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FAMÍLIA HETERONORMATIVA: UM PADRÃO IMPOSTO PELOS RITOS
ESCOLARES
Jonathan Amorim Peres (CESUMAR), Isaias Batista de Oliveira Júnior (PPE-
UEM), e-mail: jr_oliveira1979@hotmail.com
Centro Universitário de Maringá/Licenciatura em Pedagogia /Maringá, PR.
Área: Ciências Humanas. Subárea: Educação
Palavras-chave: configurações familiares, escola, políticas educacionais
Resumo
Este estudo busca demonstrar as novas configurações familiares e sua relação com
a escola. A escola, no desempenho de seu papel, busca dividir a tarefa com a
família buscando integrá-la ao âmbito escolar. No entanto na maioria das vezes
desconhece ou ignora as novas organizações familiares. O objetivo dessa pesquisa
será apresentar afirmações de teóricos, através de revisão bibliográfica sobre as
novas famílias e sua inserção na escola, bem como a necessidade de se atentar às
diferenças e estruturas que as compõem na atualidade. Concluímos que investir na
capacitação e formação da comunidade escolar é necessário, objetivando o
respeito mútuo, ética, respeito à diversidade e acolhimento dos sujeitos
(alunos/família) oriundos dessas novas configurações familiares.
Introdução
Temos assistido, nos últimos anos, na maioria dos países ocidentais
desenvolvidos, a formulação de políticas públicas educacionais objetivando
a participação e cooperação entre as famílias e a escola. O Brasil não ficou
alheio a essas tendências mundiais e consequentemente temos presenciado
iniciativas governamentais que seguem na mesma direção.
Porém quando se fala na desejável parceria escola–família e se
convoca a participação dos pais (termo genérico para pais e
mães) na educação, como estratégias de promoção do sucesso
escolar não são levadas em consideração:
a) As relações de poder variáveis e de mão dupla, relações de
classe, raça/etnia, gênero e idade que, combinadas, estruturam as
interações entre essas instituições e seus agentes;
b) A diversidade de arranjos familiares e as desvantagens
materiais e culturais de uma parte considerável das famílias;
ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br
Universidade Estadual de Maringá | 9 a 11 de outubro de 2012 | Maringá –PR
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c) As relações de gênero que estruturam as relações e a
divisão de trabalho em casa e na escola (CARVALHO, 2004,
p.42).
Essas políticas impõem, pois para Carvalho (2000, p.149) “em
primeiro lugar, adotam um modelo único de família: afluente, do qual se
distanciam um grande número de famílias”. E também porque “permanecem
implícitas as relações de classe e, sobretudo de gênero” (2000, p.144),
desconsiderando assim os avanços sofridos nas últimas décadas que deram
origem a novas estruturas familiares: família homoafetivas, recompostas,
monoparentais, recasadas, alargadas, mães solteiras, produções
independentes, entre outras. Sendo assim, a concepção que a escola tem
de família afeta diretamente como ambas se relacionarão e como os alunos
serão investidos e vão perceber a escola. A instituição familiar passou a
refletir as mudanças que ocorreram na sociedade e no decorrer destas
alterações se formaram diferentes núcleos familiares que deixaram de se
basear no modelo predominante, fato ignorado pela escola.
O desconhecimento das novas concepções de família reproduz a
separação do público masculino/feminino e a dicotomia de papéis
sexuais e de gênero em casa e na escola. Coloca as mais
pesadas expectativas sobre as mães, reproduzindo a assimetria
de papéis sexuais e de gênero que faz recair sobre as mulheres
toda a responsabilidade pela educação das crianças, em casa e
na escola. Ao usar o termo genérico pai, mantém invisível e deixa
de reconhecer o trabalho educacional importante e exclusivo das
mães (CARVALHO, 2004, p. 55).
As instituições educacionais em seus ritos escolares ao privilegiar um
estilo particular de exercício da paternidade/maternidade, baseado em um
modelo tradicional de família, poderá enfraquecer a autonomia dessas
organizações e a liberdade dos pais e mães. Essa questão é marcante em
datas comemorativas como “dia das mães” e “dia dos pais”, feito através do
reforço de um discurso heterossexista, baseado em categorias
heteronormativas, atribuindo causas e consequências para os sujeitos que
não correspondem aos seus padrões de normatividade.
