SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 32
FFIILLOOSSOOFFIIAA MMEEDDIIEEVVAALL:: 
PPaattrrííssttiiccaa ee EEssccoolláássttiiccaa 
Tentativa de Vincular Razão e Fé para revelar as verdades do cristianismo 
EEB Nossa Senhora da Salete 
Professora Janimara Rocha 
1º série EMI 
Maravilha - SC
Séc. V d.C. – O império Romano do Ocidente 
sofreu ataques constantes dos povos bárbaros – 
levaram ao seu esfacelamento – surge nova estruturação da vida social; 
A Igreja católica surgiu e manteve-se como 
instituição social; 
Consolidou-se como organização religiosa e 
difundiu o cristianismo; 
A igreja passou a exercer importante papel 
político (conciliador de elites, contornando problemas da nobreza feudal); 
Tornou-se dona de 1/3 das áreas cultiváveis da 
Europa Ocidental; 
A fé cristã tornou-se necessária à vida 
espiritual;
CCrriissttiiaanniissmmoo 
É uma religião que surgiu no interior do Império Romano, a partir do séc. I, como 
seguidores do pensamento de Cristo; 
A Igreja católica= única instituição representante da 
fé cristã até a idade moderna; 
Doutrina cristã integra elementos de diversas 
correntes do pensamento grego; 
A tarefa de construir a doutrina foi dos padres da 
igreja e outros lideres cristãos; 
Não se poderia contrariar as verdades reveladas por 
Deus aos humanos ou as interpretações das escrituras 
sagradas que foram sendo estabelecidas pela igreja.
FFÉÉ vveerrssuuss RRAAZZÃÃOO 
Para a RAZÃO, Deus é uma substância infinita, mas é 
preciso provar que sua essência é constituída por uma vontade onipotente (que tudo pode) 
e um intelecto onisciente (sabe tudo). 
 Para a FÉ, Deus é um ser perfeito, bom e misericordioso, 
punindo os maus e recompensando os bons; 
O cristianismo baseia-se na fé – crença irrestrita às verdades 
reveladas por Deus aos humanos – verdades expressas nas sagradas 
escrituras e interpretadas segundo a autoridade da igreja; 
FÉ – fonte mais elevada das verdades reveladas; 
Toda investigação filosófica ou científica não poderia 
contrariar as verdades estabelecidas pela fé; 
Verdade é revelada por Deus – demonstrar 
racionalmente as verdades da fé;
RRaazzããoo ee FFéé jjuunnttaass 
Surgiram pensadores cristãos que defenderam 
o conhecimento da filosofia grega; 
Conciliando fé cristã e filosofia grega permitia 
a igreja enfrentar os descrentes com armas 
racionais da argumentação; 
Convencer os descrentes pela razão para fazê-los 
aceitar a imensidão dos mistérios divinos;
44 eelleemmeennttooss ddaa FFiilloossooffiiaa MMeeddiieevvaall 
1º - Padres apostólicos – os apóstolos (São 
Paulo) – relação com temas morais; 
2º - Padres Apologistas – defendiam o 
cristianismo contra a filosofia pagã (batizado); 
3º - Patrística – Pretendia conciliação entre 
razão e fé – Santo Agostinho (filosofia Platônica); 
4º - Escolástica – sistematização da filosofia 
cristã – Santo (São) Tomás de Aquino (Aristóteles); 
oÊnfase nas questões teológicas (Trindade, encarnação 
Deus-Filho, liberdade, salvação, razão e fé;
PPaattrrííssttiiccaa 
Tornou-se necessário explicar seus preceitos 
(doutrina) às autoridades e ao povo; usou o 
trabalho de pregação e conquista espiritual; 
Padres da igreja elaboraram diversos textos 
sobre fé e revelação cristã; 
Tentou munir a fé de argumentos racionais 
(conciliação a filosofia com o cristianismo);
O Universo é dominados por forças opostas
SSaannttoo AAggoossttiinnhhoo ...... 
Mundo Inteligível – Mundo das idéias divinas, 
pela iluminação o homem recebe de Deus o 
conhecimento das verdades eternas 
Concepção dualista (opostos) 
RAZÃO – SUBORDINADA A FÉ 
“CREIO PARA QUE POSSA ENTENDER”
SSuuppeerriioorriiddaaddee ddaa AAllmmaa 
Agostinho argumenta em favor da supremacia 
do espírito sobre o corpo, a matéria; 
A alma teria sido criada por Deus para reinar 
sobre o corpo, dirigindo-o para a prática do bem; 
Quando o corpo se torna mais importante, 
assume o governo da alma (surge a ideia de pecado); 
Submissão do espírito à matéria, da essência à 
aparência; 
Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de 
pecar é escravidão.
