1. Um Olhar para a Dinâmica
do Coordenador de Grupos
Kátya Alexandrina Matos Barreto Mota
Denize Bouttelet Munari
Seminário de Psicologia e Relações Grupais
4. Objetivo
Equilíbrio
Prática
Teoria
A coordenação de grupos é uma
arte e uma ciência, na medida em
que exige sensibilidade, criatividade,
emoção e ao mesmo tempo, teoria,
técnica e compromisso com todos do
grupo (Mota & Munari, 2006)
O estudo e pesquisa sobre os grupos, em
particular, sobre os fundamentos da
coordenação são fundamentais para o
desenvolvimento dos aportes teóricos para
melhor compreensão dos fenômenos
grupais e suas vicissitudes (Osório, 2000)
5. OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DA
POSTURA DE UM COORDENADOR DE UM PROCESSO
GRUPAL MOSCOVICI
(2001);
VECCHIO
(1975);
BECHELLI &SANTOS
(2001, 2002)
Competência
interpessoal
responsabilidade
ética
Suspender os
a prioris
Não reduzir ou generalizar o
comportamento grupal
Não permitir que ideias
preconcebidas interfiram em
sua percepção grupal
Competência técnica
Orientar-se por meio do
próprio tempo do grupo
Intervir, lidando com a dialética
dos elementos grupais
6. Continência
à mudança
A continência a esse movimento
é um atributo fundamental do
coordenador de grupos
Modelo relacional proposto por
Bion; envolve a identificação, a
interpretação e a transformação
necessárias para lidar com a dor
quando possível
O processo de mudança é
contínuo e não pode ser freado
nem impedido
7. Pressupostos da mudança
AMBIGUIDADE
INEXORABILIDADE
PERDA
Não é possível transitar de um estado a outro
sem renunciar a alguma coisa
A mudança causa conflito nos indivíduos
A vida está sempre fluindo, independentemente
do consentimento dos indivíduos
8. Mudar um indivíduo significa romper suas resistências,
possibilitando que ele tenha uma percepção diferenciada
do contexto, para criar condições objetivas que o
estimulem e despertem em sua subjetividade o desejo de
uma ação consciente em prol da mudança.
10. O Manejo de
Situações Previsíveis.
Aspecto fundamental para o trabalho
grupal, inclui todos os integrantes do
grupo além do coordenador. Torna o
trabalho mais efetivo e adequado as
necessidades do grupo.
Evitar interferência no
processo grupal.
Preservar a dimensão
pessoal.
Estabelecer vínculos com o
grupo.
Lidar com as resistências.
11. Quando o grupo diverge da atitude do coordenador
Dependência
Tempo interno
Como verbalizar a
resistência
Uso de técnicas
O comando das
atividades
O grupo expressa a
sua verdade
Recursos
comparativos
O aprendizado coletivo
Proposição de
situações
Recursos didáticos
Atividades comensais
A luz e a sombra dos
grupos
12. Administração do Tempo
As atividades devem ser iniciadas e terminadas no horário
estabelecido no contrato.
Os membros atrasados devem ser inseridos de acordo com
as etapas de cada atividade.
Devem ser recebidos sem repreensão ou críticas, mas de forma receptiva
e que a pessoa seja integrada ao grupo.
O monitoramento do tempo deve ser feito pelo coordenador, a vivência e a sintonia
com o grupo é que irá determinar sua atuação.
É necessário atenção quando trabalhamos com grupos com
participantes que apresentam um aprendizado em
espaço e tempo diferente.
13. O Manejo do Conflito no Grupo
Explicitado geralmente por atrações e rejeições interpessoais.
Concepções diferentes, cada um tem seu próprio sistema de conceitos, símbolos,
imagens, julgamentos e controle grupal.
Posicionamentos contrários podem manifestar tensões e desacordos.
Pode ocorrer casos de atritos diretos, agressões verbais ou físicas, opiniões enfáticas,
polêmicas e competições entre os participantes ou mesmo com o coordenador.
As tensões e os conflitos devem ser verbalizadas e as ideias e sentimentos divergentes
evidenciados, o próprio grupo precisa resolver o seu conflito.
O coordenador não toma partido, nem faz intervenções diretamente na situação,
mas não ignora e nem faz de conta que nada está acontecendo.
14. O Poder do Contrato Grupal
Mais do que a regra de um contrato de trabalho está a atitude comprometida e
respeitosa do coordenador para com o grupo, seu crescimento e sua criatividade.
MOSCOVICI (1965) Toda convivência humana necessita de limites, uma vez que
estabelecidos irão delimitar o espaço de cada pessoa e assegurar que todos os
membros de um grupo sejam respeitados.
O contrato não deve ser feito pelo coordenador e imposto ao grupo, mas elaborado
conjuntamente, é fundamental esclarecer o que será ou não permitido.
O contrato pode ser reavaliado sempre que cada membro do grupo ou
coordenador se sentir desconfortável diante de algum aspecto acordado.
15. Considerações Finais
Círculo sagrado é o mesmo que mandala , é a representação do todo.
MOSCOVICI (1996) este espaço holográfico, permite que o tempo, o espaço e o ritmo
prevaleçam juntos, numa síntese viva, orgânica, espiritual, material, emocional e
ecológica sempre em movimento.
O outro deixa de ser apenas uma impressão e transpassa para um plano que amplia e
expande a troca de conhecimento, o compartilhar a experiência e a vivenciar as
interações entre todos os membros presentes. A singularidade de cada um é
reconhecida e respeitada em sua total expressão dinâmica. A energia grupal é capaz
de trazer a luz o que permanece dentro de cada um de seus membros (ANZIEU, 1983).