O documento descreve diferentes tipos de manifestações mediúnicas de efeitos físicos, incluindo ruídos, movimentos de objetos, assombrações, transporte de objetos, voz direta, materialização e curas. Ele também discute como esses fenômenos ocorrem através da combinação dos fluidos do médium e dos espíritos, e fornece exemplos bíblicos como a Transfiguração de Jesus e os milagres de Jesus.
2. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS
DE EFEITOS FÍSICOS
Dá-se o nome de manifestações físicas às que traduzem por
efeitos sensíveis, tais como ruídos, movimentos e deslocação
de corpos sólidos.
Umas são espontâneas, isto é, independentes da vontade de
quem quer que seja; outras podem ser provocadas.
3. TIPOS DE EFEITOS FÍSICOS
• ruídos, barulhos, pancadas (tiptologia) e sinais
(sematologia);
• do arremesso de objetos ao “poltergeist”;
• lugares assombrado e as assombrações;
• fenômeno de transporte de objetos;
• escrita direta ou voz direta;
• materialização de espíritos
• curas
4. TIPTOLOGIA É a comunicação
espírita realizada por
meio de sons ruídos
e/ou pancadas na
através de influência de
espíritos.
Mesas girantes (falantes ou
dançantes): as comunicações
mediúnicas são caracterizadas por
uma mesa que pode se mover em
várias direções ou levantar-se,
obedecendo ao comando mental e à
vontade dos desencarnados.
5. SEMATOLOGIA
É a comunicação espírita produzida através de sinais,
formando palavras. Ex. Hydesville.
Um Espírito pode comunicar seu pensamento pelo
movimento de um objeto qualquer. Colocados os dedos sobre
a borda, presentes uma ou várias pessoas, e evocado o
Espírito, se ele se encontra presente e julga conveniente
revelar-se, a mesa se ergue ou se abaixa, movimenta-se, e, por
esses movimentos de vaivém para a direita ou para a esquerda,
responde afirmativa ou negativamente. Batendo com os pés,
ela exprime alegria, impaciência e até mesmo cólera. Algumas
vezes vira-se de pernas para o ar ou se precipita sobre um dos
assistentes, como se tivesse sido impelida por mão invisível.
6. DO ARREMESSO DE OBJETOS
AO “POLTERGEIST”
Quando os espíritos se
manifestam através de
objetos lançados ou
atirados de um lado para
outro, com a finalidade de
se fazerem perceber com o
intuito de perturbar. Os
fenômenos necessitam do
ectoplasma do médium
para que ocorra o processo.
7. LUGARES ASSOMBRADOS E AS
ASSOMBRAÇÕES
As manifestações
espontâneas, que em todos os
tempos se hão produzido, e a
persistência de alguns
Espíritos em darem mostras
ostensivas de sua presença em
certas localidades, constituem
a fonte de origem da crença
na existência de lugares mal-
assombrados.
8. Na verdade, os Espíritos ainda
muito presos a pessoas ou a
coisas materiais permanecem em
determinados locais por tempo
variável, produzindo fenômenos
de efeitos físicos, que causam
medo. Nem sempre tais Espíritos
são maus. Muitos deles, os (...)
que frequentam certos lugares,
produzindo neles desordens,
antes querem divertir-se à custa
da credulidade e da covardia dos
homens, do que lhes fazer mal.
9. TRANSPORTE
É o fenômeno de introdução de objetos em locais ou
móveis fechados. Por exemplo: uma flor, uma cadeira,
uma pedra, etc., são transportadas para uma sala
totalmente fechada e sem nenhuma abertura por onde
esses objetos possam passar.
No fenômeno de transporte, o Espírito – para desintegrar
o objeto – satura-o com fluido vital do médium, com os
próprios fluidos e com outros existentes no plano
espiritual. A seguir, os elementos atômicos que
constituem o objeto são reintegrados e, então, o objeto é
materializado num ambiente hermeticamente fechado.
10.
11. VOZ DIRETA - PNEUMATOFONIA
É a comunicação mediúnica em que se ouve a voz
espiritual, sem a participação das corda vocais do
médium.
