O documento discute arritmias cardíacas, incluindo sua condução, mecanismos, diagnóstico e tratamento. Resume os principais tipos de arritmia como taquicardia sinusal, bradicardia sinusal, extrasístoles e taquicardia supraventricular, além de exames como eletrocardiograma, holter e ablação por cateter para diagnóstico e tratamento.
1. ARRITMIAS CARDÍACAS
FAPAC- FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO LTDA.
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
HAGTTA LOURENNA R LEMOS PASSOS
ARRITMIAS CARDÍACAS
3. O Sistema de Condução
Cardíaco
maissaude10.blogspot.com
4. Condução do Estímulo
Cardíaco
Origina-se nas céls. P do
nó sinusal
Atinge os tratos internodais
e a musc. Atrial
Sofre importante retardo no
nó AV
Acelera-se no feixe de His
Conduz-se rapidamente
nas fibras de Purkinje
A musculatura ventricular é
ativada pela superfície
endocárdica
9. Eletrocardiograma
• Pode identificar arritmias e bloqueios cardíacos
Sempre deve ser feito durante os sintomas de
uma potencial arritmia
As arritmias frequentemente são paroxísticas
e o ECG fora da crise pode ser normal
• Presença de via anômala
• Sinais de toxicidade medicamentosa
• Prolongamento do QT por antiarrítmicos
O ECG pode não detectar a arritmia, mas sugerir
a sua origem por:
10. Teste Ergométrico
A principal indicação é para evidenciar isquemia no
esforço (Teste de stress miocárdico)
Permite a identificação de arritmias induzidas pelo
esforço
Empregado também para avaliar o prognóstico de
uma arritmia
• A não acentuação da arritmia pelo esforço é um sinal de bom
prognóstico
11. Holter
• 2 a 3 derivações
Gravação do ritmo cardíaco por 24/48h
• Identifica arritmias paroxísticas
• Quantifica batimentos normais e anormais
• Permite correlacionar sintomas com alterações
• do ritmo e bloqueios
• Avalia efeito de antiarritmicos
Permite análise contínua do ritmo cardíaco
Detecta episódios de isquemia miocárdica
12. Monitor de Eventos
(Looper)
Permite registro de arritmias
sintomáticas por tempo longo (30dias)
O paciente aciona o gravador no
momento do evento
13. Tilt Test
“Head up Tilt table test”, Tilt teste ou Teste
de inclinação ortostática passiva
Consiste em inclinar o paciente em um
ângulo definido, com a cabeça para cima
Empregado para o diagnóstico de síncope
vasovagal
• Queda abrupta na P.A. e FC
Resposta clássica na síncope vasovagal
14. Tilt Test
• Indivíduos susceptíveis
apresentam comprometimento
dos mecanismos compensatórios
do controle da pressão arterial a
nível de microcirculação,
favorecendo o desencadeamento
de hipotensão e bradicardia
neuromediadas ao longo da
exposição ao estresse postural
FUNDAMENTOS:
15. Tilt Test
• Medida da PA e FC de
minuto em minuto
• Paciente deitado por 10min.
• Mesa inclinada a 80 ( head
up legs down) por 60 min.
