manutenção de MicrosApostila Montagem e Manutenção de Micros
Apostila Montagem e Manutenção de Micros
Peedro Antônio
 
Apostila mmc 1.1
Apostila mmc 1.1Apostila mmc 1.1
Apostila mmc 1.1
labescola
 
Livro redes e_manutencao
Livro redes e_manutencaoLivro redes e_manutencao
Livro redes e_manutencao
flaviobtmg
 
Circuito impresso
Circuito impresso Circuito impresso
Circuito impresso
Sandra Rocha
 

Ähnlich wie Instalação e manutenção pdf (20)

Montagem e manutenção de micro
Montagem e manutenção de microMontagem e manutenção de micro
Montagem e manutenção de micro
 
Apostila Montagem e Manutenção de Micros
Apostila Montagem e Manutenção de MicrosApostila Montagem e Manutenção de Micros
Apostila Montagem e Manutenção de Micros
 
Apostila mmc 1.1
Apostila mmc 1.1Apostila mmc 1.1
Apostila mmc 1.1
 
Montagem e manutenção de comutadores
Montagem e manutenção de comutadoresMontagem e manutenção de comutadores
Montagem e manutenção de comutadores
 
Manutencão pcs
Manutencão pcsManutencão pcs
Manutencão pcs
 
Conceitos.basicos.da.informatica
Conceitos.basicos.da.informaticaConceitos.basicos.da.informatica
Conceitos.basicos.da.informatica
 
Redes e Manutenção de Computadores
Redes e Manutenção de ComputadoresRedes e Manutenção de Computadores
Redes e Manutenção de Computadores
 
Livro redes e_manutencao
Livro redes e_manutencaoLivro redes e_manutencao
Livro redes e_manutencao
 
Curso de Informática para Concurso Polícia Federal
Curso de Informática para Concurso Polícia FederalCurso de Informática para Concurso Polícia Federal
Curso de Informática para Concurso Polícia Federal
 
Introdução micro computador
Introdução micro computadorIntrodução micro computador
Introdução micro computador
 
Estudo de caso: Windows NT
Estudo de caso: Windows NTEstudo de caso: Windows NT
Estudo de caso: Windows NT
 
Intro micro hardware
Intro micro hardwareIntro micro hardware
Intro micro hardware
 
Circuito impresso
Circuito impresso Circuito impresso
Circuito impresso
 
BMD-BR000002CE1.pdf
BMD-BR000002CE1.pdfBMD-BR000002CE1.pdf
BMD-BR000002CE1.pdf
 
3349 redes computadores
3349 redes computadores3349 redes computadores
3349 redes computadores
 
Apostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao ArduinoApostila de Introdução ao Arduino
Apostila de Introdução ao Arduino
 
Apostila curso de arduino rev4
Apostila curso de arduino rev4Apostila curso de arduino rev4
Apostila curso de arduino rev4
 