O Espírito comunicante utiliza o Ectoplasma do
Médium em combinação com os fluidos ambientais para
moldar (Plasmar) um aparelho fonador humano
("gargantas fluídicas") e através da ação do pensamento
sobre a matéria plasmada movimentar o aparelho e
produzir sons audíveis por todos os presentes.
O fenômeno é físico e a voz gerada é efetivamente onda
sonora audível por qualquer ouvido material perfeito.
12. BATISMO DE
JESUS
Jesus veio até o Rio Jordão, onde
ele foi batizado por João.
Durante o Batismo de Jesus,
aconteceu fenômenos
mediúnicos de efeitos físicos com
a aparição de um espírito em
forma de pomba, e uma voz
(garganta ectoplasmica), que
disse: “Este é o meu filho amado,
em quem coloco todo a minha
complacência.”.
13. ESCRITA DIRETA
Na escrita direta dos Espíritos, isto é,
sem a intervenção do corpo físico do
medianeiro. Neste caso, o Espírito
retira do fluido cósmico e do fluido
magnético de um médium a
substância necessária à impressão de
caracteres e/ou letras, “o mais
frequentemente com uma substância
acinzentada, análoga à aparência do
chumbo; de outras vezes com lápis vermelho,
tinta comum e mesmo tinta de imprensa”.
Allan KARDEC – “O Livro dos Médiuns”. Cap. VIII, item 127.
14. MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS
Materialização, ou ectoplasmia, é o fenômeno mediúnico de
efeitos físicos pelo qual os Espíritos, utilizando a substância
ectoplásmica fornecida pelo médium, eventualmente
complementada pela dos assistentes, e adicionando os fluidos
espirituais e os fluidos da Natureza, se corporificam, total ou
parcialmente, no plano físico.
A palavra ectoplasma - formada dos vocábulos gregos: ektós
= fora, exterior, e plasma de passein = dar forma. Designa em
Biologia, a parte periférica do citoplasma (protoplasma da
célula, excluído o núcleo).
15. Mas, no âmbito das ciências metapsíquicas, tem significado
específico diferente: designa a substância fluídica que, em
determinadas circunstâncias, emana do corpo de certos
médiuns, pelos orifícios naturais, como as narinas e a boca, e
serve para a produção de fenômenos de efeitos físicos,
principalmente os conhecidos por materialização.
A materialização é o fenômeno pelo qual os Espíritos se
corporificam, total ou parcialmente, tornando-se visíveis a
quantos estiverem presentes no local das sessões. Não é preciso
ser médium para ver o Espírito materializado. Materializando-
se, corporificando-se, pode o espírito ser visto, sentido e tocado.
Os Espíritos com o fenômeno de materialização, também,
podem fazer perceber sensorialmente imagens, sons, coisas ou
objetos trazidos de planos vibratórios diferentes, dando-lhes
forma e substância materiais.
16. Note-se ainda, que a materialização é um fenômeno que não
ocorre de um modo uniforme, podendo assumir várias
gradações. Além disso, não pode ser confundida com a
aparição, fenômeno pelo qual o Espírito é visto apenas por um
médium vidente. A materialização é um fenômeno objetivo e a
aparição é um fenômeno subjetivo.
Como a intensidade da ectoplasmia é variável, pode gerar
formas extremamente vaporosas, quase imperceptíveis aos não
videntes, outras vaporosas, mas plenamente visíveis e outras
tangíveis. A rigor, somente estas duas últimas pode-se aplicar,
com propriedade, o termo materialização. Os aspectos do
ectoplasma são tão variáveis que vão desde uma forma rarefeita
que o mantém invisível - porém registrável por outros métodos
- até o estado sólido e organizado em estruturas complexas, tais
como os "espíritos materializados" - agêneres ectoplásmicos.
Entre estes dois extremos ele pode passar por estados diversos:
gasoso, plasmático, floculoso, amorfo, leitoso, filamentoso,
líquido, etc.
17. ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA
OCORRER A MATERIALIZAÇÃO
Nos fenômenos de materialização, os Espíritos
tem que contar com três elementos essenciais, a fim
de que o trabalho alcance êxito:
1- Fluidos Espirituais - forças superiores retiradas
do fluido Cósmico.
