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Universidade Federal de Minas Gerais
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Disciplina: Respostas Neuroendócrinas relacionadas
ao Exercício Físico
Prof. Dr. Washington Pires
EFEITOS ERGOGÊNICOS DA
SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA
Componentes: Bruno Teobaldo Campos
João Gabriel Rodrigues
Lucas Chiericatti
INTRODUÇÃO
Creatina (ácido α-metil guanidino acético)
Amina natural
Encontrada primariamente no ME
Sintetizada no fígado, rins e pâncreas
à partir de Glicina + Arginina + Metionina
• 60-70% livre ; 30-40% fosforilada
• 95% ME – 5% (coração, músc. Lisos, testículos e cérebro)
• 120-140g em homens adultos
• Diferentes concentrações nas fibras musculares
• Pode ser obtida também na alimentação (carne vermelha e peixes)
Produção endógena (1g/dia)
+
obtida na dieta (1g/dia)
“turnover” degradação
espontânea de Cr e PCr
Em 2005 a ANVISA proibiu sua venda no Brasil
Revogação em abril/2010, com clara recomendação para
praticantes de exercício de alta intensidade.
Durante este período, em 2009, a SBMEE
Acredita que seu uso é justificado em vegetarianos e idosos,
mas com um fraco grau de recomendação.
1 kg – R$ 233
15 tabletes – 1,5g /cada
R$ 15
60 cápsulas – 3g Cr em
4 cápsulas – R$ 29,61
Encontrada nas formas de tabletes, cápsulas ou sólida em pó.
fornecimento de energia temporária;
manutenção da taxa de síntese de ATP/ADP (CK);
fornece H+ ;
regula a glicólise.
efeitos protetores (Antioxidante) na quimioluminescência
urinária
Como suplemento alimentar, é distribuída na forma de
Creatina monohidratada ( Crm ou CrH2O)
Principais funções:
Introdução
• Estudos mostram o efeito da creatina monohidratada (CM)
no desempenho anaeróbico (curta duração) de curto (5-7
dias) e longo (acima de 30 dias) período de suplementação
• Poucos estudos sobre o efeito da CM em exercícios de
avaliações de campo padronizados de potência, velocidade
lateral, agilidade e mudanças de direção
• Polietileno glicol (PEG), não tóxico, ajuda absorção de
substâncias
Futebol americano*
• 28 dias de suplementação de PEG-creatine
(1.25 e 2.5 g・d-1)
• medidas de desempenho anaeróbico: salto
vertical, salto em distância, tiro de 40 jardas, 20
m de shuttle run, 3 cone drill, supino reto,
banco extensor e composição corporal
• randomizado, duplo cego, grupo controle
(placebo), design paralelo
Métodos
 Dia 0 > salto vertical, salto em distância, tiro de
40 jardas, 20 m de shuttle run, 3 cone drill
Dia 1 > Supino reto e banco extensor unilateral
de ambas as pernas (1 RM e número máx. 80 %
RM) + pesagem hidrostática
2 dias antes evitar exercícios*
Sujeitos
77 homens: idade = 22.1 ± 2.5 anos; massa corporal =
81.7 ± 8.4 kg;
altura= 181.7 ± 5.3 cm
Placebo(celulose) n = 23
1,25 g PEG-creatina n = 27
2,50 g PEG-creatina n=27
Ingeriram 4 tabletes + 0.5 L de água durante 28 dias
Dia 0 , Dia 14 e Dia 28 retornaram ao laboratório
Resultados
Rev. Bras. Med. Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010
Bruno Gualano;
Fernanda Michelone Acquesta;
Carlos Ugrinowitsch;
Valmor Tricoli;
Júlio Cerca Serrão;
Antonio Herbert Lancha Junior;
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA PRODUÇÃO DE
FORÇA MUSCULAR
Possíveis mecanismos
mesmo na ausência de
T.F.:
 conteúdo intramuscular de fosforilcreatina;
 velocidade de regeneração de fosforilcreatina
durante o exercício;
Melhora na atividade da via glicolítica pelo
tamponamento de íons H+;
 Tempo de relaxamento no processo de
contração-relaxamento da musculatura
esquelética melhora da atividade da bomba
sarcoendoplasmática de cálcio;
 Concentração de glicogênio muscular.