O desconhecimento e/ou preconceito da quanto às novas
configurações familiares poderão ser fatores contrários às suas próprias
políticas de aproximação da família na escola na contribuição da melhoria do
processo ensino-aprendizagem de seus filhos/alunos. Para Reis (2010, p.
23) quando se fala em parceria entre família e escola e convocam-se os pais
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a participarem dela, “deve se levar em consideração as mudanças históricas
e as diversidades culturais nos modos de educação e reprodução social”.
De tal maneira, o presente trabalho tem como objetivo principal
indagar a concepção das “novas configurações familiares”, que as escolas
apresentam em seus ritos escolares e como recebem os membros oriundos
dessas instituições.
Revisão de Literatura
Para essa pesquisa buscamos uma fundamentação teórica através de
revisão bibliográfica das fontes de informação sobre o objeto de estudo.
Resultados e Discussão
O modelo clássico de família heteronormativa, em que o casamento
era visto como uma instituição indissolúvel, constituído pelo pai, mãe e
filhos, com papéis claros e definidos começou a ruir a partir do século XX.
Com a introdução da mulher no mercado de trabalho, a legalização do
divórcio, o aumento do número de adoções, as novas formas de procriação,
os novos arranjos familiares criados socialmente e amparados legalmente
ajudaram a compor o mosaico das atuais famílias.
Conclusões
Entramos no século XXI tendo de encontrar formas de lidar com as
novas configurações familiares. Para a Escola da atualidade, não é mais
possível contar apenas com o modelo familiar nuclear como ambiente de
formação da subjetivação humana, porque as mudanças sociais levaram a
um esquecimento dos símbolos que marcavam os espaços familiares
tradicionais, enfraquecidos pela ausência da mulher na casa; pela
terceirização da educação inicial da criança, agora partilhada com a escola,
pelas mães que trabalham fora, pelas mudanças no mercado de trabalho,
que vêm abalando a imagem do pai provedor do sustento/ mãe provedora
de afeto, que a dupla de genitores tradicionais mantinha e pelas novas
formas de uniões familiares.
A verdade da vida está a desnudar aos olhos de todos, homens ou
mulheres, jovens ou velhos, conservadores ou arrojados, a mais
esplêndida de todas as verdades: neste tempo em que até o
milênio muda, muda a família, muda o seu cerne fundamental,
muda a razão de sua constituição, existência e sobrevida, mudam
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as pessoas que a compõem, pessoas estas que passam a ter a
coragem de admitir que se casam principalmente por amor, pelo
amor e enquanto houver amor. Porque só a família assim
constituída - independentemente da diversidade de sua gênese -
pode ser mesmo aquele remanso de paz, ternura e respeito, lugar
em que haverá, mais que em qualquer outro, para todos e para
cada um de seus componentes, a enorme chance da realização
de seus projetos de felicidade (HIRONAKA, 2011).
Portanto, preconceitos, estereótipos, idealizações devem ser
reconhecidos e afastados do ambiente escolar, principalmente no que se
refere à família, a fim de adequar as relações dessas instituições, através de
capacitação e formação da comunidade escolar sobre os paradigmas
vigentes de família na atualidade, estimulando o respeito mútuo e o
acolhimento entre escola e família, qualquer que seja a sua configuração.
Agradecimentos
Agradeço ao professor Isaias Batista de Oliveira Júnior por partilhar comigo
seus conhecimentos nessa empreitada e aos nossos mosaicos familiares
pelo apoio e compreensão durante nosso processo formativo.
Referências
CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Relações entre a família e escola e
suas implicações de gênero. Cadernos de Pesquisa, nº 110, p. 143-155.
julho/2000.
______. Modos de educação, gênero e relações escola-família. Cadernos
de Pesquisa, v. 34, n. 121, p. 41-58, jan./abr.2004.
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Família e Casamento em
Evolução. In: Revista Brasileira de Direito de Família, Porto Alegre, nº 1,
pp. 7 a 17, abr./jun. 1999.
REIS, Liliane Pereira Costa dos. A participação da família no contexto
escolar /Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do
Estado da Bahia. Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia.
Campus I. Salvador, 2010.
ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br
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Eaic família heteronormativa um padrão imposto pelos ritos escolares

  • 1. FAMÍLIA HETERONORMATIVA: UM PADRÃO IMPOSTO PELOS RITOS ESCOLARES Jonathan Amorim Peres (CESUMAR), Isaias Batista de Oliveira Júnior (PPE- UEM), e-mail: jr_oliveira1979@hotmail.com Centro Universitário de Maringá/Licenciatura em Pedagogia /Maringá, PR. Área: Ciências Humanas. Subárea: Educação Palavras-chave: configurações familiares, escola, políticas educacionais Resumo Este estudo busca demonstrar as novas configurações familiares e sua relação com a escola. A escola, no desempenho de seu papel, busca dividir a tarefa com a família buscando integrá-la ao âmbito escolar. No entanto na maioria das vezes desconhece ou ignora as novas organizações familiares. O objetivo dessa pesquisa será apresentar afirmações de teóricos, através de revisão bibliográfica sobre as novas famílias e sua inserção na escola, bem como a necessidade de se atentar às diferenças e estruturas que as compõem na atualidade. Concluímos que investir na capacitação e formação da comunidade escolar é necessário, objetivando o respeito mútuo, ética, respeito à diversidade e acolhimento dos sujeitos (alunos/família) oriundos dessas novas configurações familiares. Introdução Temos assistido, nos últimos anos, na maioria dos países ocidentais desenvolvidos, a formulação de políticas públicas educacionais objetivando a participação e cooperação entre as famílias e a escola. O Brasil não ficou alheio a essas tendências mundiais e consequentemente temos presenciado iniciativas governamentais que seguem na mesma direção. Porém quando se fala na desejável parceria escola–família e se convoca a participação dos pais (termo genérico para pais e mães) na educação, como estratégias de promoção do sucesso escolar não são levadas em consideração: a) As relações de poder variáveis e de mão dupla, relações de classe, raça/etnia, gênero e idade que, combinadas, estruturam as interações entre essas instituições e seus agentes; b) A diversidade de arranjos familiares e as desvantagens materiais e culturais de uma parte considerável das famílias; ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br Universidade Estadual de Maringá | 9 a 11 de outubro de 2012 | Maringá –PR 1
  • 2. c) As relações de gênero que estruturam as relações e a divisão de trabalho em casa e na escola (CARVALHO, 2004, p.42). Essas políticas impõem, pois para Carvalho (2000, p.149) “em primeiro lugar, adotam um modelo único de família: afluente, do qual se distanciam um grande número de famílias”. E também porque “permanecem implícitas as relações de classe e, sobretudo de gênero” (2000, p.144), desconsiderando assim os avanços sofridos nas últimas décadas que deram origem a novas estruturas familiares: família homoafetivas, recompostas, monoparentais, recasadas, alargadas, mães solteiras, produções independentes, entre outras. Sendo assim, a concepção que a escola tem de família afeta diretamente como ambas se relacionarão e como os alunos serão investidos e vão perceber a escola. A instituição familiar passou a refletir as mudanças que ocorreram na sociedade e no decorrer destas alterações se formaram diferentes núcleos familiares que deixaram de se basear no modelo predominante, fato ignorado pela escola. O desconhecimento das novas concepções de família reproduz a separação do público masculino/feminino e a dicotomia de papéis sexuais e de gênero em casa e na escola. Coloca as mais pesadas expectativas sobre as mães, reproduzindo a assimetria de papéis sexuais e de gênero que faz recair sobre as mulheres toda a responsabilidade pela educação das crianças, em casa e na escola. Ao usar o termo genérico pai, mantém invisível e deixa de reconhecer o trabalho educacional importante e exclusivo das mães (CARVALHO, 2004, p. 55). As instituições educacionais em seus ritos escolares ao privilegiar um estilo particular de exercício da paternidade/maternidade, baseado em um modelo tradicional de família, poderá enfraquecer a autonomia dessas organizações e a liberdade dos pais e mães. Essa questão é marcante em datas comemorativas como “dia das mães” e “dia dos pais”, feito através do reforço de um discurso heterossexista, baseado em categorias heteronormativas, atribuindo causas e consequências para os sujeitos que não correspondem aos seus padrões de normatividade. O desconhecimento e/ou preconceito da quanto às novas configurações familiares poderão ser fatores contrários às suas próprias políticas de aproximação da família na escola na contribuição da melhoria do processo ensino-aprendizagem de seus filhos/alunos. Para Reis (2010, p. 23) quando se fala em parceria entre família e escola e convocam-se os pais ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br Universidade Estadual de Maringá | 9 a 11 de outubro de 2012 | Maringá –PR 2