2- Fluidos ou energias do médium (ectoplasma) e
dos assistentes
3 - Fluidos da natureza - terrestre, nas águas, nas
plantas, etc.
Podem materializar-se tanto os Espíritos
desencarnados como também os espíritos encarnados.
18. Materialização do
espírito Ana, em
14/12/1953, onde pode
se observar o médium
Peixotinho em transe,
deitado sobre a cama.
Este médium realizou
experiências na casa de
Francisco Cândido
Xavier permitindo,
inclusive, através de sua
faculdade, a
materialização de
amigos conhecidos do
Chico.
19. Outra materialização
realizada através do
médium Peixotinho.
Neste tipo de fenômeno,
as entidades espirituais,
para se fazerem visíveis e
tangíveis, utilizam uma
propriedade do médium
de efeitos físicos,
denominada ectoplasma.
A forma como se dão
estes fenômenos
encontram-se explicadas
cientificamente nas obas
de Allan Kardec, o
codificador do
Espiritismo.
20. A magnífica materialização de Emmanuel
(Materialização através de Chico Xavier).
Ilustração feita pelo artista Joaquim Alves
(Jô), da Federação Espírita do Estado de São
Paulo-FEESP, que presenciou o fenômeno.
Contudo, em sua última materialização
disse aos presentes:
"— Amigos, a materialização é fenômeno
que pode deslumbrar alguns companheiros e
até beneficiá-los com a cura física. Todavia, o
livro (Os livros, a maior prioridade) é a chuva
que fertiliza lavouras imensas, alcançando
milhões de almas. Rogo aos amigos a
suspensão, a partir desse momento, dessas
reuniões".
E a partir daquele dia, Chico —a disciplina
em pessoa— nunca mais as realizou,
servindo-se de sua faculdade mediúnica de
efeitos físicos. O livro, no entanto, como
chuva abençoada, continua fertilizando a
lavoura do coração humano, trazendo paz,
reconforto e esclarecimento a milhões de
criaturas.
21. COMO ACONTECEM OS
EFEITOS FÍSICOS
Allan Kardec, no Capítulo IV, da Segunda Parte de "O
Livro dos Médiuns", ensinou-nos que:
Para produzir uma manifestação física, o Espírito
combina uma porção do fluído universal, (criado por
Deus), que se presta a muitas modificações, com o
fluído que se desprende do corpo material do médium
apto a produzir efeitos físicos;
O Espírito tem a seu dispor um fluído universal
modificado e condensado, o qual se presta, inclusive, à
formação do seu corpo espiritual, denominado por
Allan Kardec de perispírito, envoltório fluídico ou
invólucro semimaterial;
22. COMO ACONTECEM OS
EFEITOS FÍSICOS
O corpo espiritual (perispírito) do Espírito tem a forma humana
e conserva este tipo. Porém, a forma e a aparência podem variar
adequando-se ao grau de evolução do Espírito;
O Espírito atua sobre os fluídos usando a vontade e os impulsos
da sua inteligência;
O Espírito precisa, sempre, para produzir efeitos físicos, dos
fluídos animalizados emitidos por um médium;
O Espírito, para realizar manifestações físicas, combina
os fluídos emitidos pelo médium com os seus próprios fluídos
espirituais. Assim, as manifestações físicas dos Espíritos
decorrem sempre da união do fluído animalizado emitido pelo
médium com o fluído universal que está à disposição dos
Espíritos;
23. TRANSFIGURAÇÃO
Transfiguração consiste num ato de efeitos físicos. É
um fenômeno resultante de uma transformação
perispiritual, que se produz sobre o próprio corpo
vivente, isto é, materialização do próprio corpo
espiritual, dando origem a formas belas, radiosas,
luminosas, se forem de Espíritos elevados, ou feias,
horríveis, se forem de Espíritos inferiores.
Nesse fenômeno ocorre a mudança do aspecto de um
corpo vivo, tanto na aparência dos traços fisionômicos,
como no olhar, na voz, no peso do corpo, etc.
