SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 23
“O Tesouro” de Eça de Queirós
Biografia de Eça de Queirós








José Maria Eça de Queirós (1845-1900)
Nasceu na Póvoa do Varzim e faleceu em Paris.
Estudou Direito na Universidade de Coimbra.
Foi nomeado cônsul, tendo viajado pelo Egito, Cuba, Londres, Paris,…
Das suas obras, destacam-se “O crime do Padre Amaro” (1875-1876),
“Os Maias” (1888), “A cidade e as Serras” (1901) e “Contos” (1902).
Traduziu o romance de Rider Haggard, “As minas de Salomão”.
“A Cidade e as Serras” (1901) e “Contos” (1902) são obras póstumas.
“O Tesouro”
Organização das sequências narrativas do conto:


Sequência Inicial



Sequência Intermédia



Sequência Final

Está presente a Miséria;
O encontro do Tesouro;
A Morte dos três irmãos;
Referências presentes no conto
Na primeira parte do conto estão presentes as seguintes referências:
o

o

A apresentação das personagens como “os fidalgos mais famintos e
remendados…”.
(classe social dos três irmãos: aristocracia falidaNobreza) (Espaço Social)
As três personagens: Rui, Rostabal e Guanes.

o

O local em que estes habitavam “Paços de Medranhos”.
físico)

o

Referência à forma como as personagens passaram o Inverno.

( Espaço
Na segunda parte do conto estão presentes as seguintes referências:
o

o
o
o
o

o

Onde a ação se desenrola: “Mata de Roquelanes”;
Encontro do Tesouro…
O comportamento desconfiado e egoísta das três personagens, exigindo
cada um deles uma chave do cofre…
Rui e Rostabal preparam uma cilada a Guanes…
Rui atraiçoa o seu cúmplice matando-o também…
E por fim a morte de Rui que ao sentir-se vitorioso, festeja comendo e
bebendo o que o irmão trouxe da vila, que lhe provoca uma morte
dolorosa - morre envenenado…
Na terceira parte do conto estão presentes as seguintes referências:
o

A natureza não se compadece com a morte dos três irmãos, uma vez que:
“ Dois corvos… já tinham pousado sobre o corpo de Guanes”… .

o

O Tesouro permanece na mata de Roquelanes.
Funcionamento da Língua


Presença do narrador: Não participante;



Quanto à ciência: é omnisciente, sabe tudo acerca das personagens
inclusive o seu pensamento;



Caracterização dos três irmãos:
Rui- gordo, ruivo e o mais avisado.
Guanes- o mais leve.
Rostabal- o mais alto, com longa guedelha, barba grande e
pescoço de grou.

1.
2.
3.
Explicação dos sete pecados mortais:
Vaidade – Alguém que não é humilde, que se julga superior ou
autossuficiente. Alguém que não respeita o próximo.
Inveja – Quando se deseja atributos, bens, posses, status, habilidades,
competências de outras pessoas, muitas vezes desejando o mal a essas
pessoas.
Ira – Ódio, rancor, zanga, perante algo ou alguém. Um sentimento muitas
vezes difícil de controlar e que muitas vezes se solta diabolicamente.
Preguiça – Sentimento de evitar qualquer esforço físico ou mental para se
obter
algo
ou
modificar
alguma
coisa.

Avareza – Cobiça de bens materiais. Prendimento ao sentimento de posse e
de não-partilha.

Gula – Necessidade de comer mais do que o necessário. Comer com pressa,
sem apreciar verdadeiramente.
Luxúria – Associado a prazer carnal, ao sexo. O puro interesse de satisfazer
uma necessidade animal, sem preocupação na escolha do parceiro e
sem sentimentos.
Os pecados mortais presentes no conto:


Ira – “Malvado”; ”-Pois que morra, e morra hoje!”



Vaidade – “(…) ele seria o magnífico senhor de Medranhos.”



Gula – “encontrando as duas garrafas de vinho, e um gordo capão assado,
sentiu uma imensa fome.”; “E há quanto tempo não provava capão!”; “Rasgou
a asa do capão: devorava a grandes dentadas.”



Avareza – “Agora eram dele, só dele, as três chaves do cofre!...”; “E era o seu
ouro!”; “Se Guanes, passando aqui sozinho, tivesse achado este ouro, não
dividia connosco, Rostabal!”



