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PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA 
PROMOVER A SEGURANÇA DO CLIENTE 
TERESINA 
2014.
i 
José de Arimatéa Maciel dos Anjos 
RESSUMO DO ARTIGO PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADAS EM 
EVIDÊNCIAS PARA 
PROMOVER A SEGURANÇA DO CLIENTE 
Ressumo do artigo citado acima apresentado por 
José de Arimtéa Maciel dos Anjos como exigência 
do curso de graduação em Enfermagem da 
Faculdade NONAUNESC para avaliação da 
atividade discente da disciplina Enfermagem em 
Evidências. 
TERESINA 
2014.
6 
RESUMO 
Realizar os cuidados certos, no momento certo, da maneira certa, para a pessoa 
certa, objetivando alcançar os melhores resultados possíveis, são princípios que 
fundamentam a qualidade da assistência e que direcionam a prática de enfermeiros 
que se esmeram em prestar uma assistência ética e respeitosa, baseada nas 
necessidades do paciente e da família, na excelência clínica e na melhor informação 
científica disponível. 
Para isso temos os modelos contemporâneos de aplicação contínua de 
conhecimentos científicos e tecnologias à prática, para conseguir crescentes 
melhores resultados de qualidade de vida e longevidade, que direcionam as 
condutas diárias de profissionais de saúde, principalmente o que diz, respeito o 
papel do enfermeiro moderno. Assim, a assistência à saúde se caracteriza como 
uma das mais complexas e dinâmicas atividades realizadas por seres humanos. 
Contudo, tal desenvolvimento não foi acompanhado de investimentos para tornar o 
sistema de saúde seguro. 
A primeira pergunta que impera em instituições de saúde é “quem fez isso”, como 
se erros fossem raros e relacionados à conduta dúbia de alguns profissionais de 
saúde, contudo, grandes estudos epidemiológicos conduzidos em países 
desenvolvidos demonstram que o ambiente, a cultura, as relações e a complexidade 
do sistema culminam na ocorrência de inúmeros erros e eventos adversos evitáveis 
que comprometem a segurança do paciente, ocasionando mortes ou seqüelas. 
A Organização Mundial da Saúde alerta que milhões de pessoas no mundo sofrem 
lesões desabilitastes e mortes decorrentes de práticas em saúde que são inseguras, 
sendo estimado que um em cada dez pacientes seja vítima de um erro. 
Tal estimativa advém de estudos conduzidos em países desenvolvidos, com 
sistemas de saúde mais estruturados do que os de países em desenvolvimento, nos 
quais dados epidemiológicos ainda são escassos. 
Nos Estados Unidos da América estima-se que 100 pessoas morrem diariamente 
devido a erros ocorridos durante a assistência à saúde, sendo considerada a oitava 
causa de mortalidade. 
Assim, erros no sistema de saúde não são raros e devem ser entendidos como 
resultados de sistemas que desconsideram a falibilidade intrínseca ao processo
7 
cognitivo humano e que esforços devem ser investidos para mudar a cultura, da 
punição para a segurança, na qual cada erro é concebido sob a perspectiva de falhas 
do sistema, que devem ser analisadas. 
No que concerne à enfermagem estudos têm demonstrado que o sistema de saúde 
não é desenhado para promover boas práticas de enfermagem, profissionais de 
enfermagem do mundo devem ter a segurança do paciente como fundamento de sua 
prática, mas poucos são os que trabalham em condições apropriadas que lhes 
permitam desenvolver os cuidados de enfermagem que aprenderam ou idealizaram 
para seus pacientes e familiares. 
A busca e o uso de evidências científicas de enfermagem para a promoção de 
segurança do paciente têm como pressuposto utilizar e fomentar a realização de 
estudos que gerem práticas inovadoras de enfermagem, com vista a sustentar as 
ações e as relações do profissional no sistema de saúde, bem como, demonstrar o 
impacto de tais ações nos resultados do sistema 
No contexto assistencial do país, poucos são os enfermeiros que atuam em 
ambientes que centram suas ações em evidências científicas. Muitos passam seu dia 
de trabalho corrigindo falhas no sistema, procurando materiais, trocando 
equipamentos quebrados, buscando prescrições e documentos deixados em locais 
errados, corrigindo falhas da lavanderia, farmácia, manutenção, nutrição e limpeza, 
sendo que, ao final do dia de trabalho, percebem que não conseguiram realizar 
cuidados de enfermagem diretos ao paciente, e nem tampouco supervisionar de 
modo eficiente os cuidados prestados por técnicos ou auxiliares de enfermagem 
Segundo James Reason, diz que, jamais poderemos extinguir a possibilidade do erro, 
já que esta é uma característica imutável no ser humano, mas podemos transformar 
o ambiente no qual os seres humanos agem, desenhando sistemas que tornem mais 
fácil fazer o certo e mais difícil fazer o errado. 
