SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 1
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Nº2244 | 25FEV2021 | barlavento.pt 11
OPINIÃO
A medição do tempo, pelas
quatro partes do dia, era no
passado um dos aspetos mais
importantes da vida quoti-
diana, quer na cidade quer
no campo. Para ter uma ideia
da dimensão do tempo, houve
que inventar meios artificiais,
uns mais técnicos e rigorosos
do que outros, mas que, con-
forme a época em que vigora-
ram, foram muito importan-
tes para a organização social
do trabalho. Não se pense que
a evolução histórica do reló-
gio progrediu no tempo se-
gundo a lógica processual da
curiosidade científica. A ver-
dade é que o relógio evoluiu
de acordo com os modos de
produção económica, desde
o esclavagismo que deu cer-
ne ao imperialismo clássico,
até à fase agrária do feudalis-
mo, em que o sol assumiu o
seu papel de relógio natural e
biológico.
Mas no advento da era
moderna, com o estabeleci-
mento das novas rotas atlân-
ticas, os contactos com civi-
lizações de diferentes qua-
drantes solares suscitaram
a necessidade de adaptação
a novos fusos horárias. Para
o efeito houve que inventar
o relógio mecânico, cujo uso
passou a ser não só uma ne-
cessidade como também um
adereço de distinção social.
O relógio de bolso tornou-se
numa peça de ostentação so-
cial, sobretudo pelo facto de
se apresentar como peça de
ourivesaria, incrustado em
ouro ou prata, adornado em
madrepérola, com desenhos
e figuras de minúsculas pro-
porções, que fizeram as delí-
cias da aristocracia europeia
e da alta burguesia mercan-
til. É curioso que muitos di-
plomatas franceses chega-
ram a ser admoestados pelos
serviços aduaneiros e inclu-
sive pelo Ministério dos Ne-
gócios Estrangeiros, pelo fac-
to de se dedicarem ao con-
trabando de relógios de bol-
so, não só no reino como no
Brasil. Muitas dessas precio-
sidades artísticas subsistem
ainda hoje nos mais famosos
museus do mundo, nomea-
damente no Museu Interna-
cional dos Relógios, na Suiça,
no Museu Alemão do Relógio
(Deutsches Uhrenmuseum),
nas preciosas coleções do
Hermitage, na Rússia, ou nos
nossos museus do relógio em
Évora e em Serpa.
O relógio e o
comércio colonial
Nos séculos XVI a XVIII, o
descobrimento da América
originou o estabelecimen-
to de novas rotas marítimas,
que incentivaram as viagens
intercontinentais e sobretu-
do as atividades mercantis.
Fundaram-se então as com-
panhias comerciais, os ban-
cos nacionais emissores de
moeda, os seguros maríti-
mos, a bolsa comercial e de
valores, a moeda-padrão e a
letra de câmbio. Todas estas
instituições surgiram como
órgãos fundacionais do ca-
pitalismo moderno. A par
das grandes viagens emergiu
o interesse das trocas, tan-
to culturais como materiais,
desenvolvendo-se quase to-
das as áreas do conhecimen-
to humano. Diferentes civili-
zações, religiões e etnias, ge-
raram entre os europeus co-
lonizadores uma nova era de
progresso cultural que ficou
conhecida como «revolução
científica». Além da ciência
desenvolveu-se também um
novo modo de produção na
economia mundial: o capita-
lismo comercial.
No domínio da ciência
económica designou-se esse
período como Mercantilis-
mo, por ser uma época estru-
turalmente dominada pelas
transações comerciais, com a
particularidade de se desen-
volver por ciclos, estribados
na predominância de certas
mercadorias de procura glo-
bal, como foram o caso do ta-
baco, do açúcar e do algodão.
Na sequência do capita-
lismo comercial, generalizou-
-se o uso do relógio mecâni-
co, no formato de bolso com
corrente de ouro, granjean-
do o seu detentor um distin-
tivo de prestígio e de valori-
zação social. Os mercados co-
loniais estimularam na socie-
dade europeia novos hábitos
sociais, de consumo e alimen-
tares, influenciando sobretu-
do o sector da arte e da moda.
Para equilibrar a balança co-
mercial da europa houve que
implementar, sobretudo no
Reino Unido, um forte pro-
grama de incentivo e prote-
ção ao sector de transforma-
ção industrial. Em 1760 ini-
ciava-se em Inglaterra o pro-
cesso histórico que ficou co-
nhecido por «Revolução In-
dustrial». A força motriz iden-
tificativa dessa nova era na
economia mundo foi o vapor,
tendo por signo roda denta-
da. Porém, julgo que o sím-
bolo mais apropriado à rea-
lidade vigente seria o relógio
