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Capítulo 9<br />“Meu corpo pesada de nada adiantava<br />Para carregar o meu grande fardo<br />Diante daquela situação...<br />Minhas desculpas não são suficientes<br />Para lhe trazer de volta...”<br />Giro 7, manhã<br />Pequeno demônio: _Eeei, Brokk, por que será que o mestre chamou a gente aqui?<br />Brokk: _Ainda não sei, Eitri, veremos, como ele nunca chama a gente deve ser algo bem importante...<br />Eitri: _Cara, deve ser muito importante... Ele não chama a gente faz séculos!<br />Brokk: _Tem razão, é melhor a gente chegar ao palácio o quanto antes!<br />Estava uma grande algazarra no inferno, todos os demônios voavam e corriam para uma só direção. Os dois demônios citados acima são velhos guerreiros que morreram em guerras passadas, os nomes deles eram Brokk e Eitri. Em forma de demônio, eles adquiriam chifres um pouco alongados para seus tamanhos, relativamente pequenos. Brokk tinha chifres virados para trás, enquanto que os do Eitri eram virados para frente.<br />Brokk: _Aqui está tendo muito movimento! Vamos acabar sendo esmagados!<br />Eitri: _Então vamos sair daqui!<br />Eles saíram da multidão em correria e pegaram um caminho ao lado deles.<br />Quando chegaram ao palácio, estava uma grande aura vermelha tomando conta do lugar, era Acrux levantado em um grande palco na frente do palácio, esperando que todos os demônios estivessem escutando. Claro que todos não estavam lá, mas os que estavam já iriam avisar aos outros sobre o aviso. Lá estavam juntados pelo menos 1 milhão de demônios de todos os tamanhos.<br />Brokk: _Tem muito demônio! Olha o tamanho desses brutamontes! <br />Eitri: _Fala baixo Brokk, não quer que arranquem nossos chifres não é?<br />Brokk: _Mas eles se mexem demais, alguma hora eles podem pisar em nós, caramba!<br />Acrux: _Senhores Demônios! Escutai com atenção!<br />Impressionante como todos aqueles milhares de demônios calaram e pararam de se mover quando o Deus do inferno levantou voz... Isso queria dizer que ele tinha bastante poder entre os demônios ali presentes...<br />Acrux: _Er... Obrigado primeiramente por virem aqui! Sei que vocês estavam muito ocupados por estarem pagando seus pecados, mas eu vim aqui lhes falar de uma causa de importância maior! Diante de minha grande angústia de permanecer neste lugar sem vida... Er... Eu simplesmente decidi sair do inferno, meus servos!<br />Em questão de segundos, todos os demônios voltaram a fazer algazarra, mas quando Acrux sinalizou retornar a palavra, todos se calaram:<br />Acrux: _Não te preocupes, meu povo! Eu não vou abandonar vocês! Simplesmente farei daquela terra acima de nós o lugar de nossa conquista! Eu vou levar todos vocês de volta para cima, mas é claro que eu preciso da ajuda de vocês! Aviso-lhes que sairei desse lugar em breve e preciso que os senhores treinem lutas com espadas para que possam lutar ao meu lado na superfície quando eu convocar todos vocês! A convocação será aleatória, então peço para que avise todos no inferno para treinar, pois todos em breve podem ter ido uma ou duas vezes lá para a superfície! Em breve, tudo será nosso, me desejem sorte meus irmãos!<br />Então todos os demônios ficaram inquietos e saudando o grande Deus do Inferno para dar sorte a ele.<br />Pouco a pouco, todos os demônios voltavam ao seu local de origem.<br />Brokk: _Aí Eitri! Se o nosso senhor Acrux conseguir conquistar o mundo de cima, nós poderemos voltar para onde nascemos!<br />Eitri: _Que máximo Brokk! Acho que devemos treinar por enquanto por que ainda não sabemos que hora vamos ir lá para a superfície!<br />Brokk: _Pois é! De volta aos velhos tempos irmão!<br />Eitri: _Pois é! Mas dessa vez não sairemos perdendo!<br />Enquanto isso, na superfície, eu já estava no corredor da minha escola me encaminhando para minha sala.