PPeeccaaddoo OOrriiggiinnaall -- EExxpplliiccaaççõõeess ssoobbrree aa oorriiggeemm ddaa iimmppeerrffeeiiççããoo hhuummaannaa,, ddoo 
ssooffrriimmeennttoo ee ddaa eexxiissttêênncciiaa ddoo mmaall 
MMoorrttee ddee CCrriissttoo - Necessária para salvar o homem do pecado de origem
BBooaass OObbrraass oouu GGrraaççaa DDiivviinnaa?? 
Quem comete pecado só consegue retornar aos caminhos de 
Deus e da salvação mediante esforço pessoal de 
vontade e concessão da graça divina; 
Sem a graça de Deus, o ser humano nada pode conseguir; 
Pelágio afirmava que a boa vontade e as boas 
obras humanas seriam o suficiente para a salvação individual (Teoria 
condenada por Agostinho) ; 
Teoria de Pelágio – heresia, foi adotada a 
teoria de Agostinho sobre a necessidade da graça 
divina, doada por Deus aos seus eleitos.
Condena-se a teoria pelo fato de conservar a 
noção grega de autonomia da vida moral humana; 
Noção de que o indivíduo pode salvar-se por si só, 
sendo bom e fazendo boas obras, sem a necessidade de ajuda 
divina; 
Teoria contraditória à submissão total do ser 
humano ao Deus cristão defendida pela igreja; 
Filosofia grega = cidadão, ser humano social e político; 
Filosofia cristã agostiniana = enfatiza no indivíduo sua 
ligação com Deus, a responsabilidade dos atos e exalta a salvação divina.
LLiibbeerrddaaddee ee PPeeccaaddoo 
A vontade é uma força que determina a vida ee nnããoo 
uummaa ffuunnççããoo lliiggaaddaa aaoo iinntteelleeccttoo; 
Agostinho – a liberdade humana é própria da 
vontade e não da razão ((nnaa rraazzããoo éé qquuee rreessiiddee oo ppeeccaaddoo)); 
A pessoa peca por usar o livre-arbítrio ppaarraa ssaattiissffaazzeerr 
uummaa vvoonnttaaddee mmáá; 
O ser humano não pode ser autônomo em sua 
vida moral (não pode decidir livremente sobre sua conduta); 
O ser humano pode querer o mal e praticar o 
pecado, motivo pelo qual necessita da graça divina.
PPrreecceeddêênncciiaa ee FFéé
IInnfflluuêênncciiaa HHeelleennííssttiiccaa 
Maniqueísmo – herdou a concepção dualista – luta do bem e 
mal, luz e trevas; 
O ser humano tem uma inclinação natural 
para o mal – pecado; Já nascemos pecadores – pecado 
original; 
Mal = afastamento de Deus; Defendia uma intensa 
educação religiosa; 
Ceticismo – desconfiança nos sentidos, conhecimento 
sensorial; 
Platonismo – Concepção de verdade como conhecimento 
eterno, deveria ser buscada no mundo das ideias; Somente o
EEssccoolláássttiiccaa:: MMaattrriizz aarriissttoottéélliiccaa aattéé 
DDeeuuss 
Séc. VIII Carlos Magno organizou o ensino e 
fundou as escolas ligadas às instituições católicas; 
A cultura greco-romana (até então guardada nos mosteiros) 
voltou a ser divulgada, passando a ter influência nas reflexões; 
Adotou-se modelo de educação romana: 
Matérias Trivium (gramática, retórica e dialética) e o 
Quadrivium (geometria, aritmética, astronomia e música) 
submetidas à teologia; 
Séc. XIII – aristotelismo penetrou de forma 
profunda no pensamento escolástico (devido à descoberta de 
muitas obras de Aristóteles, desconhecidas até então e à tradução para o latim).
BBuussccaa--ssee aa hhaarrmmoonniizzaaççããoo eennttrree fféé ee rraazzããoo
AA qquueessttããoo ddooss uunniivveerrssaaiiss 
Método escolástico de investigação: 
Estudo da linguagem (gramática, retórica, dialética); 
Exame das coisas (geometria, aritmética, astronomia e música); 
Pergunta: Qual a relação entre as palavras e as 
coisas? 
Ex.: Rosa (nome de flor, quando esta morre, o nome permanece 
existindo) 
Ideia Geral 
Questão dos universais = relação entre as 
coisas e seus conceitos.
RReeaalliissmmoo 
Sustenta a tese de que os universais existiam 
de fato; 
Ex.: a bondade e a beleza seriam 
modelos/moldes – a partir disso se criariam as coisas boas ou 
más; 
Essências; 
Santo Anselmo: universais na mente divina; 
Quanto mais universal fosse o termo 
gramatical, maior seria seu grau de perfeição; 
Brancura maior perfeição que Branco;
NNoommiinnaalliissmmoo 
Os universais não existiriam em si mesmo, 
pois seriam somente palavras, sem existência 
real; 
O universal não passa de um nome; 
Roscelin nega que Deus pudesse ser uno e 
