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1
GUIA DEFINITIVO
Do bonsaista
2
.ÍNDICE
HISTÓRIA......................8
Como nasceu o bonsai.
ESTILOS E
PROPORÇÕES...............4
Os mais famosos estilos.
TECNICAS...................10
Alporquia,segmentação,dicas ,etc.
GUIA DE CUIDADOS
POR ESPÉCIE:
 PRIMAVERA...................47
 AZALEIA.....................65
 FLAMBOYANT.........69
3
 ACER BURGERIUM....81
 ACER PALMATUM.....82
 CARMONA............84
 FICUS RETUSA.......85
 LIGUSTRUM CHINENSIS.....87
 OLIVEIRA.................88
 SERISSA..........90
 ULMUS.........93
 PINGO DE OURO.....95
 JABUTICABEIRA.....97
 PITANGA.......99
 ACEROLA.......103
 ROMÃ...........108
 IPÊ ROSA..............109
 TUIA JACARÉ.......110
 PATA DE VACA......111
4
 BUXINHO.........115
 CALIANDRA.......119
 CAMÉLIA.........121
 HIBISCO DA SÍRIA......124
 JASMIN.................126
 AMORA................128
 Origem
Na china os homens mais ricos e cultos saiam das
cidades,buscando maior contato com a natureza para
alcançar a paz de espirito. Em meio as matas encontravam
arvores em miniatura castigadas pelas condições em que
viviam,de inicio eles somente transplantavam essas
arvores para vasos para leva-las pra casa;
Com o tempo foram surgindo técnicas para aprimorar
essas miniaturas a principio pela poda; técnicas
aprimoradas pelos monges taoístas que usavam os seus
pun sai (nome chinês ) para meditação.
5
Saindo da china
Com isso,desmistifica-se a idéia de que o bonsai foi
originado no japão.os chineses foram os responsáveis
Levada pelos monges chineses,a arte chegou a terras
japonesas na era kamakura,que compreende o período
entre 1192 d.c e 1333 d.c. lá a pratica foi
modificada,desvinculando-a da religião e tornando-a
realmente uma arte.
Chegou a europa em meados do século 18 primeiramente
na Inglaterra.
Chegando ao brasil
No brasil,as primeiras histórias relacionadas ao bonsai
datam de 1908,com a chegada dos primeiros imigrantes
japoneses.
ESTILOS
CHOKKAN
Tronco vertical.
6
HOKKIDASHI
Vassoura.
CHORÃO
SHAKAN
Tronco inclinado.
7
MOYO-GI
Tronco sinuoso.
NEAGARI
Raiz exposta.
RAIZ SOBRE PEDRA
8
TAKO-ZUKUR
Polvo.
FUKINAGASHI
Varrido ao vento.
BUJIN
Estilo livre.
9
HAN-KENGAI
Semi-cascata.
KENGAI
Cascata.
SÔKAN
Tronco duplo.
10
YOSE-UYE
Floresta.
PEIJIN LANDSCAPE
TAMANHOS
- OMONO BONSAI (arvore grande )
Até 130 cm de altura ,sem o tamanho do vaso.
-CHUMONO BONSAI (arvore mediana )
11
De 90 a 45 cm de altura.
-KATADE-MOCHI BONSAI (arvore intermediaria)
De 20 a 40 cm de altura.
-KOMONO BONSAI (arvore pequena )
De 12 a 18 cm de altura.
-MAME BONSAI (arvore bem pequena )
Deve caber na palma da mão.
 TECNICAS
 Dicas - Adubação - dicas de como fazer
Agora vamos fer algumas maneiras de proceder com o
adubo.
Uma receita básica de adubo é 70% de torta de
mamona + 30% de farinha de osso.
12
Preparamos uma massa usando água. Podemos usar algum
adubo liquido na água. Isso adicionará micro-nutrientes ao
nosso adubo.
Com um ferro de solda (usada por eletrecistas), furamos os
potes de iogurte
13
.
Colocamos a mistura até próximo da borda do pote de
iogurte.
14
Colocamos os potes com a boca para baixo sobre o
substrato do bonsai. Lembrando sempre de colocar longe
da base do tronco.
15
O indicado é 2 à 4 potes para os vasos maiores, ou para
plantas em potes plásticos, caixas ou vasos de treinamento.
Para vasos pequenos, ou bonsai já formado, costuma-se
usar copos de cafézinho na mesma quantidade (2 à4 por
vaso).
Esse tipo de adubação permite uma liberação contínua e
controlada do produto. Sempre que regamos o bonsai, a
água que entra nos copinhos passa pelo adubo e leva os
nutrientes para as raízes.
Em média, esses copinhos precisam ser substituidos a cada
20 ou 30 dias. Depois desse tempo, sobra apenas bagaço,
com pouco valor nutricional.
Lembrando que é importante fazer também a adubação
foliar a cada 15 ou 20 dias.
16
Técnica engrossamento tronco
Segue 2 técnicas de engrossamento de tronco. Matéria
enviada pelo grande amigo e mestre Sergio R. Santos da
SEMAR BONSAI - Guarujá/SP.
Engrossamento nº 1
a)Fazemos algumas alfinetadas na base do tronco, com
isso a planta pensa que estar sendo podada, ai nascem
alguns galhos em lugares variados.
b)Nesta foto vocês vão identificar uma montagem de
como seria após o nascimento dos brotos . Direcionamos
esses galhos depois que ele fique do tamanho desejado,
para colocamos para dentro da terra, sempre retirando as
folhagens e raspando na ponta e colocando dentro da terra,
com uma estaca para segurar o galho até ele enraizar.
17
c)Depois de 4 meses a planta vai estar com essa aparência,
o galho fazendo parte das raízes e dando aparência de mas
velha. Quanto mais brotos forem colocado essa aparência
fica melhor
.
18
Engrossamento nº 2
a)Fazemos 3 cortes de triângulo na base da planta, uns 2
cm a 2,5cm (metade para baixo da terra e metade para
cima da terra), dependendo da grossura da base da planta.
Esses 3 cortes tem que ser bem distribuídos na
circunferência do tronco, retirando a casca e uma pequena
parte do tronco.
19
b)Depois de 3 meses aparência do corte e as raízes vão
abrindo a base, como podem ver na imagem, como fica.
20
c)Aproximadamente depois de 2 anos aparência do tronco
vai ficar conforme essas duas fotos abaixo
Obs: Podemos também amarrar um arame abaixo da terra
e deixar por 3 meses e depois retiramos, que o tronco fica
mais grosso, mas as orientações acima seriam melhores
para o engrossamento.Para deixamos a base parecendo
com a técnica de Nebari podemos fazer vários cortes, um
pouco comprido para que se abram varias raízes
uniformes.
Dicas - Poda de raízes
Trocar a terra de um bonsai é geralmente um momento de
preocupação e dúvidas...
21
Quanto devo cortar? qual a época? que substrato usar?
Quanto a época, aconselha-se fazê-lo nos meses mais
frios. Evitando o período de crescimento acelerado da
planta.
Veja as fotos do processo:
Esta pitanga está a 1,5 anos sem trocar a terra. Por isso, é
hora de fazê-lo!
22
Se o bonsai está amarrado ao vaso, corte os arames. Após
isso, solte o torrão do vaso com o uso de um Hashi
(palito), ou uma espétula.
23
Retire a planta do vaso, evitando quebrar as raízes.
24
Após um ano as raízes tomaram conta do vaso, tornando-
se um emaranhado.
Desmanche o torrão com um hashi, desembaraçando
cuidadosamente as raízes. (deixe 1/3 do torrão intacto
25
Com uma tezoura afiada, corte as raízes que foram soltas
com o palito. Geralmente se deixa 2/3 do total de raízes.
26
Com uma alicate de corte, elimine as raízes que
engrossaram demais, corrigindo assim o sitema radicular.
27
Pronto para replantar!
28
Deixe o vaso preparado, com a tela de drenagem e os
arames de fixação. Quanto menos tempo levar o processo,
melhor!
29
Cubra o fundo do vaso com substrato.
30
O bonsai deve ser amarrado firmemente ao vaso, para não
danificar com o movimento as raízes novas que vão
crescer.
Observe que a planta está fixa ao vaso!
31
Cubra as raízes com substrato, e com um hashi de
madeira, empurre a terra para completar todos os espaços
entre as raízes.
A terra ou substrato será tratada em outro tópico.
32
Cubra a superfície do vaso com pedrisco ou cascalho, para
evitar a formação de uma casca impermeabilizante.
33
Molhe abundantemente seu bonsai. Se preferir, faça uma
imerção em uma bacia de água, para sairem todas as
bolhas de ar.
O cuidado "ós-peratório" é fundamental para a boa
recuperação da planta. Na primeira semana procure
molhar a folhagem do bonsai pelo menos 3x ao dia, e
mantenha-o na sombra.
34
Dicas - Poda radical e formação de novo ápice (acer)
Esta muda de acer estava no chão para engrossar. Após alguns anos, foi coletada e podada na altura desejada.
No detalhe vemos o corte do tronco e um galho fino que será o novo ápice.
Muitas vezes não temos este galho fino, mas ele brota ápós a poda.
35
Deixamos aquele galho da épice crecer livremente durante um ano, e nesse tempo já iniciamos o trabalho com os galhos de
baixo, formando a copa.
36
O galho continua crescendo até que a grossura seja compatível com o tronco. Formamos assim a conicidade.
Esse galho chama-se de galho de sacrifício. Ele será eliminado posteriormente, para dar lugar a um novo broto.
37
Quando o galho atingir a grossura desejada, cortamos ele e deixamos novo broto para dar continuidade ao tronco.
O mesmo processo será feito nesse broto novo porém sem engrossar tanto quanto a pimeira parte.
Nessa fase já procuramos deixar os brotos em lados opostos, dando movimento (curvas) alternadas ao tronco.
38
O corte é feito sempre acima de um par de gemas ou brotos.
Um dos brotos será o ápice, e o outro (do lado oposto ao corte) será o galho.
Novamente o ápice cresce livre até engrossar.
39
Depois de 2 anos, temos um bom movimento e conicidade equilibrada.
O tempo de trabalho vai variar conforme a quantidade de vezes que o processo será feito, e com o ritmo de crescimento da
planta.
É importante cuidar muito com adubação nessa fase, pois isso acelera o processo.
Ps.: Muitas vezes temos pressa e cortamos o galho de sacrifício muito cedo. Isso acaba atrazando mais o trabalho do que
imaginamos.
Esse mesmo processo pode ser realizado para engrossar um galho primário num bonsai.
dicas de alporquia
(amarra-se com arame apertado o galho da arvore)
Todos sabem que a alporquia é um excelente método para
se conseguir um bonsai.
Para um principiante, todavia, colocar o substrato em um
ramo na perpendicular
costuma ser bem difícil. A dica é a seguinte: pegue uma
bucha vegetal (dessas que
a gente usa para lavar vasilhas ou tomar banho), tire o
miolo com uma tesoura formando
cum copo. Corte numas das laterais e envolva a alporque
com ela e depois amarre embaixo.
feito isto, fica muito fácil encher o copinho com substrato.
Após enchê-lo, amarre na parte
de cima e aí é só envolver o alporque com o filme
transparente.
fOTO 1: ALPORQUIA DE PIRACANTA
40
41
COMO ENGROSSAR RAIZES
AEREAS DE FICUS
Obs, não coloquei nada dentro do canudinho, a própria
umidade do substrato que transpira por ele, mantem as
raízes com a umidade correta e ela vai de encontro ao solo
somente guiada pelo canudo.
Quando ela começar a aparecer já coloque o canudo e
coloque ele ligeiramente enterrado na posição escolhida, 1
ou 2 centímetros só para que não entre vento.
Cuidado nesta hora, pois a raiz é muito sensível.
42
Após um ou dois anos, a própria raiz engrossa e rasga o
canudo, já ressecado pelo sol e chuva.
ESTUFA PARA ESTACAS
É uma estufa economica, feita de caixas
descartaveis de frutas, e plástico
transparente, também no geral
encontrato em gualquer lugar.
43
44
Passar o plástico, todo em volta da caixa, fixando com
percebeijo de metal.
45
Tampa fixa só de um lado;
46
47
a estufa serva para manter a temperatura e a umidade,
facilitando assim a criação de raizes,,,
nesta foto, podemos ver a umidade interna;
48
Nesta olhamos de cima;
Nesta, vemos algumas estacas de Azaleia com um mês;
Deixar a estufa protegida do sol forte.
49
 PRIMAVERA
Ficha técnica da planta e variedades
Nomes populares: "Primavera", "Três Marias" e "Flor-de-
papel".
Família: Nyctaginaceae
Gênero: Bougainville
Espécies: São muitas as espécies do gênero Bougainvillea:
spectabilis, bracteata, brasiliensis, glabra,
50
peruviana, sanderiana, speciosa, entre outras. Sendo que,
as mais comumente cultivadas são as
spectabilis e glabra , a partir das quais surgiram inúmeros
híbridos. A diferença entre elas na
maioria das vezes, remonta ao diâmetro dos troncos,
quantidades e formas dos espinhos,
existência ou não de pilosidade nas folhas e maior
resistência ao frio e a geada por parte
da espécie glabra.
Variedades: o colorido existente na planta são as brácteas,
folhas modificadas que envolvem e protegem
as flores amarelas. O conjunto resulta numa aparência
exótica, encontrada nas cores branca, rosa,
vermelho intenso ou laranja.
Por ser uma espécie muito hibridizada, já se obteve
brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive
bicolores - e também a forma variegata. Quando adulto
esse arbusto escandente e espinhento pode atingir
de 5 a 15 metros de comprimento.
Veja a flor de cor clara no centro e em volta as brácteas de
cor pink
51
Vejam as brácteas roxas:
Brácteas vermelhas (Bouganvillea glabra)
52
Pink :
Rosa:
Laranja:
Brancas :
53
Origem - América do Sul. O nome da planta foi dado em
homenagem ao navegador
francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em
nosso país, por volta de 1790 e a levou
para várias partes do mundo.
PRIMAVERA (BOUNGAVILEA) Bonsai de Primavera
-Nome Científico ou nome latino: Bougainvillea glabra
- Nome comum ou vulgar: Primavera, Bougainville,
Boganvilla, Trindade, Bugenvil, Dania, Papel Flor, Santa
Rita.
- Família:
- Nyctaginaceae (Nictagináceas).
- Origem: Brasil.
54
- A buganvília é uma planta trepadeira que se forma em
um tronco com a idade.
- Ela é sempre verde, mas pode agir como uma espécie de
folha caduca, se cultivadas em climas mais frios do que o
Mediterrâneo.
- Existem variedades com folhas verdes variadas e creme.
- O ornamento desta planta são suas floresque podem ser
rosa, roxo, vermelho, amarelo, etc, dependendo da
variedade, que rodeia a flor verdadeira, que é minúsculo e
sem valor decorativo.
- Luz: Pleno sol para florescer.
- Interior apenas quando a luz é muito intensa, com uma
janela com muito sol ou com efeito de estufa, embora seja
mais provável a florescer com dificuldade ou não
florescer, ela precisa de muita luz para florescer e, como já
dissemos, muito intenso.
- Temperaturas: Ela vem da América do Sul subtropical.
Proteger da geada.
55
- Umidade: Não pulverizar as folhas ou manter umidade
excessiva porque provoca um aumento exagerado do
tamanho das folhas e reduz o florescimento e até a perda
de flores. Na verdade, você tem que evitar molhar as flores
ao regar, porque se ficarem molhadas, elas vão cair.
- Substrato: Uma boa mistura de substrato para a
Primavera seria 35% de areia grossa ou equivalente%
(solo vulcânico, etc) e 65 de substrato orgânico.
- Coloque no fundo do vaso uma camada de pedras e
depois outra de cascalho para facilitar a drenagem.
- Irrigação: Com o calor do verão mergulhe o vaso em
água até que apareça bolhas de ar na superfície da água.
- Não se deve regar com tanta freqüência quanto as outras
plantas.
- No inverno, deixe o substrato secar superficialmente para
uma nova rega. Uma boa tecnica é colocar o dedo por
cima do substrato e verificar se o dedo está molhado. Se
sim suspenda a rega.
56
- Imediatamente antes da floração para parar a rega por
uma semana para promover o desenvolvimento dos botões
florais.
- Adubação: Desde o final da primavera ao fim do verão
aduba-se a cada 15 dias com adubo líquido para bonsai,
mesmo durante o período de floração.
- No período de descanso de inverno, a Primavera não
deve se adubada devido ao estado de dormência de suas
raízes.
- Retomar a adubação na primavera, para que começem a
vir as primeiras flores.
- Não adube uma planta recém-transplantada, aguarde para
que ela cresca e se recupere.
- Nós podemos ajudar a reduzir o tamanho das folhas, com
uma boa exposição ao ar livre em pleno sol, com rico
suprimento de fósforo de fertilizantes (P) e potássio (K) do
que o nitrogênio (N) para desencorajar o desenvolvimento
de folhas.
- Poda: – As flores aparecem nas pontas dos ramos, por
isso, é aconselhável deixar os brotos crescerem ao longo
da estação de crescimento para obter os seus ramos
maduros o suficiente para produzir flores em suas pontas.
57
- Infelizmente, temos que escolher entre ficar com as
flores e modelar a forma dos seus galhos.
- Como as folhas são alternadas, devemos considerar o
sentido em que vamos podar, então eu sempre podo acima
de uma gema que tem uma folha para o exterior do galho
ou para a direção desejada.
- A poda drástica tem seu melhor efeito no final do
inverno, pouco antes da primavera.
- Embora a poda de galhos possa ser feita em qualquer
época do ano, o melhor é após o florescimento, entre a
primavera e o verão tardio, encurtando para até 2 ou 3
pares de folhas.
- Aramação: – O posicionamento dos galhos através da
aramação é complicado porque os seus galhos se
lignificam rapidamente se tornando rígidos e frágeis, por
isso a modelagem das buganvílias é o melhor feito por um
planejamento da poda nos anos subseqüentes ou o
tracionamento.
- O melhor momento para a aramação é na primavera.
- Os galhos semi-lenhosos são os melhores para serem
aramados, já os lenhosos são quase impossíveis de se
dobrar.
- Se decidirmos aramar galhos jovens, devemos
acompanhar atentamente para que os arames não marquem
58
a casca do galho devido a rapidez com que engordam e
crescem.
- Os arames não devem ser deixados na árvore mais do
que alguns meses (entre 3 e 5).
- A aramação é usada apenas quando outras técnicas de
modelagem não produzirem os efeitos desejados.
- Transplante:
- A cada 2 ou 3 anos, no início da primavera. Nos
espécimes cultivados em climas tropicais ou subtropicais,
podemos aumentar a frequência para transplante para até
um ano.
- Nós também podemos transplantar no início do outono,
ou antes do aparecimento de novos brotos.
- Entre a poda de galhos e transplante (ou vice-versa) deve
ter um intervalo de tempo mínimo para não acumular
operações muito agressivas ao mesmo tempo, como três
semanas.
- Durante o transplante deve-se limpar qualquer parte de
raízes podres e podar galhos indesejados para reduzir a
copa.
59
- Se a poda da raiz é muito grande, é necessário remover
as folhas na mesma proporção que as raízes removidas.
- Tenha cuidado para não podar drasticamente as raízes
durante o transplante, podar apenas raízes grossas
deixando as mais finas.
- É desejável, para proteger a árvore após o transplante
pelo menos um mês, colocando-a em um local bem
iluminado, evitando a luz solar direta.
- Pragas:
- Pulgões verdes, cochonilhas, mosca branca, a aranha
vermelha, etc.
- Doenças:
- O oídio (fungo uma manchas brancas).
- Clorose, causada pela falta de ferro e outros
micronutrientes, como manganês e zinco.
60
- A Bougainvillea é sensível à deficiência de ferro (clorose
de ferro), por isso é aconselhável a utilização de tempos
em tempos, o ferro quelado com água de irrigação, evite
usar o excesso de água com cal, uma vez que impedem a
boa absorção de ferro. Uma boa dica também é enterrar
um pedaçinho de bombril num canto do vaso que ao se
decompor forneça o ferro necessário à planta.
- Multiplicação:
- Estacas lenhosas no inverno. Em climas frios exige calor
constante (20 º C) em uma estufa. As raízes aparecem com
cerca de 3 meses.
- As estacas moles ou semi-lenhosas, cerca de 10 cm, no
início da primavera / verão. Se tudo correr bem, enraizarão
em torno de 4 a 6 semanas, embora algumas com
aquecimento inferior a 15 ° C serão mais demoradas.
- O uso de hormônios de enraizamento aumentam a
porcentagem de estacas enraizadas.
- Alporquia com musgo no final do inverno / início da
primavera.
61
Formação rápida de um galho no mesmo local do antigo
(para acelerear engrossamento, melhorar forma e posição
do galho)
As vezes temos galhos bem posicionados, porém eles não
estão muito adequados quer seja pela posição, curvatura
ou até espessura (demora a engrossar).
Como fazer isso? Simples.
Nas Bouganville, na base dos galhos é comum a formação
de gemas (fig1) e consequente brotação de vários galhos
no mesmo ponto.(fig2)
Fig.1 (a gema encontr-se no centro da foto)
62
Fig2. (novos ramos brotando junto à base do galho antigo)
Quando não estamos satisfeitos com o galho, apesar de
bem posicionado, podemos fazer a substituição do antigo
por uma destas novas brotações.
esta nova brotação nas Bouganville têm a particularidade
de crescerem (espessura e comprimento) muito rápido,
especialmente na época da primavera. Assim a
substituição do antigo galho se dá rapidamente.