de parede, como objecto me-
cânico de medição do tempo
de trabalho e dos custos da
produção.
O relógio e a
«Revolução Industrial»
Na verdade, a transição do
relógio de bolso para o es-
paço abrangente da parede
da fábrica transformou defi-
nitivamente a vida quotidia-
na da humanidade. O relógio
passou a ser também objeto
da produção em massa, para
responder às solicitações do
mundo moderno, cuja vida
passou a ser medida em ho-
ras, a ter um horário, e, con-
sequentemente, a submeter-
-se àquilo a que hoje chama-
mos «agenda».
A sociedade moderna eu-
ropeia passou a entender o
tempo como uma dimensão
mensurável de valor acres-
centado. A associação do tem-
po com o trabalho deu origem
à avaliação dos custos de pro-
dução e ao estabelecimento
do salário industrial.
Em tempos remotos da
civilização ocidental, o salá-
rio foi retribuído em sal (daí
a sua designação), em gé-
neros e prestação de servi-
ços, até que com a generali-
zação da moeda passou a ser
pago em metal sonante. Esse
é um avanço decisivo por-
que o contrato social em que
se estribava a sociedade pas-
sou a assentar arraiais na no-
ção fundamental do traba-
lho e na produção de rique-
za. O horário de trabalho es-
tabelecia-se de sol a sol, sen-
do por isso que ainda hoje ve-
mos relógios de sol, na fronta-
ria das casas solarengas, edi-
fícios públicos e igrejas, para
que todos se apercebessem
da evolução das horas ao lon-
go do dia, e com isso se cons-
ciencializassem do seu dia de
trabalho.
A revolução industrial ori-
ginou uma nova consciência
de trabalho e de horas efeti-
vas de produção. Se no prin-
cípio da revolução industrial o
operário fabril foi tão explora-
do (para não dizer escraviza-
do) como foi o camponês no
mundo rural, também é ver-
dade que isso suscitou a sua
reorganização em sindicatos,
e até em partidos políticos – o
liberal Wigh, hoje denomina-
do Trabalhista – para susten-
tar a defesa dos direitos e li-
berdades dos trabalhadores.
A partir de novecentos, o
uso do relógio esteve presente
emtodososmomentosdavida
pública. Com a industrializa-
ção surgiu a invenção do car-
ril e da locomotiva. A revolu-
ção dos transportes, ferroviá-
rios e marítimos, encurtaram
distâncias, ligaram civilizações
e aqueceram a economia glo-
bal. A ferrovia sulcou os con-
tinentes numa imbricada rede
de comunicações, à qual o re-
lógio, através da invenção do
horário, dava o cerne natural
do progresso. E a tradução do
progresso consistia na simbio-
se da locomotiva com o relógio
e a roda dentada.
A municipalização
do relógio
Nas fábricas os empresários
faziam questão de encastrar
um enorme relógio na fron-
taria do edifício, para eviden-
ciar a regulação do trabalho.
Nos clubes e sociedades os
burgueses ostentavam com
vaidade o seu relógio de ouro
no bolsinho do colete. Nas ci-
dades os autarcas das gran-
des urbes europeias manda-
ram colocar relógios nas pra-
ças e edifícios públicos, não
unicamente para regulação
dos seus munícipes, mas tam-
bém para simbolizar o pro-
gresso e modernidade da so-
ciedade industrial.
Entre os vários exemplos
da municipalização do reló-
gio, ocorreu-me lembrar aqui
o caso da vila de Lagoa, no Al-
garve, cujos munícipes abri-
ram em 1828 uma subscrição
pública para comprar o pri-
meiro relógio que deu horas
na torre da igreja. O concelho
havia sido fundado por Pom-
bal 55 anos antes, pelo que
a compra do relógio público
constituía uma forma de afir-
mação do seu sucesso e pujan-
ça no contexto regional. Pode
dizer-se que para os lagoenses
o progresso chegara sob a for-
ma de relógio, muito antes da
via férrea e do silvo do com-
boio. Ter horas, certas e ofi-
cialmente reguladas, era mui-
to mais importante do que se
possa pensar. Era o virar de
página, deixando para trás a
sociedade rural, o passado, e
antever a chegada da nova or-
dem industrial - o futuro.
Mas à boa maneira nacio-
nal, quando se pensou em do-
tar a vila de um relógio pú-
blico, não se acautelou pre-
viamente a satisfação das
hoje designadas despesas fi-
xas, isto é, o salário do res-
ponsável pela manutenção da
monstruosa máquina das ho-
ras. E isso deu origem a uma
curiosa queixa da parte inte-
ressada, um tal Joaquim An-
tónio de Sousa, que tratan-
do com desvelo do relógio,
não recebia salário há mais