trino ao mesmo tempo – cada pessoa da 
trindade seria uma individualidade separada; 
Realismo moderado – busca de semelhanças 
entre os seres individuais (equilíbrio);
Avicena (980 – 1037) AAvveerrrróóiiss ((11112266 –– 11119988)) 
FFiillóóssooffooss ÁÁrraabbeess 
A dominação muçulmana na Espanha durante o século XII trouxe a ciência árabe 
à Europa. 
Com Averrois, as universidades medievais redescobrem o pensamento grego (obras: 
física, metafísica e ética).
São TToommááss ddee AAqquuiinnoo –– 11222255 -- 11227744 
“O mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”
TToommiissmmoo 
Objetivo: 
◦ Não contrariar a fé; 
Finalidade: 
◦ Organizar um conjunto de argumentos para 
demonstrar e defender as revelações do 
cristianismo; 
Tomás reviveu o pensamento de Aristóteles, 
em busca de argumentos para explicar a fé cristã; 
Fez da filosofia um instrumento a serviço da 
igreja católica
PPrriinnccííppiiooss bbáássiiccooss 
Princípio da não contradição – o ser é ou 
não é. Não existe nada que possa ser e não 
ser ao mesmo tempo, sob o mesmo ponto 
de vista. 
Princípio da substância: 
◦ Substância – essência de uma coisa, sem ela não 
seria aquilo que é; 
◦ Acidente - qualidade não essencial, acessória do 
ser
Princípio da causa eficiente – seres 
contingentes – não possuem em si a causa a causa eficiente de sua 
existência (depende do ser necessário); 
Princípio da finalidade – função ou finalidade – razão 
de ser – causa final; 
Princípio de ato e potência: 
◦ Ato - Existência atual do ser; 
◦ Potência – capacidade real do ser; 
◦ Mudança – passagem da potência para o ato;
SSeerr ee EEssssêênncciiaa 
Elementos estranhos ao aristotelismo: 
◦ Criação do mundo; 
◦ Noção de um Deus único 
◦ Ideia de vir a ser (passagem da potência ao ato) 
◦ PROCEDE DE DEUS 
Ser em geral e Ser Pleno (Deus) – Deus é ato 
puro; 
Não há o que realizar ou atualizar em Deus, pois 
ele é completo; 
DEUS é SER e o mundo tem SER; 
Deus é o ser que existe como fundamento da 
realidade das outras essências.
AA eexxiissttêênncciiaa ddee DDeeuuss ppoorr mmeeiioo ddaa rraazzããoo 
((55 vviiaass ddee ddeemmoonnssttrraaççããoo)) 
Primeira via (prova) 
Primeiro Motor Imóvel: Tudo o que se move 
é movido por alguém,. Tudo há que ter um 
primeiro motor que deu início ao movimento 
existente e que por ninguém foi movido. Esse 
motor é Deus.
Segunda via (prova) 
Causa eficiente ( Primeira): todas as coisas existentes 
dependem de alguma causa. É necessário admitir a 
existência de uma primeira causa eficiente, responsável pela 
sucessão dos efeitos. 
Essa causa é Deus.
Terceira via (prova) 
Ser Necessário e ser contingente: 
É preciso admitir que há um ser que sempre existiu, um ser 
absolutamente necessário, que não tenha fora de si a causa 
de sua existência, mas que seja a causa dos seres 
contingentes. 
Nem todos os seres podem ser desnecessários se não o 
mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que 
fundamente a existência dos seres contingentes e que não 
tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. 
(DEUS).
Quarta via 
Ser Perfeito: Verifica-se que há graus de perfeição nos 
seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer 
graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve 
existir um ser que tenha este padrão máximo de 
perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres. 
Esse ser é Deus.
Quinta via (prova) 
Graus de perfeição/Inteligência 
Ordenadora: 
Existe uma ordem no universo que é 
facilmente verificada, ora toda ordem é fruto 
de uma inteligência, não se chega à ordem pelo 
acaso e nem pelo caos, logo há um ser 
inteligente que dispôs o universo na forma 
ordenada. 
Esse ser é Deus.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Atividade diagnostica filosofia e religiao 1 3 serie
Atividade diagnostica filosofia e religiao 1   3 serieAtividade diagnostica filosofia e religiao 1   3 serie
Atividade diagnostica filosofia e religiao 1 3 serie
Escola Estadual de São Paulo
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
Alison Nunes
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
Over Lane
 
