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APLICAR NA PRÁTICA A
FERRAMENTA MPEM E
MOSTRAR RESULTADOS!
Matriz de Posicionamento Estratégico de Materiais
RESUMO
Este e-book possui elementos
teóricos e aplicações práticas de
como mostrar resultados usando
ferramenta MPEM.
João Luis Mayer
Administrador, Pós-Graduado em
Logística
INTRODUÇÃO
Nos meus anos que atuo nas áreas de Compras, Logística, Materiais, Suprimentos e
atualmente no conceito moderno chamado de Supply Chain, me deparei com muitos
colegas, chefes, colaboradores e consultores que aplicam o conceito da MPEM,
desenvolvendo a ferramenta, trabalhando com treinamentos, e aplicando em suas
consultorias. Alguns deles me queixam de dois tipos de problemas:
Ou por aplicarem bem o conceito da MPEM, mas não saírem da teoria.
Ou por aplicarem bem o conceito da MPEM, mas os dirigentes das empresas em
que trabalham não acreditarem no método, pois não veem os resultados práticos.
Eu também passei por isto e tive que lidar com estes 2 problemas, ou seja, não sair da
teoria ou não ter a credibilidade necessária na MPEM dos meus dirigentes.
Após passar por estas 2 dificuldades acima, com erros e acertos, viagens para o exterior,
trocas de experiências com profissionais de diversas empresas, tendo participados de
congressos do setor, finalmente consegui aplicar a MPEM na prática, mostrar
resultados, ter sucesso e passar a credibilidade da ferramenta para colaboradores,
investidores e acionistas das companhias que atuei.
Como isto foi possível? Por que apliquei algumas estratégias para sair “do papel”, ganhar
dinheiro para as empresas e passar credibilidade aos investidores e dirigentes das
empresas que trabalhei.
Meu objetivo é compartilhar contigo estas estratégias e mostrar que é possível
aplicarmos a ferramenta MPEM na prática, reduzir custos e diminuir a exposição aos
riscos de suprimentos que as organizações estão inseridas.
Dificuldade 1: Aplicar o conceito da MPEM e não sair da teoria
Conheço muitos profissionais que atuam nas áreas de consultoria, treinamento, gestão
de equipes e professores mestrados que possuem um conhecimento profundo da
ferramenta MPEM, inclusive vão além, publicando alguns trabalhos, mas não
conseguem colocar na prática e usufruir dos resultados. Daqui para frente, passarei a
chamar estes especialistas de colegas.
Mas o problema que eu observo é que estes colegas não sabem trabalhar
adequadamente após a construção da MEPM, e existe uma dificuldade inerente a
ferramenta, logo faz-se necessário colocar o aprendizado e os resultados da matriz na
prática e aterrissar no dia a dia da companhia.
Como transportar os resultados da matriz para as áreas que trabalham com a compra,
desenvolvimento de fornecedores, programação de materiais e suprimento, não
esquecendo a armazenagem?
Em algumas situações, a matriz é construída, mas logo fica esquecida, porque não existe
uma aplicação na vida diária dos profissionais. Os gestores não mostram mais a matriz
em suas reuniões, não lembram mais seus colegas que a leitura e visualização da MPEM
deve ser constante, alinhada com as políticas de cada quadrante da mesma.
Aprendi com o tempo que isso se chama engavetar, talvez pela falta de cultura
estratégica dos dirigentes, colaboradores e colegas. “É o Brasil...é assim mesmo...tudo
muda o tempo inteiro...”. “Por que vou usar a matriz estratégica, se amanhã tenho
vários problemas para resolver...”. E assim vão as desculpas para a falta de aplicação da
MPEM, na esperança que outros executivos, colegas ou dirigentes falem conosco e
pergunte como está a matriz, para que serve?
Dificuldade 2: Aplicar o conceito da MPEM e os dirigentes não acreditarem no método
Tenho atuado há anos no mercado com o foco principal em Supply Chain e aplico
a metodologia da MPEM em todas as empresas que atuo. Nesta andanças, congressos,
workshops e conversas com colegas do setor, existe uma preocupação clara e que
também já me afligiu, ou seja, a MPEM é apenas um modelo teórico?
