Desenvolvimento de competências em Webdesigner
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  1. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC SANTO AMARO Julio Ricardo Gomes Mota Desenvolvimento de competências em Webdesigner São Paulo 2016
  2. Julio Ricardo Gomes Mota Desenvolvimento de competências em Webdesign Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Docência para a Educação Profissional São Paulo 2016
  3. Julio Ricardo Gomes Mota Desenvolvimento de competências em Webdesign Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para a obtenção do grau de Especialista em Docência para a Educação Profissional. Orientador (a): Luciana Gimenes Parada Dos Santos A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em ________/_______/_______, considerou o (a) candidato (a): 1) Examinador (a) 2) Examinador (a) 3) Presidente
  4. A minha mãe, Sofia Mota, que foi a primeira e mais inesquecível de todas as professoras.
  5. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a mestre Luciana Parada Gimenes pela sua disposição, pela grande capacidade entender as dificuldades dos alunos e por sempre estar nos estimulando, com certeza é isso que fez com que vencêssemos as grandes dificuldades. Gostaria de agradecer também a todos os colegas de classe, com você aprendi muito, como diz o ditado “a união faz a força” e poder compartilhar conhecimento, experiências e as dificuldades de nosso trabalho a aprendizagem foi extremamente significativo. Gostaria de agradecer especialmente a minha esposa Fabrícia pelo incentivo e pelas horas que de atenção para compartilhar as minhas experiências, devaneios e modestas ideias sobre aprendizagem. Agradeço também a todos os alunos que participaram dos laboratórios, aprendi muito com todos vocês, a aprendizagem é uma via de mão dupla quem ensina aprende e muitas vezes quem aprende também ensina. Agradeço também meu irmão Jeff pelos feedbacks das minhas aulas. Não posso deixar de citar a coordenadora do CEP-TIC Nilce, que me auxiliou com o desenvolvimento do PTD, debatendo e me ajudando a amadurecer as ideias contidas neste trabalho. Quero agradecer ao S.r. Osvaldino Vieira que foi a maior influência para que eu me identificasse com essa profissão. Agradeço a toda a minha família e aos colegas da Extrafarma com os quais muitas vezes compartilhei minhas ideias sobre aprendizagem. Agradeço a professora Lina, Gilvana, James e Moises do CEPTIC, por aceitarem o participar do projeto que promoveu a sinergia de conhecimento entre cursos e competências distintas, tivemos muito trabalho e aprendizagem. Por fim quero agradecer a todas as pessoas as quais não citei o nome, mas participaram direta ou indiretamente na composição desse trabalho, todos foram de extrema importância.
  6. “Nunca diga às pessoas como fazer as coisas. Diga- lhes o que deve ser feito e elas surpreenderão você com sua engenhosidade. ” George Patton
  7. Resumo Este trabalho perpassa pela discussão das mudanças nas relações do homem com trabalho e a necessidade de adaptação de profissionais e escolas profissionalizantes para adequar-se aos requisitos do mercado na Era do Conhecimento. Embasado nas ideias de Perrenoud, Moreira, Ausubel e Kuller propõe a aprendizagem por meio do desenvolvimento de competências como uma solução para otimizar a preparação do discente e dessa forma promovendo uma melhor adaptação as constantes mudanças no mercado de trabalho. Por fim busca utilizar a metodologia dos 7 passos (ação – reflexão – ação), proposta por Kuller, como um meio para o desenvolvimento de competências no curso de Webdesign. Após o entendimento dos conceitos iniciais de competência e indicadores de competências foi desenvolvido o Plano de Trabalho Docente (PTD). Por fim, a metodologia foi aplicada em três laboratórios práticos em que para cada laboratório foi realizada uma análise e posteriormente o aprimoramento no PTD. Como resultado dos laboratórios percebeu-se que implementar no curso de Webdesign a aprendizagem por competência proporciona o autodesenvolvimento do aluno facilitando seu sucesso no mercado de trabalho.
  8. Abstract This work is for the discussion of the changes in the relationship of man with work and the need for adaptation of professional and vocational schools to suit market requirements in the age of knowledge. Based on the ideas of Perrenoud, Moreira, Ausubel and Kuller proposes learning through skills development as a solution to optimize student preparation and thus promoting a better adaptation to the constant changes in the labor market. Finally, the search using the methodology of the 7 steps (action-reflection-action), proposed by Kuller, as a means for the development of skills in Webdesign. After understanding the initial concepts of competence and skill indicators was developed the Teaching work plan (PTD). Finally, the methodology was applied in three Labs in which for each laboratory was conducted an analysis and the improvement in PTD. As a result of the Labs realized that implement the course competency learning Webdesign provides the self-development of facilitating student success in the labor market.
  9. SUMÁRIO 1. APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIA .......................................................... 13 1.1. O que é aprender.............................................................................................. 13 1.2. O homem, o trabalho e a aprendizagem. ......................................................... 14 1.3. O que é competência........................................................................................ 16 1.4. A construção de competências......................................................................... 18 1.4.1. Contextualização e mobilização............................................................... 19 1.4.2. Definição da atividade de aprendizagem.................................................. 20 1.4.3. Organização da atividade de aprendizagem ............................................. 21 1.4.4. Coordenação e acompanhamento............................................................. 21 1.4.5. Análise e avaliação da atividade de aprendizagem .................................. 21 1.4.6. Acesso a outras referências....................................................................... 22 1.4.7. Síntese e aplicação.................................................................................... 22 2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM WEBDESIGN. .................. 23 2.1. Laboratório I .................................................................................................... 23 2.2. Laboratório II................................................................................................... 27 2.3. Laboratório III.................................................................................................. 30 3. APRIMORANDO O PTD...................................................................................... 35 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 40 Referências ..................................................................................................................... 42 ANEXO 1 ....................................................................................................................... 43 ANEXO 2 ....................................................................................................................... 47 ANEXO 3 ....................................................................................................................... 48
  10. 11 INTRODUÇÃO De acordo com Chiavenato (CHIAVENATO, 2004) a partir da Segunda Revolução Industrial a tecnologia vem influenciando de forma poderosa o funcionamento das organizações, como exemplo temos os modelos de produção – Taylorismo e Fordismo – utilizados no século XX. Esses sistemas consistiam na divisão do trabalho e especialização do operário em uma só tarefa. Com a entrada da Era da informação e da atual Era do Conhecimento, o modelo de trabalho de grande parte das organizações modificou-se mais uma vez. Sendo assim, a simples execução de tarefas não mais confere à concepção de competência implicitamente exigida no mercado de trabalho. Essa se transformou, exigindo que o profissional tenha uma visão holística, possua autonomia, flexibilidade, saiba trabalhar em grupo e atualize conhecimentos de forma constante. Apesar de toda evolução cientifica, econômica e tecnológica a sociedade vive com grande desigualdade social. Em países como o Brasil a baixa qualidade do ensino formal que é oferecido a população das classes C e D aumentam as disparidades com relação a minoria dos trabalhadores que estão preparados para as exigências do mercado de trabalho. Nesse cenário, as instituições de ensino profissionalizante necessitam se adaptar as transformações desafiadoras que estão ocorrendo diariamente no mundo, faz-se necessário atualizar o conceito de competência as necessidades das organizações, utilizando as melhores práticas de ensino existentes. De acordo com Ausubel, o conteúdo sem significado é facilmente esquecido ocorrendo em uma aprendizagem superficial, ele afirma ainda que o aprendizado de novos conhecimentos ocorre a partir do que o aluno já sabe. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é possibilitar que os alunos tenham um salto qualitativo na aquisição de novos conhecimentos possibilitando o alinhamento das competências técnicas e comportamentais com as reais necessidades do atual mercado de trabalho em Webdesign. Neste contexto esse trabalho busca utilizar uma metodologia para desenvolvimento de competências que possibilite a capacitação do aluno de forma autônoma e profunda, considerando o inter-relacionamento entre competências e a real importância para os alunos e organizações. Tendo como objetivo a aplicação no curso de Webdesign de uma metodologia de ação e reflexão focada no desenvolvimento de competências transversais baseado na corrente cognitivista da aprendizagem significativa de Ausubel.
