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AS
GRANDES
NAVEGAÇÕES
1. O mundo conhecido até o século XV
Para compreender o que foi a Expansão Marítima
Europeia, precisamos fazer um exercício: imaginar o
mundo sem telefone, internet, televisão ou qualquer
outra forma de comunicação imediata que
conhecemos.
Com isso em mente, vamos estudar o que os
europeus do século XV sabiam sobre o mundo e o que
passaram a conhecer com a Expansão Marítima.
Este era o mundo conhecido pelos europeus no século XV:
Imagem:
Mapa
do
mundo
segundo
Ptolomeu,
redesenhado
no
século
15
/
Autor
Desconhecido
/
British
Library
Harley
/United
States
Public
Domain.
Como você pode ter notado, o mundo conhecido
pelos europeus resumia-se à sua vizinhança:
a própria Europa;
parte da África;
parte da Ásia.
O conhecimento que se tinha do mundo, no século XV, era muito
limitado, geralmente, vindo de mapas gregos, romanos e,
principalmente, dos comerciantes que viajavam pela região.
A maioria dos europeus pouco sabia sobre o extremo Oriente, e a
pouca informação que chegava era baseada nos relatos dos viajantes
de forma imprecisa e repleta de elementos fantásticos.
O livro do viajante Marco Polo, nascido em Veneza, é um exemplo
de fonte de informação, em que relatava as viagens que fez pelo
Oriente (incluindo a China), as riquezas, as características e os
costumes dos povos com que teve contato.
Marco Polo em uma de suas viagens. Observem o que ele carregava em seu navio: novidades do
Oriente.
Imagem:
Marco
Pollo
viajando
/
miniatura
do
livro
"As
Viagens
de
Marco
Polo“
/
Autor
Desconhecido
/
Public
Domain.
Na época, acreditava-se que a Terra era
plana (semelhante ao formato de um
prato) e que os navios, quando chegavam
ao fim do mundo (na linha do horizonte),
caíam em um abismo sem fim.
http://www.dominiosfantasticos.xpg.com.br/id737.htm
Imagem: Ilustração do livro de Edward Grant, "Celestial Orbs in the Latin
Middle Ages", Isis, Vol. 78, No. 2. (Jun., 1987), pp. 152-173. / Autor
Desconhecido / Disponibilizado por Fastfission / United States Public
Domain.
O Oceano Atlântico era conhecido como “Mar Tenebroso” com
temperaturas escaldantes, povoado por monstros e outros perigos.
Para um europeu sem instrução, o que você acha que as imagens transmitiam?
Imagem: Xilogravura de St. Brendan celebrando uma missa no corpo de
um monstro marinho, século 15 / autor desconhecido / United States
Public Domain.
Imagem: Nau de Rui Vaz Pereira levantada por um monstro marinho /
Victorcouto / Public domain.
Entretanto, mesmo com muitas lendas existentes, que geravam medo sobre o mar e o
que era desconhecido, alguns europeus o encaravam de forma destemida e otimista.
Nos mares, estava a oportunidade de encontrar novos mundos, instigando a aventura
e a busca por uma vida melhor.
“Navegar é preciso, viver não é preciso.”(Fernando Pessoa)
Imagem:Dutch
ships
ramming
Spanish
galleys
of
the
English
coast,
3
October
1602
/
Rijksmuseum
Amsterdam
/
Hendrick
Cornelisz
Vroom
/
Public
Domain.
2. Em busca de novos caminhos
Até o século XV, o Oceano Atlântico era um obstáculo
intransponível, mas os europeus começaram a se lançar nele em
busca de novas rotas marítimas que os levassem a novas
possibilidades e às riquezas existentes no Oriente relatadas pelos
viajantes.
O desbravamento do Atlântico foi uma alternativa
encontrada por portugueses e espanhóis, uma vez que as rotas
comerciais conhecidas (por onde eram trazidas as riquezas do
Oriente) eram controladas por mercadores árabes e comerciantes
de Gênova e Veneza (cidades italianas).
Rotas comerciais dominadas por comerciantes
árabes, genoveses e venezianos.
Imagem:
Extensão
da
Rota
da
Seda
/
Wikiality123
/
GNU
Free
Documentation
License.
Nessa época, as viagens marítimas eram arriscadas e
longas demais, o que terminava exigindo grande quantidade de
recursos materiais.
Com barcos movidos a remo ou à vela, a sobrevivência
dos navegadores era bem delicada, pois a alimentação era
racionada, com pouca variedade e, geralmente, não tinha boa
qualidade. Esse quadro colaborava para o surgimento de várias
doenças.