Apostila rev4
Apostila rev4Apostila rev4
Apostila rev4
 
Apostila rev4
Apostila rev4Apostila rev4
Apostila rev4
 
Manual do usuário
Manual do usuárioManual do usuário
Manual do usuário
 

Instalação e manutenção pdf

  • 1. Tópicos de Aula - IMC Instalação e Manutenção de Computadores Monte Alto – fevereiro/2012
  • 2. Tópicos de Aula - IMC Instalação e Manutenção de Computadores Informações sobre este material Professor: Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi Curso: Técnico em Informática / Redes / Internet Disciplina: IMC – Instalação e Manutenção de Computadores Período: 1º Módulo Semestre/Ano: 01/2012 Datas: Criação: 05/03/2007 - Tempo de edição 34h35m47 - Última alteração 28/01/2012 Nº de páginas: 100 Versão: 1.3.27
  • 3. Sumário 1 - Elétrica e Eletrônica Básica....................................................................7 Tensão e Corrente elétrica AC/CC e Potência .....................................................................7 Aterramento .........................................................................................................................8 Filtro de linha – Régua.........................................................................................................9 Estabilizadores ..................................................................................................................10 UPS / No break..................................................................................................................10 Fontes de alimentação (AT e ATX) ....................................................................................10 2 - A FERRAMENTA MAIS IMPORTANTE..................................................11 Ilustração de ligação elétrica .............................................................................................12 ...........................................................................................................................................12 Uso de Multímetro..............................................................................................................12 Testes de mesa (aulas práticas) sobre o conteúdo. ......................................................13 Exercícios de Fixação........................................................................................................14 3 - Sistema Binário, Hexadecimal e conversão de valores ....................15 Sistema Binário .............................................................................................................15 Sistema Hexadecimal....................................................................................................16 Tabela de conversão entre decimal, binário e hexadecimal ..........................................16 Bit, Byte e Mega ................................................................................................................17 Exercícios de fixação.........................................................................................................18 4 - Arquitetura e Organização de Computadores....................................19 Placa Mãe e seus componentes........................................................................................19 Visão geral das placas-mãe...............................................................................................20 Item A – processador.....................................................................................................20 Item B - Memória RAM ..................................................................................................21 Item C - Slots de expansão ...........................................................................................22 Item D - Plug de alimentação ........................................................................................22 Item E - Conectores IDE, SATA e drive de disquete ......................................................22 Item F – BIOS CMOS e bateria .....................................................................................23 Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros .............................24 Item H - Furos de encaixe .............................................................................................25 Item I – Chipset .............................................................................................................25 Placas-mãe onboard..........................................................................................................25 Exercícios de fixação.........................................................................................................27 5 - Barramentos (Físico e de Expansão), Memórias, Processador e Portas de Comunicação ...............................................................................28 ISA.................................................................................................................................28 ISA de 8 bits ..............................................................................................................28 ISA de 16 bits ............................................................................................................28 ISA Plug and Play......................................................................................................29 PCI.................................................................................................................................29 AGP...............................................................................................................................29 AGP 8X .....................................................................................................................30 PCI-Express ..................................................................................................................30 PCI Express 2.0.............................................................................................................32 Fire Wire........................................................................................................................32 Memória ROM ...................................................................................................................32
  • 4. Tipos de ROM................................................................................................................33 Memórias RAM ..................................................................................................................33 SIMM (single inline memory module).................................................................................35 DIMM - Dual Inline Memory Module ..............................................................................36 SO-DIMM.......................................................................................................................36 SDR SDRAM .................................................................................................................37 DDR SDRAM.................................................................................................................37 A Era DDR.................................................................................................................38 Modelos.....................................................................................................................38 Dual-Channel ............................................................................................................38 Frequência de memórias...........................................................................................39 DDR2.............................................................................................................................39 DDR3.............................................................................................................................39 Diferenças entre as Memórias Anteriores..................................................................39 Memória GDDR .................................................................................................................40 Tipos de Memória GDDR ..........................................................................................41 RIMM - Rambus Inline Memory Module (Módulo de memória RAMbus)...........................42 Memória CACHE ...............................................................................................................43 Cache L1 .......................................................................................................................43 Cache L2 .......................................................................................................................43 Cache L3 .......................................................................................................................43 Tamanho da cache ........................................................................................................44 Memória Flash...................................................................................................................44 Flash NAND...................................................................................................................44 Jumpers.............................................................................................................................44 Processadores...................................................................................................................45 Fan Cooler – Water Cooler............................................................................................46 Cooler e Dissipador .......................................................................................................46 Processadores com dois ou mais núcleos.........................................................................47 Por que chips dual core são melhores do que os antigos? ...........................................47 Eu preciso comprar um chip dual core? ........................................................................47 Interface Serial, Paralela e USB ........................................................................................48 Exercícios de fixação.........................................................................................................50 6 - Gabinetes, Periféricos e Placas de expansão. ...................................51 Gabinetes ..........................................................................................................................51 Tipos..................................................................................................................................51 Periféricos..........................................................................................................................52 Mouse................................................................................................................................52 Teclado ..............................................................................................................................53 Monitor...............................................................................................................................53 CRT ...............................................................................................................................53 LCD ...............................................................................................................................54 Impressoras.......................................................................................................................55 Impressora de Impacto..................................................................................................55 Impressora Jato de tinta ................................................................................................56 Tecnologias de impressão .................................................................................................56 Buble jet ou térmico.......................................................................................................56 Piezo-elétrico.................................................................................................................57 Impressora Laser...........................................................................................................57 Plotter (Traçador gráfico)...............................................................................................58