  11. 12 Esse trabalho está divido em três partes. Na primeira veremos os principais conceitos relacionados a competência, metodologia de ação - reflexão - ação e pôr fim a como a utilização da aprendizagem significativa pode auxiliar na aprendizagem do aluno. Na segunda parte, será feita uma análise sobre a aplicação desses conceitos em três laboratórios realizados com turmas de web design. Por fim, na terceira parte do trabalho será proposto uma situação de aprendizagem com base nos conceitos e experiências discutidas anteriormente.
  12. 13 1. APRENDIZAGEM POR COMPETÊNCIA 1.1. O QUE É APRENDER De forma simples aprender significa adquirir novos conhecimentos, sendo de extrema importância para o desenvolvimento humano, pois é com ela que a sociedade vem evoluindo. A criação das primeiras ferramentas há 150 mil anos atrás é um exemplo de aquisição de conhecimento em que o homem descobriu a usar pedras como uma ferramenta ou arma para defender-se de predadores. Descobertas como o domínio do fogo, a invenção da roda, agricultura e metalurgia também exemplificam o fato de que a aprendizagem pode transformar uma sociedade. Conforme a sociedade foi evoluindo a complexidade do conhecimento foi aumentando, neste ponto, o processo de aprendizagem deixa de ser simplesmente passado entre as pessoas, surgem pesquisadores e professores como figuras importantes neste cenário. Estudiosos buscaram entender o funcionamento do processo de aprendizagem, várias teorias foram criadas. Platão desenvolveu a Teoria do Inatismo que diz que cada ser nasce com uma predisposição para um determinado conhecimento, fazendo com que o professor tenha o papel apenas de auxiliar ao aluno durante o processo de ensino. Em contrapartida, Aristóteles em seu Empirismo afirma que o aluno aprende quando se relaciona com o meio, desconsiderando os saberes prévios do aluno. Outra corrente é a do construtivismo de Piaget que prega a participação ativa do aluno agindo e transformando o objeto de estudo. Neste contexto o professor deve criar situações de aprendizagem que proporcionem a interação e desenvolvimento do aluno (SANTOMAURO). Quando o aluno estuda algo novo que está relacionado a conhecimentos prévios ele aprenderá de forma mais eficaz do que em uma aprendizagem mecânica onde não há o relacionamento entre o objeto de estudo e a experiência do aluno.
  13. 14 1.2. O HOMEM, O TRABALHO E A APRENDIZAGEM. Durante a Era industrial houveram muitos avanços tecnológicos que favoreceram o aumento populacional, uma das consequências disso foi o aumento da demanda de produtos e serviços. Esse ciclo entre avanço tecnológico e aumento da demanda de produtos e serviços vem se estendendo até hoje em plena Era do Conhecimento, com isso cada vez mais organizações se emprenham para crescer e se manter no mercado extremamente competitivo. Com a popularização da internet, bilhões de pessoas passaram a ter acesso a milhares de informações as quais jamais tiveram pensado seus idealizadores, como consequência as pessoas têm a possibilidade de obter mais conhecimento e ficar mais exigente em relação aos produtos e serviços prestados pelas organizações (DELUIZ). Esse cenário vem mudando a forma como o homem se relaciona com o trabalho, organizações precisam aprimorar e inovar em seus produtos e serviços. Essa tendência influencia diretamente as relações do homem com o trabalho pois as empresas buscam os profissionais que sejam capazes de analisar e resolver problemas desafiadores, eles precisam estar atualizados, aprendendo constantemente de forma autônoma para acompanhar o mercado. Perrenoud (2012, p. 31) confirma isso quando diz: “Numa sociedade moderna, a busca pela eficácia justifica a reorganização permanente do trabalho. A globalização aumenta a concorrência. Apenas as organizações flexíveis conseguem sobreviver. Portanto, exige-se que os empregados se adaptem constantemente a novos produtos, a novas tecnologias, a novos conhecimentos, a novos métodos e a divisões do trabalho permanentemente remanejadas” Apesar de todas as transformações que o mercado vem sofrendo com o passar do tempo ainda existem instituições que preparam os alunos visando simplesmente transmitir conteúdo específico de seus cursos, utilizando métodos de ensino que não despertam a autonomia do aluno para resolver problemas e se adaptar as mais diversas situações que o mercado de trabalho irá lhe impor. Mais especificamente no mercado de Webdesign, a maioria dos cursos se limitam a ensinar a utilização de ferramentas, geralmente de forma mecânica onde o professor demonstra a utilização da ferramenta e o aluno apenas reproduz, desconsiderando fatores importantes como o conhecimento prévio do aluno em sua metodologia de aprendizagem e o mercado de trabalho.
  14. 15 Com relação ao mercado, o aluno não estará preparado pois a simples reprodução da utilização de softwares não proporciona as competências mais apreciadas pelos maiores clientes, como a capacidade de criar um design intuitivo, criativo, de boa usabilidade que permita o cliente lucrar com o investimento realizado. Já a aprendizagem do aluno fica prejudicada pois não é considerada a subjetividade e não será possível utilizar métodos que potencializem as capacidades deles, consequentemente os temas mais complexos não são bem entendidos e assimilados pois não há conexões dos novos conteúdos com os conhecimentos prévios do aluno. Sendo assim a aprendizagem acaba por ser superficial, facilmente esquecida e o engajamento do aluno no mercado de trabalho será mais difícil. Considerando o cenário que impõe constantes desafios aos profissionais faz-se necessário que a qualificação seja constantemente repensada e adaptada para que os alunos atinjam conhecimentos capazes de suprir as necessidades do mercado. De acordo com Perrenoud (2012, p. 30): "Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.). Para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações". Com base nessa afirma é plausível considerar que uma aprendizagem focada no desenvolvimento de competências está próxima de preparar o discente para os desafios do mercado de trabalho. Perrenoud (2012, p. 30) afirma ainda que “No mundo do trabalho, desenvolver as próprias competências deixou de ser uma escolha, passando a ser uma simples condição”. Isso significa que a preparação do futuro profissional deve ir além de simplesmente passar informação, levando-os a prática do autodesenvolvimento em prol da adaptação as constantes mudanças que ocorrem em qualquer área de trabalho.
  15. 16 1.3. O QUE É COMPETÊNCIA. A concepção de competência pode variar dependendo da área especifica de mercado. Para Perrenoud (2012, p. 45) é possível encontrar um consenso nas ciências da educação e do trabalho afirmando que: “competência é o poder de agir com eficácia em uma situação, mobilizando e combinando, em tempo real e de modo pertinente, os recursos intelectuais e emocionais”. Segundo Perrenoud (2012 apud Le Boterf1994) [...]”A competência não é um estado, e sim um processo. Se a competência é um saber agir, como funciona tal saber? O operador competente é aquele que é capaz de mobilizar e de colocar em prática, de modo eficaz, as diferentes funções de um sistema no qual intervêm recursos tão diversos quanto as operações de raciocínio, os conhecimentos, as ativações da memória, as avaliações, as capacidades relacionais ou os esquemas comportamentais. Essa alquimia continua sendo uma terra amplamente incógnita”. [..] Segundo Perrenoud (2012 apud Gillet,1991) [...]”uma competência é um sistema de conhecimentos, conceituais e processuais, organizados em esquemas operatórios e permitindo, no interior de um conjunto de situações, a identificação de uma tarefa-problema e a sua resolução, por meio de uma ação eficaz. (Gillet, 1991) ”[...] Com base nessas afirmações podemos concluir que é possível suprir as necessidades do exigente mercado de trabalho por meio do desenvolvimento de competências, onde o aprendiz deverá ser preparado não somente para realizar simples tarefas, mas estar apto a analisar novas situações que possam estar até além do seu conhecimento, mas por meio de um conjunto de conhecimentos e ações seja capaz de aprender, reter conhecimentos e adaptar-se a situações que aparecerão no cotidiano do trabalho. Considerando essas premissas é possível, por exemplo, prever as competências que os alunos do curso de Webdesign precisa desenvolver para estar preparado para as imprevisíveis situações desafiadoras que o cotidiano da profissão lhes trará. Neste caso, uma das competências a desenvolver é “Desenvolver layouts para websites”, que apesar do nome simples envolve uma série de saberes interconectados, por exemplo, planejar e aplicar Briefing com o cliente, planejar a arquitetura da informação, desenvolver design do layout com base em teorias do
  16. 17 design, aplicação de cores dentre tantos outros saberes necessários para o desenvolvimento do layout de um site. No entanto, é necessário frisar que desenvolver a competência de criação de layouts para websites se faz necessário a mobilização de outras competências, por exemplo, ao realizar o briefing (entrevista) com o cliente será necessário utilizar meios para se comunicar de forma efetiva, posteriormente será necessário analisar as informações coletadas e por fim será realizado o planejamento para criação do site. É importante perceber sem a mobilização da competência “saber se comunicar” dificilmente o aluno conseguirá realizar o briefing corretamente e como consequência seu projeto dificilmente terá sucesso. Ainda neste exemplo outra com competência necessária para que o aluno consiga fechar o contrato com o cliente é saber definir o preço e estimar o tempo necessário para criação do projeto, essas competências estão extremamente ligadas pois o futuro profissional deve conhecer todo o processo de criação de um site para estimar o valor do trabalho, também deverá considerar outras variáveis como aluguel, serviços, custos fixos e variáveis. Considerando que muitos aprendizes buscam trabalhar por contra própria, faz-se necessário considerar competências relacionadas ao empreendedorismo. Obviamente não é possível prever todas as situações que cada aluno enfrentará no mercado de trabalho, porém é preciso entender que as competências se relacionam em uma espécie de ecossistema e quando se desenvolve as competências de forma a relacioná-las com outras competências (diretamente ou indiretamente ligadas) a preparação para as situações de trabalho será mais completa. Perrenoud (2012, p. 71) confirma isso quando indaga se a competência transversal de analisar pode realmente ser definida como uma competência. Ainda que analise consista em utilizar lógica, método, memoria e raciocínio para perceber os componentes de um sistema e suas relações não é possível todas as pessoas que a possuam realizem análises de em todas as áreas do conhecimento. Sendo assim, ainda que analisar seja uma competência, muitas vezes se faz necessário a utilização de competências especificas para que a análise seja feita de forma eficaz.