24. A transfiguração de Jesus, no Monte
Tabor, é relatada no Evangelho e
comentada por Kardec, em A Gênese,
cap. XV, Item 43, onde cita Marcos,
IX:2-4.
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo
a Pedro, Tiago e João, e os levou,
sozinhos, para um lugar retirado sobre
uma alta montanha. Ali foi
transfigurado diante deles. Suas vestes
tornaram-se resplandecentes,
extremamente brancas, de uma alvura
tal como nenhum lavadeiro na terra as
poderia alvejar. E lhes apareceram Elias
com Moisés, conversando com Jesus”.
Quanto à presença de Moisés e Elias,
foi um fenômeno de materialização
(Pedro, Tiago e João eram médiuns de
efeitos físicos).
25. Os fenômenos de Efeitos Físicos, tais como
as aparições, visíveis ou tangíveis, de
espíritos e objetos, fenômenos de
movimentos e transportes de coisas, curas,
são de todos os tempos.
No Velho e Novo Testamento encontram-se
referências a tais ocorrências, atingindo a
sua culminância com Jesus, conforme
narradas pelos evangelistas:
26. CURA DE UM PARALÍTICO
MULTIPLICAÇÃO DOS
PÃES E PEIXES
28. MEDIUNS DE EFEITO
INTELIGENTE
A manifestação mediúnica de efeitos intelectuais produz efeitos
ou repercussões em nível mental, isto é, o Espírito comunicante
conduz o médium a uma certa elaboração mental-intelectual, ao
transmitir a mensagem aos circunstantes. Nessa situação, o
médium é um intérprete das ideias e dos sentimentos do
Espírito comunicante.
29. PSICOGRAFIA
É a faculdade mediúnica onde a comunicação
ocorre de forma escrita, é a comunicação
rápida simples e direta.
30. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉDIUNS
PSICÓGRAFOS
PSCOGRAFIA MECÂNICA: O
espírito atua diretamente sobra a
mão do médium, impulsionando-a.
O que caracteriza este gênero de
mediunidade é a inconsciência
absoluta, por parte do médium, do
que sua mão escreve. O movimento
desta independe da vontade do
escrevente; movimenta-se sem
interrupção, a despeito do médium,
enquanto o Espírito tem alguma
coisa a dizer, e para desde que este
último haja concluído.
31. PSCOGRAFIA INTUITIVA: O
Espírito comunicante não atua
sobre a mão do médium para
movê-la, mas sim sobre a sua
alma, identificando-se com ela e
imprimindo-lhe sua vontade e suas
ideias.
A alma recebe o pensamento do
Espírito e o transcreve. Nesta
situação, o médium escreve
voluntariamente e tem consciência
do que escreve, embora não grafe
seus próprios pensamentos.
32. PSICOGRAFIA
SEMIMECÂNICA
O médium sente que à sua
mão uma impulsão é dada, e
ao mesmo tempo, tem
consciência do que escreve,
à medida que as palavras se
formam.
33. OUTRAS VARIAÇÕES
(CURIOSIDADES)
MÉDIUNS POLÍGRAFOS: São aqueles cuja
escrita muda de acordo com o Espírito que se
comunica ou que são aptos a reproduzir a escrita que
o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito
vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais
raro.
MÉDIUNS ILETRADOS: São aqueles que
escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem
escrever, no estado ordinário. Muito raros; mais que
os anteriores.
34. MEDIUNIDADE POLIGLOTA OU
XENOGRAFIA.
Na psicografia o médium pode transmitir a mensagem do Espírito
também em língua estrangeira.
Além disso a mensagem pode ser escrita também de forma
invertida, necessitando de um espelho para conseguir efetuar a
leitura.
É uma mediunidade rara, que não tem utilidade prática, sobretudo
se os circunstantes desconhecem a língua em que o Espírito se
exprime. Serve, no entanto, para comprovar a sobrevivência de um
Espírito, quando isso se torna necessário.