Arciero et al, 2001
Grupo
suplementado
com Creatina
Grupo suplementado
com creatina que
realizou Treinamento de
Força
Durante 4 semanas
Aumento na Força
dinâmica máxima no
supino(8%) e no Leg
Press (16%)
Aumento na Força
dinâmica máxima no
supino(18%) e no Leg
Press (42%)
Arciero et al. sugerem que cerca 40% do aumento de
força no grupo treinado e suplementado se deva aos
efeitos agudos da suplementação de creatina, sendo o
restante devido a mecanismos mediados pelo
treinamento.
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA HIPERTROFIA
Em meta-análise conduzida por Branch (2003), dos 67 estudos que
mensuraram a massa corporal, 43 reportaram aumentos na massa
corporal total e/ou massa magra decorrentes da suplementação de
creatina.
Volek et al (1999) evidenciaram que sujeitos que receberam
suplementação de creatina durante treinamento de força de 12 semanas
apresentaram maiores aumentos na área de secção transversa de fibras
do tipo I, IIa e IIx em relação ao grupo controle, apenas treinado.
EFEITOS DA CREATINA SOBRE A RETENÇÃO
HÍDRICA E O BALANÇO PROTEICO:
Willoughby e
Rosene (2001),
Olsen et al (2006),
Volek (1999).
Especulado que mudanças nos conteúdos
intracelulares de água podem influenciar a
tradução de proteínas contráteis.
Berneis et al,1999
Os autores submeteram homens saudáveis às três
condições definidas como de hipo-osmolaridade,
hiperosmolaridade e iso-osmolaridade extracelular e
observaram que, no primeiro caso, houve maior
aumento na síntese protéica do que nas outras
situações.
Parise et al (2001) e Louis et al (2003)
Suplementaram creatina
durante cinco dias.
Não observaram modificações na
síntese e catabolismo de proteínas.
Esses dados sugerem que a creatina per se, por um curto
período, não altera significativamente o balanço protéico, mesmo
quando combinada a uma única sessão de exercícios de força.
EFEITOS DA CREATINA SOBRE A EXPRESSÃO GÊNICA
Willoughby e Rosene (2001), Olsen et al (2006),
Deldicque et al. (2007), Deldicque et al. (2008),
Safdar et al, 2008 reportaram que:
A suplementação de
creatina por 10 dias é
capaz de elevar a
expressão de genes
envolvidos na:
Regulação Osmótica;
Síntese e degradação de glicogênio;
Remodelagem do citoesqueleto;
Proliferação de células satélites;
Reparo e Replicação de DNA;
Controle de Transcrição de RNA;
Morte Celular.
Deldicque et al, 2005 realizaram um
estudo que:
Investigou os efeitos da Creatina na expressão gênica de IGF-1
e 4E-BP1.
OS indivíduos foram suplementados com creatina e submetidos a
biópsias musculares no repouso, 3 e 24 horas após sessão de
Treinamento de M.Inferior
IGF-1 e a Fosforilação
do 4e-BP1
Estado Anabólico da
célula muscular.
Willoughby e Rosene (2001) e Hespel et al
(2001) demonstraram que a
suplementação com Creatina:
Expressão de
Fatores Miogênicos
regulatórios(MRF4 e
miogenina)
Responsáveis pela
proliferação e
diferenciação de
células satélites
Leandro Ricardo Altimari;
Julio Tirapegui;
Alexandre Hideki Okano;
Emerson Franchini;
Monica Yuri Takito;
Ademar Avelar;
Juliana Melo Altimari;
Edilson Serpeloni Cyrino;
Rev. Bras. Med. Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010
OBJETIVO DO ESTUDO
Investigar o impacto de oito semanas de
suplementação de Creatina sobre o desempenho
anaeróbio de adultos jovens treinados, submetidos a
controle dos níveis de aptidão física antes e durante o
período de suplementação, bem como de hábitos
alimentares.