de um ano. A edilidade sabia
bem que o relógio precisava
de cuidados, pelo menos de
alguém que regularmente o
limpasse e lhe desse corda. E
para que a máquina do tempo
cumprisse com acerto a sua
função, precisava de cuidados
exclusivos. Só que para inde-
xar essa despesa nas contas
do município havia que pre-
viamente receber autoriza-
ção da coroa. Tal como acon-
tece hoje, de Lisboa não vinha
nem palavra nem decisão.
Cansado de esperar, e sendo
parte interessada, resolveu
atalhar caminho, escrevendo
uma súplica endereçada dire-
tamente ao rei, para que lhe
concedesse a mercê de po-
der ser escriturado como re-
lojoeiro no orçamento da au-
tarquia.
Mas o melhor será ouvir-
mos as suas próprias pala-
vras, que aqui extratamos na
íntegra e na sua grafia ori-
ginal (ver caixa). Apesar da
sua justeza, a súplica não
teve a satisfação mais espera-
da. Apresentada ao despacho
real. em Lisboa, a 7-06-1830,
ficou exarada como «Escusa-
da». Também aqui deixo os
termos em que foi lavrada a
resolução oficial: «Para lim-
par e dar corda ao Relógio
qualquer homem basta: he
incumbência amovível e de
pouca despesa, que a Cama-
ra pode economicamente ne-
gociar quando, como e com
quem quiser».
Não sei qual foi o desfe-
cho final deste caso. Mas, pelo
despacho real, presumo que
não tenha sido o mais con-
veniente para o autor da su-
plica, o pobre Joaquim Antó-
nio de Sousa, que trabalhava
há quase dois anos para a Câ-
mara Municipal de Lagoa sem
auferir qualquer retribuição.
Curiosa é também a forma
desgraciosa como a Coroa, em
Lisboa, desvalorizava o traba-
lho desenvolvido na provín-
cia, o que não difere nada da
perspetiva atual. Para o cen-
tro, a periferia não tinha va-
lor nem importância. Daí a
forma depreciativa como o
despacho autorizava a edili-
dade a contratar quem qui-
sesse, desde que pelo menor
custo possível, pois que para
fazer o trabalho de limpar e
dar corda ao relógio qualquer
um servia. Os tais 24 mil réis
que o suplicante achava jus-
to pagar-se-lhe pelo trabalho
de zelar pelo relógio públi-
co, parecia à Coroa uma des-
pesa elevada. Além disso, as
rendas dos aferimentos mu-
nicipais não eram suficientes
para suportar o encargo, e o
despacho de Lisboa não pro-
punha escorar a despesa nou-
tra verba camarária. Estas de-
cisões, autocráticas e reduti-
vas, eram muito peculiares do
espírito miguelista, que go-
vernou o país sob a espada do
terror e o laço da força.
Seja como for, a principal
ilação que se pode extrair des-
te pequeno documento é que
a Câmara Municipal de Lagoa,
criada no tempo de Pombal,
não dispunha de meios finan-
ceiros para adquirir um reló-
gio, nem rendimentos que lhe
permitissem suster a magra
despesa anual de um funcio-
nário que zelasse pela sua la-
boração. No entanto, por von-
tade do seu povo, comprou a
máquina do tempo que ain-
da hoje se pode ver com orgu-
lho na torre da sua igreja ma-
triz. E foi pela mesma vonta-
de popular que a edilidade ar-
ranjou uma solução para esti-
pendiar o sineiro e contor-
nar a decisão superior. Tinha
que ser.
O primeiro relógio público
de Lagoa, adquirido em 1828
OPINIÃO JOSÉ CARLOS VILHENA MESQUITA | Professor Universitário e Historiador
«Senhor:
Diz Joachim Antonio de Souza morador na villa de Lagoa,
commarca de Faro, Reino do Algarve, que o Povo daquela Villa
comprou hum Relogio publico e colocando-o na Torre da Igreja
Matriz da ditta Villa, ofereceu sua fiscalização á Camara que no-
meou o supplicante para o regular e dár corda, porem sem lhe
determinar ordenado em razão de para isso necessitar autoriza-
ção: e como aquelle concelho he pobre e se lho faz menos violen-
to desincorporar de suas rendas a dos aferimentos daquela dita
Villa e termo, do que estabelecer hum ordenado ao menos de vin-
te e quatro mil reis a que não chegão os ditos aferimentos, requer
a V. R. Magde [Vossa Real Majestade] se digne consederlhe a mes-
ma pelo salario do trabalho de que se acha incumbido, pois que
ha hum anno que trabalha sem paga e não pode por mais tempo
ter tal penção sem interesse; e porque este estabelecimento he de
utilidade publica senão deve perder por falta de quem o adminis-
tre. Portanto Pede a V. Magde se digne consederlhe a graça que
supplica ouvida primeiramente a Camara. E. R. M. [El Rei Mercê]»
Torre do relógio na igreja matriz de Lagoa.