Na seguinte figura observamos a substituição:
1. galho antigo
2. surgimento da(s) gema(s)
3. brotação da gema
4. crescimento da gema (rápido) - deixamos
crescer/engrossar/alongar de acordo com a necessidade do
63
ramo - em geral uma espessura de uns 0,8 cm pode ser
conseguido com um comprimento de uns 50cm do galho.
5. poda do galho antigo
6. seria a próxima etapa de formação da ramificação (fica
para outro tópico)
64
Desvantagem da técnica: os galhos ao crescerem e se
alongarem rapidamente, deixam os entrenós mais longos,
o que é uma desvantagem para a formação do galho, pois
dos entrenós que saem as ramificações.
1. Pega de estacade qualquer tamanho, plantando só na
areia
2. Não gosta de muita água
3. Pode regar sobre as brácteas, já que não são tão frágeis
e sensíveis como as flores
65
4. Todo ramo novo, (primário) tende a alongar-se muito
5. Tem variedades perenifólias, caducifólias e
semicaducifólias
6. Em vasos pequenos, onde as raízes não tem muito
espaço, ela estaciona o crescimento
7. De dífícil cicatrização
- Madeira fragil, com apodrecimento fácil. Cuidado com
excesso de umidade;
- Evitar gins e sharis;
- Brocas adoram sua madeira;
- Florescem quando preenchem o vaso, as vezes
dependendo de um "periodo de seca", para estimular a
floração;
- Nebari frágil;
66
67
 AZALEIA
68
Dentre as floríferas, a Azaléia é, sem sombra de dúvidas, a que mais agrada ao
público feminino. Mais até
que rosas, acreditem! Abaixo, uma Azaléia trabalhada pelo bonsaísta Rock Jr.
Nome Popular: Azaléia
Nome Científico: Rhododendron
Origem: Ásia
Ambiente: Durante a época de crescimento, as azaléias precisam de proteção
(sombra) durante as horas
mais quentes do dia (das 10:00 às 16:00). Suportam bem o vento, apenas sendo
necessário regá-las com
mais freqüência. Uma elevada umidade do ar é bastante conveniente. Pode ser
um belo bonsai de interior,
desde que não fique em locais muito escuros e fechados.
Características: É um arbusto denso, podendo chegar até 1,50m de altura, com
folhagem perene e semiperene,
verde-escura. As flores são relativamente grandes e possuem diversas colorações.
Cresce de forma
lenta e regular. Devido a inumerável quantidade de variedades e espécies
híbridas, torna-se difícil a correta
denominação das distintas espécies. Para bonsai, devemos evitar variedades com
flores muito grandes, as
quais são mais sensíveis que as variedades com flores simples e pequenas que
ficam mais proporcionais, mas
isso não é uma regra, apenas um conselho.
Adubação: Adubo orgânico pouco concentrado na primavera e no outono. Não
adube durante a floração.
As azaléias gostam muito de adubos ricos em fósforo. Ex.: NPK 4-12-4. Um
adubo riquíssimo em fósforo é
a farinha de osso.
69
Rega: As raízes secam rápido, e isso é fatal para a planta. Regue com freqüência
durante todo o ano,
menos durante geadas e nunca deixe o solo encharcado.
Poda: Os brotos devem ser podados durante toda época de crescimento até o
final do verão, quando
começam a aparecer os botões florais. As azaléias têm uma impressionante
capacidade de regeneração.
Procure sempre fazer uma poda nos galhos muito densos, melhorando assim a
aeração da planta, e também
permitindo que o sol atinja as partes internas da mesma. A azaléia é uma das
poucas plantas que tem o
crescimento mais vigoroso nos galhos inferiores, devendo então podados mais
freqüentemente.
Solo: As azaléias são plantas de solo ácido, exigentes em ferro. O solo deve
conter bastante matéria
orgânica (pó de xaxim, casca de pinheiro ralada, matéria orgânica curtida etc.)
É bom lembrar que
toda a matéria orgânica deve ser curtida por no mínimo 6 meses, pois os gases
tóxicos que se formam nos 6
primeiros meses são prejudiciais à planta. Após curtida deve ser secada ao sol
por alguns dias. Para compor
o substrato, pode-se utilizar a seguinte combinação: 30% de terra boa + 40%
de matéria orgânica +
30% de areia grossa ou pedrisco (para facilitar a drenagem).
Limpeza: Elimine o excesso de botões florais e depois da floração, remova as
flores murchas, bem como
todos os brotos do tronco. Mantenha sempre o solo limpo.
Transplante: A cada dois anos e, no caso de exemplares mais jovens, todos os
anos (sempre depois da
floração). Corte 1/3 das raízes. Depois do transplante, espere no mínimo 3
semanas para podar.
70
Aramação: Da primavera até o outono, sem restrições.
Dicas:
Os galhos da azaléa se rompem com facilidade, então, para endurecê-los antes da
aramação, é
aconselhável não regá-la um dia antes.
Evite molhar as flores para que permaneçam belas.
As azaléas não costumam ser cultivadas em vasos rasos.
Uma vez a cada 6 meses é bom enterrar um pedaço bem pequeno de palha de
aço, em algum canto
do vaso. Ao se decompor irá liberar o ferro, elemento primordial para a azaléia.
 FLAMBOYANT
71
Nome comum: Flamboyant ou Flaboiant
Nome científico: Delonix regia
Família: Fabaceae Caesalpinioideae, Caesalpineae
Origem: Madagascar
Etimologia: Delonix, do grego delos, evidente, notável e
onus, uma, referindo-se as pétalas notavelmente
unguiculados. Regia, do latim regium-a-um, real, pela sua
grandiosidade quando está em flor.
Floração: setembro/dezembro.
Árvore de flores exuberantes com tonalidade avermelhada,
de copa frondosa e espalhada que proporciona boa
sombra. Suas raízes tabulares (formato de tábua) crescem
junto à base do tronco, conferindo um aspecto notável à
espécie. É muito utilizada em amplas áreas, como praças e
jardins.
Descrição: Árvore caducifólia de 6-15 m de altura, com a
copa em forma de sombreiro e o tronco mostrando-se
sinuoso ou reto e pouco áspero. Folhas bipinadas de 20-40
cm de comprimento, com 10-15 pares de pinas, cada uma
tem de 12-20 pares de folíolos oblongos, de ápice e base
arredondada, de cor verde claro a verde escuro. Flores
vermelhas / alaranjadas, aparecem quando a árvore carece
de folhas e estas se dispõem lateralmente nos ramos. Cada
flor mede 10-12 cm de diâmetro e tem um cálice com 5
sépalas hirsutas, a corola com 5 pétalas desiguais e um
androceu com 10 estames largos, delgados, de cor
vermelha. Os frutos são muito coreáceo, de 40-50 cm de
comprimento, plano e retorcidos de cor castanho quando
72
maduro. Estes permanecem presos a árvore durante todo o
ano.
INTRODUÇÃO –
Sempre ouvia dizer que um flamboyant não era uma das
espécies mais indicadas para se trabalhar como bonsai e
era por isso que não víamos exemplares como bonsai.
Diziam que era pelo motivo dela ter folhas e flores
grandes, galhos que secavam do nada e um lenho muito
duro, difícil de modelar com o arame. Me via por conta
disso intrigado, pois para mim seria uma das espécies com
as quais gostaria de ter como bonsai desde o início.
Também não existiam imagens nem tão pouco técnicas
relacionadas, que iriam me orientar para fazer de um
flamboyant bonsai. Então como fazer ?
Bem, o como fazer seria tentando, aplicando o pouco que
sei no bonsai e muita observação e paciência, que na
verdade uma das virtudes ou qualidades que temos que
adquirir para desenvolver a arte do bonsai.
A abordagem relacionada as técnicas de tração e incisões
iram mostrar como de fato não podemos nos deixar abater
e sim seguirmos em frente, pois com muita perseverança,
muita observação e principalmente colocando a mão na
massa é que conseguimos aprender algo de novo.
TÉCNICA DA TRAÇÃO DO GALHO –
A técnica da tração empregada no Flamboiant foi quase
uma conseqüência, devido as características da espécie.
Diversos exemplares que vemos plantados em praças e
73
avenidas pelo Brasil, apresentam em sua forma original
galhos pendidos, dando a copa da árvore uma forma de
sombreiro. Outras característica dada para a espécie seria
um lenho de baixa durabilidade aos intempéries naturais e
a morte espontânea de alguns galhos. Estes secam
naturalmente e caem cedendo o lugar a um novo que irá
em busca de um lugar ao sol. Isso acontece tanto em
espécies plantadas no chão quanto nos bonsai, pois é da
natureza da espécie.
Foi a partir dessas observações dos exemplares em
tamanho natural, que a técnica da tração foi concebida,
pois ao se tentar reproduzir o aspecto de um exemplar de
tamanho natural foi feito inicialmente uma aramação
completa nos galhos e esta por sua vez deixava marcas
profundas na hora de modelar, devido ao tipo de lenho
duro e também obstruía o aparecimento das novas gemas
quando posicionamos os galhos para baixo. Para tanto, foi
deixando a margem do galho apontado para baixo, como
se fosse uma bengala, é que apareceram os brotos no
dorso/lateral neste galho. A tração por sua vez mostrou-se
que a margem do galho secava, enquanto mais para o
interior do galho surgiam novos brotos. O fato disso
acontecer é devido ao hormônio de crescimento da planta,
se localizando em áreas onde há influência da luz solar. O
modo que a auxina atua nesta espécie. A auxina nada mais
é do que o hormônio vegetal encontrado em diversas
espécies de plantas e ela, assim como outros hormônios,
são responsáveis pelo crescimento. Então este se concentra
na parte mais superior da planta, pois ele é que a faz
crescer sempre em busca de um melhor lugar ao sol. As
margens da planta mais exposta ao sol ficam repletas
desse hormônio e assim os novos brotos vão surgindo e a
74
planta conseqüentemente vai crescendo.
Ao excluirmos o arame de boa parte do galho fazendo
somente uma tração deste, é que conseguimos um melhor
modo para modelarmos a parte aérea de um flamboyant e
com as trações sucessivas, vamos começando a
multiplicação ou dicotomia dos galhos. Pode-se enrolar o
arame na extremidade deste galho para dar mais pega,
prendendo a outra extremidade na borda do vaso. Isso irá
ajudar o surgimento de novos brotos, futuros galhos, mais
para o interior e no dorso desse galho. Depois que estes
estiverem consolidados são podadas as extremidades dos
galhos até onde esteja seco, ou mesmo pode-se podar
próximo a esses novos galhos.
Esta técnica com certeza é a mais correta para esta espécie
e fazendo-a sucessivamente a compactação irá aparecer e
os cortes fecharão com mais facilidade.
75
Durante o processo de modelagem, quanto mais
estimulamos uma nova brotação para que surjam mais
galhos, ficamos sem a floração. Porém este é a melhor
maneira para conseguirmos um exemplar em escala
compatível para bonsai sem cicatrizes e também fazendo
uma comparação com uma poda drástica, a técnica da
tração se mostra menos agressiva a planta e não deixa
cicatrizes. Esta só é empregada depois que os galhos estão
consolidados. Provavelmente alguns desses galhos novos
irão sucumbir, pois é assim a natureza dessa espécie. Essa
modelagem é realizada no inverno, pois os galhos estarão
mais maleáveis e a folhagem mais fraca. Uma outra opção,
seria quando eles estivessem com a coloração mais
amarronzada, mas nunca enrole o arame nesses galhos por
completo, pois o mesmo irá criar feridas e em alguns casos
cicatrizes muito feias difíceis de serem corrigidas e
também irá prejudicar o surgimento das gemas.
Uma outra técnica empregada no bonsai, seria o de se
retirar a gema apical, para se estimular novas brotações,
mas como vimos anteriormente, futuramente teremos que
posiciona-los para baixo para reproduzirmos o aspecto que
a espécie oferece, que é de sombreiro. Então perderíamos
a margem do galho e esse não seria o melhor método para
modelagem como bonsai. É melhor fazer de fato a tração,
pois estimula o crescimento de novos brotos no
dorso/lateral do galho tracionado.
Outro fato interessante, é quando a desfolha. Ao se retirar
a folha por completo, retirando a haste(pecíolo) também,
dificulta ainda mais o surgimento de novos brotos, não
sendo a melhor maneira para se conseguir um maior
número de galhos (dicotomia) e compactação da
folhagem. Na maioria das vezes observa-se que os galhos
76
pinçados secam também. A melhor maneira então é podar
as folhas no outono deixando a haste e controlando as
regas para que consigamos a compactação das folhas.
Visual de um outro exemplar após desfolha
77
visão por cima
Para finalizar, todo bonsaista sabe que a dicotomia se dá
quando podamos os galhos ou o tronco, mas para esta
espécie esta simples técnica não funciona, ou seja, como
vimos nas explicações acima a tração seria a melhor
alternativa.
TÉCNICA DAS INCISÕES –
78
As incisões na base, são realizadas para se conseguir
imitar com fidelidade as raízes tabulares ou projeções
basais que ocorrem nos exemplares em tamanho natural de
um flamboyant. Essas são feitas durante a fase ativa da
planta, respeitando o sentido das raízes laterais. São
escolhidas apenas umas 5 raízes laterais para fazer o
nebari. Porém antes de faze-la, tem que se retirar a raiz
“pivotante” e outras que estão indo para baixo. As incisões
ou riscos tem que estar alinhados com as raízes e são
feitos longitudinalmente. Esses riscos não irão estimular o
surgimento de novas raízes e sim a cicatrização no local.
Para tanto, deixe a área riscada acima do solo, já as raízes,
podem ficar enterradas até que consigamos obter as
projeções desejadas. Quanto ao comprimento destas
incisões ou riscos, é de acordo com o gosto de cada um.
Detalhe das projeções basais conseguidas com a técnica
79
Incisões recém feitas
80
Começando o processo da cicatrização
Incisão cicatrizada e início da formação da projeção basal
Não é necessário fazer uso de qualquer tipo de
cicatrizante, apenas tome esse procedimento salvo a planta
estar em bom estado de saúde. Espere inchar e cicatrizar
para depois repetir novamente a operação. Temos que
esperar fechar (cicatrizar) o corte para fazermos
novamente. Até que isso aconteça, podemos observar que
os cortes vão apresentar uma coloração diferenciada do
tronco. Quando estiver tudo igual faça novamente as
incisões nos mesmos locais respeitando a fase ativa da
planta. Melhor deixar ele praticamente fechar a cicatriz,
para poder ter tecido vivo para cortar. Utilize um bisturi
ou mesmo um estilete para fazer as incisões. Depois que
houver a cicatrização, obviamente não aparecerá o corte
que se fez e só depois disso é que fazemos de novo.
Notamos que formará uma projeção na parte basal do
81
tronco, então teremos que repetir essas incisões até que
fiquem bem proeminentes, bem parecidos com as raízes
tabulares de uma planta em tamanho natural. As incisões
são realizadas uma vez por ano, respeitando o ciclo anual.
Escolha os exemplares que estão com pelo menos uns 2
cm de diâmetro ou os que já estão com casca no tronco.
Pode-se fazer este tipo de trabalho quando a planta sair do
estágio de dormência ou em plena atividade e faça se ela
estiver com saúde. Porém não faça ainda nas raízes.
Mantenha elas recobertas com o solo e chegue bem perto,
mas não faça ainda as incisões. Quando sua planta estiver
mais desenvolta quanto as projeções, ai sim que iremos
fazer nas raízes, pois a planta está gerando tecidos novos
para "cobrir" a ferida anterior e ao contato com o solo
estas ficariam vulneráveis a contaminação. Essa
cicatrização faz o caule ficar mais grosso nesse ponto e ao
mesmo tempo as raízes que estão enterradas vão
engrossando.
Para imitar o nebari de um Flamboiant, é necessário fazer
incisões sucessivas nas áreas pré-determinadas, conforme
escrevi anteriormente, que é respeitando o sentido das
raízes laterais. Não se preocupe de fazer uma incisão
profunda, desde que o exemplar não seja muito pequeno.
Quando for fazer a próxima troca de solo e vendo que já
existem calosidades na base, que são as projeções basais
que falo, pode reduzir bem o volume das raízes. Com isso
conseguimos uma maior redução, ou compactação, das
folhas. Faça no final do inverno início da primavera e
quando chegar no outono, retire todas as folhas deixando
apenas as hastes que as sustentam os pecíolos.
Com isso e controlando as regas, mais compactação
iremos conseguir com relação a folhagem. As incisões tem
que ser realizadas quando a planta estiver em plena
82
atividade, que compreende os meses mais quentes do ano.
No inverno não é conveniente tomar esse procedimento,
pois a planta está com o seu metabolismo baixo.
 Acer buergerianum (tridente)

NOME COMUM - Acer Tridente
NOME CIENTÍFICO - Acer buergerianum
FAMILIA - Aceracea
ORIGEM - China e Corea.
CARACTERIZAÇÃO - Espécie de folha caduca e de
crescimento rápido, muito atractiva devido à sua
extrema resistência, força da brotação mas com
entrenós muito curtos e também à pequena folha de
três pontas, que no Outono adquire uma cor amarela,
salpicada de vermelho.
LOCALIZAÇÃO - Colocar em pleno sol durante
todo o ano, excepto nos períodos mais quentes em
que deve ficar em semi sombra para evitar queimar as
folhas.
REGA - Regar abundantemente enquanto tem folhas,
mas deixar secar a camada superior do substrato entre
regas. No Inverno regar moderadamente.
NUTRIÇÃO - Deve ser adubada e vitaminada desde
a Primavera até ao início do Outono.
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2
anos, antes que comecem a surgir os novos brotos,
com uma Mistura de solo Universal.
MODELAÇÃO - A poda de manutenção durante o
83
período de crescimento, suporta bem defoliação, pode
ser aramada na primavera (antes das folhas
aparecerem) ou após defoliação (Julho).
PROPAGAÇÃO - Por estaca durante a primavera e
verão, espécie de fácil propagação ideal para
iniciados treinarem.
Acer palmatum
NOME COMUM - Acer palmatum
NOME CIENTÍFICO - Acer palmatum
FAMILIA - Aceraceae
ORIGEM - Japão e Coreia
CARACTERIZAÇÃO - Trata-se de uma espécie de
folha caduca, muito apreciada pela coloração das suas
folhas, quer na Primavera (inicio da brotação), quer
no Outono (queda da folha). Das muitas variedades
existentes, o A. Palmatum deshojo é uma das mais
apreciadas pela coloração vermelha da brotação, no
Verão passa a verde e voltando a avermelhar antes da
queda das folhas. Existem ainda várias outras
cultivares ideais para Bonsai como os Kashima e
Kiohime apreciados pela reduzida dimensão das
folhas e entrenós curtos que lhe dão elevada
densidade, o seijen pelas folhas de tom rosado e o
Arakawa pela casca corticosa.
LOCALIZAÇÃO - Localizar no exterior durante o
ano inteiro, nos períodos mais quentes, deve ficar
debaixo de uma malha de sombra ou em semi-
sombra, para evitar queimar as folhas.
REGA - Regar abundantemente durante o período de
desenvolvimento, deixando sempre secar a camada
superior entre regas. No Inverno regar
moderadamente, com o objectivo de manter o solo
84
húmido.
NUTRIÇÃO - Deve ser adubado e vitaminado desde
a brotação na Primavera até á queda da folha no
Outono. Para além desta adubação, pode-lhe ser
aplicado um fertilizante com fósforo e potássio que
estimula a emissão de raízes na Primavera e facilita a
lenhificação dos ramos novos no Outono.
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2
anos, assim que os gomos folheares comecem a
“movimentar-se”, pode ser cultivado em Akadama
puro ou em “Mistura Universal para Bonsai” (ver :
Ficha Técnica – Solos).
MODELAÇÃO - A poda de formação (ramos
grossos) pode ser feita aquando da defoliação ou no
Inverno após queda das folhas. A desponta (metsumi)
executada com a ponta dos dedos durante toda a
Primavera, consiste na eliminação do novo brote,
deixando somente o primeiro par de folhas. Nesta
espécie a defoliação, para além de um interesse
estético, com a substituição das folhas velhas por
novas de cor vermelha, melhorar a coloração outonal,
reduzir a dimensão das folhas e dos entre-nós,
também pode ter vantagens horticulturais se
executada parcialmente (defoliando só as partes
fortes) equilibramos a energia da planta. O
Aramamento no fim do Inverno antes da abertura das
folhas, ou na altura da defoliação (no verão – Julho),
devendo sempre ter-se cuidado com o engrossamento
dos ramos (principalmente no outono) e com a
fragilidade da “pele” para não a vincar.
PROPAGAÇÃO - De difícil propagação por estaca
(somente com “camas” aquecidas e com baixo índice
85
de sobrevivência) o Acer Palmatum pode ser
propagado por alporque ou semente.
 CARMONA
NOME COMUM - Carmona
NOME CIENTÍFICO - Ehretia buxifolia
FAMILIA - Boraginacea
ORIGEM - Sudoeste da China
CARACTERIZAÇÃO - Arvore de Folha persistente,
muito apreciada pelo verde brilhante das suas folhas, dá
uma flor Branca e um fruto vermelho, existem duas
variedades a de folha grande (macrophila) e a de Folha
pequena (microphila), esta ultima frutifica mais.
