2. Habitantes da Itália
Quando Roma foi fundada, a Itália era ocupada pelos
gauleses (norte), gregos (sul), etruscos (centro), sabinos
e latinos.
Diz à lenda que Roma foi fundada no ano 753 a.C. por
Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da
mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram
abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba,
que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os
recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo.
Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu
seu nome à cidade.
3. As camadas sociais de Roma
Patrícios - eram grandes proprietários de terras, rebanhos e
escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam
desempenhar altas funções públicas no exército, na religião,
na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos
(Latinos).
Clientes - eram homens livres que se associavam aos
patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca
de auxílio econômico e proteção social.
Plebeus - eram homens e mulheres livres que se dedicavam
ao comércio, ao artesanato e aos trabalhos agrícolas.
Escravos - eram considerados instrumentos de trabalho, sem
nenhum direito. Foram recrutados entre os derrotados em
guerras ou plebeus endividados (no período da Monarquia).
Representavam uma propriedade, e, assim, o senhor tinha o
direito de castigá-los, de vendê-los ou de alugar seus serviços.
Muitos escravos também eram eventualmente libertados.
4. Roma Monárquica
Durante esse período o rei acumulava as funções
executiva, judicial e religiosa, embora seus poderes
fossem limitados na área legislativa, já que o Senado,
ou Conselho de Anciãos, tinha o direito de veto e
sanção das leis apresentadas pelo rei.
Na fase final da monarquia, a partir do fim do século VII
a.C., Roma conheceu um período de domínio etrusco,
que coincidiu com o início de sua expansão comercial.
5. República Romana
(509 – 27 a.C.)
Senado – órgão mais importante e poderoso do período
republicano. Designava os cônsules para as províncias,
nomeava embaixadores, decidia pela guerra etc. No
início era composto exclusivamente por patrícios.
Plebeus constituíam a maior parcela da sociedade
romana, mas viviam em total marginalização política,
mesmo os que enriqueciam com o comércio. Por causa
desse quadro, eclodiram conflitos entre as camadas
sociais.Em 494 a.C., os plebeus se retiraram para o
monte sagrado, exigindo representação política.
Foi-lhes então concedido o direito de eleger 2 tribunos
(471 a.C. passaram a 10 tribunos) que podiam vetar os
atos injustos dos juízes e legisladores.
Lei das 12 Tábuas - primeira compilação escrita das leis
romanas.
6. Expansão Romana
Entre os séculos V e III a.C., Roma conquistou a
Itália por causa das necessidades de preservar
o abastecimento de produtos essenciais e de
pôr fim nas ameaças regionais.
Guerras Púnicas: Três guerras travadas
entre Roma e Cartago pela hegemonia do
comércio no Mediterrâneo, conflito que se
estende por mais de cem anos, de 264 a.C. a
146 a.C. As guerras terminam com a destruição
da cidade fenícia de Cartago e a venda dos
sobreviventes como escravos.
7. Consequências da Expansão
Romana
Grande fluxo de riqueza para Roma, proveniente
das conquistas.
Ruína do pequeno lavrador, impossibilitado de
concorrer com os latifúndios trabalhados por
escravos.
Aumento da escravidão.
Êxodo rural, gerando empobrecimento da plebe.
8. Império Romano
(27a.C. - 476)
Esta etapa foi marcada pelo reinado de Augusto
(Otávio). Ele se dedicou mais a fortalecer as fronteiras
do império do que fazer novas conquistas. O período de
estabilidade com as províncias dominadas ficou
conhecida como “pax romana”
Augusto embelezou a cidade de Roma com magníficas
construções e ainda criou a Guarda Pretoriana para
defender o Imperador.
Pão e Circo – grandes espetáculos de circo (luta de
gladiadores, luta contra animas selvagens e corrida de
cavalos) com distribuição de alimento (trigo e pão).
Esses espetáculos ajudavam para distrair o povo das
atitudes do governo.
Foi sobre o governo de Augusto que Jesus Cristo
nasceu, em Belém de Judá.
9. Decadência do Império Romano
Fragilidade econômica: falta de arrecadação de impostos, pois existia
uma grande massa de escravos e de plebeus em péssimas condições
econômicas. Isso gerou a falta de verba para o governo pagar parte do
exército e custear a vida dos plebeus que dependiam do Estado.
Desorganização política: entre 235 e 284 d.C., Roma teve 18
imperadores, o que tornou impossível a execução de qualquer projeto de
recuperação do Império.
Decadência dos valores romanos: o descrédito nos imperadores e a
grave crise econômica fizeram a grande massa da população pobre
romana procurar por ajuda nas religiões orientais, principalmente o
cristianismo.
Decadência das cidades e ruralização: as elites romanas,
preocupadas em se afastar da plebe, abandonaram as cidades e
refugiaram-se em suas terras.
Invasões: os germânicos, povos que viviam nas fronteiras do Império
Romano, passaram a ser pressionados pelos Hunos, que viviam na Ásia.
Para fugir dos ataques, foram obrigados a ultrapassar as fronteiras
romanas, que estavam desprotegidas. Tanto os hunos como os
germânicos eram chamados pelos romanos de “bárbaros”.