  • 5. Placas de Expansão ..........................................................................................................58 Placa de rede (ethernet)................................................................................................58 Placa de fax/modem......................................................................................................59 Placa controladora de Vídeo .........................................................................................60 Discos Diversos.................................................................................................................61 HD – Hard Disk..............................................................................................................61 ATA/PATA ..................................................................................................................62 Serial ATA ou SATA ...................................................................................................62 SCSI..........................................................................................................................62 Fibre Channel............................................................................................................63 Como os dados são gravados e lidos .......................................................................63 Capacidade do disco rígido.......................................................................................64 SSD’s - Solid State Disks (discos de estado sólido)......................................................65 Disquete ........................................................................................................................66 CD-ROM e DVD ............................................................................................................66 Scanner .............................................................................................................................67 Leitor de Código de Barras................................................................................................68 Exercícios de fixação.........................................................................................................68 7 - IMC II - (Para segundo Módulo)............................................................69 8 - Inicialização, Particionamento, Formatação, Sistema de arquivo e MBR 69 BIOS – POST – SETUP.....................................................................................................69 Particionamento de Discos ................................................................................................71 Formatação........................................................................................................................72 Sistemas de Arquivos ........................................................................................................73 EXT3..............................................................................................................................74 FAT32 ............................................................................................................................75 RaiserFS........................................................................................................................75 NTFS .............................................................................................................................76 Setor de boot (MBR)..........................................................................................................77 Exercícios de fixação.........................................................................................................78 9 - Manutenção Preventiva, Corretiva e Preditiva ...................................79 MANUTENÇÃO PREVENTIVA..........................................................................................79 MANUTENÇÃO CORRETIVA............................................................................................80 MANUTENÇÃO PREDITIVA..............................................................................................81 10 - Check List para Manutenção Preventiva ........................................82 Hardware ...........................................................................................................................82 Software.............................................................................................................................82 Como realizar a limpeza dos componentes.......................................................................82 MoBo .............................................................................................................................82 Processador ..................................................................................................................82 Placa de Video...............................................................................................................82 Placa de Som ................................................................................................................82 Placa de Rede...............................................................................................................83 Modem...........................................................................................................................83 Memórias.......................................................................................................................83 Teclado ..........................................................................................................................83 Coolers ..........................................................................................................................83 Monitores.......................................................................................................................83 MOUSES.......................................................................................................................83
  • 6. Drive de disquetes.........................................................................................................83 Divers de CD-R .............................................................................................................84 CDRoms........................................................................................................................84 Cabos ............................................................................................................................84 Câmeras Digitais ...........................................................................................................84 Exercícios de Fixação........................................................................................................84 11 - Portas de Comunicação....................................................................85 Porta Paralela (SPP, EPP e ECP) .................................................................................86 Cabo Paralelo............................................................................................................86 Limite do Cabo Paralelo ............................................................................................87 Conectores da Comunicação Paralela ......................................................................87 Designação da Porta Paralela...................................................................................88 Quantidade das Portas Paralelas..............................................................................88 Relação Entre os Endereços das Portas Paralelas...................................................88 Velocidade da Comunicação Paralela.......................................................................88 ECP, EPP e SPP .......................................................................................................88 Portas Seriais ................................................................................................................89 Velocidade da Comuncação Serial............................................................................89 Designação da Porta Serial.......................................................................................90 Quantidade das Portas Seriais..................................................................................90 Relação Entre os Endereços das Portas Seriais.......................................................90 Modos de Comunicação............................................................................................91 Parâmetros da Comunicação Serial..........................................................................92 Paridade (parity)........................................................................................................92 ..................................................................................................................................93 Start e Stop Bit ..........................................................................................................93 Baud Rate .................................................................................................................94 Data Bits....................................................................................................................94 Definição dos parâmetros..........................................................................................94 Tabela de endereços de Portas.....................................................................................95 IRQ (Interruped Request) ..................................................................................................96 Quando recebida uma interrupção o que acontece ?....................................................96 DMA (Direct Memory Access)........................................................................................97 Controlador de DMA..................................................................................................97 Quantos canais de DMA existem ? ...........................................................................98 Quem usa DMA ? ......................................................................................................98 Controladores de Disco .................................................................................................98 12 - Instalação de S.O. e Aplicativos (Em DESENVOLVIMENTO) .....100 13 - Robótica (Em DESENVOLVIMENTO) .....................................100 Porta Paralela (LPT1) (Em DESENVOLVIMENTO) .....................................100 O comando PORT[] - Pascal (Em DESENVOLVIMENTO) ......................100 O comando ??? - VB (Em DESENVOLVIMENTO) ..................................100 14 - Referências Bibliográficas..............................................................100
  • 7. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 7 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br 1 - Elétrica e Eletrônica Básica Tensão e Corrente elétrica AC/CC e Potência Eletricidade só existe quando há diferença de potencial. Por exemplo, se temos dois fios, um com potencial 12 e outro com potencial 0 (zero), então temos uma diferença de potencial de 12 V. Se temos dois fios com potencial 12, então não há diferença de potencial e a tensão elétrica obtida entre esses dois fios será zero. Assim, a rede elétrica é formada por dois fios, um chamado fase e outro chamado neutro. O fio neutro possui potencial zero e o fio fase é por onde a tensão elétrica é transmitida. Como haverá diferença de potencial entre a fase e o neutro, haverá tensão elétrica. Na rede elétrica a tensão é alternada, já que potencial elétrico do fio fase é uma forma de onda senoidal, isto é, varia ao longo do tempo. Tensão elétrica é a diferença de potencial entre dois pontos. Corrente Elétrica é o resultado da aplicação de uma tensão entre dois pontos, continuamente ou durante um certo tempo. Potência é a energia fornecida, recebida ou gasta por unidade de tempo. Corrente contínua (CC) é constante com o tempo (pilhas, acumuladores,circuitos eletrônicos e outros). Corrente alternada (AC) é aquela que varia com o tempo, geralmente de forma senoidal, repetindo 60 ciclos/s ou 60 Hz (motores, geradores, transformadores, retificadores, instalações elétricas industriais e prediais.