MÉTODOS
 26 alunos universitários do sexo masculino;
Indivíduos que não estavam envolvidos em programas
de treinamento estruturado e não tinham feito
suplementação de creatina;
Classificados como insuficientes ativos pelo IPAQ;
Assinaram o TCLE.
19 semanas de
treinamento,
3 vezes por
semana,
Programa de
acordo com a
ACSM.
Com objetivo de
igualar o nível de
condicionamento
dos sujeitos
Indivíduos dividido
aleatoriamente em
grupo
suplementado e
grupo placebo
Programas de
Treinamento
com pesos com
4 sessões
semanais
Com objetivo
de manter o
nível de
condicionamen
to dos sujeitos
Antropometria,
Registro
alimentar,
Teste de
Wingate
avaliação avaliação
Antropometria,
Registro
alimentar,
Teste de
Wingate
DESIGN
Suplementação de
creatina em cápsula,
nos primeiros cinco
dias 20 g/d e nos 51
dias subseqüentes
foram 3 g/d
associado 250 ml de
bebida carbo-
hidratada
AVALIAÇÃO ANAERÓBICA: TESTE DE WINGATE
Foram avaliados os
seguintes parâmetros:
Potência pico
relativa(PPR)
Potência Média relativa
(PMR)
Índice de Fadiga (IF)
 [La]
 [CR]
RESULTADOS
Não houve efeito significante da suplementação nos
indicadores de desempenho anaeróbico.
RESULTADOS
Não foi verificada alteração significante na [La], entre os momentos pré e
pós-suplementação, em ambos os grupos estudados (P > 0,05).
Com relação a [CR], verificou-se interação significante entre grupo e
tempo (P < 0,03), embora o aumento após a suplementação no GCr, não
tenha sido estatisticamente confirmado (P > 0,05).
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O presente estudo não encontrou melhora no desempenho
anaeróbico de adultos jovens após suplementação;
Em compensação, alguns estudos verificaram melhorias
significantes nos indicadores de desempenho anaeróbio PPR, PMR,
TTR e IF no primeiro sprint de múltiplas séries no TW (duas e três
séries), após a ingestão de doses variadas de Cr (20 a 35 g/d)
ingeridas entre períodos de quatro a 14 dias.
Essas diferenças parecem acontecer devido a falta de controle
prévio da aptidão física, dos hábitos alimentares e da manutenção
durante a suplementação.
DISCUSSÃO e CONCLUSÃO
Ainda, mesmo o presente estudo não tendo encontrado diferença
no teste de única série, pode ser que a suplementação seja eficiente
em esforço de múltiplas séries de alta intensidade
 A [La] no Teste de Wingate não alterou após a suplementação , o
que não suporta a teoria de que esta suplementação aumenta o
tamponamento do H+ e atrasa a instalação da fadiga
Quanto a [Cr] esta evidenciou efeito significante entre grupo e
tempo, mostrando que os sujeitos tiveram sua reserva intramuscular
de Cr aumentada.
Estudos de caso: Creatina - agente nefrotóxico
Estudos longitudinais indicam o oposto
Diante desta incerteza, cada país tem tomado suas
próprias posições
Em humanos, os estudos não demonstram
efeitos deletérios à função renal
Estudos pouco
controlados
(p. ex: falta de aleatorização
amostral e GC, baixo poder
estatístico e ausência de
marcadores precisos da
função renal)
Em ratos, são empregados bons marcadores de função renal
com bom controle das variáveis
Resultados contraditórios
Edmunds et. al, 2001 Taes et. al., 2003
Em modelos animais
7 dias: 2g/Kg
35 dias: 0,48g/kg
Peso renal
“Scores” císticos
Inulina (TFG)
Cl (uréia)
Creatinina
Albumina
4 semanas
(dosagem não-relatada)
Edmunds et. al, 2001 Taes et. al., 2003
Conclusões:
Cautela ao se
administrar Creatina
Principalmente em
indivíduos com doença
renal pré-existente
Administração não
causa danos à função
renal
Mesmo em ratos com
insuficiência renal
Modelo experimental;
Marcadores de função renal;
Pureza da solução de Cr.
• Não existem estudos que investigaram os efeitos
adversos da suplementação de Cr na função renal em
idosos, crianças e grávidas
• Trabalhos que envolvem doenças renais pré-existentes,
além de escassos, se limitam ao modelo animal.