LOCALIZAÇÃO - Interior, devendo apanhar 3 a 4 horas
de sol directo por dia e muita luz. Quando a temperatura
mínima começa a ser superior aos 18º C pode-se colocar
no exterior, tendo atenção à rega nas horas de maior calor.
REGA - Regar abundantemente, durante o período de
crescimento, no Inverno regar moderadamente deixando
secar a camada superficial entre regas.
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NUTRIÇÃO - Embora tenha um crescimento lento a
carmona gosta de ser bem alimentada, devendo ser
adubada desde o fim do inverno até ao fim do outono, as
vitaminas devem ser dadas o ano inteiro, e agradam-lhe
reforços com quelatos de ferro.
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de dois em dois
anos entre Abril e Maio, o solo dever ser Mistura
Universal para Bonsai, como por vezes se torna dificil
podá-la muito na altura do transplante, o equilíbrio hídrico
deve ser feito com uma defoliação parcial de folhas velhas
com poda da brotação nova, com em qualquer espécie de
Bonsai, beneficia da aplicação de vitaminas em dose forte
no pós transplante.
MODELAÇÃO - Pode ser podada de manutenção todo o
ano. Normalmente não se arama pois a sua madeira
quando velha quebra-se facilmente, utilizam-se antes
puxadas e Tensores.
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca
de brotes novos durante a primavera e verão.
 Ficus retusa
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NOME COMUM - Ficus
NOME CIENTÍFICO - Ficus retusa (existem várias
espécies, esta é a mais comum, os conselhos são os
mesmos)
FAMILIA - Moracea
ORIGEM - India e China
CARACTERIZAÇÃO - As ficus constituem uma família
com centenas de espécies (é parente da nossa figueira -
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Ficus carica), é de folha perene ovalada, sendo apreciada
pela sua resistência e emissão de raízes aéreas e resposta
às técnicas de Bonsai (nomeadamente aramamento).
LOCALIZAÇÃO - Pode ser localizado no exterior durante
a primavera e Verão, mas deverá ser protegido no resto do
Ano.
REGA - Regar moderadamente o ano inteiro.
NUTRIÇÃO - Deverá ser adubada desde a primavera ao
fim do outono e vitaminada o ano inteiro, agradam-lhe os
reforços com quelatos de ferro.
TRANSPLANTE - Deve ser transplantada cada 2 anos no
fim da primavera (maio/junho) com uma mistura de solo
Universal (ver “Ficha Técnica – Solos), normalmente se a
planta está saudável junta-se o transplante com a
defoliação e o aramamento.
MODELAÇÃO - Suporta Bem todas as técnicas de
aramamento, e podas drásticas, normalmente aramamos
após defoliar, o que se pode passar desde Maio a Agosto,
depois torna-se tarde para defoliar.
PROPAGAÇÃO - Por Estaca ou enraizamento aéreo.
Ligustrum Chinensis
NOME COMUM - Ligustrum Chinês
NOME CIENTÍFICO - Ligustrum ovalifolium chinensis
FAMILIA - Oleaceae
ORIGEM - China, Japão e Europa
CARACTERIZAÇÃO - Arbusto de folha perene, ovalada
e média, com flores brancas no Verão (raro ocorrer em
Bonsai devido às podas de manutenção, em que não
permitimos a floração que é apical). Algumas espécies são
de folha caduca (mas não esta), existe uma variedade em
que o bordo da folha é branca (variegata).
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LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla
localização, mas pode viver perfeitamente todo o ano no
exterior, quando no interior, gostam de estar em
exposições soalheiras, sem climatização.
REGA - Devido à constituição da folha tem um elevado
consumo de água no verão, no inverno a rega deve ser
moderada.
NUTRIÇÃO - O ligustrum cresce rapidamente pelo que
tem de ser vigorosamente nutrido, devendo receber adubo
e vitaminas desde Fevereiro a Novembro, dado o seu
rápido crescimento foliar beneficia da aplicação de um
reforço de micronutrientes ao longo de toda a época de
crescimento, desta forma evitaremos carências.
TRANSPLANTE -Visto ter um rápido crescimento
radicular (maioritáriamente constituido por raizes finas) é
aconselhável transplantá-lo de dois em dois anos, para
uma Mistura Universal para Bonsai entre Fevereiro e
Março.
MODELAÇÃO - Deve ser podado de manutenção ao
longo de toda a época de crescimento, pode ser aramado
durante a primavera e outono, tendo cuidado com a fina
pele.
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca
de brotes novos durante a primavera.
OLIVEIRA
NOME COMUM - Oliveira
NOME CIENTÍFICO - Olea europea
FAMILIA - Oleaceas
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ORIGEM – Mediterrâneo, da Pérsia a Portugal, bem como
as Ilhas Canárias e os Açores.
CARACTERIZAÇÃO - Árvore de médio porte, folha
persistente ovaladas verdes escuras por cima e acizentadas
por baixo, de elevada longevidade existem vários
exemplares milenares na natureza.
Dá flores minúsculas, que se transformam em frutos
verdes que se alteram até ao negro, na maturação. A casca
esverdeada torna-se nodosa nas árvores velhas.
LOCALIZAÇÃO - No exterior a pleno sol o ano inteiro,
proteger de geadas nas zonas muito frias.
REGA - Deixar secar bem entre regas o ano inteiro, mas
atenção pois a oliveira consome bastante água.
NUTRIÇÃO - Adubar e Vitaminar de Fevereiro a
Outubro.
TRANSPLANTE - Cada 2 anos em Fevereiro, para
Mistura Universal para Bonsai.
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MODELAÇÃO - A poda de manutenção realiza-se ao
longo de todo o ano. Pode ser aramado na primavera e
outono, normalmente ano sim ano não faz-se uma poda de
formação mais forte a qual estimula a densidade da copa,
no ano seguinte deixa-se alongar um pouco mais para
tentar ter flores e frutos.
PROPAGAÇÃO - Por estaca, podendo ser mesmo
utilizadas estacas muito grossas.
SERISSA
NOME COMUM - Serissa
NOME CIENTÍFICO - Serissa foetida
FAMILIA - Rubiaceas (família do cafeeiro)
ORIGEM - China Meridional e Japão
CARACTERIZAÇÃO - Arbusto perene de folha verde
ovalada de reduzida dimensão, existem diferentes
variedades, a mais comercializada como Bonsai é a
92
Serissa Japónica thunbergii e é produzida na China,
existem ainda a Serissa Japónica e a Serissa de Shangai
(menos comuns no nosso mercado), todas possuem uma
versão variegata (de folhas brancas e verdes), a qual se
deve a um vírus inócuo que terá afectado a planta mãe na
origem.
A maioria dá uma flor de cor branca mas existem
variedades de cor rosa, podendo ocorrer o ano inteiro o
auge de floração dá-se no fim do verão, deve o seu nome
cientifico Serissa Foetida (mal cheirosa em latim) ao
cheiro que exala após podada.
LOCALIZAÇÃO - As variedades oriundas da China são
consideradas Bonsai de interior, ainda que lhes agrade o
exterior durante a primavera e o Verão, devemos protegê-
las logo que as temperaturas médias baixem dos 16 º C.
Gostam de estar em exposições soalheiras, junto de uma
janela (sem cortinas nem persianas), quando colocadas no
exterior à que protegê-las ligeiramente, de modo a que só
apanhem directamente o sol do inicio e final do dia.
REGA - Visto ser sensível a fungos provocados por
excesso de água, convém deixar secar ligeiramente a
camada superficial do solo entre regas (principalmente no
Inverno em que quase estagna o seu crescimento),
regando-a depois abundantemente com um regador de
ralos finos.
NUTRIÇÃO - A Serissa deve ser adubada de Fevereiro a
93
Novembro, beneficiando com a aplicação de vitaminas o
ano inteiro, gosta ainda de reforços nutricionais com
adubos de Fósforo e Potássio que apresentam uma acção
preventiva contra o aparecimento de fungos do colo
(phitoftora).
TRANSPLANTE - Ainda que o seu crescimento radicular
seja lento, é aconselhável transplantá-la de dois em dois
anos para garantir a ideal drenagem do solo, este deve ser
constituído por uma Mistura Universal para Bonsai, a
época ideal é quando as temperaturas se mantêm em torno
dos 20ºC (Abril/Maio).
MODELAÇÃO - Juntamente com a localização, a rega e a
nutrição, a poda é um dos principais segredos para manter
a Serissa forte e densa, responde muito bem a podas fortes
rebrotando mesmo em madeira antiga, é importante não a
deixar alargar-se muito pois perderá a densidade das
folhas, devemos regularmente arrancar-lhe os gomos
ladrões que brotam junto às raízes.
Normalmente não se arama usando-se puxadas e tensores
para direcionar, pode ser aramada na primavera mas a
madeira é muito quebradiça.
PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca
de brotes novos durante a primavera.
ULMEIRO CHINÊS
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NOME COMUM - Ulmeiro Chinês (também Zelcova
Chinesa)
NOME CIENTÍFICO - Ulmus parvifolia
FAMILIA - Ulmacea
ORIGEM - China e Japão
CARACTERIZAÇÃO - É uma árvore pequena de folha
semi-caduca. É muito apreciada pelo pequeno tamanho
das suas folhas, pela fina ramificação e pelo escamar da
casca .
LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla
localização, pode viver perfeitamente todo o ano no
exterior ou no interior, se no interior gostam de estar em
95
exposições soalheiras, sem climatização.
REGA - Deixar sempre secar a camada superficial do solo
entre regas.
NUTRIÇÃO – Adubar e Vitaminar desde a primavera ao
outono.
TRANSPLANTE - De dois em dois anos, para uma
Mistura Universal para Bonsai, entre Fevereiro e Março.
MODELAÇÃO – Podar de manutenção todo o ano e de
formação no final do inverno, pode ser aramado durante a
primavera e verão, suporta bem a defoliação.
PROPAGAÇÃO – O método mais utilizado é por estaca
de brotes novos durante a primavera.
PINGO DE OURO
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Nome Científico: Duranta repens aurea
Nome Popular: Pingo-de-ouro, duranta, violeteira-
dourada, violeteira
Família: Verbenaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Este arbusto de folhas douradas surgiu através de uma
mutação da violeteira.
Sua popularização foi um verdadeiro fenômeno no
paisagismo brasileiro. O pingo-de-ouro, ao contrário de
outros arbustos tradicionais, tem um crescimento muito
rápido, o que aliado à sua coloração exuberante foram os
grandes responsáveis pela sua larga utilização. É uma
planta excelente para topiaria, principalmente para os
iniciantes. Além disso presta-se como bordadura, cerca
viva, renque e até mesmo para a formação de bonsai.
97
Não é indicada para jardins de baixa manutenção, pois
exige podas mais frequentes que outros arbustos. Quando
não podado produz pequenas flores arroxeadas, róseas ou
brancas e frutos esféricos, pequenos e amarelos, além
disso suas folhas perdem um pouco a tonalidade dourada.
Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil e
enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares.
Não é tolerante à seca. Tolera o frio e as geadas.
Multiplica-se por estaquia e mais raramente por sementes,
já que estas podem originar pingos-de-ouro e violeteiras.
Requer podas de formação e manutenção freqüentes,
utilize sempre luvas para manipular esta planta, pois os
ramos podem ser espinhentos.
JABUTICABEIRA
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Nome Técnico:
Myrcia cauliflora Berg.
Sin.: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia
trunciflora (O. Berg) Kausel
Nomes Populares :
Jabuticabeira, pé de jabuticaba, jaboticabeira
Família :
Família Myrtaceae
99
Origem:
Nativa do Brasil, da Mata Atlântica.
Descrição:
Árvore de 3 até 15,0 m de altura, tronco claro, muito
ramificada, folhas pequenas ovais opostas e lanceoladas.
Flores pequenas e brancas que surgem diretamente no
tronco e nos ramos e que atraem insetos.
Os frutos que se seguem são globosos, de tamanho
variável entre 1,5 e 2,9 cm de diâmetro na cor roxa, mas
também verde ou rosado.
De polpa branca, adocicada com até 4 sementes.
Modo de Cultivo :
A jabuticabeira é uma árvore de clima tropical ou
subtropical úmido.
Não suporta seca prolongada nem geadas.
Regiões onde as chuvas são poucas ou irregulares será
preciso regar a planta ou fazer irrigação controlada no
pomar.
Podem ser cultivadas desde o Rio Grande do Sul (média
de 20 ºC) até o Pará (30 ºC).
Não aprecia regiões de ventos fortes, então nos plantios
comerciais são usados quebra- ventos.
O solo de cultivo melhor é o sílico-argiloso de pH 6,5 a
7,0, fértil, bem drenado e boa umidade.
Plantio e Adubação :
Para plantar, fazer uma cova maior que o torrão e colocar
água no fundo, bem como areia para garantir a drenagem.
Colocar 2 – 5 litros de adubo animal curtido misturado a
um pouco de húmus de minhoca, que tem o pH ideal para
esta planta.
100
Plantar e não esquecer de que a muda deve ficar ao nível
do solo, não cobrindo seu tronco mais do que estava no
recipeinte em que veio.
Os tratos culturais consistem em retirar ramos secos e
aqueles que tendem a entrar para o meio da copa,
fechando-a, diminuindo assim a luz no seu interior com a
consequência de menor florescimento posterior.
Adubar todos os anos no inverno para os estados do sul e
no período das chuvas para os demais.
Adicionar adubo animal curtido e adubo NPK na projeção
de sua copa, num sulco feito ao redor da planta.
Não esquecer de regar bem.
PITANGA
Nome Técnico:
Eugenia uniflora L.
Nomes Populares :
Pitangueira, pitanga, pitanga-do-mato
Família :
Angiospermae – Familia Myrtaceae
Origem:
Nativa brasileira, ocorre desde Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul
Descrição:
101
Árvore de porte até 12,0 metros de altura, copa com forma
piramidal, folhas pequenas ovais acuminadas, coriáceas e
brilhantes, perfumadas.
O tronco é tortuoso e muito ramificado.
As flores são brancas, com numerosos estames, atraindo
abelhas.
Os frutos que surgem são do tipo drupa carnosa de polpa
doce e casca vermelha quando madura, apreciados por
todos, de humanos a pássaros e animais selvagens.
É uma planta recomendada para plantio em locais de
reflorestamento e áreas degradadas.
Floresce na primavera e os frutos ocorrem até o final do
verão, conforme a região.
Modo de Cultivo :
É uma planta muito cultivada em pomares domésticos e
pode ser cultivada no litoral.
Apenas deverá ser protegida dos ventos fortes, que
derrubam as flores, diminuindo a frutificação.
Necessita de sol e não é exigente em fertilidade, mas
aprecia algum teor de umidade.
Quando for plantar, abra a cova o dobro do tamanho do
torrão, coloque no fundo adubo animal de curral bem
curtido, cerca de 1 a 2 kg/cova ou cama de aves, metade
deste valor. Coloque composto orgânico e misture bem,
regando bem antes de colocar o torrão.
Ao redor deste preencha com composto orgânico e regue
bem nos próximos 10 dias.
A melhor época de plantio é no inverno ou para os estados
mais ao norte quando estiver na estação das chuvas.
102
Anualmente deverá adubar no inverno, com a mesma
mistura recomendada para plantio, regando bem depois.
Manutenção no cultivo:
A manutenção para esta planta limita-se ao controle de
crescimento de ramos fora da forma da planta.
Severa atenção para o aparecimento de formigas no
tronco, examinar então as folhas, atrás de cochonilhas que
atacam a planta seriamente.
Usar óleo de nim em aplicações sucessivas com intervalo
de 3 dias.
Não aplicar ao sol nem antes de chuva.
O óleo de nim é comercializado em agropecuárias, deverá
ser diluído na quantidada recomendada pelo fabricante,
colocada em aspersor e aplicada diretamente sobre os
insetos.
A formiga deverá ser controlada por iscas atrativas, senão
o esforço de nada adiantará.
Reprodução ou propagação da Pitangueira
A propagação poderá ser feita por sementes, colocando-se
cada uma em recipiente individual, saco ou tubete, com
substrato de terra misturada a composto orgânico ou
substrato organo-mineral, mantido úmido e em cultivo
protegido.
A emergência ocorre cerca de 50 dias após, dependendo
da região.
A planta não se desenvolve muito rápido e deverá
permanecer em viveiro por algum tempo, em cultivo ao
sol.
103
Consumo e paisagismo:
Os frutos são consumidos in natura ou na forma de sucos.
As folhas e os frutos têm propriedades medicinais
comprovadas para combater diarréias e males estomacais.
No paisagismo produtivo, um dos itens para jardins
sustentáveis, a pitangueira tem lugar de destaque.
A produção de estacas de ramos enraizadas e plantadas em
vasos tem atraído paisagistas e consumidores que desejam
uma frutífera produtiva para locais pequenos, terraços e
sacadas. O mercado tem demanda mas a produção é
pequena.
ACEROLA
104
Nome Técnico:
Malpighia glabra
Sin.: Malpighia biflora Poir., Malpighia jallax Salisb, entre
outros.
Nomes Populares :
Aceroleira, cereja-das-antilhas
Família :
Família Malpighiaceae
105
Origem:
Originário da América Central.
Descrição:
Árvore pequena ou arbusto de até 3,0 m de altura,forma
arredondada, muito ramificada de folhas verdes ovais e
flores rosadas de 1 a 2 cm de diâmetro, completas reunidas
em grupos de 3 a 5 flores.
Estas flores surgem em geral depois de um período de
crescimento da planta.
São autofecundáveis mas também ocorre a polinização
cruzada, isto é, com pólen de outra flor sendo as abelhas
responsáveis pela polinização.
O fruto que segue é uma baga vermelha de até 2,5 cm com
2 a 3 sementes duras, de polpa acidulada.
É um dos frutos com maior teor de Vitamina C.
Modo de Cultivo :
A aceroleira necessita de local ensolarado e clima tropical
mas em regiões de clima mais ameno também pode ser
cultivada.
O regime de chuvas precisa ser entre 1200 a 1600 mm
anuais, bem distribuídas.
Caso a irrigação com a água da chuva não seja suficiente,
a aspersão com mangueiras ou gotejamento poderá suprir
sua falta nos períodos de seca.
Plantio e Adubação :
Adquira muda de tamanho padrão, em torno de 1,0 m de
altura e plante com tutor, amarrando com cordão de
algodão para não danificar a casca.
A pós notar que a muda está se desenvolvendo,cortar os
pequenos ramos até 70 cm a partir do solo para fazer uma
106
boa copa.
Na cova de plantio não esquecer a areia no fundo, o adubo
animal, farinha de ossos e o adubo químico granulado
como foi ensinado no texto de plantio de frutíferas.
Pragas :
As pragas mais comuns da cultura são pulgões,
cochonilhas e nematóides.
Para os dois primeiros, usar óleo de nim ou aqueles chás
de plantas tóxicas, como os de folhas de alamanda.
Para nematóides é um pouco mais difícil, as mudas devem
ser certificadas de produção em solos não infestados por
esta praga.
Plantar tajetes (Tajete patula) ajuda no controle.
Necessidades básicas do cultivo das frutas tropicais
O clima é quente, com temperatura média anual acima de
22 ºC até 30 ºC.
O regime de chuvas deve ser regular durante o ano.
As plantas frutíferas de clima tropical necessitam de
temperaturas altas o ano todo, sem grandes oscilações
diárias ou mensais para que possam produzir.
A água deverá estar disponível, se as chuvas não forem
suficientes, recorrer à irrigação artificial.
A nível de pomar doméstico poderá ser por gotejamento,
aspersão ou você, de mangueira e balde na mão.
As regiões onde estas frutas são comercialmente
cultivadas no Brasil são os Estados ao Norte, Nordeste,
Centro-Oeste e norte do Sudeste.
Algumas frutíferas de clima tropical que podem ser
cultivadas em pomar doméstico: Abacateiro, Aceroleira,
Bananeira, Jaboticabeira, Laranjeira, Mamoeiro e
Maracujazeiro, das quais estaremos disponibilizando
107
fichas com descrição e cultivo para sua informação.
O solo ideal para o pomar doméstico
Quando nos decidimos a implantar um pomar comercial,
procuraremos a região e o terreno adequados.
O melhor lugar para o estabelecimento de um pomar é em
um lugar alto, ensolarado, de solo fértil e profundo, com
bons teores de matéria orgânica, pH em torno de 5,5 e com
declive para a drenagem das águas da chuva.
Quando resolvemos fazer um pomar doméstico, isto pode
significar na periferia ou dentro da cidade e teremos de
nos arrumar com o espaço disponível.
Se a quantidade de plantas para colocar for grande, vale a
pena fazer uma análise do solo em laboratório, para saber
os nutrientes disponíveis, pH e problemas a serem
sanados, como correção de acidez e fertilidade.
Solos com teores de argila em torno de 12 a 25%, areia e
silte são os ideais para o desenvolvimento das raízes das
frutíferas.
Solos muito siltosos ou muito argilosos tendem a ser mais
compactados, retendo água demais, o que pode prejudicar
a aeração e o desenvolvimento radicular.
Isto propicia o aparecimento de doenças fúngicas e a
planta irá produzir frutos de pouca qualidade.
