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Contação de Histórias:
A importância desse trabalho na escola
Contribuições:
 Além de despertar o gosto pela literatura e pela leitura,
pois a ação aproxima o ouvinte do livro levando-o a
desenvolver a imaginação, algumas habilidades como
percepção auditiva, concentração, hábito de ouvir,
capacidade de recontar, desenvolvimento da criatividade
na hora de produzir seus próprios textos também podem
ser exploradas.
 As histórias também têm um caminho terapêutico, tanto
para quem conta, como para quem ouve, pois é um
exercício de renovação, um encontro com diferentes
possibilidades, o que aguça o imaginário e as emoções.
O contador de histórias
 Primeiramente, devemos partir do pressuposto que
todos podem ser contadores de histórias.
 Para conduzir bem o processo , o contador deve ser
absolutamente apaixonado pelo mundo do faz de
conta. Estar envolvido afetivamente com a narrativa
é ponto fundamental.
 Mesmo aqueles que acreditam não possuir a marca
da palavra na alma, podem, através do gosto e do
interesse pela arte de contar histórias, se exercitar e
aprender algumas técnicas que possam facilitar no
momento da “contação”.
O ritual da contação
 Para contar um conto exige-se que se prepare
devidamente o ambiente. Os ouvintes devem sentir-
se à vontade para se entregar à história e
principalmente sentir confiança naquele que narra,
pois este vai leva-los aos mais fantásticos lugares, à
presença dos mais misteriosos personagens e deve,
sobretudo, inspirar segurança.
 Observamos, portanto, que os contos sempre
tiveram uma função muito especial dentro das
práticas culturais e sociais de todos os povos. Não
devemos trabalhá-los, porém, como uma
“maquiagem” para os problemas, para que não se
perceba a realidade social, mas sim para que nos
façam ficar próximos de nossa vivência.
A escolha da história
 A escolha da história é fundamental para o sucesso
da narrativa. Num primeiro momento deve-se
observar o público e a faixa etária que se quer
atingir. A fase de desenvolvimento da criança e seu
entendimento devem ser avaliados.
 Porém, mais importante que o gosto ou a idade do
público, é necessário que o narrador se identifique
com a história, se divirta com ela. Acredite no que vai
contar. Nenhuma história será contada com
veracidade e intensidade se o contador não acreditar
nela.
 Devemos estudar, conhecer a história que vamos contar.
Isso não significa decora-la, mas sim perceber sua
estrutura.
 Deve-se perceber quais são os acontecimentos principais
da história. Na introdução devemos cuidar para que não
seja muito longa, dispersando a atenção dos ouvintes. Já o
clímax deve ser percebido pelos momentos de tensão da
história, que dão realmente o sentido da narrativa e o final,
deve ser o mais esperado pelos ouvintes.
 Algumas narrativas podem ser acompanhadas de música,
de versos que “embrulhem” a história, tornando-a ainda
mais encantadora e inesquecível.
Formas de apresentação das histórias
 Em primeiro lugar o contador deve ter consciência de que
a história é que é importante. Ele é apenas um
transmissor, conta o que aconteceu – e o faz com
naturalidade, sem afetação, deixando as palavras fluírem.
 A naturalidade do contador é fundamental e só ocorre
quando o narrador conhece e sente-se seguro diante da
história que escolheu.
 Um narrador, mesmo envolvido pela história não deve agir
como se estivesse num palco representando e deve
transmitir suas emoções pela voz, seu principal
instrumento.
 O narrador tem que se expressar numa voz definida,
inconfundível, tem de saber modulá-la de acordo com o
que está contando, considerando os seguintes aspectos:
 intensidade (é a voz que sugere o que aconteceu, ora
mais fortes vibrante, suave, num tom mais baixo ou mais
alto, porém tomando-se o cuidado para não se tornar
estridente ou de falsete);
 clareza (significa boa dicção, correção de linguagem e
evitando repetições desncessárias – tipo, né, aí...)
 conhecimento ( o narrador precisa aprofundar-se no
estudo da literatura infantil).
