William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Dadaísmo antiarte vanguarda
1. Dadaísmo[1916-22]
“Dada não fala,
Dada não tem ideias fixas,
Dada não apanha-moscas (…)
Dada faz mais vítimas num ano que a mais sangrenta das
batalhas.
Dada existiu sempre. A Santa Virgem já era dadaísta.
Dada nunca tem razão.”Os verdadeiros Dada são contra
Dada.”
(Tristan Tzara – 1918)
2. O QUE É UMA VANGUARDA?
• O termo "vanguarda" vem do francês “Avant-garde”,
que remete a primeira linha de um exército, que terá o
primeiro contato com o inimigo.
• Refere-se à renovação absoluta da criação, para lidar
com o que está estabelecido e é obsoleto, e substituir
esses conteúdos por novas tendências.
3. Origem do termo ‘Dada’
• O termo dada é encontrado por acaso numa
consulta a um dicionário francês. "Cavalo de
brinquedo", sentido original da palavra, não
guarda relação direta, nem necessária, com
bandeiras ou programas, daí o seu valor: sinaliza
uma escolha aleatória (princípio central da criação
para os dadaístas), contrariando qualquer sentido
de eleição racional. "O termo nada significa",
afirma o poeta romeno Tristan Tzara, integrante do
núcleo primeiro.
4. • O Dadaísmo foi um movimento originado em 1916,
em plena 1ª Guerra Mundial, em Zurique (cidade
que conservou-se neutra com relação à guerra). O
movimento, que negava todas as tradições sociais
e artísticas, tinha como base um anarquismo niilista
e o slogan de Bakunin: "a destruição também é
criação".
5. • Uma vanguarda do século XX, responsável por
contestar a própria arte. Cria-se pela primeira vez
uma ideia de anti-arte. O Dadaismo procurava
chocar um público mais ligado a valores
tradicionais e libertar a imaginação via destruição
das noções artísticas convencionais. Acredita-se,
ainda, que seu pessimismo venha de uma reação
de desilusão causada pela Primeira Guerra
Mundial. Apesar de sua curta durabilidade - no
período entre guerras, praticamente havia sido
esquecido - e das críticas realizadas ao
movimento, fundamentalmente baseadas em sua
ausência de vocação construtiva, teve grande
importância para a arte do Século 20.
6. • - Cabaret Voltaire;
- Ready-mades;
• - Negação;
• - Ruptura das formas tradicionais;
• - Ênfase no absurdo;
• - Conceito de anti-arte[princípios da arte
contemporânea]
12. • Duchamp não inverteu somente o urinol. Ao fazêlo, retirou-lhe à partida a carga utilitária que tinha.
Intitulou-o de "FONTE", à qual associamos a ideia de
verter liquido e não de receber, como o caso de
um urinol. Mas ainda mais importante, foi a inversão
dos conceitos que esta atitude suscitou: não se
tratou de um original, não foi criado pelas mãos de
um artista, não se regeu prioritariamente por
noções de estética, fossem elas quais fossem. Por
outro lado, tal como Arthur Danto notou, Fountain
e em geral o próprio conceito de ready-made
abalaram a teoria da arte ao deixar de permitir
que um objeto de arte se distinguisse de um objeto
comum, que entre dois objetos com a mesma
origem, função e aparência, um pudesse
pertencer ao mundo da arte e outro não.
13. • Discussão a respeito de quem é o artista;
• O Artista também é aquele que teve a ideia;
16. • Marcel Duchamp em 1919 manipulou uma cópia
do retrato da Mona Lisa que incluía um bigode e
pêra na modelo e a inscrição LHOOQ, que significa
"Elle a chaud au cul" que se pode traduzir como
"Ela tem fogo no rabo". Apesar, de que em inglês o
título aproxima-se da expressão LOOK (olha).
Poderá tratar-se de uma intenção desmistificadora
desta obra de Da Vinci. Segundo Duchamp: " O
mais curioso sobre este bigode e a pêra, é quando
são observados, a Mona Lisa converte-se num
homem. Não é uma mulher disfarçada de homem;
é um homem autêntico, e essa foi a minha
descoberta."
