O documento descreve a história econômica do Piauí, dividida em quatro ciclos desde o século 17 até os dias atuais. Inicialmente baseada na pecuária extensiva e agricultura de subsistência, passou por períodos de decadência e expansão da exportação agrícola e extrativa. Atualmente a economia é baseada na indústria, agricultura e pecuária, com importante setor terciário de serviços e comércio. A economia do estado caracteriza-se pela importância das atividades primárias e ba
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Setor secundário e terciário PIAUÍ
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CAMPUS CLÓVIS MOURA –CCM
CURSO: GEOGRAFIA / BLOCO VIII
DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DO PIAUÍ
PROF RENE AQUINO
2. Contexto histórico
Primeira atividade econômica: criação de gado;
Primeiro centro comercial: foi hoje localizado na cidade
de Parnaíba com a venda de carnes secas;
3. A economia piauiense foi dividida em quatro
ciclos:
O primeiro sendo uma economia de subsistência por
volta de 1650, baseada na pecuária extensiva e na
cultura de alimentos;
O segundo ciclo é visto como um período de
decadência, em virtude da ruína do mercado bovino
devido à produção açucareira e a produção do ouro
em Minas Gerais;
4. O terceiro ciclo se caracteriza com a exportação de
produtos agrícolas e extrativos. O algodão constituía
nesse período o principal produto de saída para o
mercado internacional;
Com a decadência do algodão inicia-se a atividade
extrativista com produção da borracha, depois a
cera de carnaúba e o babaçu.
5. Nos dias atuais...
A economia do Estado se baseia na indústria (química,
têxtil, de bebidas), na agricultura (algodão, arroz, canade-açúcar, mandioca) e na pecuária.
6. A economia do Piauí caracteriza-se pela enorme
importância das atividades primárias. Possui menor
renda per capita, que é a mais baixa do país e,
conseqüentemente, uma das menores do mundo. A
taxa de aumento da renda neste setor foi inexistente.
Este fato implica condições econômicas desfavoráveis
para o estado. Este fator é um indicio de pobreza.
7. As atividades primárias proporcionam uma renda
média anual muito reduzida, absorvem uma
porcentagem de 86% da população ativa produzindo
apenas 38% da renda social. As atividades
secundárias o rendimento social médio é mais alto
que nos ramos primários. Atividades terciárias são
aproximadamente 10 vezes maior que a dos ramos
primários corresponde a 11% da população ativa.
8. O estado do Piauí apresenta uma grande variedade
de atividades: comércio, indústria, agricultura,
pecuária, turismo e extrativismo.
O setor de prestação de serviços e comércio
varejista possui grande importância para a
economia, atuando em diversos seguimentos, como
vestuário, financeiras, calçados, concessionárias de
veículos, escolas e muitos outros.
9. SETOR SECUNDÁRIO
Atua no sistema industrial, enquadrando a
produção de máquinas e equipamentos, produção
de bens de consumo, construção civil e geração de
energia.
As indústrias presentes no Estado atuam,
principalmente, na fabricação de produtos
químicos, tecidos e bebidas. Recentemente duas
empresas de grande expressão se instalaram na
região: a Bunge (transnacional) e a fábrica de
cimento Nassau.
10. SETOR TERCIÁRIO
Está diretamente ligado à prestação de serviços (nesses
estão professores, advogados e profissionais liberais
em geral) e comércio em geral.
O setor terciário está diretamente ligado ao comércio
varejista.
11. O turismo é uma importante fonte de receita para o
Estado, no entanto, essa atividade é desenvolvida
especialmente no litoral (norte). Contudo, existem
parques nacionais no sul que atraem muitos turistas.
12. Conforme o Programa de Regionalização do Turismo,
ao todo, são 123 municípios com potencial para o
turismo, que integram sete regiões, de Norte a Sul do
Estado: Costa do Delta; polo Aventura e Mistério; polo
Teresina; polo Histórico Cultural; polo das Origens;
polo das Nascentes; e região turística polo das Águas.
14. Histórico
As primeiras formas de indústria no Piauí surgiram
na segunda metade do século XVIII na Vila São João
da Parnaíba (Parnaíba) através da fabricação e
comercialização do charque;
Na década de 60 desaca-se a Agroindústria através
da GECOSA- Gervásio Costa S/A (União) como
beneficiamento de arroz, milho, babaçu (óleo )
Em Teresina a Usina Livramento lança o Óleo de
coco Dureino e de Soja Forno e Fogão.
15. Paralelo a criação de indústrias crescia o problema da
produção de Energia, e em1966 foram instaladas duas
usinas a diesel.
Na década de 70: Barragem de Boa Esperança.