Em plantios comerciais os produtores fazem camalhões
quando o solo é argiloso demais, que consiste na elevação
da terra para o plantio delas em cima do camalhão,
facilitando a drenagem.
No pomar doméstico citadino isto não será possível.
Teremos de realizar outro processo de plantio para que
tenhamos sucesso, como por exemplo, drenos feitos
108
previamente para o escoamento do excesso de água.
Determinando o espaço
Começando pelo cultivo no solo, deveremos fazer uma
determinação do local onde cultivaremos.
Se o espaço nada tem, ou só um gramado,será simples.
Espaçamento de 3 - 4,0 metros entre troncos para árvores
do tipo laranjeiras e limoeiros será suficiente.
Já para mangueiras e jabuticabeiras a sua escolha ficará
restrita a uma muda só.
Enquanto crescem até que pode ter alguma outra fruteira
menor, mas ao atingir seu tamanho adulto será difícil
conseguir, devido à competição por luz, água e solo.
A melhor época para plantar é no inverno para os estados
mais ao sul do Brasil que é nos meses entre junho e
agosto.
Para regiões de clima mais quente, na época das chuvas,
pois a sobrevivência das mudas irá depender da água.
ROMÃ
109
Nome Técnico:
Punica granatum L.
Nomes Populares :
Romãzeira, romã
Família :
Família Punicaceae,
Origem:
110
Originário da região da Europa e Ásia.
Descrição:
Arbusto que pode crescer até 4,0 se plantado no solo, mas
em vaso desenvolve bem menos.
Folhagem verde-brilhante, flores de cálice campanulado e
pétalas laranja, seguidas de fruto globoso muito apreciado
com sementes cobertas por arilo de sabor delicado.
Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, inclusive de
invernos frios.
Modo de Cultivo :
Local ensolarado, solo fértil e bem drenado.
Substrato de cultivo de solo de jardim com composto
orgânico mais adubação de reposição com adubo
granulado NPK formula 10 – 10 – 10 a cada 6 meses.
Pode ser podada nos ramos inferiores para parecer uma
pequena árvore.
Paisagismo:
Muito usada em hortas e pomares. No planejamento
moderno passou para o jardim da frente, em cultivos
produtivos.
É muito ornamental e excelente para jardins de sacada.
Seu tamanho pode ser controlado por podas na época em
que está somente vegetativa.
Plantio em vasos de cerâmica de tamanho grande.
ipê rosa
Nome Técnico:
111
Tabebuia impetiginosa Stand.
Sin.: Tecoma impetiginosa Mart., Tabebuia plameri
R.,entre outras.
Nomes Populares :
Ipê rosa, ipê-bola, ipê-preto
Família :
Angiospermae – Família Bignoniaceae
Origem:
Nativa brasileira
Descrição:
Árvore decídua, de porte até 12,0 m, tronco largo até 90
cm de diâmetro e folhas compostas de 5 folíolos coriáceos
e pubescentes.
As flores são campanuladas e reunidas em racemo tipo
bola.
Floresce a partir de maio em algumas regiões e as flores
surgem com a árvore despida de folhas.
Modo de cultivo:
Necessita de sol e adapta-se a qualquer tipo de solo.
Adquirir muda bem formada em viveiro, que venha com
tutor para melhor desenvolvimento.
Plantar a muda em cova com o dobro do tamanho do
torrão, adicionando fertilizante orgânico ou composto
vegetal adicionando cerca de 200 gramas de adubo
granulado NPK, formulação 10-10-10.
As regas no plantio e depois em até 10 dias posteriores
112
poderão garantir sua sobrevivência.
Paisagismo:
Adapta-se a cultivo em todas as regiões do país, inclusive
litorâneas e ocorre desde os Estados do Piauí até São
Paulo.
Para paisagismo urbano é indicada para áreas de parques e
canteiros centrais de avenidas.
Jardins residenciais e condominiais que têm piscina
deverão evitar seu cultivo, pois as folhas que caem
poderão trazer problemas de manutenção.
A pata de vaca
Nome Técnico:
Bauhinia variegata L.
Nomes Populares :
Pata-de-vaca, casco de vaca, unha de vaca
Família :
Família Caesalpinoideae
Origem:
Originária da China e Índia, muito cultivada no Brasil,
principalmente no sudeste.
Descrição:
Árvore de característica semidecídua, isto é, não perde
totalmente as folhas no inverno.
Muito ramificada, pode atingir até 10,0 m de altura.
Suas folhas são simples, levemente coriáces, parecendo
bipartidas, dando a semelhança de uma pisada de bovino,
daí seu nome popular.
Suas flores são vistosas, cor-de-rosa estriadas, com uma
113
das pétalas com uma mancha em rosa avermelhado,
reunidas em inflorescências na ponta dos ramos.
Floresce na metade do inverno até a metade da primavera.
Modo de cultivo:
Adaptada ao clima brasileiro, desde que receba sol, não
tem problemas quanto à fertilidade do solo, mas este
precisa ser bem drenado.
Tolera climas mais frios com geadas, mas desenvolve-se
melhor em temperaturas mais amenas.
Propagação por sementes.
Paisagismo:
Árvore muito ornamental, excelente para pequenos jardins
e recantos, também pode servir na arborização de ruas e
parques.
Tem sido bastante utilizada na região do sudeste do país.
cipreste
114
Nome Técnico:
Juniperus chinensis L.
Sin.: Juniperus sheppardii (Veitch) Van Melle
Nomes Populares :
cipreste kaizuka. junípero kaisuka
Família :
Família Cupressaceae
Origem:
Originária da china e do Japão.
Descrição:
115
Conífera de até 6,0 metros de altura.
De forma colunar, tronco marrom acinzentado com
fissuras longitudinais soltando finas cascas em forma de
escamas, de folhagem verde escura, ramos dispostos de
forma vertical e folhas em escamas.
É uma planta dióica, (raramente monóica) , que quer dizer
que apresenta flores femininas e masculinas em plantas
diferentes.
As flores masculinas são pequenos cones amarelos
elípticos que contém o pólen, sendo que as femininas
formam frutos arredondados.
Pode apresentar mais de um tronco e alguns tem a forma
retorcida, mais um efeito interessante para o paisagismo.
Modo de cultivo :
Excelente para lugares ensolarados de clima mais frio,
mas pode tolerar climas amenos e litorâneos, não sendo
indicada para zonas tropicais do país.
Não é exigente na fertilidade do solo, mas prefere solo
mais ácido, bem drenado, então para o plantio
recomendamos a adição de composto orgânico de folhas e
adubo animal na cova, que deverá ser realizado no inverno
para ter sucesso.
Paisagismo:
Muito cultivado em jardins temáticos estilo oriental e
italianos, sua forma colunar dá o toque estrutural ao
projeto.
Pode ser cultivado em maciços com outras coníferas de
menor porte e com coloridos diferentes ou mesmo
colocado com arbusto verdes e floríferos, sobre gramados,
formando conjuntos ou renques em entradas de
propriedades.
116
Buxinho
Nome Técnico:
Buxus sempervirens L.
Sin.: Buxus arborescens Mill., Buxus myrifolia Lam.,
Buxus suffruticosa Mill..
Nomes Populares :
Buxinho
Família :
Família Buxaceae
Origem:
Originário do Mediterrâneo e Ásia
Descrição:
Árvore ou arbusto lenhoso, de folhas perenes, podendo
atingir 5,0 metros de altura, mas que é mantido podado
para cercas-vivas, quebra-ventos e plantas solitárias
topiadas.
As folhas são pequenas, ovais, arredondadas, verde-
escuras na página de cima e verde-claras na ínferior.
Ele floresce, mas com as podas frequentes e por serem
insignificantes, poderão passar desapercebidas.
117
Modo de Cultivo:
É uma planta que aprecia locais ensolarados, mas que
tolera a sombra durante uma parte do dia.
Aprecia solos argilosos, com bom teor de matéria
orgânica.
Para plantas cultivadas no chão, abrir uma cova o dobro
do torrão.
Colocar no fundo uma camada de areia de construção para
garantir a frenagem.
Acrescentar uma mistura feita de adubo animal de curral
bem curtido, cerca de 1 litro com composto orgânico de
folhas, mais 100 gramas de farinha de ossos, misturando
bem.
Colocar o torrão, completar as laterais com a mistura e por
último adicionar a terra que retirou-se do buraco.
Regar. Pelos próximos 10 dias regar todos os dias em que
não houver chuvas para garantir que a muda sobreviva.
Em geral já se adquire a muda topiada quase sempre na
forma arredondada.
Para manter o visual compacto, a poda dos ramos de
ponteiro deverá ser frequente, propiciando mais brotações
laterais para tornar o arbusto bem ramificado ficando com
a copa bem fechada.
As podas dos ramos para o interior da copa devem ser
feitas com cuidado. Ao cortar, deixar as gemas da parte
externa na ponta, assim os novos raminhos crescerão para
fora.
´Se a planta for mantida topiada, a poda deverá ser
frequente para que não perca a forma.
Adubação:
A cada 3 meses realizar adubação com adubo granulado
NPK formulação 10-10-10, misturado ao solo do canteiro,
118
regando a seguir para que o adubo se dissolva e atinja as
raízes.
Pragas comuns:
A planta costuma ser atacada por tripes, ficar atento às
folhas, se aparecerem enrugadas junto às nervuras e
enrolarem procurar os insetos, que são escuros e
minúsculos.
Para tratamento aplicar um defensivo verde feito de chá de
alamanda ( Allamanda) ou óleo de nim diluído em água
conforme as instruções da embalagem.
As folhas do buxinho são tóxicas, ao manusear e podar a
plantar é conveniente usar luvas.
Paisagismo:
Uma das plantas mais utilizadas em paisagismo, desde os
tempos antigos.
Nos jardins estilo francês e italiano, o buxinho sempre está
presente, na forma de cercas-vivas em sebes aparadas
formando desenhos geométricos perfeitos, em topiarias
lembrando formas animais e humanas e na tradicional
forma de bola, muito usada no paisagismo brasileiro.
É uma planta que resiste bem ao clima frio mas também
pode ser cultivada em climas mais quentes com sucesso.
Devemos cuidar, no entanto, ao projetar um jardim, em
não usar em excesso plantas topiadas.
Chama bastante a atenção uma planta topiada, mas focar a
atenção do jardim em somente suas formas é um erro
frequente.
Ela faz parte do jardim num conjunto harmônico,
elaborado e estudado para ser único e com foco de
interesse em uma planta estrutural, colorida ou mesmo
verde e que será a estrela do espaço.
119
Produção comercial do Buxus:
É uma planta de fácil propagação. Usar ramos novos de
ponteiro, retirandose parcialmente as folhas da base,
deixando de 3 a 5 nós.
Colocar em substrato do tipo casca de arroz carbnizada,
areia misturada com composto orgânico ou vermiculita,
mantendo-se úmidade para facilitar o enraizamento.
Pode-se cobrir com plástico transparente e deixar à sombra
em cultivo protegido.
Quando notar emissão de folhas a estaca estará enraizada.
Colocar em recipiente para cultivo, podendo ser saco
plástico, vasinho ou balde mole.
O substrato de cultivo deverá ser uma mistura de
composto orgânico de folhas ou turfa, adubo animal de
curral bem curtido e areia, em partes iguais.
Após o plantio regar e por uma semana regar todos os dias
para garantir que a muda sobreviva.
Manter em cultivo protegido com sombremento de 50%
por pelo menos 6 meses.
caliandra
120
Nome botanico:
Calliandra brevipes Benth.
Nomes Populares :
Caliandra, quebra-foice, esponjinha
Família :
Angiospermae – Família Mimosoideae
Origem:
Nativa brasileira
Descrição:
Planta arbustiva muito ramificada, de ramos finos e que
pode chegar a 1,0 m de altura se não controlado por
podas.
As folhas são compostas, paripinadas com folíolos bem
pequenos, dando às folhas o aspecto de uma pena de ave.
As flores são bem pequenas, com estames longos de cor
rosa, vermelho ou branco, reunidas em inflorescência.
121
A aparência da inflorescência é de um pompom.
Floresce da primavera ao fim do verão e pode ser
cultivada em todo o país.
Em regiões de calor mais ameno tem uma floração
abundante.
Modo de Cultivo:
É de fácil cultivo e necessita de sol, solo permeável e rico
em matéria orgânica.
Plantio:
Abrir uma cavidade maior que o torrão a ser plantado.
Fazer uma combinação de adubo animal curtido, cerca de
1 a 2 kg/muda com composto orgânico ou húmus de
minhoca e 100 gramas de farinha de ossos.
Colocar uma parte no fundo do buraco, acomodar o torrão
e completar com a mistura.
Regar bem.
Regar bastante nos próximos dias em que não chover e
depois espaçar as regas.
Propagação:
Para fazer a propagação da caliandra poderemos usar a
técnica da estaquia, com a retirada de ponteiros de ramos,
quando da poda de inverno.
Colocar em areia úmida ou casca de arroz carbonizada,
cobrindo com plástico até o enraizamento.
Notará que enraizou quando iniciar a emissão de folhas
novas.
Também poderemos usar o método das sementeiras,
recolhendo as sementes e colocando em terra comum de
canteiro misturada com areia, mantendo este substrato
úmido e coberto até a emergência.
122
O transplante será feito quando a plantinha tiver umas 6
folhinhas.
Usar a mesma mistura recomendada para plantio,
colocando em vasos ou sacos de cultivo.
Paisagismo e uso decorativo:
É uma planta nativa, nos campos existem exemplares
espontâneos.
Seu uso como cerca - viva para propriedades rurais
encantou paisagistas que a trouxeram para a cidade para
ornamentar praças e parques públicos.
Na arborização de canteiros centrais em avenidas e nas
calçadas também é muito empregue.
Para jardins de condomínio, poderá ser colocada na
separação de ambientes e para áreas empresariais é bem-
vinda também, pois a única manutenção é alguma poda
anual no inverno para dimensionar seu tamanho.
A Camélia
Nome Técnico:
Camellia japonica L.
Sin.:Thea japonica (L.) Baill.
Nomes Populares :
Camelia
Família :
Angiospermae – Família Theaceae
Origem:
Originária da Ásia
Descrição:
123
Planta arbustiva ou árvore de lento crescimento pode
atingir até 6,0 metros de altura, de folhagem perene, com
folhas ovais brilhantes e coriáceas de bordas denteadas.
As flores podem se apresentar inseridas nas axilas das
folhas, de formato simples ou com muitas pétalas, nas
cores branca, rosa, vermelha e variegadas de branco e
rosa.
O florescimento se inicia no outono e inverno ocorrendo
durante muitos meses.
Podem ser cultivadas em quase todo o país, menos em
lugares muito ao norte, de clima mais tropical.
Cultivo:
Local de plantio ensolarado, mas em regiões de sol muito
quente e forte pode ser cultivada à meia sombra.
O solo deve ser fértil, profundo e bem drenado com pH
entre neutro a levemente ácido.
Preparar a cova de plantio duas vezes o tamanho do
torrão.
Garantir a drenagem com areia de construção, misturando
no fundo com a terra.
Colocar adubo animal curtido de gado ou aves, cerca de 1
litro por muda de tamanho padrão ( altura de 1,20 a 1,80
m), misturando com composto orgânico.
Colocar a muda, soltando a terra das laterais do torrão para
melhor desenvolvimento das raízes.
Adicionar o composto orgânico até preencher o espaço,
apertar a terra junto da muda e regar.
Se a planta é proveniente de viveiro por vezes já vem com
tutor, senão poderá colocar um antes do plantio, fazendo
um amarrado em oito para não estrangular a planta.
Regar bem durante uma semana ou mais para que a muda
possa sobreviver.
124
A melhor época de plantio é no final do outono ou na
estação das chuvas.
As adubações posteriores poderão ser feitas com a adição
de composto orgânico, adubo animal curtido e adubo
granulado NPK de formulação 4-14-8, antes da floração
do inverno e depois que diminuir a quantidade de flores e
a planta iniciar seu crescimento vegetativo.
Se estiver plantada no chão, fazer um pequeno valo ao
redor da projeção da copa da planta e colocar esta mistura,
regando a seguir.
Propagação e Mudas:
Para fazer mudas de camélia é preciso esperar a
primavera, quando a planta está crescendo.
Retirar pequenos ramos da ponta ou do meio e colocar
para enraizar em substrato tipo areia ou casca de arroz
carbonizada, mantidas úmidas e à sombra.
Os ramos da ponta produzem flores em 3 a 4 anos
enquanto os do meio levam mais tempo.
Usar hormônio de enraizamento para garantir a emissão
mais rápida de raízes, o que poderá ocorrer entre 6 a 12
semanas com temperaturas entre 12 e 20 ºC.
Ambiente e uso decorativo:
É uma planta que durante muito tempo ornamentou os
jardins.
Passou por um tempo esquecida mas agora está sendo
muito solicitada nos viveiristas.
Sua produção intensa e prolongada de flores é uma
garantia de cor em meio à folhagem verde dos jardins.
125
O Hibisco da Síria
Nome Técnico:
Hibiscus syriacus
Nomes Populares :
Hibisco da Síria, rosa de Sharon
Família :
Família Malvaceae
Origem:
Originário da Ásia
Descrição:
Arbusto de crescimento rápido, forma colunar, muito
ramificado, com folhas escuras serrilhadas de forma
irregular e flores vistosas, de pétalas simples ou dobradas
ao longo dos ramos.
Encontram-se flores em branco, rosa, violeta e roxo,
produzindo sucessivas camadas de flores o ano todo.
Porte:
Seu tamanho pode pode atingir 3,0 m de altura.
Ambiente e uso decorativo:
Pode ser usado como cerca-viva, cortina de proteção
visual ou como planta mais alta em maciços de plantas
menores e outras formas.
Muito ornamental e de fácil manutenção.
Cultivo:
Em locais ensolarados, com solo de fertilidade média.
É necessária a adição anual de composto orgânico e regas
regulares.
Tolera regiões de clima frio mas sua floração mais
abundante é em lugares com clima de característica
126
tropical.
Pode ser podado, caso seja usado como cerca-viva, quando
então a produção de flores diminui bastante.
Na ocasião pode ser feita estaquia dos ramos, retirando-se
parcialmente as folhas, as flores e os botões.
Colocar as estacas em areia de construção previamente
lavada e úmida até o completo enraizamento.
A distância entre plantas deve ser de 0,50 m para cerca-
viva, seja de ornamentação ou cortina vegetal.
Gardenia jasminoides J. Ellis
127
Nomes Populares :
gardênia, jasmim do cabo
Família :
Família Rubiaceae
Origem:
Originário da China.
Descrição:
Arbusto de médio porte, até 2,0m de altura, forma
arredondada, folhas coriáceas e brilhantes na página de
cima.
Flores grandes, brancas e perfumadas, principalmente no
fim da tarde.
Florescimento na primavera.
128
Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, mas floresce
mais abundantemente em climas temperados.
Modo de cultivo:
Necessita sol e solo fértil, composição mais ácida e bem
drenado.
A adição de composto orgânico com cascas de árvores
decompostas no plantio e adubação com adubo granulado
fórmula NPK 10-10-10 no meio do outono garantirá uma
floração esplêndida na primavera.
Seu crescimento pode ser controlado por podas, feitos no
final do verão, para não prejudicar a floração.
Pode ser cultivado em vasos, desde que sejam grandes.
Paisagismo:
Usado para composição de conjuntos verdes ou com
folhagens variegadas como o Cróton(Codieum), garantem
um efeito ornamental muito bonito.
Pessoas alérgicas podem ter problemas, então não se
recomenda o plantio junto a dormitórios.
129
AMOREIRA
Ficha técnica:
Nomes Comuns: Amoreira Branca e Amoreira Negra
Nome cientifico: Morus Alba e Morus nigra
Origem: Ásia
Família: Moraceae
Factos Históricos: A amoreira branca cultiva-se desde a
antiguidade (à 4000 anos), para alimentar os bichos-da-
seda com as suas folhas. Foi introduzida na Europa pelos
Gregos e Romanos, presumivelmente trazida da Pérsia.
Descrição: Árvore de crescimento lento que pode alcançar
os 6-14 m de altura. A copa da árvore é muito densa e tem
folha caduca.
130
Polinização/fecundação: As flores, masculinas e femininas
encontra-se na mesma árvore (autofertil), não sendo
necessário mais de uma árvore para ter frutos. A floração
ocorre no Fim do Inverno-Primavera.
Ciclo Biológico: Espécie que pode durar entre 75-200
anos e frutifica no 8-10º ano, tendo o seu máximo
produtivo entre o 20-25 anos de vida.
Variedades mais cultivadas: “Bellaire”, “Chaparral”,
“Hempton”, “Stribling” e “Urban” (Amoreira branca);
“Black Persian”, “Kaester”, “Riviera”, “Russian”,
“Shangi-La” e “Wellington”, “Chelsea” (negra ou
vermelho escuro) e “Collier” (roxa).
Parte Comestível: O fruto, que tem o comprimento de 3-4
cm.
Condições Ambientais
Tipo de Clima: Temperado quente, subtropical e tropical.
Solo: Prefere solos profundos, ricos, quentes, soltos, de
natureza calcárea-argilosa e permeáveis. O pH deve situar-
se entre os 5,5-7,0.
Temperaturas: Ótimas: 20-25ºC Min: -10 ºC Max: 30ºC
Morte da planta: -29ºC
Exposição Solar: Sol pleno ou parcial.