<br />Avistei Graffias pelo corredor e cumprimentei-o e começamos a conversar. Depois de alguns segundos, eu me dei conta de uma coisa e perguntei a ele:<br />Eu: _Graffias... Você viu o... Meu irmão por aí?<br />Graffias: _Sabe... Não o vi quando cheguei aqui, por quê?<br />Eu: _Não é nada não...<br />Pensei em algo pior por ele faltar à aula, mesmo que nunca tenho visto ele aqui, sei que ele não é disso... <br />Então eu fui à aula e lá estava de novo o professor de historia, Arcturus, quem sabe qual era o assunto da aula de hoje?<br />Arcturus: _Hoje eu vou falar de um assunto interessante com vocês... Bom, pelo menos para mim é interessante e espero que vocês gostem...<br />Então antes de falar sobre qualquer coisa com a gente, ele pegou um papel em sua mesa e nos mostrou um tipo de símbolo muito estranho.<br />Era como um ‘quatro’ em junção com um ‘dois’, os dois formavam um símbolo que tinha um círculo em uma parte, um triângulo na lateral e um quadrado embaixo do símbolo. Ao mostrar esse símbolo, ele começou:<br />Arcturus: _Não sei se vocês já viram esse símbolo então vou explicar para vocês... Esse símbolo é o representante do chamado Esquadrões de Órion... No símbolo vocês podem ver três símbolos. Cada símbolo representa um esquadrão de Órion... Mas primeiro devo dizer pra vocês o seguinte: Os Esquadrões de Órion são simplesmente guerreiros que foram purificados com parcelas dos poderes do Deus Órion por que ele queria formar guardiões para proteger várias coisas que eram dele. O Círculo nesse símbolo representa o Esquadrão de Proteção ao Cinturão de Órion. Dizem que o Cinturão de Órion te dá um poder absoluto entre os Deuses que você pode usar apenas uma vez, mas que é muito usual para conseguir o que você quiser... Nesse Esquadrão existem três guardiões. O Triângulo no símbolo representa o Esquadrão de Proteção do Poder de Órion, mas dizem que esse esquadrão foi desfeito e seus guardiões agora andam pelo planeta. Antigamente era composta de quatro guardiões. O Quadrado no símbolo representa o Esquadrão de Proteção do Palácio de Órion, esse é o mais novo e maior esquadrão que existe no mundo dos deuses e é o mais poderoso deles. Ele é responsável também pela defesa da nossa cidade por ataques de monstros e etc. Esse esquadrão é composto por onze guardiões e é o único Esquadrão que tem seu poder distribuído de forma escalar... Que eu explico isso para vocês na nossa próxima aula! Vocês vão ter que sair agora então até mais e tenham um ótimo dia!<br />Todos os alunos naquele dia pareciam estar um pouco interessados no assunto de Arcturus, coisa que eu nunca tinha visto antes... Eu acho que isso é bom para a auto-estima de um professor como ele... Dedicado e tudo mais...<br />Então a minha próxima aula era a aula de luta, naquele dia eu tinha trago a minha espada, mas não sabia que eu iria usar uma espada de madeira, para não ter o perigo de machucar alguém... Eu tinha me esquecido desse detalhe...<br />Então eu vi os meus amigos lutando entre si.<br />Graffias estava treinando com Diphrá e a Adara estava treinando sozinha luta com bastão.<br />Eu: _Adara, não acha um pouco inútil lutar com bastão sem ninguém?<br />Adara: _Ora... Não tem ninguém para lutar comigo!<br />Então eu olhei para onde ela estava, entrei no ringue que ela estava, deixei a minha mochila e minha espada em um canto e empunhei uma espada de madeira na frente dela.<br />Adara: _O que você está fazendo?<br />Rodei a espada de madeira em minha mãe e me posicionei em ataque um pouco afastado dela e disse:<br />Eu: _Ora... Eu quero lutar com você! E eu acho que vai ser um grande treino por que você está em uma ligeira vantagem sobre mim por esse bastão ter dois lados e a minha espada ter só um... O que acha?<br />Então ela afastou seus pés, se abaixou um pouco e levantou o bastão dela em minha direção, como se fosse se preparar para atacar:<br />Adara: _Eu sempre quis lutar assim contigo! Vamos ver do que você é capaz, Lucas!