O documento discute os tipos de morte celular, necrose e apoptose. Apresenta as causas, características e alterações morfológicas de cada um, incluindo os diferentes tipos de necrose como coagulativa, liquefativa e caseosa. Explica que a necrose é uma morte celular acidental enquanto a apoptose é programada geneticamente.
5. Morte celular
Conceito
Morte celular no organismo vivo seguida de
autólise
Processo
Eventos bioquímicos e morfológicos
Interrupção da produção e armazenamento de
energia e extinção dos estoques de ATP e outras
moléculas de fosfato
Necrose
6. Morte celular
Etiologia da necrose
Mecânicos
Temperatura
Agentes Físicos Variações da pressão
atmosférica
Radiações ionizantes
Correntes elétricas
7. Morte celular
Etiologia da necrose
Venenos
Fármacos
Agentes
Químicos
Drogas
Ar poluído
Agentes inócuos em
proporções inadequadas
9. Morte celular
Patogenia da necrose
Interrupção
das funções
Perda da capacidade dos lisossomos
de armazenar as hidrolases
No citoplasma as hidrolases em
contato com o Ca++ tem capacidade
de digerir substratos celulares
Esse processo é demonstrado pelas
alterações morfológicas observadas
Ca++
11. Morte celular
Alterações do citoplasma
Acidófila
Granulação citoplasmática
Homogeneização citoplasmática
Perda da arquitetura celular
Aspectos microscópicos da necrose
12. Morte celular
Fotomicrografia de hipófise
Necrose
Fonte: http://anatpat.unicamp.br
Normal Necrótica
http://anatpat.unicamp.br/ http://anatpat.unicamp.br/
15. Morte celular
Tipos de necrose
N. coagulativa ou
isquêmica
N. liquefativa
N. caseosa
N. gomosa
N. gordurosa ou
esteatonecrose
Tipos de necrose
N. fibrinóide
16. Morte celular
Etiologia
Isquemia
Aspectos macroscópicos
Área esbranquiçada, saliente na superfície do órgão e
formação de um halo vermelho ao redor da lesão
Aspectos microscópicos
Núcleo: picnose, cariólise, cariorrexe
Citoplasma: acidófilo, granuloso, gelificado, aparência de
coágulo
Contornos celulares e arquitetura tecidual: preservados,
sendo perdidos durante a evolução do processo
Necrose coagulativa
17. Morte celular
Necrose coagulativa
Fonte: http://anatpat.unicamp.br
Necrose coagulativa do miocárdio
http://anatpat.unicamp.br/
http://anatpat.unicamp.br/
http://anatpat.unicamp.br/
http://anatpat.unicamp.br/
18. Morte celular
Etiologia
Anóxia
Principalmente do tecido nervoso, supra-renal e mucosa
gástrica
Inflamações / infecções
liberação de enzimas lisossômicas por leucócitos exsudados
digestão enzimática
Macroscopicamente
Zona necrosada com consistência mole, semifluida ou mesmo
liquefeita
Microscopicamente
Espaço vazio
Necrose liquefativa ou coliquativa
21. Morte celular
Etiologia infecciosa
Tuberculose
Aspectos macroscópicos
Aspecto de massa de queijo, branco amarelado friável
Aspectos microscópicos
Massa homogênea acidófila com alguns núcleos picnóticos
e outros fragmentados (periferia)
Necrose caseosa
22. Morte celular
Necrose caseosa de pulmão com granuloma de tuberculose
Necrose caseosa
FONTE BRASILEIRO FILHO, et al.,2006
Aspecto macroscópico Aspecto microscópico
Fonte: http://www.fcm.unicamp.br
http://anatpat.unicamp.br
23. Morte celular
Etiologia
Sífilis tardia
Aspectos macroscópicos
Variedade de necrose coagulativa
Aspecto de goma arábica
fluido e viscoso
Aspecto de borracha
Compacto e elástico
Necrose gomosa
Necrose gomosa causada
por sífilis terciária
Fonte: AVELLEIRA & BOTTINO (2006)
24. Morte celular
Sinônimos: Esteatonecrose ou necrose enzimática do tecido
adiposo
Etiologia
Traumatismos
Doenças (pancreatite aguda necro-hemorrágica)
digestão enzimática dos adipócitos
Aspectos macroscópico
coloração esbranquiçada
manchas com aspecto de pingo de vela
Necrose gordurosa
26. Morte celular
Necrose = morte celular acidental
Alterações na forma e na função
das mitocôndrias
Perda da integridade da
membrana
Injúria
Desrregulação da pressão
osmótica
Incapacidade de manter a
homeostase celular
Inchaço e ruptura da célula
Extravasamento do conteúdo celular
Resposta inflamatória Adaptado de Ueda 1994.