  • 8. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 8 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br ANALOGIA Imagine uma caixa d’água bem cheia, com um cano saindo dela e descendo para uma torneira, se a torneira estiver fechada não haverá corrente de água pelo cano, mas se abrirmos a torneira passará a ter uma corrente de água pelo cano. Agora imaginemos essa mesma caixa d’água com dois canos saindo dela e descendo cada um para uma torneira, um cano mais grosso com uma torneira grande e um cano mais fino para uma torneira pequena. Se abrirmos as duas torneiras teremos dois canos com correntes de água, mas o de cano mais grosso estará com uma corrente de água maior do que o de cano mais fino, porém os dois saem da mesma caixa d’água, daí podemos dizer que: A caixa d’água cheia é a tensão; Os canos são os condutores; A água quando passa pelos canos, quando a torneira está aberta, é a corrente e as torneiras são a Carga que está sendo alimentada. Viram que embora a caixa d’água seja a mesma podemos ter várias correntes de água diferentes dependendo do tamanho dos canos e das torneiras. ― O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DE UM APARELHO ELÉTRICO ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADO À SUA POTÊNCIA ELÉTRICA E AO TEMPO QUE ELE FICAR FUNCIONANDO” Aterramento O terra é um sinal que contém zero volt absoluto. Ele é usado para igualar o potencial elétrico entre equipamentos elétricos. Normalmente o terra é ligado à carcaça metálica do equipamento. Em equipamentos onde o gabinete seja plástico, o terra é ligado à carcaça metálica existente no interior do equipamento. Você deve estar se perguntando qual é a diferença entre o terra e o neutro, já que ambos
  • 9. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 9 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br possuem potencial zero. Acontece que o fio neutro pode ficar "sujo" devido a fugas apresentadas pelos equipamentos elétricos presentes na sua casa ou trabalho. Por exemplo, ele vem da rua com potencial zero mas, devido aos equipamentos que existem em sua casa, houve uma fuga (que é normal) e o neutro passou a ter um potencial ligeiramente maior, digamos 6 V. Se comparado com o fio fase, então, a diferença de potencial baixou, nesse caso, 6 V. Mas, como os equipamentos elétricos normalmente possuem uma tolerância alta, essa queda na tensão não alterará funcionamento deles (a tensão baixou de 127 V para 121 V nesse exemplo, o que fará com que os equipamentos continuem funcionando normalmente). O terra apresenta, portanto, um potencial de zero volt absoluto. Isso é conseguido através da instalação de uma barra de ferro no solo (e daí o nome "terra"). Como a terra é uma fonte inesgotável de elétrons, o seu potencial é inalterável. Caso algum equipamento tente "sujar" o terra (como ocorre com o neutro), o excesso de tensão é encaminhado para a terra, mantendo o potencial elétrico sempre em zero. A questão é que o fio terra só faz sentido quando estamos operando com equipamentos elétricos que irão ser interligados entre si e onde não pode haver diferença de potencial entre eles. Para um ferro de passar roupas, para um liqüidificador e para uma lâmpada, o uso do fio terra não faz o menor sentido, já que eles não precisam de uma referência do zero volt absoluto, pois a tolerância desses equipamentos permite a eles operarem corretamente mesmo quando o fio neutro está "sujo". Por esse motivo é que nas instalações elétricas residenciais só há, na maioria das vezes, os fios fase e neutro, já que assume-se que você não terá em casa equipamentos elétricos que necessitem de aterramento. Filtro de linha – Régua Seu papel principal é filtrar os ruídos e interferências da rede elétrica, ou seja, ele faz a energia passar limpinha pela corrente para o computador. Isso acontece porque ele tem uma peça chamada varistor que elimina qualquer freqüência elétrica acima de 60 Hz. Esse valor é o padrão e significa que a tensão elétrica variou 60 vezes em um intervalo de 1 segundo.
  • 10. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 10 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Estabilizadores Necessário para estabilizar a corrente elétrica, principalmente se a corrente for muito instável. O computador e todos os periféricos devem ser conectados ao estabilizador. UPS / No break O no-break é o melhor sistema de proteção e o mais completo de todos. Ele também é conhecido como UPS (Uninterruptible Power Supply), em português, fonte de alimentação ininterrupta. Sua diferença crucial em relação ao estabilizador é que além de estabilizar a tensão, na falta de energia, ele continua alimentando o seu micro por um determinado tempo para que você possa utilizar mais um pouqinho o PC, salvar tudo e desligá-lo em segurança. Isso se deve ao fato do no-break possuir uma bateria, que é carregada enquanto a rede elétrica está funcionando normalmente. Essa bateria possui uma autonomia, que é o tempo em que ela sustenta o computador ligado. Esse tempo varia em no-breaks normais, de 10 a 15 minutos de energia. Por isso não é recomendado ficar usando o computador como se nada tivesse acontecido. Para que a autonomia seja maior, é recomendável que se ligue somente o computador e o monitor ao no-break, evitando a conexão de outros periféricos que contribuem para o esgotamento mais rápido da bateria. Fontes de alimentação (AT e ATX) As fontes ATX (Advanced Tecnology Extendend) possuem comando direto da placa mão, ou se preferir até de uma placa de rede especial, com as fontes atx a sua maquina poderá desligar sozinha a sua fonte, por isso, quando você desliga o Windows, sua fonte desliga automaticamente, sem você precisar esperar aquela tela pra poder apertar o botão.
  • 11. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 11 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Estas fontes são muito úteis, pois você pode programar a hora de desligar o PC, o próprio PC quando não utilizado pode se desligar, e você poderá desligar inclusive via rede. As fontes AT AT (Advanced Tecnology) não possuem esta comodidade, o que significa que quando você desligar o Windows, terá que esperar ele desligar, e depois manualmente desligar a fonte no botão ou chave. 2 - A FERRAMENTA MAIS IMPORTANTE Antes de mexer nas fontes, seria interessante você possuir aquela ferramenta importantíssima para qualquer técnico que trabalha com coisas que se liga na tomada: a lâmpada serie. A construção dela é simples, barata e economizará muitos fusíveis, semicondutores, sem falar nos estouros e fumacinhas. Para ter uma lâmpada serie na bancada, simplesmente acrescente uma tomada universal com uma lâmpada incandescente em série com o fio fase. Neutro e terra são ligados normalmente na rede. Lista de materiais: 1 Lâmpada incandecente de 100 ou 150 watts/ 110 ou 220 volts (verifique a tensão da sua rede elétrica). 1 Metro de cabo pp 1,5 mm de expessura ou qualquer outro fio paralelo de capa dupla. 1 Soquete de porcelana para lâmpada. 1 Tomada. 1 Plug para tomada. 1 Base de madeira 15X15 cm. para a montagem do circuito. 4 Parafusos.
  • 12. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 12 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Ilustração de ligação elétrica Norma NBR 14136 veja mais em: < http://www.siemens.com.br/templates/coluna1.aspx?channel=7425> Uso de Multímetro http://www.feiradeciencias.com.br/sala15/15_04.asp Multímetros digitais Multímetros digitais são projetados por engenheiros eletrônicos e produzidos em massa. Até mesmo os modelos mais baratos podem incluir características que você, iniciante, provavelmente não as usará. Tais medidores dão, como saída, uma exibição numérica normalmente através das propriedades dos mostradores de cristais líquidos. As ilustrações a seguir mostra modelos de multímetro digitais.
  • 13. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 13 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Muito cuidado ao ligar o medidor na rede elétrica domiciliar. Comentemos o segundo modelo. É um multiteste (multímetro) denominado multímetro auto ajustável. Mediante o botão central você se limita a escolher uma função, ou seja, que grandeza quer medir (tensão, corrente, resistência, decibéis etc.), o restante o aparelho faz por conta própria. Ele escolhe qual o alcance mais indicado e apresenta no mostrador a leitura (digital) acompanhada da unidade de medida. Ele é mais caro que o medidor comum mas, obviamente, de manuseio mais simples. Cuidado especial deve ser tomado para as ligações das pontas de prova no multiteste. O fio vermelho que termina em ponta deve ser conectado ao terminal marcado com V, W ,mA e o fio preto que termina com um jacaré deve ser inserido no terminal marcado com COM (COMUM). Testes de mesa (aulas práticas) sobre o conteúdo. Exercícios práticos em Laboratório.
  • 14. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 14 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Exercícios de Fixação 1 - Qual a importância de se utilizar as tomadas com três pinos para computadores? 2 - O que é um aterramento? Para que serve? 3 - Um bom filtro de linha é necessário? Por que? 4 - Para que serve o estabilizador? 5 - Qual a diferença entre estabilizador e No-Break? Qual é melhor? Justifique. 6 - O que faz a Fonte do computador? 7 - Qual a diferença entre fontes AT e ATX? 8 - O que é um multímetro? Para que serve?
  • 15. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 15 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br 3 - Sistema Binário, Hexadecimal e conversão de valores Sistema Binário O sistema binário é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se representam utilizando como base o número dois, com o que se dispõe das cifras: zero e um (0 e 1). Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão, pelo que o seu sistema de numeração natural é o sistema binário (aceso, apagado). Com efeito, num sistema simples como este é possível simplificar o cálculo, com o auxílio da lógica booleana. Em computação, chama-se um dígito binário (0 ou 1) de bit, que vem do inglês Binary Digit. Um agrupamento de 8 bits corresponde a um byte (Binary Term). Um agrupamento de 4 bits é chamado de nibble. O sistema binário é base para a Álgebra booleana (de George Boole - matemático inglês), que permite fazer operações lógicas e aritméticas usando-se apenas dois dígitos ou dois estados (sim e não, falso e verdadeiro, tudo ou nada, 1 ou 0, ligado e desligado). Toda eletrônica digital e computação está baseada nesse sistema binário e na lógica de Boole, que permite representar por circuitos eletrônicos digitais (portas lógicas) os números, caracteres, realizar operações lógicas e aritméticas. Os programas de computadores são codificados sob forma binária e armazenados nas mídias (memórias, discos, etc) sob esse formato. Existe um método muito simples para converter binário em decimal, e vice-versa. | 128 | 64 | 32 | 16 | 8 | 4 | 2 | 1 | 0 0 0 0 1 0 1 0 = 10 (2+8=10) 0 0 0 1 1 0 0 0 = 24 (8+16=24) 1 1 0 0 0 0 0 0 = 192 (64+128=192) 1 0 1 1 1 0 1 0 = 186 (2+8+16+32+128=186)
  • 16. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 16 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Sistema Hexadecimal O sistema hexadecimal é um sistema de numeração posicional que representa os números em base 16 —portanto empregando 16 símbolos—. Está vinculado à informática, pois os computadores costumam utilizar o byte ou octeto como unidade básica da memória; e, devido a um byte representar 28 = 256 valores possíveis, e isto poder representar-se como 2^8 = 2^4 cdot 2^4 = 16 cdot 16 = 1 cdot 16^2 + 0 cdot 16^1 + 0 cdot 16^0, o que, segundo o teorema geral da numeração posicional, equivale ao número em base 16 10016, dois dígitos hexadecimais correspondem exatamente —permitem representar a mesma linha de inteiros— a um byte. Isto fá-lo muito útil para a visualização de vertidos de memória já que permite saber de jeito singelo o valor de cada byte da memória. Devido ao sistema decimal geralmente usado para a numeração apenas dispor de dez símbolos, deve-se incluir seis letras adicionais para completar o sistema. Tabela de conversão entre decimal, binário e hexadecimal Decimal Binário Hexadecimal 0 0000 0 1 0001 1 2 0010 2 3 0011 3 4 0100 4 5 0101 5 6 0110 6 7 0111 7 8 1000 8 9 1001 9 10 1010 A 11 1011 B 12 1100 C 13 1101 D 14 1110 E 15 1111 F
  • 17. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 17 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Bit, Byte e Mega Bit (simplificação para dígito binário, ―BInary digiT‖ em inglês) é a menor unidade de informação usada na Computação e na Teoria da Informação, embora muitas pesquisas estejam sendo feitas em computação quântica com qubits. Um bit tem um único valor, 0 ou 1, ou verdadeiro ou falso, ou neste contexto quaisquer dois valores mutuamente exclusivos. Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e manipular bits, geralmente são idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, chamados bytes. No princípio, byte tinha tamanho variável mas atualmente tem oito bits. Bytes de oito bits também são chamados de octetos. Existem também termos para referir-se a múltiplos de bits usando padrões prefixados, como kilobit (kb), megabit (Mb) e gigabit (Gb). De notar que a notação para bit utiliza um "b" minúsculo, em oposição à notação para byte que utiliza um "B" maiúsculo (kB, MB, GB). Fisicamente, o valor de um bit é, de uma maneira geral, armazenado como uma carga elétrica acima ou abaixo de um nível padrão em um único capacitor dentro de um dispositivo de memória. Telecomunicações ou volume de tráfego em redes de computadores são geralmente descritos em termos de bits por segundo. Por exemplo, ―um modem de 56 kbps é capaz de transferir dados a 56 kilobits em um único segundo‖ (o que equivale a 6,8 kilobytes (kibibyte), 6,8 kB, com B maiúsculo para mostrar que estamos nos referindo a bytes e não a bits. O Megabyte (MB) é uma unidade de medida de informação que equivale a 1 000 000 Bytes (segundo SI) ou a 2^20 = 1 048 576 Bytes.