Obviamente, quando trabalhamos com algo apenas teórico e sem aplicação
prática os empresários desconfiam e rapidamente a MPEM pode cair no descrédito, e o
modelo é taxado de acadêmico e sem retorno. O que os donos de empresa, CEO´s e
demais dirigentes querem ver? Resultado, ou seja, dinheiro economizado e recursos
maximizados com redução de riscos e custos.
Há alguns anos estava em uma reunião de Diretoria apresentando o resultado da
matriz e percebi que os participantes estavam com cara de tédio.
No final o Presidente da empresa disse:
“Vai direto ao ponto...o que eu ganho com isto?
Quanto de dinheiro vamos economizar?”
Bem, neste momento fiz cara de paisagem e pensei:
“Xii o que eu faço agora? Não tinha resposta! Perdi uma oportunidade!
É neste momento que a ferramenta MPEM entra em cheque, porque temos
apenas uma fotografia da distribuição dos materiais comprados pela organização, mas
não há atuação aparente e nem ações que apresentem as melhorias. A MPEM sozinha
não faz nada, necessita de leitura dos resultados e consequentemente ações e
movimentos para redução de riscos e de custos.
Como fazer para transpor esta barreira teórica e partir para a prática alcançando
e mostrando os resultados?
A Solução: Como passar da teoria para a prática com a MPEM?
Eu não sei se você enfrenta uma ou as duas dificuldades e se encaixa no problema
um ou no problema dois, mas o que eu sei é que ambos os casos têm a mesma solução:
Primeiramente, na construção da MPEM o ideal é envolvermos toda a equipe do
Supply Chain, quando digo Supply Chain, fica explicito que estou falando de Logística,
Compras, Comex, Almoxarifados, PCP, PCM, Produção, Engenharia, entre outros que
você lembra e gostaria de envolver, pois o segredo na aplicação desta ferramenta é não
ficar somente na mão da área de Compras, por exemplo.
Neste momento de construção da MPEM, com uma equipe multidisciplinar
trabalhando, já temos um resultado prático, porque são várias dimensões da gestão da
organização envolvidas neste desafio e aprendendo juntos.
Outro fato interessante é que para envolver vários setores da companhia, faz-se
necessário um treinamento orientado para o entendimento da MPEM, com isto já existe
um alinhamento entre os setores e o consequente entendimento dos riscos de
suprimento e suas oportunidades.
A) Além da construção da MPEM em equipe, a mesma pode ser utilizada para desenvolver
a política de materiais com uma lógica, onde o material estratégico dever ser
programado, estocado e comprado de forma diferente dos materiais não críticos, dos
componentes de risco e dos competitivos, devido ao seu alto valor monetário e seu
importante impacto no risco de suprimento.
B) Outra oportunidade com o uso da MPEM é termos uma política diferenciada de compra
de acordo com o quadrante que cada material está alocado e pode-se aproveitar para
estabelecer o perfil de cada profissional que atuará de acordo com os quadrantes dos
materiais.
C) Com a MPEM em mãos pode-se definir um plano de ações para cada commodity
adequado a localização do material dentro da matriz, por exemplo: nos materiais
estratégicos colocarmos mais fornecedores concorrentes entre si e já no quadrante dos
materiais não críticos, pode-se consolidar em poucos fornecedores.
D) Depois destes trabalhos desenvolvidos e com os resultados da MPEM em mãos, mais
um plano de ações bem elaborado, incluindo mitigação de riscos de suprimento e
principalmente mostrando os potenciais de redução de custos, você pode mostrar e
convencer os dirigentes de sua empresa que o caminho estratégico está bem elaborado
e assim conseguirá o apoio necessário para os seus projetos e principalmente o
reconhecimento dentro da companhia.