Luxúria – “(…)onde teria sempre mulheres.”
Simbologia
TRÊS






Durante a narrativa realista em terceira
pessoa, nota-se a presença marcante
do número três, que, além de outros
significados, refere-se na obra à
representação de um inteiro.
Como uma família, que é representada
por pai, mãe e filho, numa respetiva
hierarquia, os irmãos Medranhos
possuem tal hierarquia.
Simbolistas também utilizam o “três”
em associação aos três reis magos.
Exemplo:
“Os três irmãos de Medranhos...”

Os três irmãos:
TELHA




Faz-se referência à ausência de
vidraça e telha na casa dos irmãos
no primeiro momento. No
segundo, a telha é citada fazendo
parte da imaginação de Rui.
Segundo a simbologia, “telha”
significa proteção, mas quando o
ambiente é destelhado, as más
influências corrompem o homem.
“... o vento da serra levara vidraça
e telha, passavam eles tardes
desse inverno...”
LAREIRA






A lareira, na simbologia, é o
“centro de vida”, pois traz calor e
luz ao lar. No conto, ela é descrita
primeiramente
como
“lareira
negra”, passando a ter significado
oposto, e por uma segunda vez, é
citada
numa
das
viagens
psicológicas de Rui, ao imaginar-se
rico. Observe-se os fragmentos:
“... diante da vasta lareira negra,
onde desde então não estalava
lume, nem fervia panela de ferro...”
“... pensava em Medranhos coberto
de telha nova, nas altas chamas da
lareira por noites de neve...”
CORVO


A figura do corvo aparece no
conto mais do que uma vez.
Segundo a simbologia, o corvo
representa mau agouro, ligado ao
medo da infelicidade. É a ave
negra dos românticos.



“Um bando de corvos passou
sobre eles, grasnando”
ÁGUA


A água é citada tanto em forma de
“fio de água”, como “fonte”, que
lavava o morto. A simbologia da
água representa principalmente a
“vida”, e a “purificação” tanto no
seu nascimento (fonte) como no
seu estado inerte (tanque). Estas
referências encontram-se nos
fragmentos:



“Rostabal caiu sobre o tanque,
sem um gemido, com a face na
água, os longos cabelos flutuando
na água.”
VINHO


O vinho, segundo a
simbologia, representa
sangue (derramado por
todos os personagens
do conto).
TESOURO







Símbolo do conhecimento, da imortalidade, das reclusões espirituais, que
só através de uma busca incessante e arriscada seria alcançado.
Mitologicamente guardados por monstros e dragões que representariam as
imagens de perigosas entidades psíquicas, das quais corremos o risco de
sermos as vítimas.
Encontrados na maioria das vezes enterrados ou guardados em
subterrâneos e cavernas, expressariam assim uma situação de dificuldade e
a necessidade de um esforço humano para conquistá-los.
Não vem como um dom gratuito dos céus e sim após longas provações. O
tesouro oculto revela sua característica moral e espiritual, enquanto os
monstros e obstáculos no caminho de sua busca representariam as nossas
próprias imperfeições.
RUIVO
Rui, personagem mais ativo
desde o começo até o fim do
conto, é um homem ruivo.
Desde as iniciais de seu nome,
até suas atitudes, mostram que
a simbologia do ruivo é muito
importante na obra. O ruivo
representa fogo impuro.
 Temos tais referências nos
fragmentos:
 “Então Rui, que era gordo e
ruivo...”

PLUMA








A pluma é representada na
simbologia um canal que faz
com que as orações subam até o
céu.
No conto, ela aparece por duas
vezes, sendo que, na última,
aparece quebrada, cortando a
possibilidade
dessa
comunicação.
Após o assassinato de Guanes, a
pluma de Rostabal é citada como
quebrada e torta.
“Rostabal, adiante, fugindo com
a pluma do sombrero quebrada e
torta...”
CHAVES
Significam:


Isolamento;



Incomunicação;



Separação

Morte
Fim
Trabalho realizado por:
Ana Silva nº 1
Lúcia Pinto nº 11
Sara Costa nº16

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Apresentação dos Maias - Capítulo 5
Apresentação dos Maias - Capítulo 5Apresentação dos Maias - Capítulo 5
Apresentação dos Maias - Capítulo 5SofiaAntunes21
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássica
Frei Luis de Sousa - Estrutura ClássicaFrei Luis de Sousa - Estrutura Clássica
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássicanelsonalves70
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousananasimao
 