  • 18. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 18 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Exercícios de fixação 1 - Converta os seguintes números binários para decimal: a) 10110 b) 10001101 c) 100100001001 d) 1111010111 e) 10111111 2 - Converta os seguintes valores decimais para binário: a) 37 b) 14 c) 189 d) 205 e) 2313 f) 511 3 - Qual é o maior valor decimal que pode ser representado por um número binário de 8 bits? E por um de 16 bits? 4 - Converta os seguintes valores hexadecimais para decimal: a) 92 b) 1A6 c) 37FD d) 2C0 e) 7FF 5 - Converta os seguintes valores decimais em hexadecimal: a) 75 b) 314 c) 2048 d) 25619 e) 4095 6 - O que é bit? 7 - Quantos bits são necessários para formar 1 Byte?
  • 19. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 19 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br 4 - Arquitetura e Organização de Computadores A arquitetura de computadores é a ciência que estuda os componentes básicos para o projeto, desenvolvimento e construção de computadores. Estuda com profundidade as características de um projeto de hardware do computador, como a tecnologia empregada, desempenho, custo e finalidade. Pode-se dizer que a Tecnologia da Informação ou simplesmente a ―INFORMÁTICA‖, de maneira geral, pode ser modelada conforme a ilustração a seguir: Fonte: o autor Placa Mãe e seus componentes Placa-mãe, também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso eletrônico/electrónico. É considerado o elemento mais importante de um computador, pois tem como função permitir que o processador se comunique com todos os periféricos instalados. Na placa-mãe encontramos não só o processador, mas também a memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento PCI e os chipset, que são os principais circuitos integrados da placa-mãe e são responsáveis pelas comunicações entre o processador e os demais componentes. HARDWARE SISTEMA OPERACIONAL APLICATIVOS Word – Excel Sistemas Administrativos Windows – Linux/UNIX MAC/OS – Solaris – BSD Placas, Processadores, Memórias, Periféricos, etc.
  • 20. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 20 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Visão geral das placas-mãe As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros. A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto. Item A – processador O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as "perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo,
  • 21. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 21 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa. Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo. É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador. Item B - Memória RAM O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate), que também recebe a denominação de SDRAM II (termo pouco usado). A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR. As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz. Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente de memória DDR que funciona a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado. Em relação à capacidade, as memórias mais antigas ofereciam 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, etc. Hoje, já é possível encontrar memórias que vão de 128 MB a 1 GB de capacidade. Enquanto você lê este texto, pode ser que o limite atual já esteja maior.
  • 22. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 22 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Item C - Slots de expansão Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture). A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades. Item D - Plug de alimentação O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia. Item E - Conectores IDE, SATA e drive de disquete O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à motherboard. Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como mostra a figura ao lado
  • 23. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 23 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Item F – BIOS CMOS e bateria (BIOS=Basic Input/Output System – CMOS=Complementary Metal-Oxide Semiconductor) O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado. Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc. Como mostra a imagem ao lado, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS. Veja mais em: < http://www.guiadohardware.net/tutoriais/placa-mae-componentes-formatos/bios.html> O CMOS serve para armazenar as configurações do setup. Como elas representam um pequeno volume de informações, ele é bem pequeno em capacidade. Assim como a memória RAM principal, ele é volátil, de forma que as configurações são perdidas quando a alimentação elétrica é cortada. Por isso, toda placa mãe inclui uma bateria, que mantém as configurações quando o micro é desligado. A mesma bateria alimenta também o relógio de tempo real (real time clock), que, apesar do nome pomposo, é um relógio digital comum, que é o responsável por manter atualizada a hora do sistema, mesmo quando o micro é desligado. Para zerar o CMOS, você precisa apenas cortar o fornecimento de energia para ele. Existem duas formas de fazer isso. A primeira é (com o micro desligado) remover a bateria da placa mãe e usar uma moeda para fechar um curto entre os dois contatos da bateria durante 15 segundos. Isso garante que qualquer carga remanescente seja eliminada e o CMOS seja realmente apagado. A segunda é usar o jumper "Clear CMOS", que fica sempre posicionado próximo à bateria. Ele possui duas posições possíveis, uma para uso normal e outra para
  • 24. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 24 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br apagar o CMOS ("discharge", ou "clear CMOS"). Basta mudá-lo de posição durante 15 segundos e depois recolocá-lo na posição original. Uma dica é que muitas placas vêm de fábrica com o jumper na posição "discharge", para evitar que a carga da bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. Ao montar o micro, você precisa se lembrar de verificar e, caso necessário, mudar a posição do jumper, caso contrário a placa não funciona, ou exibe uma mensagem de erro durante o boot e não salva as configurações do Setup. Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste. A imagem abaixo mostra um outro modelo de placa-mãe da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4, que exibe esses conectores através de outro ângulo: A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que segue o padrão ATX. No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são diferentes.
  • 25. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 25 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Item H - Furos de encaixe Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete. Item I – Chipset O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2): Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul; Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc. Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe. Placas-mãe onboard "Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. A motherboard estudada neste artigo
  • 26. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 26 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br possui placa de som (C-Media CMI9761A 6-channel) e placa de rede (VIA VT6103 10/100 Mbps Ethernet) integradas, ou melhor, onboard. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G, visto anteriormente. A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim. As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além de usar parte da memória RAM. Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard. Escrito por Emerson Alecrim - http://www.infowester.com/motherboard.php
  • 27. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 27 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Exercícios de fixação 1 – Qual a função da Placa Mãe? 2 – Qual a diferença entre placas-mãe on e off-board? Qual é melhor? Justifique. 3 – O que é BIOS? Para que serve? 4 – O que é Chipset? pra que ele serve? 5 – O que acontece se eu retirar a bateria/pilha de um computador?
  • 28. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 28 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br 5 - Barramentos (Físico e de Expansão), Memórias, Processador e Portas de Comunicação http://pt.wikipedia.org/wiki/Barramento Em ciência da computação barramento é um conjunto de linhas de comunicação que permitem a interligação entre dispositivos, como o CPU, a memória e outros periféricos. Esses fios estão divididos em três conjuntos: • via de dados: onde trafegam os dados; • via de endereços: onde trafegam os endereços; • via de controle: sinais de controle que sincronizam as duas anteriores. O desempenho do barramento é medido pela sua largura de banda (quantidade de bits que podem ser transmitidos ao mesmo tempo), geralmente potências de 2: • 8 bits, 16 bits, 32 bits, 64 bits, etc. Também pela velocidade da transmissão medida em bps (bits por segundo) por exemplo: • 10 bps, 160 Kbps, 100 Mbps, 1 Gbps etc. ISA ISA (acrónimo para Industry Standard Architecture), é um barramento para computadores, padronizado em 1981, inicialmente utilizando 8 bits para a comunicação, e posteriormente adaptado para 16 bits. ISA de 8 bits Utilizado para a comunicação com os periféricos nos antigos micros XT (processadores 8088), opera a uma frequência de 8 MHz utiliza 8 bits para comunicação, o que permitia a passagem de dados à velocidade teórica de 8 MB/s. Foi o primeiro barramento de expansão. ISA de 16 bits Expansão do ISA de 8 bits, para a utilização em processadores a partir do 286. A comunicação com os periféricos utiliza palavras de 16 bits e frequência de 8 MHz, permitindo a transmissão de dados à taxa de 16 MB/s. É um barramento do tipo compartilhado, compatível com placas ISA 8 bits.
  • 29. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 29 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br ISA Plug and Play A primeira tecnologia de barramentos de expansão a implementar o PnP, foi a MCA, que era proprietária da IBM. Percebeu-se logo que o PnP era uma excelente novidade, pois o usuário não tem que configurar jumpers correndo o risco de queimar a placa. Tal facilidade foi implantada para o barramento ISA. Os slots ISA não PnP são conhecidos como Legacy ISA. PCI O Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect - Interconector de Componentes Periféricos) é um elemento para conectar periféricos em computadores baseados na arquitetura IBM PC. Foi criado pela Intel em junho de 1992 na mesma época em que desenvolvia o processador Pentium. Tem capacidade de trabalhar a 32bits ou 64 bits e as frequências de 33MHz ou 66MHz, oferecendo altas taxas de transferência de dados. Um barramento PCI de 32 bits pode transferir até 132 MiBits por segundo trabalhando a 33MHz, enquanto um slot PCI de 64bits tem sua taxa máxima dobrada, alcançando 264MiBits por segundo à frequência de 33MHz, ou até 528MiBits por segundo operando a 66MHz. Barramentos PCI suportam os recursos Plug and Play (PnP), permitindo que a placa instalada seja automaticamente reconhecida pelo computador. De forma geral, os barramentos PCIs são usados por vários tipos de periféricos, como placas de vídeo, placas de som, placas de rede, modem, adaptadores USB. AGP A Accelerated Graphics Port (Porta Gráfica Acelerada) (AGP, muitas vezes também chamada Advanced Graphics Port (Porta Gráfica Avançada)) é um barramento de computador (computer bus) ponto-a-ponto de alta velocidade, padrão para conectar um tipo de periférico a uma placa-mãe de computador, geralmente é acoplado a esse slot uma aceleradora gráfica, que tem a função de acelerar o processamento de imagens 3D (terceira dimensão).