35. A mensagem ao lado foi psicografada pelo
médium Francisco_Cândido_Xavier, de trás para
diante, no idioma inglês, na sede da União
Espírita Mineira, após concerto em benefício do
Abrigo Jesus, realizado em 4 de abril de 1937, pelo
exímio violinista Levino Albano Conceição, cego
desde os sete anos de idade.
Esta linda saudação, recebida em dois minutos, escrita
em caracteres invertidos, poderá ser lida em um
espelho, em cuja frente deverá ser colocada.
Lê-se, então, o seguinte:
"My dear and generous friends of the fraternity's
doctrine. Good health and peace in God, our
Father!
Let us learn the life in the love's law, from the
instructions of Jesus Christ, Except this work
almost always in the earthly world represent the
struggle and studies of the vanity and from the
darkness of the little men's science
Your Brother
Emmanuel
36. PSICOFONIA
É a transmissão da mensagem do
espírito comunicante por meio da
palavra verbalizada.
É a mediunidade de escolha, no
atendimento aos Espíritos
sofredores.
Por ela, a comunicação é mais
ágil, favorecendo o dialogo franco
e direto com os desencarnados.
Os benfeitores espirituais
utilizam, com muita freqüência, a
mediunidade de psicofonia para
fazer exortações, promover
incentivos, fornecer orientações
ou esclarecimentos para um
grupo ou para alguém,
especificamente.
37. Os médiuns falantes ou psicofônicos, transmitem pela
palavra falada, a comunicação de um Espírito.
A psicofonia, é a forma mais acolhedora e acessível para a
manifestação objetiva dos Espíritos no plano material.
É das várias formas de mediunidade a mais comum no
intercâmbio mediúnico e, é frequentemente chamada de
“incorporação”.
Esclarecemos aqui, que este termo pode sugerir uma falsa
ideia de que o Espírito comunicante penetra no corpo do
médium, o que na verdade não acontece.
O Espírito comunicante se faz perceber pela voz do
médium, utilizando-lhe o aparelho fonador, processo que
se dá por uma das três formas a seguir
38. Psicofonia Inconsciente e Psicografia Mecânica
Cordão
Prateado
Centro de
Espírito Força
comunicante
Coronário
Atmosfera
fluidica
Mensagem
Períspirito
Pensamento
do Espírito Centro de
(estímulos) Força Corpo
Laríngeo Físico
39. Na psicofonia inconsciente, que representa somente 2% dos casos de
médiuns psicofônicos, há uma exteriorização total do perispírito do
médium, ficando apenas ligado pelo cordão fluídico. Inexiste ligação
entre o cérebro do médium e a mente do
espírito manifestante e mesmo entre sua própria mente perispiritual e o
cérebro físico. O fato do espírito do médium se exteriorizar do corpo
físico temporariamente faz com que passe a estar inteiramente à
disposição e sob controle do espírito comunicante.
A atuação do espírito sobre o organismo físico do médium é mais direta,
através do chacra laríngeo e dos centros nervosos liberados. Assim, o
comunicante tem maior intervenção material, modificando estilo, gestos
e entonação de voz. Ou seja, as frases,
o estilo e as ideias são todas do espírito.
A mensagem é transmitida sem que o médium guarde consciência
cerebral dela, porém, em espírito, o mesmo está consciente. Ao recobrar
a consciência, o médium geralmente nada recorda da mensagem
deixada. A vantagem é que há maior liberdade para o espírito, que se
identifica por gestos, entonação da voz e atitudes.
40. Psicofonia Semiconsciente e Psicografia
Semimecânica
Pensamento
do Espírito
Centro de
Espírito
(estímulos) Força
comunicante
Coronário Períspirito
Atmosfera
fluidica
Mensagem
Pensamento
do Espírito Centro de
(estímulos) Força Corpo
Laríngeo Físico
41. Fenômeno comum a 28% dos médiuns psicofônicos, na
psicofonia semi-consciente existe uma maior exteriorização do
perispírito do médium, mas ainda não completa. O espírito
comunicante entra em contato com o perispírito do médium, que
se semi-exterioriza, e atua através deste sobre o corpo físico,
ficando os órgãos vocais do médium
parcialmente sob o controle do espírito que faz a comunicação.