Recursos mais utilizados
 A simples narrativa: a mais fascinante,
antiga, tradicional e autentica de todas as
formas. Não requer nenhum acessório e se
processa por meio da voz e da postura do
narrador. Este por sua vez, com suas mãos
livres, concentra todo sua força na expressão
corporal.
 Com o livro: O livro às vezes se faz
necessário quando o texto se utiliza de rimas
ou poemas, ou traz ilustração sem texto.
Quando lemos uma história, também temos alguns
compromissos que não devemos esquecer como:
 conhecer a história;
 ler com expressão;
 despertar nos ouvintes sentimentos traduzidos pelo
autor;
 ler com voz agradável e de modo inteligível,
pronunciando clara e corretamente as palavras;
 ler certo, respeitando pausas e acentuação;
 manter o corpo em posição correta.
Outros recursos também podem ser utilizados:
 com gravuras: as gravuras ampliadas favorecem
sobretudo as crianças pequenas, facilitando sua
visualização;
 com flanelógrafo: as figuras podem ser confeccionadas
em flanela, feltro ou papel camurça. Outra opção é usar
recortes de revistas, etc;
 com desenhos: as figuras ou idéias que aparecem na
história podem ser desenhadas pelo narrador (em
quadro negro, ou mop) enquanto a história está sendo
contada.
 Com interferência do narrador e dos ouvintes. Pode-se
introduzir a interferência se o texto requer ou sugere e a
interferência consite numa participação ativa dos
ouvintes pela voz e/ou gestos.
Atividades à partir da história
 As atividades subseqüentes, podem ou não serem
propostas após a contação.
 Tudo depende da intenção do contador. As
chamadas atividades de enriquecimento ajudam a
“digerir” esse alimento num processo de associação
a outras práticas artísticas e educativas.
 A história funciona então como agente
desencadeador de criatividade, inspirando cada
pessoa a manifestar-se expressivamente, de acordo
com sua preferência.
Há vários tipos de atividades que podem ser
desenvolvidas baseadas nas sugestões que o
enredo oferece:
 dramatização;
 desenhos, recortes, modelagem;
 criação de textos orais e escritos;
 brincadeiras;
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Contação de histórias

  • 1. Contação de Histórias: A importância desse trabalho na escola
  • 2. Contribuições:  Além de despertar o gosto pela literatura e pela leitura, pois a ação aproxima o ouvinte do livro levando-o a desenvolver a imaginação, algumas habilidades como percepção auditiva, concentração, hábito de ouvir, capacidade de recontar, desenvolvimento da criatividade na hora de produzir seus próprios textos também podem ser exploradas.  As histórias também têm um caminho terapêutico, tanto para quem conta, como para quem ouve, pois é um exercício de renovação, um encontro com diferentes possibilidades, o que aguça o imaginário e as emoções.
  • 3. O contador de histórias  Primeiramente, devemos partir do pressuposto que todos podem ser contadores de histórias.  Para conduzir bem o processo , o contador deve ser absolutamente apaixonado pelo mundo do faz de conta. Estar envolvido afetivamente com a narrativa é ponto fundamental.  Mesmo aqueles que acreditam não possuir a marca da palavra na alma, podem, através do gosto e do interesse pela arte de contar histórias, se exercitar e aprender algumas técnicas que possam facilitar no momento da “contação”.
  • 4. O ritual da contação  Para contar um conto exige-se que se prepare devidamente o ambiente. Os ouvintes devem sentir- se à vontade para se entregar à história e principalmente sentir confiança naquele que narra, pois este vai leva-los aos mais fantásticos lugares, à presença dos mais misteriosos personagens e deve, sobretudo, inspirar segurança.  Observamos, portanto, que os contos sempre tiveram uma função muito especial dentro das práticas culturais e sociais de todos os povos. Não devemos trabalhá-los, porém, como uma “maquiagem” para os problemas, para que não se perceba a realidade social, mas sim para que nos façam ficar próximos de nossa vivência.
