1. Ano XXVIII - número 10 - Outubro de 2010 - www.redentoristas.org.br
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2. INDICE
Palavra do Provincial
Outubro Mês Missionário........................................................04
Entrevista: Mês Missionário
Pe. Donizete...............................................................................05
Depoimentos:
Paróquia São Judas Tadeu......................................................07
Missões Redentoristas:
Santuário N. Senhora do Perpétuo Socorro..........................10
Encontro da URB.................................................................................11
Redentoristas de Newark:
Encontro Nacional nos EUA...................................................12
Bioética..................................................................................................14
+ Entrevistas:
Pe. Oberle, CSsR..................................................................15
Pe. José Tobin, CSsR...........................................................16
Show da Juventude:
O Dom da Vida........................................................................20
Assembleia Provincial 2010:
Eletiva, celebrativa e reflexiva ..............................................21
Datas Importantes...............................................................................22
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3. PALAVRA DO PROVINCIAL
OUTUBRO: MÊS MISSIONÁRIO
“Ouvi o clamor do meu povo” (Ex. 3,7)
A Igreja no Brasil, em sintonia com a
Campanha da Fraternidade 2010, está motivando o
mês missionário, outubro, com o tema: “missão e
partilha”, com o lema „ouvi o clamor do meu povo‟
(Ex. 3, 7); sendo no penúltimo domingo deste mês o
Dia Mundial das Missões. Desde 1926, com a
instituição do Dia das Missões, pelo Papa Piox XI, a
Igreja tem trabalhado para revitalizar a dimensão
missionária dos cristãos católicos.
A Conferência de Aparecida está edificando um novo rosto pastoral da
Igreja, mais voltada à dimensão missionária. Os Redentoristas, segundo as
Constituições, „se caracterizam mais pelo dinamismo missionário, isto é, pela
evangelização propriamente dita e pelo serviço aos homens e aos grupos mais
abandonados e pobres, em relação à Igreja e às condições humanas, do que por
certas formas de atividade.‟ (C. 14).
O dinamismo missionário, como atitude, é fundante para o Redentorista.
Neste sentido, o XXIV Capítulo Geral insistiu na dimensão missionária: “A
conversão missionária é um desafio para todos os Redentoristas,
independentemente da idade. Este desafio deve ser explicitado nos diretórios e na
prática da formação inicial e contínua” (Doc. Final, n. 1.5). O dinamismo
missionário deve ser a marca dos Redentoristas.
Que o Mês Missionário, com o lema “ouvi o clamor do meu povo” e a oração
do Rosário, seja um tempo oportuno para aprofundar a nossa „conversão
pastoral‟ assumindo atitudes decididamente missionárias e fortalecendo o nosso
dinamismo apostólico.
Pe. Joaquim Parron C.Ss.R.
Superior Provincial
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4. ENTREVISTA: MÊS MISSIONÁRIO
O Pe. Donizete Araújo, está prestes a
comemorar 33 anos de idade e 3 de sacerdócio. É um dos
confrades mais jovens da província e sempre chama a
atenção pelo seu jeito entusiasmado de ser. Sempre
magrinho e esbelto, é uma pessoa que chega e chama a
atenção exatamente pela simpatia, simplicidade e
envolvimento com todos. De sorriso largo e olhar direto,
ele manifesta facilmente suas emoções, quando tocado
por algum acontecimento especial, mas tem firmeza em
suas colocações, por ser um jovem de personalidade e
clareza de princípios.
Sua disponibilidade é tamanha que, mesmo cansado da viagem, tendo
acabado de levantar de um pequeno “cochilo” na casa paroquial, em tempos de missão
em Campo Grande, bastou o convite para ele colocar-se disponível, responder com
dedicação e atenção as perguntas para a matéria do CONTACT. A disponibilidade de
sempre, é uma de suas marcas maiores.
Mas Donizete também tem gosto refinado e é declaradamente apaixonado por
música, a primeira das artes. Basta ouvir os acordes de um violão ou outro instrumento
musical que lá está ele inundando a alma com os encantos da harmonia musical. Ele
também gosta de manter a saúde praticando esportes, gosta de fazer novas e saudáveis
amizades e, acima de tudo, ama a vida que escolheu para si: a vida de missionário
redentorista.
Desde que foi ordenado sacerdote ele é membro de uma das Equipes
Missionárias da Província. Inclusive é coordenador da equipe com sede em Ponta
Grossa/PR. Quando perguntei a ele qual a fase da missão que ele mais gosta ele
disse: “Toda a missão é marcante. Não existe um momento mais importante que o
outro. Desde o primeiro contato com as pessoas até o momento do levantamento do
cruzeiro e o pós-missão, tudo é envolvente, marcante, emocionante. O que mais me
emociona na missão é o poder de envolvimento que ela tem. As pessoas saem de seu
comodismo, de suas casas, de seu ostracismo e vem para o meio, para o encontro,
para a comunidade. A missão mexe, desinstala. Toda ela é assim, desde o começo até
os desdobramentos que conduzem para a perseverança e o comprometimento maior.”