  • 30. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 30 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br O AGP aloca dinamicamente a memória RAM do sistema para armazenar a imagem da tela e para suportar o mapeamento de textura, z-buffering e alpha blending. AGP originada pela Intel, e esta empresa montou originalmente o AGP em um chipset para seu microprocessador Pentium II em 1997. As placas AGP normalmente excedem um pouco as placas PCI em tamanho. O AGP se tornou comum em sistemas mainstream em 1998. A primeira versão do AGP, agora chamada AGP 1x, usa um barramento de 32-bits operando a 66 MHz. Isto resulta em uma máxima tranferência de dados para um slot AGP 1x de 266 MB/s. Em comparação, um barramento PCI de 32-bits a 33MHz padrão (o qual pode ser composto de um ou mais slots) consegue no máximo 133 MB/s. A partir de 2003, novas versões do AGP incrementam a taxa de transferência dramaticamente de dois a oito vezes. Versões disponíveis incluem AGP 2x, AGP 4x, e AGP 8x. Em adição, existem placas AGP Pro de vários tipos. Elas requerem usualmente maior voltagem e algumas ocupam o espaço de duas placas em um computador (ainda que elas se conectam a apenas um slot AGP). AGP 8X O AGP 8X é uma versão recente do barramento AGP, que apesar de manter a freqüência de operação de 66 Mhz passou a ser capaz de realizar 8 transferências por ciclo, atingindo uma taxa de 2133 MB/s. Tem uma característica especial que é a utilização da memória RAM compartilhada como memória de vídeo. PCI-Express PCI Express (também conhecido como PCIe ou PCI-EX) é o padrão de slots para placas de PCs sucessor do AGP e do PCI. Sua velocidade vai de x1 até x32 (sendo que atualmente só existe disponível até x16). Mesmo a versão x1 consegue ser duas vezes mais rápido que o PCI tradicional. No caso das placas de vídeo, um slot PCI Express x16 é duas vezes mais rápido que um AGP 8x.
  • 31. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 31 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais ("caminhos", também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa apenas um caminho, então diz-se que este utiliza o barramento PCI Express 1x, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI Express 4x e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados (250 MB/s em cada direção simultaneamente). O PCI Express utiliza, nas suas conexões, linhas LVDS (Low Voltage Differential Signalling). Sua arquitetura diferencial, que permite grande imunidade ao ruído (pelo fato de ser um barramento serial), e arquitectura de baixa voltagem que permite aumentar a largura de banda, foi possível graças à redução de signal skew (atrasos na linha de transmissão). Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1x consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 133 MB/s do padrão PCI de 32 bits. Existem algumas placas-mãe que possuem um slot PCIe x16 (por exemplo) que na verdade trabalha em x8 ou x4, fato que ocorre por depender da quantidade de linhas disponíveis para uso no chipset e também por ser possível o uso de slots maiores com menos caminhos de dados. Atualmente são encontrados slots x1, x4, x8 (raramente) e 16x. Certamente, com o passar do tempo, esse limite aumentará. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP: • AGP 1x: 266 MBps --- PCI Express 1x: 250 MBps • AGP 4x: 532 MBps --- PCI Express 4x: 1000 MBps • AGP 8x: 1064 MBps - PCI Express 8x: 2000 MBps • AGP 16X: 2128 MBps - PCI Express 16x: 4000 MBps
  • 32. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 32 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br PCI Express 2.0 Em janeiro de 2007 foi concluído o desenvolvimento do padrão PCI Express 2.0, que oferece o dobro de velocidade do padrão antigo, ou seja, 500 MB/s (também bidirecional) ao invés dos 250 MB/s. Um slot PCI Express x16, no padrão 2.0, poderá transferir até 8 GB/s contra 4 GB/s do padrão anterior. Fire Wire O FireWire (também conhecido como i.Link, IEEE 1394 ou High Performance Serial Bus/HPSB) é uma interface serial para computadores pessoais e aparelhos digitais de áudio e vídeo que oferece comunicações de alta velocidade e serviços de dados em tempo real. O FireWire pode ser considerado uma tecnologia sucessora da quase obsoleta interface paralela SCSI. Memória ROM A memória ROM (acrónimo para a expressão inglesa Read-Only Memory) é um tipo de memória que permite apenas a leitura, ou seja, as suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas. São memórias cujo conteúdo é gravado permanentemente. Uma memória ROM propriamente dita vem com seu conteúdo gravado durante a fabricação. Atualmente, o termo Memória ROM é usado informalmente para indicar uma gama de tipos de memória que são usadas apenas para a leitura na operação principal de dispositivos eletrônicos digitais, mas possivelmente podem ser escritas por meio de mecanismos especiais. Entre esses tipos encontramos as PROM, as EPROM, as EEPROM e as memórias flash. Ainda de forma mais ampla, e de certa forma imprópria, dispositivos de memória terciária, como CD-ROMs, DVD-ROMs, etc., também são algumas vezes citados como memória ROM. Apesar do nome memória ROM ser usado algumas vezes em contraposição com o nome memória RAM, deve ficar claro que ambos os tipos de memória são de acesso aleatório.
  • 33. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 33 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Tipos de ROM • PROMs (Programmable Read-Only Memory) podem ser escritas com dispositivos especiais mas não podem mais ser apagadas • EPROMs (Erasable Programmable Read-Only Memory) podem ser apagadas pelo uso de radiação ultravioleta permitindo sua reutilização • EEPROMs (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory) podem ter seu conteúdo modificado eletricamente, mesmo quando já estiver funcionando num circuito eletrônico • Memória flash semelhantes às EEPROMs são mais rápidas e de menor custo • CD-ROM são discos ópticos que retêm os dados não permitindo sua alteração • DVD-ROM são discos ópticos, tal como os CD-ROM, mas de alta densidade. Memórias RAM Memória RAM (Random Access Memory), ou memória de acesso aleatório, é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digitais.
  • 34. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 34 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br O termo acesso aleatório identifica a capacidade de acesso a qualquer posição em qualquer momento, por oposição ao acesso sequencial, imposto por alguns dispositivos de armazenamento, como fitas magnéticas. O nome da Memória RAM não é verdadeiramente apropriado, já que outros tipos de memória (ROM, etc...) também permitem o acesso aleatório a seu conteúdo. O nome mais apropriado seria Memória de Leitura e Escrita. Apesar do conceito de memória de acesso aleatório ser bastante amplo, atualmente o termo é usado apenas para definir um dispositivo eletrônico que o implementa, basicamente um tipo específico de chip. Nesse caso, também fica implícito que é uma memória volátil, isto é, todo o seu conteúdo é perdido quando a alimentação da memória é desligada. Algumas memórias RAM necessitam que os seus dados sejam frequentemente refrescados (atualizados), podendo então ser designadas por DRAM (Dynamic RAM) ou RAM Dinâmica. Por oposição, aquelas que não necessitam de refrescamento são normalmente designadas por SRAM (Static RAM) ou RAM Estática. Do ponto de vista da sua forma física, uma memória RAM pode ser constituída por um circuito integrado DIP ou por um módulo SIMM, DIMM, SO-DIMM, etc. Para computadores pessoais elas são normalmente adquiridas em pentes de memória, que são placas de circuito impresso que já contém várias memórias já montadas e configuradas de acordo com a arquitetura usada na máquina. A velocidade de funcionamento de uma memória é medida em Hz ou MHz. Este valor está relacionado com a quantidade de blocos de dados que podem ser transferidos durante um segundo. Existem no entanto algumas memórias RAM que podem efetuar duas transferências de dados no mesmo ciclo de relógio, duplicando a taxa de transferência de informação para a mesma frequência de trabalho. Além disso, a colocação das memórias em paralelo (propriedade da arquitetura de certos sistemas) permite multiplicar a velocidade aparente da memória. A memória principal de um computador baseado na Arquitetura de Von-Neumann é constituída por RAM. É nesta memória que são carregados os programas em execução e os
  • 35. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 35 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus dados são perdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados, é necessário salvar a informação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou memória secundária. Para acelerar os acessos a memória de trabalho, utiliza-se normalmente uma memória cache. SIMM (single inline memory module) Os primeiros módulos SIMM forneciam 8 bits simultâneos e precisavam ser usados em grupos para formar o número total de bits exigidos pelo processador. Processadores 386 e 486 utilizam memórias de 32 bits, portanto os módulos SIMM eram usados em grupos de 4. Os módulos SIMM usados até então tinham 30 contatos, portanto eram chamados de SIMM/30, ou módulos SIMM de 30 vias (ou 30 pinos). SIMM de 72 vias forneciam 32 bits simultâneos. Em placas de CPU 486, um único módulo SIMM/72 formava um banco de memória com 32 bits. Os módulos SIMM/72, apesar de serem mais práticos que os SIMM/30, eram pouco utilizados, até o lançamento do processador Pentium. O Pentium trabalha com memórias de 64 bits, portanto dois módulos SIMM/72 iguais formam um banco de 64 bits.
  • 36. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 36 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br DIMM - Dual Inline Memory Module DIMM - Dual Inline Memory Module, encapsulamento, e um dos tipos de memória DRAM. As memórias DIMM estão divididas basicamente em dois tipos: as SDRAM-SDR (Single Data Rate) e SDRAM-DDR (Double Data Rate). São classificadas também de acordo com a quantidade de vias que possuem, por exemplo, a SDRAM-SDR que possui 168 vias e a SDRAM-DDR que possui 184 vias. Ao contrário das memórias SIMM, estes módulos possuem contatos em ambos os lados do pente, e daí lhes vem o nome (DIMM é a sigla de Double Inline Memory Module). São módulos de 64 bits, nao necessitando mais utilizar o esquema de ligação das antigas SIMM's, a paridade. São comuns módulos de 64 MB, 128 MB, 256 MB, 512 MB e 1 GB. SO-DIMM Uma memória SO-DIMM (acrônimo para small outline dual in-line memory module) é um tipo de memória de computador. As memórias SO-DIMM são uma alternativa menor às memórias DIMM, tendo aproximadamente metade de seu tamanho. Como resultado, são usadas principalmente em laptops, computadores pessoais com gabinetes pequenos, impressoras robustas de escritório e equipamentos de rede como roteadores. Sua configuração varia entre 72, 100, 144 ou 200 pinos. O pacote com 100 pinos suporta tranferência de dados de 32 bits, enquanto os pacotes de 144 e 200 suportam transferência de 64 bits. Em contraste, as memórias DIMM tradicionais possuem 168, 184 ou 240 pinos, todos suportando transferência de dados de 64 bits.
  • 37. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 37 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br SDR SDRAM SDRAM não é um tipo de memória e sim um padrão. Existem 4 tipos de memórias com esse padrão: • SDR SDRAM: 1 dado por pulso de clock. • DDR, DDR2 e DDR3 SDRAM: 2 dados por pulso de clock. Veio para substiuir as memórias EDO que não era sincronizadas e tinham que esperar um tempo para entragar o dado pedido pelo precessador, assim tornando a SDR SDRAM muito mais rapida. A memória SDR SDRAM tambem trouxe uma novidade, que em vez de um grande banco de dados unificado, ela dividiu em 2, 4 ou 8. Utilizada no Pentium I, II e III e no antigo Athlon. Obteve-se a necessidade de uma substituidora, pela dificuldade de atingir clocks maiores, assim foi criada a memória DDR. Existem 3 tipos de SDR SDRAM: • PC66: Trabalha na freqüência de 66Mhz; • PC100: Trabalha na freqüência de 100Mhz; • PC133: Trabalha na freqüência de 133Mhz. DDR SDRAM DDR SDRAM ou double-data-rate synchronous dynamic random access memory (memória de acesso aleatório dinâmica de taxa de transferência dobrada) é um tipo de circuito integrado de memória utilizado em computadores.