• O teste pode ser
potencializado por
nitroglicerina ou
isoproterenol
PROTOCOLO
17. Síncope
• Podem não contribuir para identificar a causa
A ANAMNESE e o exame físico são
fundamentais para o diagnóstico
• Cardiovasculares
• Vasovagal- a causa mais comum de síncope
• Bradiarritmias
• Taquiarritmias
• Psicogênica
• Neurológica
Causas mais comuns
18. Síncope vasovagal
(Desmaio comum)
• dor
• trauma
• ficar muito tempo em pé
Fatores precipitantes
• síncope - olhos abertos com pupilas dilatadas
• tontura, naúsea, zumbido
• visão borrada
• palidez
A estimulação vagal ocasiona
hipotensão e bradicardia
19. Estudo
Eletrofisiológico
Consiste na colocação de
eletrodos intracardíacos
para registro e estimulação
miocárdica objetivando o
diagnóstico e tratamento de
arritmias e bloqueios
cardíacos
Principais indicações
• Fibrilação e Flutter atriais
• Taquicardia supraventricular
• Taquicardia ventricular
• Bloqueios A/V
• Síncope de causa desconhecida
20. Técnica percutânea
que permite a
eliminação de
arritmias pela
destruição térmica
(por RF) do tecido
responsável pelo
foco arritmógeno
É geralmente
realizado em
conjunto com o
estudo
eletrofisiológico
diagnóstico
Indicações:
•Taquicardia
supraventricular
•Flutter atrial
•Fibrilação atrial
(casos selecionados)
•Taquicardia
ventricular( casos
especiais
•que não respondem a
tratamento clínico)
Ablação por Cateter de
Radiofrequência
21. Indicações do Estudo
Eletrofisiológico
Estudo de diagnóstico
Taquicardias
ventriculares
As vezes
podem ser
submetidas a
ablação
Síncopes
inexplicadas
Ablação: indicação e taxa de
sucesso
Taquicardias
supra
ventriculares
(90%)
Wolff
Parkinson
White (90%)
Flutter atrial
(90%)
Fibrilação
atrial (50%)
24. Taquicardia Sinusal
• Palpitações, não ocorrem “falhas”
• Associada à causa desencadeante
• Início e término não abruptos
Diagnóstico Clínico
• Taquicardia
• B1 com intensidade constante
Exame físico
26. Bradicardia Sinusal
• Atletas
• Qualquer pessoa durante o sono
Fisiológica
• Digital
• Morfina
• bloqueadores
Farmacológica
• Estimulação vagal pelo vômito
• Hipotireoidismo
• Hipotermia
• Fase aguda do IAM inferior
Patológica
Etiologia
27. Bradicardia Sinusal
• Geralmente assintomática
• Quando acentuada pode causar
tonturas e síncope
Diagnóstico Clínico
• Bradicardia
• A FC aumenta com o exercício (flexões
no leito)
Exame físico
29. Arritmia Sinusal
Variação entre dois batimentos acima de 0,12
sec.
Geralmente tem relação com a respiração
• Arritmia sinusal respiratória
• Comum em crianças
• Não necessita tratamento
Mais raramente pode não ter relação com a
respiração
• Pode ser manifestação de Doença Degenerativa do Nó
Sinusal ( Sick Sinus Sindrome)
Etiologia
30. Arritmia Sinusal Respiratória
• Assintomática
• Acelera-se na Inspiração
• Diminui na Expiração
• Na apnéia a FC fica regular
• Comum em crianças
• Não é patológica
• Não necessita tratamento
Variação da FC com a respiração
31. Extrassístoles
Batimentos precoces que se originam
fora do marca passo sinusal
• Assintomáticas
• Palpitações, “falhas”, “soco no peito”
Manifestações clínicas
• Sístole prematura geralmente sem onda de pulso
• Pausa prolongada pós extrassístole, seguida por
B1 de intensidade maior
Exame físico
32. Extrassístole Atrial
Diagnóstico Eletrocardiográfico
Ritmo irregular
• As extrassistoles que se originam no mesmo foco tem morfologia
semelhante
• (a análise deve ser feita na mesma derivação)
Onda P’ de morfologia diferente da onda P sinusal
ocorrendo antes do batimento sinusal esperado
O complexo QRS geralmente é normal
33. Extrassístole Atrial
Comum em pessoas normais
Desencadeada por tensão emocional, café,
fumo álcool
• Flutter atrial
• Fibrilação atrial
• Taquicardia Paroxística Supraventricular
Eventualmente pode iniciar
• Retirar café, fumo, álcool
• Medicamentos quando:
• Causar desconforto importante
• Desencadear arritmias mais sérias
Tratamento
34. Extrassístole Juncional
ou Nodal
• Ritmo irregular
Diagnóstico Eletrocardiográfico
• Geralmente ocorre despolarização atrial retrógrada,
portanto temos onda P’ negativa em D2 , D3 , aVF
• Pode ocorrer antes, durante ou após o QRS,
dependendo do local de origem da extrasssístole no
nó AV
• Pode estar ausente
• O complexo QRS geralmente é normal
Onda P:
35. Extrassístole
Juncional ou Nodal
Bem menos comum que a extrasístole atrial
Desencadeada por tensão emocional, café, fumo álcool
• Flutter atrial
• Fibrilação atrial
• Taquicardia Paroxística Supraventricular
Eventualmente pode iniciar
• Retirar café, fumo, álcool
• Medicamentos quando:
• Causarem desconforto importante
• Desencadearem arritmias mais sérias
Tratamento
36. É um batimento precoce que se origina nos
ventrículos
É comum em pessoas normais e não tem mau
prognóstico
Quando ocorre como manifestação de uma
cardiopatia pode aumentar o risco de morte súbita
Nas síndromes coronarianas agudas pode levar a
fibrilação ventricular
Quando associada a medicamentos ex. intoxicação
digitálica pode levar a um ritmo letal
Extrassístole Ventricular
38. A morfologia das extra-sístoles
ventriculares depende do local de onde se
originam.