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5. Prosseguindo a conversa, perguntei sobre a
importância da missão redentorista hoje. Ele foi
enfático: “A Missão é uma escola de formação, tanto
para o missionário quanto para o povo de Deus. A
missão mexe com as estruturas, abre um canal de
sintonia com as pessoas. Elas falam daquilo que
geralmente não falam com o seu pároco. Elas partilham,
sugerem, inquietam-se, envolvem-se. A missão também
desperta para o sagrado, para as coisas que estão
dentro de nós, para a dinâmica da vida e da
espiritualidade. A missão faz reviver aquilo que é divino
e está adormecido dentro de nós. O toque do povo na
missão é marcante, inesquecível. Como missionário, a
missão me desperta para sensibilidade, a criatividade, a
paciência, o amor.”
Quando perguntado sobre qual foi a cidade mais marcante nesses três anos
de caminhadas, não foi nada difícil responder: “Cada cidade e cada paróquia tem seu
encanto. Mas Rio Bom foi a mais marcante pra mim, talvez por ser a minha primeira
experiência. Outras também foram fantásticas: Astorga e Grandes Rios, por exemplo.
Mas tenho em meu coração cenas tão lindas que jamais serão apagadas.” Nesse
momento eu percebi uma emoção que saltava aos olhos dele. Transparecia um
missionário realizado naquilo que faz.
Prosseguindo, como tinham que seguir para as comunidades, pedi que ele
falasse algo para celebrarmos o mês missionário. E ele disse: “precisamos ser cada
dia e cada vez mais missionários. Todos nós! O mundo está carente de testemunhos de
vida, modelos de santidade, perseverança no discipulado, coerência e
comprometimento com o Reino. Que o mês missionário seja o momento de
fortalecermos nossa disponibilidade de sermos discípulos missionários de Jesus,
anunciando a Boa Notícia, de modo sempre novo. Estou muito feliz como redentorista.
Peço perdão pelas vezes que não fui e não fiz mais pela edificação do Reino.”
Enfim, a Congregação, a Província, o CONTACT agradece pela pessoa do
Donizete, pela sua disposição, atenção e zelo pastoral. Que Deus continue abençoando
muito a vida dele e o trabalho que tão belamente ele assumiu e desenvolve.
Pe. Dirson Gonçalves, CSsR
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6. MÊS MISSIONÁRIO: Depoimento de uma paroquiana de onde houve
missão redentorista:
Entrevistada: Rose Aleixo dos Santos.
Paróquia: São Judas Tadeu.
Cidade: Grandes Rios/PR
“Missões Redentoristas: uma vez realizada, jamais será
esquecida”
1. Como foi o envolvimento das pessoas na missão?
Tivemos uma participação muito agradável, a maioria dos
paroquianos abraçou esse método de evangelização, até
mesmo aqueles que apresentavam certas dificuldades sejam
elas por motivos consideráveis, conseguiram atingir seus
objetivos, ou seja, a realização de todas as fases em sua Diaconia (comunidade).
2. Você acha que a missão ajudou no crescimento da fé e do compromisso na
paróquia?
Sim. Com certeza, pois a igreja precisa sempre de inovação, algo que faça
despertar o “ser missionário” de cada um. Desde nosso batismo já nos tornamos
missionários de Jesus e precisamos estar em comunhão com sua Palavra. A
missão vem como o despertar de novos horizontes para mostrar que nosso
compromisso com a nossa religião vai muito além de nossa vida social.
3. Como você avalia a Missão redentorista?
Um trabalho maravilhoso, que gera muitos frutos. Através desse trabalho é
possível analisarmos todas as necessidades que cada comunidade enfrenta e diante
disso, a proposta religiosa deixada pelas missões consegue abranger muitos fiéis
que anteriormente não estavam engajados na vida espiritual de sua comunidade.
A Paróquia São Judas Tadeu, de Grandes Rios, vivenciou grandes momentos de
orações com a realização das Santas Missões Populares Redentoristas. Foram dias
inesquecíveis que mexeu com a espiritualidade da população em geral.
Certamente essa vivencia cristã gera muitos frutos em todos os lugares que a
missão acontece. A responsabilidade de evangelizar é dever de todo cidadão, cabe
a nós conscientizarmos para que possamos caminhar com nossa igreja lado a lado.
“Anunciar o Evangelho não é para mim título de glória, é obrigação que me
foi imposta. Ai de mim, se eu não evangelizar”(1 Cor 9,16).