Necrose
27. Morte celular
De acordo com o órgão acometido e o tamanho da área
atingida pode haver:
Evolução da necrose
Regeneração Cicatrização Encistamento
Eliminação Calcificação Gangrena
28. Morte celular
Substituição de tecido necrosado por outro idêntico,
morfológica e funcionalmente
Reabsorção de debris
Resposta inflamatória
Fatores de crescimento liberados por leucócitos e células
vizinhas
Multiplicação celular
Se o estroma for pouco alterado
Se a necrose for extensa as células não conseguem se
organizar e deformam a arquitetura do órgão
Regeneração
30. Morte celular
Envolvimento do tecido necrosado por cápsula de tecido
conjuntivo
Material necrótico volumoso
Impedimento da migração de leucócitos
Proliferação tecido conjuntivo
Reação inflamatória e fagocitose periférica
Cisto
Reabsorção lenta do tecido necrosado
Substituição por líquido citrino
Encistamento
31. Morte celular
Expulsão do material necrosado via canalicular
Área de necrose se estende até uma parede de
uma estrutura canalicular
Material necrosado é exsudado através do canal e
eliminado
Permanece na região de necrose um espaço vazio
(caverna)
Tuberculose: eliminação via brônquios
Eliminação
33. Morte celular
Deposição de cálcio na área de necrose
Necrose caseosa / infância
Tecido necróticos: elevado nível Ca++
Mecanismo obscuro
Calcificação
35. Morte celular
Gangrena
Ação de agentes externos sobre o tecido necrosado
Gangrena seca
Necroses por lesões vasculares
Desidratação do tecido em contato com o ar
Aspecto de pergaminho (mumificação)
Cor enegrecida (Hb)
Halo hiperêmico
Extremidades (diabete melito)
Gangrena
Fonte: http://web1.taringa.net
36. Morte celular
Contaminação por microrganismos anaeróbios
Liquefação enzimática
Produção de bolhas de gases fétidos
Tubo digestivo, pulmões, pele
Choque séptico
Gangrena úmida ou pútrida
NOMA Fonte: googleimagens.com.br
NOMA
NOMA
37. Morte celular
Contaminação por germes do gênero Clostridium
Produção de enzimas proteolíticas, lipolíticas e bolhas de gases
Feridas
Gangrena gasosa
Fonte:http://www.centromedicohiperbarico.com.br
42. Morte celular
Ativação da apoptose
Ativação direta das caspases
Alterações mitocondriais
Interferências nas proteínas citosólicas
reguladoras da apoptose
Apoptose
43. Morte celular
Apoptose Fisiológica
embriogênese
Controle de proliferação e diferenciação
normal de tecidos hormônio-dependentes
Eliminação de células que já cumpriram com seu papel
no organismo
Leucócitos
Maturação linfóide e prevenção de autoimunidade
Apoptose
46. Morte celular
Processos patológicos
Desencadeados por vírus, hipóxia, substâncias químicas,
agressão imunológica, radiações ionizantes...
Apoptose
https://www.slideshare.net/maiaralima9843/apoptose-34213852/4
47. Morte celular
Apoptose = morte celular programada
Retículo endoplasmático retém
água do citoplasma
Condensação da cromatina que se
adere à membrana nuclear
Controle gênico
Invaginação da membrana
nuclear
Diminuição do volume celular e
perda de junções adesivas
Formação dos corpos apoptóticos com
preservação das organelas celulares
Rápida fagocitose por macrófagos
SEM resposta inflamatória
Enrugamento da membrana Segmentação do núcleo
Fonte: Adaptado de Ueda 1994.
Apoptose
48. Morte celular
Interstício ou células vizinhas
Fagocitose/endocitose dos glóbulos
Células vizinhas e macrófagos
Digestão dos corpos apoptóticos
Enzimas lisossômicas
Apoptose
49. Morte celular
Considerações finais
Necrose Apoptose
Patológico Fisiológico ou patológico
Digestão celular (enzimas
lisossômicas)
Dissolução nuclear sem
perda da integridade da MP
Associada a inflamação Sem inflamação
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