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedorAutodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedorFrancisco Teixeira
 
Sermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - ResumoSermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - Resumocolegiomb
 
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)Lurdes Augusto
 
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) BrunaDinis
 
Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoGijasilvelitz 2
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"gracacruz
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousaMaria da Paz
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particularHelena Coutinho
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensLurdes Augusto
 

Was ist angesagt? (20)

Apresentação dos Maias - Capítulo 5
Apresentação dos Maias - Capítulo 5Apresentação dos Maias - Capítulo 5
Apresentação dos Maias - Capítulo 5
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássica
Frei Luis de Sousa - Estrutura ClássicaFrei Luis de Sousa - Estrutura Clássica
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássica
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
 
O fidalgo
O fidalgoO fidalgo
O fidalgo
 
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedorAutodabarcadoinferno procurador e corregedor
Autodabarcadoinferno procurador e corregedor
 
Cap vi
Cap viCap vi
Cap vi
 
Sermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - ResumoSermão de Santo António - Resumo
Sermão de Santo António - Resumo
 
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)
A Aia - Trabalhos de grupo (alunos)
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett)
 
Onzeneiro
OnzeneiroOnzeneiro
Onzeneiro
 
Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - Contextualização
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousa
 
Cap v repreensões particular
Cap v repreensões particularCap v repreensões particular
Cap v repreensões particular
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa  Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 

Ähnlich wie O tesouro Eça de Queirós

Simbologia do conto o tesouro
Simbologia do conto  o tesouroSimbologia do conto  o tesouro
Simbologia do conto o tesouroSchool help
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencarvestibular
 
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeAlçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeBlogPP
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Paula Rebelo
 
O alienista Machado de Assis
O alienista  Machado de AssisO alienista  Machado de Assis
O alienista Machado de AssisSocorro Machado
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 rluisprista
 
Qorpo santo maria cristina souza
Qorpo santo maria cristina souzaQorpo santo maria cristina souza
Qorpo santo maria cristina souzaGladis Maia
 
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONAL
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONALASPECTOS DO TEXTO FICCIONAL
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONALMárcio Hilário
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaTamara Amaral
 

Ähnlich wie O tesouro Eça de Queirós (20)

Resumoexamelp
ResumoexamelpResumoexamelp
Resumoexamelp
 
Simbologia do conto o tesouro
Simbologia do conto  o tesouroSimbologia do conto  o tesouro
Simbologia do conto o tesouro
 
Resumoexamelp
ResumoexamelpResumoexamelp
Resumoexamelp
 
Iracema - José de Alencar
Iracema - José de AlencarIracema - José de Alencar
Iracema - José de Alencar
 
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeAlçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2
 
Lendas
LendasLendas
Lendas
 
Arcadismo 2010
Arcadismo 2010Arcadismo 2010
Arcadismo 2010
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
A escrava isaura
A escrava isauraA escrava isaura
A escrava isaura
 
A escrava isaura
A escrava isauraA escrava isaura
A escrava isaura
 
O alienista Machado de Assis
O alienista  Machado de AssisO alienista  Machado de Assis
O alienista Machado de Assis
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 rApresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 r
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 101-101 r
 
Qorpo santo maria cristina souza
Qorpo santo maria cristina souzaQorpo santo maria cristina souza
Qorpo santo maria cristina souza
 
João da Ega
João da EgaJoão da Ega
João da Ega
 
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONAL
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONALASPECTOS DO TEXTO FICCIONAL
ASPECTOS DO TEXTO FICCIONAL
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
 

Mehr von João Costa

Eating Disorders
Eating DisordersEating Disorders
Eating DisordersJoão Costa
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelJoão Costa
 
Vagas de calor e frio
Vagas de calor e frioVagas de calor e frio
Vagas de calor e frioJoão Costa
 
Vagas de calor e frio
Vagas de calor e frioVagas de calor e frio
Vagas de calor e frioJoão Costa
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaJoão Costa
 
Higiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no TrabalhoHigiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no TrabalhoJoão Costa
 

Mehr von João Costa (8)