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828

rev. industrial Atividades e textos e mapas.docx
rev. industrial Atividades e textos e mapas.docxrev. industrial Atividades e textos e mapas.docx
rev. industrial Atividades e textos e mapas.docxJuliane789084
 
Comércio e escoamento da produção
Comércio e  escoamento da produçãoComércio e  escoamento da produção
Comércio e escoamento da produçãofadoleta
 
A civilização industrial no século XIX
A civilização industrial no século XIXA civilização industrial no século XIX
A civilização industrial no século XIXBeatrizMarques25
 
HCA M4 A Cidade/ O GóTico
HCA   M4   A Cidade/ O GóTicoHCA   M4   A Cidade/ O GóTico
HCA M4 A Cidade/ O GóTicoIsidro Santos
 
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na Maquinofactura
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na MaquinofacturaA TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na Maquinofactura
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na MaquinofacturaSílvia Mendonça
 
A feira de pocinhos na sua diversidade mudanças e resistências.
A feira de pocinhos  na sua diversidade  mudanças e resistências.A feira de pocinhos  na sua diversidade  mudanças e resistências.
A feira de pocinhos na sua diversidade mudanças e resistências.Eduardo Araujo
 
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboa
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De LisboaVisita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboa
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboaabarros
 
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Prefeitura de Olinda
 
Hist. do brasil
Hist. do brasilHist. do brasil
Hist. do brasilcallll
 
Geo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptxGeo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptxvpcsilva
 
A revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidadeA revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidadeJhonatan Borges
 

Ähnlich wie O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828 (20)

rev. industrial Atividades e textos e mapas.docx
rev. industrial Atividades e textos e mapas.docxrev. industrial Atividades e textos e mapas.docx
rev. industrial Atividades e textos e mapas.docx
 
Revolução Industrial
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Revolução Industrial
 
R.i.
R.i.R.i.
R.i.
 
Comércio e escoamento da produção
Comércio e  escoamento da produçãoComércio e  escoamento da produção
Comércio e escoamento da produção
 
A civilização industrial no século XIX
A civilização industrial no século XIXA civilização industrial no século XIX
A civilização industrial no século XIX
 
HCA M4 A Cidade/ O GóTico
HCA   M4   A Cidade/ O GóTicoHCA   M4   A Cidade/ O GóTico
HCA M4 A Cidade/ O GóTico
 
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na Maquinofactura
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na MaquinofacturaA TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na Maquinofactura
A TransformaçãO Na Agricultura, Demografia E Na Maquinofactura
 
A feira de pocinhos na sua diversidade mudanças e resistências.
A feira de pocinhos  na sua diversidade  mudanças e resistências.A feira de pocinhos  na sua diversidade  mudanças e resistências.
A feira de pocinhos na sua diversidade mudanças e resistências.
 