Mas o que fazia todo esse risco valer a pena?
Que riquezas eram essas? Ouro, prata e pedras
preciosas?
A resposta vai além e pode surpreendê-lo!
Todo esse esforço era para ter acesso às especiarias do Oriente, além
das riquezas minerais. Você sabe que especiarias eram essas?
Especiarias podiam ser uma flor, um fruto, uma semente, uma casca de
planta, secos e com forte aroma, como cravo, canela, noz- -
moscada, canela, gengibre, sândalo, entre outras.
Eram usadas não só na culinária,
mas também na fabricação de óleos,
cosméticos, incensos e
medicamentos.
E na atualidade, continuamos
usando essas especiarias?
Encontramos esses produtos com a
mesma dificuldade?
Imagem: Especiarías / heydrienne / Creative Commons Attribution
2.0 Generic.
Além do acesso às especiarias e aos metais preciosos,
a Expansão Marítima foi norteada por:
- conquistas de mais terras;
- conquista de fiéis para a Igreja Católica;
-conquista de mercados consumidores do que era produzido na
Europa.
3. O pioneirismo português
O primeiro povo que se propôs a explorar o Oceano Atlântico
foram os portugueses. Uma série de fatores favoreceram essa
iniciativa pioneira:
- posição geográfica favorável;
- precoce centralização política;
- capital disponível para investir;
- existência de comércio marítimo com o norte da
Europa;
- domínio das técnicas de navegação.
Quanto ao domínio das técnicas de navegação, podemos destacar a importância da Escola
de Sagres, um centro de estudos náuticos que reunia geógrafos, cartógrafos, matemáticos,
astrônomos, navegadores e construtores que desenvolveram e aperfeiçoaram
instrumentos náuticos (bússola e balestilha), mapas, embarcações e estudos sobre
navegação. Isso tudo possibilitou que os portugueses pudessem navegar cada vez mais
longe do litoral.
Imagem:
Bússola
Surveyor
do
século
18
/
Museu
Arqueológico
Nacional
da
Espanha
/
Foto
disponibilizada
por
Luis
García
(Zaqarbal),
em
março
de
2008
/
GNU
Free
Documentation
License.
Imagem:
Bastão
de
Jacob
/
Autor
Desconhecido
/
United
States
Public
Domain.
Neste contexto, vários navegadores portugueses
se destacaram:
- Bartolomeu Dias: chegou ao sul da África (1488), até então
denominado “Cabo das Tormentas”, passando a chamar-se “Cabo da Boa
Esperança”;
-Vasco da Gama: primeiro navegador a chegar à Índia (1498),
trazendo um grande carregamento de especiarias;
- Pedro Álvares Cabral: veio ao Brasil (1500) antes de seguir até a
Índia.
4. A navegação espanhola
A Espanha foi a segunda a iniciar no
empreendimento das navegações. Seu atraso deveu-se
à finalização do processo de expulsão dos
muçulmanos de seu território, chamado de
Reconquista.
Incapacitada momentaneamente em dar a
largada nas expedições marítimas, a corte espanhola
decidiu contratar navegadores em seu nome.
- Cristóvão Colombo: (natural de Gênova) propôs chegar à Índia
navegando em sentido oeste, mas acabou descobrindo a América
(1492);
- Fernão de Magalhães: (natural de Portugal) fez a primeira expedição
que circunavegou o mundo;
- Hernán Cortez: conquistou a civilização Asteca, atual México (1519);
- Francisco Pizarro: conquistou a civilização Inca, atual Peru (1532).
A Expansão Marítima e Comercial Portuguesa e
Espanhola
PORTUGAL ESPANHA
Quando começou 1415 1492
Quem financiou Os reis Os reis
Objetivo Chegar às Índias Chegar às Índias
Rota que seguiu Contornar o continente
africano
Navegar para o Oeste
(diferencial)
Principais viajantes Bartolomeu Dias
Vasco da Gama
Pedro Álvares Cabral
Cristóvão Colombo
Fernão de Magalhães
Conquistas realizadas Brasil
Calicute
América Central / México
América do Sul
5. A divisão do mundo e o Tratado de Tordesilhas
A Expansão Marítima gerou um grande desentendimento
entre Portugal e Espanha, pela terras recém-descobertas do
“Novo Mundo”, batizadas de América, e ainda as terras por
descobrir.
Para evitar um conflito ainda maior, em 1493, o papa
Alexandre IV foi chamado para resolver a questão decidindo,
através da Bula Inter Coetera, dividir as “novas terras” com um
meridiano situado à 100 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde.