  17. 18 1.4. A construção de competências Segundo Perrenoud (2012, p. 72) [...] “as competências não são algo que se possa ser ensinado, de modo que o seu desenvolvimento, dando ênfase ao papel do professor como criador de tais situações, numa posição muito diferente daquela de transmissor de saberes ”[..]. Sendo assim não é possível simplesmente ensinar uma competência, da mesma forma que se ensina operações aritméticas, as competências são desenvolvidas por meio de situações as quais planejadas para motivar e pôr o aluno no centro metodológico. Kuller (2012) confirma isso quando afirma: “em uma situação de aprendizagem, é sempre exigido o exercício das competências desenvolvidas”. Como exemplo podemos tomar uma situação de aprendizagem onde o aluno terá que escolher as cores que irá utilizar em um website. Nessa atividade o aluno precisará realizar uma tarefa de forma ativa, não podem ser apenas ouvinte em uma exposição dialogada. Segundo Kuller (2012), em termos de metodologia é possível realizar o desenvolvimento de competências utilizando qualquer método onde o aluno seja o protagonista da atividade. No entanto ele sugere uma estrutura que possa padronizar o desenvolvimento de competências de forma geral. A gráfico abaixo mostra a estrutura sugerida: Ilustração 1 – 7 passos para planejar atividade de desenvolvimento de competência. 1- Contextualizaç ão e Mobilização 2- Definição da atividade de aprendizagem 3- Organização da atividade de aprendizagem 4- Coordenação e acompanhame nto 5- Análise e avaliação das atividades de aprendizagem. 6- Acesso a outras referencias 7- Síntese e aplicação Situação de aprendizagem
  18. 19 1.4.1.CONTEXTUALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO. Esse passo levará ao aprendiz a compreensão e importância da situação de aprendizagem, visando relacionar a competência que será desenvolvida com conhecimentos prévios do aluno, proporcionando assim uma aprendizagem que “faça sentindo” e que seja significativa. Kuller (2012). Essa fase é uma preparação para o desenvolvimento da competência e é possível “nivelar os alunos” que estão mais distantes da competência a ser desenvolvida, isso é de extrema importância principalmente em cursos onde os conhecimentos não são comuns à maioria das pessoas, como nos cursos de Webdesign e Programação. Obviamente o professor terá que realizar um esforço maior em busca de elementos nestes cursos que se aproximem da realidade do aluno. Como afirmativa disso Ausubel (1968) diz que “[...]a contextualização deve servir de ponte entre o que o aluno já sabe e o que aluno deverá sabe”. Quando o conteúdo a ser ensinado é relacionado com o que o aluno já sabe essa aprendizagem passa a se tornar significativa. No que diz respeito a mobilização Kuller (2012) afirma que tem como objetivo estimular os alunos para as próximas etapas da situação de aprendizagem. Essa fase é muito importante pois pode ajudar o aluno a vencer seus medos, procrastinação, criando um ambiente favorável mentalmente para a aprendizagem. Esses estímulos são importantes pois de certa forma empurram o aluno a ir em frente de forma que possam ultrapassar os limites impostos pela própria mente, vencendo seus medos e inseguranças, podendo tornar-se um ciclo que frente aos resultados positivos o aluno perceba seu potencial de aprendizagem. De forma pratica a mobilização pode ser implementada como uma breve introdução do conteúdo, sendo possível utilizar recursos como imagens, vídeos, musicas, dinâmicas entre outros que possam impulsionar o aluno a desenvolver a competência desejada. Sendo assim a contextualização aproxima a competência a ser desenvolvida à realidade de vida do aluno tornando-a significativa para estes aprendizes e concomitantemente a mobilização os estimulam de forma que criem disposição para vencer os possíveis obstáculos que irão
  19. 20 encontrar durante a o desenrolar da situação de aprendizagem, com isso, podemos concluir que essa é uma etapa preparatória para atividade de aprendizagem que virá a seguir. O resultado desejado com essa etapa é a percepção dos alunos com relação a relevância da competência que será desenvolvida e motivá-los a superar suas dificuldades. 1.4.2.DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM A próxima etapa na metodologia de desenvolvimento de competências sugerida por Kuller (2012) é a definição da atividade de aprendizagem, ela é a primeira ação dentro do ciclo ação- reflexão-ação que tem por objetivo desenvolver uma competência. Essa deve ser uma atividade de aprendizagem do aluno, sendo assim, deve-se descartar qualquer metodologia onde o foco está no discente, tais como: a exposição dialogada, aula expositiva, instrução passo a passo para realização de tarefas. Existem inúmeros fatos que podem justificar essa abordagem, em primeiro lugar é necessário que o aluno desenvolva a competência por meio de exercício que deve ser um problema ou desafio que estimule os aprendizes. Uma boa prática é propor problemas/desafios contextualizados com situações que simulem a realidade que ocorre no mercado de trabalho, porém, nunca desconsiderando o nível de desenvolvimento atual do aluno. Considerando a subjetividade de cada aprendiz, pode-se enxergar outra grande vantagem que é possibilidade do aluno descobrir a sua melhor forma de aprender, criar seus próprios esquemas mentais de raciocínio e analise potencializando seus resultados. Ainda no que concerne ao protagonismo discente na ação desenvolvimento de competências é possível abrandar ou conciliar as disparidades de conhecimento em relação aos integrantes da turma, pois cada aluno poderá desenvolver e aprofundar-se de acordo com a sua própria capacidade. Mesmo que nessa fase o aluno deva ter prioridade no desenvolvimento da competência, não está eximida a responsabilidade do professor. De acordo com Kuller (2012) o “Exercício da competência poderia vir depois da demonstração do professor”.
  20. 21 1.4.3.ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM Com a definição da atividade de aprendizagem realizada deve-se prosseguir para organização da atividade de aprendizagem que é a terceira etapa, nela deve-se planejar e organizar a atividade que deve conter a orientação necessária para o professor conduzir a atividade e o aluno possa realiza-la. Na organização da atividade o professor deve prever o local e os recursos necessários para a realização da atividade, além disso é necessário descrever as etapas da atividade de aprendizagem. 1.4.4.COORDENAÇÃO E ACOMPANHAMENTO O próximo passo é a coordenação e acompanhamento que consiste em prever os meios acompanhar as ações dos alunos. É possível realizar esta tarefa de forma direta ou delega-la aos alunos. No caso da delegação deve-se analisar a possibilidade da presença ou não do professor que pode intensificar a metodologia da realidade externa em espaços públicos, em atividades individuais onde não seja possível a presença do professor. No curso de Webdesign é necessário que o professor observe constantemente o desenvolvimento dos alunos e quando necessário os auxilie a corrigir o curso da atividade principalmente quando se tratar de pesquisas na internet onde é comum encontrar materiais de má qualidade ou com informações obsoletas. Essa correção evita que o aluno trilhe pelo caminho errado e perca tempo. Para evitar esse tipo de problema é recomendável indicar sites e materiais confiáveis, porém nem sempre isso é possível. Ainda que seja necessário realizar correções no percorrer da atividade é preciso estimular a autonomia dos discentes em detrimento da simples transmissão de conhecimentos e informações. 1.4.5.ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM A quinta etapa consiste na análise e avaliação da atividade de aprendizagem, este é o momento de realizar uma reflexão com base na atividade de aprendizagem desenvolvida. Nela está descrita como é realizada a avaliação e como serão obtidos os resultados da atividade realizada.