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboa
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De LisboaVisita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboa
Visita De Estudo à Bolsa De Turismo De Lisboa
 
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
Revolução industrial
Revolução industrialRevolução industrial
Revolução industrial
 
revolução industrial.pptx
revolução industrial.pptxrevolução industrial.pptx
revolução industrial.pptx
 
Hist. do brasil
Hist. do brasilHist. do brasil
Hist. do brasil
 
A indústria
A indústriaA indústria
A indústria
 
Geo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptxGeo Urb 4.pptx
Geo Urb 4.pptx
 
Idade Média
Idade MédiaIdade Média
Idade Média
 
A revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidadeA revolução industrial e a cidade
A revolução industrial e a cidade
 
Mapa Mental historia
Mapa Mental historiaMapa Mental historia
Mapa Mental historia
 
Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa CorporateCartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
 

Mehr von José Mesquita

O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdf
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfO ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdf
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
 
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
 
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassa
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaO Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassa
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
 
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
 
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisLoulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
 
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
 
A Banha da Cobra - uma patranha com história
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaA Banha da Cobra - uma patranha com história
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
 
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIX
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXPara a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIX
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
 
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroCenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
 
Sagres um lugar na história e no património universal
Sagres um lugar na história e no património universalSagres um lugar na história e no património universal
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
 
Encanamento da barra de Tavira
Encanamento da barra de TaviraEncanamento da barra de Tavira
Encanamento da barra de TaviraJosé Mesquita
 
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIX
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXBreve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIX
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
 
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaSalazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
 
História das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraHistória das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraJosé Mesquita
 
O Remexido e a resistência miguelista no Algarve
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveO Remexido e a resistência miguelista no Algarve
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
 
Da extinção à restauração do concelho de Aljezur
Da extinção à restauração do concelho de AljezurDa extinção à restauração do concelho de Aljezur
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
 
Quem foi Silvio Pellico
Quem foi Silvio PellicoQuem foi Silvio Pellico
Quem foi Silvio PellicoJosé Mesquita
 
O órgão da sé de faro
O órgão da sé de faroO órgão da sé de faro
O órgão da sé de faroJosé Mesquita
 
Tradições do Natal Português
Tradições do Natal PortuguêsTradições do Natal Português
Tradições do Natal PortuguêsJosé Mesquita
 
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaA Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
 

Mehr von José Mesquita (20)

O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdf
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfO ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdf
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdf
 
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...
 
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassa
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaO Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassa
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassa
 
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...
 
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisLoulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas Liberais
 
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...
 
A Banha da Cobra - uma patranha com história
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaA Banha da Cobra - uma patranha com história
A Banha da Cobra - uma patranha com história
 
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIX
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXPara a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIX
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIX
 
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroCenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de Faro
 
Sagres um lugar na história e no património universal
Sagres um lugar na história e no património universalSagres um lugar na história e no património universal
Sagres um lugar na história e no património universal
 
Encanamento da barra de Tavira
Encanamento da barra de TaviraEncanamento da barra de Tavira
Encanamento da barra de Tavira
 
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIX
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXBreve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIX
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIX
 
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaSalazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma música
 
História das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraHistória das Pescas em Tavira
História das Pescas em Tavira
 
O Remexido e a resistência miguelista no Algarve
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveO Remexido e a resistência miguelista no Algarve
O Remexido e a resistência miguelista no Algarve
 
Da extinção à restauração do concelho de Aljezur
Da extinção à restauração do concelho de AljezurDa extinção à restauração do concelho de Aljezur
Da extinção à restauração do concelho de Aljezur
 
Quem foi Silvio Pellico
Quem foi Silvio PellicoQuem foi Silvio Pellico
Quem foi Silvio Pellico
 
O órgão da sé de faro
O órgão da sé de faroO órgão da sé de faro
O órgão da sé de faro
 
Tradições do Natal Português
Tradições do Natal PortuguêsTradições do Natal Português
Tradições do Natal Português
 
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaA Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formiga
 

Kürzlich hochgeladen

AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 

Kürzlich hochgeladen (20)

AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 

O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828

  • 1. Nº2244 | 25FEV2021 | barlavento.pt 11 OPINIÃO A medição do tempo, pelas quatro partes do dia, era no passado um dos aspetos mais importantes da vida quoti- diana, quer na cidade quer no campo. Para ter uma ideia da dimensão do tempo, houve que inventar meios artificiais, uns mais técnicos e rigorosos do que outros, mas que, con- forme a época em que vigora- ram, foram muito importan- tes para a organização social do trabalho. Não se pense que a evolução histórica do reló- gio progrediu no tempo se- gundo a lógica processual da curiosidade científica. A ver- dade é que o relógio evoluiu de acordo com os modos de produção económica, desde o esclavagismo que deu cer- ne ao imperialismo clássico, até à fase agrária do feudalis- mo, em que o sol assumiu o seu papel de relógio natural e biológico. Mas no advento da era moderna, com o estabeleci- mento das novas rotas atlân- ticas, os contactos com civi- lizações de diferentes qua- drantes solares suscitaram a necessidade de adaptação a novos fusos horárias. Para o efeito houve que inventar o relógio mecânico, cujo uso passou a ser não só uma ne- cessidade como também um adereço de distinção social. O relógio de bolso tornou-se numa peça de ostentação so- cial, sobretudo pelo facto de se apresentar como peça de ourivesaria, incrustado em ouro ou prata, adornado em madrepérola, com desenhos e figuras de minúsculas pro- porções, que fizeram as delí- cias da aristocracia europeia e da alta burguesia mercan- til. É curioso que muitos di- plomatas franceses chega- ram a ser admoestados pelos serviços aduaneiros e inclu- sive pelo Ministério dos Ne- gócios Estrangeiros, pelo fac- to de se dedicarem ao con- trabando de relógios de bol- so, não só no reino como no Brasil. Muitas dessas precio- sidades artísticas subsistem ainda hoje nos mais famosos museus do mundo, nomea- damente no Museu Interna- cional dos Relógios, na Suiça, no Museu Alemão do Relógio (Deutsches Uhrenmuseum), nas preciosas coleções do Hermitage, na Rússia, ou nos nossos museus do relógio em Évora e em Serpa. O relógio e o comércio colonial Nos séculos XVI a XVIII, o descobrimento da América originou o estabelecimen- to de novas rotas marítimas, que incentivaram as viagens intercontinentais e sobretu- do as atividades mercantis. Fundaram-se então as com- panhias comerciais, os ban- cos nacionais emissores de moeda, os seguros maríti- mos, a bolsa comercial e de valores, a moeda-padrão e a letra de câmbio. Todas estas instituições surgiram como órgãos fundacionais do ca- pitalismo moderno. A par das grandes viagens emergiu o interesse das trocas, tan- to culturais como materiais, desenvolvendo-se quase to- das as áreas do conhecimen- to humano. Diferentes civili- zações, religiões e etnias, ge- raram entre os europeus co- lonizadores uma nova era de progresso cultural que ficou conhecida como «revolução científica». Além da ciência desenvolveu-se também um novo modo de produção na economia mundial: o capita- lismo comercial. No domínio da ciência económica designou-se esse período como Mercantilis- mo, por ser uma época estru- turalmente dominada pelas transações comerciais, com a particularidade de se desen- volver por ciclos, estribados na predominância de certas mercadorias de procura glo- bal, como foram o caso do ta- baco, do açúcar e do algodão. Na sequência do capita- lismo comercial, generalizou- -se o uso do relógio mecâni- co, no formato de bolso com corrente de ouro, granjean- do o seu detentor um distin- tivo de prestígio e de valori- zação social. Os mercados co- loniais estimularam na socie- dade europeia novos hábitos sociais, de consumo e alimen- tares, influenciando sobretu- do o sector da arte e da moda. Para equilibrar a balança co- mercial da europa houve que implementar, sobretudo no Reino Unido, um forte pro- grama de incentivo e prote- ção ao sector de transforma- ção industrial. Em 1760 ini- ciava-se em Inglaterra o pro- cesso histórico que ficou co- nhecido por «Revolução In- dustrial». A força motriz iden- tificativa dessa nova era na economia mundo foi o vapor, tendo por signo roda denta- da. Porém, julgo que o sím- bolo mais apropriado à rea- lidade