  • 38. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 38 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br A Era DDR A DDR SDRAM foi criada para ter o dobro de desempenho em relação as memória existentes (que passaram a ser chamadas SDR SDRAM) sem aumentar o clock da memória. A memória DDR SDRAM alcança uma largura de banda maior que a da SDR SDRAM por usar tanto a borda de subida quanto a de descida do clock para transferir dados, realizando efetivamente duas transferências por ciclo de clock. Isto efetivamente quase dobra a taxa de transferência sem aumentar a freqüência do barramento externo. Desta maneira, um sistema com SDRAM tipo DDR a 100 MHz tem uma taxa de clock efetiva de 200 MHz. Com os dados sendo transferidos 8 bytes por vez, a DDR SDRAM fornece uma taxa de transferência de: [freqüência do barramento da memória] × 2 (pois é uma taxa dupla) × [número de bytes transferidos]. Assim, com uma freqüência de barramento de 100 MHz, a DDR SDRAM fornece uma taxa de transferência máxima de 1600 MB/s. DDR SDRAM DIMMs tem 184 pinos (em contra partida dos 168 pinos da SDR SDRAM). As frequencias de clock das memorias DDR são padronizadas pelo JEDEC. Modelos Alguns modelos de DDR SDRAM: • PC1600 ou DDR200 - 200 MHz clock anunciado, 100 MHz clock real. • PC2100 ou DDR266 - 266 MHz clock anunciado, 133 MHz clock real. • PC2700 ou DDR333 - 333 MHz clock anunciado, 166 MHz clock real. • PC3200 ou DDR400 - 400 MHz clock anunciado, 200 MHz clock real. Dual-Channel Alguns chipsets e os Athlon 64: Soquete 939 e Soquete AM2, usam essas memórias em configurações de canal duplo, duplicando a largura de banda efetiva e acessando a memoria a 128 bits. É esperado que nos próximos anos a memória DDR seja substituída pela DDR-II, que apresenta clocks de freqüências mais altas porém utilizando a mesma tecnologia empregada na atual DDR. Competindo com a DDR-II teremos a Rambus XDR, Quad Data Rate (QDR) e Quad Band Memory (QBM) SDRAM.
  • 39. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 39 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Frequência de memórias Memórias devem ser combinadas sempre com a mesma frequência, códigos e de preferência do mesmo fabricante para que não haja travamento (tela azul) ou congelamento de imagens ou memória virtual insuficiente, a tendência atualmente é padronizar micros com no mínimo 2 GB de memória. Obs.: Isso é um procedimento "aconselhável" mas não obrigatório pois as memórias DDR são projetadas para minimizar esse tipo de conflito. Tanto que memórias DDR 400 por exemplo, possuem as temporizações de 333 e 266 para que sejam compatíveis com placas deste tipo. DDR2 O DDR2, ou DIMM SDRAM DDR2, é uma evolução ao antigo padrão DDR SDRAM, conforme homologação da JEDEC. A nova tecnologia veio com a promessa de aumentar o desempenho, diminuir o consumo elétrico e o aquecimento, aumentar a densidade e minimizar a interferência eletromagnética (ruído). São esperados módulos de até 4GB de memória. DDR3 A memória DDR3 (também chamada DDR3 SDRAM, Taxa Dupla de Transferência Nível Três de Memória Síncrona Dinâmica de Acesso Aleatório) é um padrão para memórias RAM que está sendo desenvolvida para ser a sucessora das memórias DDR2 SDRAM. Diferenças entre as Memórias Anteriores Ela aparece com a promessa de reduzir em 40% o consumo de energia comparadas aos módulos de memórias DDR2 comercializadas atualmente, devido à sua tecnologia de fabrico de 90 [nanômetros] (90nm), permite baixas taxas de operação de consumo e baixas voltagens (1.5 Volt, comparado com as DDR2 que consomem 1.8V até 2.1V, ou as DDR´s comuns de 2.5V). Transístores "dual-gate" ou "portão duplo" serão usados para reduzir as taxas de consumo atuais. As DDR3 apresentam um buffer de 8 bits, onde as DDR2 usam 4 bits, e as DDR 2 bits. Teoricamente, estes módulos podem transferir dados à taxa de freqüencia efetiva de 400 a 800 MegaHertz (MHz) (para uma largura de banda de clock simples, de 800 a 1600 Mhz),
  • 40. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 40 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br comparadas com as DDR2 e suas taxas actuais de 200 a 625 MHZ (400 a 1250 MHz) ou DDR's e a sua taxa de 100 a 200 MHz (200 a 400 MHz). Atualmente, tais requisitos de largura de banda têm sido do mercado das placas de vídeo, onde vasta troca de informação entre os buffers é requerida, logo, a DDR3 pode ser uma boa escolha para os fabricantes de GPU. Protótipos foram anunciados no ano de 2005. Supostamente, a Intel afirmou seu anúncio preliminar de que espera estar preparada para oferecer suporte para as DDR3 perto do fim do ano de 2007. Já a AMD em seus planos para o futuro indica que adotará as memórias DDR3 no começo de 2008. Em Agosto de 2006, a Samsung anuncia suas memórias DDR3, na qual suas freqüencias vão de 800 a 1333 MHz. Também, promete que em 2007 chegará a uma taxa de freqüencia de 1600 MHZ, transferindo a 25.6 GB/s. Em relação à capacidade de armazenamento não houve tanto avanço, mantendo a capacidade entre os 256MB e 2GB. As memórias GDDR3, com nome similar mas com tecnologia totalmente diferente, já estão em uso há anos nas melhores placas de vídeo conhecidos da NVIDIA e ATI Technologies e são parte também do sistema de memória do Xbox 360 da Microsoft, e muitas vezes aparecem nestes casos referências incorrectas às DDR3. Memória GDDR Memórias RAM também são usadas em placas de vídeo, para formar o circuito de memória de vídeo. Até muito recentemente, a memória de vídeo usava exatamente a mesma tecnologia da memória RAM que é instalada na placa-mãe. Placas de vídeo de alto desempenho, no entanto, estavam precisando de memórias mais rápidas do que as usadas convencionalmente no PC. Com isso optou-se por usar memórias com as tecnologias DDR2 e DDR3. Só que as memórias DDR2 e DDR3 usadas em placas de vídeo têm características diferentes das memórias DDR2 e DDR3 usadas no PC – especialmente a tensão de alimentação. Por este motivo é que elas são chamadas GDDR2 e GDDR3 (o ―G‖ vem de ―Gráfica‖). As memória DDR opera a 2,5V enquanto a memória DDR2 opera a 1,8V, levando a um menor consumo elétrico e uma menor geração de calor. As memórias GDDR2 continuam operando a 2,5 V. Como rodam a clocks mais altos do que as memórias DDR, elas geram mais calor do que
  • 41. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 41 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br estas. É por este motivo que as memórias GDDR2 foram pouco usadas como memória de vídeo – somente as placas GeForce FX 5700 Ultra e GeForce FX 5800 Ultra usaram esse tipo de memória. Inclusive pouco tempo depois do lançamento da GeForce FX 5700 Ultra vários fabricantes lançaram modelos desta placa usando memórias GDDR3, possivelmente para amenizar os efeitos de calor e consumo provocados pelo uso das memórias GDDR2. Já as memórias GDDR3 podem operar a 2,0 V (no caso das memórias da Samsung) ou a 1,8 V (no caso das memórias dos outros fabricantes), resolvendo o problema do aquecimento. É por este motivo que este tipo de memória é usado pelas placas de vídeo de alto desempenho. Memórias DDR3 ainda não foram lançadas para o PC, mas provavelmente serão alimentadas com 1,5 V, diferenciando-se, assim, das memórias GDDR3. Fisicamente falando, as memórias GDDR2 e GDDR3 usam o encapsulamento BGA (Ball Grid Array), como você pode conferir nas figuras, o mesmo usado pelas memórias DDR2 usadas no PC. É impossível detectar visualmente se um chip de memória é GDDR2 ou GDDR3. A saída é ir a um site de busca ou ao site do fabricante da memória e procurar pelo número que está impresso na memória. Tipos de Memória GDDR Os seguintes tipos de GDDR são desenvolvidos: GDDR1: Nesta primeira geração está a tensão VDD / VDDQ com 2.5/2.5 V. Com taxas de pulso de disparo de 183 a 500 Megahertz e as latências LIDAS de 3, 4 e 5 ciclos de pulso de disparo, resultando numa taxa máxima de fluxo de informação de 16 GB/s com o barramento 128-Bit. A GDDR1 trabalha como (PC) - a memória do GDR com um Prefetch dobro. GDDR2: GDDR2 representou uma etapa intermediária impopular com o avanço de GDDR, que parte de GDDR1. As características eram a tensão VDD/VDDQ de 2.5/1.8 V, taxas de pulso de disparo de 400 a 500 megahertz e latências LIDAS de 5, 6 e 7 ciclos de pulso de disparo. Assim resultando numa taxa máxima de informação de 32 GB/s com o barramento 256-Bit. GDDR3: GDDR3 é fornecido com uma tensão VDD/VDDQ por 1.8/1.8 V. Com taxas de pulso de disparo de 500 a 800 megahertz e de latências LIDAS de 5 a 9 ciclos de pulso de disparo, com taxa máxima de 51.2 GB/s é possível com o barramento 256-Bit. GDDR3 trabalha como (PC)
  • 42. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 42 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br - DDR2-Speicher com um Prefetch quádruplo, ele transferirá assim 4 informações a cada dois ciclos de processamento. GDDR3 aconteceu com ATI esboçado e veio para a primeira vez com isso nVidia GeForce FX 5700 Ultra e mais tarde com o GeForce 6800 Ultra ao emprego. Com ATI a memória tornou- se para a primeira vez com aquela Radeon Blocos X800. Promova os produtos well-known, com que o uso GDDR3 encontra, são Sony Playstation 3 (TA 256 para o mapa do diagrama) e Microsoft Xbox 360 (a TA 512 é usada ao mesmo tempo pelo CCU e pelo GPU). GDDR4: A pioneira na produção das memórias GDDR4 é a Samsung em 5 de Julho 2006. Teste a amostra de Hynix esteja disponível; presumably as freqüências de pulso de disparo até 1.45 gigahertz são possíveis. Assim um flow-rate máximo da informação deve ser conseguido por até 92.8 GB/s com o emperramento 256-Bit. GDDR4 trabalha como (PC) - o DDR3-Speicher com um Prefetch eightfold. O primeiro mapa do diagrama, em que GDDR4 com uma freqüência de pulso de disparo era eigesetzt por 1GHz, é o X1950 XTX de ATI. RIMM - Rambus Inline Memory Module (Módulo de memória RAMbus) A memória RDRAM é uma tecnologia proprietária e seu uso depende do pagamento de royaties à empresa Rambus, pois não se trata somente da construção de novos circuito integrados, mas de todo um novo conceito envolvendo o acesso à memória RAM. A grande notícia é que todos os principais fabricantes de processadores (Intel, AMD e Cyrix) já licenciaram o uso dessa tecnologia - bem como diversos outros tradicionais fabricantes de memória e chipset - o que nos leva a crer que esse será o tipo de memória RAM mais utilizado nos próximos anos
  • 43. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 43 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Memória CACHE Memória Cache é uma pequena quantidade de memória estática de alto desempenho, tendo por finalidade aumentar o desempenho do processador realizando uma busca antecipada na memória RAM. A taxa de acerto típica pode variar entre 80% e 99%. Cache L1 Uma pequena porção de memória estática presente dentro do processador. Em alguns tipos de processador, como o Pentium 2, o L1 é dividido, em dois níveis: dados e instruções, que "dizem" o que fazer com os dados. A partir do Intel 486, começou a se colocar a L1 no próprio chip [processador]. Geralmente tem entre 16KB e 512KB. O AMD Semprom 2600+ possui 64KB de cache L1. Cache L2 Possuindo o Cache L1 um tamanho reduzido e não apresentando uma solução ideal, foi desenvolvido o cache L2, que contém muito mais memória que o cache 1. Ela é mais um caminho para que a informação requisitada não tenha que ser procurada na lenta memória principal. Alguns processadores colocam essa cache fora do processador, por questões econômicas, pois uma cache grande implica num custo grande , mas há exceções, como no Pentium II, por exemplo, cujas caches l1 e l2 estão no mesmo cartucho que está o processador. Cache L3 Terceiro nível de cache de memória. Inicialmente utilizado pelo AMD K6-III (por apresentar o cache L2 integrado ao seu núcleo) utilizava o cache externo presente na placa-mãe como uma memória de cache adicional. Ainda é um tipo de cache raro. Ainda, pois a complexidade dos processadores atuais, com suas áreas chegando a milhões de transístores por micrômetros ou picômetros de área, ela será muito útil. Talvez, no futuro, seja necessário um cache L4, ou até mais.