Outra prioridade no país, na busca de evidências em enfermagem que promovam a 
segurança do paciente, refere-se à interligação entre capacitação do profissional e 
resultado em saúde. 
É necessário demonstrar que profissionais de enfermagem mais capacitados 
produzem melhores resultados no cuidado do paciente, aumentando a satisfação e a 
confiança do usuário com o sistema de prestação de assistência, mas, sobretudo, 
reduzindo morbidade e mortalidade, como já evidenciadas em grandes estudos 
conduzidos fora do país. 
Palavras chaves: Erros ocorridos durante a assistência à saúde.
8 
REFERÊNCIAS: 
Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err ishuman: building a safer health 
system. Washington. D.C.:National Academy Press; 2000. 
2. World Health Organization [Internet]. World Alliance forPatient Safety. Forward Program 
2006-2007.[cited 2009 Jul12]. Available from: http://www.who.int/patientsafety/ 
information_centre/WHO_EIP_HDS_PSP_2006.1.pdf 
3. Van den Heede K, Lesaffre E, Diya L, Vleugels A, Clarke SP, Aiken LH, Sermeus W. The 
relationship between inpatient cardiac surgery mortality and nurse numbers and educational 
level: analysis of administrative data. Int J Nurs Stud. 2009;46(6):796-803. 
4. West E, Mays N, Rafferty AM, Rowan K, Sanderson C.Nursing resources and patient 
outcomes in intensive care: asystematic review of the literature. Int J Nurs 
Stud.2009;46(7):993-1011.
8 
REFERÊNCIAS: 
Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err ishuman: building a safer health 
system. Washington. D.C.:National Academy Press; 2000. 
2. World Health Organization [Internet]. World Alliance forPatient Safety. Forward Program 
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3. Van den Heede K, Lesaffre E, Diya L, Vleugels A, Clarke SP, Aiken LH, Sermeus W. The 
relationship between inpatient cardiac surgery mortality and nurse numbers and educational 
level: analysis of administrative data. Int J Nurs Stud. 2009;46(6):796-803. 
4. West E, Mays N, Rafferty AM, Rowan K, Sanderson C.Nursing resources and patient 
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Ressumo do ary professora karol

  • 1. www.novaunesc.com.br PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA PROMOVER A SEGURANÇA DO CLIENTE TERESINA 2014.
  • 2. i José de Arimatéa Maciel dos Anjos RESSUMO DO ARTIGO PRÁTICAS DE ENFERMAGEM BASEADAS EM EVIDÊNCIAS PARA PROMOVER A SEGURANÇA DO CLIENTE Ressumo do artigo citado acima apresentado por José de Arimtéa Maciel dos Anjos como exigência do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade NONAUNESC para avaliação da atividade discente da disciplina Enfermagem em Evidências. TERESINA 2014.
  • 3. 6 RESUMO Realizar os cuidados certos, no momento certo, da maneira certa, para a pessoa certa, objetivando alcançar os melhores resultados possíveis, são princípios que fundamentam a qualidade da assistência e que direcionam a prática de enfermeiros que se esmeram em prestar uma assistência ética e respeitosa, baseada nas necessidades do paciente e da família, na excelência clínica e na melhor informação científica disponível. Para isso temos os modelos contemporâneos de aplicação contínua de conhecimentos científicos e tecnologias à prática, para conseguir crescentes melhores resultados de qualidade de vida e longevidade, que direcionam as condutas diárias de profissionais de saúde, principalmente o que diz, respeito o papel do enfermeiro moderno. Assim, a assistência à saúde se caracteriza como uma das mais complexas e dinâmicas atividades realizadas por seres humanos. Contudo, tal desenvolvimento não foi acompanhado de investimentos para tornar o sistema de saúde seguro. A primeira pergunta que impera em instituições de saúde é “quem fez isso”, como se erros fossem raros e relacionados à conduta dúbia de alguns profissionais de saúde, contudo, grandes estudos epidemiológicos conduzidos em países desenvolvidos demonstram que o ambiente, a cultura, as relações e a complexidade do sistema culminam na ocorrência de inúmeros erros e eventos adversos evitáveis que comprometem a segurança do paciente, ocasionando mortes ou seqüelas. A Organização Mundial da Saúde alerta que milhões de pessoas no mundo sofrem lesões desabilitastes e mortes decorrentes de práticas em saúde que são inseguras, sendo estimado que um em cada dez pacientes seja vítima de um erro. Tal estimativa advém de estudos conduzidos em países desenvolvidos, com sistemas de saúde mais estruturados do que os de países em desenvolvimento, nos quais dados epidemiológicos ainda são escassos. Nos Estados Unidos da América estima-se que 100 pessoas morrem diariamente devido a erros ocorridos durante a assistência à saúde, sendo considerada a oitava causa de mortalidade. Assim, erros no sistema de saúde não são raros e devem ser entendidos como resultados de sistemas que desconsideram a falibilidade intrínseca ao processo