Percebendo que não ficaria com muita coisa, baseado
nesta divisão, Portugal exigiu a elaboração de um novo
documento. E assim foi feito: um ano depois foi assinado o
Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano a 370
léguas a oeste da Ilha de Cabo Verde.
Este é um mapa da América do Sul, de 1650,
com indicação das áreas de povoamento
espanhol (em vermelho), português (em
verde) e holandês (em amarelo). Entretanto,
podemos observar os meridianos (linhas
imaginárias) propostos na divisão do mundo
por Espanha e Portugal.
O meridiano mais à direita representa o que
seria a Bula Inter Coetera, proposta pelo
papa Alexandre IV. O mais à esquerda é o
Tratado de Tordesilhas. A localização das
cidades atuais é só ilustrativa.
Imagem: Mapa da América do Sul em 1650 / Tzzzpfff / GNU Free Documentation
License.
Vale salientar que reis de outros países europeus não
aceitaram tranquilamente o Tratado de Tordesilhas, pois
não participaram da divisão, como França, Inglaterra e
Holanda.
Francisco I, rei da França, declarou a famosa
frase: “Gostaria de ver o testamento de Adão
para saber como ele dividiu o mundo”.
Francisco I - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FrancisIFrance.jpg
Imagem:
Francisco
I,
rei
da
França
,
c.
1530/
Jean
Clouet
/
Museu
do
Louvre
/
Domínio
Público.
6. Trocas Culturais
A Expansão Marítima e Comercial possibilitou aos
europeus o conhecimento de novos continentes, novos povos e
novas culturas.
O comércio com o Oriente, sociedade extremamente
diferente da europeia, promoveu intensa troca não só de
mercadorias, mas também de costumes e hábitos. Fez o homem
ampliar a visão e olhar fora de seu próprio mundo.
É notável a mudança na alimentação do europeu, com a
inclusão da batata, do milho, da mandioca e do tomate, por
exemplo, produtos dos quais usufruímos até hoje.
7. Atividade de compreensão
Questionário
O que motivou os europeus a empreender a Expansão Marítima e Comercial?
No século XV ainda não existiam os meios de comunicação que conhecemos (celular e
internet são alguns exemplos). Como o europeu desse período obtinha as
informações? Podemos dizer que eram totalmente confiáveis?
Por que o Oceano Atlântico era tão temido no período? E hoje em dia, os homens têm
esse mesmo sentimento de medo em relação a algo?
Quais as riquezas que os europeus buscavam no Oriente? Você acha que os riscos
valiam à pena? Explique.
Aponte as diferentes estratégias de portugueses e espanhóis para chegar às Índias.

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  • 2. 1. O mundo conhecido até o século XV Para compreender o que foi a Expansão Marítima Europeia, precisamos fazer um exercício: imaginar o mundo sem telefone, internet, televisão ou qualquer outra forma de comunicação imediata que conhecemos. Com isso em mente, vamos estudar o que os europeus do século XV sabiam sobre o mundo e o que passaram a conhecer com a Expansão Marítima.
  • 3. Este era o mundo conhecido pelos europeus no século XV: Imagem: Mapa do mundo segundo Ptolomeu, redesenhado no século 15 / Autor Desconhecido / British Library Harley /United States Public Domain.
  • 4. Como você pode ter notado, o mundo conhecido pelos europeus resumia-se à sua vizinhança: a própria Europa; parte da África; parte da Ásia. O conhecimento que se tinha do mundo, no século XV, era muito limitado, geralmente, vindo de mapas gregos, romanos e, principalmente, dos comerciantes que viajavam pela região. A maioria dos europeus pouco sabia sobre o extremo Oriente, e a pouca informação que chegava era baseada nos relatos dos viajantes de forma imprecisa e repleta de elementos fantásticos.
  • 5. O livro do viajante Marco Polo, nascido em Veneza, é um exemplo de fonte de informação, em que relatava as viagens que fez pelo Oriente (incluindo a China), as riquezas, as características e os costumes dos povos com que teve contato. Marco Polo em uma de suas viagens. Observem o que ele carregava em seu navio: novidades do Oriente. Imagem: Marco Pollo viajando / miniatura do livro "As Viagens de Marco Polo“ / Autor Desconhecido / Public Domain.
  • 6. Na época, acreditava-se que a Terra era plana (semelhante ao formato de um prato) e que os navios, quando chegavam ao fim do mundo (na linha do horizonte), caíam em um abismo sem fim. http://www.dominiosfantasticos.xpg.com.br/id737.htm Imagem: Ilustração do livro de Edward Grant, "Celestial Orbs in the Latin Middle Ages", Isis, Vol. 78, No. 2. (Jun., 1987), pp. 152-173. / Autor Desconhecido / Disponibilizado por Fastfission / United States Public Domain.
