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PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS
 NOS HEMOCOMPONENTES
IRRADIAÇÃO
     A irradiação dos hemocomponentes é realizada
para a prevenção da doença do enxerto versus
hospedeiro associada a transfusão (DECH-AT),
complicação imunológica usualmente fatal,
causada pela enxertia e expansão clonal dos
linfócitos do doador em receptores suscetíveis.
     Com a finalidade de prevenir esta complicação,
os hemocomponentes celulares (concentrado de
hemácias e de plaquetas) devem ser submetidos a
irradiação gama na dose de, pelo menos, 2500cGy
(25Gy), impossibilitando a multiplicação dos
linfócitos.
INDICAÇÕES
• Transfusão intra-uterina.
• Exsanguineo-transfusao,      obrigatoriamente,   quando    houver
  transfusão intra-uterina previa.
• Recem-nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo
  peso (1.200g).
• Portadores de imunodeficiências congênitas graves.
• Pós transplante de medula óssea autólogo ou alogênico.
• Pós transplante com células de cordão umbilical.
• Pacientes tratados com análogos da purina; fludarabina, cladribine,
  deoxicoformicina.
• Receptor de transplante de coração ou pulmão.
• Portadores de linfomas, leucemia mieloide aguda e anemia aplastica
  em uso de imunossupressor.
• Receptor de concentrado de plaquetas HLA compatíveis.
• Quando o receptor tiver qualquer grau de parentesco com o doador
DESLEUCOCITAÇÃO
     É um procedimento realizado através de filtros
específicos para remoção de leucócitos de um componente
sanguíneo celular (glóbulos vermelhos e plaquetas).
     Uma unidade de sangue total contem cerca de 2 a 3 x109
leucócitos. O componente desleucocitado deve conter menos
que 5x106 leucócitos. Com este procedimento ocorre redução
de 99% dos leucócitos no produto inicial, restando no produto
final menos que 5x106 leucócitos.
     Está indicado nas prevenções de complicações
relacionadas a transfusão de hemocomponentes alogenicos
devido a exposição do receptor aos leucócitos do doador.
INDICAÇÕES
•    Hemoglobinopatias.
•   Anemias hemoliticas hereditarias.
•    Historia de duas reacoes febris nao-hemoliticas.
•   Sindromes de imunodefi ciencias congenitas.
•   Transplante de medula ossea.
•   Anemia aplastica.
•   Leucemia mieloide aguda.
•   Doenças onco-hematologicas graves ate esclarecimento
    diagnostico.
•   Prevenção de Infecção para CMV nas seguintes situacoes:
−   Paciente HIV positivo com sorologia negativa para CMV.
−   Candidato a transplante de orgaos e medula ossea se doador e
    receptor forem negativos para CMV.
−   Transfusao intra-uterina.
−   Gestantes com sorologia nao-reativa ou desconhecida para CMV.
−   Recem-nascidos prematuros e de baixo peso (1.200g) de maes
    CMV negativas ou com sorologia desconhecida.
LAVAGEM
     É obtida através de lavagens dos
hemocomponentes celulares (glóbulos vermelhos
e plaquetas) com solução isotônica de cloreto de
sódio estéril em quantidade suficiente (1 a 3
litros), com a finalidade de eliminar a maior
quantidade possível de plasma.
     Este procedimento é realizado no Banco de
Sangue e/ou unidade de hemoterapia através de
fluxo laminar.
INDICAÇÕES

• Reações alérgicas.

•Pacientes deficientes de IgA com historia previa
  de reação anafilática durante transfusões
  anteriores.
AQUECIMENTO DE
                       HEMOCOMPONENTES
    Consiste no aquecimento de hemocomponentes através de equipamentos especiais e em
    temperatura controlada.

