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A construção da 
identidade
As alterações próprias da adolescência são 
universais, pois são vividas por todos os 
meninos e meninas em qualquer parte do 
mundo. 
Em muitas culturas a fase da adolescência 
é encarada como etapa de preparação para 
o futuro e para o seu papel no mundo dos 
adultos.
Essa passagem é facilitada pela 
organização de uma série de 
rituais em que os adolescentes se 
confrontam com situações 
inesperadas, no sentido de porem 
à prova a sua coragem, a sua 
astúcia, os seus limites. 
Os rituais de iniciação são 
cerimônias (atos, provas) que, 
solenemente e aos olhos de 
todos, introduzem o adolescente 
na vida comunitária, social e 
simbólica do grupo, da 
comunidade. Ele passará a ser 
adulto, mas antes terá de 
mostrar a sua coragem, 
perseverança e sentido de 
responsabilidade.
Na sociedade ocidental moderna os ritos de iniciação ou não 
existem ou não são tão evidentes como noutras sociedades. 
Mas todo o adolescente quer, à sua maneira, fazer este processo de 
afirmação do seu ser adulto. 
Fá-lo normalmente através de infrações às regras estabelecidas ou 
pelo menos através da assunção de outros papéis: começa a fumar, 
quer conduzir uma moto ou um carro, sai à noite com os amigos, 
seduz e deixa-se seduzir... são, na sua opinião, uma prova de que 
se tornou adulto.
Contudo, alguns destes rituais 
podem ser perigosos; há que 
avaliar se vale mesmo a pena 
experimentar tudo! 
Estimulado pela necessidade de 
agradar, o adolescente parte à 
conquista de um estilo original 
voltando toda a sua atenção para as 
roupas, para o cabelo e para 
objetos que possam realçar a sua 
personalidade (celular, tatuagem, 
piercing...). 
Usam, por vezes, uma linguagem 
secreta, sendo uma das formas que 
encontram de excluírem o adulto e 
de se sentirem seres à parte; isso 
dá-lhes, por vezes, um ar de 
conspiradores, satisfaz as suas 
fantasias assim como o gosto pelo 
mistério.
Nesta etapa, o 
adolescente 
prepara-se para 
viver com maior 
plenitude e 
autonomia. 
Até há pouco tempo, 
o menino e a 
menina dependiam 
em tudo ou quase 
tudo dos pais e 
agora, começam a 
pensar e a agir de 
forma pessoal e 
afirmativa. 
A procura da autonomia
O adolescente sabe 
que ninguém pode 
tomar o seu lugar 
na procura de um 
caminho pessoal. 
Por isso, esforça-se, 
engana-se, volta a 
tentar, na certeza 
de que é único e 
inimitável, 
destinado a viver de 
forma original.
Numa espécie de furacão, que parece desordenar-lhe 
todo o seu ser, vai descobrindo o seu Eu. 
Irrompe a vontade de se afirmar a respeito de 
tudo e de todos. 
Para tornar mais evidente a sua aspiração a uma 
maior independência do pensar e do agir, é levado 
a uma posição crítica e contestatória nas relações 
com os pais e professores.
Adolescentes 
Necessidade de 
afirmação 
Pais 
Conflito de interesses 
Falta de diálogo 
Submissão à 
vontade dos pais 
Necessidade de 
educar e proteger 
os filhos 
Diálogo 
Responsabilização 
Revolta Equilíbrio
A imprevisibilidade no 
processo de crescimento 
coloca-nos perante o medo e 
o desejo: medo do 
desconhecido e desejo de 
realização. 
Há pessoas que arriscam 
muito pouco, protegendo-se, 
assim, das incertezas e dos 
imprevistos, mas reduzindo o 
seu mundo a um espaço 
mínimo e atrofiado. 
Por outro lado, existem 
pessoas que, vivendo em 
situação de risco, estão 
sempre numa tal instabilidade 
que se sentem vazias ou 
perdidas no seu mundo. 
Identidade e risco
O risco faz parte do 
crescimento. Tem como função 
testar os limites, reajustar 
fronteiras na construção e 
afirmação da identidade. 
A adolescência é a espantosa 
oportunidade de se afirmarem 
escolhas, de se realizarem 
fantasias, de se ensaiarem 
modalidades, de se explorarem 
realidades. 
A sabedoria do adolescente está 
no fato de saber viver no 
equilíbrio entre o risco 
necessário para a construção do 
futuro e o risco perigoso e 
inútil. 
Identidade e risco
A necessidade de pertença e a vontade de 
ser aceito levam frequentemente à 
utilização de estratégias tendo em vista à 
conquista de um lugar entre os pares. 
