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Aula 1
    TECTÔNICA DE PLACAS E
     MEGA-ESTRUTURAS DA
           CROSTA

Aula baseada no livro
Understanding Earth (3a edição)
Autores: Peter Copeland e William Dupré
(Universidade de Houston)
ESTUDO DAS PAISAGENS -
GEOMORFOLOGIA
 Estudo sistemático das formas de relevo,
 baseando-se nas características que lhes
 determinaram a gênese e a evolução.


 Usa como premissas a natureza das rochas, suas
 estruturas (intrínsecas ou extrínsecas), o clima
 e as diferentes forças endógenas (tectônicas) e
 exógenas, que entram como fatores construtores
 e destruidores do relevo terrestre.
Paisagens, morfoestrutura e
morfotectônica
Um método: refletir sobre aquilo que vemos para “enxergar”
  aquilo que não vemos.
  Paisagem (landscape): tudo que se relaciona às
  características superficiais de um terreno. É localizada na
  interfácie da litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera;

  Morfoestrutura: consiste nas feições geomorfológicas
  correlacionadas exclusivamente às estruturas geológicas
  morfotectônica

  Morfotectônica: “geomorfologia + tectônica”. São processos
  que agem de forma a criarem estruturas morfológicas
  (morfoestruturas) em nível macrogeomorfológico.
Estudos de macrogeomorfologia /
morfotectônica


  A maior parte das estruturas morfológicas
  espetaculares da crosta terrestre, são
  conseqüência dos eventos tectônicos em
  bordas de placas (destruição ou criação de
  placa).
PLACAS TECTÔNICAS

Conceito fundamental nas Geociências
Integrada a partir de vários ramos das
geociências
Inicialmente sugerida a partir da geologia e
paleontologia
Completada a partir de muitas outras evidências
(principalmente as geológicas)
Mosaico das Placas Tectônicas




Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC      Fig. 20.3
Características gerais das Placas

Grupo de rochas de diferentes origens
movimentando-se na mesma direção.
Pode ser uma crosta oceânica e continental ou
apenas de um tipo.
A crosta oceânica é formada por assembléia de
rochas derivadas de lavas basálticas (máficas e/ou
ultramáficas).
A crosta continental é formada por assembléia de
rochas ígneas e/ou metamórficas de composição
graníticas e granitóides.
Idade da Crosta Continental

                                Fig.21.2




Áreas azuis marcam a crosta
   continental submersa
Ciclo de Wilson
  Placas Tectônicas aparecem e desaparecem em um
  ciclo (como num ciclo de vida de uma pessoa).
  Há seis estágios, que podem se repetir ou serem
  abortadas em uma fase qualquer:
1) Estágio embrionário: inicia o rifteamento com uma
                     rio
  junção tríplice (a partir de um hot-spot) (Ex. Leste
  africano)
2) Estágio juvenil: inicia a abertura de um novo
           juvenil
  oceano, com derramamento de lavas básicas tipo
  MORB (ou mantélicas) (Ex. Mar Vermelho)
3) Estágio de maturidade: ocorre o alargamento da
              maturidade
  placa oceânica com afinamento da crosta oceânica
  (Ex. Oceano Atlântico)
4) Estágio de senilidade: o alargamento do oceano é
  máximo e já começa a subducção (do tipo B - zona
  de Benioff) e a destruição de placa oceânica (Ex.
  Oceano Pacífico)

5) Estágio terminal: há aproximação de duas massas
  continentais (em regiões opostas de uma placa
  oceânica. A crosta oceânica está em processo de
  subducção total e o edifício orogenético começa a
  ficar mais alto e mais largo (Ex. Mar Mediterrâneo)

6) Estágio de geosutura: a crosta oceânica desaparece
  e as massas continentais colidem. O edifício
  orogenético se amplia e chega em sua largura
  máxima. O movimento é travado e há acresção
  continental, com agregação de faixas de terrenos
  exóticos ao terreno original (Ex. Cadeia Himalaiana /
  Índia). Há espessamento da crosta.
Rochas vulcânicas e sedimentos não-
 marinhos são depositados em rift-valleys




Resfriamento e subsidência de margem
rifteada permitem depósitos sedimentares
Desenvolvem-se plataformas carbonáticas
(ou rochas carbonatadas)




   Margem continental continua a crescer
   suprida pela erosão do continente
                                           Fig. 20.17c
Regiões de uma
                         Borda Convergente
                         do tipo Oceano -
                         Oceano




     Regiões de uma
     Borda Convergente
     do tipo Oceano-
     Continente

Fig. 20.18
Continuidade
                      da Subducção




Fig. 20.20a




Colisão Continente–
Continente
Aproximação de
um Arco ou
Microcontinente




 Colisão




 Acresção de uma
 Microplaca (e/ou
 Terreno exótico)
Mecanismo (motor) de movimento
das Placas Tectônicas