39. Extrassístole Ventricular
A onda P que antecede cada QRS alargado não é prematura, portanto, não é uma extrassístole atrial com
condução aberrante, além disto, o intervalo PR é mais curto que o dos batimentos sinusais conduzidos.
Estes complexos largos são extrasssístoles ventriculares tardias, tão tardias que tem uma onda P que os
antecede.
Uma extrassístole ventricular pode ter uma onda P sinusal que a antecedede, uma onda P oculta pela
extrassístole, ou uma onda P após a extrassístole,produzida por condução retrógrada
41. Extrasístole ventricular Precoce
(R em T) Iniciando uma Taquicardia
Ventricular
• A terceira EV inicia Taquicardia
Ventricular
• Observe que a morfologia do
QRS das EV é o mesmo da TV
Taquicardia sinusal com
EV precoces (R em T)
42. • Não necessitam tratamaneto
• Betabloqueadores para tratar os sintomas
Pessoas normais
• Monitorização
• Cloreto de Potássio oral / IV
• Antiarrítmicos
• Lidocaína
• Difenilhidantoina IV IV9 (100mg IV de 5 em 5 min até a
supressão da arritmia (DM 1,gr)
Intoxicação digitálica
• Tratar arritmias sintomáticas
Miocardiopatias
Tratamento da Extrassistolia
Ventricular
43. Taquicardia
Supraventricular
Inclui a Taquicardia Atrial e a Taquicardia Juncional
paroxísticas
O mecanismo é a reentrada nodal iniciada por uma
extrassitole atrial / juncional com condução AV
prolongada, representada no ECG por um PR longo
Ocorre em pessoas normais e em diversas cardiopatias
É freqüente em pacientes com Síndrome de Wolff
Parkinson White
45. Taquicardia
Supraventricular
Assintomáticos no intervalo das crises
Crises abruptas, duração variável
• FC alta, acima de 160 bpm.
• B1 com fonese constante
• Ritmo regular
Exame físico
• Isquemia cardíaca
• Infarto do Miocárdio
• Edema agudo de pulmão
Repercussões dependem da FC e do miocárdio
46. Taquicardia
Supraventricular
• FC entre 160 e 240 bpm
• Ritmo regular
• QRS geralmente normal
Diagnóstico Eletrocardiográfico
• Taquicardia Atrial – Onda P de morfologia diferente da
P sinusal
• Taquicardia juncional
• Ausência de Onda P
• Onda P negativa em D2 D3 aVF
Onda P
48. Tratamento da Taquicardia
Supraventricular
Sintomas severos ou
Pré-excitação
Sintomas leves
Ausência de Pré-excitação
Sintomas moderados
Ausência de Pré-excitação
Não necessita
tratamento
ESCOLHA DO PACIENTE
Ablação
com cateter
Ablação
com cateter Medicamentos
Sem sucesso
Sem sucesso
0
Ferguson JD; di Marco JJ
Circulation.2003;107:1096-99
49. REFERENCIAS
Diretrizes para avaliação e tratamento de pacientes com
arritmias cardíacas. Arquivos Brasileiros, 2002.
Hinweis der Redaktion
A origem das extrassístoles só pode ser identificada pelo ECG