1. REFORMA E CONTRA-REFORMA
RELIGIOSA
Cristianismo: católicos, ortodoxos e protestantes.
Protestantes: luteranos, anglicanos, calvinistas...
Mas o que razões levaram à divisão da cristandade
ocidental em católicos e protestantes?
3. CONDIÇÕES QUE
IMPULSIONARAM A RUPTURA
CRISTÃ
Ao longo da história, houve grandes divisões
entre os seguidores do cristianismo. No séc.
XI, deu-se a separação entre a igreja de Roma
e a Igreja Ortodoxa; outra grande ruptura da
cristandade, ocorreu no séc. XVI, no processo
conhecido como Reforma Protestante.
Várias foram as transformações históricas
ocorridas entre os séc. XV e XVI que podemos
associar à Reforma.
Vamos conhecer algumas:
4. MOTIVAÇÕES PARA A
REFORMA
Novas interpretações da Bíblia: o desenvolvimento
da tipografia contribuiu para difusão da Bíblia,
fazendo com que mais fiéis tivessem acesso, e assim,
surgindo novas interpretações; surge uma nova
corrente baseada nas obras de Santo Agostinho
(salvação do homem pela fé) se contrapondo a
corrente da igreja católica, baseada em Santo Tomás
de Aquino (salvação será conduzida pela fé e as boas
obras).
Crítica ao comportamento do clero: luxo do alto clero,
a simonia, ou seja, venda de relíquias, venda de
indulgências e a falta de preparo do clero, levando ao
mau comportamento.
5. Nova ética religiosa: condenava o comércio, o
lucro e a usura.
Sentimento nacionalista: Havia conflitos
políticos entre a autoridades da igreja e
alguns governantes das monarquias
européias, que representavam a unidade
nacional e viam na autoridade do papa uma
barreira para o fortalecimento dos seus
poderes; a igreja católica tinha como língua
oficial o “Latim”, tida como língua
estrangeiras por outros países, que
procuraram afirmar sua independência em
relação a igreja divulgando a doutrina cristã
no idioma oficial de cada país.
6. REFORMA LUTERANA
Martinho Lutero (1483- 1546), nasceu na Alemanha e
estudou direito, mas tinha inclinação para a vida religiosa.
Após quase morrer ingressou na Ordem Religiosa de Santo
Agostinho.
Porém ficou profundamente decepcionado com a avareza e
corrupção do alto clero.
Lutero aprofundou seus estudos religiosos e amadureceu
suas idéias religiosas, levando seus rompimento com a
Igreja católica.
Lutero criticou a venda de indulgencia e publicou as “95
teses” que protestava contra essa atitude e expunha
alguns elementos de sua doutrina religiosa.
Foi excomungado pela Igreja católica.
Assim surgiu a designação protestante para quem não era
católico.
8. TEOLOGIA DE LUTERO
I. de Santo Agostinho;
II. Predestinação;
III. Salvação pela fé;
IV. Rejeição da autoridade do Papa
V. Rejeição do celibato clerical;
VI. Rejeição do latim no culto;
VII. Livre interpretação da Bíblia;
VIII. A igreja (templo) só oficia cultos eInfluência
aplica os sacramentos;
IX. Igreja unida ao Estado (união c/ os nobres).
9. REFORMA CALVINISTA
Calvino (1509- 1564) nasceu na França, estudou direito e
teologia. Aderiu às idéias de reformadores protestantes,
como Lutero. Foi considerado herege e perseguido pelas
autoridades católicas francesas.
Entre as atitudes condenadas pelos calvinistas estavam
o jogo, o culto às imagens de santos, as danças e o uso
de roupas luxuosas e jóias, que descumprisse era
punido, inclusive com a morte.
Calvino defendia a predestinação divina; estimulava o
trabalho, condenava o desperdício e legitimava o lucro.
Idéias que iam de encontro aos interesses da burguesia.
Embora o luxo fosse censurado, a acumulação de
riquezas e o lucro não era imorais nos termos da nova
religião.
11. REFORMA ANGLICANA
Henrique VIII, rei da Inglaterra de 1509 a 1547,
fora fiel aliado do papa, recebendo o título de
“defensor da fé”. Entretanto, uma série de
questões o levaram a romper com a igreja
católica e a fundar uma igreja nacional na
Inglaterra: a Igreja anglicana.
Principais motivos para essa ruptura relacionava-
se ao poder político: a grande influência do clero
na Inglaterra, as muitas terras da Igreja na
Inglaterra, a monopolização do comércio de
relíquias e a negação do pedido de anulação do
casamento do rei, que queria um herdeiro do sexo
masculino.
12. REFORMA OU CONTRA-
REFORMA CATÓLICA
A Europa dos séc. XVI e XVII foi palco de lutas
e intolerância religiosas.
Diante do avanço protestante, a primeira
reação das autoridades da Igreja católica foi
punir os principais reformadores. Com isso,
esperavam que as idéias protestantes fossem
sufocadas e o mundo cristão recuperasse a
unidade perdida. A tática, entretanto, não deu
bons resultados. O protestantismo espalhou-
se pelo continente conquistando um número
crescente de seguidores.
13. A reorganização da Igreja católica também ficou
conhecida como Contra-Reforma e umas das
principais atitudes tomadas pela liderança da Igreja
são:
Ordem dos jesuítas: soldados da Igreja, tinham
como objetivo combater a expansão do cristianismo,
criando escolas religiosas para catequizar os não-
cristãos, isto é converter ao catolicismo os povos dos
continentes recém-descobertos pelos europeus.
Concílio de Trento: reunião para garantir a unidade
da fé católica e a disciplina eclesiástica,
reafirmando pontos básicos da doutrina católica,.
A volta da Inquisição: tribunais da inquisição,
criados pela igreja católica para investigar e punir
“crimes contra a fé católica”. Criação da lista de
livros proibidos aos católicos.
14. CONCLUSÃO
Politicamente, afetou toda a conjuntura
política internacional européia, provocando as
guerras de religião.
Socialmente, a Reforma contribuiu para o
surgimento de guerras camponesas e de
pequenos nobres contra a grande nobreza
clerical.
No plano econômico, o protestantismo
acentuou o desenvolvimento comercial, pelo
caráter singular da doutrina da salvação,
relacionada à riqueza individual.