<br />Então ela investiu contra mim. Eu vi a ponta daquele bastão se aproximar de mim rapidamente, então eu abaixei e investi a ponta da minha espada contra a cintura dela, mas ela pulou  para trás e voltou à posição.<br />Eu: _Não tente chegar muito perto sem estar preparada, ein!<br />Então eu corri para cima dela com a espada empunhada e movi a minha espada contra ela lateralmente, ela defendeu horizontalmente com o bastão e se segurou nele. Eu rapidamente tirei a espada, me abaixei e tentei acertas as pernas dela com a espada. Mas ela colocou o bastão no chão, impedindo a minha espada com ele e ela tentou me acertar com a perna dela. Eu me afastei por pouco e me levantei rapidamente, ficando em guarda novamente.<br />Eu: _Parece que eu lhe subestimei, ein!<br />Ela rodou o bastão rapidamente por entre as mãos e parou-o em direção a mim, dizendo:<br />Adara: _A gente poderia para de brincar agora, o que acha?<br />Eu fui para cima dela e acertei a minha espada verticalmente quatro vezes contra o bastão dela. Eu vi que ela segurava a lateral do bastão então eu mirei na mão dela. Ela tirou e desviou o meu corpo, na intenção que minha espada levasse o bastão dela. Então com isso, eu coloquei meu pé esquerdo a frente e movi a minha espada pelo bastão dela até chegar no corpo dela, mas ela deslizou o bastão e colocou ele horizontalmente e empurrou com força a minha espada. Essa força me fez ir para trás, então ela rodou o corpo dela a fim de me confundir. Eu olhei bem quando ela moveu o bastão dela pela ponta para tentar me acertar, então eu me abaixei e o bastão dela passou por cima de mim. O que eu não vi é a outra ponta do bastão que já estava em cima de mim, então eu me afastei rapidamente e a vi apoiar o corpo no bastão e pular por cima por mim. Eu me virei e a vi de costas, mas ela se virou rapidamente com o bastão bem posicionado para me acertar. Eu me joguei para trás e acabei caindo indefeso. Então ela apontou a ponta do bastão para o meu pescoço.<br />Ela estava bastante ofegante e eu também, então ela disse:<br />Adara: _Que tal ein... O que achou?<br />Eu: _Você está bem rápida ein! Gostei de sua atuação!<br />Então ela juntou os pés, se inclinou a minha frente e depois me estendeu a mão e me ajudou a levantar, dizendo, ainda ofegante:<br />Adara: _Foi um prazer treinar com você, Lucas!<br />Então me revelou um sorriso bem bonito... Coisa que eu não vejo faz tempo, até fiquei um pouco constrangido de ver aquilo...<br />Era de tarde e a gente já estava de saída da escola, mas o Diphrá ainda estava lá então eu perguntei a ele:<br />Eu: _Diphrá, por que você estava no pátio?<br />Diphrá: _Bom... Eu sou parte do multirão de limpeza e o pátio ainda está sujo do festival do Kawazu...<br />Então eu caminhei com ele até o pátio e disse:<br />Eu: _Vamos, eu vou lhe ajudar para terminar isso mais rápido...<br />Diphrá: _Aaah, brigado cara! Eu precisava muito!<br />Estávamos andando, e eu percebi que minha espada ainda estava na minha cintura e eu não tinha deixado em casa por causa do treino... Novamente me lembrava de meu erro, engraçado até...<br />Enquanto varríamos o pátio e acumulávamos o lixo, já ficava de noite e algumas nuvens estavam se ajuntando acima de nós. Eu olhei para cima e depois vi o rosto de Diphrá, que também estava olhando para cima, como se estivesse vendo alguém lá encima. Aquela visão dele ficou na minha cabeça como se eu tivesse visto uma pintura... Era interessante...<br />Diphrá: _Lucas.<br />Eu: _Sim?<br />Diphrá: _Eu soube que seu irmão está estudando aqui, não é?<br />Eu olhei para baixo, continuei varrendo e respondi dois segundos depois com voz fraca:<br />Eu: _Sim...<br />Diphrá: _Eu soube também que você não gosta dele...<br />Eu parei de varrer e disse para Diphrá:<br />Eu: _Não é que eu não goste dele... O problema é que eu não falo muito com ele e ele não gosta de mim...