A Campanha Missionária deste ano nos alerta para um ato evangelizador que frisa
a busca de cuidados para com todos os povos que sofrem. Pois o horizonte das
missões consiste no mundo como um todo. A isto, ofertamos nossos sinceros
agradecimentos por todos aqueles que desempenham seu trabalho missionário na
8
7. sua comunidade em prol a uma vida religiosa centralizada na fé e na vivencia
fraterna. Um grande abraço.
Rose Aleixo dos Santos
Secretária Paroquial e coordenadora geral das missões na cidade de Grandes
Rios/PR.
MÊS MISSIONÁRIO: Depoimento de um pároco onde houve missão
redentorista:
Entrevistado: Pe. Valdenir Prandi.
Paróquia: São Judas Tadeu.
Cidade: Grandes Rios/PR
“A espiritualidade Redentorista deixa a sua marca”
1. Qual a avaliação que o senhor faz da missão em sua
paróquia? Foi positivo?
A missão redentorista foi muito positiva, pois dentro de
minhas expectativas correu bem. Meu desejo era mexer com
toda a comunidade, pois há muitos anos vinha estacionada
no mesmo ritmo e comodismo. Com as missões foi possível termos uma visão mais
ampla da paróquia para que possamos tomar as devidas providencias e melhor atender
o povo.
2. Quais os frutos que a missão deixou em sua paróquia?
As missões vieram para enriquecer e reavivar os grupos de vivencia, pois é uma das
prioridades de nossa Diocese de Apucarana, onde as famílias se encontram para rezar,
escutar a palavra de Deus e partilharem a vida criando comunhão. Também veio a
fortalecer e dar animo na Pastoral do dízimo a qual teve uma animação e orientação
com o Fr. Sidney Drozino pároco da cidade de Astorga. Tendo a continuidade com os
missionários redentoristas, onde surgiram várias e novas lideranças nesta pastoral nas
respectivas diaconias.
3. Quais os principais aspectos positivos que o senhor destaca da missão?
A animação, a formação com as lideranças, a espiritualidade redentorista que deixa a
sua marca. As grandes celebrações e a ajuda na organização dos pequenos grupos de
famílias.
4. Uma mensagem para o mês missionário
Jesus nos convida a evangelizar para conquistarmos irmãos para o seu Reino. Neste
mês missionário peçamos a ele que nos ilumine e guie com a sabedoria do Evangelho
para sermos “Homens de Deus”, e com o nosso testemunho possamos dizer a
9
8. sociedade e ao mundo como vale a pena sermos cristãos. “Homens de Deus” que
vivem a paz, a prática da justiça, o amor a Deus e aos irmãos, a perseverança, a doçura
a mansidão. Como nos fala Jesus no Evangelho de João 15,9 “Assim como o Pai me
amou também eu vos amei. Permanecei em meu amor”. Essa permanência é nosso
grande desafio e São Francisco de Sales nos fala que devemos “florescer lá onde
fomos semeados”, e exigem de nós muita paciência e abnegação para que por onde
andarmos devemos florescer e semearmos a semente da Palavra de Deus. Que Deus
abençoe a todos! Fraternalmente,
Pe. Valdenir Prandi
Pároco em Grandes Rios/PR
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9. MISSÕES REDENTORISTAS
No Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Primeira Fase
1. Aplauso aos coordenadores dos setores e seus voluntários
que assumiram essa missão e não mediram esforços para as
visitas. Dias de frio intenso, chuva, noite, sábado, domingo,
feriado e eles estavam lá, fiéis ao chamado e enfrentando as
dificuldades para esse grande desafio.
2. Um agradecimento especial aos Missionários
Redentoristas, que têm acompanhado de perto todas as ações e,
além das celebrações nas residências, têm participado de várias
visitas e, sem demora, atendendo todos os nossos pedidos a
qualquer hora do dia.
3. A violência urbana, hoje, deu espaço à insegurança por isso as pessoas não
abrem suas portas e não acreditam naquele que bate a sua porta, mesmo em nome do
Senhor. Moradores resistentes, sem vontade e sem tempo para ouvir.
4. Por outro lado, muitos que aceitaram abrir e receber em suas casas,
especialmente as pessoas idosas e sozinhas, se encantaram e se emocionaram com a
visita e as orações. Muitos testemunhos de fé como aprendizado.
5. A maioria das pessoas trabalha fora, retornando somente à noite. Mas, os
visitadores tiveram persistência e conseguiram várias visitas nesses horários.
6. As pessoas dos edifícios dificultaram a entrada e as visitas, mesmo por meio do
síndico que, em alguns casos, nem quis ler a carta de apresentação do Santuário. Mas,
alguns foram tão amáveis que valeu a pena alguns dias de espera.