Ventos: Muito sensível a ventos fortes
131
Altitude: 0-2000 m
Quantidade de água: Tolerante à seca
Fertilização
Exigências nutritivas: 1:1:1 (azoto: fósforo: potássio)
Adubação: Com estrume de cavalo, peru ou porco e
composto.
Adubo Verde: Centeio, mostarda branca e fava.
Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente
(máximo de15cm de profundidade) com uma ferramenta
do tipo “actisol” ou uma fresa.
Minhas experiências com a amoreira na arte do bonsai:
Rega: O ideal é manter ela sempre bem regada com um
substrato bem drenante. Fiz o teste com uma muda e
mantive ela em condições de enxarcamento, respondeu
bem, soltou uma verdadeira cabeleira de raízes.
Substrato: Sobrevive com qualquer substrato. Para bonsai,
recomendo
Citação:
132
40+20+20+20:
40 % de areia grossa (de construção mesmo)
20% de cacos de tijolo na medida de 5mm
20% de pedriscos (aqueles peneirados da areia grossa)
20% de esterco bovino curtido. Lembre-se que deve ser
bem curtido para que nao queime as raízes.
Desfolha: Aceita bem a desfolha total e parcial.
Recomendo nao cortar a folha com o pecíolo junto (o talo
da folha). Corte a folha bem rente ao fim do pecíolo. Para
cada pecíolo que ficar, entre ele e o galho, irá brotar um
novo galho.
Podas: Não trabalhei muito com podas. Porém ela aceita
numa boa. Poda radical e parcial.

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  • 2. 2 .ÍNDICE HISTÓRIA......................8 Como nasceu o bonsai. ESTILOS E PROPORÇÕES...............4 Os mais famosos estilos. TECNICAS...................10 Alporquia,segmentação,dicas ,etc. GUIA DE CUIDADOS POR ESPÉCIE:  PRIMAVERA...................47  AZALEIA.....................65  FLAMBOYANT.........69
  • 3. 3  ACER BURGERIUM....81  ACER PALMATUM.....82  CARMONA............84  FICUS RETUSA.......85  LIGUSTRUM CHINENSIS.....87  OLIVEIRA.................88  SERISSA..........90  ULMUS.........93  PINGO DE OURO.....95  JABUTICABEIRA.....97  PITANGA.......99  ACEROLA.......103  ROMÃ...........108  IPÊ ROSA..............109  TUIA JACARÉ.......110  PATA DE VACA......111
  • 4. 4  BUXINHO.........115  CALIANDRA.......119  CAMÉLIA.........121  HIBISCO DA SÍRIA......124  JASMIN.................126  AMORA................128  Origem Na china os homens mais ricos e cultos saiam das cidades,buscando maior contato com a natureza para alcançar a paz de espirito. Em meio as matas encontravam arvores em miniatura castigadas pelas condições em que viviam,de inicio eles somente transplantavam essas arvores para vasos para leva-las pra casa; Com o tempo foram surgindo técnicas para aprimorar essas miniaturas a principio pela poda; técnicas aprimoradas pelos monges taoístas que usavam os seus pun sai (nome chinês ) para meditação.
  • 5. 5 Saindo da china Com isso,desmistifica-se a idéia de que o bonsai foi originado no japão.os chineses foram os responsáveis Levada pelos monges chineses,a arte chegou a terras japonesas na era kamakura,que compreende o período entre 1192 d.c e 1333 d.c. lá a pratica foi modificada,desvinculando-a da religião e tornando-a realmente uma arte. Chegou a europa em meados do século 18 primeiramente na Inglaterra. Chegando ao brasil No brasil,as primeiras histórias relacionadas ao bonsai datam de 1908,com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses. ESTILOS CHOKKAN Tronco vertical.
  • 10. 10 YOSE-UYE Floresta. PEIJIN LANDSCAPE TAMANHOS - OMONO BONSAI (arvore grande ) Até 130 cm de altura ,sem o tamanho do vaso. -CHUMONO BONSAI (arvore mediana )
  • 11. 11 De 90 a 45 cm de altura. -KATADE-MOCHI BONSAI (arvore intermediaria) De 20 a 40 cm de altura. -KOMONO BONSAI (arvore pequena ) De 12 a 18 cm de altura. -MAME BONSAI (arvore bem pequena ) Deve caber na palma da mão.  TECNICAS  Dicas - Adubação - dicas de como fazer Agora vamos fer algumas maneiras de proceder com o adubo. Uma receita básica de adubo é 70% de torta de mamona + 30% de farinha de osso.
  • 12. 12 Preparamos uma massa usando água. Podemos usar algum adubo liquido na água. Isso adicionará micro-nutrientes ao nosso adubo. Com um ferro de solda (usada por eletrecistas), furamos os potes de iogurte
  • 13. 13 . Colocamos a mistura até próximo da borda do pote de iogurte.
  • 14. 14 Colocamos os potes com a boca para baixo sobre o substrato do bonsai. Lembrando sempre de colocar longe da base do tronco.
  • 15. 15 O indicado é 2 à 4 potes para os vasos maiores, ou para plantas em potes plásticos, caixas ou vasos de treinamento. Para vasos pequenos, ou bonsai já formado, costuma-se usar copos de cafézinho na mesma quantidade (2 à4 por vaso). Esse tipo de adubação permite uma liberação contínua e controlada do produto. Sempre que regamos o bonsai, a água que entra nos copinhos passa pelo adubo e leva os nutrientes para as raízes. Em média, esses copinhos precisam ser substituidos a cada 20 ou 30 dias. Depois desse tempo, sobra apenas bagaço, com pouco valor nutricional. Lembrando que é importante fazer também a adubação foliar a cada 15 ou 20 dias.
  • 16. 16 Técnica engrossamento tronco Segue 2 técnicas de engrossamento de tronco. Matéria enviada pelo grande amigo e mestre Sergio R. Santos da SEMAR BONSAI - Guarujá/SP. Engrossamento nº 1 a)Fazemos algumas alfinetadas na base do tronco, com isso a planta pensa que estar sendo podada, ai nascem alguns galhos em lugares variados. b)Nesta foto vocês vão identificar uma montagem de como seria após o nascimento dos brotos . Direcionamos esses galhos depois que ele fique do tamanho desejado, para colocamos para dentro da terra, sempre retirando as folhagens e raspando na ponta e colocando dentro da terra, com uma estaca para segurar o galho até ele enraizar.
  • 17. 17 c)Depois de 4 meses a planta vai estar com essa aparência, o galho fazendo parte das raízes e dando aparência de mas velha. Quanto mais brotos forem colocado essa aparência fica melhor .
  • 18. 18 Engrossamento nº 2 a)Fazemos 3 cortes de triângulo na base da planta, uns 2 cm a 2,5cm (metade para baixo da terra e metade para cima da terra), dependendo da grossura da base da planta. Esses 3 cortes tem que ser bem distribuídos na circunferência do tronco, retirando a casca e uma pequena parte do tronco.
  • 19. 19 b)Depois de 3 meses aparência do corte e as raízes vão abrindo a base, como podem ver na imagem, como fica.
  • 20. 20 c)Aproximadamente depois de 2 anos aparência do tronco vai ficar conforme essas duas fotos abaixo Obs: Podemos também amarrar um arame abaixo da terra e deixar por 3 meses e depois retiramos, que o tronco fica mais grosso, mas as orientações acima seriam melhores para o engrossamento.Para deixamos a base parecendo com a técnica de Nebari podemos fazer vários cortes, um pouco comprido para que se abram varias raízes uniformes. Dicas - Poda de raízes Trocar a terra de um bonsai é geralmente um momento de preocupação e dúvidas...
  • 21. 21 Quanto devo cortar? qual a época? que substrato usar? Quanto a época, aconselha-se fazê-lo nos meses mais frios. Evitando o período de crescimento acelerado da planta. Veja as fotos do processo: Esta pitanga está a 1,5 anos sem trocar a terra. Por isso, é hora de fazê-lo!
  • 22. 22 Se o bonsai está amarrado ao vaso, corte os arames. Após isso, solte o torrão do vaso com o uso de um Hashi (palito), ou uma espétula.
  • 23. 23 Retire a planta do vaso, evitando quebrar as raízes.
  • 24. 24 Após um ano as raízes tomaram conta do vaso, tornando- se um emaranhado. Desmanche o torrão com um hashi, desembaraçando cuidadosamente as raízes. (deixe 1/3 do torrão intacto
  • 25. 25 Com uma tezoura afiada, corte as raízes que foram soltas com o palito. Geralmente se deixa 2/3 do total de raízes.
  • 26. 26 Com uma alicate de corte, elimine as raízes que engrossaram demais, corrigindo assim o sitema radicular.
  • 28. 28 Deixe o vaso preparado, com a tela de drenagem e os arames de fixação. Quanto menos tempo levar o processo, melhor!
  • 29. 29 Cubra o fundo do vaso com substrato.
  • 30. 30 O bonsai deve ser amarrado firmemente ao vaso, para não danificar com o movimento as raízes novas que vão crescer. Observe que a planta está fixa ao vaso!
  • 31. 31 Cubra as raízes com substrato, e com um hashi de madeira, empurre a terra para completar todos os espaços entre as raízes. A terra ou substrato será tratada em outro tópico.
  • 32. 32 Cubra a superfície do vaso com pedrisco ou cascalho, para evitar a formação de uma casca impermeabilizante.
  • 33. 33 Molhe abundantemente seu bonsai. Se preferir, faça uma imerção em uma bacia de água, para sairem todas as bolhas de ar. O cuidado "ós-peratório" é fundamental para a boa recuperação da planta. Na primeira semana procure molhar a folhagem do bonsai pelo menos 3x ao dia, e mantenha-o na sombra.
  • 34. 34 Dicas - Poda radical e formação de novo ápice (acer) Esta muda de acer estava no chão para engrossar. Após alguns anos, foi coletada e podada na altura desejada. No detalhe vemos o corte do tronco e um galho fino que será o novo ápice. Muitas vezes não temos este galho fino, mas ele brota ápós a poda.
  • 35. 35 Deixamos aquele galho da épice crecer livremente durante um ano, e nesse tempo já iniciamos o trabalho com os galhos de baixo, formando a copa.
  • 36. 36 O galho continua crescendo até que a grossura seja compatível com o tronco. Formamos assim a conicidade. Esse galho chama-se de galho de sacrifício. Ele será eliminado posteriormente, para dar lugar a um novo broto.
  • 37. 37 Quando o galho atingir a grossura desejada, cortamos ele e deixamos novo broto para dar continuidade ao tronco. O mesmo processo será feito nesse broto novo porém sem engrossar tanto quanto a pimeira parte. Nessa fase já procuramos deixar os brotos em lados opostos, dando movimento (curvas) alternadas ao tronco.
  • 38. 38 O corte é feito sempre acima de um par de gemas ou brotos. Um dos brotos será o ápice, e o outro (do lado oposto ao corte) será o galho. Novamente o ápice cresce livre até engrossar.
  • 39. 39 Depois de 2 anos, temos um bom movimento e conicidade equilibrada. O tempo de trabalho vai variar conforme a quantidade de vezes que o processo será feito, e com o ritmo de crescimento da planta. É importante cuidar muito com adubação nessa fase, pois isso acelera o processo. Ps.: Muitas vezes temos pressa e cortamos o galho de sacrifício muito cedo. Isso acaba atrazando mais o trabalho do que imaginamos. Esse mesmo processo pode ser realizado para engrossar um galho primário num bonsai. dicas de alporquia (amarra-se com arame apertado o galho da arvore) Todos sabem que a alporquia é um excelente método para se conseguir um bonsai. Para um principiante, todavia, colocar o substrato em um ramo na perpendicular costuma ser bem difícil. A dica é a seguinte: pegue uma bucha vegetal (dessas que a gente usa para lavar vasilhas ou tomar banho), tire o miolo com uma tesoura formando cum copo. Corte numas das laterais e envolva a alporque com ela e depois amarre embaixo. feito isto, fica muito fácil encher o copinho com substrato. Após enchê-lo, amarre na parte de cima e aí é só envolver o alporque com o filme transparente. fOTO 1: ALPORQUIA DE PIRACANTA
  • 40. 40
  • 41. 41 COMO ENGROSSAR RAIZES AEREAS DE FICUS Obs, não coloquei nada dentro do canudinho, a própria umidade do substrato que transpira por ele, mantem as raízes com a umidade correta e ela vai de encontro ao solo somente guiada pelo canudo. Quando ela começar a aparecer já coloque o canudo e coloque ele ligeiramente enterrado na posição escolhida, 1 ou 2 centímetros só para que não entre vento. Cuidado nesta hora, pois a raiz é muito sensível.
  • 42. 42 Após um ou dois anos, a própria raiz engrossa e rasga o canudo, já ressecado pelo sol e chuva. ESTUFA PARA ESTACAS É uma estufa economica, feita de caixas descartaveis de frutas, e plástico transparente, também no geral encontrato em gualquer lugar.
  • 43. 43
  • 44. 44 Passar o plástico, todo em volta da caixa, fixando com percebeijo de metal.
  • 45. 45 Tampa fixa só de um lado;
  • 46. 46
  • 47. 47 a estufa serva para manter a temperatura e a umidade, facilitando assim a criação de raizes,,, nesta foto, podemos ver a umidade interna;
  • 48. 48 Nesta olhamos de cima; Nesta, vemos algumas estacas de Azaleia com um mês; Deixar a estufa protegida do sol forte.
  • 49. 49  PRIMAVERA Ficha técnica da planta e variedades Nomes populares: "Primavera", "Três Marias" e "Flor-de- papel". Família: Nyctaginaceae Gênero: Bougainville Espécies: São muitas as espécies do gênero Bougainvillea: spectabilis, bracteata, brasiliensis, glabra,
  • 50. 50 peruviana, sanderiana, speciosa, entre outras. Sendo que, as mais comumente cultivadas são as spectabilis e glabra , a partir das quais surgiram inúmeros híbridos. A diferença entre elas na maioria das vezes, remonta ao diâmetro dos troncos, quantidades e formas dos espinhos, existência ou não de pilosidade nas folhas e maior resistência ao frio e a geada por parte da espécie glabra. Variedades: o colorido existente na planta são as brácteas, folhas modificadas que envolvem e protegem as flores amarelas. O conjunto resulta numa aparência exótica, encontrada nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja. Por ser uma espécie muito hibridizada, já se obteve brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive bicolores - e também a forma variegata. Quando adulto esse arbusto escandente e espinhento pode atingir de 5 a 15 metros de comprimento. Veja a flor de cor clara no centro e em volta as brácteas de cor pink
  • 51. 51 Vejam as brácteas roxas: Brácteas vermelhas (Bouganvillea glabra)
  • 53. 53 Origem - América do Sul. O nome da planta foi dado em homenagem ao navegador francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em nosso país, por volta de 1790 e a levou para várias partes do mundo. PRIMAVERA (BOUNGAVILEA) Bonsai de Primavera -Nome Científico ou nome latino: Bougainvillea glabra - Nome comum ou vulgar: Primavera, Bougainville, Boganvilla, Trindade, Bugenvil, Dania, Papel Flor, Santa Rita. - Família: - Nyctaginaceae (Nictagináceas). - Origem: Brasil.
  • 54. 54 - A buganvília é uma planta trepadeira que se forma em um tronco com a idade. - Ela é sempre verde, mas pode agir como uma espécie de folha caduca, se cultivadas em climas mais frios do que o Mediterrâneo. - Existem variedades com folhas verdes variadas e creme. - O ornamento desta planta são suas floresque podem ser rosa, roxo, vermelho, amarelo, etc, dependendo da variedade, que rodeia a flor verdadeira, que é minúsculo e sem valor decorativo. - Luz: Pleno sol para florescer. - Interior apenas quando a luz é muito intensa, com uma janela com muito sol ou com efeito de estufa, embora seja mais provável a florescer com dificuldade ou não florescer, ela precisa de muita luz para florescer e, como já dissemos, muito intenso. - Temperaturas: Ela vem da América do Sul subtropical. Proteger da geada.
  • 55. 55 - Umidade: Não pulverizar as folhas ou manter umidade excessiva porque provoca um aumento exagerado do tamanho das folhas e reduz o florescimento e até a perda de flores. Na verdade, você tem que evitar molhar as flores ao regar, porque se ficarem molhadas, elas vão cair. - Substrato: Uma boa mistura de substrato para a Primavera seria 35% de areia grossa ou equivalente% (solo vulcânico, etc) e 65 de substrato orgânico. - Coloque no fundo do vaso uma camada de pedras e depois outra de cascalho para facilitar a drenagem. - Irrigação: Com o calor do verão mergulhe o vaso em água até que apareça bolhas de ar na superfície da água. - Não se deve regar com tanta freqüência quanto as outras plantas. - No inverno, deixe o substrato secar superficialmente para uma nova rega. Uma boa tecnica é colocar o dedo por cima do substrato e verificar se o dedo está molhado. Se sim suspenda a rega.
  • 56. 56 - Imediatamente antes da floração para parar a rega por uma semana para promover o desenvolvimento dos botões florais. - Adubação: Desde o final da primavera ao fim do verão aduba-se a cada 15 dias com adubo líquido para bonsai, mesmo durante o período de floração. - No período de descanso de inverno, a Primavera não deve se adubada devido ao estado de dormência de suas raízes. - Retomar a adubação na primavera, para que começem a vir as primeiras flores. - Não adube uma planta recém-transplantada, aguarde para que ela cresca e se recupere. - Nós podemos ajudar a reduzir o tamanho das folhas, com uma boa exposição ao ar livre em pleno sol, com rico suprimento de fósforo de fertilizantes (P) e potássio (K) do que o nitrogênio (N) para desencorajar o desenvolvimento de folhas. - Poda: – As flores aparecem nas pontas dos ramos, por isso, é aconselhável deixar os brotos crescerem ao longo da estação de crescimento para obter os seus ramos maduros o suficiente para produzir flores em suas pontas.
  • 57. 57 - Infelizmente, temos que escolher entre ficar com as flores e modelar a forma dos seus galhos. - Como as folhas são alternadas, devemos considerar o sentido em que vamos podar, então eu sempre podo acima de uma gema que tem uma folha para o exterior do galho ou para a direção desejada. - A poda drástica tem seu melhor efeito no final do inverno, pouco antes da primavera. - Embora a poda de galhos possa ser feita em qualquer época do ano, o melhor é após o florescimento, entre a primavera e o verão tardio, encurtando para até 2 ou 3 pares de folhas. - Aramação: – O posicionamento dos galhos através da aramação é complicado porque os seus galhos se lignificam rapidamente se tornando rígidos e frágeis, por isso a modelagem das buganvílias é o melhor feito por um planejamento da poda nos anos subseqüentes ou o tracionamento. - O melhor momento para a aramação é na primavera. - Os galhos semi-lenhosos são os melhores para serem aramados, já os lenhosos são quase impossíveis de se dobrar. - Se decidirmos aramar galhos jovens, devemos acompanhar atentamente para que os arames não marquem
  • 58. 58 a casca do galho devido a rapidez com que engordam e crescem. - Os arames não devem ser deixados na árvore mais do que alguns meses (entre 3 e 5). - A aramação é usada apenas quando outras técnicas de modelagem não produzirem os efeitos desejados. - Transplante: - A cada 2 ou 3 anos, no início da primavera. Nos espécimes cultivados em climas tropicais ou subtropicais, podemos aumentar a frequência para transplante para até um ano. - Nós também podemos transplantar no início do outono, ou antes do aparecimento de novos brotos. - Entre a poda de galhos e transplante (ou vice-versa) deve ter um intervalo de tempo mínimo para não acumular operações muito agressivas ao mesmo tempo, como três semanas. - Durante o transplante deve-se limpar qualquer parte de raízes podres e podar galhos indesejados para reduzir a copa.
  • 59. 59 - Se a poda da raiz é muito grande, é necessário remover as folhas na mesma proporção que as raízes removidas. - Tenha cuidado para não podar drasticamente as raízes durante o transplante, podar apenas raízes grossas deixando as mais finas. - É desejável, para proteger a árvore após o transplante pelo menos um mês, colocando-a em um local bem iluminado, evitando a luz solar direta. - Pragas: - Pulgões verdes, cochonilhas, mosca branca, a aranha vermelha, etc. - Doenças: - O oídio (fungo uma manchas brancas). - Clorose, causada pela falta de ferro e outros micronutrientes, como manganês e zinco.
  • 60. 60 - A Bougainvillea é sensível à deficiência de ferro (clorose de ferro), por isso é aconselhável a utilização de tempos em tempos, o ferro quelado com água de irrigação, evite usar o excesso de água com cal, uma vez que impedem a boa absorção de ferro. Uma boa dica também é enterrar um pedaçinho de bombril num canto do vaso que ao se decompor forneça o ferro necessário à planta. - Multiplicação: - Estacas lenhosas no inverno. Em climas frios exige calor constante (20 º C) em uma estufa. As raízes aparecem com cerca de 3 meses. - As estacas moles ou semi-lenhosas, cerca de 10 cm, no início da primavera / verão. Se tudo correr bem, enraizarão em torno de 4 a 6 semanas, embora algumas com aquecimento inferior a 15 ° C serão mais demoradas. - O uso de hormônios de enraizamento aumentam a porcentagem de estacas enraizadas. - Alporquia com musgo no final do inverno / início da primavera.