Eating Disorders
Eating DisordersEating Disorders
Eating Disorders
 
Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
 
Greenpeace
GreenpeaceGreenpeace
Greenpeace
 
Vagas de calor e frio
Vagas de calor e frioVagas de calor e frio
Vagas de calor e frio
 
Vagas de calor e frio
Vagas de calor e frioVagas de calor e frio
Vagas de calor e frio
 
Judaísmo
JudaísmoJudaísmo
Judaísmo
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democracia
 
Higiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no TrabalhoHigiene e Segurança no Trabalho
Higiene e Segurança no Trabalho
 

Kürzlich hochgeladen

P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 

O tesouro Eça de Queirós

  • 1. “O Tesouro” de Eça de Queirós
  • 2. Biografia de Eça de Queirós       José Maria Eça de Queirós (1845-1900) Nasceu na Póvoa do Varzim e faleceu em Paris. Estudou Direito na Universidade de Coimbra. Foi nomeado cônsul, tendo viajado pelo Egito, Cuba, Londres, Paris,… Das suas obras, destacam-se “O crime do Padre Amaro” (1875-1876), “Os Maias” (1888), “A cidade e as Serras” (1901) e “Contos” (1902). Traduziu o romance de Rider Haggard, “As minas de Salomão”. “A Cidade e as Serras” (1901) e “Contos” (1902) são obras póstumas.
  • 3. “O Tesouro” Organização das sequências narrativas do conto:  Sequência Inicial  Sequência Intermédia  Sequência Final Está presente a Miséria; O encontro do Tesouro; A Morte dos três irmãos;
  • 4. Referências presentes no conto Na primeira parte do conto estão presentes as seguintes referências: o o A apresentação das personagens como “os fidalgos mais famintos e remendados…”. (classe social dos três irmãos: aristocracia falidaNobreza) (Espaço Social) As três personagens: Rui, Rostabal e Guanes. o O local em que estes habitavam “Paços de Medranhos”. físico) o Referência à forma como as personagens passaram o Inverno. ( Espaço
  • 5. Na segunda parte do conto estão presentes as seguintes referências: o o o o o o Onde a ação se desenrola: “Mata de Roquelanes”; Encontro do Tesouro… O comportamento desconfiado e egoísta das três personagens, exigindo cada um deles uma chave do cofre… Rui e Rostabal preparam uma cilada a Guanes… Rui atraiçoa o seu cúmplice matando-o também… E por fim a morte de Rui que ao sentir-se vitorioso, festeja comendo e bebendo o que o irmão trouxe da vila, que lhe provoca uma morte dolorosa - morre envenenado…
  • 6. Na terceira parte do conto estão presentes as seguintes referências: o A natureza não se compadece com a morte dos três irmãos, uma vez que: “ Dois corvos… já tinham pousado sobre o corpo de Guanes”… . o O Tesouro permanece na mata de Roquelanes.
  • 7. Funcionamento da Língua  Presença do narrador: Não participante;  Quanto à ciência: é omnisciente, sabe tudo acerca das personagens inclusive o seu pensamento;  Caracterização dos três irmãos: Rui- gordo, ruivo e o mais avisado. Guanes- o mais leve. Rostabal- o mais alto, com longa guedelha, barba grande e pescoço de grou. 1. 2. 3.
  • 8. Explicação dos sete pecados mortais: Vaidade – Alguém que não é humilde, que se julga superior ou autossuficiente. Alguém que não respeita o próximo. Inveja – Quando se deseja atributos, bens, posses, status, habilidades, competências de outras pessoas, muitas vezes desejando o mal a essas pessoas. Ira – Ódio, rancor, zanga, perante algo ou alguém. Um sentimento muitas vezes difícil de controlar e que muitas vezes se solta diabolicamente.
  • 9. Preguiça – Sentimento de evitar qualquer esforço físico ou mental para se obter algo ou modificar alguma coisa. Avareza – Cobiça de bens materiais. Prendimento ao sentimento de posse e de não-partilha. Gula – Necessidade de comer mais do que o necessário. Comer com pressa, sem apreciar verdadeiramente. Luxúria – Associado a prazer carnal, ao sexo. O puro interesse de satisfazer uma necessidade animal, sem preocupação na escolha do parceiro e sem sentimentos.