Convecção do manto .
Fricção na base da
litosfera transfere
energia da astenosfera
à litosfera.
Células de convecção
podem girar na
astenosfera entre 4 e
6 vezes.
Empuxo da trincheira
Empurrão da cadeia
Tipos de bordas de Placas


Divergentes (ou de criação): cadeias meso-oceânicas
Convergentes: (ou de destruição) zonas de colisão; zonas
de arcos vulcânicos
Transformantes (ou conservativas): Falha de Santo André


Nova crosta é criada nas cadeias coceânica e crostas antigas
são destruídas (recicladas) nas zonas de subducção (i.e., a
Terra não está em expansão)
Densidades importantes:
    Crosta continental ≈ 2.8 g/cm3
    Crosta oceânica ≈ 3.2 g/cm3
    Astenosfera ≈ 3.3 g/cm3
Estruturas em bordas de placas


Para a boa caracterização morfoestrutural e
morfotectônica de uma região qualquer é de suma
importância o entendimento inicial das estruturas
geológicas.
As estruturas em geral controlam as feições
geomorfológicas, as quais posteriormente serão
submetidas a processos de “esculturação” pelos
fatores climáticos.
O-C            O-O          C-C        O-O
convergente     divergente   divergente divergente




                                O-O
      O-O                    divergente       O-C
  convergente                             convergente




                                            Fig. 20.8a,b
Estruturas em Borda de Placas Divergentes


Junção Tríplice
inicia dentro de
um continente,
gerando um rifte
(dois braços se
abrem ao mesmo
tempo enquanto
um terceiro é
abortado) que se
alarga até tornar-
se uma bacia
oceânica
Leste da África,
                                     Rifte de Rio
                                     Grande
                                   • Início da
                                      formação de um
                                      oceano (pode
                                      não ser
                                      completado)
                                   • Tipos de rochas:
                                     basaltos e
                                     sedimentos
                                     arenosos




Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC
Formação de um rifte no interior de um Continente
Delta do Nilo
                           Golfo de
                           ‘Aqaba


                Golfo de
                 Suez




Earth Satellite Corp.                 Fig. 20.5a
Cadeias Meso-
  Oceânicas
  Rifte-valey
  Central
  (amplitude é
  inversamente
  proporcional à
  taxa de
  abertura /
  alargamento)
  Sismos com
  focos rasos
  Quase
  exclusivamente
  basáltica
                   Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC
Rifteamento e crescimento do assoalho oceânico
Estruturas em Bordas de Placas Transformantes




   Grandes falhas que só atingem a crosta oceânica.
   Movimento do tipo strike-slip (direcional). Quando
   colam microplacas transformam-se em falhas
   transcorrentes.
   Sismos fracos e geralmente rasos.
   Há muito pouca ou nenhuma atividade
   magmática.
   São chamadas de bordas conservativas
Centros de crescimento são deslocados pela Borda
Transformante




                                         Fig. 20.7
Falha
                 transcorrente




Falha            Falha
Transformante    Transformante
/transcorrente   /transcorrente
do Jordão        de Santo
                 André
Estruturas em Borda de Placa Convergente




  Há pelo menos três tipos de bordas
  convergentes:
oceano–oceano                     Filipinas
oceano–continente                 Andes
continente–continente             Himalaia
Zona de Subducção Oceano - Oceano


Arcos de Ilhas:
• Cinturão Tectônico de intensos sismos.
• Alto fluxo de calor, arco com vulcões ativos
   (andesítico).
• Bordejado por uma trincheira submarina.
Zona de Subducção Oceano-Continente (Placa de
           Nazca – Placa Sulamericana)

Arcos Continentais:
  Vulcões ativos (andesito e riolito)
  Geralmente acompanhado por compressão da crosta superior
  Nos limites da convergência, a colisão é responsável pela
  subducção (± cavalgamento).
Formação de grandes edifícios orogenéticos (orógenos
 = montanhas): grandes expressões geomórficas em
 zonas de subducção.




  Orogenia: soma das forças tectônicas (i.e.,
  Orogenia
deformação, magmatismo, metamorfismo, erosão) que
produzem cadeias de montanhas.
Bordas Convergentes
Oceano–Continente (Placa Africana – Placa Euro-Asiana)




                                             Fig. 20.8c
Bordas Convergentes Continente–Continente


Nos limites Continente–continente a convergência is
acomodada por:
 • Dobras (encurtamento e espessamento da crosta)
• Falhas transcorrentes • Subducção intracontinental