  • 61. 61 Formação rápida de um galho no mesmo local do antigo (para acelerear engrossamento, melhorar forma e posição do galho) As vezes temos galhos bem posicionados, porém eles não estão muito adequados quer seja pela posição, curvatura ou até espessura (demora a engrossar). Como fazer isso? Simples. Nas Bouganville, na base dos galhos é comum a formação de gemas (fig1) e consequente brotação de vários galhos no mesmo ponto.(fig2) Fig.1 (a gema encontr-se no centro da foto)
  • 62. 62 Fig2. (novos ramos brotando junto à base do galho antigo) Quando não estamos satisfeitos com o galho, apesar de bem posicionado, podemos fazer a substituição do antigo por uma destas novas brotações. esta nova brotação nas Bouganville têm a particularidade de crescerem (espessura e comprimento) muito rápido, especialmente na época da primavera. Assim a substituição do antigo galho se dá rapidamente. Na seguinte figura observamos a substituição: 1. galho antigo 2. surgimento da(s) gema(s) 3. brotação da gema 4. crescimento da gema (rápido) - deixamos crescer/engrossar/alongar de acordo com a necessidade do
  • 63. 63 ramo - em geral uma espessura de uns 0,8 cm pode ser conseguido com um comprimento de uns 50cm do galho. 5. poda do galho antigo 6. seria a próxima etapa de formação da ramificação (fica para outro tópico)
  • 64. 64 Desvantagem da técnica: os galhos ao crescerem e se alongarem rapidamente, deixam os entrenós mais longos, o que é uma desvantagem para a formação do galho, pois dos entrenós que saem as ramificações. 1. Pega de estacade qualquer tamanho, plantando só na areia 2. Não gosta de muita água 3. Pode regar sobre as brácteas, já que não são tão frágeis e sensíveis como as flores
  • 65. 65 4. Todo ramo novo, (primário) tende a alongar-se muito 5. Tem variedades perenifólias, caducifólias e semicaducifólias 6. Em vasos pequenos, onde as raízes não tem muito espaço, ela estaciona o crescimento 7. De dífícil cicatrização - Madeira fragil, com apodrecimento fácil. Cuidado com excesso de umidade; - Evitar gins e sharis; - Brocas adoram sua madeira; - Florescem quando preenchem o vaso, as vezes dependendo de um "periodo de seca", para estimular a floração; - Nebari frágil;
  • 66. 66
  • 68. 68 Dentre as floríferas, a Azaléia é, sem sombra de dúvidas, a que mais agrada ao público feminino. Mais até que rosas, acreditem! Abaixo, uma Azaléia trabalhada pelo bonsaísta Rock Jr. Nome Popular: Azaléia Nome Científico: Rhododendron Origem: Ásia Ambiente: Durante a época de crescimento, as azaléias precisam de proteção (sombra) durante as horas mais quentes do dia (das 10:00 às 16:00). Suportam bem o vento, apenas sendo necessário regá-las com mais freqüência. Uma elevada umidade do ar é bastante conveniente. Pode ser um belo bonsai de interior, desde que não fique em locais muito escuros e fechados. Características: É um arbusto denso, podendo chegar até 1,50m de altura, com folhagem perene e semiperene, verde-escura. As flores são relativamente grandes e possuem diversas colorações. Cresce de forma lenta e regular. Devido a inumerável quantidade de variedades e espécies híbridas, torna-se difícil a correta denominação das distintas espécies. Para bonsai, devemos evitar variedades com flores muito grandes, as quais são mais sensíveis que as variedades com flores simples e pequenas que ficam mais proporcionais, mas isso não é uma regra, apenas um conselho. Adubação: Adubo orgânico pouco concentrado na primavera e no outono. Não adube durante a floração. As azaléias gostam muito de adubos ricos em fósforo. Ex.: NPK 4-12-4. Um adubo riquíssimo em fósforo é a farinha de osso.
  • 69. 69 Rega: As raízes secam rápido, e isso é fatal para a planta. Regue com freqüência durante todo o ano, menos durante geadas e nunca deixe o solo encharcado. Poda: Os brotos devem ser podados durante toda época de crescimento até o final do verão, quando começam a aparecer os botões florais. As azaléias têm uma impressionante capacidade de regeneração. Procure sempre fazer uma poda nos galhos muito densos, melhorando assim a aeração da planta, e também permitindo que o sol atinja as partes internas da mesma. A azaléia é uma das poucas plantas que tem o crescimento mais vigoroso nos galhos inferiores, devendo então podados mais freqüentemente. Solo: As azaléias são plantas de solo ácido, exigentes em ferro. O solo deve conter bastante matéria orgânica (pó de xaxim, casca de pinheiro ralada, matéria orgânica curtida etc.) É bom lembrar que toda a matéria orgânica deve ser curtida por no mínimo 6 meses, pois os gases tóxicos que se formam nos 6 primeiros meses são prejudiciais à planta. Após curtida deve ser secada ao sol por alguns dias. Para compor o substrato, pode-se utilizar a seguinte combinação: 30% de terra boa + 40% de matéria orgânica + 30% de areia grossa ou pedrisco (para facilitar a drenagem). Limpeza: Elimine o excesso de botões florais e depois da floração, remova as flores murchas, bem como todos os brotos do tronco. Mantenha sempre o solo limpo. Transplante: A cada dois anos e, no caso de exemplares mais jovens, todos os anos (sempre depois da floração). Corte 1/3 das raízes. Depois do transplante, espere no mínimo 3 semanas para podar.
  • 70. 70 Aramação: Da primavera até o outono, sem restrições. Dicas: Os galhos da azaléa se rompem com facilidade, então, para endurecê-los antes da aramação, é aconselhável não regá-la um dia antes. Evite molhar as flores para que permaneçam belas. As azaléas não costumam ser cultivadas em vasos rasos. Uma vez a cada 6 meses é bom enterrar um pedaço bem pequeno de palha de aço, em algum canto do vaso. Ao se decompor irá liberar o ferro, elemento primordial para a azaléia.  FLAMBOYANT
  • 71. 71 Nome comum: Flamboyant ou Flaboiant Nome científico: Delonix regia Família: Fabaceae Caesalpinioideae, Caesalpineae Origem: Madagascar Etimologia: Delonix, do grego delos, evidente, notável e onus, uma, referindo-se as pétalas notavelmente unguiculados. Regia, do latim regium-a-um, real, pela sua grandiosidade quando está em flor. Floração: setembro/dezembro. Árvore de flores exuberantes com tonalidade avermelhada, de copa frondosa e espalhada que proporciona boa sombra. Suas raízes tabulares (formato de tábua) crescem junto à base do tronco, conferindo um aspecto notável à espécie. É muito utilizada em amplas áreas, como praças e jardins. Descrição: Árvore caducifólia de 6-15 m de altura, com a copa em forma de sombreiro e o tronco mostrando-se sinuoso ou reto e pouco áspero. Folhas bipinadas de 20-40 cm de comprimento, com 10-15 pares de pinas, cada uma tem de 12-20 pares de folíolos oblongos, de ápice e base arredondada, de cor verde claro a verde escuro. Flores vermelhas / alaranjadas, aparecem quando a árvore carece de folhas e estas se dispõem lateralmente nos ramos. Cada flor mede 10-12 cm de diâmetro e tem um cálice com 5 sépalas hirsutas, a corola com 5 pétalas desiguais e um androceu com 10 estames largos, delgados, de cor vermelha. Os frutos são muito coreáceo, de 40-50 cm de comprimento, plano e retorcidos de cor castanho quando
  • 72. 72 maduro. Estes permanecem presos a árvore durante todo o ano. INTRODUÇÃO – Sempre ouvia dizer que um flamboyant não era uma das espécies mais indicadas para se trabalhar como bonsai e era por isso que não víamos exemplares como bonsai. Diziam que era pelo motivo dela ter folhas e flores grandes, galhos que secavam do nada e um lenho muito duro, difícil de modelar com o arame. Me via por conta disso intrigado, pois para mim seria uma das espécies com as quais gostaria de ter como bonsai desde o início. Também não existiam imagens nem tão pouco técnicas relacionadas, que iriam me orientar para fazer de um flamboyant bonsai. Então como fazer ? Bem, o como fazer seria tentando, aplicando o pouco que sei no bonsai e muita observação e paciência, que na verdade uma das virtudes ou qualidades que temos que adquirir para desenvolver a arte do bonsai. A abordagem relacionada as técnicas de tração e incisões iram mostrar como de fato não podemos nos deixar abater e sim seguirmos em frente, pois com muita perseverança, muita observação e principalmente colocando a mão na massa é que conseguimos aprender algo de novo. TÉCNICA DA TRAÇÃO DO GALHO – A técnica da tração empregada no Flamboiant foi quase uma conseqüência, devido as características da espécie. Diversos exemplares que vemos plantados em praças e
  • 73. 73 avenidas pelo Brasil, apresentam em sua forma original galhos pendidos, dando a copa da árvore uma forma de sombreiro. Outras característica dada para a espécie seria um lenho de baixa durabilidade aos intempéries naturais e a morte espontânea de alguns galhos. Estes secam naturalmente e caem cedendo o lugar a um novo que irá em busca de um lugar ao sol. Isso acontece tanto em espécies plantadas no chão quanto nos bonsai, pois é da natureza da espécie. Foi a partir dessas observações dos exemplares em tamanho natural, que a técnica da tração foi concebida, pois ao se tentar reproduzir o aspecto de um exemplar de tamanho natural foi feito inicialmente uma aramação completa nos galhos e esta por sua vez deixava marcas profundas na hora de modelar, devido ao tipo de lenho duro e também obstruía o aparecimento das novas gemas quando posicionamos os galhos para baixo. Para tanto, foi deixando a margem do galho apontado para baixo, como se fosse uma bengala, é que apareceram os brotos no dorso/lateral neste galho. A tração por sua vez mostrou-se que a margem do galho secava, enquanto mais para o interior do galho surgiam novos brotos. O fato disso acontecer é devido ao hormônio de crescimento da planta, se localizando em áreas onde há influência da luz solar. O modo que a auxina atua nesta espécie. A auxina nada mais é do que o hormônio vegetal encontrado em diversas espécies de plantas e ela, assim como outros hormônios, são responsáveis pelo crescimento. Então este se concentra na parte mais superior da planta, pois ele é que a faz crescer sempre em busca de um melhor lugar ao sol. As margens da planta mais exposta ao sol ficam repletas desse hormônio e assim os novos brotos vão surgindo e a
  • 74. 74 planta conseqüentemente vai crescendo. Ao excluirmos o arame de boa parte do galho fazendo somente uma tração deste, é que conseguimos um melhor modo para modelarmos a parte aérea de um flamboyant e com as trações sucessivas, vamos começando a multiplicação ou dicotomia dos galhos. Pode-se enrolar o arame na extremidade deste galho para dar mais pega, prendendo a outra extremidade na borda do vaso. Isso irá ajudar o surgimento de novos brotos, futuros galhos, mais para o interior e no dorso desse galho. Depois que estes estiverem consolidados são podadas as extremidades dos galhos até onde esteja seco, ou mesmo pode-se podar próximo a esses novos galhos. Esta técnica com certeza é a mais correta para esta espécie e fazendo-a sucessivamente a compactação irá aparecer e os cortes fecharão com mais facilidade.
  • 75. 75 Durante o processo de modelagem, quanto mais estimulamos uma nova brotação para que surjam mais galhos, ficamos sem a floração. Porém este é a melhor maneira para conseguirmos um exemplar em escala compatível para bonsai sem cicatrizes e também fazendo uma comparação com uma poda drástica, a técnica da tração se mostra menos agressiva a planta e não deixa cicatrizes. Esta só é empregada depois que os galhos estão consolidados. Provavelmente alguns desses galhos novos irão sucumbir, pois é assim a natureza dessa espécie. Essa modelagem é realizada no inverno, pois os galhos estarão mais maleáveis e a folhagem mais fraca. Uma outra opção, seria quando eles estivessem com a coloração mais amarronzada, mas nunca enrole o arame nesses galhos por completo, pois o mesmo irá criar feridas e em alguns casos cicatrizes muito feias difíceis de serem corrigidas e também irá prejudicar o surgimento das gemas. Uma outra técnica empregada no bonsai, seria o de se retirar a gema apical, para se estimular novas brotações, mas como vimos anteriormente, futuramente teremos que posiciona-los para baixo para reproduzirmos o aspecto que a espécie oferece, que é de sombreiro. Então perderíamos a margem do galho e esse não seria o melhor método para modelagem como bonsai. É melhor fazer de fato a tração, pois estimula o crescimento de novos brotos no dorso/lateral do galho tracionado. Outro fato interessante, é quando a desfolha. Ao se retirar a folha por completo, retirando a haste(pecíolo) também, dificulta ainda mais o surgimento de novos brotos, não sendo a melhor maneira para se conseguir um maior número de galhos (dicotomia) e compactação da folhagem. Na maioria das vezes observa-se que os galhos
  • 76. 76 pinçados secam também. A melhor maneira então é podar as folhas no outono deixando a haste e controlando as regas para que consigamos a compactação das folhas. Visual de um outro exemplar após desfolha
  • 77. 77 visão por cima Para finalizar, todo bonsaista sabe que a dicotomia se dá quando podamos os galhos ou o tronco, mas para esta espécie esta simples técnica não funciona, ou seja, como vimos nas explicações acima a tração seria a melhor alternativa. TÉCNICA DAS INCISÕES –
  • 78. 78 As incisões na base, são realizadas para se conseguir imitar com fidelidade as raízes tabulares ou projeções basais que ocorrem nos exemplares em tamanho natural de um flamboyant. Essas são feitas durante a fase ativa da planta, respeitando o sentido das raízes laterais. São escolhidas apenas umas 5 raízes laterais para fazer o nebari. Porém antes de faze-la, tem que se retirar a raiz “pivotante” e outras que estão indo para baixo. As incisões ou riscos tem que estar alinhados com as raízes e são feitos longitudinalmente. Esses riscos não irão estimular o surgimento de novas raízes e sim a cicatrização no local. Para tanto, deixe a área riscada acima do solo, já as raízes, podem ficar enterradas até que consigamos obter as projeções desejadas. Quanto ao comprimento destas incisões ou riscos, é de acordo com o gosto de cada um. Detalhe das projeções basais conseguidas com a técnica
  • 80. 80 Começando o processo da cicatrização Incisão cicatrizada e início da formação da projeção basal Não é necessário fazer uso de qualquer tipo de cicatrizante, apenas tome esse procedimento salvo a planta estar em bom estado de saúde. Espere inchar e cicatrizar para depois repetir novamente a operação. Temos que esperar fechar (cicatrizar) o corte para fazermos novamente. Até que isso aconteça, podemos observar que os cortes vão apresentar uma coloração diferenciada do tronco. Quando estiver tudo igual faça novamente as incisões nos mesmos locais respeitando a fase ativa da planta. Melhor deixar ele praticamente fechar a cicatriz, para poder ter tecido vivo para cortar. Utilize um bisturi ou mesmo um estilete para fazer as incisões. Depois que houver a cicatrização, obviamente não aparecerá o corte que se fez e só depois disso é que fazemos de novo. Notamos que formará uma projeção na parte basal do
  • 81. 81 tronco, então teremos que repetir essas incisões até que fiquem bem proeminentes, bem parecidos com as raízes tabulares de uma planta em tamanho natural. As incisões são realizadas uma vez por ano, respeitando o ciclo anual. Escolha os exemplares que estão com pelo menos uns 2 cm de diâmetro ou os que já estão com casca no tronco. Pode-se fazer este tipo de trabalho quando a planta sair do estágio de dormência ou em plena atividade e faça se ela estiver com saúde. Porém não faça ainda nas raízes. Mantenha elas recobertas com o solo e chegue bem perto, mas não faça ainda as incisões. Quando sua planta estiver mais desenvolta quanto as projeções, ai sim que iremos fazer nas raízes, pois a planta está gerando tecidos novos para "cobrir" a ferida anterior e ao contato com o solo estas ficariam vulneráveis a contaminação. Essa cicatrização faz o caule ficar mais grosso nesse ponto e ao mesmo tempo as raízes que estão enterradas vão engrossando. Para imitar o nebari de um Flamboiant, é necessário fazer incisões sucessivas nas áreas pré-determinadas, conforme escrevi anteriormente, que é respeitando o sentido das raízes laterais. Não se preocupe de fazer uma incisão profunda, desde que o exemplar não seja muito pequeno. Quando for fazer a próxima troca de solo e vendo que já existem calosidades na base, que são as projeções basais que falo, pode reduzir bem o volume das raízes. Com isso conseguimos uma maior redução, ou compactação, das folhas. Faça no final do inverno início da primavera e quando chegar no outono, retire todas as folhas deixando apenas as hastes que as sustentam os pecíolos. Com isso e controlando as regas, mais compactação iremos conseguir com relação a folhagem. As incisões tem que ser realizadas quando a planta estiver em plena
  • 82. 82 atividade, que compreende os meses mais quentes do ano. No inverno não é conveniente tomar esse procedimento, pois a planta está com o seu metabolismo baixo.  Acer buergerianum (tridente)  NOME COMUM - Acer Tridente NOME CIENTÍFICO - Acer buergerianum FAMILIA - Aceracea ORIGEM - China e Corea. CARACTERIZAÇÃO - Espécie de folha caduca e de crescimento rápido, muito atractiva devido à sua extrema resistência, força da brotação mas com entrenós muito curtos e também à pequena folha de três pontas, que no Outono adquire uma cor amarela, salpicada de vermelho. LOCALIZAÇÃO - Colocar em pleno sol durante todo o ano, excepto nos períodos mais quentes em que deve ficar em semi sombra para evitar queimar as folhas. REGA - Regar abundantemente enquanto tem folhas, mas deixar secar a camada superior do substrato entre regas. No Inverno regar moderadamente. NUTRIÇÃO - Deve ser adubada e vitaminada desde a Primavera até ao início do Outono. TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2 anos, antes que comecem a surgir os novos brotos, com uma Mistura de solo Universal. MODELAÇÃO - A poda de manutenção durante o
  • 83. 83 período de crescimento, suporta bem defoliação, pode ser aramada na primavera (antes das folhas aparecerem) ou após defoliação (Julho). PROPAGAÇÃO - Por estaca durante a primavera e verão, espécie de fácil propagação ideal para iniciados treinarem. Acer palmatum NOME COMUM - Acer palmatum NOME CIENTÍFICO - Acer palmatum FAMILIA - Aceraceae ORIGEM - Japão e Coreia CARACTERIZAÇÃO - Trata-se de uma espécie de folha caduca, muito apreciada pela coloração das suas folhas, quer na Primavera (inicio da brotação), quer no Outono (queda da folha). Das muitas variedades existentes, o A. Palmatum deshojo é uma das mais apreciadas pela coloração vermelha da brotação, no Verão passa a verde e voltando a avermelhar antes da queda das folhas. Existem ainda várias outras cultivares ideais para Bonsai como os Kashima e Kiohime apreciados pela reduzida dimensão das folhas e entrenós curtos que lhe dão elevada densidade, o seijen pelas folhas de tom rosado e o Arakawa pela casca corticosa. LOCALIZAÇÃO - Localizar no exterior durante o ano inteiro, nos períodos mais quentes, deve ficar debaixo de uma malha de sombra ou em semi- sombra, para evitar queimar as folhas. REGA - Regar abundantemente durante o período de desenvolvimento, deixando sempre secar a camada superior entre regas. No Inverno regar moderadamente, com o objectivo de manter o solo
  • 84. 84 húmido. NUTRIÇÃO - Deve ser adubado e vitaminado desde a brotação na Primavera até á queda da folha no Outono. Para além desta adubação, pode-lhe ser aplicado um fertilizante com fósforo e potássio que estimula a emissão de raízes na Primavera e facilita a lenhificação dos ramos novos no Outono. TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2 anos, assim que os gomos folheares comecem a “movimentar-se”, pode ser cultivado em Akadama puro ou em “Mistura Universal para Bonsai” (ver : Ficha Técnica – Solos). MODELAÇÃO - A poda de formação (ramos grossos) pode ser feita aquando da defoliação ou no Inverno após queda das folhas. A desponta (metsumi) executada com a ponta dos dedos durante toda a Primavera, consiste na eliminação do novo brote, deixando somente o primeiro par de folhas. Nesta espécie a defoliação, para além de um interesse estético, com a substituição das folhas velhas por novas de cor vermelha, melhorar a coloração outonal, reduzir a dimensão das folhas e dos entre-nós, também pode ter vantagens horticulturais se executada parcialmente (defoliando só as partes fortes) equilibramos a energia da planta. O Aramamento no fim do Inverno antes da abertura das folhas, ou na altura da defoliação (no verão – Julho), devendo sempre ter-se cuidado com o engrossamento dos ramos (principalmente no outono) e com a fragilidade da “pele” para não a vincar. PROPAGAÇÃO - De difícil propagação por estaca (somente com “camas” aquecidas e com baixo índice
  • 85. 85 de sobrevivência) o Acer Palmatum pode ser propagado por alporque ou semente.  CARMONA NOME COMUM - Carmona NOME CIENTÍFICO - Ehretia buxifolia FAMILIA - Boraginacea ORIGEM - Sudoeste da China CARACTERIZAÇÃO - Arvore de Folha persistente, muito apreciada pelo verde brilhante das suas folhas, dá uma flor Branca e um fruto vermelho, existem duas variedades a de folha grande (macrophila) e a de Folha pequena (microphila), esta ultima frutifica mais. LOCALIZAÇÃO - Interior, devendo apanhar 3 a 4 horas de sol directo por dia e muita luz. Quando a temperatura mínima começa a ser superior aos 18º C pode-se colocar no exterior, tendo atenção à rega nas horas de maior calor. REGA - Regar abundantemente, durante o período de crescimento, no Inverno regar moderadamente deixando secar a camada superficial entre regas.