Para que serve a filosofia
Para que serve a filosofiaPara que serve a filosofia
Para que serve a filosofia
superego
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
Rodrigo Cisco
 
Filosofia Grécia
Filosofia GréciaFilosofia Grécia
Filosofia Grécia
Luci Bonini
 

Was ist angesagt? (20)

Racionalismo x Empirismo
Racionalismo x EmpirismoRacionalismo x Empirismo
Racionalismo x Empirismo
 
Filósofos Pré socráticos
Filósofos Pré socráticosFilósofos Pré socráticos
Filósofos Pré socráticos
 
Atividade diagnostica filosofia e religiao 1 3 serie
Atividade diagnostica filosofia e religiao 1   3 serieAtividade diagnostica filosofia e religiao 1   3 serie
Atividade diagnostica filosofia e religiao 1 3 serie
 
Platão
PlatãoPlatão
Platão
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesAula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
 
Aula de filosofia
Aula de filosofia Aula de filosofia
Aula de filosofia
 
História da filosofia antiga
História da filosofia antigaHistória da filosofia antiga
História da filosofia antiga
 
ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Introdução à Sociologia
Introdução à SociologiaIntrodução à Sociologia
Introdução à Sociologia
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 
Razão filosofia
Razão   filosofiaRazão   filosofia
Razão filosofia
 
Sociologia e Sociedade
Sociologia e SociedadeSociologia e Sociedade
Sociologia e Sociedade
 
Para que serve a filosofia
Para que serve a filosofiaPara que serve a filosofia
Para que serve a filosofia
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
história da sociologia
   história da sociologia   história da sociologia
história da sociologia
 
Filosofia Grécia
Filosofia GréciaFilosofia Grécia
Filosofia Grécia
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 

Andere mochten auch (12)

Filosofia medieval slide
Filosofia medieval slideFilosofia medieval slide
Filosofia medieval slide
 
Cap 4 - Filosofia Helenística
Cap 4 - Filosofia HelenísticaCap 4 - Filosofia Helenística
Cap 4 - Filosofia Helenística
 
Escolas Helenísticas
Escolas HelenísticasEscolas Helenísticas
Escolas Helenísticas
 
Principais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofiaPrincipais períodos da história da filosofia
Principais períodos da história da filosofia
 
Períodos filosóficos
Períodos filosóficosPeríodos filosóficos
Períodos filosóficos
 
Filosofia - helenistica
Filosofia - helenistica Filosofia - helenistica
Filosofia - helenistica
 
Periodos da filosofia
Periodos da filosofiaPeriodos da filosofia
Periodos da filosofia
 
Períodos da Filosofia
Períodos da FilosofiaPeríodos da Filosofia
Períodos da Filosofia
 
Grécia4 helenismo e cultura
Grécia4 helenismo e culturaGrécia4 helenismo e cultura
Grécia4 helenismo e cultura
 
Apresentação2.
Apresentação2.Apresentação2.
Apresentação2.
 
A Filosofia no Período Clássico
A Filosofia no Período ClássicoA Filosofia no Período Clássico
A Filosofia no Período Clássico
 
Patristica e escolastica
Patristica e escolasticaPatristica e escolastica
Patristica e escolastica
 

Ähnlich wie Filosofia medieval

A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
Helena Serrão
 
Aula 05 filosofia início da era cristã e patrística
Aula 05   filosofia início da era cristã e patrísticaAula 05   filosofia início da era cristã e patrística
Aula 05 filosofia início da era cristã e patrística
Elizeu Nascimento Silva
 
05 a 08 aula períodos da historia da filosofia ocidental
05 a 08 aula   períodos da historia da filosofia ocidental05 a 08 aula   períodos da historia da filosofia ocidental
05 a 08 aula períodos da historia da filosofia ocidental
Mara Rodrigues Pires
 
Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]
Dell Sales
 

Ähnlich wie Filosofia medieval (20)

Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
 
Filosofia medieval 21 mp xsxs
Filosofia medieval 21 mp xsxsFilosofia medieval 21 mp xsxs
Filosofia medieval 21 mp xsxs
 
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos RacionalistasHistória da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
História da Igreja II: Aula 8: Movimentos Racionalistas
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
A religião. Trabalho realizado pelos alunos António Fernandes, Diogo Mendonça...
 
