SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 20
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –
UNIJUI
Disciplina:Ciência Política e Teoria do Estado
Professor:Dejalma Cremonese
Acadêmica:Paola V. Czyzeski
Conceito: Herbert Marcuse
Ijuí/RS, 24 de Março de 2008
"A arte só pode cumprir sua função revolucionária se ela não
fizer parte de nenhum sistema, inclusive o sistema
revolucionário"
Herbert Marcuse
Pertencente à Escola de Frankfurt
Conjunto de empresas e
instituições cuja principal
atividade econômica é a
produção cultura, com fins
lucrativos e mercantis.
“Indústria Cultural" “Cultura de Massa"
Herbert Marcuse
Nasceu em Berlim 19/07/1898
Faleceu em 29/071979.
Sociólogo e filósofo alemão naturalizado
norte-americano
Grupo de Filósofos e cientistas sociais de tendências marxistas
Criação de conceitos
Manifestações culturais
produzidas para o conjunto das
camadas mais numerosas da
população; o povo, o grande
público.
➭1922 defendeu sua tese “O romance de Arte Alemão”( Tese
claramente inspirada na obra de Lukács-pré Marxista- e na de
Hegel;
Lukács
Budapeste 13/04/1885-
05/06/1971
Hegel
Estugarda 27/08/1770-
Berlim 14/11/1831
➭ Marconi, crítico de Heidegger desde o início de seu contato com ele,
parte para o estudo de filósofos como Dilthey e Hegel, na qual
poderiam fornecer aspectos mais concretos aos conteúdos e conceitos
filosóficos;
Messkirch 26/09/1889-
Friburgo 26/05/1976
Briebrich 19/11/1833-
Suisi 01/10/1911.
DiltheyHeidegger
➭ Sendo um dos primeiros a interpretar os Manuscritos economico-filosóficos
de Marx, "pensava encontrar neles um fundamento filosófico da economia
política no sentido de uma teoria da revolução."
Na obra, Marx expõe a discrepância entre
moral e economia, denunciando a
radicalidade da exploração do homem pela
empresa capitalista.
Estudo das relações de produção,
especialmente entre as três classes principais
da sociedade capitalista ou burguesa:
capitalistas, proletários e latifundiários.
05/05/1818-
14/03/1883
➭ Critica a sociedade capitalista (“Eros e Civilização”, 1955 e "O homem
unidimensional", 1964) e tanto os países comunistas quanto os capitalistas,
por suas falhas no processo democrático: nenhum dos dois tipos de sociedade
foi capaz de dar igualdade de condições para seus cidadãos;
➭ Segundo Marcuse, a sociedade industrial avançada acabava criando
falsas necessidades que acabavam integrando o individuo não só ao
sistema de consumo mas ao de produções;
➭ Para analisar a sociedade moderna, Marcuse reformulou e ampliou os
conceitos de Freud de modo a analisar seus componentes históricos e sociais,
chegando assim aos conceitos de mais-repressão e princípio de desempenho;
FREUD
Princípio de prazer Princípio de realidade
Diferença entre comportamento não-
reprimido e reprimido.
MARCUSE
Princípio de desempenho
Atual forma do princípio de realidade
Sistema capitalista
Exige uma mais variada forma de repressão para manter a
dominação.
06/05/1856-23/09/1939
Mais-repressão Repressão básica
Diferença
Equivale a uma quota a mais de repressão
para manter a dominação sob o princípio de
desempenho
sociedade livre
excesso de repressão eliminado
mantendo-se apenas um mínimo de controle
necessário para manter a coesão da sociedade.
➭ A partir de leituras de obras de Freud, Marcuse permitiu a ele encontrar uma
saída libertadora para a civilização repressiva;
"A concepção psicanalítica do homem, com sua crença na imutabilidade
básica da natureza humana, impôs- se como reacionária; a teoria freudiana
parecia implicar que os ideais humanitários do socialismo eram humanamente
inatingíveis“.
( Marcuse, epílogo Crítica do Revisionismo Neofreudiano) .
➭ Um dos principais objetivos de Marcuse é unir no homem a razão e a
sensibilidade, sujeito e objeto, sonho e realização;
➭ Ele quer tornar o corpo humano um instrumento de prazer e não de trabalho;
➭ A liberdade individual, torna-se na sociedade tecnológica, sobretudo, uma