<br />Diphrá fez um som com a boca e continuou varrendo.<br />Eu vi a face dele, ele parecia estar triste, como se lembrasse de alguma coisa...<br />Diphrá: _Acho que ele gosta de você, sabe?<br />Eu olhei para ele e ele estava varrendo e falando:<br />Diphrá: _Normalmente eles só têm inveja... Ele não odeia você... Pode ter certeza!<br />Eu olhei para ele, dei uma risada e depois não agüentei e gargalhei alto.<br />Diphrá: _Ei! Por que você está rindo?<br />Eu: _Aah, sabe? É por isso que eu gosto de você cara! Você sempre sabe quais são os meus problemas sem nem mesmo me perguntar!<br />Diphrá: _Ora! Se eu não conseguisse isso não iria ao menos sonhar em ser herói!<br />Depois que ele disse isso, nós dois rimos bastante.<br />Momentos depois, um trovão nos alertou que uma chuva estava começando a cair, então rapidamente a gente entrou por um dos corredores da escola do lado do pátio.<br />Já era de noite e as luzes estavam ligadas. O som da chuva estava relativamente alto e eu não escutava muita coisa dentro da escola. Diphrá então disse que iria guardar os equipamentos e disse que eu poderia se arrumar para ir embora se eu quisesse.<br />Eu fui caminhando até que eu escutei um som de algo de metal caindo no chão, um som bem alto, mas não dava para escutar direito por causa da chuva. Eu percebi que o som via da cozinha. Eu vi que a luz estava meio fraca e aquilo dava um tom muito sombrio à situação. Então eu ouvi mais um barulho seguido de outro. Saquei a minha espada e fui rapidamente até a cozinha, no fim do corredor.<br />Quando eu cheguei na frente da porta para ver quem estava lá, eu vi quem eu não esperava ver... O meu irmão... Ele estava quebrando tudo na cozinha, vários armários estavam cortados por causa da espada que ele empunhava. Eu olhei nos olhos dele, assustado, e vi que ele estava inexpressivo. Ele olhou para mim e começou a correr na direção da outra porta.<br />Eu corri atrás dele, gritando:<br />Eu: _Pablo! Pablo! Espere!<br />Parece que ele não me ouvia, ele corria mais ainda, quando ele diminuiu a velocidade e se jogou na janela do corredor.<br />Rapidamente olhei pela janela quebrada e vi ele no meio do mato do lado da escola. Aquele mato ficava perto da praça, então era a reserva ecológica de lá. Tinham muitas árvores e eu só vi elas se mexendo enquanto ele corria mais ainda.<br />Fui rapidamente e desci as escadas ao invés de seguir ele pulando pela janela.<br />Eu fui para fora da escola na direção por onde ele foi e entrei na mata quase que densa demais. Estava chovendo bastante e meu pêlo já estava todo molhado, mas eu continuava correndo por entre a floresta para tentar achar ele. Como estava escuro e não tinha iluminação, eu não conseguia ver onde ele estava. A única coisa que iluminava o lugar era a iluminação que Amalthea refletia.<br />Depois de alguns minutos correndo, eu finalmente o achei. Ele estava ajoelhado com as mãos na cabeça. Sua espada estava do lado dele e ele não fazia nada, eu fiquei meio preocupado e chamei por ele. Ele olhou para mim com um olhar muito assustado. Então ele se levantou, pegando a sua espada que estava no chão, e se pôs em posição de combate. Ele então, ofegante, disse:<br />Pablo: _Eu... Eu sempre esperei... Por essa chance... De acabar com você, irmão!<br />
Cap 9
