Entenda o conflito árabe-israelense que nasceu em tempos remotos e ainda hoje assusta o planeta pela sua destruição. Saiba os motivos dos conflitos passados e atuais.
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Conflito entre Israel e Palestina
1.
2. Os conflitos entre Israel e Palestina nasceram em
tempos remotos, pois se enraízam nos ancestrais
confrontos entre árabes e israelenses. Mas os embates
entre estes povos, que detêm a mesma origem étnica,
recrudesceram no final do século XIX, quando o povo
judeu, cansado do exílio, passou a expressar o desejo de
retornar para sua antiga pátria, então habitada em
grande parte pelos palestinos.
3. O ideal judaico de retorno à terra natal de seus
antepassados é conhecido como Sionismo. Em 1897,
durante o primeiro encontro sionista, ficou decidido
que os judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém,
de onde foram expulsos pelos romanos no século III
d.C.. Imediatamente teve início a emigração para a
Palestina, que era o nome da região no final do século
XIX. Nesta época, a área pertencia ao Império
Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes.
4. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus já estavam
vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a I
Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60
mil. Em 1948, pouco antes da criação do estado de
Israel, os judeus somavam 600 mil. Durante a II
Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes
aumentou drasticamente porque milhões de
judeus se dirigiram à Palestina fugindo das
perseguições dos nazistas na Europa.
5. Os confrontos se tornavam mais violentos à medida
que a imigração aumentava. Tanto árabes quanto
judeus reivindicam a posse de territórios nos quais se
encontram seus monumentos mais sagrados. Em 1947,
a ONU tentou solucionar o problema e propôs a
criação de um “estado duplo”: o território seria
dividido em dois estados, um árabe e outro judeu, com
Jerusalém como “enclave internacional”. Os árabes não
aceitaram a proposta.
6. Plano da ONU para a partição
da Palestina de 1947
Território Árabe
Território Judeu
7. Monte do Templo
o lugar mais sagrado do judaísmo e o
terceiro mais sagrado do islamismo.
9. As Guerras
No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou
independência. Os exércitos do Egito, Jordânia, Síria
e Líbano atacaram, mas foram derrotados. Em 1967
aconteceram os confrontos que mudariam o mapa
da região, a chamada “Guerra dos Seis Dias”. Israel
derrotou o Egito, Síria e Jordânia e conquistou de uma
só vez toda a Cisjordânia, as colinas do Golán e
Jerusalém. Em 1973, Egito e Síria lançaram uma
ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o
Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.
10. A Intifada
Em 1987 aconteceu a primeira Intifada, palavra árabe
que significa “sacudida” ou “levante”, quando milhares
de jovens saíram às ruas para protestar contra a
ocupação considerada ilegal pela ONU. Os israelenses
atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos
tanques, provocando indignação na comunidade
internacional. A segunda Intifada teve início em
setembro de 2000, após o então primeiro-ministro
israelense, Ariel Sharon, ter caminhado nas cercanias
da mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos
muçulmanos e parte do Monte do Templo, área
sagrada também para os judeus.
11. Em junho de 2007 a Autoridade Nacional Palestina se
dividiu, após um ano de confrontos internos violentos
entre os partidos Hamas e Fatah, que deixaram
centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser
controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento
de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob
o governo do Fatah. O Hamas havia vencido as eleições
legislativas palestinas um ano antes, mas a Autoridade
Palestina havia sido pressionada e não permitiu um
governo independente, mas o Hamas manteve o
controle de fato da região de Gaza.
12. HAMAS
"Movimento de Resistência Islâmica" uma
organização palestina, de orientação sunita, que inclui
uma entidade filantrópica, um partido político e um braço
armado. É o mais importante movimento fundamentalista
islâmico da Palestina. O Hamas é considerado
como organização terrorista pelo Canadá, União
Européia, Israel, Japão e Estados Unidos. A Austrália e
o Reino Unido consideram como organização terrorista
somente o braço militar da organização. Outros países,
como a África do Sul, a Rússia, a Noruega e o Brasil não
consideram o Hamas como uma organização terrorista.
Hoje em dia, o Hamas é um movimento militar e um
partido político de caráter radical, que não reconhece a
existência do Estado de Israel, organizando diversos
ataques com mísseis. Desde 2007, controla a Faixa de Gaza.
Ismail Haniya
13. O que é Faixa de Gaza?
É um território Palestino composto por uma estreita
faixa de terra localizada na costa oriental do Mar
Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira
com o Egito no sudoeste e com Israel no leste e no
norte. O território tem 41 quilômetros de
comprimento e apenas de 6 a 12 quilômetros de
largura, com uma área total de 365 quilômetros
quadrados. A população da Faixa de Gaza é de cerca de
1,7 milhão de pessoas.