Surgem ainda as indústrias de Construção Civil,
Cerâmica, Coca-Cola, Mapil, Guadalajara e Socimol.
Os setores de maior significação foram as indústrias
químicas e farmacêuticas situadas em Parnaíba, as
indústrias têxteis em Floriano e a alimentícia em
Teresina.
CODIPI e COMDEPI.
16. É Valido ressaltar a tentativa de instalar uma indústria
de laticínios no final do século XIX , no entanto a
mesma não obteve êxito prosperando por pouco
tempo restando atualmente as ruínas do edifício.
17. O primeiro grande empreendimento industrial ocorreu em
1893 em Teresina com a implantação da Indústria de Fiação
e Tecelagem; (Fábrica de fiação e tecidos piauienses).
A fábrica sobreviveu até a década de 50 e contribuiu para o
desenvolvimento da cidade.
Brins, Algodão e Lona
18. Em 1950 ainda era insignificante restrita a pequenas
unidades artesanais com a produção de calçados, redes,
cerâmica e beneficiamento de arroz entre outros.
19. Fundada em 1983, a Fábrica da cerveja Antártica, com
capacidade para atender os Mercados do Piauí,
Maranhão, Ceará e Pará.
20. Parque Industrial do Piauí
O parque industrial instalado no Piauí está constituído
de um conjunto de micro, pequenas e médias empresas
predominantemente individuais, caracterizadas pelo uso
intensivo de mão de obra e baixos níveis de
capitalização.
Predominam as indústrias de transformação e extrativa,
com destaque para produtos alimentares (óleo,
macarrão, biscoito, laticínios), bebidas, vestuário, têxteis,
calçados, plásticos, químicos e móveis, além de outros.
Os produtos industrializados no Piauí são consumidos
internamente ou exportados para estados vizinhos, em
pequena escala.
21. A infraestrutura industrial está constituída por cinco
distritos industriais nas cidades de Teresina, Parnaíba,
Picos e Floriano.
22. Na agroindústria, predominam os manufaturados
de produtos agrícolas locais,destacando-se algodão,
cana-de-açúcar, mandioca, milho, arroz, castanha de
caju, frutas, couros, soja e amêndoa de babaçu.
Esse segmento industrial apresenta grande potencial
de crescimento, particularmente a partir dos
seguintes produtos: arroz, castanha de caju, frutas e
soja.
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26. Política de atração de investimentos através da
isenção do recolhimento do ICMS a partir de 1996.
Diversas indústrias nacionais e estrangeiras, em vários
setores se instalaram na capital e interior.
Com isso, ganharam impulso os distritos industriais
de Teresina, Parnaíba, Picos e Floriano além do
crescimento de economias de municípios que
abrigaram novos empreendimentos, a exemplo dos
municípios de Uruçuí (BUNGUE), Fronteiras (CIMENTO
NASSAU).
27. No setor de mineração, a Vale do Rio Doce está
em operação no município de Capitão Gervásio
Oliveira, onde foi encontrada uma reserva de
níquel.
Estudos geológicos apontam para a existência de
ocorrências minerais com grande potencial
econômico como: mármore, ferro e gemas (opala
e diamante).
“Outro grande empreendimento a ser instalado no
estados nos próximos dois anos que já dá sinais de
incremento na economia local é a SUZANO,
empresa do setor de celulose, que já prepara o
ambiente para sua nova planta no município de
Palmeirais. A empresa já conta com
pessoas trabalhando em viveiros para produção
de mudas de eucalipto”
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30. POTENCIALIDADES DO ESTADO
1)
PORTO LUIS CORREIA
2)
FERROVIA TRANSNORDESTINA;
3)
TRANSCERRADOS: localização – Pólo de Uruçuí-Gurguéia que se apresenta como
uma das áreas de grande potencial do desenvolvimento do complexo
agroindustrial das áreas do cerrados nordestinos)
4)
AEROPORTOS (Teresina, São Raimundo Nonato, Parnaíba)
5)
AMPLIAÇÃO DA OFERTA DE ENERGIA
6)
HIDROVIA DO PARNAÍBA
7)
REATIVAÇÃO DO RAMAL FERROVIÁRIO TERESINA-LUIZ CORRÉIA
8)
ZPE’S – ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXORTAÇÕES - Parnaíba (Zonas de
Processamento de Exportações)
32. Está presente em todas as sociedades;
Troca de mercadorias e serviços;
É uma atividade que, para se concretizar,utiliza
os meios de transportes e de comunicação.
33. O comércio no Piauí
Destacaram-se três atividades
geradoras de renda:
- Agropecuária
- Extrativismo
- COMÉRCIO
34. Nas décadas de 1930 e 1940, o comércio
vivia da estrada de água (Rio Parnaíba).