  21. 22 É uma etapa de extrema importância pois proporciona aos alunos um feedback que poderá ajuda-los a corrigir possíveis erros ou dificuldades encontradas durante a atividade de aprendizagem. A avaliação deve ser planejada e utilizada como uma ferramenta que possibilite aos alunos refletir sobre suas atitudes e desempenho, para que possam assim reorganizar seus conhecimentos e posteriormente agir sobre ele para desenvolver a competência de forma mais eficaz. Existem vários formatos de realização de avaliação, porém os métodos tradicionais como provas nem sempre poderão medir a competência de um aluno ou levar os discentes a reflexão sobre seu aprendizado. 1.4.6.ACESSO A OUTRAS REFERÊNCIAS. Em seguida a próxima etapa é o acesso a outras referências que ainda faz parte da reflexão sobre a atividade desenvolvida, devem ser disponibilizados aos alunos as recomendações práticas, normas, a produção teórica relacionada a competência em desenvolvimento. Assim o aluno poderá comparar a atividade com a teoria existente. Esse momento é importante para os alunos no sentido de que será possível analisar e comparar as referências com os possíveis erros cometidos. Ainda que não houvesse erro é uma ótima oportunidade para realizar uma consolidação teórica esclarecendo pontos que ficaram obscuros ou sequer foram percebidos durante a atividade. 1.4.7. SÍNTESE E APLICAÇÃO Por fim o sétimo passo é a síntese e aplicação que consiste na ação dos alunos para sintetizar a aprendizagem e aplica-la em uma nova situação de aprendizagem.
  22. 23 2. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM WEBDESIGN. Este capítulo trata-se do relato da execução dos três laboratórios aplicados em sala de aula, considerando desde a criação do PTD até a sua execução, e os desdobramentos. Ao fazer uma análise mais profunda é possível perceber que existem um quarto laboratório que está relacionado aos alunos do Curso de Especialização em Docência para a Educação Profissional. Percebe-se então que enquanto os professores aplicam seus laboratórios por meio da utilização dos sete passos metodológicos para o desenvolvimento de competências ao mesmo tempo estão vivendo a experiência como alunos. Os PTDs desenvolvido para os laboratórios estão no ANEXO 1. Os três laboratórios foram aplicados no curso de Webdesign, porém, os conceitos da competência a ser desenvolvida foram alterados de acordo com as reflexões realizadas após a aplicação do laboratório I. Cada laboratório foi aplicado em uma turma diferente e após as avaliações do professor pelos alunos, sempre foi realizado um processo de reflexão em busca de respostas para melhorar o desenvolvimento do aluno. Os links para os formulários aplicados em sala estão disponíveis no ANEXO 2. 2.1. LABORATÓRIO I Como experiência de desenvolvimento de competências utilizando a metodologia de ação reflexão ação proposta por Kuller, foram realizados três laboratórios no curso de Webdesign, aplicadas em turmas diferentes, em diferentes contextos de conhecimento da metodologia e do próprio ponto focal de estudo que é a criação do layout de um site. O primeiro ponto a ser considerado são as especificidades encontradas em cursos de tecnologia, pois esta possui uma dinâmica de transformação muito intensa, sendo comumente necessário a realização de várias adaptações: • Do professor que precisa estar em sintonia com as novas tecnologias que estão sendo utilizadas no mercado de trabalho. Outro ponto é perceber as tecnologias que estão caindo em desuso, principalmente para que o ensino não seja embasado em conteúdo que não será utilizado no mercado. Sendo assim o professor deve estar em constante aprendizagem e requalificação.
  23. 24 • Do plano de curso que também devem estar atualizados com as mais recentes tecnologias utilizadas no mercado. • Em casos de curso com vários blocos a organização do cronograma que deve ter a melhor ordem para possibilitar ao aluno uma aprendizagem continua e estável. • Da instituição de ensino que deve disponibilizar os recursos minimamente necessários para o desenvolvimento das competências. Essas condições são importantes pois apesar de cada laboratório considerar apenas o desenvolvimento de uma competência com seus indicadores, é necessário considerar que para o bom desempenho do profissional de Webdesigner é necessário um conjunto de competências que constantemente interagem entre si. Geralmente no final do curso essas competências culminam em um trabalho que faça a integração de todas as competências trabalhadas durante o curso. O primeiro laboratório consistiu em realizar uma situação de aprendizagem a seguinte competência: planejar a estrutura de um site. Como no Plano de Curso de Webdesign não existe a definição de competências e indicadores de competências foi necessário realizar as devidas adaptações Os quadros a seguir mostram as adaptações realizadas: Tabela 1 – Competências e bases tecnológicas do PAE de Webdesign BLOCO TEMÁTICO I Planejamento Visual para Web 20h Competências Específicas Bases Tecnológicas  Planejar, criar, editar e definir a estrutura de um Website;  Conhecer os efeitos e respostas humanas em função de sua exposição às cores;  Definir o melhor conjunto de cores de acordo com a proposta do site;  Discernir a anatomia do tipo de fontes, construções e efeitos de visibilidade e legibilidade na web;  Aplicar a tipologia como elemento da comunicação para web;  Teoria e Prática da Cor: Visão e olho; luz; sistemas. Círculo cromático; esquema cromático, através de pesquisa e criação. Contraste e fenômenos.  Tipologia: Tipologia. Famílias tipográficas. Medidas tipográficas;  Composição Visual: Estudo dos elementos compositivos: ritmo, contraste, densidade, movimento, equilíbrio, concentração, direção, dinamismo, expansão.
  24. 25  Compreender a ocupação e organização da superfície bidimensional de um website, como elemento expressivo;  Conhecer as regras básicas do design para websites;  Utilizar o briefing como ferramenta para planejar websites.  Estudo do espaço compositivo em relação à forma, distanciamento e aproximação.  Plano, ilusão, distorção, profundidade, volume-luz, sombra e esboço. Fonte: PAE Curso Webdesign A tabela a seguir mostra as adaptações realizadas para o desenvolvimento da competência planejar a estrutura de um site com seus indicadores. Tabela 2 – Situações de aprendizagem para a competência criando a estrutura de um site. Competência: planejar a estrutura de um site 20hs Situações de aprendizagem Situações de aprendizagem Criando a estrutura básica de um site Conhecendo as etapas de criação de um site Utilizar o briefing como ferramenta para planejar websites. Conhecendo as regras básicas do design para websites Compreender a ocupação e organização da superfície bidimensional de um website; Aplicando cores como elemento de comunicação para web; Aplicando a tipologia como elemento da comunicação para web; Criando a estrutura básica de um site. Pode-se observar na tabela 2 que a competência desenvolvida no laboratório 1 foi planejar a estrutura de um site que consiste no processo de realização de um briefing com o cliente ( entrevistas, aplicações de questionários, reuniões), analise dos dados coletados do briefing, aplicação de teorias do design para criação de layout web, definir a divisão do conteúdo na área do site, analisar e definir as cores, imagens e tipografia adequadas para utiliza-las conforme o significado e objetivo do cliente, criar Wireframe( rascunho) do site.