  • 7. O Oceano Atlântico era conhecido como “Mar Tenebroso” com temperaturas escaldantes, povoado por monstros e outros perigos. Para um europeu sem instrução, o que você acha que as imagens transmitiam? Imagem: Xilogravura de St. Brendan celebrando uma missa no corpo de um monstro marinho, século 15 / autor desconhecido / United States Public Domain. Imagem: Nau de Rui Vaz Pereira levantada por um monstro marinho / Victorcouto / Public domain.
  • 8. Entretanto, mesmo com muitas lendas existentes, que geravam medo sobre o mar e o que era desconhecido, alguns europeus o encaravam de forma destemida e otimista. Nos mares, estava a oportunidade de encontrar novos mundos, instigando a aventura e a busca por uma vida melhor. “Navegar é preciso, viver não é preciso.”(Fernando Pessoa) Imagem:Dutch ships ramming Spanish galleys of the English coast, 3 October 1602 / Rijksmuseum Amsterdam / Hendrick Cornelisz Vroom / Public Domain.
  • 9. 2. Em busca de novos caminhos Até o século XV, o Oceano Atlântico era um obstáculo intransponível, mas os europeus começaram a se lançar nele em busca de novas rotas marítimas que os levassem a novas possibilidades e às riquezas existentes no Oriente relatadas pelos viajantes. O desbravamento do Atlântico foi uma alternativa encontrada por portugueses e espanhóis, uma vez que as rotas comerciais conhecidas (por onde eram trazidas as riquezas do Oriente) eram controladas por mercadores árabes e comerciantes de Gênova e Veneza (cidades italianas).
  • 10. Rotas comerciais dominadas por comerciantes árabes, genoveses e venezianos. Imagem: Extensão da Rota da Seda / Wikiality123 / GNU Free Documentation License.
  • 11. Nessa época, as viagens marítimas eram arriscadas e longas demais, o que terminava exigindo grande quantidade de recursos materiais. Com barcos movidos a remo ou à vela, a sobrevivência dos navegadores era bem delicada, pois a alimentação era racionada, com pouca variedade e, geralmente, não tinha boa qualidade. Esse quadro colaborava para o surgimento de várias doenças. Mas o que fazia todo esse risco valer a pena? Que riquezas eram essas? Ouro, prata e pedras preciosas? A resposta vai além e pode surpreendê-lo!
  • 12. Todo esse esforço era para ter acesso às especiarias do Oriente, além das riquezas minerais. Você sabe que especiarias eram essas? Especiarias podiam ser uma flor, um fruto, uma semente, uma casca de planta, secos e com forte aroma, como cravo, canela, noz- - moscada, canela, gengibre, sândalo, entre outras. Eram usadas não só na culinária, mas também na fabricação de óleos, cosméticos, incensos e medicamentos. E na atualidade, continuamos usando essas especiarias? Encontramos esses produtos com a mesma dificuldade? Imagem: Especiarías / heydrienne / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
  • 13. Além do acesso às especiarias e aos metais preciosos, a Expansão Marítima foi norteada por: - conquistas de mais terras; - conquista de fiéis para a Igreja Católica; -conquista de mercados consumidores do que era produzido na Europa.
  • 14. 3. O pioneirismo português O primeiro povo que se propôs a explorar o Oceano Atlântico foram os portugueses. Uma série de fatores favoreceram essa iniciativa pioneira: - posição geográfica favorável; - precoce centralização política; - capital disponível para investir; - existência de comércio marítimo com o norte da Europa; - domínio das técnicas de navegação.
  • 15. Quanto ao domínio das técnicas de navegação, podemos destacar a importância da Escola de Sagres, um centro de estudos náuticos que reunia geógrafos, cartógrafos, matemáticos, astrônomos, navegadores e construtores que desenvolveram e aperfeiçoaram instrumentos náuticos (bússola e balestilha), mapas, embarcações e estudos sobre navegação. Isso tudo possibilitou que os portugueses pudessem navegar cada vez mais longe do litoral. Imagem: Bússola Surveyor do século 18 / Museu Arqueológico Nacional da Espanha / Foto disponibilizada por Luis García (Zaqarbal), em março de 2008 / GNU Free Documentation License. Imagem: Bastão de Jacob / Autor Desconhecido / United States Public Domain.