  • 44. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 44 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Tamanho da cache Entre os fatores que determinam o tamanho de uma cache, estão: • O tamanho da memória principal • A relação acerto/falha • Tempo de acesso a memória principal • O custo médio, por bit, da memória principal, da cache L1 e L2 • O tempo de acesso da cache Ll ou L2 • A natureza do programa a ser executado no momento. Memória Flash Memória Flash é uma memória de computador do tipo EEPROM que permite que múltiplos endereços sejam apagados ou escritos numa só operação. Em termos leigos, trata-se de um chip re-escrevível que, ao contrário de uma RAM, preserva o seu conteúdo sem a necessidade de fonte de alimentação. Esta memória é comumente usada em cartões de memória drives flash, USB e em iPod. Também vem começando a ser chamado de disco sólido pelo grande futuro que tem pela frente, já que além de ser muito mais resistente que os discos rígidos atuais, apresenta menor consumo, maiores taxas de transferência, latências e peso muito mais baixos. Chega a utilizar apenas 5% dos recursos normalmente empregados na alimentação de discos rígidos. Já é utilizado em notebooks, o que será expandido para a versão desktop nos próximos 5 anos. Flash NAND A memória flash NAND (Not AND) trabalha em alta velocidade, faz acesso seqüencial às células de memória e trata-as em conjunto, isto é, em blocos de células, em vez de acessá-las de maneira individual. Jumpers Jumper é uma ligação móvel entre dois pontos de um circuito eletrônico. É uma pequena peça plástica que contém um metal, responsável pela condução de eletricidade. Em placas-mãe são responsáveis por desviar o fluxo elétrico permitindo configurações por meio físico. São pequenos contatos elétricos, envolvidos por um encapsulamento plástico, que servem para programar opções de funcionamento das placas, no que diz respeito ao hardware. Também denomina-se "Jumper" a um pedaço de fio condutor soldado diretamente às ilhas de uma placa de circuito impresso com a função de interligar dois pontos da mesma.
  • 45. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 45 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Processadores O processador é a parte mais fundamental para o funcionamento de um computador. Processadores são circuitos digitais que realizam operações como: cópia de dados, acesso a memórias e operações lógicas e matemáticas. Os processadores comuns trabalham apenas com lógica digital binária. Existem processadores simples, que realizam um número pequeno de tarefas, que podem ser utilizados em aplicações mais específicas, e também existem processadores mais sofisticados, que podem ser utilizados para os mais diferentes objetivos, desde que programados apropriadamente. Processadores geralmente possuem uma pequena memória interna, portas de entrada e de saída, e são geralmente ligados a outros circuitos digitais como memórias, multiplexadores e circuitos lógicos. Muitas vezes também um processador possui uma porta de entrada de instruções, que determinam a tarefa a ser realizada por ele. Estas seqüências de instruções geralmente estão armazenadas em memórias, e formam o programa a ser executado pelo processador. Em geral, fala-se que um processador é melhor do que outro na medida em que ele pode realizar uma mesma tarefa em menos tempo, ou com mais eficiência. Processadores podem ser projetados para tarefas extremamente específicas, realizando-as com eficiência insuperável. Este é o caso nos processadores que controlam eletrodomésticos e dispositivos simples como portões eletrônicos e algumas partes de automóveis. Outros visam uma maior genericidade, como nos processadores em computadores pessoais. Por este motivo, por exemplo, um jogo hipotético para videogame e PC requer neste último um poder de processamento maior do que o primeiro. Os processadores formam a classe mais elevada de circuitos digitais, precedidos pelas máquinas de estado e unidades de lógica e aritmética.
  • 46. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 46 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Fan Cooler – Water Cooler Fan Cooler ou simplesmente conhecida como ―ventoinha‖ é um pequeno ventilador acoplado a um dissipador (geralmente de alumínio) que tem a função de resfriar o processador evitando que o mesmo ―derreta‖ devido às altas temperaturas de trabalho. Um Water Cooler tem a mesma função, esfriar o processador, porém, os Water Cooler utilizam água, que é bombeada e passa dentro dos dissipadores e depois por uma especie de ―radiador‖ para esfriar e voltar novamente ao ciclo. Cooler e Dissipador Cooler é o conjunto formado por ventoinha e dissipador.O dissipador serve para absorver o calor gerado pelo chip(processador,chipset,gpu),e é feito de cobre ou aluminio,por ter uma melhor dissipação a alta temperatura gerada.A ventoinha vai em cima do dissipador,fazendo o processo de exaustão,ou seja,retirando para fora o calor gerado pelo chip.Antigamente somente os processadores utilizavam cooler,mas hoje os chipsets das placas-mãe e os gpus(processadores de placas de video) também utilizam.
  • 47. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 47 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Processadores com dois ou mais núcleos Por que chips dual core são melhores do que os antigos? Até a introdução da tecnologia dual core, os chips usados em notebooks e desktops funcionavam com apenas um núcleo. Era ali que o dispositivo recebia e repassava informações processadas para que o PC funcionasse. A evolução do chip, no entanto, criou um problema para as fabricantes de processadores: além de poder de processamento maior, o acúmulo de transistores fazia com que o dispositivo esquentasse demais. Chips que esquentam demais falham e, para contornar a inesperada barreira tecnológica, os fabricantes duplicaram o número de núcleos em um único processador, que passaram a contar agora com a tecnologia dual core. A presença de dois núcleos dentro de um chip resolve três problemas: aumento a capacidade de processamento, evita o problema de aquecimento e reduz o consumo de energia para que os processadores funcionem. Eu preciso comprar um chip dual core? Cada vez mais, as novas aplicações exigem mais poder de processamento. Com isso, vai chegar uma hora que você terá de migrar para um computador com chip de dois núcleos. Imagine seu desktop com chips com um e dois núcleos. Navegar na internet com o gerenciador de e-mails não é uma tarefa complicada no primeiro cenário, mas se você tentar gravar um DVD enquanto acessa um vídeo online, por exemplo, seu micro pode ficar lento e apresentar problemas de desempenho. O segundo cenário promete lidar melhor com situações nas quais o usuário precisa fazer várias tarefas ao mesmo tempo. Enquanto um núcleo cuida da renderização de um filme, por exemplo, o segundo é responsável por processar o game de tiro que você comprou recentemente sem, teoricamente, grande impacto no desempenho da máquina.
  • 48. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 48 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br O lançamento do sistema operacional Windows Vista pode ser visto como um outro ótimo exemplo. A versão mais avançada do novo software, que conta com o sistema Aero de interface, exige poder de processamento mínimo de 1 GHz, enquanto o Windows XP Professional exige menos de três vezes a velocidade (300 MHz). Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now! http://idgnow.uol.com.br/computacao_corporativa/2006/07/27/idgnoticia.2006-07-27.6273885621 Interface Serial, Paralela e USB Interfaces seriais: As interfaces seriais são responsáveis pela comunicação bit-a-bit da placa-mãe com os periféricos, entre eles, o teclado e o mouse. Às vezes, a impressora é encaixada também na interface serial, se houver necessidade de deixá-la numa distância muito afastada do computador. Interfaces paralelas: As interfaces paralelas são responsáveis pela comunicação byte-a-byte da placa-mãe com os periféricos. Geralmente, é nessa interface que a impressora é conectada. Interfaces USB: Universal Serial Bus (USB) é um tipo de conexão Plug and Play que permite a conexão de periféricos sem a necessidade de desligar o computador. O USB foi concebido na óptica do conceito de Plug and Play, revolucionário na altura da expansão dos computadores pessoais, bem como minimizar o esforço de concepção de periféricos, no que diz respeito ao suporte por parte dos sistemas operacionais (SO) e hardware. Assim, surgiu um padrão que permite ao SO e à placa-mãe diferenciar, transparentemente: • A classe do equipamento (dispositivo de armazenamento, placa de rede, placa de som, etc); • As necessidades de alimentação eléctrica do dispositivo, caso este não disponha de
  • 49. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 49 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br alimentação própria; • As necessidades de largura de banda (para um dispositivo de vídeo, serão muito superiores às de um teclado, por exemplo); • As necessidades de latência máxima; • Eventuais modos de operação internos ao dispositivo (por exemplo, máquina digital pode operar, geralmente, como uma webcam ou como um dispositivo de armazenamento - para transferir as imagens). Ainda, foi projetado de maneira que possam ser ligados vários periféricos pelo mesmo canal (i.e., porta USB). Assim, mediante uma topologia em árvore, é possível ligar até 127 dispositivos a uma única porta do computador, utilizando, para a derivação, hubs especialmente concebidos, ou se por exemplo as impressoras ou outro periféricos existentes hoje tivessem uma entrada e saida usb, poderíamos ligar estes como uma corrente de até 127 dispositivos, um ligado ao outro, os quais o computador gerenciaria sem nenhum problema, levando em conta o tráfego requerido e velocidade das informação solicitadas pelo sistema. Estes dispositivos especiais (os hub's anteriormente citados) - estes também dispositivos USB, com classe específica -, são responsáveis pela gestão da sua sub-árvore e cooperação com os nós acima (o computador ou outros hubs). Esta funcionalidade foi adaptada da vasta experiência em redes de bus, como o Ethernet - o computador apenas encaminhará os pacotes USB (unidade de comunicação do protocolo, ou URB, do inglês Uniform Request Block) para uma das portas, e o pacote transitará pelo bus até ao destino, encaminhado pelos hubs intermediários.
  • 50. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 50 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Exercícios de fixação 1 - O que é um barramento? 2 - Cite os principais barramentos e fale brevemente sobre cada um deles. 3 - Qual a diferença entre memória ROM e RAM? 4 - O que é memória CACHE e por que ela é tão importante? 5 - O que faz um processador? 6 - Qual é o melhor processador? 7 - Qual a diferença das interfaces SERIAL e PARALELA? 8 - USB é paralela ou serial? Ela é melhor que as outras? Justifique.
  • 51. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 51 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br 6 - Gabinetes, Periféricos e Placas de expansão. Gabinetes Trata-se da capa que envolve a placa-mãe e demais peças internas de um microcomputador. Por esse motivo, seu formato deve ser compatível com o formato da placa-mãe. Tipos Mini-Torre, Torre, Super-Torre e Horizontal (Desktop) Mini-Torre Torre Super-Torre Horizontal Desk Top Slim Cases
  • 52. Tópicos de Aula para IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 52 Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi - www.vazzi.com.br Periféricos Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do computador. Na informática, o termo "periférico" aplica-se a qualquer equipamento acessório que seja ligado à CPU (unidade central de processamento), ou, num sentido mais amplo, ao computador. São exemplos de periféricos: impressoras, digitalizadores, leitores e ou gravadores de CDs e DVDs, leitores de cartões e disquetes, mouses, teclados, câmeras de vídeo, entre outros. Cada periférico tem a sua função definida, desempenhada ao enviar tarefas ao computador, de acordo com sua função. Existem vários tipos de periféricos: • De entrada: basicamente enviam informação para o computador (teclado, mouse, joystick, digitalizador); • De saída: transmitem informação do computador para o utilizador (monitor, impressora, caixa de som); • De processamento: processam a informação que a CPU (unidade central de processamento) enviou; • De entrada e saída: enviam/recebem informação para/do computador (monitor touchscreen, drive de DVD, modem). Muitos destes periféricos dependem de uma placa específica: no caso das caixas de som, a placa de som. • De armazenamento: armazenam informações do computador e para o mesmo (pen drive, disco rígido, cartão de memória, etc). • Externos: equipamentos que são adicionados a um computador, equipamentos a parte que enviam e/ou recebem dados, acessórios que se conectam ao computador. Outros recursos são adicionados ao computador através de placas próprias: é o caso da Internet, com placa de rede ou modem; televisão, através de uma placa de captura de vídeo, etc. Mouse O mouse, ou ratinho, é um dispositivo de entrada, geralmente utilizado em interfaces gráficas, que serve para apontar e selecionar opções com rapidez. Alguns aplicativos, inclusive, possuem funções que somente são acionáveis através do mouse, o que, na maioria dos casos, se considera uma opção de projeto negativa. Apesar de não ter sido projetado para esse fim, serve também para desenhar. Por questões ergonômicas o ideal, para essa finalidade, é utilizar uma caneta ótica ou periférico semelhante.