vigente seria o relógio de parede, como objecto me- cânico de medição do tempo de trabalho e dos custos da produção. O relógio e a «Revolução Industrial» Na verdade, a transição do relógio de bolso para o es- paço abrangente da parede da fábrica transformou defi- nitivamente a vida quotidia- na da humanidade. O relógio passou a ser também objeto da produção em massa, para responder às solicitações do mundo moderno, cuja vida passou a ser medida em ho- ras, a ter um horário, e, con- sequentemente, a submeter- -se àquilo a que hoje chama- mos «agenda». A sociedade moderna eu- ropeia passou a entender o tempo como uma dimensão mensurável de valor acres- centado. A associação do tem- po com o trabalho deu origem à avaliação dos custos de pro- dução e ao estabelecimento do salário industrial. Em tempos remotos da civilização ocidental, o salá- rio foi retribuído em sal (daí a sua designação), em gé- neros e prestação de servi- ços, até que com a generali- zação da moeda passou a ser pago em metal sonante. Esse é um avanço decisivo por- que o contrato social em que se estribava a sociedade pas- sou a assentar arraiais na no- ção fundamental do traba- lho e na produção de rique- za. O horário de trabalho es- tabelecia-se de sol a sol, sen- do por isso que ainda hoje ve- mos relógios de sol, na fronta- ria das casas solarengas, edi- fícios públicos e igrejas, para que todos se apercebessem da evolução das horas ao lon- go do dia, e com isso se cons- ciencializassem do seu dia de trabalho. A revolução industrial ori- ginou uma nova consciência de trabalho e de horas efeti- vas de produção. Se no prin- cípio da revolução industrial o operário fabril foi tão explora- do (para não dizer escraviza- do) como foi o camponês no mundo rural, também é ver- dade que isso suscitou a sua reorganização em sindicatos, e até em partidos políticos – o liberal Wigh, hoje denomina- do Trabalhista – para susten- tar a defesa dos direitos e li- berdades dos trabalhadores. A partir de novecentos, o uso do relógio esteve presente emtodososmomentosdavida pública. Com a industrializa- ção surgiu a invenção do car- ril e da locomotiva. A revolu- ção dos transportes, ferroviá- rios e marítimos, encurtaram distâncias, ligaram civilizações e aqueceram a economia glo- bal. A ferrovia sulcou os con- tinentes numa imbricada rede de comunicações, à qual o re- lógio, através da invenção do horário, dava o cerne natural do progresso. E a tradução do progresso consistia na simbio- se da locomotiva com o relógio e a roda dentada. A municipalização do relógio Nas fábricas os empresários faziam questão de encastrar um enorme relógio na fron- taria do edifício, para eviden- ciar a regulação do trabalho. Nos clubes e sociedades os burgueses ostentavam com vaidade o seu relógio de ouro no bolsinho do colete. Nas ci- dades os autarcas das gran- des urbes europeias manda- ram colocar relógios nas pra- ças e edifícios públicos, não unicamente para regulação dos seus munícipes, mas tam- bém para simbolizar o pro- gresso e modernidade da so- ciedade industrial. Entre os vários exemplos da municipalização do reló- gio, ocorreu-me lembrar aqui o caso da vila de Lagoa, no Al- garve, cujos munícipes abri- ram em 1828 uma subscrição pública para comprar o pri- meiro relógio que deu horas na torre da igreja. O concelho havia sido fundado por Pom- bal 55 anos antes, pelo que a compra do relógio público constituía uma forma de afir- mação do seu sucesso e pujan- ça no contexto regional. Pode dizer-se que para os lagoenses o progresso chegara sob a for- ma de relógio, muito antes da via férrea e do silvo do com- boio. Ter horas, certas e ofi- cialmente reguladas, era mui- to mais importante do que se possa pensar. Era o virar de página, deixando para trás a sociedade rural, o passado, e antever a chegada da nova or- dem industrial - o futuro. Mas à boa maneira nacio- nal, quando se pensou em do- tar a vila de um relógio pú- blico, não se acautelou pre- viamente a satisfação das hoje designadas despesas fi- xas, isto é, o salário do res- ponsável pela manutenção da monstruosa máquina das ho- ras. E isso deu origem a uma curiosa queixa da parte inte- ressada, um tal Joaquim An- tónio de Sousa, que tratan- do com desvelo do relógio, não recebia salário há mais de um