35. A agropecuária do Piauí possibilitou o
surgimento de comércio em regiões
rurais;
Segunda década do século XX, houve
a ampliação do setor de transportes
para o comércio.
37. TERESINA
A atividade comercial de Teresina
começou a se destacar no cenário
regional e estadual a partir da década
de 50;
A década de 60 reforçou esse
crescimento e o setor varejista se
ampliou nas relações comerciais na
capital;
38. As primeiras lojas que surgiram:
- Lojas Credisady
- Pedro Machado S/A
- Palácio dos móveis
- A Vencedora
- Casa Juçara
-SG Variedades
39. Década de 70, abriu-se espaço para a
supremacia inquestionável do grupo da
família Tajra, Claudino dentre outras.
43. Até os anos 40, a área central da cidade
ocupava um espaço mais restrito e foi na sua
área de expansão que, nos anos 50, foram
construídas no andar térreo de prédios
destinados a escritório, ou mesmo a
moradias, as galerias comerciais, que
permitiram o aumento do número de
pequenas butiques, pois os lugares livres já se
tornavam raros no centro. (CARLOS, p. 149)
47. Serviços...
Associados à:
Oferta de água, luz, telefonia,
correios, segurança, transporte
coletivo, saneamento básico,
hospitais, postos de saúde,
escolas, lazer, banco e/ou postos
bancários, entre outros.
48. No Piauí...
Os primeiros serviços surgiram ainda na
antiga capital, Oeiras, com a instalação de:
Iluminação nas ruas com lampiões a querosene;
Escolas públicas;
Hospitais;
Segurança; dentre outros
49. Mudança da capital para Teresina, e o rápido
crescimento da cidade ampliou-se a oferta de
serviços no Piauí, sendo criados:
Mercados populares;
Escolas;
Casas de saúde;
Cemitérios;
Poços públicos, etc.
Serviços públicos, serviços de Educação, serviços
de Saúde e serviços de Comunicação.
50. SERVIÇOS PÚBLICOS
Iluminação das ruas,
que assim como
Oeiras, Teresina
ganhou iluminação
nas ruas com
lampiões a
querosene;
Oeiras - PI
53. Fornecimento de água e energia elétrica, para
toda população do Estado piauiense.
Esperantina - PI
54. SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO
Todos os municípios
fornecem o ensino
fundamental.
O ensino médio que é de
responsabilidade do
Estado, está presente em
todas as sedes municipais.
Coivaras - PI
55. EDUCAÇÃO ...
O Ensino Superior é ofertado
pela Universidade Estadual
do Piauí e Universidade
Federal do Piauí além de
várias faculdades
particulares.
Além da capital, os cursos
superiores também são ofertados
em várias cidades do Estado.
56. SERVIÇOS DE SAÚDE
Presente em todo o Estado,
porém de forma
diferenciada, ou seja:
Sedes municipais: postos
de saúde (serviços básicos)
Cidades de maior porte:
Hospitais com
atendimentos
especializados, como é o
caso de Teresina, Oeiras,
Parnaíba, Floriano, Piripiri,
Picos, Barras, etc.
Destaca-se Teresina.
HUT
HGV
57. A partir de 1960 muitos serviços passaram a ser
oferecidos por empresas privadas, já que com o
aumento da população, o Estado não conseguiu
atender todas as necessidades da população
piauiense.
Destaque para os serviços de saúde e educação.
Com a criação de escolas e hospitais particulares
tanto na capital quanto em outros municípios.
São João do Piauí
58. Teresina, por ser capital do Estado, concentra a
maioria dos serviços oferecidos à população e
consequentemente a maior oferta de empregos do
Estado.
59. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO
O Estado dispõe atualmente de serviços de:
Telefonia fixa e celular; com operadoras Oi, Tim, Claro e Vivo;
Comunicação via satélite;
Estações de rádio e Televisão;
Internet;
Circulação de jornais e revistas; além de
outros meios que estão ampliando as
comunicação no Piauí.
61. De acordo com a Organização Mundial do
Turismo – OMT 2003 entende-se Turismo
como as atividades realizadas pelas pessoas
durante suas viagens e estadas em lugares
distintos do seu entorno habitual, por um
período consecutivo, inferior a um ano, por
lazer, negócios e outros.
62. O turismo não pode ser considerado uma indústria visto
que situa-se no setor terciário da economia. É, portanto,
uma atividade de prestação de serviços. Apresenta, dentre
outros fatores positivos, a geração de emprego, renda e
desenvolvimento econômico local, regional, estadual e
nacional, estimula a comercialização de produtos locais,
propicia melhoria de equipamentos urbanos e de infraestrutura de apoio (estradas, segurança, saneamento).