• Imensa maioria dos consumidores são praticantes de
academia, assim, a temática carece de estudos com
maior validade ecológica.
Não há evidências de que a suplementação de creatina
prejudique a função renal em seres humanos saudáveis
Quando consumida nas diversas dosagens preconizadas
* Efeitos desconhecidos em idosos, DM II, hipertensos
Como conclusão:e
Aos já consumintes a orientação é que não
ultrapassem a quantidade de 5g/dia, pela
carência de evidências científicas e nem façam o
uso em longo prazo pelo mesmo motivo.
23 jogadores da NCAA – 2ª divisão
com idade entre 19-24 anos
2 anos de experiência com TF
Ingestão de 5-20g diárias por 3 meses-5 anos e 7 meses
• Albumina sérica,
• Fosfatase alcalina,
• Alanina aminotransferase,
• aspartato aminotransferase,
• Bilirrubina,
• Uréia,
• Creatinina
Diferenças não significantes entre os grupos no Cl(creatinina)
Não houve correlações: parâmetros sanguíneos/dose diária/tempo de uso
Para os autores parece que a suplementação oral de Cr
não tem efeitos negativos a longo prazo sobre a
função hepática em atletas colegiais altamente
treinados sem a concomitância de outros suplementos
nutricionais.
REFERÊNCIAS
Souza Jr, Oliveira P.B, Pereira B. Efeitos do exercício físico intenso sobre a
quimioluminescência urinária e malondialdeído plasmático. Rev Bras Med
Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005
Altimari, L. R. , Tirapegui, J. Okano, A. H. Efeitos da Suplementação
Prolongada de Creatina Mono-Hidratada sobre o Desempenho Anaeróbio de
Adultos Jovens Treinados. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun,
2010
Medeiros, R. J. S, Santos, A. A. - Efeitos da Suplementação de Creatina
na Força Máxima e na Amplitude do Eletromiograma de Mulheres
Fisicamente Ativas. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 5 – Set/Out, 2010
Santos, M. G., Suso J.M.G, Moreno, A. Cabanas, M., Arus, C. - Estudo do
Metabolismo Energético Muscular em Atletas por 31P–ERM. Rev Assoc Med
Bras 2004; 50(2): 127-32
Molina, G. E, Rocco, G. F, Fontana, K. E. Desempenho da Potencia Anaerobia
em Atletas de Elite do Mountain Bike Submetidos a Suplementacao Aguda
com Creatina. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009
Gualano, B., Artioli, G. G., Junior, A. H. L. Suplementação de Creatina e
Metabolismo de Glicose: Efeitos Terapêuticos ou Adversos?. Rev Bras Med
Esporte – Vol. 14, No 5 – Set/Out, 2008
Gualano, B., Ugrinowitsch, C., Seguro, A. C., Junior, A. H. L. A Suplementacao
de Creatina Prejudica a Funcao Renal? Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 1 –
Jan/Fev, 2008
Franco, F. S. C, Natali, A. J, Costa, N. M.B. Efeitos da suplementação de
creatina e do treinamento de potência sobre a performance e a massa
corporal magra de ratos. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 13, Nº 5 – Set /Out,
2007
Altimari, L. R. , Tirapegui, J. Okano, A. H. Efeito de oito semanas de
suplementação com creatina monoidratada sobre o trabalho total relativo
em esforços intermitentes máximos no cicloergômetro de homens treinados.
Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas vol. 42, n. 2, abr./jun., 2006
Gualano, B., Ugrinowitsch, C., Seguro, A. C., Junior, A. H. L. Efeitos da
Suplementação de Creatina Sobre Força e Hipertrofia Muscular:
Atualizações. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010
Souza Jr, Oliveira P.B, Pereira B. Suplementação de creatina e treinamento de
força: alterações na resultante de força máxima dinâmica e variáveis
antropométricas em universitários submetidos a oito semanas de
treinamento de força (hipertrofia) . Rev Bras Med Esporte _ Vol. 13, Nº 5 –
Set /Out, 2007
Gomes, R. V, Aoki, M. S. Suplementação de creatina anula o efeito adverso
do exercício de endurance sobre o subseqüente desempenho de força. Rev
Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 2 – Mar/Abr, 2005
OBRIGADO!!!