  • 3. a participarem dela, “deve se levar em consideração as mudanças históricas e as diversidades culturais nos modos de educação e reprodução social”. De tal maneira, o presente trabalho tem como objetivo principal indagar a concepção das “novas configurações familiares”, que as escolas apresentam em seus ritos escolares e como recebem os membros oriundos dessas instituições. Revisão de Literatura Para essa pesquisa buscamos uma fundamentação teórica através de revisão bibliográfica das fontes de informação sobre o objeto de estudo. Resultados e Discussão O modelo clássico de família heteronormativa, em que o casamento era visto como uma instituição indissolúvel, constituído pelo pai, mãe e filhos, com papéis claros e definidos começou a ruir a partir do século XX. Com a introdução da mulher no mercado de trabalho, a legalização do divórcio, o aumento do número de adoções, as novas formas de procriação, os novos arranjos familiares criados socialmente e amparados legalmente ajudaram a compor o mosaico das atuais famílias. Conclusões Entramos no século XXI tendo de encontrar formas de lidar com as novas configurações familiares. Para a Escola da atualidade, não é mais possível contar apenas com o modelo familiar nuclear como ambiente de formação da subjetivação humana, porque as mudanças sociais levaram a um esquecimento dos símbolos que marcavam os espaços familiares tradicionais, enfraquecidos pela ausência da mulher na casa; pela terceirização da educação inicial da criança, agora partilhada com a escola, pelas mães que trabalham fora, pelas mudanças no mercado de trabalho, que vêm abalando a imagem do pai provedor do sustento/ mãe provedora de afeto, que a dupla de genitores tradicionais mantinha e pelas novas formas de uniões familiares. A verdade da vida está a desnudar aos olhos de todos, homens ou mulheres, jovens ou velhos, conservadores ou arrojados, a mais esplêndida de todas as verdades: neste tempo em que até o milênio muda, muda a família, muda o seu cerne fundamental, muda a razão de sua constituição, existência e sobrevida, mudam ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br Universidade Estadual de Maringá | 9 a 11 de outubro de 2012 | Maringá –PR 3
  • 4. as pessoas que a compõem, pessoas estas que passam a ter a coragem de admitir que se casam principalmente por amor, pelo amor e enquanto houver amor. Porque só a família assim constituída - independentemente da diversidade de sua gênese - pode ser mesmo aquele remanso de paz, ternura e respeito, lugar em que haverá, mais que em qualquer outro, para todos e para cada um de seus componentes, a enorme chance da realização de seus projetos de felicidade (HIRONAKA, 2011). Portanto, preconceitos, estereótipos, idealizações devem ser reconhecidos e afastados do ambiente escolar, principalmente no que se refere à família, a fim de adequar as relações dessas instituições, através de capacitação e formação da comunidade escolar sobre os paradigmas vigentes de família na atualidade, estimulando o respeito mútuo e o acolhimento entre escola e família, qualquer que seja a sua configuração. Agradecimentos Agradeço ao professor Isaias Batista de Oliveira Júnior por partilhar comigo seus conhecimentos nessa empreitada e aos nossos mosaicos familiares pelo apoio e compreensão durante nosso processo formativo. Referências CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. Relações entre a família e escola e suas implicações de gênero. Cadernos de Pesquisa, nº 110, p. 143-155. julho/2000. ______. Modos de educação, gênero e relações escola-família. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 121, p. 41-58, jan./abr.2004. HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Família e Casamento em Evolução. In: Revista Brasileira de Direito de Família, Porto Alegre, nº 1, pp. 7 a 17, abr./jun. 1999. REIS, Liliane Pereira Costa dos. A participação da família no contexto escolar /Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia. Campus I. Salvador, 2010. ANAIS DO 21º EAIC / 2º EAITI | ISSN - 1676-0018 | www.eaic.uem.br Universidade Estadual de Maringá | 9 a 11 de outubro de 2012 | Maringá –PR 4