ano. A edilidade sabia bem que o relógio precisava de cuidados, pelo menos de alguém que regularmente o limpasse e lhe desse corda. E para que a máquina do tempo cumprisse com acerto a sua função, precisava de cuidados exclusivos. Só que para inde- xar essa despesa nas contas do município havia que pre- viamente receber autoriza- ção da coroa. Tal como acon- tece hoje, de Lisboa não vinha nem palavra nem decisão. Cansado de esperar, e sendo parte interessada, resolveu atalhar caminho, escrevendo uma súplica endereçada dire- tamente ao rei, para que lhe concedesse a mercê de po- der ser escriturado como re- lojoeiro no orçamento da au- tarquia. Mas o melhor será ouvir- mos as suas próprias pala- vras, que aqui extratamos na íntegra e na sua grafia ori- ginal (ver caixa). Apesar da sua justeza, a súplica não teve a satisfação mais espera- da. Apresentada ao despacho real. em Lisboa, a 7-06-1830, ficou exarada como «Escusa- da». Também aqui deixo os termos em que foi lavrada a resolução oficial: «Para lim- par e dar corda ao Relógio qualquer homem basta: he incumbência amovível e de pouca despesa, que a Cama- ra pode economicamente ne- gociar quando, como e com quem quiser». Não sei qual foi o desfe- cho final deste caso. Mas, pelo despacho real, presumo que não tenha sido o mais con- veniente para o autor da su- plica, o pobre Joaquim Antó- nio de Sousa, que trabalhava há quase dois anos para a Câ- mara Municipal de Lagoa sem auferir qualquer retribuição. Curiosa é também a forma desgraciosa como a Coroa, em Lisboa, desvalorizava o traba- lho desenvolvido na provín- cia, o que não difere nada da perspetiva atual. Para o cen- tro, a periferia não tinha va- lor nem importância. Daí a forma depreciativa como o despacho autorizava a edili- dade a contratar quem qui- sesse, desde que pelo menor custo possível, pois que para fazer o trabalho de limpar e dar corda ao relógio qualquer um servia. Os tais 24 mil réis que o suplicante achava jus- to pagar-se-lhe pelo trabalho de zelar pelo relógio públi- co, parecia à Coroa uma des- pesa elevada. Além disso, as rendas dos aferimentos mu- nicipais não eram suficientes para suportar o encargo, e o despacho de Lisboa não pro- punha escorar a despesa nou- tra verba camarária. Estas de- cisões, autocráticas e reduti- vas, eram muito peculiares do espírito miguelista, que go- vernou o país sob a espada do terror e o laço da força. Seja como for, a principal ilação que se pode extrair des- te pequeno documento é que a Câmara Municipal de Lagoa, criada no tempo de Pombal, não dispunha de meios finan- ceiros para adquirir um reló- gio, nem rendimentos que lhe permitissem suster a magra despesa anual de um funcio- nário que zelasse pela sua la- boração. No entanto, por von- tade do seu povo, comprou a máquina do tempo que ain- da hoje se pode ver com orgu- lho na torre da sua igreja ma- triz. E foi pela mesma vonta- de popular que a edilidade ar- ranjou uma solução para esti- pendiar o sineiro e contor- nar a decisão superior. Tinha que ser. O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828 OPINIÃO JOSÉ CARLOS VILHENA MESQUITA | Professor Universitário e Historiador «Senhor: Diz Joachim Antonio de Souza morador na villa de Lagoa, commarca de Faro, Reino do Algarve, que o Povo daquela Villa comprou hum Relogio publico e colocando-o na Torre da Igreja Matriz da ditta Villa, ofereceu sua fiscalização á Camara que no- meou o supplicante para o regular e dár corda, porem sem lhe determinar ordenado em razão de para isso necessitar autoriza- ção: e como aquelle concelho he pobre e se lho faz menos violen- to desincorporar de suas rendas a dos aferimentos daquela dita Villa e termo, do que estabelecer hum ordenado ao menos de vin- te e quatro mil reis a que não chegão os ditos aferimentos, requer a V. R. Magde [Vossa Real Majestade] se digne consederlhe a mes- ma pelo salario do trabalho de que se acha incumbido, pois que ha hum anno que trabalha sem paga e não pode por mais tempo ter tal penção sem interesse; e porque este estabelecimento he de utilidade publica senão deve perder por falta de quem o adminis- tre. Portanto Pede a V. Magde se digne consederlhe a graça que supplica ouvida primeiramente a Camara. E. R. M. [El Rei Mercê]» Torre do relógio na igreja matriz de Lagoa.