Filosofia - Trabalho Santo Tomás de Aquino.
Filosofia - Trabalho Santo Tomás de Aquino. Filosofia - Trabalho Santo Tomás de Aquino.
Filosofia - Trabalho Santo Tomás de Aquino.
 
Aula 05 filosofia início da era cristã e patrística
Aula 05   filosofia início da era cristã e patrísticaAula 05   filosofia início da era cristã e patrística
Aula 05 filosofia início da era cristã e patrística
 
05 a 08 aula períodos da historia da filosofia ocidental
05 a 08 aula   períodos da historia da filosofia ocidental05 a 08 aula   períodos da historia da filosofia ocidental
05 a 08 aula períodos da historia da filosofia ocidental
 
1ª série filosofia medieval-
1ª série   filosofia medieval-1ª série   filosofia medieval-
1ª série filosofia medieval-
 
1ª série filosofia medieval-
1ª série   filosofia medieval-1ª série   filosofia medieval-
1ª série filosofia medieval-
 
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoFilosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
 
linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,
 
Liberalismo Teológico
Liberalismo TeológicoLiberalismo Teológico
Liberalismo Teológico
 
Homo religiosus
Homo religiosusHomo religiosus
Homo religiosus
 
Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]Antropologia (Slide)[1][1][1]
Antropologia (Slide)[1][1][1]
 
Filosofia 04 - Filosofia Medieval
Filosofia 04 - Filosofia MedievalFilosofia 04 - Filosofia Medieval
Filosofia 04 - Filosofia Medieval
 
Idade Média e a Filosofia Cristã.pptx
Idade Média e a Filosofia Cristã.pptxIdade Média e a Filosofia Cristã.pptx
Idade Média e a Filosofia Cristã.pptx
 
Agostinho vida e obras
Agostinho   vida e obrasAgostinho   vida e obras
Agostinho vida e obras
 
Racionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tpRacionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tp
 
Escolástica e Patrística xx.pptx
Escolástica e Patrística  xx.pptxEscolástica e Patrística  xx.pptx
Escolástica e Patrística xx.pptx
 

Kürzlich hochgeladen

Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Pastor Robson Colaço
 
Plano de aula ensino fundamental escola pública
Plano de aula ensino fundamental escola públicaPlano de aula ensino fundamental escola pública
Plano de aula ensino fundamental escola pública
anapsuls
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
ssuserbb4ac2
 
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 finalPPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
carlaOliveira438
 
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhosoO Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
VALMIRARIBEIRO1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número Multiplicação - Caça-número
Multiplicação - Caça-número
 
04_GuiaDoCurso_Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness.pdf
04_GuiaDoCurso_Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness.pdf04_GuiaDoCurso_Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness.pdf
04_GuiaDoCurso_Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness.pdf
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
 
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptxEBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
 
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptxEB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
 
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sociedade_Cultura_e_Contemporaneidade_(ED70200).pdf
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sociedade_Cultura_e_Contemporaneidade_(ED70200).pdfEnunciado_da_Avaliacao_1__Sociedade_Cultura_e_Contemporaneidade_(ED70200).pdf
Enunciado_da_Avaliacao_1__Sociedade_Cultura_e_Contemporaneidade_(ED70200).pdf
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio ead.pptx
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio  ead.pptxCONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio  ead.pptx
CONCORDÂNCIA NOMINAL atividade ensino médio ead.pptx
 
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdfManual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
Manual dos Principio básicos do Relacionamento e sexologia humana .pdf
 
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos AnimaisNós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
 
ufcd_9649_Educação Inclusiva e Necessidades Educativas Especificas_índice.pdf
ufcd_9649_Educação Inclusiva e Necessidades Educativas Especificas_índice.pdfufcd_9649_Educação Inclusiva e Necessidades Educativas Especificas_índice.pdf
ufcd_9649_Educação Inclusiva e Necessidades Educativas Especificas_índice.pdf
 
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
Semana Interna de Prevenção de Acidentes SIPAT/2024
 
livro para educação infantil conceitos sensorial
livro para educação infantil conceitos sensoriallivro para educação infantil conceitos sensorial
livro para educação infantil conceitos sensorial
 