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  • 1. 1 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional Disciplina: Respostas Neuroendócrinas relacionadas ao Exercício Físico Prof. Dr. Washington Pires EFEITOS ERGOGÊNICOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA Componentes: Bruno Teobaldo Campos João Gabriel Rodrigues Lucas Chiericatti
  • 3. Creatina (ácido α-metil guanidino acético) Amina natural Encontrada primariamente no ME Sintetizada no fígado, rins e pâncreas à partir de Glicina + Arginina + Metionina
  • 4. • 60-70% livre ; 30-40% fosforilada • 95% ME – 5% (coração, músc. Lisos, testículos e cérebro) • 120-140g em homens adultos • Diferentes concentrações nas fibras musculares • Pode ser obtida também na alimentação (carne vermelha e peixes) Produção endógena (1g/dia) + obtida na dieta (1g/dia) “turnover” degradação espontânea de Cr e PCr
  • 5. Em 2005 a ANVISA proibiu sua venda no Brasil Revogação em abril/2010, com clara recomendação para praticantes de exercício de alta intensidade. Durante este período, em 2009, a SBMEE Acredita que seu uso é justificado em vegetarianos e idosos, mas com um fraco grau de recomendação.
  • 6.
  • 7. 1 kg – R$ 233 15 tabletes – 1,5g /cada R$ 15 60 cápsulas – 3g Cr em 4 cápsulas – R$ 29,61 Encontrada nas formas de tabletes, cápsulas ou sólida em pó.
  • 8. fornecimento de energia temporária; manutenção da taxa de síntese de ATP/ADP (CK); fornece H+ ; regula a glicólise. efeitos protetores (Antioxidante) na quimioluminescência urinária Como suplemento alimentar, é distribuída na forma de Creatina monohidratada ( Crm ou CrH2O) Principais funções:
  • 9.
  • 10. Introdução • Estudos mostram o efeito da creatina monohidratada (CM) no desempenho anaeróbico (curta duração) de curto (5-7 dias) e longo (acima de 30 dias) período de suplementação • Poucos estudos sobre o efeito da CM em exercícios de avaliações de campo padronizados de potência, velocidade lateral, agilidade e mudanças de direção • Polietileno glicol (PEG), não tóxico, ajuda absorção de substâncias Futebol americano*
  • 11. • 28 dias de suplementação de PEG-creatine (1.25 e 2.5 g・d-1) • medidas de desempenho anaeróbico: salto vertical, salto em distância, tiro de 40 jardas, 20 m de shuttle run, 3 cone drill, supino reto, banco extensor e composição corporal • randomizado, duplo cego, grupo controle (placebo), design paralelo
  • 12. Métodos  Dia 0 > salto vertical, salto em distância, tiro de 40 jardas, 20 m de shuttle run, 3 cone drill Dia 1 > Supino reto e banco extensor unilateral de ambas as pernas (1 RM e número máx. 80 % RM) + pesagem hidrostática 2 dias antes evitar exercícios*
  • 13. Sujeitos 77 homens: idade = 22.1 ± 2.5 anos; massa corporal = 81.7 ± 8.4 kg; altura= 181.7 ± 5.3 cm Placebo(celulose) n = 23 1,25 g PEG-creatina n = 27 2,50 g PEG-creatina n=27 Ingeriram 4 tabletes + 0.5 L de água durante 28 dias Dia 0 , Dia 14 e Dia 28 retornaram ao laboratório
  • 15. Rev. Bras. Med. Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010 Bruno Gualano; Fernanda Michelone Acquesta; Carlos Ugrinowitsch; Valmor Tricoli; Júlio Cerca Serrão; Antonio Herbert Lancha Junior;
  • 16. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA PRODUÇÃO DE FORÇA MUSCULAR Possíveis mecanismos mesmo na ausência de T.F.:  conteúdo intramuscular de fosforilcreatina;  velocidade de regeneração de fosforilcreatina durante o exercício; Melhora na atividade da via glicolítica pelo tamponamento de íons H+;  Tempo de relaxamento no processo de contração-relaxamento da musculatura esquelética melhora da atividade da bomba sarcoendoplasmática de cálcio;  Concentração de glicogênio muscular.