          Indicações:
•   Paciente adulto que recebera sangue ou plasma em velocidade superior a 15ml/kg/hora
    por mais de 30 minutos.
•   Paciente pediátrico que recebera sangue ou plasma em velocidade superior a
    15ml/kg/hora.
•   Transfusões maciças (administração aguda de volume superior a uma vez e meia a volemia
    do paciente, ou a reposição com sangue estocado equivalente ao volume sanguineo total
    de um paciente, em 24 horas).
•   Paciente com altos títulos de anticorpo hemolítico frio com alta amplitude térmica, que
    reage a 370C.
•   Pacientes portadores de fenômeno de Raynaud.
•   Exsanguineo-transfusao

         Contra-Indicacao:
    os componentes plaquetarios não devem ser aquecidos devido a alteração de sua função.
COMPLICAÇÕES
A transfusão é um evento irreversível que acarreta benefícios e
riscos potenciais ao receptor. Apesar da indicação precisa e
administração correta, reações as transfusões podem ocorrer.
Portanto, e importante que todos profissionais envolvidos na
prescrição e administração de hemocomponentes estejam
capacitados a prontamente identificar e utilizar estratégias
adequadas para resolução e prevenção de novos episódios de
reação transfusional.
A ocorrência destas reações esta associada a diferentes causas,
dentre as quais fatores de responsabilidade da equipe hospitalar
como erros de identificação de pacientes, amostras ou produtos,
utilização de insumos inadequados (equipos, bolsa, etc.), fatores
relacionados ao receptor e/ou doador como existência de
anticorpos irregulares não detectados em testes pre-transfusionais
de rotina.
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

    As reações transfusionais podem ser
classificadas em imediatas (até 24 horas da
transfusão) ou tardias (após 24 horas da
transfusão), imunológicas e não imunológicas
REAÇÕES HEMOLÍTICAS
                  TARDIAS
• Ocorre quando a transfusão do CH induz uma resposta
  imunológica antieritrocitária dias ou semanas após a
  transfusão.
• Quadro clínico indolente, geralmente com mal-estar,
  fraqueza, anemia e icterícia, não causando risco para o
  paciente.
• Não é necessária terapêutica aguda
• Cuidados nas futuras transfusões para prevenir novas
  reações.
• Geralmente, estão envolvidos anticorpos de outros
  sistemas sanguíneos que não o ABO, como os sistemas
  Rh e Kell.
Aloimunização HLA
• Complicação freqüente nos pacientes adultos
  submetidos a transfusões
• Está envolvida na fisiopatologia da
  refratariedade plaquetária.
• Pacientes submetidos à transfusão crônica
  antes dos 10 anos de idade apresentavam
  maior tolerância e raramente desenvolvem tal
  complicação.
Doença do Enxerto versus
         Hospedeiro Transfusional
• Rara, mas fatal.
• A expansão clonal dos linfócitos T do doador em um
  paciente imunossuprimido leva a um ataque
  imunológico aos tecidos do receptor, culminando com
  febre, pancitopenia, eritrodermia, hepatite e
  enterocolite.
• Os sintomas iniciam-se com 10 a 12 dias da transfusão.
• Não há tratamento efetivo, pois imunossupressores
  mostraram-se pouco eficazes
• A prevenção deve ser realizada por meio da irradiação
  de hemocomponentes
SOBRECARGA DE FERRO
• Ocorre após 50 a 100 transfusões de CH
• Tratamento com quelantes de ferro deve ser
  iniciado quando o nível sérico de ferritina
  ultrapassar o valor de 1.000mg/dL.
• A desferroxamina tem sido o quelante mais
  utilizado.
INFECÇÕES TRANSMITIDAS
             POR TRANSFUSÕES
• Infecções virais podem ser transmitidas por meio da
  transfusão de hemocomponentes. Como por exemplos
  temos:
  hepatites (B, C, O);   West Nile vírus;
   HIV;                   TTV;
   HTLV 1/11;             SEN-V;
   CMV;                  príons (relacionados às encefalopatias
   Epstein-Barr;         espongiformes transmissíveis - doença de
   herpesvirus 6 e 8;    Creulzfeldt-Jakob e Creulzfeldt-Jakob
   parvovírus B19;       variante).