7. Os coordenadores gerais, na medida do possível, estiveram juntos para o
mapeamento das ruas, visitas e mutirões, dando uma força e auxiliando na
organização.
8. Não foi fácil também montar as equipes de trabalho: alguns coordenadores
desistiram em função da falta de tempo, mas outros assumiram com mérito, mesmo
encontrando dificuldades.
9. No entanto, a maior dificuldade ainda está na formação dos grupos. Parece que
as pessoas não estão preparadas para essa ação – ou não querem se preparar!
10. Hoje, iniciando a segunda fase, entendemos essa missão como um verdadeiro
chamado, “somos o rebanho que o Senhor conduz” (Salmo 95)
11. Temos a certeza de que todos estão se empenhando muito, embora cada setor
tenha suas dificuldades, de acordo com o perfil do local e até mesmo das pessoas que
fazem as visitas.
12. Por isso, pedimos hoje a vocês, Comunidade, o seu carinho, a sua bondade e
compreensão para dar uma grande força nessa caminhada missionária e acreditar que o
amanhã será melhor porque você também fez a sua parte.
Em nome dos Missionários Redentoristas, o nosso muito obrigado!...
Márcia Kaseker (da Coordenação Geral das missões)
11
10. ENCONTRO DA URB
União dos Redentoristas do Brasil
Motivados pela partilha e solidariedade, os nove (Vice) Provinciais da União
Redentorista do Brasil – URB - estiveram reunidos em Trindade (GO), durante os dias
14 e 15 de setembro para avaliações e encaminhamentos acerca da caminhada
Redentorista no país. Além de reuniões, os confrades também participaram de
momentos celebrativos e visitaram o Santuário Divino Pai Eterno.
Estiveram
presentes os
confrades:
Antônio (Bahia),
Euclides (Porto
Alegre), Soares
(Manaus),
Vicente (Rio),
Bernardo
(Fortaleza),
Geraldo (Recife),
Joaquim Parron
(Campo Grande),
Fábio (Goiás) e
Luis Rodrigues
(São Paulo).
Percebe-se uma busca de integração cada vez maior entre as diversas
unidades, na perspectiva da reestruturação. São vários projetos em comum entre as
unidades no Brasil, as quais destacamos alguns: - encontros e escola de formadores, -
missão interprovincial em Itabuna, -encontros de espiritualidade redentorista
promovidos pelo SIER (Secretariado Interprovincial de Espiritualidade Redentorista),
- encontro dos junioristas, -curso de votos perpétuos e outros importantes passos na
linha da solidariedade entre as unidades.
Pe. Joaquim Parron C.Ss.R.
Superior Provincial
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11. REDENTORISTAS DE NEWARK EM ENCONTRO
NACIONAL NOS EUA
10º Encontro da Pastoral Brasileira no Exterior
Os confrades de Newark-NJ (*Clemente Krug, Celso Júnior e Karl Esker)
participaram na cidade norte-americana de Atlanta, do 10º Encontro da Pastoral
Brasileira no Exterior, órgão ligado a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) que cuida dos interesses e formação de agentes pastorais para o trabalho junto
aos imigrantes no exterior.
Os encontros da Pastoral se
realizam a cada dois anos, e tem
como objetivo avaliar, apontar
metas, dividir e comungar
experiências, conhecer os
desafios e dificuldades desses
imigrantes, e receber as
orientações da Igreja para a vida
das comunidades católicas
formada pelos brasileiros
residentes no exterior.
A cidade de Atlanta, no estado da Georgia, foi escolhida para sediar esta
edição do encontro que conta com a participação dos padres brasileiros que atuam nos
Estados Unidos, leigos representantes das dioceses, além dos bispos: dom Edgar
Cunha, representante das Comunidades Brasileiras junto a Confederação dos Bispos
Norte-Americanos e dom Alessandro Ruffinoni, bispo coadjutor de Caxias do Sul (RS)
e atual coordenador da Pastoral Brasileira no Exterior.
No último encontro ocorrido em Boston (EUA), no ano de 2008, o padre
Allan Deck, representante da Conferência dos Bispos Americanos explicou
especificamente o trabalho dos bispos junto às classes emigratórias. Observou que é de
suma importância que lideranças locais criem subsídios e espaços para formar o povo
(no caso os brasileiros) e que se promova uma integração junto à igreja local sem
perder as raízes culturais e os costumes do país de origem e usar isso na evangelização
do povo.
O tema do 10º Encontro da Pastoral Brasileira no Exterior é "Integrar para
Evangelizar" e baseando-se no Documento de Aparecida, os agentes pastorais
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12. buscarão alternativas e propósitos que tratam da importância da integração do
imigrante na comunidade local.
*Padre Geraldo Oberle não pode participar do encontro, pois ficou cuidando da
Paróquia St. James.