                                              Fig. 20.d
Himalaia e o Platô do Tibet
Produto da colisão entre a India e a Ásia.
Colisão inicial começa a 45 Ma atrás, e continua
até o presente.
Antes da colisão, o sudeste da Ásia a região era
semelhante aos Andes de hoje.
Formação de grandes cavalgamentos e empurrões
Sistema Himalaiano: formação de falhas de cavalgamento
e transcorrentes
Falhas Inversas
ou de
Cavalgamento
Sistemas de dobras
    em orógenos
terrenos Alpinos




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  • 1. Aula 1 TECTÔNICA DE PLACAS E MEGA-ESTRUTURAS DA CROSTA Aula baseada no livro Understanding Earth (3a edição) Autores: Peter Copeland e William Dupré (Universidade de Houston)
  • 2. ESTUDO DAS PAISAGENS - GEOMORFOLOGIA Estudo sistemático das formas de relevo, baseando-se nas características que lhes determinaram a gênese e a evolução. Usa como premissas a natureza das rochas, suas estruturas (intrínsecas ou extrínsecas), o clima e as diferentes forças endógenas (tectônicas) e exógenas, que entram como fatores construtores e destruidores do relevo terrestre.
  • 3. Paisagens, morfoestrutura e morfotectônica Um método: refletir sobre aquilo que vemos para “enxergar” aquilo que não vemos. Paisagem (landscape): tudo que se relaciona às características superficiais de um terreno. É localizada na interfácie da litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera; Morfoestrutura: consiste nas feições geomorfológicas correlacionadas exclusivamente às estruturas geológicas morfotectônica Morfotectônica: “geomorfologia + tectônica”. São processos que agem de forma a criarem estruturas morfológicas (morfoestruturas) em nível macrogeomorfológico.
  • 4.
  • 5. Estudos de macrogeomorfologia / morfotectônica A maior parte das estruturas morfológicas espetaculares da crosta terrestre, são conseqüência dos eventos tectônicos em bordas de placas (destruição ou criação de placa).
  • 6. PLACAS TECTÔNICAS Conceito fundamental nas Geociências Integrada a partir de vários ramos das geociências Inicialmente sugerida a partir da geologia e paleontologia Completada a partir de muitas outras evidências (principalmente as geológicas)
  • 7. Mosaico das Placas Tectônicas Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC Fig. 20.3
  • 8. Características gerais das Placas Grupo de rochas de diferentes origens movimentando-se na mesma direção. Pode ser uma crosta oceânica e continental ou apenas de um tipo. A crosta oceânica é formada por assembléia de rochas derivadas de lavas basálticas (máficas e/ou ultramáficas). A crosta continental é formada por assembléia de rochas ígneas e/ou metamórficas de composição graníticas e granitóides.
  • 9. Idade da Crosta Continental Fig.21.2 Áreas azuis marcam a crosta continental submersa
  • 10. Ciclo de Wilson Placas Tectônicas aparecem e desaparecem em um ciclo (como num ciclo de vida de uma pessoa). Há seis estágios, que podem se repetir ou serem abortadas em uma fase qualquer: 1) Estágio embrionário: inicia o rifteamento com uma rio junção tríplice (a partir de um hot-spot) (Ex. Leste africano) 2) Estágio juvenil: inicia a abertura de um novo juvenil oceano, com derramamento de lavas básicas tipo MORB (ou mantélicas) (Ex. Mar Vermelho) 3) Estágio de maturidade: ocorre o alargamento da maturidade placa oceânica com afinamento da crosta oceânica (Ex. Oceano Atlântico)
  • 11. 4) Estágio de senilidade: o alargamento do oceano é máximo e já começa a subducção (do tipo B - zona de Benioff) e a destruição de placa oceânica (Ex. Oceano Pacífico) 5) Estágio terminal: há aproximação de duas massas continentais (em regiões opostas de uma placa oceânica. A crosta oceânica está em processo de subducção total e o edifício orogenético começa a ficar mais alto e mais largo (Ex. Mar Mediterrâneo) 6) Estágio de geosutura: a crosta oceânica desaparece e as massas continentais colidem. O edifício orogenético se amplia e chega em sua largura máxima. O movimento é travado e há acresção continental, com agregação de faixas de terrenos exóticos ao terreno original (Ex. Cadeia Himalaiana / Índia). Há espessamento da crosta.
  • 12. Rochas vulcânicas e sedimentos não- marinhos são depositados em rift-valleys Resfriamento e subsidência de margem rifteada permitem depósitos sedimentares
  • 13. Desenvolvem-se plataformas carbonáticas (ou rochas carbonatadas) Margem continental continua a crescer suprida pela erosão do continente Fig. 20.17c
  • 14. Regiões de uma Borda Convergente do tipo Oceano - Oceano Regiões de uma Borda Convergente do tipo Oceano- Continente Fig. 20.18