  25. 26 A contextualização aplicada na atividade foi um diálogo entre professor e alunos em que busca do entendimento das possíveis etapas de desenvolvimento de um site estendendo-o até a importância da realização do briefing. A atividade de aprendizagem consistiu em uma conversa em grupo para em busca da resposta sobre a necessidade do planejamento para a criação de um site. A atividade foi organizada da seguinte forma: 1. Foram colocados questionamentos a toda turma, relacionados a competência, por exemplo, qual é a influência das cores na criação de um site? 2. Cada aluno deu a sua contribuição/opinião. 3. Concomitantemente o professor anotou as palavras chave no quadro 4. No final, todo os alunos realizaram adaptações e em grupo buscamos a melhor resposta para os questionamentos. O acompanhamento se baseou em permitir a livre participação dos alunos e evitar que eles saíssem do assunto em foco. Já a avaliação se baseou na observação da participação e interesse do aluno. Como acesso a outras referências foi solicitado aos alunos realizarem uma pesquisa em apostila e internet sobre o tema estudado anteriormente. A síntese consistiu na criação de um rascunho de um site utilizando todos os conceitos desenvolvidos em sala. A atividade foi produtiva no sentido ter saído da rotina das aulas expositivas, percebeu-se que todos os alunos buscaram participar das atividades. Com relação a avaliação todos tiveram bom aproveitamento. Apesar da atividade ter sido realizada com sucesso houveram falhas que precisam ser corrigidas com base no feedback dos alunos ficam enumeradas as seguintes melhorias: • Melhorar a comunicação com os alunos em relação as atividades propostas • Melhorar a organização do tempo • Criar atividades desafiadoras diversificadas.
  26. 27 2.2. LABORATÓRIO II Antes do início do planejamento e execução do segundo laboratório foi realizada uma reflexão levando em conta a avaliação do professor pela turma e como resultado o plano de trabalho docente foi refeito. A competência a ser desenvolvida foi renomeada para Criar Layout de um Site. Essa mudança aconteceu pelo fato de que na maioria dos casos o simples planejando da estrutura não resolve um problema real levando em conta o mercado de trabalho de Belém-Pa. É necessário não somente criar um simples rascunho em papel (Wireframe) mas desenvolver o layout em uma ferramenta gráfica para que posteriormente possa passar pelo processo de transformação em páginas web. No laboratório I ocorreu que o Bloco que tratava do planejamento do curso terminava e o próximo bloco tratava da criação de páginas web por meios de códigos HTML (Hypertext Markup Language) e só depois de 20 horas (aproximadamente três semanas) foi trabalhada a ferramenta gráfica. Como consequência muitos alunos sentiram dificuldade de aplicar os conceitos de design web para criação dos layouts em ferramentas gráficas. Sendo assim, foi proposto a coordenação da unidade de ensino a mudança na disposição dos blocos do curso de forma que o planejamento da estrutura e a utilização da ferramenta gráfica ficassem em sequência. Sendo assim, os dois blocos foram trabalhados como se fossem uma única competência: Criar Layout de um Site. Essa atividade consiste em mobilizar os mais diversos saberes teóricos e práticos que vão desde a entrevista e análise de dados com o cliente a concepção e desenvolvimento do design de um site em uma ferramenta gráfica. No entanto, o trabalho desenvolvido nesse laboratório foi além da competência especifica em si pois para o exercício de uma profissão é necessário ter um conjunto de competências que muitas vezes trabalham em conjunto como se fossem engrenagens de uma máquina. Para este fim foi elaborado um miniprojeto com participação da professora de valores no âmbito profissional onde os alunos se dividiram em grupo e desenvolveram um plano de negócios para
  27. 28 a criação de uma agencia de web design. Além disso, realizamos parcerias com turmas do curso de editor gráfico que tiveram o trabalho de desenvolver o logotipo das empresas. A conclusão deste trabalho foi o desenvolvimento ou redesign de um site para um cliente fictício. No que se refere a atividade de aprendizagem da competência Criar Layout de um Site a contextualização e mobilização foi denominada de: “O que é design? ”. Iniciada no auditório com as duas turmas de Webdesign em uma exposição dialogada que buscou mostrar o que é a profissão e qual a importância do Webdesign como forma de comunicação digital. Como resultado a exposição naturalmente virou uma espécie de debate que durou aproximadamente duas horas, mais tempo que o previsto. A definição da atividade de aprendizagem ficou definida em 7 etapas, cada etapa corresponde aos indicadores previstos na competência Criar Layout de um Site. A tabela abaixo mostra a relação entre o indicador de competência e o resumo da etapa de atividade de aprendizagem correspondente: Tabela 3 – Desenvolvimento dos indicadores de aprendizagem Indicador de aprendizagem Etapa da atividade realizada (Resumo) Conhece workflow de Webdesign; Pesquisa por formas de fluxo de trabalho para criação de websites. Aplica briefing como ferramenta de analisa de requisitos do projeto; Leitura direcionada e aplicação prática de Briefing. Define a organização da informação em um site; Leitura direcionada e criação de Sitemap Conhece os principais conceitos de design: contraste, alinhamento, proximidade e repetição Escolher 1 site para realizar analise de aplicabilidade dos conceitos estudados Conhece e utiliza as cores no processo de comunicação de um site; Pesquisa: A cor como ferramenta de transmissão de informação. Conhece e utiliza a tipografia para a comunicação de um site; Pesquisa: A Tipologia como ferramenta de transmissão de informação.
  28. 29 Conhece os mais variados tipos de layouts utilizados em sites na web há indicador que compõe a competência a ser desenvolvida como segue: Seminário: Tipos de layout. A coordenação de acompanhamento da atividade de aprendizagem foi definida da seguinte forma: Observação de participação individual do aluno: realização de trabalhos e exercícios propostos, participação de forma significativa em discussões, tirar dúvidas de assuntos estudados, demonstrar aprimoramento em assuntos abordados durante a atividade Observação de participação em atividades em grupo: participar de forma ativa em trabalhos em grupo, buscar comunicação e trabalho em equipe. Intervir em se necessário, em casos que de alguma forma os alunos percam o foco da atividade ou fujam do tema independentemente do motivo, para realizar redirecionamento focando o objetivo da atividade. Avaliação da Atividade de Aprendizagem seguiu os seguintes critérios: • Observação de realização de atividades. • Frequência. • Entrega de trabalhos e exercícios de forma pontual. • Observação da qualidade dos trabalhos entregues (relevância de informações, apresentação do trabalho e outros) • Observação do desenvolvimento do aluno em relação ao seu aprimoramento a capacidade de resolução de problemas reais no mercado de trabalho. O acesso há outras referências deu a cada etapa da atividade se deu por meio leituras direcionadas. A síntese de aplicação consistiu em criar o layout de um site utilizando os todos os conceitos debatidos em sala de aula (briefing, dimensionamento do site, tipo de layout utilizado, navegação, cores e tipologia).
  29. 30 Grande parte dos alunos demonstrou interesse em participar das atividades. Foi possível perceber evolução dos alunos, porém alguns desenvolveram a competência de forma mais lenta que o esperado. O Resultado do projeto foi muito satisfatório proporcionando aos alunos o desenvolvimento da competência da Criar Layout de um Site de aprendizagem relacionando à outras competências como trabalho em equipe, empreendedorismo. As interações entre as turmas de Webdesign e editor gráfico foram muito produtivas, para os alunos de Webdesign houve a possibilidade de ser cliente e ter uma logomarca profissional economizando tempo e melhorando a qualidade dos trabalhos. Para os alunos do curso de Editor gráfico foi possível vivenciar uma situação de aprendizagem que está bem próxima da realidade desse profissional. As principais dificuldades a esta atividade foi a grande quantidade de trabalho a ser feito em curto espaço de tempo. Outro fator que prejudicial ao trabalho foi a evasão de 50% da turma por motivos diversos (saúde, incompatibilidade de tempo, outros), esse fator desmontou as equipes sendo necessário remontar e remodelar os trabalhos pelo menos duas vezes. Mesmo assim a atividade foi produtiva. Para o próximo laboratório ficam os seguintes pontos a serem melhorados 1. Melhorar a comunicação com os alunos. 2. Melhorar a organização do tempo 3. Analisar e melhorar a atividade de integração de competências. 2.3. LABORATÓRIO III Antes de iniciar o laboratório houve uma análise do trabalho realizado anteriormente e os pontos principais a serem repensados foram a comunicação e adequação da quantidade de trabalhos a disponibilidade de tempo para estudo da maioria dos alunos da turma. O plano de trabalho docente aplicado nesse laboratório foi semelhante ao do Laboratório II, diferenciado pela forma de acompanhamento que foi realizada por meio de metas quinzenais, reuniões diárias e questionários de sondagem periódicos.