liberdade de morte, de ausência de valores, alienação do indivíduo e
degradação social;
representam a realização de todas as
necessidades vitais, reais, como ao
alimento, roupa, teto.
NECESSIDADES
falsas
verídicas
Determinadas por forças externas, a
qual o indivíduo não possui controle
algum
produto de uma sociedade totalitária
repressora dos pensamentos e
comportamentos humanos
➭ Para Marcuse , toda libertação depende da consciência de servidão;
➭ Com o o surgimento desta consciência acaba sendo impedido pela
predominância das necessidades falsas e das satisfações repressivas do
próprio indivíduo;
➭ O ideal seria a substituição das necessidades falsas e o abandono da
satisfação repressiva, mas isto parece ser uma utopia para Marcuse;
. ➭ O que determinaria o grau de liberdade, é o que pode ser e o que é
escolhido pelo indivíduo.
➭ Na sociedade tecnológica, a produção e a distribuição em massa reivindicam o
indivíduo inteiro. Através da invasão no seu espaço privado, na sua liberdade
interior;
➭ Há uma identificação imposta do indivíduo com a sociedade e com a ela em
seu todo. Herbert Marcuse denomina tal fenômeno de "mimese".
Significa dizer que os controles tecnológicos
representam a própria personificação da
razão para a consecução dos interesses de
todos os grupos sociais.
“Os meios de transporte e comunicação em massa, as
mercadorias, casa, alimento, roupa, a produção irresistível da
indústria de diversão e informação, trazem consigo atitudes e
hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais, que
prendem os consumidores aos produtos. Os produtos doutrinam,
manipulam, promovem uma falsa consciência. Estando tais
produtos à disposição de maior número de indivíduos e classes
sociais, a doutrinação deixa de ser publicidade para tornar-se um
estilo de vida”
(Marcuse, 1982, p.31 e 32).
➭ A sociedade industrial avançada acaba transformando o progresso científico e
técnico em instrumento de dominação;
➭ “A racionalidade tecnológica revela o seu caráter político ao se tornar o
melhor veículo de dominação, onde cria um universo, no qual a sociedade, a
natureza, o corpo e a mente mantêm-se num estado de permanente
mobilização para defesa desse universo.”
➭ A dominação esta presente na vida pública e privada;
➭ A dominação do mundo capitalista globalizado nutre-se do comportamento do
indivíduo que, achando estar inserido num estilo de vida libertário, acaba abdicando da
capacidade de conduzir-se com autonomia;
➭ A produção em massa mecanizada acaba por preenchendo os espaços nos quais a
individualidade poderia se afirmar.
“Com o crescimento da conquista tecnológica da natureza, cresce a conquista do
homem pelo homem. E essa conquista reduz a liberdade, que é um a
priorinecessário da libertação. Isso é liberdade de pensamento no único sentido
em que o pensamento pode ser livre no mundo administrado, como a consciência
de sua produtividade repressiva e como a necessidade absoluta de romper para
fora desse todo”.
(Marcuse 1973, p. 232)
Obras de Herbert Marcuse no Brasil
▪Reason and Revolution, 1941 (Razão e revolução, Paz e terra, RJ)
▪Eros and Civilization, 1955 (Eros e Civilização, Zahar Editores, Rio de Janeiro)
▪Soviet Marxism, 1958 (Marxismo Soviético, São Paulo, Saga, 1968)
▪One-Dimensional Man, 1964(Ideologia na Sociedade Industrial, Editora Zahar,
Rio de Janeiro)
▪Das ende der Utopie, 1967 (O fim da Utopia, Editora Civilização brasileira, RJ)
▪Psychoanalyse und Politik, 1968 (Psicoanálises y politica, Ediciones, Península,
Barcelona)
▪Towards a Critical Theory of Society, 1969Idéias sobre uma Teoria Crítica da
Sociedade, Zahar Editores, RJ)
▪ Counter-revolution and Revolt,1972 (Contra-revolução e revolta, Zahar, RJ,
1973)]]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Marcuse
http://images.google.com.br/Herbert Marcuse
http://www.holistica.com.br/artigo1/uploads/imagens/tecnologia.gif
http://www.planetanews.com/produto/L/48983/manuscritos-economico-filosoficos-
karl-marx.html
Bibliografia