Desta forma, o espírito tem maior atuação no orgão fonador,
conseguindo falar melhor, em seu próprio estilo. Ou seja, apenas
as frases são do médium, mas o estilo e as idéias são do espírito.
Enquanto a mensagem é recebida, o médium sabe o que fala,
sente o padrão vibratório e a intenção do comunicante, podendo
controlar e intervir se necessário. Porém, ao terminar a
manifestação, só recordará do início e do final da mensagem,
ficando apenas com uma vaga lembrança do tema abordado.
42. Psicofonia Consciente e Psicografia Intuitiva
Centro de
Espírito
Pensamento Força
comunicante
do Espírito Coronário
Atmosfera Períspirito
fluidica
Mensagem
Centro de Força
Laríngeo Corpo
Físico
43. A psicofonia consciente é a mais comum entre os médiuns
psicofônicos (70% do total). Nela, há uma exteriorização do
perispírito do médium de apenas alguns centímetros. O
espírito comunicante se aproxima do médium sem manter
contato perispiritual e transmite telepaticamente as ideias
que deseja enunciar. É a mediunidade dos tribunos e
pregadores, que manifestam a “inspiração momentânea”.
O espírito emite o pensamento e influi sobre o aparelho
fonador do médium, que transmite as ideias conforme as
entende e usando seu próprio estilo, vocabulário e construção
de frases. Ou seja, a ideia é do espírito, mas o jeito de falar é
do médium.
O médium sente a influência e capta o pensamento do
espírito comunicante na origem, antes de falar. Desta forma,
ele pode avaliar antes da manifestação, tendo fácil controle do
fenômeno.
45. MEDIDUNIDADE SONAMBULICA
OU DESDOBRAMENTO
A mediunidade sonambúlica é uma variedade especial da
psicofonia. Por ela o encarnado sai do corpo físico, tal como no
sonambulismo, desdobrando-se, agindo e transmitindo informações
que lhes são ditadas por um Espírito desencarnado.
No capítulo décimo primeiro do Livro “Nos Domínios da
Mediunidade”, psicografado por Francisco Chico Xavier, o Espírito
André Luiz nos fornece elucidativas explicações sobre o fenômeno
de desdobramento. Esclarece como se processa o afastamento do
corpo físico, como o médium atua no plano espiritual, e de que
forma os benfeitores auxiliam na realização desse gênero de
atividade.
46.
47. VIDÊNCIA
“Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos.
Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente
acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a
possuem em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo.
É raro que esta faculdade seja permanente, sendo quase sempre o
resultado de uma crise súbita e passageira.”
“O Livro dos Médiuns” -cap. 14 da Segunda Parte, item 167
48. Realmente, de (…) todas as manifestações espíritas, as
mais interessantes, sem contestação possível, são
aquelas por meio das quais os Espíritos se tornam
visíveis.
No entanto, os Espíritos nem sempre podem
manifestar-se visivelmente, mesmo em sonho, apesar
do desejo que se tenha de vê-los. O impedimento pode
estar ligado a (...) causas independentes da vontade
deles. Frequentemente, é também uma prova, de que
não consegue triunfar o mais ardente desejo.
É sabido, porém, que em situações em que os laços
materiais se afrouxam, em uma doença, por exemplo, é
mais fácil ver Espíritos.
50. CLARIVIDÊNCIA
Clarividência é a faculdade mediúnica de ver com detalhes não
apenas os Espíritos, mas cenas do plano espiritual. A percepção,
via clarividência, é mais aprofundada. A pessoa entra em transe,
permanecendo, mesmo que por breve tempo, em estado
sonambúlico. Nesse estado, parcialmente desprendida do corpo,
ela adquire uma espécie de dupla vista, isto é, vê o que ocorre no
plano espiritual e os acontecimentos à distancia, no plano físico.
51. No (...) caso de visão à distancia, o sonambúlico não vê as coisas de
onde está o seu corpo, como por meio de um telescópio. Vê-as
presentes, como se se achasse no lugar onde elas existem, por que
sua alma, em realidade, lá está.