  • 17. Arciero et al, 2001 Grupo suplementado com Creatina Grupo suplementado com creatina que realizou Treinamento de Força Durante 4 semanas Aumento na Força dinâmica máxima no supino(8%) e no Leg Press (16%) Aumento na Força dinâmica máxima no supino(18%) e no Leg Press (42%) Arciero et al. sugerem que cerca 40% do aumento de força no grupo treinado e suplementado se deva aos efeitos agudos da suplementação de creatina, sendo o restante devido a mecanismos mediados pelo treinamento.
  • 18. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA NA HIPERTROFIA Em meta-análise conduzida por Branch (2003), dos 67 estudos que mensuraram a massa corporal, 43 reportaram aumentos na massa corporal total e/ou massa magra decorrentes da suplementação de creatina. Volek et al (1999) evidenciaram que sujeitos que receberam suplementação de creatina durante treinamento de força de 12 semanas apresentaram maiores aumentos na área de secção transversa de fibras do tipo I, IIa e IIx em relação ao grupo controle, apenas treinado.
  • 19. EFEITOS DA CREATINA SOBRE A RETENÇÃO HÍDRICA E O BALANÇO PROTEICO: Willoughby e Rosene (2001), Olsen et al (2006), Volek (1999). Especulado que mudanças nos conteúdos intracelulares de água podem influenciar a tradução de proteínas contráteis. Berneis et al,1999 Os autores submeteram homens saudáveis às três condições definidas como de hipo-osmolaridade, hiperosmolaridade e iso-osmolaridade extracelular e observaram que, no primeiro caso, houve maior aumento na síntese protéica do que nas outras situações.
  • 20. Parise et al (2001) e Louis et al (2003) Suplementaram creatina durante cinco dias. Não observaram modificações na síntese e catabolismo de proteínas. Esses dados sugerem que a creatina per se, por um curto período, não altera significativamente o balanço protéico, mesmo quando combinada a uma única sessão de exercícios de força.
  • 21. EFEITOS DA CREATINA SOBRE A EXPRESSÃO GÊNICA Willoughby e Rosene (2001), Olsen et al (2006), Deldicque et al. (2007), Deldicque et al. (2008),
  • 22. Safdar et al, 2008 reportaram que: A suplementação de creatina por 10 dias é capaz de elevar a expressão de genes envolvidos na: Regulação Osmótica; Síntese e degradação de glicogênio; Remodelagem do citoesqueleto; Proliferação de células satélites; Reparo e Replicação de DNA; Controle de Transcrição de RNA; Morte Celular.
  • 23. Deldicque et al, 2005 realizaram um estudo que: Investigou os efeitos da Creatina na expressão gênica de IGF-1 e 4E-BP1. OS indivíduos foram suplementados com creatina e submetidos a biópsias musculares no repouso, 3 e 24 horas após sessão de Treinamento de M.Inferior IGF-1 e a Fosforilação do 4e-BP1 Estado Anabólico da célula muscular.
  • 24. Willoughby e Rosene (2001) e Hespel et al (2001) demonstraram que a suplementação com Creatina: Expressão de Fatores Miogênicos regulatórios(MRF4 e miogenina) Responsáveis pela proliferação e diferenciação de células satélites
  • 25. Leandro Ricardo Altimari; Julio Tirapegui; Alexandre Hideki Okano; Emerson Franchini; Monica Yuri Takito; Ademar Avelar; Juliana Melo Altimari; Edilson Serpeloni Cyrino; Rev. Bras. Med. Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010
  • 26. OBJETIVO DO ESTUDO Investigar o impacto de oito semanas de suplementação de Creatina sobre o desempenho anaeróbio de adultos jovens treinados, submetidos a controle dos níveis de aptidão física antes e durante o período de suplementação, bem como de hábitos alimentares.