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

7 positivismo comte slide
7 positivismo comte slide7 positivismo comte slide
7 positivismo comte slideErica Frau
 
ESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURTESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURTMarcioveras
 
Apresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquidaApresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquidaRosaalicianc
 
A filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxA filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxVictor Said
 
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01Elizeu Nascimento Silva
 
Teoria crítica apresentação
Teoria crítica apresentaçãoTeoria crítica apresentação
Teoria crítica apresentaçãoPaulo Bastos
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.Nábila Quennet
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesAula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesLeandro Nazareth Souto
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasLeandro Nazareth Souto
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à SociologiaAlison Nunes
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08Rodrigo Cisco
 
Platão e a cidade ideal
Platão e a cidade idealPlatão e a cidade ideal
Platão e a cidade idealirenio soares
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Over Lane
 

Was ist angesagt? (20)

7 positivismo comte slide
7 positivismo comte slide7 positivismo comte slide
7 positivismo comte slide
 
ESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURTESCOLA DE FRANKFURT
ESCOLA DE FRANKFURT
 
Apresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquidaApresentação modernidade líquida
Apresentação modernidade líquida
 
Modernidade x pos modernidade
Modernidade x pos modernidadeModernidade x pos modernidade
Modernidade x pos modernidade
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
A filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxA filosofia de karl marx
A filosofia de karl marx
 
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
 
Escola de Frankfurt
Escola de FrankfurtEscola de Frankfurt
Escola de Frankfurt
 
Teoria crítica apresentação
Teoria crítica apresentaçãoTeoria crítica apresentação
Teoria crítica apresentação
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesAula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: SofistasAula de filosofia antiga, tema: Sofistas
Aula de filosofia antiga, tema: Sofistas
 
A sociologia marxista
A sociologia marxistaA sociologia marxista
A sociologia marxista
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
 
Emile Durkheim
Emile DurkheimEmile Durkheim
Emile Durkheim
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
Clássicos da sociologia
Clássicos da sociologiaClássicos da sociologia
Clássicos da sociologia
 
Platão e a cidade ideal
Platão e a cidade idealPlatão e a cidade ideal
Platão e a cidade ideal
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1
 

Ähnlich wie Herbert marcuse

Cultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalCultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalroberto mosca junior
 
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdf
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdfO QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdf
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdfmanoel
 
Razão, História, Direito e Liberalismo
Razão, História, Direito e LiberalismoRazão, História, Direito e Liberalismo
Razão, História, Direito e LiberalismoLuci Bonini
 
Sociologia positivismo, marxismo e sociologia compreensiva
Sociologia   positivismo, marxismo e sociologia compreensivaSociologia   positivismo, marxismo e sociologia compreensiva
Sociologia positivismo, marxismo e sociologia compreensivaDaniele Rubim
 
Em defesa de um novo projeto iluminista
Em defesa de um novo projeto iluministaEm defesa de um novo projeto iluminista
Em defesa de um novo projeto iluministaFernando Alcoforado
 
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdfSlides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdfBrendaBorges35
 
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl Marx
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl MarxAula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl Marx
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl MarxCarlo Romani
 
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Kary Subieta Campos
 
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaMarxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaCarlos Silva
 
Karl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasKarl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasespacoaberto
 
Edward Bernays e o Controle da Opinião Pública
Edward Bernays e o Controle da Opinião PúblicaEdward Bernays e o Controle da Opinião Pública
Edward Bernays e o Controle da Opinião PúblicaHerbert Marzall
 
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)e neto
 
Sociologia e filosofia
Sociologia e filosofiaSociologia e filosofia
Sociologia e filosofiaSilvana
 
Cultura e ação apresentação
Cultura e ação   apresentaçãoCultura e ação   apresentação
Cultura e ação apresentaçãoamorimanamaria
 

Ähnlich wie Herbert marcuse (20)

Cultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria culturalCultura, ideologia e indústria cultural
Cultura, ideologia e indústria cultural
 
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdf
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdfO QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdf
O QUE É SOCIEDADE DE MASSA.pdf
 
TC - Escola de Frankfurt
TC - Escola de FrankfurtTC - Escola de Frankfurt
TC - Escola de Frankfurt
 
Razão, História, Direito e Liberalismo
Razão, História, Direito e LiberalismoRazão, História, Direito e Liberalismo
Razão, História, Direito e Liberalismo
 
20080624 soberania popular
20080624 soberania popular20080624 soberania popular
20080624 soberania popular
 
Sociologia clássica 1
Sociologia clássica 1Sociologia clássica 1
Sociologia clássica 1
 
Sociologia positivismo, marxismo e sociologia compreensiva
Sociologia   positivismo, marxismo e sociologia compreensivaSociologia   positivismo, marxismo e sociologia compreensiva
Sociologia positivismo, marxismo e sociologia compreensiva
 
Em defesa de um novo projeto iluminista
Em defesa de um novo projeto iluministaEm defesa de um novo projeto iluminista
Em defesa de um novo projeto iluminista
 
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdfSlides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdf
 
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl Marx
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl MarxAula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl Marx
Aula sobre materialismo historico com base na Ideologia Alema de Karl Marx
 