  • 86. 86 NUTRIÇÃO - Embora tenha um crescimento lento a carmona gosta de ser bem alimentada, devendo ser adubada desde o fim do inverno até ao fim do outono, as vitaminas devem ser dadas o ano inteiro, e agradam-lhe reforços com quelatos de ferro. TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de dois em dois anos entre Abril e Maio, o solo dever ser Mistura Universal para Bonsai, como por vezes se torna dificil podá-la muito na altura do transplante, o equilíbrio hídrico deve ser feito com uma defoliação parcial de folhas velhas com poda da brotação nova, com em qualquer espécie de Bonsai, beneficia da aplicação de vitaminas em dose forte no pós transplante. MODELAÇÃO - Pode ser podada de manutenção todo o ano. Normalmente não se arama pois a sua madeira quando velha quebra-se facilmente, utilizam-se antes puxadas e Tensores. PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca de brotes novos durante a primavera e verão.  Ficus retusa
  • 87. 87 NOME COMUM - Ficus NOME CIENTÍFICO - Ficus retusa (existem várias espécies, esta é a mais comum, os conselhos são os mesmos) FAMILIA - Moracea ORIGEM - India e China CARACTERIZAÇÃO - As ficus constituem uma família com centenas de espécies (é parente da nossa figueira -
  • 88. 88 Ficus carica), é de folha perene ovalada, sendo apreciada pela sua resistência e emissão de raízes aéreas e resposta às técnicas de Bonsai (nomeadamente aramamento). LOCALIZAÇÃO - Pode ser localizado no exterior durante a primavera e Verão, mas deverá ser protegido no resto do Ano. REGA - Regar moderadamente o ano inteiro. NUTRIÇÃO - Deverá ser adubada desde a primavera ao fim do outono e vitaminada o ano inteiro, agradam-lhe os reforços com quelatos de ferro. TRANSPLANTE - Deve ser transplantada cada 2 anos no fim da primavera (maio/junho) com uma mistura de solo Universal (ver “Ficha Técnica – Solos), normalmente se a planta está saudável junta-se o transplante com a defoliação e o aramamento. MODELAÇÃO - Suporta Bem todas as técnicas de aramamento, e podas drásticas, normalmente aramamos após defoliar, o que se pode passar desde Maio a Agosto, depois torna-se tarde para defoliar. PROPAGAÇÃO - Por Estaca ou enraizamento aéreo. Ligustrum Chinensis NOME COMUM - Ligustrum Chinês NOME CIENTÍFICO - Ligustrum ovalifolium chinensis FAMILIA - Oleaceae ORIGEM - China, Japão e Europa CARACTERIZAÇÃO - Arbusto de folha perene, ovalada e média, com flores brancas no Verão (raro ocorrer em Bonsai devido às podas de manutenção, em que não permitimos a floração que é apical). Algumas espécies são de folha caduca (mas não esta), existe uma variedade em que o bordo da folha é branca (variegata).
  • 89. 89 LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla localização, mas pode viver perfeitamente todo o ano no exterior, quando no interior, gostam de estar em exposições soalheiras, sem climatização. REGA - Devido à constituição da folha tem um elevado consumo de água no verão, no inverno a rega deve ser moderada. NUTRIÇÃO - O ligustrum cresce rapidamente pelo que tem de ser vigorosamente nutrido, devendo receber adubo e vitaminas desde Fevereiro a Novembro, dado o seu rápido crescimento foliar beneficia da aplicação de um reforço de micronutrientes ao longo de toda a época de crescimento, desta forma evitaremos carências. TRANSPLANTE -Visto ter um rápido crescimento radicular (maioritáriamente constituido por raizes finas) é aconselhável transplantá-lo de dois em dois anos, para uma Mistura Universal para Bonsai entre Fevereiro e Março. MODELAÇÃO - Deve ser podado de manutenção ao longo de toda a época de crescimento, pode ser aramado durante a primavera e outono, tendo cuidado com a fina pele. PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca de brotes novos durante a primavera. OLIVEIRA NOME COMUM - Oliveira NOME CIENTÍFICO - Olea europea FAMILIA - Oleaceas
  • 90. 90 ORIGEM – Mediterrâneo, da Pérsia a Portugal, bem como as Ilhas Canárias e os Açores. CARACTERIZAÇÃO - Árvore de médio porte, folha persistente ovaladas verdes escuras por cima e acizentadas por baixo, de elevada longevidade existem vários exemplares milenares na natureza. Dá flores minúsculas, que se transformam em frutos verdes que se alteram até ao negro, na maturação. A casca esverdeada torna-se nodosa nas árvores velhas. LOCALIZAÇÃO - No exterior a pleno sol o ano inteiro, proteger de geadas nas zonas muito frias. REGA - Deixar secar bem entre regas o ano inteiro, mas atenção pois a oliveira consome bastante água. NUTRIÇÃO - Adubar e Vitaminar de Fevereiro a Outubro. TRANSPLANTE - Cada 2 anos em Fevereiro, para Mistura Universal para Bonsai.
  • 91. 91 MODELAÇÃO - A poda de manutenção realiza-se ao longo de todo o ano. Pode ser aramado na primavera e outono, normalmente ano sim ano não faz-se uma poda de formação mais forte a qual estimula a densidade da copa, no ano seguinte deixa-se alongar um pouco mais para tentar ter flores e frutos. PROPAGAÇÃO - Por estaca, podendo ser mesmo utilizadas estacas muito grossas. SERISSA NOME COMUM - Serissa NOME CIENTÍFICO - Serissa foetida FAMILIA - Rubiaceas (família do cafeeiro) ORIGEM - China Meridional e Japão CARACTERIZAÇÃO - Arbusto perene de folha verde ovalada de reduzida dimensão, existem diferentes variedades, a mais comercializada como Bonsai é a
  • 92. 92 Serissa Japónica thunbergii e é produzida na China, existem ainda a Serissa Japónica e a Serissa de Shangai (menos comuns no nosso mercado), todas possuem uma versão variegata (de folhas brancas e verdes), a qual se deve a um vírus inócuo que terá afectado a planta mãe na origem. A maioria dá uma flor de cor branca mas existem variedades de cor rosa, podendo ocorrer o ano inteiro o auge de floração dá-se no fim do verão, deve o seu nome cientifico Serissa Foetida (mal cheirosa em latim) ao cheiro que exala após podada. LOCALIZAÇÃO - As variedades oriundas da China são consideradas Bonsai de interior, ainda que lhes agrade o exterior durante a primavera e o Verão, devemos protegê- las logo que as temperaturas médias baixem dos 16 º C. Gostam de estar em exposições soalheiras, junto de uma janela (sem cortinas nem persianas), quando colocadas no exterior à que protegê-las ligeiramente, de modo a que só apanhem directamente o sol do inicio e final do dia. REGA - Visto ser sensível a fungos provocados por excesso de água, convém deixar secar ligeiramente a camada superficial do solo entre regas (principalmente no Inverno em que quase estagna o seu crescimento), regando-a depois abundantemente com um regador de ralos finos. NUTRIÇÃO - A Serissa deve ser adubada de Fevereiro a
  • 93. 93 Novembro, beneficiando com a aplicação de vitaminas o ano inteiro, gosta ainda de reforços nutricionais com adubos de Fósforo e Potássio que apresentam uma acção preventiva contra o aparecimento de fungos do colo (phitoftora). TRANSPLANTE - Ainda que o seu crescimento radicular seja lento, é aconselhável transplantá-la de dois em dois anos para garantir a ideal drenagem do solo, este deve ser constituído por uma Mistura Universal para Bonsai, a época ideal é quando as temperaturas se mantêm em torno dos 20ºC (Abril/Maio). MODELAÇÃO - Juntamente com a localização, a rega e a nutrição, a poda é um dos principais segredos para manter a Serissa forte e densa, responde muito bem a podas fortes rebrotando mesmo em madeira antiga, é importante não a deixar alargar-se muito pois perderá a densidade das folhas, devemos regularmente arrancar-lhe os gomos ladrões que brotam junto às raízes. Normalmente não se arama usando-se puxadas e tensores para direcionar, pode ser aramada na primavera mas a madeira é muito quebradiça. PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca de brotes novos durante a primavera. ULMEIRO CHINÊS
  • 94. 94 NOME COMUM - Ulmeiro Chinês (também Zelcova Chinesa) NOME CIENTÍFICO - Ulmus parvifolia FAMILIA - Ulmacea ORIGEM - China e Japão CARACTERIZAÇÃO - É uma árvore pequena de folha semi-caduca. É muito apreciada pelo pequeno tamanho das suas folhas, pela fina ramificação e pelo escamar da casca . LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla localização, pode viver perfeitamente todo o ano no exterior ou no interior, se no interior gostam de estar em
  • 95. 95 exposições soalheiras, sem climatização. REGA - Deixar sempre secar a camada superficial do solo entre regas. NUTRIÇÃO – Adubar e Vitaminar desde a primavera ao outono. TRANSPLANTE - De dois em dois anos, para uma Mistura Universal para Bonsai, entre Fevereiro e Março. MODELAÇÃO – Podar de manutenção todo o ano e de formação no final do inverno, pode ser aramado durante a primavera e verão, suporta bem a defoliação. PROPAGAÇÃO – O método mais utilizado é por estaca de brotes novos durante a primavera. PINGO DE OURO
  • 96. 96 Nome Científico: Duranta repens aurea Nome Popular: Pingo-de-ouro, duranta, violeteira- dourada, violeteira Família: Verbenaceae Divisão: Angiospermae Origem: Brasil Ciclo de Vida: Perene Este arbusto de folhas douradas surgiu através de uma mutação da violeteira. Sua popularização foi um verdadeiro fenômeno no paisagismo brasileiro. O pingo-de-ouro, ao contrário de outros arbustos tradicionais, tem um crescimento muito rápido, o que aliado à sua coloração exuberante foram os grandes responsáveis pela sua larga utilização. É uma planta excelente para topiaria, principalmente para os iniciantes. Além disso presta-se como bordadura, cerca viva, renque e até mesmo para a formação de bonsai.
  • 97. 97 Não é indicada para jardins de baixa manutenção, pois exige podas mais frequentes que outros arbustos. Quando não podado produz pequenas flores arroxeadas, róseas ou brancas e frutos esféricos, pequenos e amarelos, além disso suas folhas perdem um pouco a tonalidade dourada. Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Não é tolerante à seca. Tolera o frio e as geadas. Multiplica-se por estaquia e mais raramente por sementes, já que estas podem originar pingos-de-ouro e violeteiras. Requer podas de formação e manutenção freqüentes, utilize sempre luvas para manipular esta planta, pois os ramos podem ser espinhentos. JABUTICABEIRA
  • 98. 98 Nome Técnico: Myrcia cauliflora Berg. Sin.: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel Nomes Populares : Jabuticabeira, pé de jabuticaba, jaboticabeira Família : Família Myrtaceae
  • 99. 99 Origem: Nativa do Brasil, da Mata Atlântica. Descrição: Árvore de 3 até 15,0 m de altura, tronco claro, muito ramificada, folhas pequenas ovais opostas e lanceoladas. Flores pequenas e brancas que surgem diretamente no tronco e nos ramos e que atraem insetos. Os frutos que se seguem são globosos, de tamanho variável entre 1,5 e 2,9 cm de diâmetro na cor roxa, mas também verde ou rosado. De polpa branca, adocicada com até 4 sementes. Modo de Cultivo : A jabuticabeira é uma árvore de clima tropical ou subtropical úmido. Não suporta seca prolongada nem geadas. Regiões onde as chuvas são poucas ou irregulares será preciso regar a planta ou fazer irrigação controlada no pomar. Podem ser cultivadas desde o Rio Grande do Sul (média de 20 ºC) até o Pará (30 ºC). Não aprecia regiões de ventos fortes, então nos plantios comerciais são usados quebra- ventos. O solo de cultivo melhor é o sílico-argiloso de pH 6,5 a 7,0, fértil, bem drenado e boa umidade. Plantio e Adubação : Para plantar, fazer uma cova maior que o torrão e colocar água no fundo, bem como areia para garantir a drenagem. Colocar 2 – 5 litros de adubo animal curtido misturado a um pouco de húmus de minhoca, que tem o pH ideal para esta planta.
  • 100. 100 Plantar e não esquecer de que a muda deve ficar ao nível do solo, não cobrindo seu tronco mais do que estava no recipeinte em que veio. Os tratos culturais consistem em retirar ramos secos e aqueles que tendem a entrar para o meio da copa, fechando-a, diminuindo assim a luz no seu interior com a consequência de menor florescimento posterior. Adubar todos os anos no inverno para os estados do sul e no período das chuvas para os demais. Adicionar adubo animal curtido e adubo NPK na projeção de sua copa, num sulco feito ao redor da planta. Não esquecer de regar bem. PITANGA Nome Técnico: Eugenia uniflora L. Nomes Populares : Pitangueira, pitanga, pitanga-do-mato Família : Angiospermae – Familia Myrtaceae Origem: Nativa brasileira, ocorre desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul Descrição:
  • 101. 101 Árvore de porte até 12,0 metros de altura, copa com forma piramidal, folhas pequenas ovais acuminadas, coriáceas e brilhantes, perfumadas. O tronco é tortuoso e muito ramificado. As flores são brancas, com numerosos estames, atraindo abelhas. Os frutos que surgem são do tipo drupa carnosa de polpa doce e casca vermelha quando madura, apreciados por todos, de humanos a pássaros e animais selvagens. É uma planta recomendada para plantio em locais de reflorestamento e áreas degradadas. Floresce na primavera e os frutos ocorrem até o final do verão, conforme a região. Modo de Cultivo : É uma planta muito cultivada em pomares domésticos e pode ser cultivada no litoral. Apenas deverá ser protegida dos ventos fortes, que derrubam as flores, diminuindo a frutificação. Necessita de sol e não é exigente em fertilidade, mas aprecia algum teor de umidade. Quando for plantar, abra a cova o dobro do tamanho do torrão, coloque no fundo adubo animal de curral bem curtido, cerca de 1 a 2 kg/cova ou cama de aves, metade deste valor. Coloque composto orgânico e misture bem, regando bem antes de colocar o torrão. Ao redor deste preencha com composto orgânico e regue bem nos próximos 10 dias. A melhor época de plantio é no inverno ou para os estados mais ao norte quando estiver na estação das chuvas.
  • 102. 102 Anualmente deverá adubar no inverno, com a mesma mistura recomendada para plantio, regando bem depois. Manutenção no cultivo: A manutenção para esta planta limita-se ao controle de crescimento de ramos fora da forma da planta. Severa atenção para o aparecimento de formigas no tronco, examinar então as folhas, atrás de cochonilhas que atacam a planta seriamente. Usar óleo de nim em aplicações sucessivas com intervalo de 3 dias. Não aplicar ao sol nem antes de chuva. O óleo de nim é comercializado em agropecuárias, deverá ser diluído na quantidada recomendada pelo fabricante, colocada em aspersor e aplicada diretamente sobre os insetos. A formiga deverá ser controlada por iscas atrativas, senão o esforço de nada adiantará. Reprodução ou propagação da Pitangueira A propagação poderá ser feita por sementes, colocando-se cada uma em recipiente individual, saco ou tubete, com substrato de terra misturada a composto orgânico ou substrato organo-mineral, mantido úmido e em cultivo protegido. A emergência ocorre cerca de 50 dias após, dependendo da região. A planta não se desenvolve muito rápido e deverá permanecer em viveiro por algum tempo, em cultivo ao sol.
