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A Comunicação bem sucedida começa em nós
Quantas vezes nos sentimos magoados, tristes ou enfurecidos e temos dificuldade em lidar com
comentários e observações vindos das pessoas que nos rodeiam?
O primeiro ponto a considerar é:
Só porque nós pensamos ou sentimos que alguém está a ser sarcástico, não significa
necessariamente que esteja, de facto, a ser.
Como nos sentimos tristes ou ofendidos? Pelo processo de comunicação que considera:
1.O que ouvimos;
2.Como ouvimos;
3.O que pensamos que isso significa.
Este processo pode ser interrompido em qualquer ponto.
1. O que ouvimos
Ouvimos ruídos de outra pessoa. Nós podemos interromper o processo aqui, imaginando as
palavras que nos magoam estão num idioma que não entendemos.
Já alguma vez mandou o seu animal de estimação ficar sossegado e ele emitiu algum som (miou,
ladrou,...)? Quando ele fez isso, sentiu-se insultado por ele? Não podemos ser magoados por
palavras se não temos ideia do que elas querem dizer!
2. Como Ouvimos
Este é o lugar onde nós interpretamos o que nos é dito.
Li, recentemente, um artigo onde o autor relatava a história de um senhor que se sentiu
grosseiramente ofendido porque o seu médico lhe disse que ele tinha peso a mais.
Eventualmente, o médico estava apenas a cumprir a sua função, e foi honesto, alertando para
uma situação que poderia ser prejudicial à sua saúde.
A pessoa ouviu um insulto, quando o médico estava a revelar preocupação e honestidade.
Podemos interromper o processo aqui,examinando e reflectindo sobre os motivos que levaram a
pessoa a dizer o que disse.
3. O que pensamos que isso significa
Este é o cerne de todo o processo porque não é o que as pessoas dizem que importa – é o que
dizemos a nós mesmos que importa.
Talvez o senhor que tinha peso a mais se sentisse velho e pouco atraente. Ou talvez algum ente
querido tenha falecido cedo devido a problemas de saúde provocados pelo excesso de peso e ele
estivesse com medo de ter um ataque cardíaco. Ou talvez tenha sido gozado devido ao excesso
de peso quando ainda era jovem...
Podemos interromper o processo aqui, analisando se os comentários estão a magoar-nos devido
a situações ou crenças limitadoras vindas do passado.
Também podemos fazer um “atalho” a todo o processo de comunicação e reflectir sobre isto: o
modo como pensamos determina a forma como nos sentimos.
Assim, na próxima vez que alguém nos disser algo negativo, podemos apenas pensar:
•Se é verdade, por que ficar chateado?
•E se isso não é verdade, por que ficar chateado?
Christiane Tscharf
Dezembro de 2015
christiane@learningeverywhere.eu

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  • 2. uma situação que poderia ser prejudicial à sua saúde. A pessoa ouviu um insulto, quando o médico estava a revelar preocupação e honestidade. Podemos interromper o processo aqui,examinando e reflectindo sobre os motivos que levaram a pessoa a dizer o que disse. 3. O que pensamos que isso significa Este é o cerne de todo o processo porque não é o que as pessoas dizem que importa – é o que dizemos a nós mesmos que importa. Talvez o senhor que tinha peso a mais se sentisse velho e pouco atraente. Ou talvez algum ente querido tenha falecido cedo devido a problemas de saúde provocados pelo excesso de peso e ele estivesse com medo de ter um ataque cardíaco. Ou talvez tenha sido gozado devido ao excesso de peso quando ainda era jovem... Podemos interromper o processo aqui, analisando se os comentários estão a magoar-nos devido a situações ou crenças limitadoras vindas do passado. Também podemos fazer um “atalho” a todo o processo de comunicação e reflectir sobre isto: o modo como pensamos determina a forma como nos sentimos. Assim, na próxima vez que alguém nos disser algo negativo, podemos apenas pensar: •Se é verdade, por que ficar chateado? •E se isso não é verdade, por que ficar chateado? Christiane Tscharf Dezembro de 2015 christiane@learningeverywhere.eu