  • 10. Os pecados mortais presentes no conto:  Ira – “Malvado”; ”-Pois que morra, e morra hoje!”  Vaidade – “(…) ele seria o magnífico senhor de Medranhos.”  Gula – “encontrando as duas garrafas de vinho, e um gordo capão assado, sentiu uma imensa fome.”; “E há quanto tempo não provava capão!”; “Rasgou a asa do capão: devorava a grandes dentadas.”  Avareza – “Agora eram dele, só dele, as três chaves do cofre!...”; “E era o seu ouro!”; “Se Guanes, passando aqui sozinho, tivesse achado este ouro, não dividia connosco, Rostabal!”  Luxúria – “(…)onde teria sempre mulheres.”
  • 12. TRÊS    Durante a narrativa realista em terceira pessoa, nota-se a presença marcante do número três, que, além de outros significados, refere-se na obra à representação de um inteiro. Como uma família, que é representada por pai, mãe e filho, numa respetiva hierarquia, os irmãos Medranhos possuem tal hierarquia. Simbolistas também utilizam o “três” em associação aos três reis magos. Exemplo: “Os três irmãos de Medranhos...” Os três irmãos:
  • 13. TELHA   Faz-se referência à ausência de vidraça e telha na casa dos irmãos no primeiro momento. No segundo, a telha é citada fazendo parte da imaginação de Rui. Segundo a simbologia, “telha” significa proteção, mas quando o ambiente é destelhado, as más influências corrompem o homem. “... o vento da serra levara vidraça e telha, passavam eles tardes desse inverno...”
  • 14. LAREIRA    A lareira, na simbologia, é o “centro de vida”, pois traz calor e luz ao lar. No conto, ela é descrita primeiramente como “lareira negra”, passando a ter significado oposto, e por uma segunda vez, é citada numa das viagens psicológicas de Rui, ao imaginar-se rico. Observe-se os fragmentos: “... diante da vasta lareira negra, onde desde então não estalava lume, nem fervia panela de ferro...” “... pensava em Medranhos coberto de telha nova, nas altas chamas da lareira por noites de neve...”
  • 15. CORVO  A figura do corvo aparece no conto mais do que uma vez. Segundo a simbologia, o corvo representa mau agouro, ligado ao medo da infelicidade. É a ave negra dos românticos.  “Um bando de corvos passou sobre eles, grasnando”
  • 16. ÁGUA  A água é citada tanto em forma de “fio de água”, como “fonte”, que lavava o morto. A simbologia da água representa principalmente a “vida”, e a “purificação” tanto no seu nascimento (fonte) como no seu estado inerte (tanque). Estas referências encontram-se nos fragmentos:  “Rostabal caiu sobre o tanque, sem um gemido, com a face na água, os longos cabelos flutuando na água.”
  • 17. VINHO  O vinho, segundo a simbologia, representa sangue (derramado por todos os personagens do conto).
  • 18. TESOURO     Símbolo do conhecimento, da imortalidade, das reclusões espirituais, que só através de uma busca incessante e arriscada seria alcançado. Mitologicamente guardados por monstros e dragões que representariam as imagens de perigosas entidades psíquicas, das quais corremos o risco de sermos as vítimas. Encontrados na maioria das vezes enterrados ou guardados em subterrâneos e cavernas, expressariam assim uma situação de dificuldade e a necessidade de um esforço humano para conquistá-los. Não vem como um dom gratuito dos céus e sim após longas provações. O tesouro oculto revela sua característica moral e espiritual, enquanto os monstros e obstáculos no caminho de sua busca representariam as nossas próprias imperfeições.
  • 19.
  • 20. RUIVO Rui, personagem mais ativo desde o começo até o fim do conto, é um homem ruivo. Desde as iniciais de seu nome, até suas atitudes, mostram que a simbologia do ruivo é muito importante na obra. O ruivo representa fogo impuro.  Temos tais referências nos fragmentos:  “Então Rui, que era gordo e ruivo...” 
  • 21. PLUMA     A pluma é representada na simbologia um canal que faz com que as orações subam até o céu. No conto, ela aparece por duas vezes, sendo que, na última, aparece quebrada, cortando a possibilidade dessa comunicação. Após o assassinato de Guanes, a pluma de Rostabal é citada como quebrada e torta. “Rostabal, adiante, fugindo com a pluma do sombrero quebrada e torta...”
  • 23. Fim Trabalho realizado por: Ana Silva nº 1 Lúcia Pinto nº 11 Sara Costa nº16