Concluindo, a ferramenta quando construída está em nível teórico e é uma
fotografia do momento e onde cada material usado na organização se encontra quanto
a gestão do mesmo, a partir daí fica por você fazer políticas de materiais, políticas de
programação de suprimentos e de negociação para cada insumo de acordo com o
quadrante que o mesmo está.
Vamos lá, mãos à obra e boa sorte!

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  • 2. INTRODUÇÃO Nos meus anos que atuo nas áreas de Compras, Logística, Materiais, Suprimentos e atualmente no conceito moderno chamado de Supply Chain, me deparei com muitos colegas, chefes, colaboradores e consultores que aplicam o conceito da MPEM, desenvolvendo a ferramenta, trabalhando com treinamentos, e aplicando em suas consultorias. Alguns deles me queixam de dois tipos de problemas: Ou por aplicarem bem o conceito da MPEM, mas não saírem da teoria. Ou por aplicarem bem o conceito da MPEM, mas os dirigentes das empresas em que trabalham não acreditarem no método, pois não veem os resultados práticos. Eu também passei por isto e tive que lidar com estes 2 problemas, ou seja, não sair da teoria ou não ter a credibilidade necessária na MPEM dos meus dirigentes. Após passar por estas 2 dificuldades acima, com erros e acertos, viagens para o exterior, trocas de experiências com profissionais de diversas empresas, tendo participados de congressos do setor, finalmente consegui aplicar a MPEM na prática, mostrar resultados, ter sucesso e passar a credibilidade da ferramenta para colaboradores, investidores e acionistas das companhias que atuei. Como isto foi possível? Por que apliquei algumas estratégias para sair “do papel”, ganhar dinheiro para as empresas e passar credibilidade aos investidores e dirigentes das empresas que trabalhei. Meu objetivo é compartilhar contigo estas estratégias e mostrar que é possível aplicarmos a ferramenta MPEM na prática, reduzir custos e diminuir a exposição aos riscos de suprimentos que as organizações estão inseridas.
  • 3. Dificuldade 1: Aplicar o conceito da MPEM e não sair da teoria Conheço muitos profissionais que atuam nas áreas de consultoria, treinamento, gestão de equipes e professores mestrados que possuem um conhecimento profundo da ferramenta MPEM, inclusive vão além, publicando alguns trabalhos, mas não conseguem colocar na prática e usufruir dos resultados. Daqui para frente, passarei a chamar estes especialistas de colegas. Mas o problema que eu observo é que estes colegas não sabem trabalhar adequadamente após a construção da MEPM, e existe uma dificuldade inerente a ferramenta, logo faz-se necessário colocar o aprendizado e os resultados da matriz na prática e aterrissar no dia a dia da companhia.
  • 4. Como transportar os resultados da matriz para as áreas que trabalham com a compra, desenvolvimento de fornecedores, programação de materiais e suprimento, não esquecendo a armazenagem? Em algumas situações, a matriz é construída, mas logo fica esquecida, porque não existe uma aplicação na vida diária dos profissionais. Os gestores não mostram mais a matriz em suas reuniões, não lembram mais seus colegas que a leitura e visualização da MPEM deve ser constante, alinhada com as políticas de cada quadrante da mesma. Aprendi com o tempo que isso se chama engavetar, talvez pela falta de cultura estratégica dos dirigentes, colaboradores e colegas. “É o Brasil...é assim mesmo...tudo muda o tempo inteiro...”. “Por que vou usar a matriz estratégica, se amanhã tenho vários problemas para resolver...”. E assim vão as desculpas para a falta de aplicação da MPEM, na esperança que outros executivos, colegas ou dirigentes falem conosco e pergunte como está a matriz, para que serve?