(fontes: Pe. Clemente Krug e site da CNBB)
14
13. BIOÉTICA
VI Encontro Luso-Brasileiro de Bioética
Foi uma experiência pertinente e de muito
aprendizado a participação no VI Encontro Luso-
Brasileiro de Bioética realizado em Salvador-BA nos dia
15 a 17 de setembro de 2010 que teve como tema: A
Bioética no Encontro de Povos e Tempos. Estes
Encontros surgiram há 12 anos e vem se firmando como
um dos principais espaços de construção de uma Bioética
que respeite as peculiaridades dos contextos
socioculturais dos países de língua portuguesa. Além de
Brasil e Portugal participaram alguns países da África.
O Encontro reuniu alguns dos principais nomes
da Bioética dos diversos países envolvidos e forneceu um panorama do
desenvolvimento da Bioética além de apresentar desafios comuns e propostas de
cooperação internacional no campo da bioética.
As Conferências, mesas e debates abordaram alguns dos principais conflitos
éticos envolvendo meio ambiente, saúde pública, pesquisa com seres humanos e
relações interpessoais nas práticas de saúde.Tratou-se de modo especial do tema
envolvendo as implicações ético-legais da relação entre Autonomia e Vulnerabilidade,
Panorama da AIDS na África Lusófona, Bioética e Saúde Pública.
No último dia nosso confrade redentorista Marcio Fabri dos Anjos fez sua
conferência sobre “A Teologia da Libertação como Ética da Vida”; Cristian
Berchifontaine tratou sobre “O ensino da Bioética nas áreas de saúde: disciplina para
constar ou novo saber para transformar?” e José Roque Jungues falou sobre Bioética e
Ambiente a partir de uma experiência no Rio Grande do Sul, entre tantos outros temas
abordados.
Pude também conviver um pouco com os Redentoristas da Bahia, Pe Marcos
Piatek e Pedro Gruzdz no Centro Missionário Redentorista no bairro Barris em
Salvador onde fiquei hospedado.
Ir. Jorge Tarachuque,C.Ss.R
15
14. ENTREVISTA COM PADRE OBERLE C.Ss.R.
Padre Geraldo Oberle, C.Ss.R., nasceu em 12 de
março de 1929, em Baltimore, USA, professou em 02 de
agosto de 1950 e foi ordenado presbítero em 19 de junho
de 1955. O nosso confrade Geraldo marcou
profundamente várias gerações de brasileiros com seu
jeito encantador. Atuou nas missões populares, paróquias
e tantas outras atividades pastorais na Província de
Campo Grande. Atualmente Geraldo é membro da
Comunidade Redentorista de St. James, em Newark, parte
da Província de Campo Grande. Vamos conhecer um
pouco mais o nosso confrade Oberle!
Contact: Como surgiu a tua vocação para a Vida Redentorista?
Geraldo: Eu sempre quis ser padre, provavelmente porque fui educado numa escola
paroquial Católica. com oito anos de curso de religião, e conheci muitos padres da
paróquia. Meu pai tinha um super respeito para os padres, e ele pertencia a muitos
movimentos da paróquia. Acontece que esta paróquia nossa foi atendida pelos Padres
Redentoristas. Eu nunca tinha visto um padre que não era Redentorista. E por fim,
tinha um irmão que era Padre Redentorista, e ele era o meu herói.
Contact: Qual foi o teu primeiro apostolado no Brasil? Quais foram as realidades
que mais marcaram você?
Geraldo: No começo eu era padre na Paróquia de Aquidauana por um ano, e em
Tibagi por 10 anos. São lugares que mais marcaram (trabalhei mais tarde novamente
em Aquidauana) e que eu gostava, porque gostava muito de trabalhar no interior com o
povo simples, ignorante a respeito da sua religião. A realidade que mais me marcou
era a necessidade de Evangelizar mais este bom povo. Eu era feliz em todos os meus
trabalhos, incluíndo trabalho no seminário, e nas cidades maiores, mas ainda tenho
certeza que gostava mais do trabalho no interior.
Contact: Como você se sente agora trabalhando com os Brasileiros em terra
estrangeira em Newark?
Geraldo: Depois de passar 49 anos no Brasil, acho um verdadeiro prazer continuar
trabalhando para Brasileiros aqui. Nunca trabalhei numa Igreja Americana. A
"cultura eclesiástica" é diferente aqui, e sou feliz como estrangeiro "no meu próprio
país". Eu me sinto como se estivesse no Brasil ainda. Na rua a gente nunca ouve
16
15. inglês onde estamos, e eu continuo bebendo café caboclo. Os Brasileiros da nossa
paróquia são muito alegres, muito amigáveis. Estou gostando daqui. O que me fez
feliz em qualquer lugar, em qualquer trabalho, era uma vida espiritual, vida de oração.