• São fundamentais a triagem rigorosa dos doadores de
  sangue e a execução de testes laboratoriaisde alta
  sensibilidade para selecionar as unidades que podem
  ser transfundidas.

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preparo e complicaçãoes dos hemocomponentes

  • 2. IRRADIAÇÃO A irradiação dos hemocomponentes é realizada para a prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro associada a transfusão (DECH-AT), complicação imunológica usualmente fatal, causada pela enxertia e expansão clonal dos linfócitos do doador em receptores suscetíveis. Com a finalidade de prevenir esta complicação, os hemocomponentes celulares (concentrado de hemácias e de plaquetas) devem ser submetidos a irradiação gama na dose de, pelo menos, 2500cGy (25Gy), impossibilitando a multiplicação dos linfócitos.
  • 3. INDICAÇÕES • Transfusão intra-uterina. • Exsanguineo-transfusao, obrigatoriamente, quando houver transfusão intra-uterina previa. • Recem-nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo peso (1.200g). • Portadores de imunodeficiências congênitas graves. • Pós transplante de medula óssea autólogo ou alogênico. • Pós transplante com células de cordão umbilical. • Pacientes tratados com análogos da purina; fludarabina, cladribine, deoxicoformicina. • Receptor de transplante de coração ou pulmão. • Portadores de linfomas, leucemia mieloide aguda e anemia aplastica em uso de imunossupressor. • Receptor de concentrado de plaquetas HLA compatíveis. • Quando o receptor tiver qualquer grau de parentesco com o doador
  • 4. DESLEUCOCITAÇÃO É um procedimento realizado através de filtros específicos para remoção de leucócitos de um componente sanguíneo celular (glóbulos vermelhos e plaquetas). Uma unidade de sangue total contem cerca de 2 a 3 x109 leucócitos. O componente desleucocitado deve conter menos que 5x106 leucócitos. Com este procedimento ocorre redução de 99% dos leucócitos no produto inicial, restando no produto final menos que 5x106 leucócitos. Está indicado nas prevenções de complicações relacionadas a transfusão de hemocomponentes alogenicos devido a exposição do receptor aos leucócitos do doador.
  • 5. INDICAÇÕES • Hemoglobinopatias. • Anemias hemoliticas hereditarias. • Historia de duas reacoes febris nao-hemoliticas. • Sindromes de imunodefi ciencias congenitas. • Transplante de medula ossea. • Anemia aplastica. • Leucemia mieloide aguda. • Doenças onco-hematologicas graves ate esclarecimento diagnostico. • Prevenção de Infecção para CMV nas seguintes situacoes: − Paciente HIV positivo com sorologia negativa para CMV. − Candidato a transplante de orgaos e medula ossea se doador e receptor forem negativos para CMV. − Transfusao intra-uterina. − Gestantes com sorologia nao-reativa ou desconhecida para CMV. − Recem-nascidos prematuros e de baixo peso (1.200g) de maes CMV negativas ou com sorologia desconhecida.
  • 6. LAVAGEM É obtida através de lavagens dos hemocomponentes celulares (glóbulos vermelhos e plaquetas) com solução isotônica de cloreto de sódio estéril em quantidade suficiente (1 a 3 litros), com a finalidade de eliminar a maior quantidade possível de plasma. Este procedimento é realizado no Banco de Sangue e/ou unidade de hemoterapia através de fluxo laminar.
  • 7. INDICAÇÕES • Reações alérgicas. •Pacientes deficientes de IgA com historia previa de reação anafilática durante transfusões anteriores.