  30. 31 Antes de aplicar a contextualização foi realizada uma avaliação diagnóstica por meio de um formulário online com o objetivo de entender o aluno, conhecer as expectativas, conhecer o grau de conhecimento do aluno para que possa ser realizada as adaptações no Plano de Trabalho Docente. Abaixo a listagem das 3 principais perguntas: 1. Você tem acesso a um computador? 2. Você está trabalhando no momento? 3. Na sala você aprende melhor? No total onze alunos responderam o questionário, as informações foram sintetizadas no formato de gráficos. Veja a seguir: Gráfico 1 – Quantidade de alunos que possuem computador Fonte: Formulário aplicado em sala de aula. A grande maioria dos alunos possui computador possibilitando realizar atividades em casa, utilizando as ferramentas que serão aprendidas em sala de aula. Os alunos que não possuem computador poderão realizar a atividade no cyber da unidade de ensino. Essas atividades poderão servir como uma possibilidade de treinar e adquirir habilidade no uso das ferramentas. 2 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NÃO SIM 1. Possui computador?
  31. 32 Gráfico 2 – Quantidade de alunos que estão trabalhando Fonte: Formulário aplicado em sala de aula. Conforme o gráfico 2 a grande maioria dos alunos não trabalham e não possuem experiência profissional na área de Webdesign ou correlatas. Isso deverá ser considerado na a atividade de contextualização pois a partir dessa informação e do diálogo entre alunos e professor em sala de aula observou-se a necessidade de criar mecanismos mais elaborados para relacionar o conteúdo aos saberes prévios do aluno. Gráfico 3 – Melhor forma de compreensão do aluno. Fonte: Formulário aplicado em sala de aula. Com base no gráfico 3 podemos concluir que a maioria dos alunos possuem a percepção de que aprendem em primeiro lugar ouvindo e posteriormente exercitando, então para aumentar os 8 1 2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Não Por conta propia Sim 2. Você está trabalhando? 9 3 6 0 2 4 6 8 10 O que o profesor fala O que o professor escreve Os exercícios e trabalhos 3. Na sala você compreende melhor?
  32. 33 resultados o trabalho foi focado nas alternativas de atividade que tenha maior chance de melhores resultados de aprendizagem podendo ser por exemplo: seminários e exercícios. As informações coletadas juntamente com analises de gráficos possibilitaram pequenas modificações no planejamento da atividade, porém significativas. A competência a ser desenvolvida continua sendo Criar o Layout de um Site. A contextualização e mobilização foi repetida, e no final os resultados dos projetos do laboratório 2 foram exibidos, o que causou bastante expectativas nos alunos. Em todos os outros passos foram mantidos o planejamento do laboratório II, com exceção da coordenação e acompanhamento em que foi acrescentada uma adaptação da metodologia de desenvolvimento ágil SCRUM. O SCRUM é principalmente utilizado em fabricas de software, porém pode ser adaptado para qualquer área. Uma das suas principais características é promover a autonomia de cada membro da equipe (time geralmente de 5 a 8 pessoas), para desenvolvimento de pequenas tarefas que duram entre uma a duas semanas (Sprint1 ) (SHUTHERLAND, 2014). Em sala de aula, foi definido o período do Sprint de uma semana e deu-se início as atividades. Todos os dias foi realizada uma mini reunião do professor com cada um dos alunos, sendo realizadas três perguntas: 1. O você fez ontem? 2. O que você vai fazer hoje? 3. Existe algum empecilho para realização da atividade? Por meio das perguntas foi possível remover alguns impedimentos e otimizar a produtividade dos alunos, todos conseguiram cumprir o Sprint dentro do prazo previsto de cinco dias (isso não havia acontecido nos outros laboratórios). Os resultados do laboratório três foram muito bons, todos os alunos conseguiram realizar a atividade proposta de forma satisfatória, inter-relacionando todos os indicadores da competência Criar Layout de um Site. 1 No Scrumo projeto é dividido em ciclos temporais chamados de Sprint.
  33. 34 Como ponto a melhorar para as próximas turmas ficam: Elaborar novas atividades que possibilitem o aluno criar uma melhor relação do conteúdo com o conhecimento do aluno. O aprendiz deve ser imerso na atividade de forma a possibilitar a aprendizagem ainda que não esteja trabalhando diretamente nela. Utilizar na pratica conceitos de modo cerebral focado e difuso para melhorar a capacidade de assimilação de blocos de conhecimento. Utilizar métodos e técnicas de aumento de produtividade para otimizar o tempo em sala de aula, como o Ciclo PDCA e o SCRUM.
  34. 35 3. APRIMORANDO O PTD Com base na experiência realizada nos laboratórios é possível refletir sobre os acertos e erros que aconteceram dentro e fora de sala de aula. Sendo assim, é necessário buscar a raiz de cada problema ocorrido para encontrar as possíveis soluções e assim, ao mesmo tempo que se ensina também se aprende. Antes de desenhar a situação de aprendizagem é necessário ter a compreensão que não existe parâmetros que definam a situação de aprendizagem perfeita, porém é possível perceber alguns aspectos que podem ser considerados para o aprimoramento da construção de competências e saberes. A primeira conclusão alcançada neste trabalho é que se a atividade de aprendizagem busca colocar os alunos como centro no desenvolvimento da competência, então faz-se necessário conhece-los. Considerar a subjetividade de cada aluno, entender quais são os seus objetivos de vida e como o curso poderá ajudá-lo. Sem essa contextualização é praticamente impossível aplicar a aprendizagem significativa, afinal, a nova aprendizagem vai se relacionar com qual conhecimento prévio? Quando se conhece os alunos é possível entende-los e saber como estimula-los de forma eficaz, além disso, é possível saber quais são as formas como cada um aprende e dessa forma realizar adaptações necessárias para aumentar a efetividade da aprendizagem. O segundo ponto a ser considerado é que a atividade deve estar focada em resultados, replicando o que já acontece em empresas da indústria e comercio. Focar em resultados não significa realizar a atividade com pressa para entregar trabalhos, mas sim desenvolver atividades em que os alunos tenham um salto qualitativo na aprendizagem. Nos casos das áreas de tecnologia é necessário observar além da aprendizagem as questões de qualidade dos trabalhos, isso envolve conhecimento e vontade de realizá-los bem, tanto alunos quanto professores. Para o docente estar atualizado com as últimas tecnologias de mercado não é opcional, pois não adianta o aluno desenvolver uma competência especifica de uma área tecnológica que está em desuso. Fazer isso é marginalizar a profissão e criar os famosos “sobrinhos” que passam horas trabalhando por valores muito abaixo do mercado.
  35. 36 Ainda falando de foco em resultados é aconselhável sempre buscar novos métodos e ferramentas que proporcionem ao aluno uma maior facilidade para aprender. A exemplo disso são as ferramentas que facilitam a comunicação e diálogo com os alunos e que possibilitem ter um plano de estudos para casa ou gerenciamento de tarefas. O terceiro ponto a considerar é buscar relacionar competências, por exemplo, os alunos de Webdesign ao tentar ingressar no mercado de trabalho precisarão comunicar-se com clientes e colegas de trabalho, trabalhar em equipe e aprender muitas coisas sem o auxílio de um professor. Então esses quesitos devem ser considerados na hora de desenvolver a atividade de aprendizagem. Tomando como exemplo a competência desenvolvida nos laboratórios 1 e 2 Criar o Layout de um Site é possível perceber a necessidade de “competências genéricas” que trabalharão em conjunto com a específica. O a ilustração a seguir mostra o possível processo para criação do layout. Sendo mais especifico no processo de briefing (coleta de dados sobre o trabalho a ser desenvolvido) o futuro profissional terá que mobilizar um conjunto de competências que não estão diretamente ligadas com a criação do design como criar planejamento de briefing, comunicar-se de forma eficaz, trabalhar em equipe de forma eficiente. Na fase de planejamento e analise o aluno devera a analisar os dados coletados, estudar o negócio do cliente, estipular cronograma de execução do projeto e por fim estipular orçamento do projeto. Então com base nesses fatos é de extrema importância que o professor considere essas competências como componente básico da formação do Webdesigner e dessa forma busque Ilustração2 Processo para desenvolvimento do design
  36. 37 maneiras de desenvolver essas competências concomitantemente com a competência do criar layout de um site. Ainda falando de competências que devem ser mescladas na atividade de aprendizagem é possível considerar competências que possibilitem ao aluno um melhor desempenho durante todo o curso. A exemplo disso temos a competência de saber aprender que poderá auxiliar ao aluno um melhor aproveitamento durante todo o curso e quando estiver atuando no mercado será de extrema importância pois constantemente surgem novas tecnologias e na maioria das vezes não é possível realizar um curso ou ter um professor para ensinar. Apesar de alguns alunos já possuírem algumas dessas competências antes mesmo de iniciar o curso de Webdesigner, elas precisam ser trabalhadas durante a atividade de aprendizagem de forma subliminar, porém o ideal é que o aluno tenha consciência de que elas estão lá e são de extrema importância. Uma forma em que é possível potencializar a atividade de desenvolvimento de competências é por meio de parcerias com outras turmas que podem ser do mesmo curso ou não, isso foi testado durante o projeto elaborado no laboratório 2 que envolveu duas turmas do curso de Webdesigner e duas turmas do curso de Editor gráfico. Entre as turmas de Webdesigner foi possível trocar experiências durante as aulas em conjunto que geralmente estavam relacionadas a explicação do projeto e apresentações finais. Com essa interação foi possível trocar informações e experiências específicas e de forma singela desenvolver a capacidade de comunicação. Já o trabalho com as turmas de editor gráfico foi mais complexo, pois a atividade foi realizada com o objetivo de criar o logotipo das equipes de Webdesign. As turmas 1 de editor e web eram de turnos diferentes (manhã e noite) onde a comunicação foi realizado por e-mail o que dificultou a dinâmica da atividade pois muitas vezes a comunicação falhou. Já no caso das turmas 2 (que eram do mesmo turno) a comunicação e trabalho em equipe trouxeram um resultado excelente para ambas as turmas, os alunos demonstraram muito interesse e a participação das equipes foi intensa. Na ilustração abaixo é possível visualizar as interações que houveram entre as quatro turmas.