  • 5. A escolha da história  A escolha da história é fundamental para o sucesso da narrativa. Num primeiro momento deve-se observar o público e a faixa etária que se quer atingir. A fase de desenvolvimento da criança e seu entendimento devem ser avaliados.  Porém, mais importante que o gosto ou a idade do público, é necessário que o narrador se identifique com a história, se divirta com ela. Acredite no que vai contar. Nenhuma história será contada com veracidade e intensidade se o contador não acreditar nela.
  • 6.  Devemos estudar, conhecer a história que vamos contar. Isso não significa decora-la, mas sim perceber sua estrutura.  Deve-se perceber quais são os acontecimentos principais da história. Na introdução devemos cuidar para que não seja muito longa, dispersando a atenção dos ouvintes. Já o clímax deve ser percebido pelos momentos de tensão da história, que dão realmente o sentido da narrativa e o final, deve ser o mais esperado pelos ouvintes.  Algumas narrativas podem ser acompanhadas de música, de versos que “embrulhem” a história, tornando-a ainda mais encantadora e inesquecível.
  • 7. Formas de apresentação das histórias  Em primeiro lugar o contador deve ter consciência de que a história é que é importante. Ele é apenas um transmissor, conta o que aconteceu – e o faz com naturalidade, sem afetação, deixando as palavras fluírem.  A naturalidade do contador é fundamental e só ocorre quando o narrador conhece e sente-se seguro diante da história que escolheu.  Um narrador, mesmo envolvido pela história não deve agir como se estivesse num palco representando e deve transmitir suas emoções pela voz, seu principal instrumento.
  • 8.  O narrador tem que se expressar numa voz definida, inconfundível, tem de saber modulá-la de acordo com o que está contando, considerando os seguintes aspectos:  intensidade (é a voz que sugere o que aconteceu, ora mais fortes vibrante, suave, num tom mais baixo ou mais alto, porém tomando-se o cuidado para não se tornar estridente ou de falsete);  clareza (significa boa dicção, correção de linguagem e evitando repetições desncessárias – tipo, né, aí...)  conhecimento ( o narrador precisa aprofundar-se no estudo da literatura infantil).
  • 9. Recursos mais utilizados  A simples narrativa: a mais fascinante, antiga, tradicional e autentica de todas as formas. Não requer nenhum acessório e se processa por meio da voz e da postura do narrador. Este por sua vez, com suas mãos livres, concentra todo sua força na expressão corporal.  Com o livro: O livro às vezes se faz necessário quando o texto se utiliza de rimas ou poemas, ou traz ilustração sem texto.
  • 10. Quando lemos uma história, também temos alguns compromissos que não devemos esquecer como:  conhecer a história;  ler com expressão;  despertar nos ouvintes sentimentos traduzidos pelo autor;  ler com voz agradável e de modo inteligível, pronunciando clara e corretamente as palavras;  ler certo, respeitando pausas e acentuação;  manter o corpo em posição correta.
  • 11. Outros recursos também podem ser utilizados:  com gravuras: as gravuras ampliadas favorecem sobretudo as crianças pequenas, facilitando sua visualização;  com flanelógrafo: as figuras podem ser confeccionadas em flanela, feltro ou papel camurça. Outra opção é usar recortes de revistas, etc;  com desenhos: as figuras ou idéias que aparecem na história podem ser desenhadas pelo narrador (em quadro negro, ou mop) enquanto a história está sendo contada.  Com interferência do narrador e dos ouvintes. Pode-se introduzir a interferência se o texto requer ou sugere e a interferência consite numa participação ativa dos ouvintes pela voz e/ou gestos.
  • 12. Atividades à partir da história  As atividades subseqüentes, podem ou não serem propostas após a contação.  Tudo depende da intenção do contador. As chamadas atividades de enriquecimento ajudam a “digerir” esse alimento num processo de associação a outras práticas artísticas e educativas.  A história funciona então como agente desencadeador de criatividade, inspirando cada pessoa a manifestar-se expressivamente, de acordo com sua preferência.
  • 13. Há vários tipos de atividades que podem ser desenvolvidas baseadas nas sugestões que o enredo oferece:  dramatização;  desenhos, recortes, modelagem;  criação de textos orais e escritos;  brincadeiras;  construção de maquetes;