  • 4. 7 cognitivo humano e que esforços devem ser investidos para mudar a cultura, da punição para a segurança, na qual cada erro é concebido sob a perspectiva de falhas do sistema, que devem ser analisadas. No que concerne à enfermagem estudos têm demonstrado que o sistema de saúde não é desenhado para promover boas práticas de enfermagem, profissionais de enfermagem do mundo devem ter a segurança do paciente como fundamento de sua prática, mas poucos são os que trabalham em condições apropriadas que lhes permitam desenvolver os cuidados de enfermagem que aprenderam ou idealizaram para seus pacientes e familiares. A busca e o uso de evidências científicas de enfermagem para a promoção de segurança do paciente têm como pressuposto utilizar e fomentar a realização de estudos que gerem práticas inovadoras de enfermagem, com vista a sustentar as ações e as relações do profissional no sistema de saúde, bem como, demonstrar o impacto de tais ações nos resultados do sistema No contexto assistencial do país, poucos são os enfermeiros que atuam em ambientes que centram suas ações em evidências científicas. Muitos passam seu dia de trabalho corrigindo falhas no sistema, procurando materiais, trocando equipamentos quebrados, buscando prescrições e documentos deixados em locais errados, corrigindo falhas da lavanderia, farmácia, manutenção, nutrição e limpeza, sendo que, ao final do dia de trabalho, percebem que não conseguiram realizar cuidados de enfermagem diretos ao paciente, e nem tampouco supervisionar de modo eficiente os cuidados prestados por técnicos ou auxiliares de enfermagem Segundo James Reason, diz que, jamais poderemos extinguir a possibilidade do erro, já que esta é uma característica imutável no ser humano, mas podemos transformar o ambiente no qual os seres humanos agem, desenhando sistemas que tornem mais fácil fazer o certo e mais difícil fazer o errado. Outra prioridade no país, na busca de evidências em enfermagem que promovam a segurança do paciente, refere-se à interligação entre capacitação do profissional e resultado em saúde. É necessário demonstrar que profissionais de enfermagem mais capacitados produzem melhores resultados no cuidado do paciente, aumentando a satisfação e a confiança do usuário com o sistema de prestação de assistência, mas, sobretudo, reduzindo morbidade e mortalidade, como já evidenciadas em grandes estudos conduzidos fora do país. Palavras chaves: Erros ocorridos durante a assistência à saúde.
  • 5. 8 REFERÊNCIAS: Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err ishuman: building a safer health system. Washington. D.C.:National Academy Press; 2000. 2. World Health Organization [Internet]. World Alliance forPatient Safety. Forward Program 2006-2007.[cited 2009 Jul12]. Available from: http://www.who.int/patientsafety/ information_centre/WHO_EIP_HDS_PSP_2006.1.pdf 3. Van den Heede K, Lesaffre E, Diya L, Vleugels A, Clarke SP, Aiken LH, Sermeus W. The relationship between inpatient cardiac surgery mortality and nurse numbers and educational level: analysis of administrative data. Int J Nurs Stud. 2009;46(6):796-803. 4. West E, Mays N, Rafferty AM, Rowan K, Sanderson C.Nursing resources and patient outcomes in intensive care: asystematic review of the literature. Int J Nurs Stud.2009;46(7):993-1011.
  • 6. 8 REFERÊNCIAS: Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, editors. To err ishuman: building a safer health system. Washington. D.C.:National Academy Press; 2000. 2. World Health Organization [Internet]. World Alliance forPatient Safety. Forward Program 2006-2007.[cited 2009 Jul12]. Available from: http://www.who.int/patientsafety/ information_centre/WHO_EIP_HDS_PSP_2006.1.pdf 3. Van den Heede K, Lesaffre E, Diya L, Vleugels A, Clarke SP, Aiken LH, Sermeus W. The relationship between inpatient cardiac surgery mortality and nurse numbers and educational level: analysis of administrative data. Int J Nurs Stud. 2009;46(6):796-803. 4. West E, Mays N, Rafferty AM, Rowan K, Sanderson C.Nursing resources and patient outcomes in intensive care: asystematic review of the literature. Int J Nurs Stud.2009;46(7):993-1011.