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Aviso-lhes que sairei desse lugar em breve e preciso que os senhores treinem lutas com espadas para que possam lutar ao meu lado na superfície quando eu convocar todos vocês! A convocação será aleatória, então peço para que avise todos no inferno para treinar, pois todos em breve podem ter ido uma ou duas vezes lá para a superfície! Em breve, tudo será nosso, me desejem sorte meus irmãos!<br />Então todos os demônios ficaram inquietos e saudando o grande Deus do Inferno para dar sorte a ele.<br />Pouco a pouco, todos os demônios voltavam ao seu local de origem.<br />Brokk: _Aí Eitri! Se o nosso senhor Acrux conseguir conquistar o mundo de cima, nós poderemos voltar para onde nascemos!<br />Eitri: _Que máximo Brokk! Acho que devemos treinar por enquanto por que ainda não sabemos que hora vamos ir lá para a superfície!<br />Brokk: _Pois é! De volta aos velhos tempos irmão!<br />Eitri: _Pois é! Mas dessa vez não sairemos perdendo!<br />Enquanto isso, na superfície, eu já estava no corredor da minha escola me encaminhando para minha sala.<br />Avistei Graffias pelo corredor e cumprimentei-o e começamos a conversar. Depois de alguns segundos, eu me dei conta de uma coisa e perguntei a ele:<br />Eu: _Graffias... Você viu o... Meu irmão por aí?<br />Graffias: _Sabe... Não o vi quando cheguei aqui, por quê?<br />Eu: _Não é nada não...<br />Pensei em algo pior por ele faltar à aula, mesmo que nunca tenho visto ele aqui, sei que ele não é disso... <br />Então eu fui à aula e lá estava de novo o professor de historia, Arcturus, quem sabe qual era o assunto da aula de hoje?<br />Arcturus: _Hoje eu vou falar de um assunto interessante com vocês... Bom, pelo menos para mim é interessante e espero que vocês gostem...<br />Então antes de falar sobre qualquer coisa com a gente, ele pegou um papel em sua mesa e nos mostrou um tipo de símbolo muito estranho.<br />Era como um ‘quatro’ em junção com um ‘dois’, os dois formavam um símbolo que tinha um círculo em uma parte, um triângulo na lateral e um quadrado embaixo do símbolo. Ao mostrar esse símbolo, ele começou:<br />Arcturus: _Não sei se vocês já viram esse símbolo então vou explicar para vocês... Esse símbolo é o representante do chamado Esquadrões de Órion... No símbolo vocês podem ver três símbolos. Cada símbolo representa um esquadrão de Órion... Mas primeiro devo dizer pra vocês o seguinte: Os Esquadrões de Órion são simplesmente guerreiros que foram purificados com parcelas dos poderes do Deus Órion por que ele queria formar guardiões para proteger várias coisas que eram dele. O Círculo nesse símbolo representa o Esquadrão de Proteção ao Cinturão de Órion. Dizem que o Cinturão de Órion te dá um poder absoluto entre os Deuses que você pode usar apenas uma vez, mas que é muito usual para conseguir o que você quiser... Nesse Esquadrão existem três guardiões. O Triângulo no símbolo representa o Esquadrão de Proteção do Poder de Órion, mas dizem que esse esquadrão foi desfeito e seus guardiões agora andam pelo planeta. Antigamente era composta de quatro guardiões. O Quadrado no símbolo representa o Esquadrão de Proteção do Palácio de Órion, esse é o mais novo e maior esquadrão que existe no mundo dos deuses e é o mais poderoso deles. Ele é responsável também pela defesa da nossa cidade por ataques de monstros e etc. Esse esquadrão é composto por onze guardiões e é o único Esquadrão que tem seu poder distribuído de forma escalar... Que eu explico isso para vocês na nossa próxima aula! Vocês vão ter que sair agora então até mais e tenham um ótimo dia!<br />Todos os alunos naquele dia pareciam estar um pouco interessados no assunto de Arcturus, coisa que eu nunca tinha visto antes... Eu acho que isso é bom para a auto-estima de um professor como ele... Dedicado e tudo mais...<br />Então a minha próxima aula era a aula de luta, naquele dia eu tinha trago a minha espada, mas não sabia que eu iria usar uma espada de madeira, para não ter o perigo de machucar alguém... Eu tinha me esquecido desse detalhe...<br />Então eu vi os meus amigos lutando entre si.<br />Graffias estava treinando com Diphrá e a Adara estava treinando sozinha luta com bastão.<br />Eu: _Adara, não acha um pouco inútil lutar com bastão sem ninguém?<br />Adara: _Ora... Não tem ninguém para lutar comigo!<br />Então eu olhei para onde ela estava, entrei no ringue que ela estava, deixei a minha mochila e minha espada em um canto e empunhei uma espada de madeira na frente dela.