Acho que deve ser difícil para os jovens de hoje realmente criar uma profunda vida
espiritual por causa do secularismo, da propaganda que coloca como ideal a felicidade
no consumerimo, no prazer. Que os jovens descubram a sua serenidade na oração, e
bastante contentamento na vida comunitária redentorista.
ENTREVISTA COM JOSÉ TOBIN, C.Ss.R.
Padre José Tobin C.Ss.R., superior
geral emérito, terá a sua ordenação ao
espiscopado neste próximo 09 de outubro, às
16h, na Basílica São Pedro, Roma. Tobin é
membro da Província de Denver, USA, e
esteve como superior geral da C.Ss.R. de 1997
a 2009. Tobin assumirá a secretaria da
Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica. Esta secretaria é responsável por aproximadamente 190 mil religiosos
(irmãos e padres de congregações) e 750 mil religiosas no mundo inteiro.
Eis a entrevista concedida a National Catholic Report (NCR), semanário católico
norte-ameicano, que foi traduzida ao português.
NCR: Além de informações biográficas básicas, o que as pessoas devem saber
sobre o senhor?
Tobin: Eu acho que é importante o fato de que eu sempre trabalhei fora da cultura do
lugar em que nasci. Desde a minha formação inicial, nunca vivi em um ambiente
essencialmente irlandês-americano. Eu trabalhei no ministério latino-americano por 13
anos e depois mudei-me para uma situação multicultural com sede em Roma, que
incluía viagens por todo o mundo. Você nunca deixa para trás o que era inicialmente, é
claro, mas as experiências da minha vida me ajudaram a ver a incrível riqueza e a
catolicidade da Igreja. Essa é uma parte importante de quem eu sou.
NCR: Por que o senhor decidiu entrar para os redentoristas?
Tobin: Morávamos a uma quadra de uma paróquia redentorista, no lado sudoeste de
Detroit. Eles visitavam a nossa casa, estavam nas ruas e jogavam bola conosco. Eles
sempre pareceram querer trabalhar do outro lado dos trilhos, e eu achei isso muito
atraente. Eles me ofereceram um ideal, e é claro que as amizades escolares foram
muito importantes.
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16. NCR: Quando o senhor chegou a Roma pela primeira vez?
Tobin: Foi em 1991, quando fui eleito consultor geral. Para dizer a verdade, eu não
estava muito feliz com isso. Eu estava trabalhando em Chicago nessa época, em uma
paróquia latino-americana, e eu adorava isso. Dentre outras coisas, eu estava jogando
hóquei à noite em uma pista local, e ir a Roma significava ter que desistir disso.
NCR: Quando o senhor começou a ouvir sobre a sua nomeação como Secretário
da Congregação para os Religiosos?
Tobin: Eu fiquei sabendo disso há algumas semanas. Houve todo o tipo de boatos, mas
você sabe tão bem quanto eu que, em Roma, os boatos voam como folhas ao vento! Eu
tinha basicamente descartado essa história, porque não tinha ouvido ninguém "oficial"
falar sobre isso. De qualquer forma, eu estava muito feliz em meu ano sabático na
Universidade de Oxford.
Então, há duas semanas, eu estava na casa da minha mãe, em Ontário, quando o
telefone tocou. A voz do outro lado disse que era o cardeal Bertone, e o meu primeiro
pensamento foi de que era um trote... Eu pensei que talvez fosse um dos redentoristas
brincando. Porém, logo percebi que era realmente Bertone, e ele disse que o Santo
Padre desejava que eu fizesse isso. Minha primeira reação foi de lhe dizer que, sem
pensar muito, eu poderia lhe dar os nomes de cinco pessoas muito mais qualificadas
para fazer esse trabalho do que eu. Eu estava falando completamente a sério. Mas o
cardeal Bertone disse que não, isso é o que o Santo Padre quer. Ele disse que eu
poderia passar de uma semana a dez dias para pensar sobre isso. Então, eu falei com os
meus superiores, meus amigos mais próximos da vida religiosa e com o meu diretor
espiritual. Para ser honesto, no começo foi difícil levar isso a sério, perceber o que
realmente estava acontecendo.
NCR: O senhor conhecia Bertone de antes?
Tobin: Eu me encontrei com ele algumas vezes, quando ele era o número dois da
Congregação para a Doutrina da Fé, e geralmente na companhia do cardeal prefeito
[na época, o cardeal Joseph Ratzinger, agora Papa Bento XVI]. Normalmente, não
eram momentos felizes, porque isso significava que alguns redentoristas estavam na
tela do radar da Congregação! Fora isso, eu não tive nenhum contato com Bertone,
exceto um breve "olá" em um Sínodo dos Bispos, ou algo parecido.
NCR: Tem alguma ideia de por que o senhor foi escolhido?