22. • Trabalhava a argila, o gesso, a madeira. Terracota
apreendeu a fazer no Japão. Ao imprimir seguia as
técnicas apreendidas no badalado Ateliê 17 de
Stanley William Hayter, de Paris, desde 1940
funcionando em New York.
Enquanto ignorávamos Maria aqui no Brasil, em
New York a Valentine Gallery da Rua 57, em 1943,
exibia exposição em que suas esculturas dividiam o
espaço com Mondrian. Breton escrevia sobre sua
obra. Escultura sua fazia parte do acervo do
MoMA.
24. • Era um desenho sobre astralon, celulóide, uma
forma amebóide, em fundo de cetim preto.
• Em 1989, quarenta e dois anos depois de ter dado
o desenho para Maria,Paysage Fautif foi submetido
a uma análise química no laboratório forense do
FBI. Descobriu-se que a “tinta” que cobria o
desenho era sêmen ejaculado. Masturbando-se
Duchamp homenageou Maria.
26. • “Um peep show intelectual e artístico. Uma mulher
nua, de pernas abertas vista através de dois
orifícios em uma porta.”
Um Peepshow[Espetáculo de Surpresas] é uma
exibição de fotografias, objetos ou pessoas
visualizadas através de um pequeno furo ou lupa.
Em seu uso contemporâneo, um peep show é uma
apresentação por partes de filmes pornográficos
ou um show de sexo ao vivo
27. • Considerada por muitos, obra menor, decadente,
senil e vulgar, para outros Etant donnés é a síntese
do pensamento duchampniano.
• Trabalhou Etant donnés em um pequeno quarto no
fundo do atelier, de 1944 a 66. Nesses vinte e dois
anos manteve o trabalho em segredo e à distância
de todos. Só Teeny e seu executor testasmentário,
William Copley, sabiam. Ninguém mais. Por que o
mistério? O segredo? Porque fazia parte da
natureza de Duchamp viver e trabalhar
discretamente. Em silêncio. Sem ninguém perto. Na
solidão do ateliê. Sem alarde. Fanfarra.
30. Teeny X Maria
Quem posou para Duchamp inicialmente foi Maria.
Com a separação dos dois, Maria voltou para o
Brasil, e Duchamp se casou com Teeny, quase 20
anos
mais
jovem
do
que
ele.
Teeny desfez todo o arranjo de Etant Donnés.
Com relação à Maria Martins, Teeny fez o que a
maioria das mulheres teria feito. Procurou minimizar
a presença de Maria na vida e na obra de
Duchamp. EmEtant donnés o nome de Maria foi
eliminado. O braço incompleto do desenho foi
substituído pelo braço de Teeny e por sua mão
segurando
a
lâmpada.
36. "Gadji beri bimba
glandridi lauli lonni
cadori
gadjama bim beri
glassala
flandradi glassala
tuffm i zimbrabim
blassa gelassasa
tuffm i zimbrabim..."
Hugo Ball em Zurique, 1916
37. Parafins gatins alphaluz sexohnei la guerrapaz
Ourake palávora driz okê Cris expacial
Projeitinho imanso ciumortevida vidavid
Lambetelho frúturo orgasmaravalha-me Logun
Homenina nel parais de felicidadania:
Outras palavras (Caetano Veloso)
38.
39.
40. Como fazer um poema dadaísta:
• Pegue um jornal e uma tesoura.
• Escolha no jornal um artigo do
tamanho que você deseja dar ao seu
poema.
• Recorte o artigo. Recorte, em
seguida com atenção, algumas ou
todas as palavras que formam esse
artigo e meta-as num saco.
• Agite suavemente. Tire em seguida
cada pedaço, um após o outro.
• Copie-as, conscienciosamente, na
ordem em que elas são tiradas do
saco.
• O poema se parecerá com você.