O potencial turístico do Estado do Piauí vai desde os
municípios que congregam História, passando pelo charme
das pequenas cidades, até o belo litoral. Uma combinação
de beleza e tranquilidade faz do Piauí uma grande opção
turística no mundo.
63. As regiões turísticas foram divididas em sete
polos definidos no projeto Roteiros do Brasil,
criado pelo Ministério do Turismo em 2009. São
eles: Teresina, Costa do Delta, Origens, Aventura
e Mistério, Histórico-Cultural, Nascentes e polo
das Águas. Cada uma dessas regiões possui
peculiaridades e atrativos diferentes. O Estado
conta com apenas três destinos indutores:
Teresina, Parnaíba e São Raimundo Nonato.
64.
65.
66. Pólo Costa do Delta
Destaca-se um litoral de 66 km de extensão, o Delta do
Parnaíba, que despeja suas águas no Atlântico. A cidade
de Parnaíba, com o complexo Porto das Barcas, a Lagoa
do Portinho e a Praia Pedra do Sal.
Na cidade de Luís Correia destacam-se sete praias, que
são reconhecidas como as mais adequadas a prática de
kitesurf, abrigando o Campeonato Mundial da modalidade.
Esta região apresenta grande potencial para o Ecoturismo,
além de ser o Portal para a Rota das Emoções.
68. Pólo Aventura e Mistério
Destacam-se a cidade de Pedro II, pelo clima de
montanha e por ser o palco do Festival de
Inverno do Piauí, e o Parque Nacional de Sete
Cidades que possui 6.221 hec. de formações
rochosas, diversidade de flora e fauna, em que
se reconhecem as marcas das civilizações com
as inscrições rupestres.
70. Polo das Águas
A diversidade turística se estende às belezas
naturais que podem ser contempladas no
interior do Estado, a exemplo dos Poços
Jorrantes de Cristino Castro; Cachoeira do
Rosário, em Novo Santo Antonio; Cânion do Rio
Poti, no município de Buriti dos Montes; e
Morro do Gritador, em Pedro II.
72. Polo Teresina
Podemos encontrar a hospitalidade da capital piauiense,
o Parque Encontro dos Rios Poti e Parnaíba, o Teatro 4
de Setembro, o Centro de Artesanato.
A Cidade é um importante entroncamento do meionorte do Teresina destaca-se pela importante demanda
de turismo de negócios e eventos.
Importante pólo de saúde, abrigando diversos hospitais,
consultórios e laboratórios de análises clínicas.
A cidade possui ainda uma significativa oferta hoteleira,
de alimentação, de atrativos naturais e culturais,
servindo-se do Aeroporto Senador Petrônio Portella
como principal via de acesso.
74. O polo Histórico Cultural
É composto, ainda, por outros vinte municípios, a
exemplo de Amarante, Arraial, Barra D’ Alcântara,
Cajazeiras do Piauí, Dom Expedito Lopes, Floriano,
Francisco Aires, Guadalupe, Ipiranga do Piauí,
Jerumenha, Nazaré do Piauí, Novo Oriente do Piauí,
Picos, Santa Rosa do Piauí, Santana do Piauí, São
João da Varjota, Tanque do Piauí, Valença do Piauí e
Várzea Grande.
Outra potencialidade diz respeito ao turismo
religioso. Além de Oeiras, Santa Cruz dos Milagres,
Floriano e Piripiri, com a Procissão dos Vaqueiros
por exemplo, se destacam nesse aspecto.
76. Investimentos
A Setur trabalha com o objetivo de desenvolver ações
que incluam públicos de todas as idades e camadas
sociais, tornando as potencialidades conhecidas no
mundo todo.
Só em 2012, foram mais de R$ 2,7 milhões investidos
no desenvolvimento turístico do Estado com obras
pontuais concluídas e entregues à população. Entre as
principais, ressalta-se a realização de pesquisas de
inventário turístico e implementação do Programa de
Regionalização do Turismo nos municípios piauienses,
realização de fóruns e reuniões do Conselho Estadual
de Turismo.
77. ARAÚJO, J. L. (Coord.), Atlas escolar do Piauí: geo-histórico e
cultural. João Pessoa: Grafset, 2006.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. Novos caminhos da geografia, 5 ed.
São Paulo: Contexto,2007.
FAÇANHA, Antonio Cardoso. A evolução urbana de Teresina:
agentes, processos e formas espaciais da cidade. Recife, 1998.
SANTANA, R. N. Monteiro de. Evolução histórica da economia
piauiense e outros estudos. Teresina: FUNDAPI, 2008.
<http://www.piaui.pi.gov.br/terra-querida/noticias/id/9733
>Acesso em 28 de maio 2013.