Tobin: Eu fiz essa pergunta ao Cardeal Bertone, em termos daquilo que eles
esperavam de mim. Eu acho que uma grande parte disso é porque eu tenho experiência
pessoal em uma forma de vida consagrada, assim como experiência ao longo dos anos
de ouvir pessoas que representam muitas outras variedades da vida consagrada. Tive
18
17. contatos bastante amplos tanto com ordens femininas quanto masculinas. Eu também
sei alguma coisa sobre como as mulheres e os homens consagrados se depararam com
esse Dicastério, porque eu atuei naquilo que se chamava, um pouco funestamente, de
"Conselho dos 16", que inclui oito superiores gerais masculinos e oito superioras
femininas que se encontram com a Congregação.
Eu também fico imaginando se o fato de eu ser norte-americano tem algo a ver com
isso. Há um grande mal-entendido entre os religiosos norte-americanos com relação às
decisões da Santa Sé, e em particular com a visitação das religiosas. Sinto que posso
trazer algo para isso, porque trabalhei toda a minha vida com religiosas. Elas me
ensinaram quando eu era criança, e a família da minha mãe era muito próxima às irmãs
do Imaculado Coração de Maria. Eu tenho pregado retiros para religiosas e ouvi
muitas coisas delas ao longo dos anos. Talvez eu possa oferecer uma imagem diferente
das religiosas norte-americanas daquela que foi apresentada em Roma. Minha
impressão pessoal é extremamente positiva.
Além disso, eu gosto de estar com uma grande variedade de pessoas, conversar com
pessoas que representam outras formas de pensar e outras mentalidades culturais.
Espero que isso também tenha utilidade para mim nessa nomeação.
NCR: Ao longo dos anos, houve tensões entre o Vaticano e algumas das ordens
tradicionais e grupos da vida religiosa, como a União dos Superiores Gerais. O
senhor é um veterano da USG. Por isso, a sua indicação é um sinal de melhoria
nessa relação?
Tobin: Espero que sim e acho que estou inclinado a ler isso dessa forma. Durante
décadas, houve uma espécie de uma ruptura misteriosa entre o União dos Superiores
Gerais e o Vaticano... "Misteriosa" no sentido de que ninguém podia explicar bem o
que causou isso. A USG tentou, sem sucesso, durante anos, conseguir uma audiência
com o Santo Padre, com João Paulo II. Para seu crédito, quando Bento XVI foi eleito,
ele se reuniu tanto com as religiosas quanto com os religiosos. Isso mostrou certa
abertura ao diálogo. Acho que se poderia dizer que a minha nomeação se move na
mesma direção... Pelo menos, é uma boa explicação! Eu tenho estado fortemente
envolvido com vários projetos da USG, incluindo um congresso internacional sobre a
vida religiosa em 2004, que foi mais ou menos boicotado pelo Vaticano. Talvez essa
nomeação represente uma espécie de reabilitação.
NCR: O senhor mencionou a visitação às religiosas nos Estados Unidos. Muitas
pessoas irão olhar para a sua nomeação e perguntar se ela tem algum significado
para esse processo. Acha que tem?
Tobin: Acho que sim. Talvez, ela sugira alguma consciência de como essa coisa tem
ido mal. Nesta semana, eu vou participar da reunião da Conferência dos Superiores
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18. Maiores [Conference of Major Superiors of Men], em Long Beach, Califórnia, e
algumas das autoridades da Conferência das Lideranças das Religiosas [Leadership
Conference of Women Religious] vão estar lá. Minha intenção é de me reunir com eles
para falar sobre como podemos tirar vida disso. Eu quero ter uma discussão franca
para me ajudar a formar meu pensamento todas as propostas que eu possa levar para a
Congregação.
NCR: Outro projeto de alto nível em que a Congregação esteve envolvida é a
visitação aos Legionários, que levou à nomeação de um visitador apostólico. O
senhor espera desempenhar um papel nisso?
Tobin: O visitador tem um belo conjunto completo de faculdades para lidar com a
situação, mas imagino que em algum momento ele vai fazer recomendações para a
Congregação. Tenho certeza que o dicastério vai querer se manter informado.
Como você sabe, um castelo de cartas foi construído na mídia e em outros lugares para
retratar Bento XVI como alguém sem sentimentos ou suave demais com relação aos
abusos sexuais por parte do clero, mas a mídia também deve reconhecer que uma das
primeiras coisas que ele fez como Papa foi lidar com Maciel. Essa ação diz tudo,
porque eu estive em Roma e vi a incrível influência que Maciel tinha. O fato de que
Bento XVI tenha feito isso, e rapidamente, foi um sinal claro de que o Papa está
levando a sério a correção disso.