  • 5. Dificuldade 2: Aplicar o conceito da MPEM e os dirigentes não acreditarem no método Tenho atuado há anos no mercado com o foco principal em Supply Chain e aplico a metodologia da MPEM em todas as empresas que atuo. Nesta andanças, congressos, workshops e conversas com colegas do setor, existe uma preocupação clara e que também já me afligiu, ou seja, a MPEM é apenas um modelo teórico? Obviamente, quando trabalhamos com algo apenas teórico e sem aplicação prática os empresários desconfiam e rapidamente a MPEM pode cair no descrédito, e o modelo é taxado de acadêmico e sem retorno. O que os donos de empresa, CEO´s e
  • 6. demais dirigentes querem ver? Resultado, ou seja, dinheiro economizado e recursos maximizados com redução de riscos e custos. Há alguns anos estava em uma reunião de Diretoria apresentando o resultado da matriz e percebi que os participantes estavam com cara de tédio. No final o Presidente da empresa disse: “Vai direto ao ponto...o que eu ganho com isto? Quanto de dinheiro vamos economizar?” Bem, neste momento fiz cara de paisagem e pensei: “Xii o que eu faço agora? Não tinha resposta! Perdi uma oportunidade! É neste momento que a ferramenta MPEM entra em cheque, porque temos apenas uma fotografia da distribuição dos materiais comprados pela organização, mas não há atuação aparente e nem ações que apresentem as melhorias. A MPEM sozinha não faz nada, necessita de leitura dos resultados e consequentemente ações e movimentos para redução de riscos e de custos. Como fazer para transpor esta barreira teórica e partir para a prática alcançando e mostrando os resultados? A Solução: Como passar da teoria para a prática com a MPEM? Eu não sei se você enfrenta uma ou as duas dificuldades e se encaixa no problema um ou no problema dois, mas o que eu sei é que ambos os casos têm a mesma solução: Primeiramente, na construção da MPEM o ideal é envolvermos toda a equipe do Supply Chain, quando digo Supply Chain, fica explicito que estou falando de Logística, Compras, Comex, Almoxarifados, PCP, PCM, Produção, Engenharia, entre outros que
  • 7. você lembra e gostaria de envolver, pois o segredo na aplicação desta ferramenta é não ficar somente na mão da área de Compras, por exemplo. Neste momento de construção da MPEM, com uma equipe multidisciplinar trabalhando, já temos um resultado prático, porque são várias dimensões da gestão da organização envolvidas neste desafio e aprendendo juntos. Outro fato interessante é que para envolver vários setores da companhia, faz-se necessário um treinamento orientado para o entendimento da MPEM, com isto já existe um alinhamento entre os setores e o consequente entendimento dos riscos de suprimento e suas oportunidades. A) Além da construção da MPEM em equipe, a mesma pode ser utilizada para desenvolver a política de materiais com uma lógica, onde o material estratégico dever ser programado, estocado e comprado de forma diferente dos materiais não críticos, dos
  • 8. componentes de risco e dos competitivos, devido ao seu alto valor monetário e seu importante impacto no risco de suprimento. B) Outra oportunidade com o uso da MPEM é termos uma política diferenciada de compra de acordo com o quadrante que cada material está alocado e pode-se aproveitar para estabelecer o perfil de cada profissional que atuará de acordo com os quadrantes dos materiais. C) Com a MPEM em mãos pode-se definir um plano de ações para cada commodity adequado a localização do material dentro da matriz, por exemplo: nos materiais estratégicos colocarmos mais fornecedores concorrentes entre si e já no quadrante dos materiais não críticos, pode-se consolidar em poucos fornecedores. D) Depois destes trabalhos desenvolvidos e com os resultados da MPEM em mãos, mais um plano de ações bem elaborado, incluindo mitigação de riscos de suprimento e principalmente mostrando os potenciais de redução de custos, você pode mostrar e convencer os dirigentes de sua empresa que o caminho estratégico está bem elaborado e assim conseguirá o apoio necessário para os seus projetos e principalmente o reconhecimento dentro da companhia. Concluindo, a ferramenta quando construída está em nível teórico e é uma fotografia do momento e onde cada material usado na organização se encontra quanto a gestão do mesmo, a partir daí fica por você fazer políticas de materiais, políticas de programação de suprimentos e de negociação para cada insumo de acordo com o quadrante que o mesmo está. Vamos lá, mãos à obra e boa sorte!