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
 
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaMarxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
 
Exercícios sobre as ideologias do século XIX
Exercícios sobre as ideologias do século XIXExercícios sobre as ideologias do século XIX
Exercícios sobre as ideologias do século XIX
 
Karl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistasKarl max e as teorias socialistas
Karl max e as teorias socialistas
 
Mídia Ativa - Artigo
Mídia Ativa - ArtigoMídia Ativa - Artigo
Mídia Ativa - Artigo
 
Edward Bernays e o Controle da Opinião Pública
Edward Bernays e o Controle da Opinião PúblicaEdward Bernays e o Controle da Opinião Pública
Edward Bernays e o Controle da Opinião Pública
 
Mam 251
Mam 251 Mam 251
Mam 251
 
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)
Os Clássicos da Sociologia (Émile Durkheim)
 
Sociologia e filosofia
Sociologia e filosofiaSociologia e filosofia
Sociologia e filosofia
 
Cultura e ação apresentação
Cultura e ação   apresentaçãoCultura e ação   apresentação
Cultura e ação apresentação
 

Herbert marcuse

  • 1. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI Disciplina:Ciência Política e Teoria do Estado Professor:Dejalma Cremonese Acadêmica:Paola V. Czyzeski Conceito: Herbert Marcuse Ijuí/RS, 24 de Março de 2008
  • 2. "A arte só pode cumprir sua função revolucionária se ela não fizer parte de nenhum sistema, inclusive o sistema revolucionário" Herbert Marcuse
  • 3. Pertencente à Escola de Frankfurt Conjunto de empresas e instituições cuja principal atividade econômica é a produção cultura, com fins lucrativos e mercantis. “Indústria Cultural" “Cultura de Massa" Herbert Marcuse Nasceu em Berlim 19/07/1898 Faleceu em 29/071979. Sociólogo e filósofo alemão naturalizado norte-americano Grupo de Filósofos e cientistas sociais de tendências marxistas Criação de conceitos Manifestações culturais produzidas para o conjunto das camadas mais numerosas da população; o povo, o grande público.
  • 4. ➭1922 defendeu sua tese “O romance de Arte Alemão”( Tese claramente inspirada na obra de Lukács-pré Marxista- e na de Hegel; Lukács Budapeste 13/04/1885- 05/06/1971 Hegel Estugarda 27/08/1770- Berlim 14/11/1831
  • 5. ➭ Marconi, crítico de Heidegger desde o início de seu contato com ele, parte para o estudo de filósofos como Dilthey e Hegel, na qual poderiam fornecer aspectos mais concretos aos conteúdos e conceitos filosóficos; Messkirch 26/09/1889- Friburgo 26/05/1976 Briebrich 19/11/1833- Suisi 01/10/1911. DiltheyHeidegger
  • 6. ➭ Sendo um dos primeiros a interpretar os Manuscritos economico-filosóficos de Marx, "pensava encontrar neles um fundamento filosófico da economia política no sentido de uma teoria da revolução." Na obra, Marx expõe a discrepância entre moral e economia, denunciando a radicalidade da exploração do homem pela empresa capitalista. Estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e latifundiários. 05/05/1818- 14/03/1883
  • 7. ➭ Critica a sociedade capitalista (“Eros e Civilização”, 1955 e "O homem unidimensional", 1964) e tanto os países comunistas quanto os capitalistas, por suas falhas no processo democrático: nenhum dos dois tipos de sociedade foi capaz de dar igualdade de condições para seus cidadãos; ➭ Segundo Marcuse, a sociedade industrial avançada acabava criando falsas necessidades que acabavam integrando o individuo não só ao sistema de consumo mas ao de produções; ➭ Para analisar a sociedade moderna, Marcuse reformulou e ampliou os conceitos de Freud de modo a analisar seus componentes históricos e sociais, chegando assim aos conceitos de mais-repressão e princípio de desempenho;
  • 8. FREUD Princípio de prazer Princípio de realidade Diferença entre comportamento não- reprimido e reprimido. MARCUSE Princípio de desempenho Atual forma do princípio de realidade Sistema capitalista Exige uma mais variada forma de repressão para manter a dominação. 06/05/1856-23/09/1939
  • 9. Mais-repressão Repressão básica Diferença Equivale a uma quota a mais de repressão para manter a dominação sob o princípio de desempenho sociedade livre excesso de repressão eliminado mantendo-se apenas um mínimo de controle necessário para manter a coesão da sociedade.