Teológica e espiritualmente, eu acho que os Legionários enfrentam desafios enormes,
dado que a vida religiosa tende a enfatizar muito a pessoa e a inspiração do fundador.
NCR: O senhor sabe de qualquer outro precedente desse tipo de revelações sobre
um fundador?
Tobin: Não, não conheço nenhuma outra experiência como essa. Teológica e até
afetivamente, é um golpe enorme, dado o respeito que as pessoas das comunidades
religiosas têm pelo seu fundador. Nos redentoristas, muitas vezes falamos sobre Santo
Afonso de Ligório como "Nosso Santo Padre", e eu sei que os dominicanos falam da
mesma forma sobre Domingos, ou os lassalistas sobre João Batista de La Salle.
Honestamente, não sei o que fazer com relação a isso. Eu sei que há apoio para os
Legionários em Roma, por isso será interessante ver como isso é feito. Certamente,
não sinto qualquer "schadenfreude" [prazer pelo sofrimento alheio] por aquilo que está
acontecendo... Eu sei que é terrivelmente doloroso.
(fonte: www.ncr.com)
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19. SHOW DA JUVENTUDE: O DOM DA VIDA
O Missionário Pe.
Sérgio, CSsR esteve em
Campo Grande – MS no dia
18 de setembro de 2010
visitando e convidando D.
Eduardo Pinheiro – bispo
responsável pelo setor
juventude da CNBB para
participar do show da
juventude como realização
da terceira fase das santas
missões populares. A visita
foi marcada por um clima de
entusiasmo, alegria,
esperança e partilha. O
Pastor da juventude, D. Eduardo confirmou a presença no evento.
Motivado pelo espírito genuíno missionário de Santo Afonso, Pe. Sérgio
continuou percorrendo a Arquidiocese nas suas visitas missionárias. O Coordenador
do SAV Pe. Rosinei acolheu o projeto com alegria. Aproveitando a ocasião, o
missionário visitou o seminário propedêutico juntamente com um grupo de jovens,
onde os seminaristas acolheram com alegria a visita.
Prosseguindo a jornada missionária, Pe. Sérgio visitou a comunidade de vida
dos irmãos de Assis. A comunidade se motivou a participar do evento. Num espírito de
evangelização e comunhão o ministério da comunidade acolheu o projeto assumindo a
animação final do show. O missionário contou ainda com o apoio do educador João
Paulo e outros jovens que desenvolvem um projeto educacional de conscientização nas
Escolas.
Acreditando no Dom da Vida a ser doado, as novas gerações, entusiasmadas e
animadas pela ação de um espírito missionário criativo irão apresentar, celebrar, e
comunicar uma mensagem de esperança, fé, paz, amor, alegria, vida, justiça, saúde e
dignidade humana.
Para a animação do show da juventude. O evento contará com a participação
da Banda Estação XV; DJ Junior; encenações teatrais; e entre outras atrações.
Também teremos tendas temáticas, onde ONGs e Instituições educacionais, religiosas,
e sociais, irão expor um trabalho de conscientização voltado para o público jovem.
O evento está sendo organizado pelos missionários redentoristas, e a Pastoral
da Juventude da Paróquia São Leopoldo Mandic. Venha participar do Show da
Juventude no Clube Estoril, dia 09 de outubro de 2010 das 14h às 18h. Vamos celebrar
o Dom da Vida. Temos mil razões para viver.
Pe. Sérgio de Lima, CSsR
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20. ASSEMBLEIA PROVINCIAL 2010
Eletiva, celebrativa e reflexiva
Objetivo: Eleger a coordenação da província, celebrar a
Vida Missionária e refletir temas pertinentes à vida
apostólica Redentorista.
Acolhida: dia 18 de outubro (segunda-feira) com o jantar às 19h.
Dia 19 de outubro (terça-feira): 8h30 oração inicial.
Dia 21 de outubro (quinta-feira) 12h almoço de encerramento.
Local: Chácara da Copiosa Redenção – Uvaia- Ponta Grossa-PR.
A Assembleia 2010
não será apenas
eletiva, mas também
será um momento
forte de encontro, de
reflexão e de
celebração.
Temos muito a refletir,
aprofundar e celebrar
como Redentoristas
nesta caminhada
missionária.
Somos chamados a anunciar o Evangelho de modo sempre novo!
Pe. Joaquim Parron C.Ss.R.
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21. DATAS IMPORTANTES
Mês de Outubro
05 – Beato Francisco Xavier Seelos, CSsR
07 – Aniversário: Sérgio Campos
12 – Nossa Senhora Aparecida
12 – Elevação à Província de Campo Grande (1989)
15 – Aniversário: Donizete
16 – São Geraldo Majella
17 – Aniversário: Odair Costa
19, 20 e 21 – Assembleia Provincial
21 – Aniversário: Patrício
23 – Aniversário: Edilei
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