  37. 38 Ilustração 3 – Interação entre turmas no laboratório 2 Feitas as devidas alterações é possível planejar e desenhar a atividade por meio da metodologia dos 7 passos, para isso que isso aconteça serão necessárias várias adaptações para cada nova turma. Isso porque em primeiro lugar será necessário criar as atividades com base no conhecimento dos alunos. O outro ponto a considerar são os cursos que estão em oferta no momento. Independente do curso com boa vontade e muito trabalho é possível. Para o futuro podemos prospectar a evolução dessa atividade por meio de interações diretas como mercado de trabalho. Um exemplo seria a criação de uma fábrica de sites (no caso do curso de Webdesign) do SENAC-PA. Essa experiência já acontece em Belém em outras instituições então isso significa que é possível.
  38. 39 Para resumir os quesitos para desenvolver ainda mais a situação de aprendizagem em web design: 1. Criar mecanismos para conhecer os alunos. 2. Atualizar conhecimentos do discente em relação a novas tecnologias 3. Criar um ambiente que facilite a comunicação professor/aluno. 4. Utilizar ferramentas e métodos que possam melhorara a produtividade das aulas 5. Inserir na atividade de aprendizagem o relacionamento das competências especifica com as competências complementares 6. Criar sinergia entre cursos para troca de experiência entre os alunos Com base nesses pontos é necessário realizar adaptações constantes no PTD.
  39. 40 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar o curso percebe-se que ensinar saberes não supri as necessidades dos alunos em relação as cobranças no mundo real. O conhecimento por si só não é suficiente para que eles resolvam os problemas que acontecem no dia a dia de cada profissão. Observado isso, chega-se a concepção de que a forma de ensino que mais se adequa para a preparação de alunos a atuarem como profissionais no mercado de trabalho é a aprendizagem por meio de desenvolvimento de competências. Foi possível detectar na pratica que a metodologia dos 7 passos para desenvolvimento de competências é muito eficaz, isso porque ao mesmo tempo em que foi realizada a aplicação da atividade de aprendizagem com os alunos em sala de aula, os professores também foram alunos e passaram pelo processo de ação reflexão ação. Percebesse nesse processo que é oportunizado ao aluno uma aprendizagem significativa e autônoma que pode ser realizada de forma simples e prática, posteriormente é possível refletir sobre os erros e acertos e por fim é dada uma nova oportunidade de agir de forma que o aluno pode superar as dificuldades e ter a competência desenvolvida a um ponto em que a aprendizagem seja continua mesmo depois que o curso termine. Percebe-se que por meio da criação do PTD baseado nas 7 etapas é possível cria-los e implementa-los de forma bem definida, sem margens a ambiguidades. Facilitando fatores como desenvolvimento de competências especificas e genéricas que complementem ainda mais a formação do profissional. Com a etapa da Mobilização é possível estimular o aluno a conseguir alcançar os objetivos em sala de aula. Percebe-se a melhora na comunicação entre alunos e professor e consequentemente melhoria na maioria dos resultados. Com relação as avaliações as antigas provas que já não eram utilizadas casualmente foram deixadas de lado e em seu lugar começou a ser realizada a observação do desenvolvimento do aluno e da atividade de aprendizagem, fatores como interesse e participação, evolução do aluno em relação a competência a ser desenvolvida, qualidade dos trabalhos realizados e habilidade para fazer as tarefas são consideradas nas avaliações.
  40. 41 Com a experiência do curso de pós-graduação em docência para o ensino superior foi possível mudar a forma de pensar competências e perceber como elas se interligam. Além disso uma com a metodologia dos 7 passos uma grande interrogação foi respondida, como se desenvolve uma competência? Após a realização da pós-graduação em docência pode-se afirmar que o professor participante do curso possui as competências necessárias para criar e aplicar planejamento para desenvolvimento de competências dos alunos e de si próprio, gerando a possibilidade da aprendizagem continua após o termino do curso.
  41. 42 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Introdução a Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 2004. DELUIZ, N. O Modelo das Competências Profissionais no Mundo do Trabalho e na Educação: Implicações para. SENAC. Disponivel em: <http://www.senac.br/bts/273/boltec273b.htm>. Acesso em: 15 Janeiro 2016. KULLER, J. A.; RODRIGO, N. D. F. Metodologia de Desenvolvimento de Competências. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2013. MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa: a teoria e textos complementares. 1. ed. São Paulo: Editora e Livraria da Física, 2011. PERRENOUD, P. Desenvolver Competências ou ensinar saberes? A escola que prepara para a vida. 1. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2012. SHUTHERLAND, J. SCRUM a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo. São Paulo: LeYa, 2014.