Plano de aula ensino fundamental escola pública
Plano de aula ensino fundamental escola públicaPlano de aula ensino fundamental escola pública
Plano de aula ensino fundamental escola pública
 
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de.    Maio laranja dds.pptxCampanha 18 de.    Maio laranja dds.pptx
Campanha 18 de. Maio laranja dds.pptx
 
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdfAS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
AS COLUNAS B E J E SUAS POSICOES CONFORME O RITO.pdf
 
bem estar animal em proteção integrada componente animal
bem estar animal em proteção integrada componente animalbem estar animal em proteção integrada componente animal
bem estar animal em proteção integrada componente animal
 
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
Slides Lição 8, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo....
 
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 finalPPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
PPP6_ciencias final 6 ano ano de 23/24 final
 
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhosoO Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
O Reizinho Autista.pdf - livro maravilhoso
 
Aula 5 - Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.ppt
Aula 5 - Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.pptAula 5 - Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.ppt
Aula 5 - Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.ppt
 

Filosofia medieval

  • 1. FFIILLOOSSOOFFIIAA MMEEDDIIEEVVAALL:: PPaattrrííssttiiccaa ee EEssccoolláássttiiccaa Tentativa de Vincular Razão e Fé para revelar as verdades do cristianismo EEB Nossa Senhora da Salete Professora Janimara Rocha 1º série EMI Maravilha - SC
  • 2. Séc. V d.C. – O império Romano do Ocidente sofreu ataques constantes dos povos bárbaros – levaram ao seu esfacelamento – surge nova estruturação da vida social; A Igreja católica surgiu e manteve-se como instituição social; Consolidou-se como organização religiosa e difundiu o cristianismo; A igreja passou a exercer importante papel político (conciliador de elites, contornando problemas da nobreza feudal); Tornou-se dona de 1/3 das áreas cultiváveis da Europa Ocidental; A fé cristã tornou-se necessária à vida espiritual;
  • 3. CCrriissttiiaanniissmmoo É uma religião que surgiu no interior do Império Romano, a partir do séc. I, como seguidores do pensamento de Cristo; A Igreja católica= única instituição representante da fé cristã até a idade moderna; Doutrina cristã integra elementos de diversas correntes do pensamento grego; A tarefa de construir a doutrina foi dos padres da igreja e outros lideres cristãos; Não se poderia contrariar as verdades reveladas por Deus aos humanos ou as interpretações das escrituras sagradas que foram sendo estabelecidas pela igreja.
  • 4. FFÉÉ vveerrssuuss RRAAZZÃÃOO Para a RAZÃO, Deus é uma substância infinita, mas é preciso provar que sua essência é constituída por uma vontade onipotente (que tudo pode) e um intelecto onisciente (sabe tudo).  Para a FÉ, Deus é um ser perfeito, bom e misericordioso, punindo os maus e recompensando os bons; O cristianismo baseia-se na fé – crença irrestrita às verdades reveladas por Deus aos humanos – verdades expressas nas sagradas escrituras e interpretadas segundo a autoridade da igreja; FÉ – fonte mais elevada das verdades reveladas; Toda investigação filosófica ou científica não poderia contrariar as verdades estabelecidas pela fé; Verdade é revelada por Deus – demonstrar racionalmente as verdades da fé;
  • 5. RRaazzããoo ee FFéé jjuunnttaass Surgiram pensadores cristãos que defenderam o conhecimento da filosofia grega; Conciliando fé cristã e filosofia grega permitia a igreja enfrentar os descrentes com armas racionais da argumentação; Convencer os descrentes pela razão para fazê-los aceitar a imensidão dos mistérios divinos;
  • 6. 44 eelleemmeennttooss ddaa FFiilloossooffiiaa MMeeddiieevvaall 1º - Padres apostólicos – os apóstolos (São Paulo) – relação com temas morais; 2º - Padres Apologistas – defendiam o cristianismo contra a filosofia pagã (batizado); 3º - Patrística – Pretendia conciliação entre razão e fé – Santo Agostinho (filosofia Platônica); 4º - Escolástica – sistematização da filosofia cristã – Santo (São) Tomás de Aquino (Aristóteles); oÊnfase nas questões teológicas (Trindade, encarnação Deus-Filho, liberdade, salvação, razão e fé;