  • 103. 103 Consumo e paisagismo: Os frutos são consumidos in natura ou na forma de sucos. As folhas e os frutos têm propriedades medicinais comprovadas para combater diarréias e males estomacais. No paisagismo produtivo, um dos itens para jardins sustentáveis, a pitangueira tem lugar de destaque. A produção de estacas de ramos enraizadas e plantadas em vasos tem atraído paisagistas e consumidores que desejam uma frutífera produtiva para locais pequenos, terraços e sacadas. O mercado tem demanda mas a produção é pequena. ACEROLA
  • 104. 104 Nome Técnico: Malpighia glabra Sin.: Malpighia biflora Poir., Malpighia jallax Salisb, entre outros. Nomes Populares : Aceroleira, cereja-das-antilhas Família : Família Malpighiaceae
  • 105. 105 Origem: Originário da América Central. Descrição: Árvore pequena ou arbusto de até 3,0 m de altura,forma arredondada, muito ramificada de folhas verdes ovais e flores rosadas de 1 a 2 cm de diâmetro, completas reunidas em grupos de 3 a 5 flores. Estas flores surgem em geral depois de um período de crescimento da planta. São autofecundáveis mas também ocorre a polinização cruzada, isto é, com pólen de outra flor sendo as abelhas responsáveis pela polinização. O fruto que segue é uma baga vermelha de até 2,5 cm com 2 a 3 sementes duras, de polpa acidulada. É um dos frutos com maior teor de Vitamina C. Modo de Cultivo : A aceroleira necessita de local ensolarado e clima tropical mas em regiões de clima mais ameno também pode ser cultivada. O regime de chuvas precisa ser entre 1200 a 1600 mm anuais, bem distribuídas. Caso a irrigação com a água da chuva não seja suficiente, a aspersão com mangueiras ou gotejamento poderá suprir sua falta nos períodos de seca. Plantio e Adubação : Adquira muda de tamanho padrão, em torno de 1,0 m de altura e plante com tutor, amarrando com cordão de algodão para não danificar a casca. A pós notar que a muda está se desenvolvendo,cortar os pequenos ramos até 70 cm a partir do solo para fazer uma
  • 106. 106 boa copa. Na cova de plantio não esquecer a areia no fundo, o adubo animal, farinha de ossos e o adubo químico granulado como foi ensinado no texto de plantio de frutíferas. Pragas : As pragas mais comuns da cultura são pulgões, cochonilhas e nematóides. Para os dois primeiros, usar óleo de nim ou aqueles chás de plantas tóxicas, como os de folhas de alamanda. Para nematóides é um pouco mais difícil, as mudas devem ser certificadas de produção em solos não infestados por esta praga. Plantar tajetes (Tajete patula) ajuda no controle. Necessidades básicas do cultivo das frutas tropicais O clima é quente, com temperatura média anual acima de 22 ºC até 30 ºC. O regime de chuvas deve ser regular durante o ano. As plantas frutíferas de clima tropical necessitam de temperaturas altas o ano todo, sem grandes oscilações diárias ou mensais para que possam produzir. A água deverá estar disponível, se as chuvas não forem suficientes, recorrer à irrigação artificial. A nível de pomar doméstico poderá ser por gotejamento, aspersão ou você, de mangueira e balde na mão. As regiões onde estas frutas são comercialmente cultivadas no Brasil são os Estados ao Norte, Nordeste, Centro-Oeste e norte do Sudeste. Algumas frutíferas de clima tropical que podem ser cultivadas em pomar doméstico: Abacateiro, Aceroleira, Bananeira, Jaboticabeira, Laranjeira, Mamoeiro e Maracujazeiro, das quais estaremos disponibilizando
  • 107. 107 fichas com descrição e cultivo para sua informação. O solo ideal para o pomar doméstico Quando nos decidimos a implantar um pomar comercial, procuraremos a região e o terreno adequados. O melhor lugar para o estabelecimento de um pomar é em um lugar alto, ensolarado, de solo fértil e profundo, com bons teores de matéria orgânica, pH em torno de 5,5 e com declive para a drenagem das águas da chuva. Quando resolvemos fazer um pomar doméstico, isto pode significar na periferia ou dentro da cidade e teremos de nos arrumar com o espaço disponível. Se a quantidade de plantas para colocar for grande, vale a pena fazer uma análise do solo em laboratório, para saber os nutrientes disponíveis, pH e problemas a serem sanados, como correção de acidez e fertilidade. Solos com teores de argila em torno de 12 a 25%, areia e silte são os ideais para o desenvolvimento das raízes das frutíferas. Solos muito siltosos ou muito argilosos tendem a ser mais compactados, retendo água demais, o que pode prejudicar a aeração e o desenvolvimento radicular. Isto propicia o aparecimento de doenças fúngicas e a planta irá produzir frutos de pouca qualidade. Em plantios comerciais os produtores fazem camalhões quando o solo é argiloso demais, que consiste na elevação da terra para o plantio delas em cima do camalhão, facilitando a drenagem. No pomar doméstico citadino isto não será possível. Teremos de realizar outro processo de plantio para que tenhamos sucesso, como por exemplo, drenos feitos
  • 108. 108 previamente para o escoamento do excesso de água. Determinando o espaço Começando pelo cultivo no solo, deveremos fazer uma determinação do local onde cultivaremos. Se o espaço nada tem, ou só um gramado,será simples. Espaçamento de 3 - 4,0 metros entre troncos para árvores do tipo laranjeiras e limoeiros será suficiente. Já para mangueiras e jabuticabeiras a sua escolha ficará restrita a uma muda só. Enquanto crescem até que pode ter alguma outra fruteira menor, mas ao atingir seu tamanho adulto será difícil conseguir, devido à competição por luz, água e solo. A melhor época para plantar é no inverno para os estados mais ao sul do Brasil que é nos meses entre junho e agosto. Para regiões de clima mais quente, na época das chuvas, pois a sobrevivência das mudas irá depender da água. ROMÃ
  • 109. 109 Nome Técnico: Punica granatum L. Nomes Populares : Romãzeira, romã Família : Família Punicaceae, Origem:
  • 110. 110 Originário da região da Europa e Ásia. Descrição: Arbusto que pode crescer até 4,0 se plantado no solo, mas em vaso desenvolve bem menos. Folhagem verde-brilhante, flores de cálice campanulado e pétalas laranja, seguidas de fruto globoso muito apreciado com sementes cobertas por arilo de sabor delicado. Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, inclusive de invernos frios. Modo de Cultivo : Local ensolarado, solo fértil e bem drenado. Substrato de cultivo de solo de jardim com composto orgânico mais adubação de reposição com adubo granulado NPK formula 10 – 10 – 10 a cada 6 meses. Pode ser podada nos ramos inferiores para parecer uma pequena árvore. Paisagismo: Muito usada em hortas e pomares. No planejamento moderno passou para o jardim da frente, em cultivos produtivos. É muito ornamental e excelente para jardins de sacada. Seu tamanho pode ser controlado por podas na época em que está somente vegetativa. Plantio em vasos de cerâmica de tamanho grande. ipê rosa Nome Técnico:
  • 111. 111 Tabebuia impetiginosa Stand. Sin.: Tecoma impetiginosa Mart., Tabebuia plameri R.,entre outras. Nomes Populares : Ipê rosa, ipê-bola, ipê-preto Família : Angiospermae – Família Bignoniaceae Origem: Nativa brasileira Descrição: Árvore decídua, de porte até 12,0 m, tronco largo até 90 cm de diâmetro e folhas compostas de 5 folíolos coriáceos e pubescentes. As flores são campanuladas e reunidas em racemo tipo bola. Floresce a partir de maio em algumas regiões e as flores surgem com a árvore despida de folhas. Modo de cultivo: Necessita de sol e adapta-se a qualquer tipo de solo. Adquirir muda bem formada em viveiro, que venha com tutor para melhor desenvolvimento. Plantar a muda em cova com o dobro do tamanho do torrão, adicionando fertilizante orgânico ou composto vegetal adicionando cerca de 200 gramas de adubo granulado NPK, formulação 10-10-10. As regas no plantio e depois em até 10 dias posteriores
  • 112. 112 poderão garantir sua sobrevivência. Paisagismo: Adapta-se a cultivo em todas as regiões do país, inclusive litorâneas e ocorre desde os Estados do Piauí até São Paulo. Para paisagismo urbano é indicada para áreas de parques e canteiros centrais de avenidas. Jardins residenciais e condominiais que têm piscina deverão evitar seu cultivo, pois as folhas que caem poderão trazer problemas de manutenção. A pata de vaca Nome Técnico: Bauhinia variegata L. Nomes Populares : Pata-de-vaca, casco de vaca, unha de vaca Família : Família Caesalpinoideae Origem: Originária da China e Índia, muito cultivada no Brasil, principalmente no sudeste. Descrição: Árvore de característica semidecídua, isto é, não perde totalmente as folhas no inverno. Muito ramificada, pode atingir até 10,0 m de altura. Suas folhas são simples, levemente coriáces, parecendo bipartidas, dando a semelhança de uma pisada de bovino, daí seu nome popular. Suas flores são vistosas, cor-de-rosa estriadas, com uma
  • 113. 113 das pétalas com uma mancha em rosa avermelhado, reunidas em inflorescências na ponta dos ramos. Floresce na metade do inverno até a metade da primavera. Modo de cultivo: Adaptada ao clima brasileiro, desde que receba sol, não tem problemas quanto à fertilidade do solo, mas este precisa ser bem drenado. Tolera climas mais frios com geadas, mas desenvolve-se melhor em temperaturas mais amenas. Propagação por sementes. Paisagismo: Árvore muito ornamental, excelente para pequenos jardins e recantos, também pode servir na arborização de ruas e parques. Tem sido bastante utilizada na região do sudeste do país. cipreste
  • 114. 114 Nome Técnico: Juniperus chinensis L. Sin.: Juniperus sheppardii (Veitch) Van Melle Nomes Populares : cipreste kaizuka. junípero kaisuka Família : Família Cupressaceae Origem: Originária da china e do Japão. Descrição:
  • 115. 115 Conífera de até 6,0 metros de altura. De forma colunar, tronco marrom acinzentado com fissuras longitudinais soltando finas cascas em forma de escamas, de folhagem verde escura, ramos dispostos de forma vertical e folhas em escamas. É uma planta dióica, (raramente monóica) , que quer dizer que apresenta flores femininas e masculinas em plantas diferentes. As flores masculinas são pequenos cones amarelos elípticos que contém o pólen, sendo que as femininas formam frutos arredondados. Pode apresentar mais de um tronco e alguns tem a forma retorcida, mais um efeito interessante para o paisagismo. Modo de cultivo : Excelente para lugares ensolarados de clima mais frio, mas pode tolerar climas amenos e litorâneos, não sendo indicada para zonas tropicais do país. Não é exigente na fertilidade do solo, mas prefere solo mais ácido, bem drenado, então para o plantio recomendamos a adição de composto orgânico de folhas e adubo animal na cova, que deverá ser realizado no inverno para ter sucesso. Paisagismo: Muito cultivado em jardins temáticos estilo oriental e italianos, sua forma colunar dá o toque estrutural ao projeto. Pode ser cultivado em maciços com outras coníferas de menor porte e com coloridos diferentes ou mesmo colocado com arbusto verdes e floríferos, sobre gramados, formando conjuntos ou renques em entradas de propriedades.
  • 116. 116 Buxinho Nome Técnico: Buxus sempervirens L. Sin.: Buxus arborescens Mill., Buxus myrifolia Lam., Buxus suffruticosa Mill.. Nomes Populares : Buxinho Família : Família Buxaceae Origem: Originário do Mediterrâneo e Ásia Descrição: Árvore ou arbusto lenhoso, de folhas perenes, podendo atingir 5,0 metros de altura, mas que é mantido podado para cercas-vivas, quebra-ventos e plantas solitárias topiadas. As folhas são pequenas, ovais, arredondadas, verde- escuras na página de cima e verde-claras na ínferior. Ele floresce, mas com as podas frequentes e por serem insignificantes, poderão passar desapercebidas.
  • 117. 117 Modo de Cultivo: É uma planta que aprecia locais ensolarados, mas que tolera a sombra durante uma parte do dia. Aprecia solos argilosos, com bom teor de matéria orgânica. Para plantas cultivadas no chão, abrir uma cova o dobro do torrão. Colocar no fundo uma camada de areia de construção para garantir a frenagem. Acrescentar uma mistura feita de adubo animal de curral bem curtido, cerca de 1 litro com composto orgânico de folhas, mais 100 gramas de farinha de ossos, misturando bem. Colocar o torrão, completar as laterais com a mistura e por último adicionar a terra que retirou-se do buraco. Regar. Pelos próximos 10 dias regar todos os dias em que não houver chuvas para garantir que a muda sobreviva. Em geral já se adquire a muda topiada quase sempre na forma arredondada. Para manter o visual compacto, a poda dos ramos de ponteiro deverá ser frequente, propiciando mais brotações laterais para tornar o arbusto bem ramificado ficando com a copa bem fechada. As podas dos ramos para o interior da copa devem ser feitas com cuidado. Ao cortar, deixar as gemas da parte externa na ponta, assim os novos raminhos crescerão para fora. ´Se a planta for mantida topiada, a poda deverá ser frequente para que não perca a forma. Adubação: A cada 3 meses realizar adubação com adubo granulado NPK formulação 10-10-10, misturado ao solo do canteiro,
  • 118. 118 regando a seguir para que o adubo se dissolva e atinja as raízes. Pragas comuns: A planta costuma ser atacada por tripes, ficar atento às folhas, se aparecerem enrugadas junto às nervuras e enrolarem procurar os insetos, que são escuros e minúsculos. Para tratamento aplicar um defensivo verde feito de chá de alamanda ( Allamanda) ou óleo de nim diluído em água conforme as instruções da embalagem. As folhas do buxinho são tóxicas, ao manusear e podar a plantar é conveniente usar luvas. Paisagismo: Uma das plantas mais utilizadas em paisagismo, desde os tempos antigos. Nos jardins estilo francês e italiano, o buxinho sempre está presente, na forma de cercas-vivas em sebes aparadas formando desenhos geométricos perfeitos, em topiarias lembrando formas animais e humanas e na tradicional forma de bola, muito usada no paisagismo brasileiro. É uma planta que resiste bem ao clima frio mas também pode ser cultivada em climas mais quentes com sucesso. Devemos cuidar, no entanto, ao projetar um jardim, em não usar em excesso plantas topiadas. Chama bastante a atenção uma planta topiada, mas focar a atenção do jardim em somente suas formas é um erro frequente. Ela faz parte do jardim num conjunto harmônico, elaborado e estudado para ser único e com foco de interesse em uma planta estrutural, colorida ou mesmo verde e que será a estrela do espaço.
  • 119. 119 Produção comercial do Buxus: É uma planta de fácil propagação. Usar ramos novos de ponteiro, retirandose parcialmente as folhas da base, deixando de 3 a 5 nós. Colocar em substrato do tipo casca de arroz carbnizada, areia misturada com composto orgânico ou vermiculita, mantendo-se úmidade para facilitar o enraizamento. Pode-se cobrir com plástico transparente e deixar à sombra em cultivo protegido. Quando notar emissão de folhas a estaca estará enraizada. Colocar em recipiente para cultivo, podendo ser saco plástico, vasinho ou balde mole. O substrato de cultivo deverá ser uma mistura de composto orgânico de folhas ou turfa, adubo animal de curral bem curtido e areia, em partes iguais. Após o plantio regar e por uma semana regar todos os dias para garantir que a muda sobreviva. Manter em cultivo protegido com sombremento de 50% por pelo menos 6 meses. caliandra
  • 120. 120 Nome botanico: Calliandra brevipes Benth. Nomes Populares : Caliandra, quebra-foice, esponjinha Família : Angiospermae – Família Mimosoideae Origem: Nativa brasileira Descrição: Planta arbustiva muito ramificada, de ramos finos e que pode chegar a 1,0 m de altura se não controlado por podas. As folhas são compostas, paripinadas com folíolos bem pequenos, dando às folhas o aspecto de uma pena de ave. As flores são bem pequenas, com estames longos de cor rosa, vermelho ou branco, reunidas em inflorescência.
  • 121. 121 A aparência da inflorescência é de um pompom. Floresce da primavera ao fim do verão e pode ser cultivada em todo o país. Em regiões de calor mais ameno tem uma floração abundante. Modo de Cultivo: É de fácil cultivo e necessita de sol, solo permeável e rico em matéria orgânica. Plantio: Abrir uma cavidade maior que o torrão a ser plantado. Fazer uma combinação de adubo animal curtido, cerca de 1 a 2 kg/muda com composto orgânico ou húmus de minhoca e 100 gramas de farinha de ossos. Colocar uma parte no fundo do buraco, acomodar o torrão e completar com a mistura. Regar bem. Regar bastante nos próximos dias em que não chover e depois espaçar as regas. Propagação: Para fazer a propagação da caliandra poderemos usar a técnica da estaquia, com a retirada de ponteiros de ramos, quando da poda de inverno. Colocar em areia úmida ou casca de arroz carbonizada, cobrindo com plástico até o enraizamento. Notará que enraizou quando iniciar a emissão de folhas novas. Também poderemos usar o método das sementeiras, recolhendo as sementes e colocando em terra comum de canteiro misturada com areia, mantendo este substrato úmido e coberto até a emergência.
  • 122. 122 O transplante será feito quando a plantinha tiver umas 6 folhinhas. Usar a mesma mistura recomendada para plantio, colocando em vasos ou sacos de cultivo. Paisagismo e uso decorativo: É uma planta nativa, nos campos existem exemplares espontâneos. Seu uso como cerca - viva para propriedades rurais encantou paisagistas que a trouxeram para a cidade para ornamentar praças e parques públicos. Na arborização de canteiros centrais em avenidas e nas calçadas também é muito empregue. Para jardins de condomínio, poderá ser colocada na separação de ambientes e para áreas empresariais é bem- vinda também, pois a única manutenção é alguma poda anual no inverno para dimensionar seu tamanho. A Camélia Nome Técnico: Camellia japonica L. Sin.:Thea japonica (L.) Baill. Nomes Populares : Camelia Família : Angiospermae – Família Theaceae Origem: Originária da Ásia Descrição:
  • 123. 123 Planta arbustiva ou árvore de lento crescimento pode atingir até 6,0 metros de altura, de folhagem perene, com folhas ovais brilhantes e coriáceas de bordas denteadas. As flores podem se apresentar inseridas nas axilas das folhas, de formato simples ou com muitas pétalas, nas cores branca, rosa, vermelha e variegadas de branco e rosa. O florescimento se inicia no outono e inverno ocorrendo durante muitos meses. Podem ser cultivadas em quase todo o país, menos em lugares muito ao norte, de clima mais tropical. Cultivo: Local de plantio ensolarado, mas em regiões de sol muito quente e forte pode ser cultivada à meia sombra. O solo deve ser fértil, profundo e bem drenado com pH entre neutro a levemente ácido. Preparar a cova de plantio duas vezes o tamanho do torrão. Garantir a drenagem com areia de construção, misturando no fundo com a terra. Colocar adubo animal curtido de gado ou aves, cerca de 1 litro por muda de tamanho padrão ( altura de 1,20 a 1,80 m), misturando com composto orgânico. Colocar a muda, soltando a terra das laterais do torrão para melhor desenvolvimento das raízes. Adicionar o composto orgânico até preencher o espaço, apertar a terra junto da muda e regar. Se a planta é proveniente de viveiro por vezes já vem com tutor, senão poderá colocar um antes do plantio, fazendo um amarrado em oito para não estrangular a planta. Regar bem durante uma semana ou mais para que a muda possa sobreviver.
  • 124. 124 A melhor época de plantio é no final do outono ou na estação das chuvas. As adubações posteriores poderão ser feitas com a adição de composto orgânico, adubo animal curtido e adubo granulado NPK de formulação 4-14-8, antes da floração do inverno e depois que diminuir a quantidade de flores e a planta iniciar seu crescimento vegetativo. Se estiver plantada no chão, fazer um pequeno valo ao redor da projeção da copa da planta e colocar esta mistura, regando a seguir. Propagação e Mudas: Para fazer mudas de camélia é preciso esperar a primavera, quando a planta está crescendo. Retirar pequenos ramos da ponta ou do meio e colocar para enraizar em substrato tipo areia ou casca de arroz carbonizada, mantidas úmidas e à sombra. Os ramos da ponta produzem flores em 3 a 4 anos enquanto os do meio levam mais tempo. Usar hormônio de enraizamento para garantir a emissão mais rápida de raízes, o que poderá ocorrer entre 6 a 12 semanas com temperaturas entre 12 e 20 ºC. Ambiente e uso decorativo: É uma planta que durante muito tempo ornamentou os jardins. Passou por um tempo esquecida mas agora está sendo muito solicitada nos viveiristas. Sua produção intensa e prolongada de flores é uma garantia de cor em meio à folhagem verde dos jardins.
  • 125. 125 O Hibisco da Síria Nome Técnico: Hibiscus syriacus Nomes Populares : Hibisco da Síria, rosa de Sharon Família : Família Malvaceae Origem: Originário da Ásia Descrição: Arbusto de crescimento rápido, forma colunar, muito ramificado, com folhas escuras serrilhadas de forma irregular e flores vistosas, de pétalas simples ou dobradas ao longo dos ramos. Encontram-se flores em branco, rosa, violeta e roxo, produzindo sucessivas camadas de flores o ano todo. Porte: Seu tamanho pode pode atingir 3,0 m de altura. Ambiente e uso decorativo: Pode ser usado como cerca-viva, cortina de proteção visual ou como planta mais alta em maciços de plantas menores e outras formas. Muito ornamental e de fácil manutenção. Cultivo: Em locais ensolarados, com solo de fertilidade média. É necessária a adição anual de composto orgânico e regas regulares. Tolera regiões de clima frio mas sua floração mais abundante é em lugares com clima de característica
  • 126. 126 tropical. Pode ser podado, caso seja usado como cerca-viva, quando então a produção de flores diminui bastante. Na ocasião pode ser feita estaquia dos ramos, retirando-se parcialmente as folhas, as flores e os botões. Colocar as estacas em areia de construção previamente lavada e úmida até o completo enraizamento. A distância entre plantas deve ser de 0,50 m para cerca- viva, seja de ornamentação ou cortina vegetal. Gardenia jasminoides J. Ellis
  • 127. 127 Nomes Populares : gardênia, jasmim do cabo Família : Família Rubiaceae Origem: Originário da China. Descrição: Arbusto de médio porte, até 2,0m de altura, forma arredondada, folhas coriáceas e brilhantes na página de cima. Flores grandes, brancas e perfumadas, principalmente no fim da tarde. Florescimento na primavera.
  • 128. 128 Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, mas floresce mais abundantemente em climas temperados. Modo de cultivo: Necessita sol e solo fértil, composição mais ácida e bem drenado. A adição de composto orgânico com cascas de árvores decompostas no plantio e adubação com adubo granulado fórmula NPK 10-10-10 no meio do outono garantirá uma floração esplêndida na primavera. Seu crescimento pode ser controlado por podas, feitos no final do verão, para não prejudicar a floração. Pode ser cultivado em vasos, desde que sejam grandes. Paisagismo: Usado para composição de conjuntos verdes ou com folhagens variegadas como o Cróton(Codieum), garantem um efeito ornamental muito bonito. Pessoas alérgicas podem ter problemas, então não se recomenda o plantio junto a dormitórios.
  • 129. 129 AMOREIRA Ficha técnica: Nomes Comuns: Amoreira Branca e Amoreira Negra Nome cientifico: Morus Alba e Morus nigra Origem: Ásia Família: Moraceae Factos Históricos: A amoreira branca cultiva-se desde a antiguidade (à 4000 anos), para alimentar os bichos-da- seda com as suas folhas. Foi introduzida na Europa pelos Gregos e Romanos, presumivelmente trazida da Pérsia. Descrição: Árvore de crescimento lento que pode alcançar os 6-14 m de altura. A copa da árvore é muito densa e tem folha caduca.
  • 130. 130 Polinização/fecundação: As flores, masculinas e femininas encontra-se na mesma árvore (autofertil), não sendo necessário mais de uma árvore para ter frutos. A floração ocorre no Fim do Inverno-Primavera. Ciclo Biológico: Espécie que pode durar entre 75-200 anos e frutifica no 8-10º ano, tendo o seu máximo produtivo entre o 20-25 anos de vida. Variedades mais cultivadas: “Bellaire”, “Chaparral”, “Hempton”, “Stribling” e “Urban” (Amoreira branca); “Black Persian”, “Kaester”, “Riviera”, “Russian”, “Shangi-La” e “Wellington”, “Chelsea” (negra ou vermelho escuro) e “Collier” (roxa). Parte Comestível: O fruto, que tem o comprimento de 3-4 cm. Condições Ambientais Tipo de Clima: Temperado quente, subtropical e tropical. Solo: Prefere solos profundos, ricos, quentes, soltos, de natureza calcárea-argilosa e permeáveis. O pH deve situar- se entre os 5,5-7,0. Temperaturas: Ótimas: 20-25ºC Min: -10 ºC Max: 30ºC Morte da planta: -29ºC Exposição Solar: Sol pleno ou parcial. Ventos: Muito sensível a ventos fortes
  • 131. 131 Altitude: 0-2000 m Quantidade de água: Tolerante à seca Fertilização Exigências nutritivas: 1:1:1 (azoto: fósforo: potássio) Adubação: Com estrume de cavalo, peru ou porco e composto. Adubo Verde: Centeio, mostarda branca e fava. Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente (máximo de15cm de profundidade) com uma ferramenta do tipo “actisol” ou uma fresa. Minhas experiências com a amoreira na arte do bonsai: Rega: O ideal é manter ela sempre bem regada com um substrato bem drenante. Fiz o teste com uma muda e mantive ela em condições de enxarcamento, respondeu bem, soltou uma verdadeira cabeleira de raízes. Substrato: Sobrevive com qualquer substrato. Para bonsai, recomendo Citação:
  • 132. 132 40+20+20+20: 40 % de areia grossa (de construção mesmo) 20% de cacos de tijolo na medida de 5mm 20% de pedriscos (aqueles peneirados da areia grossa) 20% de esterco bovino curtido. Lembre-se que deve ser bem curtido para que nao queime as raízes. Desfolha: Aceita bem a desfolha total e parcial. Recomendo nao cortar a folha com o pecíolo junto (o talo da folha). Corte a folha bem rente ao fim do pecíolo. Para cada pecíolo que ficar, entre ele e o galho, irá brotar um novo galho. Podas: Não trabalhei muito com podas. Porém ela aceita numa boa. Poda radical e parcial.