  • 10. ➭ A partir de leituras de obras de Freud, Marcuse permitiu a ele encontrar uma saída libertadora para a civilização repressiva; "A concepção psicanalítica do homem, com sua crença na imutabilidade básica da natureza humana, impôs- se como reacionária; a teoria freudiana parecia implicar que os ideais humanitários do socialismo eram humanamente inatingíveis“. ( Marcuse, epílogo Crítica do Revisionismo Neofreudiano) .
  • 11. ➭ Um dos principais objetivos de Marcuse é unir no homem a razão e a sensibilidade, sujeito e objeto, sonho e realização; ➭ Ele quer tornar o corpo humano um instrumento de prazer e não de trabalho; ➭ A liberdade individual, torna-se na sociedade tecnológica, sobretudo, uma liberdade de morte, de ausência de valores, alienação do indivíduo e degradação social;
  • 12. representam a realização de todas as necessidades vitais, reais, como ao alimento, roupa, teto. NECESSIDADES falsas verídicas Determinadas por forças externas, a qual o indivíduo não possui controle algum produto de uma sociedade totalitária repressora dos pensamentos e comportamentos humanos
  • 13. ➭ Para Marcuse , toda libertação depende da consciência de servidão; ➭ Com o o surgimento desta consciência acaba sendo impedido pela predominância das necessidades falsas e das satisfações repressivas do próprio indivíduo; ➭ O ideal seria a substituição das necessidades falsas e o abandono da satisfação repressiva, mas isto parece ser uma utopia para Marcuse; . ➭ O que determinaria o grau de liberdade, é o que pode ser e o que é escolhido pelo indivíduo.
  • 14. ➭ Na sociedade tecnológica, a produção e a distribuição em massa reivindicam o indivíduo inteiro. Através da invasão no seu espaço privado, na sua liberdade interior; ➭ Há uma identificação imposta do indivíduo com a sociedade e com a ela em seu todo. Herbert Marcuse denomina tal fenômeno de "mimese". Significa dizer que os controles tecnológicos representam a própria personificação da razão para a consecução dos interesses de todos os grupos sociais.
  • 15. “Os meios de transporte e comunicação em massa, as mercadorias, casa, alimento, roupa, a produção irresistível da indústria de diversão e informação, trazem consigo atitudes e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais, que prendem os consumidores aos produtos. Os produtos doutrinam, manipulam, promovem uma falsa consciência. Estando tais produtos à disposição de maior número de indivíduos e classes sociais, a doutrinação deixa de ser publicidade para tornar-se um estilo de vida” (Marcuse, 1982, p.31 e 32).
  • 16. ➭ A sociedade industrial avançada acaba transformando o progresso científico e técnico em instrumento de dominação; ➭ “A racionalidade tecnológica revela o seu caráter político ao se tornar o melhor veículo de dominação, onde cria um universo, no qual a sociedade, a natureza, o corpo e a mente mantêm-se num estado de permanente mobilização para defesa desse universo.” ➭ A dominação esta presente na vida pública e privada;
  • 17. ➭ A dominação do mundo capitalista globalizado nutre-se do comportamento do indivíduo que, achando estar inserido num estilo de vida libertário, acaba abdicando da capacidade de conduzir-se com autonomia; ➭ A produção em massa mecanizada acaba por preenchendo os espaços nos quais a individualidade poderia se afirmar.
  • 18. “Com o crescimento da conquista tecnológica da natureza, cresce a conquista do homem pelo homem. E essa conquista reduz a liberdade, que é um a priorinecessário da libertação. Isso é liberdade de pensamento no único sentido em que o pensamento pode ser livre no mundo administrado, como a consciência de sua produtividade repressiva e como a necessidade absoluta de romper para fora desse todo”. (Marcuse 1973, p. 232)
  • 19. Obras de Herbert Marcuse no Brasil ▪Reason and Revolution, 1941 (Razão e revolução, Paz e terra, RJ) ▪Eros and Civilization, 1955 (Eros e Civilização, Zahar Editores, Rio de Janeiro) ▪Soviet Marxism, 1958 (Marxismo Soviético, São Paulo, Saga, 1968) ▪One-Dimensional Man, 1964(Ideologia na Sociedade Industrial, Editora Zahar, Rio de Janeiro) ▪Das ende der Utopie, 1967 (O fim da Utopia, Editora Civilização brasileira, RJ) ▪Psychoanalyse und Politik, 1968 (Psicoanálises y politica, Ediciones, Península, Barcelona) ▪Towards a Critical Theory of Society, 1969Idéias sobre uma Teoria Crítica da Sociedade, Zahar Editores, RJ) ▪ Counter-revolution and Revolt,1972 (Contra-revolução e revolta, Zahar, RJ, 1973)]]