  • 7. PPaattrrííssttiiccaa Tornou-se necessário explicar seus preceitos (doutrina) às autoridades e ao povo; usou o trabalho de pregação e conquista espiritual; Padres da igreja elaboraram diversos textos sobre fé e revelação cristã; Tentou munir a fé de argumentos racionais (conciliação a filosofia com o cristianismo);
  • 8. O Universo é dominados por forças opostas
  • 9. SSaannttoo AAggoossttiinnhhoo ...... Mundo Inteligível – Mundo das idéias divinas, pela iluminação o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas Concepção dualista (opostos) RAZÃO – SUBORDINADA A FÉ “CREIO PARA QUE POSSA ENTENDER”
  • 10. SSuuppeerriioorriiddaaddee ddaa AAllmmaa Agostinho argumenta em favor da supremacia do espírito sobre o corpo, a matéria; A alma teria sido criada por Deus para reinar sobre o corpo, dirigindo-o para a prática do bem; Quando o corpo se torna mais importante, assume o governo da alma (surge a ideia de pecado); Submissão do espírito à matéria, da essência à aparência; Ser livre é servir a Deus, pois o prazer de pecar é escravidão.
  • 11. PPeeccaaddoo OOrriiggiinnaall -- EExxpplliiccaaççõõeess ssoobbrree aa oorriiggeemm ddaa iimmppeerrffeeiiççããoo hhuummaannaa,, ddoo ssooffrriimmeennttoo ee ddaa eexxiissttêênncciiaa ddoo mmaall MMoorrttee ddee CCrriissttoo - Necessária para salvar o homem do pecado de origem
  • 12. BBooaass OObbrraass oouu GGrraaççaa DDiivviinnaa?? Quem comete pecado só consegue retornar aos caminhos de Deus e da salvação mediante esforço pessoal de vontade e concessão da graça divina; Sem a graça de Deus, o ser humano nada pode conseguir; Pelágio afirmava que a boa vontade e as boas obras humanas seriam o suficiente para a salvação individual (Teoria condenada por Agostinho) ; Teoria de Pelágio – heresia, foi adotada a teoria de Agostinho sobre a necessidade da graça divina, doada por Deus aos seus eleitos.
  • 13. Condena-se a teoria pelo fato de conservar a noção grega de autonomia da vida moral humana; Noção de que o indivíduo pode salvar-se por si só, sendo bom e fazendo boas obras, sem a necessidade de ajuda divina; Teoria contraditória à submissão total do ser humano ao Deus cristão defendida pela igreja; Filosofia grega = cidadão, ser humano social e político; Filosofia cristã agostiniana = enfatiza no indivíduo sua ligação com Deus, a responsabilidade dos atos e exalta a salvação divina.
  • 14. LLiibbeerrddaaddee ee PPeeccaaddoo A vontade é uma força que determina a vida ee nnããoo uummaa ffuunnççããoo lliiggaaddaa aaoo iinntteelleeccttoo; Agostinho – a liberdade humana é própria da vontade e não da razão ((nnaa rraazzããoo éé qquuee rreessiiddee oo ppeeccaaddoo)); A pessoa peca por usar o livre-arbítrio ppaarraa ssaattiissffaazzeerr uummaa vvoonnttaaddee mmáá; O ser humano não pode ser autônomo em sua vida moral (não pode decidir livremente sobre sua conduta); O ser humano pode querer o mal e praticar o pecado, motivo pelo qual necessita da graça divina.
  • 16. IInnfflluuêênncciiaa HHeelleennííssttiiccaa Maniqueísmo – herdou a concepção dualista – luta do bem e mal, luz e trevas; O ser humano tem uma inclinação natural para o mal – pecado; Já nascemos pecadores – pecado original; Mal = afastamento de Deus; Defendia uma intensa educação religiosa; Ceticismo – desconfiança nos sentidos, conhecimento sensorial; Platonismo – Concepção de verdade como conhecimento eterno, deveria ser buscada no mundo das ideias; Somente o
  • 17. EEssccoolláássttiiccaa:: MMaattrriizz aarriissttoottéélliiccaa aattéé DDeeuuss Séc. VIII Carlos Magno organizou o ensino e fundou as escolas ligadas às instituições católicas; A cultura greco-romana (até então guardada nos mosteiros) voltou a ser divulgada, passando a ter influência nas reflexões; Adotou-se modelo de educação romana: Matérias Trivium (gramática, retórica e dialética) e o Quadrivium (geometria, aritmética, astronomia e música) submetidas à teologia; Séc. XIII – aristotelismo penetrou de forma profunda no pensamento escolástico (devido à descoberta de muitas obras de Aristóteles, desconhecidas até então e à tradução para o latim).