  • 27. MÉTODOS  26 alunos universitários do sexo masculino; Indivíduos que não estavam envolvidos em programas de treinamento estruturado e não tinham feito suplementação de creatina; Classificados como insuficientes ativos pelo IPAQ; Assinaram o TCLE.
  • 28. 19 semanas de treinamento, 3 vezes por semana, Programa de acordo com a ACSM. Com objetivo de igualar o nível de condicionamento dos sujeitos Indivíduos dividido aleatoriamente em grupo suplementado e grupo placebo Programas de Treinamento com pesos com 4 sessões semanais Com objetivo de manter o nível de condicionamen to dos sujeitos Antropometria, Registro alimentar, Teste de Wingate avaliação avaliação Antropometria, Registro alimentar, Teste de Wingate DESIGN Suplementação de creatina em cápsula, nos primeiros cinco dias 20 g/d e nos 51 dias subseqüentes foram 3 g/d associado 250 ml de bebida carbo- hidratada
  • 29. AVALIAÇÃO ANAERÓBICA: TESTE DE WINGATE Foram avaliados os seguintes parâmetros: Potência pico relativa(PPR) Potência Média relativa (PMR) Índice de Fadiga (IF)  [La]  [CR]
  • 30. RESULTADOS Não houve efeito significante da suplementação nos indicadores de desempenho anaeróbico.
  • 31. RESULTADOS Não foi verificada alteração significante na [La], entre os momentos pré e pós-suplementação, em ambos os grupos estudados (P > 0,05). Com relação a [CR], verificou-se interação significante entre grupo e tempo (P < 0,03), embora o aumento após a suplementação no GCr, não tenha sido estatisticamente confirmado (P > 0,05).
  • 32. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO O presente estudo não encontrou melhora no desempenho anaeróbico de adultos jovens após suplementação; Em compensação, alguns estudos verificaram melhorias significantes nos indicadores de desempenho anaeróbio PPR, PMR, TTR e IF no primeiro sprint de múltiplas séries no TW (duas e três séries), após a ingestão de doses variadas de Cr (20 a 35 g/d) ingeridas entre períodos de quatro a 14 dias. Essas diferenças parecem acontecer devido a falta de controle prévio da aptidão física, dos hábitos alimentares e da manutenção durante a suplementação.
  • 33. DISCUSSÃO e CONCLUSÃO Ainda, mesmo o presente estudo não tendo encontrado diferença no teste de única série, pode ser que a suplementação seja eficiente em esforço de múltiplas séries de alta intensidade  A [La] no Teste de Wingate não alterou após a suplementação , o que não suporta a teoria de que esta suplementação aumenta o tamponamento do H+ e atrasa a instalação da fadiga Quanto a [Cr] esta evidenciou efeito significante entre grupo e tempo, mostrando que os sujeitos tiveram sua reserva intramuscular de Cr aumentada.
  • 34.
  • 35. Estudos de caso: Creatina - agente nefrotóxico Estudos longitudinais indicam o oposto Diante desta incerteza, cada país tem tomado suas próprias posições
  • 36. Em humanos, os estudos não demonstram efeitos deletérios à função renal Estudos pouco controlados (p. ex: falta de aleatorização amostral e GC, baixo poder estatístico e ausência de marcadores precisos da função renal) Em ratos, são empregados bons marcadores de função renal com bom controle das variáveis Resultados contraditórios
  • 37. Edmunds et. al, 2001 Taes et. al., 2003 Em modelos animais 7 dias: 2g/Kg 35 dias: 0,48g/kg Peso renal “Scores” císticos Inulina (TFG) Cl (uréia) Creatinina Albumina 4 semanas (dosagem não-relatada)
  • 38. Edmunds et. al, 2001 Taes et. al., 2003 Conclusões: Cautela ao se administrar Creatina Principalmente em indivíduos com doença renal pré-existente Administração não causa danos à função renal Mesmo em ratos com insuficiência renal
  • 39. Modelo experimental; Marcadores de função renal; Pureza da solução de Cr.
  • 40.
  • 41.
  • 42. • Não existem estudos que investigaram os efeitos adversos da suplementação de Cr na função renal em idosos, crianças e grávidas • Trabalhos que envolvem doenças renais pré-existentes, além de escassos, se limitam ao modelo animal. • Imensa maioria dos consumidores são praticantes de academia, assim, a temática carece de estudos com maior validade ecológica.