14. A área sofre uma escassez crônica de água e
praticamente não tem indústrias. A infraestrutura
é precária, e quase nada foi refeito após os
bombardeios israelenses de 2008-2009. A
designação Faixa de Gaza deriva do nome da sua
principal cidade, Gaza, cuja existência remonta
à Antiguidade.
15. Como entender o atual conflito em 5
passos
1. Qual é o atual estado da questão? Ainda que seja
uma questão histórica de longa duração, as
batalhas entre palestinos e judeus possuem ciclos
críticos. O atual ciclo teve seu início em 2007,
envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas,
quando a Faixa de Gaza foi tomada à força. O
grupo havia vencido as eleições no ano anterior,
mas não havia conseguido formar um governo
forte, criando uma série de batalhas contra o seu
principal opositor, o grupo Fatah, que se repetiu
por muitos anos até uma reconciliação recente.
16. 2. O que desencadeou os conflitos de 2014? A partir de julho de
2014, mais de 500 pessoas morreram e duas mil ficaram feridas
pelos confrontos iniciados com o sequestro e a morte de três
jovens judeus na Cisjordânia, atribuído ao Hamas por Israel. Em
contrapartida, um jovem palestino foi queimado por judeus
extremistas em Jerusalém. Após esses dois episódios, Israel e
Hamas passaram a trocar mísseis diariamente.
3. A Palestina é um país? Não. A Palestina hoje é o agregado
desses dois territórios, Gaza e Cisjordânia, e ela fica praticamente
dentro de Israel. Os palestinos reivindicam que exista um país
para eles, mas as correntes políticas conservadoras de Israel não
gostam da ideia porque consideram que todo esse território
deveria pertencer ao país judeu.
17. 3. O que querem os palestinos? Os palestinos querem
a criação de um estado palestino independente, árabe,
que reconheça o território ocupado por esse povo antes
de 1947.
4. O que querem os judeus? Israel luta contra o Hamas
para manter a sua autonomia e a sua autoridade na
região, com o objetivo de fixar as mesmas fronteiras
definidas em 1948. Como os projetos nacionais do
Hamas e do Estado de Israel são incompatíveis e
excludentes entre si, da forma como são concebidos
hoje, a luta entre os dois grupos não parece ter um
final.
18. 7. Como a comunidade internacional se manifestou a
respeito dos conflitos? Os Estados Unidos e a União
Européia pediram o cessar-fogo na região, para que fosse
dado fim à morte de civis. Barack Obama enviou seu
secretário de Estado, John Kerry, para negociar no Cairo um
conjunto de medidas que garanta o fim da violência na Faixa
de Gaza.
8. O que o Brasil tem a ver com a história?
O que aconteceu foi o seguinte: o Brasil publicou uma
declaração condenando Israel por “uso desproporcional da
força” contra os palestinos e chamando de volta o nosso
embaixador em Jerusalém. Chamar o embaixador de volta,
no meio da diplomacia, tem um significado muito sério.
Quer dizer que o Brasil está ameaçando romper as relações
diplomáticas com Israel por causa desse conflito.
19. 9. A religião tem alguma coisa a ver? Tem a ver, mas
não é a única explicação. O motivo principal do
conflito é o controle do território e a definição das
fronteiras entre o que é de Israel e o que é da
Palestina. É claro que isso entra no aspecto religioso.
Por exemplo, a cidade de Jerusalém, um dos alvos da
disputa, é sagrada tanto para os judeus, quanto para os
muçulmanos.
20.
21.
22. As questões atuais em disputa
Questões centrais
Status de Jerusalém - Devido ao seu valor histórico e religioso, Israel
reivindica toda a cidade para si, o que não é reconhecido pela comunidade
internacional. A parte Oriental de Jerusalém, território palestino ocupado
por Israel desde 1967, é reivindicada pelos palestinos para ali estabelecer sua
capital.
Refugiados palestinos da guerra de 1948
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia
Preocupações com a segurança de Israel
Recursos Hídricos
Reconhecimento da Palestina como Estado Constituído
Politicamente, com representação completa nas Nações
Unidas e não apenas observador não-membro
Recuo do território israelense para as fronteiras
anteriores à Guerra dos Seis Dias (desejo Palestino)
23. Outras questões
Ocupação militar israelense da Cisjordânia
O reconhecimento mútuo
Bloqueio de Gaza
Espaço aéreo palestino
Exército palestino
Muro erguido por Israel, a partir de 2008, ao sul da
Palestina para evitar a entrada de egípcios
24. “ONU confirma 121 crianças palestinas mortas em
Gaza” 22/07/2014 – EXAME.com
Ofensiva israelense em Gaza já deixou mais de
1.302 palestinos mortos (e mais de 7 mil feridos) –
30/07/2014 – EXAME.com
“Ataque de Israel mata 20 palestinos em escola da
ONU” 30/07/2014 – Globo.com