  • 15. Continuidade da Subducção Fig. 20.20a Colisão Continente– Continente
  • 16. Aproximação de um Arco ou Microcontinente Colisão Acresção de uma Microplaca (e/ou Terreno exótico)
  • 17. Mecanismo (motor) de movimento das Placas Tectônicas Convecção do manto . Fricção na base da litosfera transfere energia da astenosfera à litosfera. Células de convecção podem girar na astenosfera entre 4 e 6 vezes. Empuxo da trincheira Empurrão da cadeia
  • 18. Tipos de bordas de Placas Divergentes (ou de criação): cadeias meso-oceânicas Convergentes: (ou de destruição) zonas de colisão; zonas de arcos vulcânicos Transformantes (ou conservativas): Falha de Santo André Nova crosta é criada nas cadeias coceânica e crostas antigas são destruídas (recicladas) nas zonas de subducção (i.e., a Terra não está em expansão) Densidades importantes: Crosta continental ≈ 2.8 g/cm3 Crosta oceânica ≈ 3.2 g/cm3 Astenosfera ≈ 3.3 g/cm3
  • 19. Estruturas em bordas de placas Para a boa caracterização morfoestrutural e morfotectônica de uma região qualquer é de suma importância o entendimento inicial das estruturas geológicas. As estruturas em geral controlam as feições geomorfológicas, as quais posteriormente serão submetidas a processos de “esculturação” pelos fatores climáticos.
  • 20. O-C O-O C-C O-O convergente divergente divergente divergente O-O O-O divergente O-C convergente convergente Fig. 20.8a,b
  • 21. Estruturas em Borda de Placas Divergentes Junção Tríplice inicia dentro de um continente, gerando um rifte (dois braços se abrem ao mesmo tempo enquanto um terceiro é abortado) que se alarga até tornar- se uma bacia oceânica
  • 22. Leste da África, Rifte de Rio Grande • Início da formação de um oceano (pode não ser completado) • Tipos de rochas: basaltos e sedimentos arenosos Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC
  • 23. Formação de um rifte no interior de um Continente
  • 24. Delta do Nilo Golfo de ‘Aqaba Golfo de Suez Earth Satellite Corp. Fig. 20.5a
  • 25. Cadeias Meso- Oceânicas Rifte-valey Central (amplitude é inversamente proporcional à taxa de abertura / alargamento) Sismos com focos rasos Quase exclusivamente basáltica Peter W. Sloss, NOAA-NESDIS-NGDC
  • 26. Rifteamento e crescimento do assoalho oceânico
  • 27. Estruturas em Bordas de Placas Transformantes Grandes falhas que só atingem a crosta oceânica. Movimento do tipo strike-slip (direcional). Quando colam microplacas transformam-se em falhas transcorrentes. Sismos fracos e geralmente rasos. Há muito pouca ou nenhuma atividade magmática. São chamadas de bordas conservativas
  • 28. Centros de crescimento são deslocados pela Borda Transformante Fig. 20.7
  • 29. Falha transcorrente Falha Falha Transformante Transformante /transcorrente /transcorrente do Jordão de Santo André
  • 30. Estruturas em Borda de Placa Convergente Há pelo menos três tipos de bordas convergentes: oceano–oceano Filipinas oceano–continente Andes continente–continente Himalaia
  • 31. Zona de Subducção Oceano - Oceano Arcos de Ilhas: • Cinturão Tectônico de intensos sismos. • Alto fluxo de calor, arco com vulcões ativos (andesítico). • Bordejado por uma trincheira submarina.
  • 32. Zona de Subducção Oceano-Continente (Placa de Nazca – Placa Sulamericana) Arcos Continentais: Vulcões ativos (andesito e riolito) Geralmente acompanhado por compressão da crosta superior Nos limites da convergência, a colisão é responsável pela subducção (± cavalgamento).
  • 33. Formação de grandes edifícios orogenéticos (orógenos = montanhas): grandes expressões geomórficas em zonas de subducção. Orogenia: soma das forças tectônicas (i.e., Orogenia deformação, magmatismo, metamorfismo, erosão) que produzem cadeias de montanhas.
  • 34. Bordas Convergentes Oceano–Continente (Placa Africana – Placa Euro-Asiana) Fig. 20.8c
  • 35. Bordas Convergentes Continente–Continente Nos limites Continente–continente a convergência is acomodada por: • Dobras (encurtamento e espessamento da crosta) • Falhas transcorrentes • Subducção intracontinental Fig. 20.d
  • 36. Himalaia e o Platô do Tibet Produto da colisão entre a India e a Ásia. Colisão inicial começa a 45 Ma atrás, e continua até o presente. Antes da colisão, o sudeste da Ásia a região era semelhante aos Andes de hoje. Formação de grandes cavalgamentos e empurrões
  • 37. Sistema Himalaiano: formação de falhas de cavalgamento e transcorrentes
  • 39. Sistemas de dobras em orógenos terrenos Alpinos terrenos Apalachianos