Fazer-se passar por aquilo que não se é. 
Agir de forma fictícia. 
Ter uma obsessão doentia para atingir um 
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A construção da identidade

  • 1. A construção da identidade
  • 2. As alterações próprias da adolescência são universais, pois são vividas por todos os meninos e meninas em qualquer parte do mundo. Em muitas culturas a fase da adolescência é encarada como etapa de preparação para o futuro e para o seu papel no mundo dos adultos.
  • 3. Essa passagem é facilitada pela organização de uma série de rituais em que os adolescentes se confrontam com situações inesperadas, no sentido de porem à prova a sua coragem, a sua astúcia, os seus limites. Os rituais de iniciação são cerimônias (atos, provas) que, solenemente e aos olhos de todos, introduzem o adolescente na vida comunitária, social e simbólica do grupo, da comunidade. Ele passará a ser adulto, mas antes terá de mostrar a sua coragem, perseverança e sentido de responsabilidade.
  • 4. Na sociedade ocidental moderna os ritos de iniciação ou não existem ou não são tão evidentes como noutras sociedades. Mas todo o adolescente quer, à sua maneira, fazer este processo de afirmação do seu ser adulto. Fá-lo normalmente através de infrações às regras estabelecidas ou pelo menos através da assunção de outros papéis: começa a fumar, quer conduzir uma moto ou um carro, sai à noite com os amigos, seduz e deixa-se seduzir... são, na sua opinião, uma prova de que se tornou adulto.
  • 5. Contudo, alguns destes rituais podem ser perigosos; há que avaliar se vale mesmo a pena experimentar tudo! Estimulado pela necessidade de agradar, o adolescente parte à conquista de um estilo original voltando toda a sua atenção para as roupas, para o cabelo e para objetos que possam realçar a sua personalidade (celular, tatuagem, piercing...). Usam, por vezes, uma linguagem secreta, sendo uma das formas que encontram de excluírem o adulto e de se sentirem seres à parte; isso dá-lhes, por vezes, um ar de conspiradores, satisfaz as suas fantasias assim como o gosto pelo mistério.
  • 6. Nesta etapa, o adolescente prepara-se para viver com maior plenitude e autonomia. Até há pouco tempo, o menino e a menina dependiam em tudo ou quase tudo dos pais e agora, começam a pensar e a agir de forma pessoal e afirmativa. A procura da autonomia
  • 7. O adolescente sabe que ninguém pode tomar o seu lugar na procura de um caminho pessoal. Por isso, esforça-se, engana-se, volta a tentar, na certeza de que é único e inimitável, destinado a viver de forma original.
  • 8. Numa espécie de furacão, que parece desordenar-lhe todo o seu ser, vai descobrindo o seu Eu. Irrompe a vontade de se afirmar a respeito de tudo e de todos. Para tornar mais evidente a sua aspiração a uma maior independência do pensar e do agir, é levado a uma posição crítica e contestatória nas relações com os pais e professores.
  • 9. Adolescentes Necessidade de afirmação Pais Conflito de interesses Falta de diálogo Submissão à vontade dos pais Necessidade de educar e proteger os filhos Diálogo Responsabilização Revolta Equilíbrio
  • 10. A imprevisibilidade no processo de crescimento coloca-nos perante o medo e o desejo: medo do desconhecido e desejo de realização. Há pessoas que arriscam muito pouco, protegendo-se, assim, das incertezas e dos imprevistos, mas reduzindo o seu mundo a um espaço mínimo e atrofiado. Por outro lado, existem pessoas que, vivendo em situação de risco, estão sempre numa tal instabilidade que se sentem vazias ou perdidas no seu mundo. Identidade e risco
  • 11. O risco faz parte do crescimento. Tem como função testar os limites, reajustar fronteiras na construção e afirmação da identidade. A adolescência é a espantosa oportunidade de se afirmarem escolhas, de se realizarem fantasias, de se ensaiarem modalidades, de se explorarem realidades. A sabedoria do adolescente está no fato de saber viver no equilíbrio entre o risco necessário para a construção do futuro e o risco perigoso e inútil. Identidade e risco
  • 12. A necessidade de pertença e a vontade de ser aceito levam frequentemente à utilização de estratégias tendo em vista à conquista de um lugar entre os pares. Fazer-se passar por aquilo que não se é. Agir de forma fictícia. Ter uma obsessão doentia para atingir um ideal de beleza (bulimia, anorexia, praticas desportivas violentas, ingestão de substâncias proibidas). Conquista da aceitação social