  • 43. Não há evidências de que a suplementação de creatina prejudique a função renal em seres humanos saudáveis Quando consumida nas diversas dosagens preconizadas * Efeitos desconhecidos em idosos, DM II, hipertensos Como conclusão:e
  • 44. Aos já consumintes a orientação é que não ultrapassem a quantidade de 5g/dia, pela carência de evidências científicas e nem façam o uso em longo prazo pelo mesmo motivo.
  • 45.
  • 46. 23 jogadores da NCAA – 2ª divisão com idade entre 19-24 anos 2 anos de experiência com TF Ingestão de 5-20g diárias por 3 meses-5 anos e 7 meses
  • 47. • Albumina sérica, • Fosfatase alcalina, • Alanina aminotransferase, • aspartato aminotransferase, • Bilirrubina, • Uréia, • Creatinina Diferenças não significantes entre os grupos no Cl(creatinina) Não houve correlações: parâmetros sanguíneos/dose diária/tempo de uso
  • 48. Para os autores parece que a suplementação oral de Cr não tem efeitos negativos a longo prazo sobre a função hepática em atletas colegiais altamente treinados sem a concomitância de outros suplementos nutricionais.
  • 50. Souza Jr, Oliveira P.B, Pereira B. Efeitos do exercício físico intenso sobre a quimioluminescência urinária e malondialdeído plasmático. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005 Altimari, L. R. , Tirapegui, J. Okano, A. H. Efeitos da Suplementação Prolongada de Creatina Mono-Hidratada sobre o Desempenho Anaeróbio de Adultos Jovens Treinados. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010 Medeiros, R. J. S, Santos, A. A. - Efeitos da Suplementação de Creatina na Força Máxima e na Amplitude do Eletromiograma de Mulheres Fisicamente Ativas. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 5 – Set/Out, 2010 Santos, M. G., Suso J.M.G, Moreno, A. Cabanas, M., Arus, C. - Estudo do Metabolismo Energético Muscular em Atletas por 31P–ERM. Rev Assoc Med Bras 2004; 50(2): 127-32
  • 51. Molina, G. E, Rocco, G. F, Fontana, K. E. Desempenho da Potencia Anaerobia em Atletas de Elite do Mountain Bike Submetidos a Suplementacao Aguda com Creatina. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009 Gualano, B., Artioli, G. G., Junior, A. H. L. Suplementação de Creatina e Metabolismo de Glicose: Efeitos Terapêuticos ou Adversos?. Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 5 – Set/Out, 2008 Gualano, B., Ugrinowitsch, C., Seguro, A. C., Junior, A. H. L. A Suplementacao de Creatina Prejudica a Funcao Renal? Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 1 – Jan/Fev, 2008 Franco, F. S. C, Natali, A. J, Costa, N. M.B. Efeitos da suplementação de creatina e do treinamento de potência sobre a performance e a massa corporal magra de ratos. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 13, Nº 5 – Set /Out, 2007
  • 52. Altimari, L. R. , Tirapegui, J. Okano, A. H. Efeito de oito semanas de suplementação com creatina monoidratada sobre o trabalho total relativo em esforços intermitentes máximos no cicloergômetro de homens treinados. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas vol. 42, n. 2, abr./jun., 2006 Gualano, B., Ugrinowitsch, C., Seguro, A. C., Junior, A. H. L. Efeitos da Suplementação de Creatina Sobre Força e Hipertrofia Muscular: Atualizações. Rev Bras Med Esporte – Vol. 16, No 3 – Mai/Jun, 2010 Souza Jr, Oliveira P.B, Pereira B. Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações na resultante de força máxima dinâmica e variáveis antropométricas em universitários submetidos a oito semanas de treinamento de força (hipertrofia) . Rev Bras Med Esporte _ Vol. 13, Nº 5 – Set /Out, 2007 Gomes, R. V, Aoki, M. S. Suplementação de creatina anula o efeito adverso do exercício de endurance sobre o subseqüente desempenho de força. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 2 – Mar/Abr, 2005