  • 18. BBuussccaa--ssee aa hhaarrmmoonniizzaaççããoo eennttrree fféé ee rraazzããoo
  • 19. AA qquueessttããoo ddooss uunniivveerrssaaiiss Método escolástico de investigação: Estudo da linguagem (gramática, retórica, dialética); Exame das coisas (geometria, aritmética, astronomia e música); Pergunta: Qual a relação entre as palavras e as coisas? Ex.: Rosa (nome de flor, quando esta morre, o nome permanece existindo) Ideia Geral Questão dos universais = relação entre as coisas e seus conceitos.
  • 20. RReeaalliissmmoo Sustenta a tese de que os universais existiam de fato; Ex.: a bondade e a beleza seriam modelos/moldes – a partir disso se criariam as coisas boas ou más; Essências; Santo Anselmo: universais na mente divina; Quanto mais universal fosse o termo gramatical, maior seria seu grau de perfeição; Brancura maior perfeição que Branco;
  • 21. NNoommiinnaalliissmmoo Os universais não existiriam em si mesmo, pois seriam somente palavras, sem existência real; O universal não passa de um nome; Roscelin nega que Deus pudesse ser uno e trino ao mesmo tempo – cada pessoa da trindade seria uma individualidade separada; Realismo moderado – busca de semelhanças entre os seres individuais (equilíbrio);
  • 22. Avicena (980 – 1037) AAvveerrrróóiiss ((11112266 –– 11119988)) FFiillóóssooffooss ÁÁrraabbeess A dominação muçulmana na Espanha durante o século XII trouxe a ciência árabe à Europa. Com Averrois, as universidades medievais redescobrem o pensamento grego (obras: física, metafísica e ética).
  • 23. São TToommááss ddee AAqquuiinnoo –– 11222255 -- 11227744 “O mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”
  • 24. TToommiissmmoo Objetivo: ◦ Não contrariar a fé; Finalidade: ◦ Organizar um conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo; Tomás reviveu o pensamento de Aristóteles, em busca de argumentos para explicar a fé cristã; Fez da filosofia um instrumento a serviço da igreja católica
  • 25. PPrriinnccííppiiooss bbáássiiccooss Princípio da não contradição – o ser é ou não é. Não existe nada que possa ser e não ser ao mesmo tempo, sob o mesmo ponto de vista. Princípio da substância: ◦ Substância – essência de uma coisa, sem ela não seria aquilo que é; ◦ Acidente - qualidade não essencial, acessória do ser
  • 26. Princípio da causa eficiente – seres contingentes – não possuem em si a causa a causa eficiente de sua existência (depende do ser necessário); Princípio da finalidade – função ou finalidade – razão de ser – causa final; Princípio de ato e potência: ◦ Ato - Existência atual do ser; ◦ Potência – capacidade real do ser; ◦ Mudança – passagem da potência para o ato;
  • 27. SSeerr ee EEssssêênncciiaa Elementos estranhos ao aristotelismo: ◦ Criação do mundo; ◦ Noção de um Deus único ◦ Ideia de vir a ser (passagem da potência ao ato) ◦ PROCEDE DE DEUS Ser em geral e Ser Pleno (Deus) – Deus é ato puro; Não há o que realizar ou atualizar em Deus, pois ele é completo; DEUS é SER e o mundo tem SER; Deus é o ser que existe como fundamento da realidade das outras essências.
  • 28. AA eexxiissttêênncciiaa ddee DDeeuuss ppoorr mmeeiioo ddaa rraazzããoo ((55 vviiaass ddee ddeemmoonnssttrraaççããoo)) Primeira via (prova) Primeiro Motor Imóvel: Tudo o que se move é movido por alguém,. Tudo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido. Esse motor é Deus.
  • 29. Segunda via (prova) Causa eficiente ( Primeira): todas as coisas existentes dependem de alguma causa. É necessário admitir a existência de uma primeira causa eficiente, responsável pela sucessão dos efeitos. Essa causa é Deus.
  • 30. Terceira via (prova) Ser Necessário e ser contingente: É preciso admitir que há um ser que sempre existiu, um ser absolutamente necessário, que não tenha fora de si a causa de sua existência, mas que seja a causa dos seres contingentes. Nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. (DEUS).
  • 31. Quarta via Ser Perfeito: Verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres. Esse ser é Deus.
  • 32. Quinta via (prova) Graus de perfeição/Inteligência Ordenadora: Existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada. Esse ser é Deus.