Por isso é que seu corpo fica como que aniquilado e privado de
sensação, até que a alma volte a habitá-lo novamente. (*) Essa
separação parcial da alma e do corpo constitui um estado anormal
[incomum], suscetível de duração mais ou menos longa, porém não
indefinida. Daí a fadiga que o corpo experimenta após certo tempo,
mormente quando aquela se entrega a um trabalho ativo [no plano
espiritual]. A vista da alma ou do Espírito não é circunscrita e não
tem sede determinada. Eis por que os sonâmbulos não lhe podem
marcar órgãos especial. Vêem porque vêem, sem saberem o motivo
nem o modo, uma vez que, para eles, na condição de Espíritos, a
vista carece de foco próprio.
(*) Na verdade, a alma não abandona totalmente o corpo
52. Kardec nos explica que (...) no estado de
desprendimento em que fica colocado, o Espírito
do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil
com os outros Espíritos encarnados, ou não
encarnados, comunicação que se estabelece pelo
contato dos fluidos que compõem os perispíritos e
servem de transmissão ao pensamento, como o fio
elétrico. O sonâmbulo não precisa, portanto, que se
lhe exprimam os pensamentos por meio da palavra
articulada. Ele os sente e adivinha. É o que o torna
eminentemente impressionável e sujeito às
influencias da atmosfera moral que o envolva.
53. Fato digno de nota é que o vidente e o clarividente, além de
verem Espíritos e o mundo espiritual, também possuem, em
geral, a faculdade de audiência. O Espírito André Luiz nos
esclarece que (...) os olhos e os ouvidos materiais estão para a
vidência e para a audição como os óculos estão para os olhos e o
ampliador de sons para os ouvidos – simples aparelhos de
complementação. Toda percepção é mental. (...) o médium é
sempre alguém dotado de possibilidades neuropsíquicas especiais
que lhe estendem o horizonte dos sentidos. (...) Ainda mesmo no
campo de impressões comuns, embora a criatura empregue os
ouvidos e os olhos, ela vê e ouve com o cérebro, e, apesar de o
cérebro usar as células do córtex para selecionar os sons e
imprimir as imagens, quem vê e ouve, na realidade, é a mente.
Assim, nos fenômenos de vidência, quem vê é a alma. É uma
percepção além dos sentidos humanos.
54. Está entendido que a faculdade de ver Espíritos, como
todas as faculdades mediúnicas, diz respeito às
propriedades do perispírito. O médium dispõe de recursos
físicos [orgânicos] para ver Espíritos porque esta
disposição foi impressa pelo perispírito, que serviu de
molde ao seu corpo físico.
Como toda faculdade mediúnica, a vidência é passível de
desenvolvimento, se exercitada. Mas, segundo nos
esclarecem os Espíritos da Codificação, (...) ver Espíritos,
em geral e permanentemente, é algo excepcional e não está
nas condições normais do ser encarnado.
55. Um cuidado especial que se deve ter em relação à
faculdade de vidência, sobretudo quando está se manifesta
inicialmente, diz respeito à imaginação que, por vezes, é
bastante fértil. É importante considerar, também, que o
médium pode estar vendo formas ideoplásticas projetadas
do mundo físico ou do mundo espiritual. Por outro lado, se
o desenvolvimento do médium ocorre de maneira
equilibrada, se o médium principiante faz parte de um
grupo sério, bem estruturado tanto do ponto de vista
doutrinário quanto do da moral, os benfeitores espirituais
não permitem que o iniciante nas tarefas mediúnicas tenha
todas as potencialidades medianímicas desabrochadas. É
que isso poderia conduzi-lo ao desequilíbrio psíquico,
emocional e físico.
56. BIBLIOGRAFIA
• Livro dos Médiuns, Cap. 12 e 14 .
• ESE Cap. 19.
• Livro dos Espiritos, questão 425 e 473.
• No invisível, Leon Denis, Cap.19.
• Estudando a Mediunidade, Martins Peralva,
Cap. 9 e 16
• http://www.rcespiritismo.com.br/conteudo_site/p
df_anteriores/Rce01especial/materia4.pdf
• http://www.guia.heu.nom.br/materializacao.htm