<br />Adara: _O que você está fazendo?<br />Rodei a espada de madeira em minha mãe e me posicionei em ataque um pouco afastado dela e disse:<br />Eu: _Ora... Eu quero lutar com você! E eu acho que vai ser um grande treino por que você está em uma ligeira vantagem sobre mim por esse bastão ter dois lados e a minha espada ter só um... O que acha?<br />Então ela afastou seus pés, se abaixou um pouco e levantou o bastão dela em minha direção, como se fosse se preparar para atacar:<br />Adara: _Eu sempre quis lutar assim contigo! Vamos ver do que você é capaz, Lucas!<br />Então ela investiu contra mim. Eu vi a ponta daquele bastão se aproximar de mim rapidamente, então eu abaixei e investi a ponta da minha espada contra a cintura dela, mas ela pulou para trás e voltou à posição.<br />Eu: _Não tente chegar muito perto sem estar preparada, ein!<br />Então eu corri para cima dela com a espada empunhada e movi a minha espada contra ela lateralmente, ela defendeu horizontalmente com o bastão e se segurou nele. Eu rapidamente tirei a espada, me abaixei e tentei acertas as pernas dela com a espada. Mas ela colocou o bastão no chão, impedindo a minha espada com ele e ela tentou me acertar com a perna dela. Eu me afastei por pouco e me levantei rapidamente, ficando em guarda novamente.<br />Eu: _Parece que eu lhe subestimei, ein!<br />Ela rodou o bastão rapidamente por entre as mãos e parou-o em direção a mim, dizendo:<br />Adara: _A gente poderia para de brincar agora, o que acha?<br />Eu fui para cima dela e acertei a minha espada verticalmente quatro vezes contra o bastão dela. Eu vi que ela segurava a lateral do bastão então eu mirei na mão dela. Ela tirou e desviou o meu corpo, na intenção que minha espada levasse o bastão dela. Então com isso, eu coloquei meu pé esquerdo a frente e movi a minha espada pelo bastão dela até chegar no corpo dela, mas ela deslizou o bastão e colocou ele horizontalmente e empurrou com força a minha espada. Essa força me fez ir para trás, então ela rodou o corpo dela a fim de me confundir. Eu olhei bem quando ela moveu o bastão dela pela ponta para tentar me acertar, então eu me abaixei e o bastão dela passou por cima de mim. O que eu não vi é a outra ponta do bastão que já estava em cima de mim, então eu me afastei rapidamente e a vi apoiar o corpo no bastão e pular por cima por mim. Eu me virei e a vi de costas, mas ela se virou rapidamente com o bastão bem posicionado para me acertar. Eu me joguei para trás e acabei caindo indefeso. Então ela apontou a ponta do bastão para o meu pescoço.<br />Ela estava bastante ofegante e eu também, então ela disse:<br />Adara: _Que tal ein... O que achou?<br />Eu: _Você está bem rápida ein! Gostei de sua atuação!<br />Então ela juntou os pés, se inclinou a minha frente e depois me estendeu a mão e me ajudou a levantar, dizendo, ainda ofegante:<br />Adara: _Foi um prazer treinar com você, Lucas!<br />Então me revelou um sorriso bem bonito... Coisa que eu não vejo faz tempo, até fiquei um pouco constrangido de ver aquilo...<br />Era de tarde e a gente já estava de saída da escola, mas o Diphrá ainda estava lá então eu perguntei a ele:<br />Eu: _Diphrá, por que você estava no pátio?<br />Diphrá: _Bom... Eu sou parte do multirão de limpeza e o pátio ainda está sujo do festival do Kawazu...<br />Então eu caminhei com ele até o pátio e disse:<br />Eu: _Vamos, eu vou lhe ajudar para terminar isso mais rápido...<br />Diphrá: _Aaah, brigado cara! Eu precisava muito!<br />Estávamos andando, e eu percebi que minha espada ainda estava na minha cintura e eu não tinha deixado em casa por causa do treino... Novamente me lembrava de meu erro, engraçado até...