  42. ANEXO 1 PLANEJAMENTO DA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM Competência (s) / indicador (es) a ser (em) desenvolvido (s): Planejar e criar a estrutura de um website. Situação de aprendizagem: Criar Layout de um site Passos Metodológicos: Recursos a serem utilizados Tempo 1. Contextualização e Mobilização: O que é Web design? Atividade que consiste no entendimento do que é a profissão e qual a importância do Webdesign como forma de comunicação digital Computador, Datashow, auditório, papel, lápis, internet 1h 2. Definição da Atividade de Aprendizagem: Criar Layout de um site: 1. Pesquisa por formas de fluxo de trabalho para criação de websites. 2. Leitura direcionada e aplicação de Briefing. 3. Definição de Sitemap e arquitetura da informação. 4. Pesquisa e Leitura direcionada: entendendo a estrutura bidimensional de um site. 5. Pesquisa: A cor como ferramenta de transmissão de informação. 6. Pesquisa: A Tipologia como ferramenta de transmissão de informação. 7. Seminário: Tipos de layout. Computador, Datashow, auditório 14hs 3. Organização da Atividade de Aprendizagem: 1. Pesquisa por formas de fluxo de trabalho para criação de websites 1.1. Realizar Pesquisa 1.2. Discutir em grupo e tirar conclusões sobre o que foi aprendido 2. Briefing 2.1. Realizar leitura individual de texto direcionado para o assunto 2.2. Criar duplas e aplicar briefing onde um dos participantes será o cliente e o outro fará o papel do Webdesigner 3. Sitemap e arquitetura da informação
  43. 3.1. Leitura individual sobre texto direcionado a arquitetura da informação e tipos de navegação 3.2. Voltar a dupla anterior e criar o Sitemap 4. Estrutura Bidimensional 4.1. Leitura direcionada sobre: A forma como uma pessoa lê um website 4.2. Pesquisa sobre conceitos básicos na definição de um bom layout – Alinhamento, contraste, proximidade e repetição 4.3. Discussão em grupo para tirar duvidas 4.4. Escolher 1 site para realizar analise de aplicabilidade dos conceitos estudados (atividade individual) 5. Cor 5.1. Mostrar várias imagens, o aluno deverá anotar o nome da cor predominante de cada imagem e ao lado informar como eles acham que aquela cor está comunicando. 5.2. Posteriormente visualizar vídeo especifico sobre significado de cores 5.3. Verificar se o que eles escreveram conferem com as informações mostradas no vídeo 5.4. Discussão em grupo 6. Tipologia 6.1. Mostrar alguns exemplos de textos com suas tipologias 6.2. Pedir para o aluno anotar se visualmente o texto condiz com o que está escrito com a devida justificativa 6.3. Pesquisa individual sobre tipologia: tipos e famílias tipográficas, tamanho, espaçamento, alinhamento de textos 6.4. Discussão em grupo para tirar possíveis duvidas 7. Seminário: Tipos de layout. 7.1. Formar equipes de no máximo 4 pessoas 7.2. Definir tema que cada equipe irá apresentar 7.3. Realizar pesquisa 7.4. Apresentar trabalho 4. Coordenação e Acompanhamento: Geral: Aplicação do SCRUM: 18hs
  44. Durante o desenvolvimento das atividades realizar mini reuniões diárias fazendo as seguintes perguntas: 1. O que você fez ontem? 2. O que vai fazer hoje? 3. Existe alguma coisa atrapalhando?  Observação de participação individual do aluno: realização de trabalhos e exercícios propostos, participação de forma significativa em discussões, tirar dúvidas de assuntos estudados, demonstrar aprimoramento em assuntos abordados durante a atividade  Observação de participação em atividades em grupo: participar de forma ativa em trabalhos em grupo, buscar comunicação e trabalho em equipe.  Intervir em se necessário, em casos que de alguma forma os alunos percam o foco da atividade ou fujam do tema independentemente do motivo, para realizar redirecionamento focando o objetivo da atividade. 5. Avaliação da Atividade de Aprendizagem:  Observação de realização de atividades.  Frequência.  Entrega de trabalhos e exercícios de forma pontual.  Observação da qualidade dos trabalhos entregues (relevância de informações, apresentação do trabalho e outros)  Observação do desenvolvimento do aluno em relação ao seu aprimoramento a capacidade de resolução de problemas reais no mercado de trabalho. 18hs 6. Acesso a Outras Referências: Indicação de sites com leituras complementares sobre os temas abordados
  45. 7. Síntese e Aplicação: Aplicar todos os conhecimentos para criação de um Wireframe (Rascunho de um site), definindo e justificando:  Briefing  Dimensionamento do site  Tipo de layout utilizado  Navegação  Cores  Tipologia utilizada 15 minutos
  46. ANEXO 2 Formulário 1 1. Informe seu nome? 2. Data de nascimento? 3. Estado Civil? 4. Bairro? 5. Em que escola você fez seus estudos? 6. Qual o principal motivo para a escolha do curso? 7. Você já fez algum curso de informática, quais? 8. Possui computador? 9. Tem acesso à internet? 10. Você está trabalhando no momento? 11. Você possui alguma experiência profissional na área de informática? 12. Qual o principal meio de comunicação que você usa? 13. Na sala você compreende melhor? (Ouvindo, escrevendo, exercício) 14. Quando você estuda em grupo você é mais (doador, receptor, os dois)? É possível acessar o questionário de sondagem 1 completo pela url https://goo.gl/PxF7v& É possível acessar o questionário de acompanhamento de curso 1 completo pela url https://goo.gl/HZnwik Para acessar os sites produzidos pelas turmas 1 e 2 no projeto de empreendedorismo acesse: http://juliogomes.net/possenac/tcc
  47. ANEXO 3 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – SENAC/PA, CEP- TIC. Coordenador (a) do Curso de: Nilce Elaborador do projeto:  Julio Gomes  James Moreira  Gilvana Salame  Nilce Cardoso Curso Webdesign - 220 horas PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO 3.1 Histórico/diagnóstico do curso Ao ministrar o curso de Webdesign os professores vêm percebendo que existe uma desatualização do curso em relação ao conteúdo proposto, tecnologias que estavam em seu auge há 3 ou 4 anos atrás agora foram descontinuadas e entraram em desuso, concomitantemente novas tecnologias foram desenvolvidas e surgiram novas áreas dentro da profissão. Em comparação a nova metodologia de ensino que está sendo implantada pelo SENAC NACIONAL o plano de curso também está desatualizado pois não prevê a criação do conhecimento do aluno de forma continua e independente 3.2. Justificativa O objetivo principal que norteou este projeto é a desatualização do Plano de curso de Webdesign em relação ao mercado de trabalho e o novo plano nacional de ensino do SENAC 3.3 Objetivos  Adequar o curso ao plano nacional de ensino do SENAC  Adequar o curso as necessidades do mercado de trabalho
  48.  Melhorar a integração de componentes do curso como valores no âmbito profissional e os componentes específicos de Webdesign.  Criar um elo entre temas abordados no curso de Webdesign com os de cursos de áreas correlatas como editor gráfico, fotografia e outros.  Cria projeto empreendimento na área de Webdesign. Descrição do Projeto Geral: O projeto é uma simulação que está dividido em duas partes: desenvolvimento do plano de negócios e atendimento de serviço para um cliente fictício.  Criar o plano de negócios para uma empresa de Webdesign, que será iniciado na disciplina de valores.  Criar um website para empresa  Criar um website para um cliente O plano de negócios tem por objetivo descrever por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Por meio do plano de negócio será possível identificar e restringir erros com a empresa ainda no papel, ao invés de cometê-los no mercado, em nossos projetos desenvolveremos: Desenvolver plano de negócios Desenvolver Website da empresa Desenvolver o projeto web para um cliente
  49. SUMÁRIO EXECUTIVO: O sumário executivo é um resumo do PLANO DE NEGÓCIO. Não se trata de uma introdução ou justificativa e, sim, de um sumário contendo seus pontos mais importantes ANÁLISE DE MERCADO Relaciona-se ao marketing da organização, apresentando o entendimento do mercado, clientes, concorrentes e quanto a empresa conhece, em dados e informações, o mercado onde atua. PLANO DE MARKETING Detalha as ações necessárias para atingir um ou mais objetivos de marketing da empresa Descreve os principais os serviços que serão prestados, informando quais serviços serão prestados, suas características e as garantias oferecidas. PLANO OPERACIONAL Define o plano para estrutura física da empresa, capacidade de produção ou prestação de serviços, necessidade de pessoal. PLANO FINANCEIRO Define um plano onde será realizado a estimativa de investimentos, capital de giro, investimentos totais, estimativa de faturamento, estimativa de custos para a comercialização, lucratividade do negócio entre outros.
  50. O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO DE UM WEBSITE BRIEFING Etapa em que serão coletadas as informações necessárias para o desenvolvimento do site. PLANEJAMENTO DO PROJETO DE SITE Definição de navegação do site, arquitetura da informação e rascunho do site. Criação do mapa do site e Wireframe. CRIAR UMA PROPOSTA PARA CLIENTE Desenvolver documento com informações sobre o serviço que será prestado, cronograma, valores e garantia do serviço. DESENVOLVIMENTO DO LAYOUT DO SITE Plano de Negócios Sumário executivo Analise de mercado Plano de Marketing Plano operacional Plano Financeiro Empresa de Webdesign
  51. Refinamento do planejamento do site, escolha de tipografia, ajuste das cores e esquema de cores. Pesquisa por imagens. Desenvolvimento do layout completo de todas ou das principais páginas do site DIAGRAMAÇÃO DO LAYOUT PARA PÁGINAS WEB Transformar as imagens dos layouts em páginas web com uso de linguagens de marcação e estilização. Desenvolvimento de outros recursos do site como programação, vídeos, imagens. TESTES E HOSPEDAGEM DO SITE Teste de usabilidade, links e outros Hospedagem do site e configuração do domínio, e-mail e outros MANUTENÇÃO DO SITE Caso o cliente solicite a manutenção no contrato. Realizar pequenas alterações e ajustes no site solicitadas pelo cliente. Adesão de novos serviços como o de otimização do site em mecanismos de busca ou otimizar o tempo de carregamento do site entre outros. Briefing Planejamento Proposta LayoutDiagramaçãoTestes Hospedagem Manutenção