  • 8. AQUECIMENTO DE HEMOCOMPONENTES Consiste no aquecimento de hemocomponentes através de equipamentos especiais e em temperatura controlada. Indicações: • Paciente adulto que recebera sangue ou plasma em velocidade superior a 15ml/kg/hora por mais de 30 minutos. • Paciente pediátrico que recebera sangue ou plasma em velocidade superior a 15ml/kg/hora. • Transfusões maciças (administração aguda de volume superior a uma vez e meia a volemia do paciente, ou a reposição com sangue estocado equivalente ao volume sanguineo total de um paciente, em 24 horas). • Paciente com altos títulos de anticorpo hemolítico frio com alta amplitude térmica, que reage a 370C. • Pacientes portadores de fenômeno de Raynaud. • Exsanguineo-transfusao Contra-Indicacao: os componentes plaquetarios não devem ser aquecidos devido a alteração de sua função.
  • 9. COMPLICAÇÕES A transfusão é um evento irreversível que acarreta benefícios e riscos potenciais ao receptor. Apesar da indicação precisa e administração correta, reações as transfusões podem ocorrer. Portanto, e importante que todos profissionais envolvidos na prescrição e administração de hemocomponentes estejam capacitados a prontamente identificar e utilizar estratégias adequadas para resolução e prevenção de novos episódios de reação transfusional. A ocorrência destas reações esta associada a diferentes causas, dentre as quais fatores de responsabilidade da equipe hospitalar como erros de identificação de pacientes, amostras ou produtos, utilização de insumos inadequados (equipos, bolsa, etc.), fatores relacionados ao receptor e/ou doador como existência de anticorpos irregulares não detectados em testes pre-transfusionais de rotina.
  • 10. REAÇÕES TRANSFUSIONAIS As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) ou tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não imunológicas
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. REAÇÕES HEMOLÍTICAS TARDIAS • Ocorre quando a transfusão do CH induz uma resposta imunológica antieritrocitária dias ou semanas após a transfusão. • Quadro clínico indolente, geralmente com mal-estar, fraqueza, anemia e icterícia, não causando risco para o paciente. • Não é necessária terapêutica aguda • Cuidados nas futuras transfusões para prevenir novas reações. • Geralmente, estão envolvidos anticorpos de outros sistemas sanguíneos que não o ABO, como os sistemas Rh e Kell.
  • 15. Aloimunização HLA • Complicação freqüente nos pacientes adultos submetidos a transfusões • Está envolvida na fisiopatologia da refratariedade plaquetária. • Pacientes submetidos à transfusão crônica antes dos 10 anos de idade apresentavam maior tolerância e raramente desenvolvem tal complicação.
  • 16. Doença do Enxerto versus Hospedeiro Transfusional • Rara, mas fatal. • A expansão clonal dos linfócitos T do doador em um paciente imunossuprimido leva a um ataque imunológico aos tecidos do receptor, culminando com febre, pancitopenia, eritrodermia, hepatite e enterocolite. • Os sintomas iniciam-se com 10 a 12 dias da transfusão. • Não há tratamento efetivo, pois imunossupressores mostraram-se pouco eficazes • A prevenção deve ser realizada por meio da irradiação de hemocomponentes
  • 17. SOBRECARGA DE FERRO • Ocorre após 50 a 100 transfusões de CH • Tratamento com quelantes de ferro deve ser iniciado quando o nível sérico de ferritina ultrapassar o valor de 1.000mg/dL. • A desferroxamina tem sido o quelante mais utilizado.
  • 18. INFECÇÕES TRANSMITIDAS POR TRANSFUSÕES • Infecções virais podem ser transmitidas por meio da transfusão de hemocomponentes. Como por exemplos temos: hepatites (B, C, O); West Nile vírus;  HIV;  TTV;  HTLV 1/11;  SEN-V;  CMV; príons (relacionados às encefalopatias  Epstein-Barr; espongiformes transmissíveis - doença de  herpesvirus 6 e 8; Creulzfeldt-Jakob e Creulzfeldt-Jakob  parvovírus B19; variante). • São fundamentais a triagem rigorosa dos doadores de sangue e a execução de testes laboratoriaisde alta sensibilidade para selecionar as unidades que podem ser transfundidas.