<br />Enquanto varríamos o pátio e acumulávamos o lixo, já ficava de noite e algumas nuvens estavam se ajuntando acima de nós. Eu olhei para cima e depois vi o rosto de Diphrá, que também estava olhando para cima, como se estivesse vendo alguém lá encima. Aquela visão dele ficou na minha cabeça como se eu tivesse visto uma pintura... Era interessante...<br />Diphrá: _Lucas.<br />Eu: _Sim?<br />Diphrá: _Eu soube que seu irmão está estudando aqui, não é?<br />Eu olhei para baixo, continuei varrendo e respondi dois segundos depois com voz fraca:<br />Eu: _Sim...<br />Diphrá: _Eu soube também que você não gosta dele...<br />Eu parei de varrer e disse para Diphrá:<br />Eu: _Não é que eu não goste dele... O problema é que eu não falo muito com ele e ele não gosta de mim...<br />Diphrá fez um som com a boca e continuou varrendo.<br />Eu vi a face dele, ele parecia estar triste, como se lembrasse de alguma coisa...<br />Diphrá: _Acho que ele gosta de você, sabe?<br />Eu olhei para ele e ele estava varrendo e falando:<br />Diphrá: _Normalmente eles só têm inveja... Ele não odeia você... Pode ter certeza!<br />Eu olhei para ele, dei uma risada e depois não agüentei e gargalhei alto.<br />Diphrá: _Ei! Por que você está rindo?<br />Eu: _Aah, sabe? É por isso que eu gosto de você cara! Você sempre sabe quais são os meus problemas sem nem mesmo me perguntar!<br />Diphrá: _Ora! Se eu não conseguisse isso não iria ao menos sonhar em ser herói!<br />Depois que ele disse isso, nós dois rimos bastante.<br />Momentos depois, um trovão nos alertou que uma chuva estava começando a cair, então rapidamente a gente entrou por um dos corredores da escola do lado do pátio.<br />Já era de noite e as luzes estavam ligadas. O som da chuva estava relativamente alto e eu não escutava muita coisa dentro da escola. Diphrá então disse que iria guardar os equipamentos e disse que eu poderia se arrumar para ir embora se eu quisesse.<br />Eu fui caminhando até que eu escutei um som de algo de metal caindo no chão, um som bem alto, mas não dava para escutar direito por causa da chuva. Eu percebi que o som via da cozinha. Eu vi que a luz estava meio fraca e aquilo dava um tom muito sombrio à situação. Então eu ouvi mais um barulho seguido de outro. Saquei a minha espada e fui rapidamente até a cozinha, no fim do corredor.<br />Quando eu cheguei na frente da porta para ver quem estava lá, eu vi quem eu não esperava ver... O meu irmão... Ele estava quebrando tudo na cozinha, vários armários estavam cortados por causa da espada que ele empunhava. Eu olhei nos olhos dele, assustado, e vi que ele estava inexpressivo. Ele olhou para mim e começou a correr na direção da outra porta.<br />Eu corri atrás dele, gritando:<br />Eu: _Pablo! Pablo! Espere!<br />Parece que ele não me ouvia, ele corria mais ainda, quando ele diminuiu a velocidade e se jogou na janela do corredor.<br />Rapidamente olhei pela janela quebrada e vi ele no meio do mato do lado da escola. Aquele mato ficava perto da praça, então era a reserva ecológica de lá. Tinham muitas árvores e eu só vi elas se mexendo enquanto ele corria mais ainda.<br />Fui rapidamente e desci as escadas ao invés de seguir ele pulando pela janela.<br />Eu fui para fora da escola na direção por onde ele foi e entrei na mata quase que densa demais. Estava chovendo bastante e meu pêlo já estava todo molhado, mas eu continuava correndo por entre a floresta para tentar achar ele. Como estava escuro e não tinha iluminação, eu não conseguia ver onde ele estava. A única coisa que iluminava o lugar era a iluminação que Amalthea refletia.<br />Depois de alguns minutos correndo, eu finalmente o achei. Ele estava ajoelhado com as mãos na cabeça. Sua espada estava do lado dele e ele não fazia nada, eu fiquei meio preocupado e chamei por ele. Ele olhou para mim com um olhar muito assustado. Então ele se levantou, pegando a sua espada que estava no chão, e se pôs em posição de combate. Ele então, ofegante, disse:<br />Pablo: _Eu... Eu sempre esperei... Por essa chance... De acabar com você, irmão!<br />