  • 16. Neste contexto, vários navegadores portugueses se destacaram: - Bartolomeu Dias: chegou ao sul da África (1488), até então denominado “Cabo das Tormentas”, passando a chamar-se “Cabo da Boa Esperança”; -Vasco da Gama: primeiro navegador a chegar à Índia (1498), trazendo um grande carregamento de especiarias; - Pedro Álvares Cabral: veio ao Brasil (1500) antes de seguir até a Índia.
  • 17. 4. A navegação espanhola A Espanha foi a segunda a iniciar no empreendimento das navegações. Seu atraso deveu-se à finalização do processo de expulsão dos muçulmanos de seu território, chamado de Reconquista. Incapacitada momentaneamente em dar a largada nas expedições marítimas, a corte espanhola decidiu contratar navegadores em seu nome.
  • 18. - Cristóvão Colombo: (natural de Gênova) propôs chegar à Índia navegando em sentido oeste, mas acabou descobrindo a América (1492); - Fernão de Magalhães: (natural de Portugal) fez a primeira expedição que circunavegou o mundo; - Hernán Cortez: conquistou a civilização Asteca, atual México (1519); - Francisco Pizarro: conquistou a civilização Inca, atual Peru (1532).
  • 19. A Expansão Marítima e Comercial Portuguesa e Espanhola PORTUGAL ESPANHA Quando começou 1415 1492 Quem financiou Os reis Os reis Objetivo Chegar às Índias Chegar às Índias Rota que seguiu Contornar o continente africano Navegar para o Oeste (diferencial) Principais viajantes Bartolomeu Dias Vasco da Gama Pedro Álvares Cabral Cristóvão Colombo Fernão de Magalhães Conquistas realizadas Brasil Calicute América Central / México América do Sul
  • 20. 5. A divisão do mundo e o Tratado de Tordesilhas A Expansão Marítima gerou um grande desentendimento entre Portugal e Espanha, pela terras recém-descobertas do “Novo Mundo”, batizadas de América, e ainda as terras por descobrir. Para evitar um conflito ainda maior, em 1493, o papa Alexandre IV foi chamado para resolver a questão decidindo, através da Bula Inter Coetera, dividir as “novas terras” com um meridiano situado à 100 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde. Percebendo que não ficaria com muita coisa, baseado nesta divisão, Portugal exigiu a elaboração de um novo documento. E assim foi feito: um ano depois foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano a 370 léguas a oeste da Ilha de Cabo Verde.
  • 21. Este é um mapa da América do Sul, de 1650, com indicação das áreas de povoamento espanhol (em vermelho), português (em verde) e holandês (em amarelo). Entretanto, podemos observar os meridianos (linhas imaginárias) propostos na divisão do mundo por Espanha e Portugal. O meridiano mais à direita representa o que seria a Bula Inter Coetera, proposta pelo papa Alexandre IV. O mais à esquerda é o Tratado de Tordesilhas. A localização das cidades atuais é só ilustrativa. Imagem: Mapa da América do Sul em 1650 / Tzzzpfff / GNU Free Documentation License.
  • 22. Vale salientar que reis de outros países europeus não aceitaram tranquilamente o Tratado de Tordesilhas, pois não participaram da divisão, como França, Inglaterra e Holanda. Francisco I, rei da França, declarou a famosa frase: “Gostaria de ver o testamento de Adão para saber como ele dividiu o mundo”. Francisco I - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:FrancisIFrance.jpg Imagem: Francisco I, rei da França , c. 1530/ Jean Clouet / Museu do Louvre / Domínio Público.
  • 23. 6. Trocas Culturais A Expansão Marítima e Comercial possibilitou aos europeus o conhecimento de novos continentes, novos povos e novas culturas. O comércio com o Oriente, sociedade extremamente diferente da europeia, promoveu intensa troca não só de mercadorias, mas também de costumes e hábitos. Fez o homem ampliar a visão e olhar fora de seu próprio mundo. É notável a mudança na alimentação do europeu, com a inclusão da batata, do milho, da mandioca e do tomate, por exemplo, produtos dos quais usufruímos até hoje.
  • 24. 7. Atividade de compreensão Questionário O que motivou os europeus a empreender a Expansão Marítima e Comercial? No século XV ainda não existiam os meios de comunicação que conhecemos (celular e internet são alguns exemplos). Como o europeu desse período obtinha as informações? Podemos dizer que eram totalmente confiáveis? Por que o Oceano Atlântico era tão temido no período? E hoje em dia, os homens têm esse mesmo sentimento de medo em relação a algo? Quais as riquezas que os europeus buscavam no Oriente? Você acha que os riscos valiam à pena? Explique. Aponte as diferentes estratégias de portugueses e espanhóis para chegar às Índias.